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Aula de Didática 10-03-10

Vocês se lembram quando eu falei que embora as influências sociais sejam notórias elas não deveriam ser
as influências mais importantes para a construção de uma didática.Porém para não sermos influenciados
inconscientemente pelas ideologias sociais em nossa didática é importante termos uma visão ainda que
limitada como estas ideologias sociais influenciam a nossa prática educativa.

Por isto a Didática esta fundamentada em um modelo de Pedagogia. Que por sua vez está alicerçada em
um modelo de Sociedade, o qual está envolvida por uma determinada época Cultural.

 O que é Didática: é a parte da Pedagogia que se ocupa com os métodos e técnicas para o ensino,
vem da expressão grega Τεχνή διδακτική (techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou
técnica de ensinar.
 O que é Pedagogia: é a ciência cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica
do processo educativo.
 O que é Sociedade: Palavra polissêmica (Biologia,Economia, Sociologia) No sentido aqui
pretendido, Sociedade é o conjunto macro de pessoas unidas por tradições, crenças ou valores
políticos, econòmicos e culturais comuns (por exemplo, Judaico-Cristã, Oriental, Ocidental etc.).
 O que é Época Cultural: É o período que estabelece uma cosmovisão própria, do qual parte o
modelo a imagem do ser humano necessário ao período histórico.

Quais modelos de Pedagogia a sociedade moderna conheceu e em certo sentido ainda conhece.

 Pedagogia Tradicional
 Pedagogia Nova
 Pedagogia Tecnicista

Quais ideais pedagógicos cada época cultural construiu.

 O ideal grego era o homem ginasta (Palestra,Orchaestra).Não era o homem musculoso que a
cultura grega esperava construir e sim o homem desenvolviddo na harmonia corporal e mental(
então temos o Homem Belo), de modo que o corpo pudesse ser um perfeito instrumento do
espírito.Para isto a educação se dava na Palestra por meio da ginástica e na mesma proporção na
orchaestra onde eram ensinadas a dança e a música.

 O ideal romano era o reitor. Ou seja, o orador, capaz de convencer outras pessoas pela palavra e
guia-las no Estado.A educação era orientada no sentido de falar retoricamente, com eloquência
(aqui temos o Falar Belo), a partir deste momento tudo passa a ser entendido como comunicação,
fala, para os romanos não somente a oratória falava, mas também seu comportamento.

 O ideal da idade média era o doutor.neste período começa a se valorizar o homem que muito
pensa. O ser humano vai se encaminhanddo cada vez mais para o pensamento abstrato, o
acúmulo de informações.O centro passa a ser o cérebro (aqui temos o Pensamento belo). Começa
a nascer o ser humano de cabeça grande e a morrer o ser humano integral.

 O ideal da Revolução Industrial é o homem especializado. A escola deve procurar cada vez mais
cedo em formar um ser humano especialista, deixando de lado qualquer aspecto supérfluo, a fim
de preparar o homem –esteira. Aqui o racíocinio deve ser o menos profundo possível, ele deve
ser mecânico, repetitivo(Aqui temos o Especialista Belo)

 O ideal do Darwinismo é o homem-soldado. A escola passa a ser o centro de formação para o


sujeito competidor, sobrevive e vence o mais forte(aqui temos o competidor belo). A ênfase se dá
inconscientemente na inimizade, egoísmo, desensibilização, etc...

 O ideal da Sociedade da Informação é o ser humano fragmentado, dominado pela sua própria
subjetividade,
Didática

Até este momento temos analisado como as influências sócio-econômica-culturais interagem em


nós e acabam por direcionar nossa didática, ou seja, influenciar as metodologias de ensino que
usamos para transmitir determinado conteúdo, carregado de cosmovisão, estilo de vida e
conceitos.

Embora seja imprecindível, termos esta consciência e de maneira alguma negligenciarmos esta
verdade histórica, pois em parte somos produto do meio em que vivemos, não podemos de
forma alguma esquecer, que trabalhamos com seres humanos, que são muito mais complexos do
que possa imaginar o senso comum e a perspectiva sócio-cultural de analisarmos o ser humano.

Desta forma, precisamos saber que além de termos influências externas, as quais nos levam a
comportar-se e a pensar de determinada maneira, nós como seres humanos também possuimos
toda uma carga genética, psicológica e espiritual que se bem estudadas, podem nos ajudar a
ensinar o próximo, de forma não meramente unilateral, ou seja, somente através do viés das
influências externas, mas também de uma maneira omnilateral, enxergando o ser humano como
um ser constituido e construido por espírito, alma e corpo, além das influências externas
mencionadas acima. Ao tratarmos desta constituição, não iremos tratá-las de forma
individualizadas, pois elas na verdade de alguma forma que a ciência ainda não conseguiu
descobrir estão intrisicamente ligadas, assim sendo, tanto corpo como a alma e o espírito juntos,
inseparavelmente formam o ser humano completo e assim devem ser estudados para podermos
ensinar da melhor forma possível.

1. Corpo: O ser humano já nasce completo, porém certas áreas precisam de tempo para
amadurecerem afim de serem plenamente usadas. Isto diz respeito a estrutura total do
ser humano, o pulmão do embrião por exemplo fica inativo até que a criança entre em
contato com meio ambiente externo, e passe a usar toda sua estrutura respiratória para
respirar, o raciocínio lógico-matemático potencialmente já está implantado no ser
humano, porém ele precisa de tempo para ser saudavelmente usado no desenvovimento
cognitivo do ser humano. Iremos iniciar nossa reflexões acerca do ser humano a partir de
sua estrura visível , o corpo, pois é ele que justamente tem maior relevância na fase inicial
da vida humana.
1.1. Que aspectos, características relacionados ao corpo precisamos estar atento para
termos uma didática realmente preocupada com o desenvolvimento da criança.
1.1.1. A primeira característica que podemos observar como atividade da criança e que tem
implicações didáticas é o Movimento. Os primeiros movimentos já acontecem no
ventre materno e são muito significativos: ESPERNEAR, GIRAR, CHUPAR O DEDO etc...
O constante impulso para agir é que leva a criança a conhecer o mundo. O primeiro
mundo externo que a criança quer conhecer é o seu corpo, por isto ela brinca com
suas próprias mãos( seu primeiro brinquedo), pés e depois aos poucos e sempre ela
vai se distanciando de si, através do movimento do andar, correr, saltar. Os
movimentos inicialmente são reflexos ou desordenados e inconsciente, com o passar
do tempo é que aos poucos a criança vai adquirindo consciência, e assim ganhando
mais habilidade e destreza, não se deve neste período, até os dois anos, dois anos e
meios, tentar dar explicações conceituais as crianças, nem mesmo para crianças mais
velhas isto é saudável, pois é o movimento que conduzirá a criança para o
pensamento, pois quanto mais a criança movimentar-se mais consciência da ligação
entre o movimento e o pensamento aumentará, confirmando um antigo ditado ´´
Mãos ageis fazem mentes ageis``
1.1.2. Através do movimento a criança inicia seu processo de descoberta do mundo, porém
em sua experiência corporal ela vai além do movimento, do mexer-se, a criança em
sua constituição está repleta de sentidos que lhe permitirão ampliar sua
autoconsciência, autopercepção e inteligência. Com o cultivo saudável dos sentidos
(capacidade física de apreensão da realidade através dos chamados órgãos dos
sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais,etc.... Esses órgãos tem a
capacidade de transformar os diversos estímulos do ambiente em impulsos nervosos.
Estes são transmitidos ao sistema nervoso central, de onde partem as "ordens" que
determinam as diferentes reações do nosso organismo. ) a criança que é toda ela um
grande orgão do sentido terá literalmente se bem trabalhada em seus sentidos, uma
função estruturadora que lhe permitirá não somente o desenvolvimento
corporal,mais também o psiquico e espiritual.
I. Como educar os sentidos:
A. Sentido do Tato: Manusear vários tipos de areia,terra, argila; Experimentar as
cascas de frutas-verduras-legumes; Experimentar a pele de animais; Tocar frio-
quente;Tatear diferentes tipos de tecidos...
B. Sentido da Visão: Observar as diferentes cores das árbvores-flores-folhas;
Observar diferentes formas de folhas; Observar diferentes tipos de árvores
frutiferas e não frutíferas; Experienciar a diferença entre claro e escuro; Observar
as cores e suas tonalidades;...
C. Sentido do Olfato: Inspirar diferentes tipos de perfumes e cheiros DE TEMPEROS,
FRUTAS, TERRA; ...
D. Sentido do Paladar: Experimentar doce-salgado-azedo; Experimentar comidas
quente-frio-morno;Identificar diferentes texturas de alimentos (carne, fruta,
verduras, legumews, cereais);...
E. Sentido de Audição: Ter contato com o som de animais, águas, vozes humanas( de
preferência baixa), som de instrumentos musicais, silêncio;...
F. Sentido de Equilíbrio(Sentido mais sofisticado): Brincadeiras de movimento,
balançar, andar de pernas de pau, saltar e outros;...

