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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM

MODALIDADES DE TRATAMENTO DO CÂNCER E ASSISTÊNCIA


DE ENFERMAGEM
Prof. Dra. Vanessa de Brito Poveda

2017
OBJETIVOS
• Definir quimioterapia, radioterapia e
hormonioterapia;
• Compreender os objetivos da assistência
de enfermagem ao paciente nos diferentes
tipos de tratamento oncológico;
• Reconhecer as prioridades durante a
assistência de enfermagem (DE,
resultados e intervenções).
TRATAMENTO DO CÂNCER E
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
CIRURGIA
QUIMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
HORMONIOTERAPIA
• http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/esti
mativa-2016-v11.pdf
CIRURGIA
Cirurgia em oncologia
• Tratamento primário – remover todo o tumor e
tecidos adjacentes, incluindo linfonodos
regionais

• Cirurgia profilática – remover tecidos ou órgãos


não vitais, que são possíveis órgãos-alvo para o
desenvolvimento do câncer
• História familiar ou predisposição genética
• Riscos e benefícios potenciais
• Capacidade de detectar o câncer em estagio inicial
• Aceitação do resultado pós-operatório pelo paciente
Cirurgia em oncologia
Cirurgia Paliativa Cirurgia Reconstrutora

• quando a cura não é • melhorar a função ou


possível o objetivo é obter um efeito cosmético
trazer conforto e desejável
promover uma vida
satisfatória e produtiva
Assistência de Enfermagem em
Cirurgia oncológica
• Avaliação e orientações pré-operatórias
• Cuidados com drenos (penrose, portovac, JP)
• Cuidados com sondas
• Cuidados com cateter peridural
• Cuidados com colostomia e ileostomia
• Cuidados específicos em pós-operatório de
mama
• Cuidados específicos em pós-operatório de
cirurgias do pulmão
• Cuidados específicos em cirurgias de próstata
• Orientações pós-operatórias
QUIMIOTERAPIA
Quimioterapia
• Tentativa de destruir as células tumorais ao
interferir com as funções celulares, inclusive a
replicação
• Usada para tratar a doença sistêmica
• Pode ser combinada com outras modalidades de
tratamento
• Doses repetidas são necessárias para alcançar a
regressão do tumor
• As células em proliferação ativa são as mais
sensíveis ao tratamento quimioterápico
QT: Princípios

• Tratamento da doença - intenção curativa


• Objetivo: Erradicar micrometástases ou prolongar a vida
Neo Adjuvante
• Ministrada antes do tratamento local

CIRURGIA

• Tratamento da doença - intenção curativa


• Objetivo: Erradicar micrometástases ou prolongar a vida
Adjuvante • Ministrada após tratamento local

• Controle da doença – sem intenção curativa


Objetivo: Melhorar a qualidade de vida
Paliativa
QT: Princípios

Fase G0 – descanso: não há divisão celular


Fase G1 – inicio da divisão
Síntese de RNA e proteínas (DNA)
Fase S – Síntese do DNA
Fase G2 – pré-mitótica
Síntese de RNA e proteínas (divisão)
Fase M – Mitose
Processo de duplicação celular
QT: Princípios
QT: Classes farmacológicas
Alquilantes e
derivados da platina Antimetabólitos

• Ciclo-celular não • Ciclo-celular específico –


específico Fase S
• Evitam a replicação do • Inibe a produção da
DNA enzima responsável pela
• Ciclofosfamida, síntese de RNA e DNA
Ifosfamida, mostarda • MTX, 5-FU, Capecitabina,
nitrogenada ( 8- 10) Gencitabina (6)
QT: Classes farmacológicas

Alcalóides Taxanos Antibióticos


da vinca • Ciclo-celular
• Ciclo-celular
Ciclo-celular específico –
específico – Fase Fase Mitose específico –
S • Inibe a divisão Fase S
celular • Inibe a síntese
• Interrompe a do RNA e DNA
formação do • Paclitaxel,
fuso mitótico Docetaxel • Doxorrubicina,
Idarrubicina,
• Vincristina, Mitomicina
Vinorelbina,
Vimblastina
TOXICIDADE
DERMATOLÓGICO

CARDÍACO GASTROINTESTINAL

HEMATOLÓGICO METABÓLICO

PULMONAR RENAL

REPRODUTIVO
QT: Toxicidade

Hematológicas
Anemia: Leucopenia: Neutropenia: Plaquetopenia:

