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EQUIPA RESEARCH:
JOÃO LAMPREIA (HEAD)
ANNIKA HOFMANN
BERNARDO CÂNCIO
2. EUA
1. Ciclos Económicos Históricos
7. 3. Dívida Periferia
OUTROS ACTIVOS
2. Enquadramento Macroeconómico 1. Divisas
3. Política Monetária 2. Commodities
4. Yield Curve vs Risco Recessão 3. Emergentes
5. Trumponomics – 1º Aniversário 4. Criptomoedas
Nos Mercados Financeiros, tal como na Vida, a tendência dependerá da essência das perguntas!
EUA
A implementação do plano de
estímulos fiscais num estágio
tardio do ciclo acentua questões
sobre a dinâmica da economia.
Qual o risco do mercado
antecipar um abrandamento
material e/ou recessão nos EUA?
Europa
China O crescimento económico
Os riscos de desaceleração da
2018
robusto na Europa tem
economia Chinesa têm sido promovido a convergência
contidos pelo Governo Central, económica entre os países da
Poderão os desiquilíbrios do periferia e core. Poderá o
modelo Chinês exponenciar BCE reverter totalmente o
um hard landing da economia? APP até final de 2018?
Inflação
A economia mundial regista o
crescimento sincronizado
mais elevado desde 2011.
Com uma política monetária
global ainda expansionista,
qual a expectativa para a
evolução do nível de preços?
Outlook 2018 | BiG
1.2. Mundo em 2018 - Base Case vs. Riscos 4
BASE CASE
RISKS
The “Great Rotation” em curso – A nova ordem Mundial sem o enviesamento do filtro Europeu
A emergência do bloco Transpacífico vs Transatlântivo A economia mundial deverá crescer 3,7% em 2018E,
como quadro central da Nova Ordem Mundial é já uma traduzindo um dos valores mais elevado pós-2010.
realidade indiscutível.
O nível de sincronização do crescimento económico é
A crise de dívida soberana que assolou a Europa no pós robusto, sendo expectável uma dupla aceleração entre o
Lehman e respostas assimétricas dos países/instituições crescimento das economias emergentes e desenvolvidas.
Europeias contribuiram para uma menor preponderância
da Zona Euro no contexto internacional.
Rússia
GDP: 1,8% 5,4%
CPI: 3,9% 5,0%
4,7% 4,85%
4,3%
EUA
Zona Euro 3,6% 3,71% 3,7%
GDP: 2,8% 3,5%
GDP: 2,0% China Japão CPI: 1,1% 3,2%
CPI: 1,50% GDP: 6,4% GDP: 1,2%
CPI: 2,3% CPI: 0,8%
2,1% 2,03%
1,7% 1,7%
1,2%
Brasil
GDP: 2,5%
Austrália CPI: 3,9%
GDP: 2,8%
CPI: 2,2% 2012 2014 2016 2018E 2020E
A emergência do bloco Asiático (China) e do seu perfil de A erosão da quota de mercado do Bloco Europeu foi
exportações com menor valor acrescentado justificam a preenchida, na sua quase totalidade, pela ascensão do
quebra do valor do comércio mundial, não obstante a bloco Asiático.
aceleração do ritmo de trocas a nível global.
Ainda que a economia americana seja muito dependente
do consumo interno, o peso dos EUA no comércio
internacional manteve-se idêntico nos últimos 10 anos.
VOLUME VS. PREÇO - COMÉRCIO INTERNACIONAL PESO DO COMÉRCIO MUNDIAL POR REGIÂO
130
100%
120
25% 28% 31% 33% 34% 35%
80%
110
100 60%
44%
42% 39% 37% 37% 36%
90 40%
80 20%
18% 17% 17% 17% 17% 17%
70 0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2006 2008 2010 2012 2014 2016
WT Preço WT Volume Am. Norte Am. Sul Europa África Médio Oriente Ásia Outros
O período subsequente ao colapso da Lehman coincidiu O aumento do endividamento privado foi particularmente
com a explosão do endividamento público nos diferentes significativo nas economias Emergentes, tanto ao nível das
blocos económicos. famílias como das empresas.
O incremento foi mais significativo nas Economias No bloco desenvolvido, o agravamento do nível de dívida
desenvolvidas – registavam, per si, um ponto de partida ficou a dever-se, exclusivamente, ao sector público.
mais elevado.
DÍVIDA PÚBLICA (% PIB) DÍVIDA (% PIB) POR SECTORES – EC. EMERGENTES VS. DESENVOLVIDAS
250
264% 267%
236%
200
89% 91%
190% 88%
150 144%
104% 76% 75%
107%
78% 76%
100
56%
38%
28% 99% 101%
20% 73%
50 38% 48%
31%
Após a crise financeira, os bancos centrais das principais O impacto de todo este “easy money” providenciado pelos
economias desenvolvidas injectaram liquidez no sistema Bancos Centrais na economia real foi bastante comedido.
financeiro, através de um volume de compra de activos sem
precedentes. Apesar das taxas de juro que remuneram as reservas dos
bancos junto dos bancos centrais estarem em mínimos
Em 2018, observaremos uma desaceleração pronunciada históricos (negativas na Zona Euro), as reservas dos
dos estímulos monetários que, prolongando-se no tempo, bancos aumentaram, principalmente na Europa, onde o
culminará na sua extinção e subsequente diminuição dos rigor bancário continua a intensificar-se.
balanços dos bancos centrais. Esta realidade concretizará a
gradual normalização de política monetária a nível global.
ACTIVOS BANCOS CENTRAIS & TX. VARIAÇÃO INJECÇÃO DE LIQUIDEZ COM IMPACTO LIMITADO NA ECONOMIA REAL
16 70%
4.500
3.500
10 40% 3.000
Tx. Variação
8 30% 2.500
6 20% 2.000
1.500
4 10%
1.000
2 0%
500
0 -10% 0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017E 2018E
jan-08 jan-09 jan-10 jan-11 jan-12 jan-13 jan-14 jan-15 jan-16 jan-17
Total de Activos BCE Total de reservas de bancos UE
Activos Totais Tx. Variação
Total de Activos Fed Total de reservas de bancos EUA
Última fase do superciclo de dívida limitada por factores estruturais, especialmente nos EUA
Embora os estímulos monetários, as famílias, cuja reacção Nos EUA, a forte procura por yield desvirtuou o mercado
a alterações do ciclo de crédito é tipicamente mais lenta, de dívida corporativa, com os investidores a emprestar de
revelaram uma maior disciplina nos EUA e na Zona Euro. forma pouco criteriosa. O endividamento das empresas
está em níveis pré-crise, o que, num contexto de aumento
No segmento empresarial assistimos a um pick-up do nível de taxa de juro, se revela um relevante factor de risco,
de envididamento nos EUA que já se encontra a máximos particularmente sensível no segmento high yield.
pré-crise.