1.1.3 Quando a criança têm a oportunidade de movimentar-se, usar plenamente e


saudavelmente os seus sentidos, ainda que esteja sejam supervisionada, ela estará realizando
mais uma AUTO-EDUCAÇÃO do que participando de um Processo ENSINO –APRENDIZAGEM.

O princípio que podemos extrair disto, é que a melhor maneira de fazer uma criança aprender
até a faixa dos 5 – 6 anos é permitindindo-lhe ´´com limites``FAZER a aula e não meramente
assistir a aula.
COMO ? ORANDO; CANTANDO; DESENHANDO DE FORMA; PARTICIPANDO DA HISTÓRIA

1.1.4 Quando a criança possui liberdade vigiada para movimentar-se e um ambiente


estruturado para usar os seus sentidos ela com certeza irá desenvolver a imaginação,
que refere-se às imagens que formamos em nosso interior. A Imaginação nasce a
partir da vontade humana, ou seja, a vontade é a faculdade da alma que está mais
atrelada ao agir, quando agimos de maneira simpática, ou somo ativados
interiormente e exteriormente através da simpatia ativamos o motor dentro de
nossa faculdade anímica atrelada a criatividade e então ativasse a fantasia, que não
é nada mais do que a criação imaginativa, sonho, devaneio, idéia, a fantasia é
portanto o motor que gera a imaginação ou as imagens interiores. Um exemplo de
como ativar a imaginação da criança está relacionado com o contar histórias e brincar
com brinquedos toscos, simples. Quanto mais a criança ouvir histórias (sem ver
figuras prontas), quanto mais puder brincar com brinquedos “inacabados ”, ou seja,
simples, onde ela terá que acrescentar os detalhes com sua imaginação, mais ela
estará desenvolvendo a sua fantasia. Por isto toda vez que a criança ver uma
representação concreta de algo, este algo gerará uma imagem fixa, pois a imagem
concreta se sobrepõe àquela criada interiormente, muitas vezes apagando-a, por ser
muito mais forte. É importante frisar que desenvolvendo a imaginação, a criança
construirá o alicerce para a criatividade na vida adulta. Para encerrar é importante
destacar que se deve enfatizar o desenho livre e não pedir para a criança pintar um
desenho traçado no papel. Desenvolvendo a imaginação, a criança construirá o
alicerce para a criatividade na vida adulta.
1.1.5 Ao se entregar ao mundo através dos movimentos e dos sentidos a criança vai se
desenvolvendo saudavelmente, porém a criança revela sua entrega total ao ambiente
quando ela aprende pela imitação , ela (a imitação) é portanto é a forma mais
importante para ensinar e para a criança aprender.A imitação vai muito além da fala
e das atividades que ocorrem ao redor das crianças, principalmente quando ela está
entre 2 anos a cinco anos aproximadamente , por isto chega-se a conclusão
aparentemente paradoxal, que quanto menos conscientemente a criança enfrenta a
realidade externa, mais profundamente ela penetra na alma infantil . A criança não
apenas percebe as atitudes e movimentos externos das pessoas ela tem uma
sensibilidade muito afinida para apreender os sentimentos do adulto que está ao seu
redor. A criança até os cinco anos , que ´´aparentemente`` nada entende, é a que mais
intensamente assimila os conteúdos psiquicos mais profundos do seu ambiente. Se
educadores ainda não aprenderam a usar a imitação para a formação de um ser
humano integralmente saudável , a Mídia e a Publicidade já descobriram como usar a
imitação para o Consumismo.

O desenvolvimento corporal,físico de uma criança muitas vezes não é olhado pelos


educadores com muita atenção, relacionando-o com a educação da mesma, porém a
Bíblia nos mostra que o crescimento, o desenvolvimento infantil é deveras muito
importante e deve ser olhado como uma fase da vida onde valores morais, éticos,
espirituais e o início do desenvolvimento cognitivo irá receber uma base sólida ou
sem firmeza.
A Bíblia por exemplo fala de Samuel (ISm.2:26), João Batista (Lc. 1:80) e de Jesus
(Lc.2:40)como crianças que ´´cresciam`` , e a palavra crescer no original grego é usada
para o crescimento físico da criança o qual antecede aos desenvolvimentos das áreas
psiquica –espiritual e social, vejamos a ênfase que Lucas dá quando Jesus entra na
adolescência (Lc.2:52) .

Por isto o educador deve olhar para esta fase de desenvolvimento da criança com
todo o cuidado possível, pois ela é como o alicerce sobre o qual o futuro
desenvolvimento psiquico-espiritual-social e físico irá se alicerçar.

Já olhamos que a criança precisa movimentar-se, usar todos os sentidos que possue e
que ela através da imitação apreende e aprende muitos ensinos do mundo dos
adultos, ou seja, o mundo interior da criança vai se enriquecendo através do mundo
exterior que a cerca.

Agora continuemos a analisar o que mais promove a formação saúdavel do ser


humano, nesta faixa etária.

O Ritmo e o Brincar...

Ritmo

Nos dias atuais quase não temos consciência daquilo que acontece em nós e das coisas que
sucedem ao nosso redor. Uma delas é o ritmo. Não devemos confundir o ritmo com o mero
passar de horas, em uma rotina previsível e repetitiva, não o ritmo é rico ele permite a relação
das partes com o todo, por exemplo a criança ao chegar na igreja deveria ter um momento de
aproximação do Sagrado, que irá ligar-se a outros momentos diferentes porém que se
completam, como no caso do expirar e inspirar, além do mais o ritmo é caracterizado pela
presença de pausas. O exemplo mais claro é a vivência diária do ritmo do sono: acordar,dormir e
acordar de novo.
O ritmo está presente no nosso viver diário, semanal, mensal e anual, além do nosso ritmo
biológico que permite-nos viver sem pararmos para pensar que há uma relação por exemplo
entre o nosso respirar e as batidas de nosso coração ( 1X4; 1 respiração por 4 batidas
cardiacas).
O educador deve portanto aprender adequar melhor o horário para as atividades no ritmo de
suas aulas, nunca esquendo de sempre articular o frio com o quente, o parado com o
movimentado, o respirar com o inspirar, o reflexivo com o agitado, o individual com o grupal,
etc.. ´´ Só existe ritmo quando há alternância de características`` (Lameirão, p.35, 2007).
O ritmo não é algo rígido, o professor deve ser atento e criativo o suficiente para perceber
quando a criança pode experimentar uma atividade impregnada de respirar, diferente daquela
que ela já estava fazendo, com o por exemplo, se o educador está trabalhando uma poesia
recitada a um bom tempo, ele com certeza já pode mudar a poesia e se era sem gestos a
recitação ele pode introduzir gestos para este novo poema, como vemos o poema mudou em
conteúdo e forma, mas ele continuou a ser uma atividade impregnada de respirar.