• Hb normal: 12 a 16 • Leucócitos entre • Neutrófilos > 1500 • <50.000


(mulheres) e 14 a 18 5.000 a 1.000 - mm3 – risco normal plaquetas
(homens) normal de infecção
• Contagem
• Hb abaixo de 8.0 –
• Leucócitos abaixo • Neutrófilos < 1000 normal de
contraindica a QT
de 4000 – risco de mm3 – risco plaquetas:
• Hematócrito infecção moderado 140.000 a
normal: 37 a 47 450.000
(mulheres) e 42 a 52
• Neutrófilos < 500
mm3 – risco grave
(homens)
• Neutrófilos < 100
mm3 – risco extremo
QT: Toxicidade

Gastrointestinais

o Constipação
o Náuseas e Vômitos
o Estomatite
o Anorexia
o Diarreia
QT: Toxicidade

Alterações metabólicas
• < 1,8mg/dl: fraqueza, vertigem,
Hipomagnesemia anorexia, N e V, alterações mentais
(confusão, desorientação, alucinação)

• < 137mEq/l : Náusea, anorexia, diarréia,


Hiponatremia
convulsão, alterações mentais, coma

• > 10,5 mg/dl : NeV, prurido, alterações


Hipercalcemia visuais, poliúria, alterações ECG (P-
R), alterações mentais, coma

• Oligúria, anúria, PA, taquipnéia,


Hiperuricemia edema, cólica renal, letargia, hematúria
Preparo das drogas antineoplásicas
Citotóxicas - Mutagênicas - Carcinogênicas- Fetotóxicas
SEGURANÇA

Vias de administração
Risco de Exposição
• PREPARO
• Retirada de solução do
frasco-ampola
• Reconstituição das drogas
• Abertura de ampolas
• Retirada de ar da seringa
que contém a droga

• Bonassa, Mota, Gato, 2012


Risco de exposição
• ADMINISTRAÇÃO

• Injeção da droga em push

• Retirada de ar da seringa
que contém a droga
• (Des) Conexão de equipos,
seringas, tampas
• Bonassa, Mota, Gato, 2012
Tipos de cateter

Cateter Hickman

Cateter Periférico (Íntima)


Tipos de cateter

Cateter Port-a-cath
Administração da QT
• Histórico (Experiências prévias com QT e reações
alérgicas) e exame físico
• Checar identidade do paciente (pulseira de
identificação/ auto-identificação)
• Verificar exames laboratoriais e parâmetros para
liberação
• Checar peso, altura, superfície corporal e recalcular a
dosagem. Checar dose cumulativa

• Bonassa et al., 2012


Administração da QT

• Reunir o equipamento necessário para


administração
• Puncionar acesso venoso
• Pré-medicações (20-30’ antes dos antineoplásicos)
• “Lavar”a veia entre e após a administração de QT

• Bonassa et al., 2012


Complicações administração QT

Drogas Irritantes Drogas Vesicantes


Risco de exposição

• DESCARTE

• Manuseio e descarte de
fluidos corpóreos e
quimioterápicos/ materiais
contaminados
• Manuseio de roupas
contaminadas por fluidos
corpóreos
• Bonassa, Mota, Gato, 2012
RECOMENDAÇÕES - OSHA
Occupational Safety and Health Administration

PREPARO ADMINISTRAÇÃO

MANUSEIO do PACIENTE

Utilizar luvas e avental até 48 h após a QT - Sangue e fluídos

Desprezar excretas, evitando respingos

Tampar o vaso sanitário antes de dar a descarga

Manipular roupas contaminadas com luvas, descartar em


saco
plástico duplo e identificar
Acidentes- usar água e sabão ou SF0,9% (olhos)
Cuidados de enfermagem – QT
Profissional Paciente
Cuidados punção
• EPI Extravasamento
• Desprezar material em Apoio psicológico
local específico Orientação
Suporte para familiares
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• Dor aguda/ crônica
• Fadiga
• Náuseas
• Nutrição alterada: menos
do que as necessidades
corporais
• Integridade da pele
prejudicada
• Constipação
• Risco de volume de
líquidos deficiente
• Risco para infecção

