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Universidade Federal do Acre

Centro do Filosofia e Ciências Humanas

Coordenação do Curso Bacharelado em Geografia

Disciplina: Geografia Política

Discente: Nelciano Lima de Souza

Docente: Valtemir

Resenha e analise crítica sobre

O Estado e as Políticas Territoriais no Brasil

Rio Branco acre 20 de Setembro de 2011


A Geopolítica Portuguesa na Colônia

O que é Geopolitica ? é um campo do conhecimento multidisciplinar onde


busca entender as relações recíprocas entre o poder político nacional e espaço
geográfico, tais como a localização,território,posse de recursos naturais e
contingente populacional procura responder a seguinte questão até que ponto
a ação dos estados nacionais é ou não determinada pela situação
geográfica,tendo em si duas finalidades a primeira orientar a atuação dos
governos no cenário mundial e a outra permitir uma análise mais precisa das
relações internacionais,citaram José W. Vesentini; não é uma simples
contração de geografia política, como pensam alguns, mas sim algo que diz
respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como a noção de
poder e também citaram Bertha Becker : A geopolítica sempre se caracterizou
pela presença de pressões de todo tipo, intervenções no cenário internacional
desde as mais brandas até guerras e conquistas de territórios. A normatização
metodológica da geopolítica ocorreu no século XIX. O “pai” da geopolítica foi
um geógrafo alemão FRIEDRICH RATZEL (1844-1904), exemplo a visita de
OBAMA ao Brasil ele veio logicamente pensando em assinar acordos ,
pensando numa estratégia política tentando convençer.

A periodização da historia do Brasil: Prê descobrimento antes de 1500


onde Portugal entregou mais fixava e expandiam o povoamento, fazendo
impedir que não houvesse invasão no território. Colônia;1500-
1822.Império:1822-1889 foi uma área da África mais colonizada tornar índios
escravos,em 1709 tratado e em 1889 varias divisões foram criada.República :
1889 Período atual.

A montagem do território Colonial: Em 1530 a primeira expedição


colonizadora se deram conta pelos Holandeses, Ingleses e Franceses.Depois
se criou as capitanias hereditárias no total foram 15 cada uma com 1
governador 100 200 anos a únicas foram de São Vicente e Pernambuco que na
época se tornariam dois estados 1573, em 1549 foi criado o governo geral
burocrático melhor dizendo as estratégias de ocupação : estratégia portuguesa
para manutenção da terra,colonização,semi-privada e as sesmarias contou
como resultado a pecuária extensiva no sertão nordestino jesuitas pelo Oeste
do território séc. XVII comercio de gado, bandeirantes não promoverão a
ocupação efetiva mas abriram vias para circulações furas, descobertas de ouro
e predas preciosas. Informações : Tratado de Tordesilhas que ocorreu no dia
07 de junho de 1494.
Estado Nacional e Unidade Territorial

O descontentamento das populações regionais e locais , que tinah como


alvo os portugueses, aos poucos se dirige também aos novos dono do poder,
na verdade a antiga classe dos grandes proprietários rurais. Durante toda a
fase do chamado primeiro reinado, até a abdicação de D. Pedro I,as revoltas
eclodiram nas ruas da capital e nas províncias.

Colocando em xeque não apenas a nova ordem política(principalmente


após a dissolução da Assembléia Constituinte pelo imperador), que frustara
completamente o anseio de mudanças por parte das classes subaltemas, como
também a própria idéia de unidade nacional.Como se verá adiante,a
emancipação política da nação emergente pagaria um alto preço ao torna-se
independente, o país teria que costurar a sua própria unidade, resolver suas
contradições internas, que eram sociais, econômicas, políticas , mas também
geopolíticas.

Guerras e revoltas revoluções ,Período colonial 1500 a 1822, Transformações


durante o regime,decadência do pólo dinâmico da economia,deslocamento da
sede rio de janeiro,Cabanagem:Período histórico 1835 a 1840,Local de conflito:
Pará.