Brincar
``A brincadeira é a maior expressão do desenvolvimento humano na infância, pois é a expressão
livre do que vai na alma da criança´´ (Friedrich Froebel)

Alguém disse certa vez que a atividade mais séria da criança é o brincar. A brincadeira leva a
criança a explorar o mundo com todos os seus sentidos e assim também desenvolve as primeiras
noções de espaço, tempo, textura, temperatura, forma, equilíbrio, além de exercitar a
imaginação, criatividade, sociabilidade, concentração, persistência, cooperação, trabalhar com
situações e pessoas difíceis, sensibilidade visual e auditiva . Por isto as crianças interpretam o
brincar como uma exploração, resolução de problemas, descobertas, investigações, fazer e fazer,
imprevisibilidade, descoberta de si mesmo, aprender a conviver com outros, etc...Alguns estudos
neurofisiológicos relatam que a formação do cérebro e a ampliação do número de sinapses
(conexões nervosas) são estimuladas pelo processo natural de brincar.
Segundo Kishimoto(p.5,2007) pesquisadora da USP e autora de diversos livros ´´a criança procura
o jogo como uma necessidade e não como uma distração...(...) é pelo jogo que a criança se
revela. As suas inclinaçãoes boas ou más, a sua vocação, as suas habilidades, o seu caráter, tudo
o que ela traz latente no seu eu em formação.
Infelizmente para muitos adultos a palavra brincar significa relaxamento, bagunça e nada de
trabalho. Para eles, aprender é trabalho duro e muito sério e o quanto mais rápido a criança
aprender, melhor. Porém tudo o que é imposto, trabalhado sobre pressão, é uma perda de
tempo com relação a criança e isto encorajará a ela a ser preguiçosa e comodista.
E atualmente os adultos através de sua visão erronêa de mundo e com suas invenções tem
levado as crianças brinquedos que vão ao oposto do que temos visto até aqui.
Briquedo, segundo Rubens Alves, para ser brinquedo, tem de ser um desafio.Há brinquedos que
são desafios ao corpo, a força, à habilidade, à paciência. Há brinquedos que são desafios à
inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando, ela salta e fica mais inteligente ainda, e
caso ela não encontre desafios ela fica preguiçosa e emburrecida.

O2º setênio (7 a 14anos) – Base para o amadurecimento psicológico através principalmente dos
sentimentos.

Neste 2º setênio, o sentir é quem assume a liderança. Agora, o desenvolvimento vai estar ligado
principalmente aos sentimentos, às emoções.

Neste período o desenvolvimento se dá em pequenas fases que se apresentam da seguinte forma;


dos 7 aos 9 anos, dos 9 aos 12 anos e dos 12 aos 14 anos – mudanças fisicamente verificáveis,
seguindo um sentido crânio-caudal (de cima para baixo) quando, dos 7 aos 9 anos, se denota no
rosto que este se torna mais individual; dos 9 aos 12 anos, podemos verificar especialmente o
crescimento do tórax; bem como dos 12 aos 14 anos, o alongamento dos membros.

Individuação: A individuação, conforme descrita por Jung, é um processo através do qual o ser
humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o
que implica uma ampliação da consciência. Através desse processo, o indivíduo identifica-se
menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as
orientações emanadas de Si-mesmo.
Próximo dos 10 anos, dentro do processo de individuação do ser humano. O sentimento, vai trazer
uma espécie de solidão e de irritação; a criança fica muito crítica e pode vivenciar, nessa fase, aquele
famoso amor platônico.
Do mesmo modo que a imitação no primeiro setênio, há um anseio de identificação com uma
realidade exterior, no segundo setênio, e teremos no elemento rítmico, na musicalidade, um
identificador deste anseio – o que fica explicitado no prazer que o jovem tem em ouvir música, em
cantar. Diz-se que não poderia ser diferente, já que a esfera sentimental organiza e comanda o
campo de atuação da música ( pois a música é a arte de manifestar os afectos da alma, através do
som .)

Desse modo, aproveitando tais anseios da alma humana, o cultivo da musicalidade em suas diversas
possibilidades serão armas pedagógicas preciosas, que não podem ser desperdiçadas nesse período.

Assimilação: é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado
perceptivel, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias.
Memória: é a capacidade de recuperar (evocar) informações.
No segundo setênio, a personalidade da criança se desvenda através dos sentimentos. Também
neste período se desenvolve a assimilação e a memória. Todo ensino nessa fase deve apelar à
fantasia criadora, ao manancial de forças sentimentais, sem exageros, trazendo de forma viva os
conteúdos necessários e pertinentes a essa época. Mas como? Trazendo informações sobre os
sentimentos que envolviam cada um dos personagens relacionados ao que está sendo ensinado. De
outra forma, abstrações e conceitos sem vida, correm o risco de não apenas arrefecer os
sentimentos, mas até de ressecá-los. Isso significa que devemos engajar, envolver a criança,
aproveitando sua fase sentimental. Afirma-se que ela quer aprender por meio de imagens – o que
podemos entender como uma atitude estética.

Isso não equivaleria a dizer que ela vá apreciar tudo e se interessar por todas
as coisas que lhe são apresentadas, mas apenas que é assim que, provavelmente, a alma vai se
movimentando nessa época, alternando-se entre simpatia e antipatia. Por isso mesmo, tudo deveria
estar permeado por emoções!

Então, é importante a vivência da estética e do belo, que deveriam ser cultivados especialmente
nesse setênio, o que pode ser realizado através de atividades artísticas e artesanais. É um fazer
concreto que, contendo a busca da estética, estimularia diretamente o sistema rítmico (coração e
pulmões), tornando-se um grande sanador, aquele que ocupa o desenvolvimento nesse período.
Como já descrevemos, esse segundo setênio se desenvolve basicamente em 3 fases; e em sua última
fase, logo após os doze anos, precisamos estar atentos ao ´´nascimento`` da autoconsciência (ainda
que em seus primórdios), o que irá capacitar o jovem para uma série de outros aprendizados.

Desponta com maior intensidade agora, o raciocínio próprio; o intelecto começa a captar leis e
abstrações com maior facilidade. Tudo se torna mais objetivo. Esse é o momento de se iniciar o
ensino de forma mais abstrata – sempre com o cuidado de se passar lentamente dos fenômenos para
as leis abstratas. Assim a Bíblia que, antes, devia ser apresentada apenas em cenas características e
até num tom mais lúdico, aqui já pode seguir princípios mais intelectuais e categorizados, como por
exemplo: Soteriologia, Bibliologia,Justificação,Escatologia, etc.... Também as composições e redações
próprias só deveriam ser exigidas a partir dos doze anos. Acompanhando o desenvolvimento da
faculdade do sentir, chega-se ao despertar da sexualidade, que deveria ocorrer ao redor dos catorze
anos. Acredita-se que esse processo deva se desenvolver normalmente como os outros, sem que
exija maiores orientações.Quando os sentimentos forem desenvolvidos de forma harmoniosa, então
se despertara a consciência do próprio corpo.
Ainda no segundo setênio, os costumes se fixam, como por exemplo os hábitos alimentares,
higiênicos, de orar – entre outros – também como hábitos rígidos, conseqüências de expressões
usadas por pais ou professores, inadvertidamente como: “você é a ovelha negra”, ou “você não
aprende mesmo”. As atitudes de pessoas importantes na vida da criança podem beneficiar ou
dificultar o desenvolvimento sadio de sua vida anímica ou psíquica, o que se manifestaria em
repercussões tardias. (BURCKHARD, 2003).