O aumento da dívida permitiu às empresas acumular cash,
As empresas europeias diminuíram a sua alavancagem no que poderá ser agora utilizado para actividades de M&A e
mesmo período, o que parece sugerir ainda algum espaço políticas de remuneração ao accionista – duas realidades
para um maior endividamento no médio prazo. que caracterizam momentos de maior euforia e podem
pressagiar um possível fim de ciclo.
CICLO DE CRÉDITO NOS EUA E NA ZONA EURO LIQUIDEZ AJUSTADA À DÍVIDA NO BALANÇO DAS EMPRESAS EM % DO MARKET CAP
100 80%
44%
40% 17%
90 14% 8% 7% 5%
Ponderação no PIB dos EUA (%)
0%
80 -3% -1% -2%
-5% -11%
-15% -10% -3% -13% -9%
-40% -26%
-31%
70
-80% -61%
60 -120%
-112%
NTT
Microsoft
SoftBank
Apple
Walmart
Total
Alphabet
Visa
Unilever
Louis Vitton
SAP
Facebook
Berkshire Hathaway
Exxon Mobil
Toyota
Amazon
Anheuser-Busch
Mitsubishi
Johnson & Johnson
Nippon Telegraph
50
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Dívida corporativa do sector não-financeiro (EUA)
Dívida dos agregados familiares (EUA)
Dívida corporativa do sector não-financeiro (Zona Euro)
A automação - sistema que emprega processos Actualmente quase nenhuma actividade pode ser
automáticos que comandam e controlam os mecanismos totalmente automatizada ~1% das actividades têm 100%
para seu próprio funcionamento – cruzou o espaço da potencial de automação.
ficção e ganha cada vez mais peso na economia real.
A automação tem um papel a cumprir na maioria das
actividades – cerca de 62% das actividades tem 30% dos
A automação permite uma melhor produção de bens e
processos passíveis de serem automatizados.
serviços (quando conjugada com a inteligência artificial)
pelas empresas, reduzindo erros, melhorando a qualidade
O sector de Hotelaria e Restauração apresenta o maior
e aumentando a produtividade.
potencial de automação.
100 1% 80%
>90 70%
8%
60%
>80 18%
Potencial de Automação (%)
50%
>70 26% 40%
>60 34% 30%
>50 42% 20%
10%
>40 51%
0%
Cuidados de Saúde e…
Transportes e…
>30 62%
Gestão
Agricultura
Construção
Utilities
Imobiliário
Informação
Serviços Educacionais
Maufactura
Retalho
Comércio em Bruto
Mineiro
Outros Serviços
Artes e Entretenimento
Administrativo
Hotelaria e Restauração
Finanças e Seguradores
Profissionais
>20 73%
>10 91%
>0 100%
Percentagem de actividades (%)
Fonte: US Bureau of Labor Statistics; McKinsey Global Institute Analysis Fonte: US Bureau of Labor Statistics; McKinsey Global Institute Analysis
Outlook2017|
2018|BiG
BiG
Outlook 11
11
1
1.1.5. Automação –do
2. Crescimento Oportunidade ou Risco
PIB e Conta Corrente
1
O fenómeno disruptivo da Automação evidencia oportunidades significativas
Um estudo da McKinsey estima que os salários e número O perfil disruptivo da automação na força laboral será
de trabalhadores associados a actividades passíveis de benéfico para o desenvolvimento económico, fomentando
automação atinge os USD 14,6 tri e 1,2 mil mn, o nível de produtividade e compensando o envelhecimento
respectivamente, sustentando o perfil altamente disruptivo populacional em geografias como o Japão e a Europa.
da automação para o emprego e crescimento salarial.
A automação poderá aumentar a produtividade em 2,2%
O Japão figura como geografia central em actividades com até 2030 e 1,4% até 2065, considerando uma adopção
potencial de automação, também devido aos superiores mais rápida da automação.
avanços do país nesta área.
2,2%
Japão 56%
China 51%
0,6%
0,4%
Outros Países 50% 0,8% 0,3%
0,3%
Europa (5 > Economias) 47%
Automação (2015- Automação (2015- Motores a Vapor Robos (1993-2007) IT (1995-2005)
30) 65) (1850-1910)
EUA 46%
Cenário Adopção Longa Cenário Adopção Rápida
Fonte: Oxford Economic Forecasts; Emsi database; US Bureau of Labor Statistics; McKinsey Global Institute analysis Fonte: McKinsey Global Institute - A Future That Works: Automation, Employment, And Productivity
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.2.1. EUA – Pública
1. Dívida Ciclos Económicos Históricos
e Défice Fiscal 12
12
O período de expansão económica nos Estados Unidos é Assumindo que a reforma fiscal é aprovada, os Estados
já o 3º mais longo no período pós II Guerra Mundial, Unidos entrarão num enquadramento de políticas
ultrapassando largamente a respectiva média histórica. monetária e fiscal antagónicas – expansionista no caso da
fiscal e de normalização no caso da monetária.