• Nanda, 2012
QT: Assistência de Enfermagem-Diagnósticos de enfermagem

Diagnóstico Fatores relacionados

1. Déficit conhecimento 1. Não familiari// QT

2. Risco infecção 2. Neutropenia

3. Risco injúria: sangramento 3. Trombocitopenia

4. Troca de gases prejudicada 4. Anemia

5. Náusea 5. Efeitos da QT

6. Nutrição desequilibrada: < que


6. Náusea, anorexia, estomatite
necessidades

7. Alopécia, perda de peso,


7. Distúrbio na imagem corporal
Alteração da função sexual

8. Estomatite, esofagite
8. Mucosa oral prejudicada
QT: Assistência de Enfermagem

• Descrever os objetivos da QT, regime


usado e das RAMs potenciais;
RESULTADOS
• Não apresentar febre ou qualquer outro
ESPERADOS sinal de infecção;
Algumas
possibilidades... • Não apresentar episódios de
sangramento incontrolável;
• Não apresentar náusea e vômito
incontrolável;
• Manter peso (apropriado) e ingestão
nutricional adequada;
• Não reclamar de dispneia, dor no peito,
tontura, fraqueza relacionada a anemia;
• Manter mucosa oral integra e não
reclamar de dor relacionada a estomatite
QT: Assistência de Enfermagem

• Fornecer informações educativas


paciente e família;
INTERVENÇÕES • Prevenir e manejar infecções;

• Prevenir e manejar episódios de
sangramento;
• Oferecer suporte a perfusão tissular;

• Prevenir e manejar Náuseas &


Vômitos;
• Promover nutrição;

• Cuidar da estomatite
QT: Assistência de Enfermagem

Plaquetopenia

1- Minimizar risco de trauma como causa de sangramento


• Evitar injeção IM, SC; aferir TºC retal e medicamentos VR;
• Evitar usar AINE, AAS, ou produtos similares;
• Minimizar venopunções, cateterismos vesicais e outros invasivos;
• Usar pressão local (pelo menos 5 min) após venopunção;
• Prover medidas de segurança para evitar quedas;
2 – Avaliar sinais e sintomas indicativos
• Inspecionar locais potencial de sangramento (pele, nariz, boca, etc);
• Fazer teste para sangue oculto (fluidos – urina, fezes, vômito);
• Monitorar contagem de plaquetas
3 – Administrar plaquetas < 10.000 mm3
4 – Educar paciente e família acerca do problema do sangramento
QT: Assistência de Enfermagem

Náusea e Vômito

1- Ambiente
Local arejado, isento de odores, tranquilo

2- Dieta
Ajuste da dieta (leve e fracionada)
Alimentos frios ou em TºC ambiente
Líquidos gelados ou pedaços de gelo
Evitar alimentos com odores fortes, carne vermelha,
derivados do leite, café, chocolate.
Recomendar - Torradas, balas de hortelã, alimentos cítricos
QT: Assistência de Enfermagem

Náusea e Vômito

3- Higiene oral

4- Manutenção do equilíbrio eletrolítico


Ingestão líquidos
Hidratação venosa ou subcutânea

5- Terapias complementares
Acupuntura
Relaxamento
Técnicas de distração
RADIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
Radioterapia
O A radiação ioniza átomos e moléculas
O O DNA das células é o principal alvo da
radiação ionizante
O A ionização provoca a formação de radicais
livres instáveis que alteram a sua estrutura,
incapacitando a divisão celular
O A radiação também aciona a apoptose,
afeta muitos genes e altera a membrana
celular
O QUE? método capaz de destruir
células tumorais, empregando feixe de
radiações ionizantes

COMO? dose pré-calculada


de radiação é aplicada, em
um determinado tempo, a
um volume de tecido que
engloba o tumor
RADIOTERAPIA

OBJETIVO? erradicar todas as células


tumorais, com o menor dano possível
às células normais circunvizinhas

O INCA
Efeito biológico da radiação
REDISTRIBUIÇÃO
REPARO
Morrem as
células REOXIGENAÇÃO
Entre as doses
sensíveis (Fase de radiação as REPOPULAÇÃO
G2/M) células normais As células mais
conseguem se oxigenadas são
As células
reparar mais sensíveis
normais
a radiação (as
crescem
células
tumorais são
hipóxicas)
Indicações da radioterapia

O Paliativa (alívio de sintomas: sangramento,


dor, obstruções respiratórias, etc)
O Curativa (tumores radiosensíveis: linfoma de
Hodgkin, ca de próstata localizado)

TELETERAPIA BRAQUITERAPIA
TELETERAPIA
BRAQUITERAPIA

O ALEJANDRO SANTINI B. et al.