A Educação no segundo setênio e a autoridade.

Educadores, pais e professores devem constituir para a criança entre os 7 e os 14 anos


aproximadamente uma autoridade indiscutida e indiscutível, que o guie com mão firme mas
carinhosa. Esta autoridade deve ser conquistada e construida não pela força, mas pelo resultado
natural de um relacionamento baseado na admiração, no respeito e reconhecimento inconsciente
das qualidades superiores do educador ( qualidades estas que ele deve lutar por possuir). Por isto, o
mais aceitável em uma igreja, é que as crianças nesta faixa etária deveriam ter um educador que as
acompanhassem durante todo este período, pois desta forma, tal educador além de acompanhar o
desenvolvimento de cada um dos seus alunos, ele pode apresentar uma cosmovisão cristã
homogênea; pode atingir cada aluno sob vários ângulos e pode descobrir assim os dons, talentos e
fraquezas de cada aluno.

Através das forças do sentimento que afloram nessa faixa etária, a criança inconscientemente quer
admirar, encontrar figuras ideais, quer amar. Não há como haver educação harmoniosa se o
educador não for admirado e aceito com autoridade natural, na base do amor.

Podesse acompanhar dentro do período entre os 7 e 14 anos o desenvolvimento pelo qual o


princípio da autoridade vai sendo construida.

Naturalmente, a primeira parte do segundo setênio, terá, ainda, com base do relacionamento, ao
mesmo tempo, a autoridade e a imitação.

Depois, dos nove aos doze anos aproximadamente, os julgamentos e opiniões do educador serão
aceitos na base da simples autoridade.

Começando na idade de doze anos, o juízo próprio do aluno despertará e, em grau cada vez maior, a
autoridade será posta a prova e questionada, primeiro inconscientemente, depois abertamente, até
a crise da puberdade onde, de síbito, para grande surpresa dos educadores não avisados, toda
autoridade é constantemente desafiada e acaba desmoronando.

Individuação: é o processo.
Individualidade: é momento, é a chegada temporária
A individuação da criança a partir dos sete anos, do pré - adolescente e do adolescente, está sendo
construída principalmente a partir de fora, por isto a autoridade do professor não viola a
personalidade da criança desta faixa etária. Neste momento a autoridade exterior de terceiros ainda
é natural, somente com o passar dos doze , treze, quatorze, quinze anos ela precisa retrair-se aos
poucos. No fundo, o educador deve estar sempre cônscio da sua responsabilidade, respeitando a
individualidade do aluno que está sendo construida, mas apesar disso ele deve dar o melhor de si,
através da sua autoridade.

Caso não possuir educadores que saibam assumir está autoridade diante de si, a criança nesta faixa
etária, ficará frustrada em seu íntimo, procurará ideais e autoridades nos filmes, nos ´´heróis da TV``,
em colegas mais velhos, ou qualquer outra figura com o qual ela está encotrando a autoridade
necessária para a construção de sua individualidade. As consequências de uma influência que não
venha de educadores responsáveis e equilibrados, com certeza será terrível para estas crianças no
futuro.

A Educação ética – moral e religiosa

Educação ética-moral: ensino de costumes, normas, valores a partir de uma análise subjetiva sobre
como devemos nos comportar adequadamente em sociedade.

Educação religiosa: ensino de princípios espirituais e religiosos ( modo de agir dentro da esfera da
religião)

Se nos primeiros sete anos de vida o ser humano aprende principalmente pelo olhar, a partir dos sete
anos aproximadamente ele vai aprender principalmente pelo ouvir (Steiner,53). Portanto a diretriz a
partir de agora é a palavra, e o que a criança vai aprender e conhecer do mundo dentro da
perspectiva da ética, moral e da religião será através do educador. A criança nesta faixa etária
conhece os aspectos éticos, morais e religiosos através das palavras ditas pela autoridade. O que é
belo para a criança chega do ambiente como gesto, como comportamento e também como palavras,
é bom ou ruim para a criança aquilo que revela nuances de simpatia ou antipatia expressa pela
autoridade do educador.

Caso se queira implantar a educação ética-moral e religiosa através de regras abstratas para o
caminho da criança, constatar-se-á uma aversão por parte da mesma. É necessário portanto criar
imagens éticas e religiosa diante das crianças, evitando as abstrações e falando de forma concreta e
imaginativa, como por exemplo usando imagens éticas e religiosa dos reinos vegetal e animal, na
Bíblia por exemplo temos a utilização deste recurso didático na parábola de Jotão em Jz.9:07-15,
onde várias árvores são mencionadas em um diálogo e também quando o salmista usa as aves para
transmitir o seu ensino no salmo 84:03. Jesus, por sua vez, irá ensinar verdades espirituais e
religiosas a seus discípulos através de muitos exemplos estraídos da natureza ( Mt.6:26-31; Mt.13:31-
32; Lc.13:06-09). Autores cristãos utilizaram muito deste recurso, tais como, J. R.R. Tolkien e C. S.
Lewis. Portanto quando se deixa os animais e vegetais se confrontarem simbolicamente num
relacionamento ético, a um agir benéfico para as crianças principalmente até os nove e dez anos.

Portanto, somente se alcança e educação ética - moral e religiosa durante o segunto setênio através
de descrições onde a ética se torna visível possibilitando assim o despertar do julgamento ético pelo
que é sentido. Assim sendo, o importante é que a criança desta faixa etária desenvolva simpatia pelo
o que é correto ética, moral e religiosamente e antipatia pelo aético, imoral e falso religiosamente e
tudo isto por meio da imagem transmitida. Portanto, não se trata de darmos diretrizes abstratas e
mandamentos à criança, pois estas não atingem de maneira salutar a alma.O que vai determinar
toda a formação moral de uma criança é o que se estabelece como julgamento ético – moral e
religioso através do sentimento, pelo caminho da simpatia e da antipatia

É importante frisar neste ponto, que os personagens bíblicos estão repletos de ensinos éticos-morais
e religiosos através de suas histórias, com o qual os educadores poderão trabalhar a educação com
relação a estes aspectos de forma muito rica e realmente influenciadora no que diz respeito a
formação da criança como indivíduo. Também, os educadores cristãos devem encontrar palavras
certas, enfim devem ser artistas da fala, criativos e cheios de poesia, que consolidem assim a
confiança da criança neles, pois assim o caráter ético-moral e religioso da criança que ainda está em
formação será consolidado de maneira salutar.

Os Temperamentos
Para desempenhar a atividade docente de maneira mais eficiente é importante que o educador
entenda um pouco melhor algumas características daqueles que estão ao seu cuidado. Uma delas é
aquilo que é chamado pelos psicológos de temperamento, ter um conhecimento ainda que básico
dos temperamentos ajuda o educador a ter uma visão mais nítida sobre a identidade do seu
educando.

Todo ser humano possui uma identidade que o distingue dos demais seres humanos, o processo de
construção desta identidade, como já foi colocado chama-se individuação, este processo é muito
complexo e esta ligado principalmente a fatores genéticos, tais como a herança genética que cada
um herda de seus progenitores, porém não devemos esquecer do contexto social, que vai desde a
família onde se nasce, até o circulo mais distante dos vários ambientes sociais com os quais nos
relacionamos.