A reforma fiscal em curso no Congresso oferece um novo
impulso ao momento de expansão, gerando complexidade O actual ritmo de normalização da política monetária pela
no que respeita a acção do FED num contexto de re- Reserva Fiscal estará concluído, de acordo com
aceleração da economia num estágio do ciclo tardio. projecções do banco central, na 2º metade de 2019.
fev-45 nov-48 jul-53 ago-57 abr-60 dez-69 nov-73 jan-80 jul-81 jul-90 mar-01 dez-07 Actual
Mês em que ocorre pico
# Meses Prévia Depressão até Pico SPX (% Δ) PIB Real (% YoY) Duração Fim Bull Fim Bull Mkt SPX (% Δ)
Tightening Cycle Market
Média # Meses Prévia Depressão até Pico (exc. Actual)
Média Actual Estimativas BiG
Média Média
(1950-Actual) (1972-Actual) Research (1972-Actual)
Fonte: The National Bureau of Economic Research (NBER); BiG Research Fonte: The National Bureau of Economic Research (NBER); Bloomberg; BiG Research
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.2.2. EUA – Pública
1. Dívida Enquadramento Macroeconómico
e Défice Fiscal 13
13
Após uma ligeira desaceleração do crescimento em finais O índice que agrega os indicadores económicos leading
de 2015-16, a economia americana readquiriu fôlego, ao (que antecedem alterações na economia) aponta para a
beneficiar da expansão nos sectores de manufactura e manutenção do crescimento económico sólido no bloco
serviços. norte-americano.
Os indicadores económicos continuam a evidenciar um Esta evolução dos indicadores macroeconómicos sustenta
quadro bastante benigno para a evolução do ciclo. a visão positiva do mercado relativamente à economia.
PMI VS. TX. CRESCIMENTO PIB (%) PERSPECTIVAS FUTURAS CONTINUAM SÓLIDAS
7 25
60 4
3
54 2,5 10
2
52 2 1 5
0
50 1,5 0
-1
48 1 -2 -5
jan-15 mai-15 set-15 jan-16 mai-16 set-16 jan-17 mai-17 set-17
46 0,5
44 0
Leading Index YoY (%)
jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17
Bloomberg Economic Surprises Index
PMI Manufacturing PMI Services Tx. Crescimento PIB (%) Prob. De Recessão em 1 Ano (Estimativa, %)
7 3
crescimneto dos salários (% YoY)
6 2,5
5
2
4
3 % 1,5
2 1
1
0,5
0
0
-1 3,5 4,5 5,5 6,5 7,5 8,5 9,5 10,5
-2 -0,5
Tx.Desemprego (% total) jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17
O Fed projecta 3 aumentos de taxas em 2018, atingindo a Poderá também sustentar um acentuar do declive da curva
refi um valor mediano de 2,125%, permanecendo alguma de Treasuries (actuando do lado da procura).
complacência do mercado relativamente a estas subidas.
O FED manterá a sua acção “data dependent”, pelo que
um eventual spike das taxas de juro de longo prazo deverá
motivar uma alteração ao ritmo da redução do Balanço.
TAXA DE JURO - FED VS. MERCADO FED - BALANÇO E PRINCIPAIS COMPONENTES VS. S&P 500
3,5% 5.000
4.500
? 2500
3,0%
4.000
2,5% 3.500 2000
USD mil mn
3.000
S&P 500
2,0%
2.500
1500
1,5% 2.000
1.500
1,0% 1.000 1000
500
0,5%
0 500
0,0% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2017 2018E 2019E 2020E
Balanço Total MBS no Balanço Treasuries no Balanço
Projecção FED Projecção Mercado Agências Federais S&P 500
Fonte: Bloomberg Fonte: FRED; Bloomberg; BiG Research
Nota: Valores após 2018 (inclusive) representam estimativas BiG Research
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.2.4. EUA - Yield
1. Dívida Curve
Pública vs. Risco
e Défice de Recessão
Fiscal 16
16
Um dos potenciais indicadores de recessão é uma A Yield Curve norte-americana tende a aplanar/inverter,
inversão da yield curve, a qual tem sido atestada em usualmente, no espaço de 12 meses prévio à recessão.
momentos de downturn económico relevantes no passado.
Esta situação permite-nos considerar que uma futura
O actual valor do spread 10/2 e a relativa folga ao nível da recessão nos EUA, salvo choques exógenos, não deverá
Capacidade Utilizada parece sugerir que não estamos na ocorrer até meados de 2020.
iminência de uma eventual recessão nos EUA.
YIELDS VS. LEADING INDEX (% YOY ) SPREAD 10 YR. -2 YR. TREASURY VS. RECESSÕES PASSADAS (pb)
400 90
300
250
300
Capacity Utilization (% of Total Capacity)
85
200
10 yr-2 Yr. Treasury (bps)
200
150
80
100
100
75 50
0
0
70 -50
-100
-100
-200 65 -24M -18M -12M -6M 0 6M 12M 18M 24M
1980 1984 1988 1992 1996 2000 2004 2008 2012 2016
JUL90-MAR91 MAR01-NOV01 DEZ07-JUN09
10 Yr - 2Yr Treasury
US Capacity Utilizat ion % of Total Capaci ty SA
Fonte: Bloomberg; Fonte: Bloomberg
Nota: Áreas a sombreado representam recessões nos EUA
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.2.5. EUA - Trumponomics:
1. Dívida Pública e Défice1º Aniversário
Fiscal 17
17
VITÓRIAS
• Saída do Acordo Transpacífico
• Saída do Acordo de Paris
• Renegociação da Nafta (a decorrer)
• Revogação de algumas medidas de Obama
(Keystone Pipeline)
• Muslin Ban - Restrição de Entrada a Muçulmanos
Gabinente*
* Conselho de Ministros em PT
DERROTAS
• Muro na Fronteira entre os EUA e México
• Revogação de Obamacare (ainda que tenha
encetado medidas que enfraqueceram o
programa)
• Programa de Infra-estruturas de $ 1 tri
Neil Gorsuch* Jerome Powell*
*Supremo *Chairman Fed
Donald Trump é um presidente pouco popular, quando Decorre a 6 de Novembro as eleições intercalares nos
consideramos todo o eleitorado norte-americano, com EUA, onde serão eleitos os novos membros da Câmara de
taxas de aprovação inferiores à média histórica. Representantes e (alguns) membros do Senado.
TAXA DE APROVAÇÃO TRUMP (%) ELEIÇÕES INTERCALARES – SONDAGENS PARA O CONGRESSO (%)
100 50
90 48
80
46
70
60 44
50 42
40 40
30
38
20
10 36
0 34
29-jan 29-mar 29-mai 29-jul 29-set 29-nov
32
Aprovação Reprovação 30
15-abr 15-mai 15-jun 15-jul 15-ago 15-set 15-out 15-nov
Aprovação - Republicanos Aprovação - Independentes
Aprovação - Democratas Democratas (%) Republicanos (%)
Pick-up acentuado da actividade na periferia resulta da Evolução notável do saldo de Conta Corrente nos países
suavização dos constrangimentos fiscais e da gradual da periferia espelha o ajustamento estrutural bem sucedido
recuperação dos níveis de competitividade. realizado nestas economias.