Contexto histórico:Terminado a luta pela independência e instalado o


governo provincial,A helite fazendeira embora com melhores condições em
julho de 1831,a falta de participação estourou uma rebelião durante 10 meses a
helite viveu aterrorizada,a cabanagem porém não acabou.

Balaiada:

Periodo histórico 1838 a 1840,Tomada de Caxias, venceram alguns


combates depois da morte , começou a diminuir ,Sabinada:,1837 a 1838
,Liberado pelo medico Sabino.Insurreição praieira:Período histórico 1848 a
1850.Atores envolvidos nativos,Absolutismo de Dom Pedro II , a insurreição
esta inserida no contexto socialista.Farroupilha:Período histórico 1835 a 1845
Modernização Centralizadora

Revolução de 1930 pôs fim à Primeira República ,sendo que na a Primeira


República, o controle político e econômico do país estava nas mãos de
fazendeiros, mesmo se as atividades urbanas eram o pólo mais dinâmico da
sociedade ,acabou com a hegemonia da burguesia do café,com a crise mundial
do capitalismo em 1929, a economia cafeeira não conseguiu manter-se; O
Presidente Washington Luís (1926-1930), com algumas medidas, tentou conter
a crise no Brasil, mas em vão

A partir de 1930 o aparelho estatal se moderniza e são criados


ministérios,foi a Revolução que deu Valor a Assembléia Constituinte. A
Revolução Constitucionalista 1932 os motivos foram a nomeação de interventor
pernambucano para SP (João Alberto); Criação de uma Nova Constituição; e a
restituição da autonomia de SP,política de alto consumo,Estados Unidos entra
em declínio,muita oferta,pouco consumo, queda da bolsa pais da sobremesa.

Cria o ministério do trabalho e da educação houve uma guerra de 90 dias


Justiça do Trabalho: Criação de Leis de proteção aos trabalhadores;Eleição
ocorreria em 38, mas não aconteceu pois Vargas deu o golpe destacaram
algumas leis como descanso semanal remunerado,Carteira profissional,Salário
mínimo,Jornada de 8h de trabalho,Férias remuneradas, proteção as crianças e
gestantes.Getulio concentra o poder em suas mãos com o apoio das
oligarquias estaduais e nomeia homens de confiança para administra o estado,
alguns argumentos foram os riscos de um campanha eleitoral que podia da
inicio a novas manifestações sociais e abri espaço para um golpe comunista

Plano Cohen foi um documento forjado que foi atribuído aos comunistas
que descrevia estratégia revolucionaria para a tomada do poder,DEZ/1937
Getulio faz um pronunciamento na radio delatando o suposto plano e anuncia o
Novo Estado,as eleições foram suspensas o congresso foi fechado e a
constituição de 1934 foi substituída.

O estado Novo surgi através do golpe de 37,a centralização político e


administrativo,criação da DASP serviço publico,criação de outros órgãos,IBGE,
surge a moeda CRUZEIRO,Participação do Brasil na 2 Guerra,Saida de Getúlio
1945,Políticas de Integração,1945 até 51 como senador,voltando depois as
políticas econômicas e a PRESIDÊNCIA .
As políticas territoriais nos anos 50

Apesar do esforço,modernizador do governo Vargas durante o chamado


Estado Novo,foram poucas as iniciativas voltadas explicitamente para as
questões envolvendo os problemas regionais e urbanos do país.Mesmo assim,
apesar de esparsas e marcadas pelo imediatismo ou descontinuidade, elas
revelam o inicio das preocupações governamentais com essas questões. Até a
década de 50 a questão nordestina por exemplo, sempre foi vista em sua
dimensão mais conhecida qual seja, a da sucessão de secas e seus efeitos de
toda ordem. A Amazônia também faz parte de alguma preocupação
governamental, desde 1912, quando foi criada a Superintendência de Defesa
da borracha, medida que visava proteger os preços do produto brasileiro frente
á concorrência estrangeira.Como no caso de Nordeste, não se tratava,também
aqui, de uma ação abrangente para a região, mas tão-somente de medida
pontual e conjuntural.De modo , essa iniciativa já indicava uma dada linha de
ação que se desdobraria nas décadas seguintes.Na primeira metade da
década de 50, dois processos fundamentais, cujas bases foram lançadas na
década de 30, tiveram continuidade em ritmo acelerado; a industrialização,
principalmente aquela impulsionada pelo Estado nos setores básicos da
estrutura industrial e, paralela e condição desta, a modernização do Estado,
interessando particularmente ao seu aparelho econômico.