O Temperamento está mais ligado com a herança genética , ele é portanto a combinação de
características congênitas que são formadas por fatores hereditários e que se encontram
profundamente enraizados na pessoa de forma inconsciente.

Hoje os temperamentos de forma puras não são tão detectáveis, porque as crianças se adaptam de
forma muita rápida, em cada iugar elas agem de uma forma e isto as deixam mais agitadas ainda.

Os quatro temperamentos básicos do ser humano são:

Colérico;
Sanguineo;
Fleumático;
Melancólico.

Alguns pontos que ajudam o educador a entender a importância de conhecer os temperamentos:

Entender que todos os temperamentos tem pontos positivos e negativos, que devem ser conhecidos
para o educador poder agir da melhor maneira possível no processo educativo;

Por possuir uma índole particular o educador tem sempre uma propensão instintiva a um
temperamento, isto pode levá-lo a dirigir-se de maneira preferencial a alunos de determinado
temperamento,e o pior é enxergar características dele (professsor) na criança (aluno), conhecer e
distinguir os temperamentos possibilitará ao educador agir de forma mais imparcial;

Possibilitará ao educador agrupar as crianças conforme os temperamentos. Assim, ao sentar junto


com alguém de seu temperamento a criança procurará modificar o seu temperamento
predominante.

O conhecimento dos temperamentos permitirá ao educador, trabalhar com a simpatia e a antipatia


pedagógica da criança. Ou seja, a disposição ou a indisposição interna da criança para a
aprendizagem e relacionamento está muito relacionada ao seu temperamento, assim sendo, o
educador deve procurar atrair e retrair as crianças para suas atividades educativas a partir dos
temperamentos delas. Como! Com o colérico o educador deve apelar para o ´´Vamos fazer...``, já o
melancólico deve ser despertado através do ´´ Vamos refletir, pensar, questionar...``, com o
fleumático o educador vai agir dizendo´´Vamos observar, contemplar`` e por fim com o sanguineo o
educador vai ´´Trazer algo novo para ser feito, pensado, descoberto``
.
Puberdade – O Processo ensino – aprendizagem no despertar da Abstração

O ser humano desde o seu nascimento passa por alguns períodos de transformação biológica (
repleção´´largura do tronco`` e estirão ´´aumento da extensão dos membros``; psicológica ( períodos
com ênfase hora na volição, sentimento e razão) e social ( período familiar, período egoísta, período
sociável, período interiorizado, período grupal). Estes períodos se trabalhados educacionalmente de
forma saudável, permitirão ao ser humano desenvolver de forma também saudável o seu pleno
desenvolvimento corporal, anímico e espiritual.

Tendo sido orientado a pensar de forma correta desde sua infância, o jovem a partir dos 14 anos irá
estar apito a elaborar raciocínios cada vez mais abstratos, sem no entanto cair em cansaço mental,
como a maioria dos jovens deste idade.

Porém é importante frisar, que se até por volta dos 12 aos 14 anos meninos e meninas tiveram um
desenvolvimento integral quase que homogêneo, a partir deste instante as diferenças irão se
acentuar. É o começo da puberdade, ou seja, das mudanças biológicas e fisiológicas que ocorrem
geralmente para o sexo feminino entre os 9 e os 13 anos de idade e para o sexo masculino entre 10 e
14 anos de idade.

As meninas neste período estão mais amadurecidas tanto fisica como emocionalmente, e é sobre o
amadurecimento emocional que prosseguiremos falando, ou seja, a partir deste momento a razão
das meninas começa a ser mais predominantemente usada para o controle emocional, assim sendo
elas demonstram mais segurança e consciência de si, dando-lhes assim um ar de mais maturidade,
contudo elas ainda são passionais e sonhadoras.É importante frisar que a educação deve ser sempre
um processo lento, mas como se pode ver, na puberdade feminina, as transformações físicas são
muita rápidas, o que causará mudanças psicológicas também rápidas nas mesmas e isto precisa ser
acompanhado com muito cuidado e carinho por parte dos educadores, pois as tensões emocionais
das meninas nesta faixa etária serão mais fortes .

Em compensação, o jovem rapaz, vive mais intensamente uma explosão de sua vontade e emoção,
tornando seus problemas mais agudos, a razão nele ainda está sendo amadurecida mais lentamente.
O desenvolvimento interior do menino mais lento no início da puberdade do que da menina, não
possibilita ao mesmo colocar seus questionamentos, desejos, perguntas, dúvidas de forma mais
lógica e segura, como as meninas, tornando-o assim não compreendido o qual o fará refugiar-se
dentro de si o famoso ensimesmar-se , tornando-o as vezes cheio de medo de que outros possam
penetrar na intimidade de sua solidão.

Quanto a questão da violência em ambos os sexos, em geral ambos são impertinentes e agressivos;
mas a agressividade nas meninas é fruto de sua auto-segurança, como cuidadora de ´´seus próprios
negócios``, mas nos meninos a violência decorre de uma compensação da sua insegurança, oriunda
em parte pela sua inabilidade na comunicação, o qual tentam pela violência e agressividade encobrir
uma série de problemas, frustrações e dramas muito mais intensos do que nas meninas.

Biblicamente para prevenir situações excessivas a partir dos 12 -13 anos, convém cultivar no caso
dos meninos a coragem, a sensação da própria força, porém colocando em contraponto o servir e
também a liberdade, sendo esta vigiada para escolhas deliberadas por parte dos garotos(Lc. 2:39 -52;
I Sm. 16:11 ), em alguns momentos para se despertar, cultivar estes comportamentos é necessário
contrariar os meninos, como se pode ver no caso de Adonias (I Re. 1:05). Para as meninas é
importante desperta-lhe a importância do apego as coisas divinas e uma dedicação ao serviço do
próximo ( Lc. 1:39 -56).
É importante para o sucesso do processo ensino – aprendizagem nesta faixa etária que o educador
não se valha da autoridade pela autoridade como na faixa etária anterior, mas antes procure
administrar a autoridade sobre adolescentes a partir de sua capacidade intelectual, demonstrando
pleno conhecimento do conteúdo que ensina e pela integridade moral, comportando-se da mesma
maneira que ensina.

Nesta faixa etária o adolescente tem prazer em pôr em dúvida as opiniões dos outros, em questionar
seus motivos, e portanto caso o educador não tenha as características mencionadas acima, é quase
certo que estes adolescentes irão se revoltar contra esta autoridade e assim recusarão admitir
valores, critérios e ponderações cujo fundamento não tenham aceito através de uma colocação
lógica e viva por parte do educador.

Por isto, caso o educador não consiga resistir ao exame impiedoso dos adolescentes, através do que
é realmente intelectual e moral, estes cairão impiedosamente sobre ele, pois neste momento do
desenvolvimento humano os jovens adolescentes querem honestidade e verdade, mesmo que isto
implique na perda das ilusões humanas e de ideais.

É importante que o processo ensino-aprendizagem cristão nesta faixa etária seja permeado de
atividades concretas e de dedicação ao próximo, sempre baseadas nos princípios bíblicos que
ensinam sobre o comportamento verdadeiramente cristão diante e para a sociedade. Assim sendo,
as aulas de EBD neste período deveriam ser em asilos, orfanatos, comunidades carentes, em
ambientes que exijam postura diferente das acostumadas pelos adolescentes no seu dia a dia.
Crianças a partir dos 7 anos

Todas as etapas, períodos da vida do ser humano são fundamentais e importantes no formação
do mesmo.

Cada etapa é importante na fundamentação e estruturação fisiológica e psicológica do ser


humano, pois lhe dá um aporte para a etapa seguinte.