3%
6%
2%
4%
1%
2%
0%
0%
-1%
-2%
-2%
-4%
-3%
-6%
-4%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017E 2018E -8%
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017E 2018E
Média Core Média Periferia Média Core Conta Corrente Média Periferia Conta Corrente
O fulgor da recuperação económica denota-se na evolução A inflação global permanece aquém da meta definida para
do indicador de manufactura PMI que se situa entre os a estabilidade de preços, com níveis de crescimento
valores mais elevados à escala global. salariais e preços de energia relativamente contidos.
ZONA EURO – PMI E INDICADOR DE SENTIMENTO (Índice) ZONA EURO – CORE AND HEADLINE INFLATION / PROJECTION (%
YoY)
65 120
3,5
115
BCE previsão
60 3
110 2,5
2
55 105 1,5% 1,5%
1,5 1,3%
100 1,5%
1 1,1%
50 1,1%
95 0,5
0
45 90 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
-0,5
jan-15 mai-15 set-15 jan-16 mai-16 set-16 jan-17 mai-17 set-17
-1
PMI EZ Ind. Sentimento E.Z. Inflação (HICP) Inflação de base
O crescimento lento dos salários é uma das razões O BCE reviu sucessivamente em alta as projecções do
principais pelas quais a inflação é contida na Zona Euro – crescimento económico ao longo de 2017.
nível salarial afigura-se menos sensível a mudanças na
procura agregada. A dinâmica relativa à Philips Curve ajuda a explicar o
motivo pelo qual o aumento de actividade não tresladou
O efeito da crescente procura económica no aumento dos num pick-up do nível de preços.
salários está condicionada por negociações salariais
obsoletas e mudanças estruturais no mercado de trabalho.
3,5
2
3
2,5
1,5
2
1,5 1
1
0,5 0,5
0
7 8 9 10 11 12
0
Tx.Desemprego (% total) PIB 2017E PIB 2018E PIB 2019E HICP 2017E HICP 2018E HICP 2019E
2010-2017 1998-2009
mar-17 jun-17 set-17 dez-17
O FED concretizou o tapering de forma acelerada (10M) e O BCE delineou um timeframe específico (~dobro do
sem especificar um timeline específico. período temporal do FED) para concretizar a redução do
programa de compra de activos.
No pós QE, a primeira subida de taxas (14M) revelou-se
isolada, mas a trajectória de tightening gradual deverá Acreditamos numa subida da taxa depo em 2018, a qual
persistir – talvez a um ritmo mais moderado. antecipa o início da trajectória ascendente da refi em 2019.
60 60
€ mil milhões
0,4
1,5 50
%
0,2
%
40 40
1 0
14M 1ºhike 30
20 -0,2
0,5 20
10 -0,4
0 0
0 -0,6
nov-15
jul-17
dez-12
out-13
set-16
dez-17
out-18
mai-13
mar-14
ago-14
mai-18
mar-19
fev-17
ago-19
jan-15
jun-15
abr-16
Incremento da rendibilidade não inibe diferenças significativas dos NPL por país
O sector bancário da Zona Euro mais do que duplicou a A Zona Euro foi capaz de reduzir o seu rácio de
sua rentabilidade nos últimos 3 anos*, com crescimentos empréstimos em incumprimento (NPL) em 3 pontos
no retorno do capital próprio médio de 2,8% para 6,7% em percentuais para um valor médio de 9,6%. Os esforços em
2017 (vs ROE dos Bancos norte-americanos~9,5%). redução de NPL varia significativamente na Zona Euro: a
Irlanda e Chipre reduziram o seu rácio de NPL por quase
A capitalização (medida através do rácio Tier 1), aumentou 10% e 8% (respectivamente), enquanto a Eslovénia
em quase 3 pontos percentuais para um valor médio na aumentou o seu rácio em 13%.
Zona Euro de 17,9% (média dos bancos EUA de 13,4%).
O rácio de cobertura para o sector bancário aumentou
marginalmente de 41% para 42% nos últimos três anos.
55
30
50
25
45
20
40
15
35
10 30
5 25
-30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5 10 15 0 10 20 30 40 50 60
rácio de capital Tier 1 % rácio de cobertura %
2014 2017
2014 2017
Fonte: EBA (European Banking Authority), * data dísponivel relativo ao segundo trimestre 2017 Fonte: EBA (European Banking Authority)
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.3.4. EuropaPública
1. Dívida - Eleições em Itália
e Défice Fiscal 24
24
Os elevados riscos políticos que se antecipavam para A Itália é a 3ª maior economia na Zona Euro, e como tal,
2017 não se concretizaram, sendo que apenas a Áustria uma peça essencial na arquitectura da União Monetária.
irá formar um governo com um partido de extrema-direita.
O rally do mercado accionista FTSE MIB em 2017
As eleições legislativas na Itália são o principal risco comprova a suavização dos riscos no país, ainda que
político na Europa em 2018. algumas debilidades estruturais da economia não tenham
sido endereçadas.
PIB & DESEMPREGO – ITÁLIA VS. ZONA EURO MERCADOS ACCIONISTAS – ITÁLIA VS. ZONA EURO
4 14 26000 4000
3 24000
12
3500
Tx. Crescimento PIB (%)
2 22000
Tx. Desemprego (%)
10
1
Euro Stoxx 50
20000 3000
8
FTSE MIB
0 18000
6
-1 2500
16000
4
-2
14000
-3 2 2000
12000
-4 0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 10000 1500
jan-15 mai-15 set-15 jan-16 mai-16 set-16 jan-17 mai-17 set-17
Tx. Crescimento PIB - Itália Tx. Crescimento PIB - Zona Euro
FTSE MIB Euro Stoxx 50
Tx. Desemprego - Itália Tx. Desemprego Zona Euro
A instabilidade Governativa em Itália acaba por revelar-se O eleitorado italiano apresenta uma elevada fragmentação,
a norma no país transalpino. com as sondagens a indicarem que nenhum partido
consegue obter um governo maioritário sem coligação.
