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Decreto n.º 26.

579 de 1º de junho de 2006


Regulamenta o § 6.º do art. 2.º da Lei Complementar N.º 40 de 20 de julho de 1999, que trata
da adequação da obrigação de doação de terrenos e construção de escolas aos
empreendimentos de interesse social destinados à população de baixa renda.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e
considerando que o § 6.º do art. 2.º da Lei N.º 40 de 20 de julho de 1999, introduzido pelo art.
2.º da Lei Complementar n.º 75 de 10 de fevereiro de 2005, preceitua que as obrigações
referentes à cessão gratuita de lote e de escola a ser nele construída para empreendimentos
com mais de quinhentas unidades residenciais – estendidas aos conjuntos integrados –
deverão ter seus padrões, custos e projetos compatibilizados com as especificidades dos
empreendimentos habitacionais destinados à população de baixa renda;
considerando o disposto nos artigos 133 e 134 do Regulamento de Zoneamento aprovado pelo
Decreto N.º 322/76;
considerando a necessidade de estabelecer parâmetros que definam como se dará a
compatibilização entre o cumprimento da obrigação de construção de escolas em função do
caráter social do empreendimento, de modo a não inviabilizá-lo financeiramente;
considerando o estabelecido pela política do governo federal, no sentido de promover ações
facilitadoras e redutoras dos custos de produção dos imóveis destinados à população de baixa
renda;
DECRETA
Art. 1.º A construção de conjuntos integrados de edificações, projetados em áreas de terrenos
contínuos, objeto de loteamento ou desmembramento, ainda que isoladamente apresentem
menos de quinhentas unidades residenciais, mas que na sua totalidade ultrapassem esse limite,
desde que destinados à empreendimentos de interesse social, dependerá da comprovação de
efetivação de depósito em espécie, correspondente a percentual do valor do empreendimento
em conta vinculada específica da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, que será destinado à
construção, reformas ou acréscimos em uma ou mais unidades escolares existentes ou em
creches da rede pública municipal.
Art 2.º Ficam excluídos da obrigação a que se refere o caput do art 1.º os empreendimentos
destinados à população com renda mensal inferior ou igual a quatro salários mínimos.
§ 1.º Para os empreendimentos habitacionais destinados à população com renda acima de
quatro e até seis salários mínimos a percentagem sobre o valor total do empreendimento será
igual a 0,5%.
§ 2.º Para os empreendimentos habitacionais detinados à população com renda acima de seis
salários mínimos a percentagem sobre o valor total do empreendimento será igual a 1%.
Art 3.º Caberá à Secretaria Municipal de Habitação estabelecer o enquadramento de que trata o
artigo anterior.
Art 4.º A Secretaria Municipal de Educação, sempre que lhe convier, poderá determinar que o
empreendedor cumpra a obrigação de que trata o caput do art 1.º através da realização de
construção, reformas ou acréscimos em uma ou mais unidades escolares existentes ou em
creches da rede pública municipal que indicar, respeitando a compatibilidade entre o valor da
doação obrigatória e o valor da obra a ser realizada.
§ 1.º Caberá à Secretaria Municipal de Habitação elaborar os projetos, a especificação dos
materiais adequados, o levantamento dos custos, o acompanhamento e a fiscalização das
obras.
§ 2.º A concessão do “habite-se” para o empreendimento ficará condicionada à aceitação das
obras pela comissão permanente de aceitação de obras de escolas instituída pela Resolução
Conjunta SME/SMO/SMU/SMH n.º 01 de 23/12/03.
Art. 5.º O caráter da destinação por interesse social conforme o caput do artigo 1º, será
reconhecido e autorizado diretamente pelo Prefeito, por encaminhamento da Secretaria
Municipal de Habitação.
Art. 6.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 1º de junho de 2006 - 442.º ano da fundação da cidade.
CESAR MAIA
DO RIO de 02/06/06

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