A etapa que começa por volta dos 7 anos (nunca esquecer da individualidade de cada pessoa), é
sem dúvida alguma o momento em que pedagogicamente deveriamos prestar mais atenção, não
porque as outras etapas não sejam importantes, elas o são, porém é agora que as crianças irão
até os 13-14-15 anos cristalizar muito das experiências que tiveram em sua vida até este
momento, ou seja, até o fim da primeira fase todas as vivências apreendidas pela criança ainda
estão em um terreno maleável,mesmo fluídico, mas a partir do início da 2ª etapa(que é flexìvel
para cada criança, devido ao modo como esta foi ´´educada``) é que ou a criança aprenderá a
amadurecer, saudavelmente ou irá desenvolver-se atrofiadamente, rigidamente e por
conseguinte encontrará muitos problemas principalmente no que diz respeito ao seu
comportamento , sua aprendizagem escolar (acadêmica) e seus relacionamentos intra e extra-
pessoal, que por sua vez repercutirá até mesmo nas suas experiências espirituais.

Portanto, é importante encontrar o caminho mais saudável para educar a criança nesta faixa
etária.

Se na primeira fase, o importante foi trabalhar a aprendizagem a educação a partir de ações


plenamente conscientes e saudáveis vindas dos educadores, que por sua vez permitiam as
crianças imitarem comportamentos salutares, movimentarem-se de forma equilibrada e
acompanhadas e terem ritmos saudáveis, o qual trabalhavam na formação de uma força de
vontade saudável, agora, na segunda fase do desenvolvimento o educador precisará trabalhar
a faculdade da alma que está mais desperta neste momento, o qual é justamente o sentir.

Desta maneira a criança não deve nem aprender nem conhecer qualquer fato sem que esteja
também engajada com sua emoção. Este engajamento emocional é manifesto através de reações
sentimentais, tais como a simpatia ou antipatia, de admiração, de entusiasmo ou de tédio. A aula
para as crianças nesta faixa etária por assim dizer deve ser uma aula onde a sensibilidade dos
alunos devem ficar ´´a flor da pele``, porém sempre de forma comedida. Reações emotivas que
devem ser trabalhadas de forma cometida: Tristeza, alegria, admiração, ira, compaixão, empatia.
A Precocidade!

Precoce é definido (por enquanto), como aquilo ou aquele que é maduro antes do tempo normal,
alguém que é antecipado antes da idade apropriada, enfim é um ser prematuro.

É importante frisar que, ´´A precocidade infantil``, a qual o artigo discorrerá, é algo historico,
sociológico e por isto mesmo, psicologicamente recente.

Até o final do século dezenove e início do vinte, ainda existiam alguns bastiões de resistência
quanto a infantilidade das crianças. Por exemplo, nos EUA, no rico e industrializado nordeste,
haviam fábricas que utilizavam crianças no trabalho estenuante das grandes máquinas mecânicas e
hidraúlicas, que dinamizavam a econômia da região; o mesmo era comum na Europa. Embora
desde o século dezesseis, já havia se iniciado, primeiro em solo europeu e depois norte
americano, uma cruzada justamente em favor da infância. É o conceito definido por Postman
como idéia social, cuja origem se dá com a Renascença; Aries, define como um período de vida
muito diferente da idade adulta, e que foi inventada ao longo de toda idade moderna. Portanto, se
aceitarmos os pensamentos de Postman e Aries, que a infância teve um início histórico,
provavelmente ´´sua existência prolongada não é inevitável``.

Para reforçar a idéia, de que a criança não é somente um ser biológico, mas também psiquico e
social, é registrado na História que o imperador germânico Frederick II (1194-1250) concebeu e
realizou uma experiência trágica. Segundo Setzer, ´´Querendo testar se o ser humano já nasce com
as plenas potencialidades de um adulto, isolou 3 recém-nascidos, que não tiveram nenhum contato
social, somente receber comida e talvez higiene pessoal. Nenhum deles aprendeu a andar, falar ou
pensar - e todos morreram antes dos 14 anos.`` Isto é uma demonstração de que o ser humano não
é um ente puramente biológico, antes é também um ser social e possui um ´´eu`` que precisa ser
moldado pelo ambiente no qual vive.

Contudo, até a consolidação da idéia de infância como um fato social, as crianças em muitas áreas
viviam como adultos, como por exemplo:

 Nas Vestimentas;
 Nos Costumes despudorados da época, quanto a sexualidade;
 Nos ambientes domésticos e sociais;
 No mundo do trabalho, etc.

Estas poucas áreas citadas, nos dão um pouco do exemplo em como a sociedade de forma geral,
nem sempre deu a devida atenção as crianças, como um ser humano com diferenças particulares
dentro do seu desenvolvimento global . Certamente, em todas as épocas, existiram pessoas com
uma visão mais ampliada e profunda sobre o ser humano quando criança. Porém, de forma geral,
somente a partir do século dezesseis realmente houve uma preocupação mais generalizada em
entender a criança, a partindo de sua constituição biológica, psíquica, moral, social e até mesmo
religiosa, o qual possibilitou aos estudiosos entenderem que a criança não era o ´´pequeno
adulto``, como os mais antigos pensavam.

Postman, em seu livro ´´O desaparecimento da infância``, descreve como a sociedade moderna foi
sendo conscientizada e infância tomando forma socialmente, através:

 Da imprensa (A infância, com sua fantasia é útil para o desenvolvimento saudável do tipo
de intelecto necessário ao leitor adulto);
 Da reestruturação do ambiente familiar ( A família a partir da chegada, dentro do lar, de
uma ´´interminável torrente de literatura moralizante``, e da necessidade de construir
paredes internas separando os ambientes, foi encarregada de novas funções educacionais e
religiosas);
 Da escola e seu material didático (Ao organizar as escolas em séries, ou seja, pela idade
cronológica dos alunos, escreverem livros seriados, e iniciarem a alfabetização em uma
determinada época, os educadores foram formatando os estágios da infância e imprimindo
uma ordem intelectual hierárquica);
 Do aparecimento de um rico acervo de segredos a serem ocultados das crianças (É nesta
época que surge a idéia de que alguns assuntos e palavras não podiam ser ditos na presença
das crianças);
 Do surgimento das boas maneiras ( Neste momento as crianças, através de regras básicas
de etiqueta ´´por favor, com licença e obrigado`` passam a receber a conscientização de
uma ordem social hierárquica).

Cito no parágrafo a seguir, alguns pensadores modernos que mesmo não tendo, muitas vezes,
perspectiva a respeito da infância, pensaram e lutaram para que as crianças fossem tratadas
conforme o que realmente eram, a partir das descobertas das ciências modernas o qual revelavam
a complexidade do ser humano em todas as fases do seu desenvolvimento global.

Erasmo de Rotterdam (1467-1536), Juan Luis Vives (1492-1540), François Rabelais (1494-1553),
Michel de Montaigne (1533-1592), Martin Lutero (1483-1546), João Calvino (1509-1564) e João
Amós Comênio (1592-1670), Jean Jacques Rousseau (1712-1778), Johann Heinrich Pestalozzi
(1746-1827), Friedrich Froebel (1782-1852), Maria Montessori (1870-1952), Celèstin Freinet
(1896-1966), Rudolf Steiner (1861-1925),Jean Piaget (1896-1980), Walter Benjamin(1892 -1940),
Lev S. Vygotsky (1996-1934).

Todos estes estudiosos e muitos outros colocaram para a humanidade a importância de se tratar as
crianças como ´´crianças`` e não como adultos; ajudaram a humanidade compreender
racionalmente e cientificamente que não se deve tratar crianças como se fossem adultos em
miniatura. Entretanto, parece que tudo pelo qual foi lutado e construído, a própria sociedade está
destruindo.