Contudo a ascensão do Movimento 5 Estrelas – liderado
pelo antigo comediante Beppe Grillo – com posições É expectável que com o aproximar das eleições, e
populistas e uma corrente eurocéptica exponencia riscos... consequente campanha eleitoral, os potenciais cenários de
governo sejam de mais fácil projecção.
… sobretudo considerando as opiniões menos favoráveis
dos italianos relativamente ao euro. As eleições deverão realizar-se entre Março-Maio de 2018.
35%
80 30%
75 25%
70 20%
65 15%
60 10%
55 5%
50 0%
45 July July July July Sept. Sept. Sept. Sept. Oct. Oct. Oct. Oct. Oct. Nov. Nov. Nov. Nov.
40 3 9 16 23 3 10 17 24 1 8 15 22 29 4 12 19 26
35 Democratic Party 5 Star Movement Forza Italia
30 Northern League Brothers of Italy Democratic Progressive
2012 2013 2014 2015 2016 2017
Italian Left Progressive Camp Popular Alternative
Europa: Que papel no Futuro? Timeline histórica e os desafios de uma maior integração
Riscos Geopolíticos
O crescimento anual do PIB acelerou em 2017 para,, no A recuperação macroeconómica foi essencialmente
mínimo, 2.5% (1.5% em 2016). Esta recuperação robusta acompanhada pela inédita recuperação da confiança dos
deverá continuar ao longo de 2018, com um crescimento consumidores.
do PIB em torno de 2%.
A confiança dos investidores, especialmente no mercado
A procura interna permaneceu como a base da da dívida soberana, foi reforçada significativamente com a
recuperação economica, com um forte impulso de reemissão do investment grading pela S&P em Setembro.
crescimento através da retoma do investimento e das
exportações. Simultaneamente, o turismo reforçou o seu
papel como pilar de crescimento económico.
6 0
Contribuição para o PIB real (%)
out-08 out-09 out-10 out-11 out-12 out-13 out-14 out-15 out-16 out-17
4
-10
2
-20
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 P
-2 -30
-4 -40
-6
-50
-8
-60
Consumo privado Consumo público Investimento Índice de confiança da índustria Índice de confiança dos consumidores
Exportação Importação PIB real
Fonte: INE Fonte: DG ECFIN, OECD
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.4.1. Portugal
1. Dívida - Enquadramento
Pública e Défice FiscalMacroeconómico 28
28
45 12 110
8
25
€ mil milhões
100
6
%
15
4 95
5
2
90
-5 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 P 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 P
Investimento público
Investimento (formação bruta de capital fixo)
BCE indicador de competitividade Custos laborais unitários
Taxa de poupança das famílias (rhs)
Pela primeira vez, Portugal conseguiu reduzir o seu stock O stock do crédito malparado por parte dos particulares e
de crédito malparados este ano (em 2.5% pontos empresas não financeiras totaliza circa € 16 mil milhões.
percentuais), mantendo ainda um rácio de crédito
malparado elevado de 17.5% (média do UE de 4.5%) Os rácios do crédito malparado são muito elevados nas
pequenas e médias empresas, particularmente no sector
A primeira iniciativa que endereça este problema - a da construção (cerca de 30% do total dos empréstimos) e
criação de uma plataforma do malparado – não se do mercado imobiliário (~20%).
qualifica como uma solução estrutural.
6% 30
10
€ mil milhões
Portugal 25
Itália 4% 8
%
20
2% 6
15
0% 4
10
-6% -5% -4% -3% -2% -1% 0% 1%
-2% 2 5
-4% 0 0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
-6%
-8%
Empréstimo vencido de empresas não financeiras
Mudança no crédito malparado Empréstimo vencido dos particulares
Rácio de crédito vencido das empresas não financeiras - construção (rhs)
Rácio de crédito vencido das empresas não financeiras - actividades imobiliárias (rhs)
Fonte: European Banking Authority(EBA), *última data disponível Segundo trimester 2017, comparação com período Fonte: Banco de Portugal
homólogo.
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.4.2. Portugal
1. Dívida – Temas
Pública em Destaque
e Défice Fiscal 30
30
Apenas o crédito ao consumo comecou a recuperar As taxas de juro dos novos empréstimos ao sector privado
consideravelmente este ano. continuaram a cair ao longo do ano.
CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMOS AO SECTOR PRIVADO (%YoY) TAXA DE JURO DOS NOVOS EMPRÉSTIMOS (%)
4
12
2
10
0
8
-2
6
-4
4
-6
2
-8
0
-10 ago-08 ago-09 ago-10 ago-11 ago-12 ago-13 ago-14 ago-15 ago-16 ago-17
set-10 set-11 set-12 set-13 set-14 set-15 set-16 set-17
Empréstimos às empresas não financeiras Taxa de juro: Novos empréstimos às empresas não financeiras
Empréstimos às familias (consumo, habitação, outros fins) Taxa de juro dos novos empréstimos às empresas não financeiras - EURIBOR spread
Taxa de juro: Novos empréstimos às familias (consumo)
Fonte: Banco de Portugal, BiG Research Fonte: Banco de Portugal, BiG Research
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.4.3. Portugal
1. Dívida - Condições
Pública e Déficedo Financiamento
Fiscal 31
31
Estatal
As condições financeiras do país melhoraram Portugal usou condições de financiamento favoráveis para
consideravelmente, tendo a recuperação robusta da amortizar grande parte dos elevados empréstimos
economia como a pedra fundamental que beneficiou ainda institucionais do FMI, liquidando mais de € 10 mil milhões
do upgrade para investment grade da S&P em Setembro. este ano (€ 4.5 mil milhões em 2016).
Portugal emitiu dívida pública no valor do mais de € 10 mil A maturidade média residual situa-se nos oito anos. A
milhões em 2017, com os custos de financiamento sobre parte dos títulos de dívida pública detida pelos residentes
títulos do estados com a maturidade de dez anos mais aumentou para mais de 55%.
baixos dos últimos dois anos.
€ mil milhões
OT 4.125% Apr 2027
% taxa de colocação
3,5 60
OT 2.875% Jul 2026
3 8
anos
40
2,5 6
Um dos sinais mais positivos da economia Japonesa é a Já não é a primeira vez que o crescimento dos salários
melhoria da balança corrente do país, num ano em que o Japoneses sobre acima do 1%, mas isso aliado à melhoria
iene valorizou contra o dólar. da balança corrente e às boas expectativas em relação à
economia asiática dá argumentos ao banco central para
O país beneficia da boa conjuntura do bloco asiático, que desfazer algumas das políticas menos ortodoxas que
começa finalmente a tresladar para o mercado de trabalho implementou ao longo dos últimos anos.
doméstico.