Braquiterapia endobronquial de alta tasa
de dosis en pacientes con obstrucción
de la vía aérea central: Experiencia en el
Instituto Nacional del Cáncer y revisión
de la literatura. Rev. chil. enferm.
respir. v.26 n.3 Santiago sep. 2010
Salgado N. A radioterapia no tratamento oncológico: prática clínica e sensibilidade cultural. Interações
2012;22:39-57.
Efeitos colaterais
O Efeitos colaterais gerais:
O Inapetência
O Fadiga

O Efeitos colaterais específicos:


O Reação da pele
O Mucosite
O Náusea e vômito
O Diarreia
O Alopécia
Cuidados de enfermagem – RT
O Efeitos imediatos:

O tecidos que apresentam maior


capacidade proliferativa são mais
afetados (gônadas, a epiderme, as
mucosas dos tratos digestivo,
urinário e genital, e a medula
óssea)

O clinicamente manifestam-se por


anovulação ou azoospermia,
epitelites, mucosites e
mielodepressão (leucopenia e
plaquetopenia)
O Efeitos tardios:

O são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos


tecidos normais são ultrapassadas

O manifestam-se por atrofias e fibroses (alterações de


caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores
malignos são raramente observados)
Cuidados de enfermagem – RT
O Utilizar roupas intimas confortáveis,
evitando tecidos a base de lycra ou renda
O Realizar auto-exame da pele na área
irradiada diariamente
O Evitar usar roupas justas
O Lavar a pele do campo de radiação com
água morna apenas e secar sem esfregar
O Utilizar para o corpo sabonete neutro
O Realizar higiene intima com água e sabão neutro,
secando com uma toalha macia, sem esfregar
O Evitar uso de papel higiênico
O Utilizar creme hidratante em área irradiada de acordo
com o protocolo do serviço de radioterapia
O Observar e informar saída de sangue através de fezes
ou urina
O Informar a equipe de atendimento a sensação de dor,
principalmente periumbilical, suprapubica e anal
HORMONIOTERAPIA
Tipos e indicações da
hormonioterapia
PARÂMETRO TIPOS

Finalidade Curativa – Paliativa

Aplicação Isolada – Combinada

Ação Aditiva – Supressiva

Execução Medicamentos – Cirúrgica - Actínica

O INCA
Tipos e indicações da
hormonioterapia
O Terapêutica ablativa

O Cirurgia ablativa da glândula, cujo hormônio estimula


o crescimento tumoral, ou anulação de sua função
com radioterapia
O Ex: ca de mama e próstata

O Bonassa, Gato, 2012


Tipos e indicações da
hormonioterapia
O Terapêutica competitiva

O Uso de agentes anti-hormonais que inibem o efeito dos


hormônios naturais, competindo no processo de
ligação aos receptores dos órgãos-alvo.
O Ex: antiestrogênios e antiandrogênios

O Bonassa, Gato, 2012


Tipos e indicações da
hormonioterapia
O Terapêutica inibitória

O Uso de susbstâncias inibitórias da síntese dos


hormônios –castração química alternativa a ablativa.
O Ex: inibidores da aromatase, análogos LHRH

O Bonassa, Gato, 2012

O Anastrozol – inibidor da aromatase (diminui a quantidade de estrogênio


em mulheres pós-menopausa pois interrompe a produção do hormônio)
Tipos e indicações da
hormonioterapia
O Terapêutica aditiva

O Administração de hormônios (principais tecidos


hormônio-dependentes: mama, endométrio, próstata)
O Ex: estrogênios - ca de próstata; tamoxifeno – ca
mama
O Tamoxifeno – bloqueia a atividade do estrogênio

O Bonassa, Gato, 2012


Administração
O Análogo do LHRH:
O agonista do receptor do hormônio
liberador do hormônio luteinizante (ou
LHRH-A);
O leva a queda no nível de testosterona
O ZOLADEX® (Acetato de gosserrelina
para implante) , Lupron Depot®
(acetato de leuprolida para suspensão
de depósito) e Viadur™ (acetato de
leuprolida para implante)
O Desvantagens:
O ondas de calor, dor corporal geral, e
crescimento das mamas.
O Efeitos colaterais adicionais:
diminuição no desejo sexual e/ou na
capacidade de obter ereções, infecções
do trato urinário inferior, e letargia.
Administração
Hormonioterapia
ESTUDO DE CASO
COLETA DE DADOS
 F.S.P., sexo feminino, 59 anos, branca, casa, um filho,
professora natural do Mato Grosso.
 Procurou um GO devido a ondas de calor pelo corpo e
alterações do humor, além de incômodo durante as
relações sexuais.
 Mãe falecida de câncer de mama aos 51 anos de
idade. Dieta rica em lipídeos e pobre em fibras devido
a rotina profissional.
EXAME FÍSICO
 hidratada, mucosas coradas, o IMC acima dos
valores normais para a idade;
 PA 120/70 mmHg, P 84 bpm;
 Exame abdominal e ginecológico sem alterações;
 Exame tórax: nódulo fixo, irregular, indolor em mama
E no quadrante superior externo;
 Ausência de gânglios a palpação ou descarga papilar
a expressão do mamilo;
 Última mamografia aos 45 anos de idade (sabia da
importância, mas como sentiu muita dor, optou por
não realizá-lo mais).
DIAGNÓSTICO
O Nódulo maligno de 0,9 cm
O Carcinoma ductal