Como em dias atuais, se tem construido e visto a precocidade infantil?

1. Através da aceleração escolar.

Oito em cada dez pais, desejam que seus filhos sejam matriculados no ensino fundamental, com
idade inferior a 7 anos; de preferência, entre os 4 e 6 anos. Pois eles entendem, que ficar um ano
ou 2 a mais no ensino infantil é um desperdício de tempo. Este é um pensamento que precisa ser
respeitado, porém é equivocado.

Um ditado africano diz´´A grama não cresce mais rápido se é puxada``. Este ditado, embora
popular, contém a sabedoria de princípios que foram sendo cientificamente comprovados, a partir
do século dezoito. Portanto a aceleração escolar é um pensamento equivocado, pois não está
baseado no conhecimento do desenvolvimento da criança.

É constatado que o momento ideal para a criança adentrar no ensino fundamental e iniciar o
processo de alfabetização, quando for observado:

1.1. A mudança da silhueta da criança

Do ponto de vista fisiológico, Lievegoed diz que ´´a cabeça atrasa-se, relativamente, ainda mais
em seu crescimento (...), a linha horizontal à altura das pupilas subiu, de modo que a testa vem a
ser menos dominante. Os olhos ficam proporcionalmente menores no rosto todo (...), agora o
lábio superior deixou de ultrapassar o inferior.Toda a boca parece mais fina, fechada e severa. De
maneira geral, os membros se destacam mais (os braços e pernas alongaram-se) e a motricidade
elástica é ampliada neste momento, e uma certa autonomia pode ser manifesta nos movimentos.
`` É possível, com as pontas de seus dedos da mão esquerda, passando o braço por cima da
cabeça, conseguir tocar a orelha direita. Importante ressaltar, que a partir da tese que afirma que
´´cada coisa a seu tempo`` a criança somente tem a maturidade escolar quando por seu corpo ela
inicia os passos em direção à sua autonomia. Isto refere-se, mais a questões sociais do que
intelectuais, pois quando as crianças por sua compleção física ainda não alcançaram a silhueta dos
demais, elas infelizmente não conseguem acompanhar seus colegas e acabam por sofrer
zombarias e ficam assim infelizes.

1.2. Início da troca dos dentes

Segundo Goebel e Glockler, o ´´aparecimento do primeiro molar permanente ou a troca de um dos


incisivos indica que a formação do esmalte desses dentes – a substãncia mais dura do organismo –
está completa, e que a atividade de formação dos dentes do organismo está chegando ao fim``. Os
estudiosos dizem que em verdade, poucos consideram esta questão na pedagogia atual. Eles e
outros porém, prestam atenção a isto, pois entendem que a força física que trabalha em pról da
liberação do esmalte dos dentes, agora está totalmente disponível para ajudar a criança em seu
esforço físico e mental.

1.3. O pensar complexo da criança em idade escolar

Algo importante para ser enfatizado, antes de qualquer esclarecimento é o fato de que reconhecer
números e letras não tem nada haver com a aprendizagem de operações matemáticas ou
compreensão da leitura. Atualmente, algumas crianças aos 2 anos de idade já conhecem números e
letras, mas isto não significa que elas estão aprendendo os cálculos e fórmulas da mátemática e
nem interpretando o que leêm. Enfim, a aprendizagem do nome dos números e das letras é
somente o primeiro passo na conquista da compreensão matemática e da leitura.

Mas, para que isto aconteça, é necessário que a criança passe por vários estágios de
desenvolvimento bio-psicológico. Alguns pedagogos desenvolveram conceitos sobre estes
estágios, o importante é que por olhares diferentes eles entenderam empirica e cientificamente que
não é possível uma criança aos 2 ou 3 anos ter as mesmas capacidades cognitivas e físicas de um
criança de 6 ou 7 anos. Como exemplo, podemos citar a compreensão dos algarismos dentro dos
níveis que eles estão inseridos:

Níveis do Algarismo Exemplos dentro das idades


(aproximadas)
Nominal 2-3 anos (Quando o algarismo é usado
somente para nomear; como quando
usado em camisas de jogadores de
futebol)
Ordinal 4-5 anos (Quando as crianças já
conseguem ordenar ,por exemplo, uma
fileira de blocos ou bastões de diferentes
tamanhos, do menor para o maior)
Intervalo 6-7 anos (Quando as crianças conseguem
classificar as coisas conforme sua
igualdade e alinhá-las de acordo coma
diferenciação; aqui inicia-se o processo
de abstração)
É importante frisar, que da mesma forma, que há uma hierarquia na assimilação dos algarismos,
existe na aprendizagem da leitura. Alguns teóricos e professores, inclusive, dizem que a leitura e
compreensão do que se lê é muito mais complexo do que a aprendizagem dos cálculos; para
Elkind ´´ ela exige tanto uma capacidade de diferenciação no enxergar e no ouvir, quanto também
na compreensão cognitiva`` .

Assim sendo, os adultos que exigem uma orientação acadêmica abstrata das crianças, demonstram
não conhecer que matemática e leitura são matérias altamente complexas e abstratas que devem
ser adquiridas passo a passo nas diferentes faixas etárias.

1.4. Maturidade escolar no plano social

É importante que os pais tenham consciência que as crianças aos poucos deveriam ser introduzidas
em ambientes sociais diferentes da família nuclear. Primeiro, vem a família propriamente dita do
recém nascido, depois os parentes, amigos (não necessariamente nesta ordem) com o qual a
criança tem um contato, principalmente, nos limites de sua casa. Logo surge outras crianças de sua
idade, em ambientes sociais externos, onde ela inicia diretamente um processo de socialização.
Contudo, entre os 3 e 4 anos, as crianças nestes ambientes externos, agem ainda mais a partir de
aspectos fisiológicos e instintivos do que psicológicos e sociais, algo totalmente natural. Porém, é
recomendado que os adultos, pais e responsáveis, devem desde muito cedo trabalhar os limites
com as crianças, ou seja, é preciso que desde muito cedo, dentro dos limites do lar, existam limites
muito claros, e isto pode ser feito, principalmente com a introdução do ritmo na vida do recém
nascido. Hoje em dia, ao se aproximar dos 3, 4 anos, elas começam a ter mais consciência de si
mesmas e dos outros, e assim vão adquirindo a capacidade progressiva de viver de maneira mais
independente em outros ambientes sociais, onde começarão a assumir responsabilidade por
aquilo que fazem e terão que agir, muitas vezes, sozinhas em situações de pequenos conflitos
escolares. Isto significa que, naturalmente e educacionalmente a criança somente deveria
aprender a harmonizar os interesses proprios em ambientes coletivos muito diversificado cultural,
economica e religiosamente, tais como escolas, clubes e igrejas, com o auxílio de adultos que as
educam por volta dos 4,5 anos, mas como as necessidades financeiras e sociais, impedem que a
criança fique mais tempo dentro do seu lar e nos seus arredores até esta idade, forçosamente se
pode esticar a corda e dizer que uma idade permitida para um convívio social, mais intenso, seria
ao redor dos 4 anos. Logicamente, é importante ressaltar que o jardim da infância, onde crianças
com 2 e 3 anos já tem acesso e é um ambiente com fortes exigências sociais e psicológicas,
portanto, ele deve ser uma extensão da casa e não uma ante-sala das séries iniciais do ensino
fundamental.