4,5 3
4
2
3,5
3 1
2,5
0
2
1,5 -1
1
-2
0,5
0 -3
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
O controlo da curva de taxas de juro soberanas é uma Num ambiente de retirada das medidas de política
dessas medidas. O Banco do Japão mantém a yield das monetária menos ortodoxas, tanto o iene, como o sector
obrigações soberanas a 10 anos nos 0%, financeiro do país poderiam beneficiar.
independentemente do montante que tem que comprar
para tal. Por outro lado, não é certo como o índice accionista
Japonês como um todo reagiria a uma subida de taxas de
Uma política muito pouco ortodoxa, que poderá ser juro no mercado de obrigações, ainda que ligeira.
revertida ao longo de 2018.
TAXA DE JURO SOBERANA A 10 ANOS E IENE JAPONÊS (%) SECTOR FINANCEIRO (MXJP0FN INDEX)
1,6 110
1,4
100
1,2 86,4
90
1
80
0,8
70
0,6
60
0,4
47,3
0,2 50
0 40
-0,2 30
-0,4 20
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
A inflação continua a ser o indicador chave no caso da Dito isto, um soft landing bastante prolongado continua a
China. Por muito endividamento ou shadow banking que o ser o cenário base para a economia chinesa.
país tenha abarcado nos últimos anos, devido à
centralização da sua economia, a inflação parece ser a O reforço do poder de Xi Jinping é um factor que pode
variável que representa mais risco para o país. motivar reformas mais aprofundadas, mas é pouco
provável que o Governo avance com medidas que causem
Durante 2017, esta manteve-se bastante contida, e dada a algum tipo de disrupção para a economia.
subida das taxas de juro nos mercados obrigacionistas,
espera-se que continue baixa durante 2018.
INFLAÇÃO É UM RISCO MAS TAXAS REAGEM A ISSO CRESCIMENTO ANUAL DO PIB EM SOFT LANDING
7 11
6
10
5
9
4
3 8
2
7
1
6
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
5
Yield soberana da China a 10 anos Inflação 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: OEC
Outlook 2018 | BiG
6.1. Estágio Macro Cíclico Global 36
2017 2018E
2017 2018E
Fase I Fase IV
Breakdown US Treasuries (p.b.) 2017 2018 YE BiG Research 2018 @1 stdev. (postQE)
Var (p.b.) Valor Low High Low High
Impacto Taxas Reais 10 Yr 1 45 10 35 -22 22
Impacto Breakeven 10 Yr -10 189 5 20 -18 18
US Treasuries/Projecção (p.b.) -9 235 250 290 195 275
20 4
3,5
15
3
10
2,5
5
2
~75 pb
0 1,5
-5 1
1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 2007 2010 2013 2016 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
US PIB Nominal (YoY) US 10Yr Treasuries Spread Médio UST LOW UST HIGH
Bunds & ECB – Post QE: Até que nível poderão chegar as taxas de juro da dívida Alemã?
A política de QE seguida pelo BCE também enviesou a O gráfico ilustra a dinâmica vigente entre o principal
dinâmica do swap spread em relação às Bunds. indicador de expectativa futura de inflação adoptado pelo
BCE (5Y5Y Inflation Forward) e a taxa de juro da dívida
Num cenário de redução gradual das compras do BCE da Alemã a 10 anos.
dívida alemã, este spread deverá estreitar no médio prazo,
pelo menos, até 20 p.b.. Numa lógica de retracement destes indicadores e tendo
em conta a reversão das políticas de estímulo pelo BCE,
Esta situação reitera a nossa confiança numa projecção acreditamos que a Bunds a 10 anos poderá situar-se entre
máxima da subida das taxas de juro na Alemanha (10 Yr) os 0,6%-1% no final de 2018.
até ao nível de 1% no médio prazo.
TANTRUM RETROSPECTIVE (TAPER, BUND E TRUMP) 5Y5Y INFLATION FORWARD VS. 10Y BUNDS
1,4 1,2
2 1,2
1,8 1,2 1
1
1,6 0,8
0,8 1
5y5y Inflation Foward
EUR Swap 10 Yr
1,4 0,6
Bund 10 Yr.
1,2 0,6 0,8
Bund 10 Yr
0,4
1 0,4 0,6
0,8 0,2
0,2
0,4
0,6 0
0
0,4 0,2 -0,2
0,2 -0,2
0 -0,4
0 -0,4 jan-15 mai-15 set-15 jan-16 mai-16 set-16 jan-17 mai-17 set-17
jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17
EUR Swap 10 Yr Bund 10 Yr
5y5y Inflation Forward Bund 10 Yr (drta)
290
300
240
190 IT PT
200
140
90 100
40
jan-17 mar-17 mai-17 jul-17 set-17 nov-17 0
1 3 5 7 9 11 13 15 17
10Y ESP Bund Spread 10Y PT Bund Spread 10Y IT Bund Spread classificação média por parte de Fitch, S&P, Moody’s
(convertida numéricamente)*
Fonte: Reuters Fonte: Reutera; BiG Research, *Avaliações de rating alfanumérico convertidas numa escala de
rating numérica, AAA"= 1,"D" =24, dados retirados em 19.12.2017
Outlook2017|
2018 BiG
| BiG
Outlook 40
40
4
1.7.1. Divisas
2. Crescimento do PIB e Conta Corrente
0
Valorização do USD poderá voltar a ser tema no mercado cambial em 2018
Para 2018, projectamos que o iene o euro apresentem a GBP -1,1 -1,4 -1,41 0,40 1,06
menor debilidade (do conjunto de divisas sob análise), vs. CNY 3,9 3,8 1,91 0,20 0,94
o dólar norte-americano. BRL 0 1,1 6,14 1,80 0,97
RUB -0,7 4,5 5,21 1,80 0,94
Fonte: Bloomberg
BALANÇAS CORRENTES (% DO PIB) DIVISAS CONTRA DÓLAR AMERICANO EM 2017
15%
10%
- vs. USD +
5% AUD
EUR
0% BRL JPY
NZD
JPY
-5% CNY GBP
KRW
-10%
MXN
CNY
-15%
BRL
-20%
dez-16 fev-17 abr-17 jun-17 ago-17 out-17 RUB
Fonte: Bloomberg Fonte: Big Research
Outlook2017|
2018 BiG
| BiG
Outlook 41
41
4
1.7.2. Commoditiesdo PIB e Conta Corrente
2. Crescimento
1
Mercado em equilíbrio via OPEC + Rússia
O acordo entre os membros da OPEC e outros produtores A produção de crude pelos Estados Unidos é cada vez
de crude como a Rússia permitiu a correcção do excesso mais eficiente, com estimativas a apontarem para uma
de oferta que deu azo a queda dos preços do crude. aceleração da tendência crescente no próximo ano
Esta correcção também ocorreu ao nível dos preços, que Assim, é expectável que a evolução do crude seja
terminam o ano com ganhos ligeiros. restringida pelo débil equilíbrio entre a procura e oferta,
com as estimativas do mercado para os preços para o WTI
Este acordo foi prolongado até ao final de 2018 na última e Brent no próximo ano entre os USD 55/bbl e USD 60/bbl.