Para alcançar os objetivos de um desenvolvimento industrial acelerado e o


mais auto-sustentado possível o estado priorizou suas políticas públicas e seus
investimentos em, programas maciços de infra-estrutura, energia e transportes.

Os investimentos durante a execução do plano provinham de duas fontes


principais: recursos do tesouro nacional ( energia,transportes, siderurgia,
construção de Brasília e obras de infra-estrutura em geral) e recursos externos,
canalizados basicamente sob a forma de capitais produtivos).

Essa estratégia permitiu o cumprimento de praticamente todas as metas


principais previstas inicialmente, destacamos dois aspectos do Plano o primeiro
se refere ao setor de transportes , privilegiou-se como é bastante conhecido, as
rodovias, principalmente as de escala nacional, ou seja, aquelas capazes de
promover a integração do espaço econômico do pais como um todo.

O segundo aspecto nos interessa de perto diz respeito a construção de


Brasília. O processo que precedeu a sua construção, bem como o seu
significado político, ideológico, arquitetônico, etc.. já foram bastantes estudados
por diversos autores.
As políticas territoriais após 1964

O enfoque regional nos planos globais de desenvolvimento na década de


50 políticas econômicas formuladas pelo estado integrada em macro
plano,década de 60 fortalecimento das políticas econômicas no governo de
João Goulart com o Plano Trienal.Em 1964 ocorreu o golpe militar que depôs
João Goulart ,o planejamento econômico e regional sofreram mudanças que
iriam transformar a política territorial do país,o poder do estado totalmente
autoritário,a centralização tinha a “necessidade” do governo coordenar as
políticas econômicas em novembro de 1969, surge o PAEG ( Programa de
Ação econômica do Governo,necessidade da ocupação econômica da
Amazônia.

Surgimento do Plano Decenal de Desenvolvimento Econômico e Social


(1967 – 1976) . O objetivo do estado era a integração Nacional surge o
Programa estratégico do Governo (1968 – 1970), Polos Industriais,na década
de 70, surge o 1 PND (Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social, e em 1974 o 2 PND ,SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da
Amazônia) e BASA (Banco da Amazônia).As ocupações na Amazônia tinham
duas finalidades, a sua incorporação a economia nacional e a preservação das
fronteiras internacionais

Os empreendimentos estatais e privados na década de 70, são os


elementos chave para a transformação da Amazônia os aspectos climáticos e
biogeográficos do ecossistema Amazônico, ainda não é controlado pela
ciência.As pesquisas realizadas pelo projeto RADAM (Radar na Amazônia)
estações meteorológicas, satélites, e trabalhos de campo geraram progresso
no conhecimento Amazônico.Terminado o ciclo da Borracha, a Amazônia volta
a sua tradicionalidade e,na década de 60, o Plano de Metas teve sucesso,
gerando rodovias que ligavam o sul e o norte.

A SUDAM e o BASA, foram os responsáveis pela ocupação das políticas


territoriais, reesultados da intervenção federal desde a SUDAM (1966) foram:
A intervenção federal modificou a vida regional tradicional,as instalações
econômicas tornaram-se assuntos geopolíticos de interesse nacional e
internacional, área com alto grau de desmatamento,Mão-de-obra imensa
gerando desemprego e subemprego,Invasão de terras indígenas,a Amazônia
foi integrada à economia nacional.
Analise critica

A construção da PNOT se dá em cenário de mudança de sentido das


políticas territoriais do Estado brasileiro. Novos sentidos de políticas territoriais
contemporâneas inserem-se em cenários de globalização, inserção
sulamericana, reformas do Estado territorial e de incertezas de paradigmas
das políticas públicas após a crise e o fim do Estado Desenvolvimentista.
Ressalte-se que a construção da PNOT no Brasil inicia-se somente quinze
anos após a promulgação da Constituição de 1988, em 2003, o que
caracteriza-se como um descompasso com as experiências internacionais do
gênero.