O Receptores de estrógeno e progesterona


positivos
TRATAMENTO
 Mastectomia a esquerda
 Hormonioterapia com
tamoxifeno 20 mg/dia
O A paciente refere
preocupação e ansiedade
em relação à mastectomia
O Sente desconforto no local,
tem medo de olhar no
espelho e dificuldade para
expor o corpo
PENSANDO O
CASO
CÂNCER DE MAMA

O Segundo tipo mais frequente


O A sobrevida média é de 61%
(diagnóstico em estádios
avançados)
Em 2014: O Maior risco de adoecimento entre
57.120 casos novos mulheres com elevado status
de câncer de mama sócio-econômico (baixo status –
Risco estimado de câncer de colo de útero)
56,09 casos a cada
100 mil mulheres

INCA, 2011
FATORES DE RISCO
O Maior incidência até os 50 anos

O História familiar de câncer de mama (aumento de duas a três vezes o risco) e alta
densidade de tecido mamário

O Vida reprodutiva
O Menarca precoce
O Nuliparidade
O Idade da primeira gestação
acima dos 30 anos
O ACO
O Menopausa tardia
O Terapia de reposição
hormonal

INCA, 2011
FATORES DE RISCO
O Obesidade pós menopausa
O Exposição a radiação ionizante em altas
doses
O Exposição a pesticidas/ organoclorados
O Tabagismo
O Mutações genéticas BRCA 1 e BRCA 2
DUCTAL LOBULAR
TU mama localizado
O Cirurgia (conservadora ou
radical)
O Radioterapia
O Quimioterapia
O Hormonioterapia
(tamoxifeno)
TRATAMENTO
CIRÚRGICO

Reconstrução com expansor


Cuidados de enfermagem
pós-operatório
O Avaliar a ferida operatória e braço
do lado operado (eritema, edema,
dor, sensibilidade dolorosa à
palpação, odor e secreção).
O Manter aspiração do dreno e
observar volume excessivo, pode
ter de 100ml a 200ml de
drenagem serosa ou
sanguinolenta nas primeiras 24h.
O Incentivar a cliente a aumentar
gradativamente o uso do braço,
evitando inicialmente a abdução
(evitando a formação de seroma).

Linfedema
Cuidados de enfermagem
pós-operatório
O Estimular e encaminhar a cliente para
grupos de apoio pós-mastectomia (apoio
psicológico)

O Estimular uso de próteses e cintas


especiais

O Administrar medicações analgésicas


prescritas para reduzir dor

O Elevar o braço afetado com travesseiro se


prescrito, acima do nível do coração, e
mão acima do cotovelo para promover
drenagem do líquido pela força da
gravidade
Braçadeiras estilizadas
Cuidados com a mão e braço
O Injeções, vacinas, amostra de sangue e/ou aferir PA no
outro braço sempre que possível
O Evitar queimaduras (enquanto fuma ou cozinha/
queimaduras solares)
O Usar barbeador elétrico/ cremes depilatórios para depilar
axila
O Carregar pacotes e bolsas no outro braço
O Nunca cortar as cutículas

Orientação de enfermagem:
Evitar lesões
Linfedema e infecções
 Usar relógios ou adereços frouxos
 Usar luvas protetoras para jardinagem e ao usar
detergentes fortes e etc
 Usar dedal quando estiver costurando
 Usar repelentes de insetos para evitar mordidas
e picadas
 Evitar usar roupas e camisolas com elásticos
nos punhos ou mangas
tamoxifeno
O Inibe os efeitos do estrógeno andrógeno, suprimindo o
crescimento do tumor
O Efeitos colaterais:
 Náusea
 Tontura
 Ondas de calor
 Ressecamento vaginal
 Prurido vaginal
 AVC
 TVP
 Aumento de peso
 etc
Diagnósticos de
enfermagem
Distúrbio
Dor na
aguda imagem
corporal