reunião da OPEP, sustentado assim a manutenção do
actual equilíbrio nos mercados.
PROCURA E OFERTA DE CRUDE (MMb/d) ESTIMATIVA PREÇOS
102 70 17
100 65 16
98
WTI/Brent (USD/BBL)
15
96
55
94 14
92 50
13
90 45
88 12
40
86
35 11
84
2012-Q1
2012-Q2
2012-Q3
2012-Q4
2013-Q1
2013-Q2
2013-Q3
2013-Q4
2014-Q1
2014-Q2
2014-Q3
2014-Q4
2015-Q1
2015-Q2
2015-Q3
2015-Q4
2016-Q1
2016-Q2
2016-Q3
2016-Q4
2017-Q1
2017-Q2
2017-Q3
2017-Q4
2018-Q1
2018-Q2
2018-Q3
2018-Q4
30 10
mar-15 set-15 mar-16 set-16 mar-17 set-17 mar-18 set-18
Fonte: Short-Term Energy Outlook (Dez 2017) Fonte: Bloomberg; Short-Term Energy Outlook (Dez 2017)
Nota: Estimativas a partir de 4Q17 (inclusive) Nota: Estimativas a partir de 4Q17 (inclusive)
Outlook2017|
2018 BiG
| BiG
Outlook 42
42
4
1.7.2. Commoditiesdo PIB e Conta Corrente
2. Crescimento
2
Correlações históricas entre activos em teste
O ouro foi um dos activos em destaque no ano de 2017, A tendência positiva dos países emergentes no ano findo
beneficiando do incrementar das tensões geopolíticas. não foi acompanhada por igual desempenho das
commodities.
Este incrementar de tensões geopolíticas não foi
cristalizado na volatilidade do mercado, que registou novos Esta dissociação espelha a redução da forte correlação
mínimos, reduzindo consequentemente a correlação positiva entre as commodities e os emergentes que foi
(negativa!) entre o VIX (proxy da volatilidade) e o ouro. observada em 2015 e 2016.
O USD, por outro lado, apresenta uma correlação
(negativa!) mais forte com o ouro.
OURO – CORRELAÇÃO VS. VOLATILIDADE E USD DECOUPLING ENTRE EMERGENTES E COMMODITIES (BASE 100)
0,1 140 1
0 0,9
120
-0,1 0,8
-0,2 100 0,7
-0,3 0,6
Correlação
80
-0,4 Índices 0,5
-0,5 60
0,4
-0,6
40 0,3
-0,7
0,2
-0,8 20
0,1
-0,9
-1 0 0
jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17
Correlação Ouro e VIX Correlação Ouro e USD MSCI Índices Emergentes Bloomberg Índice Commodities Correlação
Não obstante importantes diferenças entre países, Identificamos, numa perspectiva fundamental, os mercados
caracteristicamente os mercados emergentes apresentam da Rússia, Turquia e Arábia Saudita. México pode ser
um maior nível de risco, coincidente com um maior interessante numa lógica de hedge para tensões US-China.
potencial de retorno.
A Arábia Saudita poderá beneficiar de uma introdução nos
índices de mercados emergentes da MSCI em 2018, após a
sua adição à watch list para um potencial upgrade (Jun/17).
MERCADOS EMERGENTES – BALANÇA COMERCIAL VS. PIB MERCADOS EMERGENTES – AVALIAÇÃO FUNDAMENTAL
2018E
25
10
20
Balança Corrente (2018E, % PIB)
6 15
PER
4
10
2
5
0
0
-2
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
0 1 2 3 4 5 6 7 8
YTD (%)
Tx. Crescimento PIB 2018E
Fonte: Bloomberg
Outlook2017|
2018 BiG
| BiG
Outlook 45
45
4
1.8.1. Avaliação Global
2. Crescimento do PIB e Conta Corrente
5
Nível de avaliações do mercado de acções continua a favorecer Europa vs EUA (i)
Em 2017 tivemos mais um ano de encarecimento do Nos EUA, o dividend yield do S&P 500 está actualmente
mercado accionista em termo de múltiplos de preço, mas em linha com a sua mediana dos últimos 15 anos e já se
ao contrário do ano passado, este ano também assistimos encontra abaixo da yield das obrigações soberanas a 10
a um encarecimento em termos de yield. anos.
Ainda assim, o investimento nas acções continua a fazer Na Europa, o dividend yield do Euro Stoxx 600 já está
sentido devido ao ambiente de baixíssimas taxas de juro abaixo da sua mediana histórica mas continua bem acima
em que vivemos actualmente. das yields oferecidas pelas obrigações soberanas. Algo
que suporta a avaliação.
3,5 7,0
2,0
6,0
3,0 1,0
Dividend yield
Dividend yield
5,0
P/S
P/S
1,5 2,5
4,0
2,0 0,5
3,0
1,0
1,5 2,0
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
P/S P/S mediana Dividend yield DY mediana P/S P/S mediana Dividend yield DY mediana
O perfil de maior crescimento do índice S&P 500 dá-lhe Na Europa, o perfil de crescimento é menos atractivo,
mais alguma margem para aceleração do crescimento das esperando-se que o crescimento das receitas do índice
receitas ao longo dos próximos anos, em conjunto com o chegue mais facilmente ao seu pico. Do lado das margens
potencial de melhoria de margens operacionais. operacionais, também existe margem para melhorias.