Entende-se que política territorial se configura pelo conjunto de enfoques


estratégicos, a médio e longo prazo, assim como pelas correspondentes
formulações de atuação, dirigidas a intervir sobre o território, a fim de que
assuma as formas que sejam adequadas ao conjunto dos interesses que
controlam o poder político (Sanchez, 1992, p. 72). A posse e o controle do
território têm, classicamente, sustentado a construção do Estado no Brasil, o
qual antecede, historicamente, a própria nação. A relação clássica entre
Estado e território aponta para a implantação das formas estruturantes deste
último pelo papel dirigente do poder unidimensional do Estado. No pós-30, o
Estado Desenvolvimentista consolida as principais infra-estruturas estratégicas
nacionais e, com isso, assume o papel de principal artífice da construção da
nação. O Estado Desenvolvimentista brasileiro, de corte cepalino, implementa,
a partir dos anos 40, um núcleo de consenso desenvolvimentista análogo ao
keynesianismo europeu. De corte explicitamente geopolítico no pós-64, o
Estado autoritário brasileiro enfrenta, a partir dos anos 80, o esvaziamento de
suas propostas e viabilidades com a crise do Estado Desenvolvimentista.

A crise do petróleo a partir de 1973 e a emergência do sistema financeiro


internacional globalizado provocam, na maioria dos países que adotam
modelos semelhantes de desenvolvimento, modificações nos campos da
economia, das idéias e das instituições. O Brasil, um dos maiores exemplos do
projeto desenvolvimentista de corte cepalino chega aos anos 90 sem haver
mudado tal projeto, o qual vinha mantendo o país ainda dentro dos moldes do
processo substitutivo de importações.

O processo de globalização já em curso nos anos 80, as transformações do


sistema capitalista como um todo, a falência do planejamento centralizado e o
fim dos padrões tecnológicos dominantes desde o pós-guerra, associados ao
ideário político-econômico liberal, passam a fornecer as grandes linhas em que
passam a se inspirar as ações que visam às reestruturações econômicas e
territoriais. A década de 90 e a crise dos Estados Desenvolvimentistas
periféricos representam, portanto, rupturas de paradigmas socioeconômicos e
políticos com significados e alcances tão ou mais profundos do que a própria
constituição dos Estados Nacionais sul-americanos, no século XIX.

A crise do nacional-desenvolvimentismo e do planejamento centralizado; as


redefinições da geopolítica clássica que perde seus sentidos originais; a
tendência às economias flexíveis e à “flexibilização dos lugares”, pela alta
mobilização do capital e a inserção subordinada dos territórios nacionais
periféricos no processo de globalização financeira e de mercados, e a
emergência dos processos políticos descentralizantes na face do processo de
redemocratização conduzem os Estados do Sul, como um todo e
especialmente aos latino-americanos, como o Brasil, a reatualizar suas
políticas externas e internas e a requalificar suas opções e necessidades de
ordenação territorial e de desenvolvimento.

Os anos 90 e o início do século XXI são tempos de globalização financeira e


de industrializações crescentemente flexíveis, de sistemas territorializados de
produção, de capitais sem compromissos com os lugares; de investimentos e
desinvestimentos em mercados financeiros voláteis; de ameaças constantes
aos Estados nacionais pela intempéries financeiras assim dizendo ; pelas
desregulamentações unilaterais de mercado dos países do Sul e pelos novos
protecionismos dos mercados dos países do Norte. Além disso, após o mais
longo período da história do Brasil Republicano, o Brasil ainda está emergindo
do totalitarismo que assolou gerações e inteligências. A redemocratização
prenuncia, efetivamente, que os atores civis das comunidades locais e
regionais saberão, crescentemente, desenvolver experiências associativas
comunitárias nas quais o poder de Estado será respeitado enquanto ordenador
jurídico político, mas não como interventor dos destinos da vida cotidiana das
populações.

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