Risco de
Risco de integridad
náusea e da pele
prejudica
da (MSE)

Risco de
Ansiedad mobilidad
e e física
prejudica
da
• 10 a 15% dos casos de
câncer de mama tem
origem genética

• Casos de maior risco:


- História familiar de
câncer de mama ou de
ovário com menos de
50 anos
Fonte: http://vogue.globo.com/moda/gente/noticia/2015/03/foto-de-album-de-familia-de-angelina-
jolie-mostra-parentes-que-morreram-de-cancer.html
MARCADORES GENÉTICOS
O genes supressores de tumor BRCA 1 e 2

O proteção do tecido mamário da instabilidade genética

O “gatekeepers”- regulam a apoptose


O “caretakers” – suprimem o crescimento neoplásico

O Anomalia associada a 20% dos casos (para ca de mama e


ovário)

O Ainda não está claro quais pacientes devem fazer


sequenciamento BRCA 1 e 2
CÂNCER DE PRÓSTATA
FATORES DE RISCO

O Acometem homens com 65


anos ou mais
O Etnia (1,6 x mais frequente
entre negros - brancos)
O História familiar
Estimam-se em 2014: O Dieta (gordura animal,
68.800 casos novos carne vermelha, embutidos
de câncer de próstata e cálcio)
Risco estimado de O Obesidade
70,42 casos novos a
cada 100 mil homens  INCA, 2011
PROSTATECTOMIA RADICAL
O Valor curativo e baixa
morbidade
O Possíveis efeitos
negativos:
impotência sexual e
incontinência
urinária
CÂNCER DE PRÓSTATA
O Hormonioterapia
O Acompanhamento
RADIOTERAPIA
O 40-50% dos pacientes (ca próstata) desenvolvem
impotência sexual até dois anos após o tratamento
O Reação actínica em reto, ânus e bexiga
CÂNCER DE PULMÃO
O Exposição ao tabagismo
(representam 80% dos casos)
O Tabagista tem maior risco (de 20-
30 vezes)
O História familiar
O Diagnóstico em estágios
Expectativa para 2012: avançados da doença (pobre em
17.210 novos casos homens sintomas nos estádios iniciais)
10.110 novos casos mulheres
O “Doença letal”
Risco estimado de:
18 novos casos a cada 100 O Fator protetor: alimentação
mil homens (alimentos com carotenóides –
10 a cada 100 mil mulheres vermelhos e amarelos)
Outros fatores de risco
O Radioterapia prévia para
Ca de mama de Linfoma de
Hodgkin
O Tabagismo passivo
O Asbestos
O Metais (arsênio, cromo e
níquel)
O Radiação ionizante
O Infecção pelo HIV
O Fibrose pulmonar
DIAGNÓSTICO
SINAIS E SINTOMAS TIPOS DE CA PULMÃO
O Tosse O Adenocarcinoma
O Emagrecimento O Epidermoide
O Dispneia O Ca de células grandes
O Dor torácica
O Hemoptise
O Dor óssea
O Baqueteamento digital
O Febre
O Fraqueza
TRATAMENTO
O De acordo com o estágio da
doença:
O estágio 1:
O cirurgia
O estágio 2,3,4:
O cirurgia + QT (cisplatina+
paclitaxel/docetaxel/vinore
lbina/gemcitabina/
pemetrexed)
REFERÊNCIAS
• BONASSA, E.M.A.; GATO, M.I.R. Terapêutica oncológica para enfermeiros e
farmacêuticos. São Paulo: Ed. Atheneu, 2012.
• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes
da Silva (INCA). Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de
Prevenção e Vigilância. Estimativa 2012- Incidência de Câncer no Brasil.
Rio de Janeiro: INCA, 2011. 118 p.
• HOFF, P.M.G. et al. Tratado de oncologia. São Paulo: Ed. Atheneu, 2013.
• SOUZA, B.F. et al . Transtornos depressivos e falta de adesão ao tratamento.
Rev. esc. enferm. USP, v. 47, n. 1, 2013.
• LOPES, R. A. M.; MACEDO, D. D.; LOPES, M. H. B. de M. Diagnósticos de
enfermagem mais freqüentes em uma unidade de internação de oncologia.
Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 5, n. 4, p. 35-41,1997.
• Mohallem AGC, Farah OGD. Enfermagem - Pelo Método de Estudo de
Casos. Editora: Manole
OBRIGADA!!!

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