Margem EBITDA
10%
10% 10%
5% 5%
5% 5%
0% 0%
0% 0%
-5% -5% -5% -5%
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Crescimento anual das receitas Margem EBITDA Crescimento anual das receitas Margem EBITDA
Fonte: Oxford Economic Forecasts; Emsi database; US Bureau of Labor Statistics; McKinsey Global Institute analysis Fonte: McKinsey Global Institute - A Future That Works: Automation, Employment, And Productivity
Outlook2017|
Outlook 2018|BiG
BiG
1.8.1. Avaliação
1. Dívida Global
Pública e Défice Fiscal 47
47
As empresas de menor dimensão (vulgo small caps) são Ainda que a prémio face aos índices large cap dos Estados
um dos activos mais beneficiam com a reforma fiscal em Unidos, o Russell 2000 (índice de small caps) encontra-se
curso no Congresso dos Estados Unidos. a desconto face à sua média histórica.
O efeito decorre por duas vias: menor imposto corporativo, Este desconto face à média, a reforma fiscal e as
que resulta em maiores lucros; e maior procura por parte expectativas de um pick-up moderado de inflação,
de consumidores (que também são alvo de corte de espelhadas pela evolução recente do breakeven,
impostos). sustentam assim uma visão positiva para as small caps.
115 2,2
50
2,07%
45
Uma das questões que mais tem sido abordada em relação Por outro lado, o peso dos quatro maiores constituintes
ao S&P 500 é o aumento do peso dos grandes nomes do também não é maior do que fora noutras alturas.
sector tecnológico, e da influência que isso tem tido nos
retornos do índice. Os quatro maiores constituintes do índice representaram
noutros anos cerca de 10% do índice e é mais ou menos
Uma análise histórica mostra-nos que os ritmos de isso que representam actualmente. Não identificamos
crescimento dos principais constituintes do S&P 500 não demasiada concentração no índice accionista.
são descabidos quando comparados com outras alturas.
10 MAIORES CONSTITUINTES DO S&P 500 ESTIMATIVAS DO PESO DOS 4 MAIORES CONSTITUINTES DO S&P 500
14% 6%
12%
5%
10%
4%
8%
6% 3%
4%
2%
2%
1%
0%
1997 2002 2007 2012 2017*
0%
Mediana Crescimento das receitas Mediana Earnings yield US Treasury 10y yield 2002 2007 2012 2017
Dentro do leque de acções com um perfil de crescimento, Dentro das acções que consideramos ter perfil de
que têm histórico de crescimento de receitas alto, com rendimento, caracterizadas por rentabilidades do dividendo
margens atractivas, e baixo endividamento, destacamos: mais altas, margens operacionais estáveis, e negócios
mais maduros, destacamos:
• Kering
• BASF
• SAP
• Michelin
• Merck kGaA
• AXA
16 25
14
20
12
10 15
Kering Basf
8 Michelin
SAP AXA
Merck kGaA 10
6
4
5
2
0 0
10 15 20 25 30 35 40 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
PER est 2018 Dividend yield (%)
IG HY IG HY
Nota:
• Spreads Corporate – Visão associada à perspectiva da evolução dos segmentos em preço;
** Spreads Soberanos – Visão associada à perspectiva de compressão/alargamento
(positiva/negativa) dos Spreads na Periferia vs Bunds Legenda
Overweight
Slight Overweight
Neutral / Market Perform
Slight Underweight
Underweight
Outlook 2018| BiG
9.2. Estimativas Preço S&P 500 & Euro Stoxx 50 51
4300
4200 +15%
4100
3900 90% prob
3700
3700 +5%
3200 3500
3300 -5%
2700 3100
2900
2200 2700
2014 2015 2016 2017 2500
2015 2016 2017 2018
Actual (2014-2016) Bear Case
Actual (2015-2017) Bear Case
Base Case Bull Case
Base Case Bull Case
Actual (2017)
Fonte: Bloomberg; Research BiG Fonte: Bloomberg; Research BiG
Outlook 2018| BiG
9.3. Performance Top Calls 2017 52
2017: Performance Real Mercados/Classes de Activos vs. Outlook Research BiG 2017
Suavização de riscos políticos na Europa Top Picks Portugal: The Navigator Company;
2018
landing da economia?
40% 44%
28% 24% 32%
24%
4% 4%
32%
28%
24%
12%
4%
0%
2018
42%
40%
32%
0% 4% 12% 8% 8%
0%
<2% 2%/2,50% 2,50%/3% >3%
<-15% -15%/-5% -5%/0 0%/5% 5%-15% >15%
Em que níveis estarão as Bunds (10 Yr) no final de Qual a expectativa para o nível de spreads de dívida
2018? Portuguesa vs Bunds (10 Yr) no final de 2018?
64% 44%
4% 0% 4%
0%
Europa *
Banca Tecnologia SAP
Portugal Mat.-Primas * Farmacêutica Merck KGaA
Emergentes
Consumo Discrionário (ex. Autos) * Segurador Axa
Defensivas (Europa)
Autos Industrial Basf
Cíclicas (Europa) *
ESTILO
Segurador *
PREÇO)
USD-JPY **
Slight Underweight
GBP-USD
Underweight
Outros Commodities *
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Este documento foi preparado exclusivamente para fins informativos, baseando-se em informações
disponíveis para o público em geral e recolhida de fontes consideradas de confiança. O BiG não assume
qualquer responsabilidade pela correcção integral da informação disponibilizada, nem deve entender-se
nada do aqui é constante como indicador de que quaisquer resultados serão alcançados. Chama-se
particularmente a atenção para o facto de que os resultados previstos são susceptíveis de alteração em
função de modificações que se venham a verificar nos pressupostos que serviram de base à informação
agora disponibilizada. Adverte-se igualmente que o comportamento anterior de qualquer valor mobiliário
não é indicativo de manutenção de comportamento idêntico no futuro, bem como que o preço de
quaisquer valores pode ser alterado sem qualquer aviso prévio. Alterações nas taxas de câmbio de
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