Para que a autoridade do professor, o qual será em parte construída pela socialização professor-
aluno e que é fundamental para a aprendizagem abstrata do ensino fundamental, possa ser
respeitada, os pais e responsáveis devem estar atentos a mudança quanto a maneira como a criança
mais aprende e apreende as coisas até os 5, 6 anos, que é pela imitação, pois progressivamente ela
perderá espaço para a observação, que a criança faz da palavra do adulto. Este momento,
especialmente a partir dos 6 anos, é quando as atividades instintivas (como a imitação), vão dando
cada vez mais espaço as atividades psiquicas (como o prestar atenção) e assim, segundo Goebel e
Glockler, ´´a vontade da criança se deixa guiar mais e mais pela palavra do adulto``. Por isto, é
nesta faixa etária, que é sugerido para a criança adentrar a escola de ensino fundamental, pois ela
estará com melhores condições, dentro do desenvolvimento, físico, psicológico e social,.
2. Através dos ´´brinquedos``

É importante notar que os brinquedos atuais, em vez de valorizar e ajudar as crianças, dentro das
faixas etárias, estão justamente destruindo a infância. Mas por que isto está acontecendo? É porque
brinquedo, para ser brinquedo de verdade, deve ter duas características básicas, ser rústico e robusto,
pois desta maneira o brinquedo promove dentro das necessidades e da estrutura bio-social-
psicológica de cada faixa da criança:

 Imaginação;
 Criatividade;
 Sociabilidade;
 Percepção sensorial;
 Cordenação motora fina e grossa.

Atualmente, os brinquedos, ao contrário dos mais antigos, são completamente feitos com
materiais que não permitem nenhuma criatividade por parte das crianças. Por exemplo, as bonecas
sendo feitas de plástico, algumas apelam para a sensualidade, o qual não tem nada de infantil. Os
jogos eletrônicos, por sua vez inconscientemente, exigem uma capacidade de abstração que as
crianças não deveriam exercer precocemente. Com isto, em um momento tão importante da vida
para viverem a infância, na verdade, elas estão começando a ser adultos de maneira muito precoce e
isto através de seus brinquedos.

3. Através da abstração precoce no processo educativo formal

Vendo uma criança ler foneticamente, ou seja, emitindo os sons convencionados às letras, não se
deve pensar que ela é capaz de ler fonemicamente, conhecendo e dando sentido as palavras e frases.
Estas são duas ações que pertencem ao mesmo objetivo, mas que são desenvolvidas em períodos
diferentes, justamente por uma exigir maior esforço de abstração do que a outra. É importante frisar,
que crianças que aprendem a ler bem cedo, não necessariamente se tornam bons leitores na
adolescência. O que se tem constatado em pesquisas, é que quem iniciou o processo de alfabetização
em tempo apropriado, tem demonstrado ser leitores motivados e mais espontâneos.

As nossas crianças ao serem recebidas nas escolas, tem se sentido desmotivadas devido aos
conteúdos mais abstratos do ensino fundamental e de todo ensino médio, e isto tem, de certa forma,
produzido uma geração de crianças e pré-adolescentes precoces que detestam a escola tradicional,
pois um abismo chama o outro. E, quanto mais cedo as tecnologias digitais adentrarem ao ensino
infantil e fundamental, mais abstratas as aulas serão, pois tanto professores quanto alunos não
percebem que para acessar os conteúdos dentro dos computadores, estão realizando uma atividade
não tangível, o qual resultará em uma maneira de agir e pensar como adultos precoces. Assim sendo,
ao expor as crianças a um ambiente virtual (computadores, vídeo games, lousas digitais, imagens em
3D,etc.),forçando-as a uma linguagem formal (ao acessar uma tecla, movimentar o mouse,
movimentar-se em frente a um captor de imagem tipo Knet é escolhido um comando de software que
simulará pensamentos restritos e limitados, pois ele somente segue rigidamente as instruções de
uma linguagem de programação que é totalmente formal e restrita, ou seja, pode ser descrita por
construções matematicas , sendo assim força aqueles que as usam a exercitar um pensamento lógico-
simbólico, o que não é necessário e nem aconselhável para as crianças, pois assim elas irão agir,
física e mentalmente como adultos.

4. Através da forma como elas são apresentadas aos meios de comunicação visuais
Os meios de comunicação tem colaborado muito na construção de pequenos adultos, como será
apresentado:

Incentivando-as ao uso de vestuário de adultos (Ex.Sutiã, salto alto, roupas provocantes)


Apresentando-as com responsabilidade de adultos (Ex.Assinando contratos profissional ´´mesmo
que simbólicos``)
Colocando-as como competentes para realizar tarefas de adultos (Ex. Apresentação de programas de
Televisão)
Ensinando-as a terem desde cedo um forte apelo sexual - erótico (Ex. Expondo-as a danças como
Funk, a utilização de maquiagem)
Estimulando-as a hábitos que exigem um alto controle (Ex. Consumir alimentos que são prejudiciais
à idade. Comidas de Fast Food; Brinquedos caríssimos, Roupas de Marca, Aparelhos Eletrônicos e
até mesmo Carros, Viagens e Casas)
Estimulando-as em práticas esportivas e de exercícios físicos inapropriados à idade infantil (Ex.
Prática de musculação )
Chamando-as para antecipar em si mesmas o padrão de beleza que todos ´´admiram`` (Ex. Uso
produtos de beleza e idas frequentes a salões de estéticas)
Tratando-as como superiores intelectualmente e emocionalmente aos adultos (Ex. Qualquer
comercial ou novela onde a criança demonstra ser mais esperta que o adulto)

O grande problema, que muitos pais e educadores não levam a sério, é que as crianças até os 6 anos
de idade não estão psicologicamente preparadas para terem um entendimento coerente e crítico
quanto a crenças, desejos e motivos. O qual não permite às mesmas a noção exata, da intenção
persuasiva e manipulativa das mensagens públicitárias veiculadas nos meios de comunicação
visuais.

A criança pode até ter entendimento que uma propaganda queira vender um produto, mas ela não tem
ainda a capacidade de reconhecer o caráter tendencioso e persuasivo destas mensagens. Por isto, é
necessário que haja um controle maior dos pais e autoridades públicas ao que é, direta e
indiretamente, colocado às crianças, pois as tornam adultas muito antes do tempo que Deus
estabeleceu para isto!

5. Através do incentivo aos pregadores mirins

No âmbito religioso, infelizmente, a igreja evangélica não tem demonstrado tanta diferença neste
aspecto. Embora, a Bíblia Sagrada, única regra de fé e condulta deste segmento do Cristianismo
ensine explicitamente que a educação da criança, como ser humano ainda frágil em todos os seus
aspectos, deve ser determinada pelos estágios do desenvolvimento da mesma. O que temos visto é
que cada vez mais, as crianças se comportam como adultos, tanto na vestimenta como no
comportamento, quer cantando ou pregando. Isto não significa que Deus não pode ou não use
crianças. Antes a questão é, Deus usa a criança como criança e não como adulto. Por exemplo, o
infante Samuel, não discernia a voz de Deus, era ainda um menino imaturo para tal discernimento,
um adulto ´´Eli`` teve que ajudar-lo.

Nesta onda de precocidade, um dos aspectos mais visíveis é justamente onde crianças com 6, 7, 8, 9
anos são pregadores mirins do momento. Qualquer análise, por menos profunda que seja, permite
perceber que tais pregadores (em sua maioria) na verdade foram forjados dentro de suas casas e de
suas igrejas, como perfeitos imitadores dos adultos que viram pregar. Suas mensagens, são cheias de
chavões (repetem as mesmas frases de efeito usadas pelos pregadores adultos) e o linguajar é
conceitual e abstrato demais, ou seja, elas não adquiriram este vocabulário de maneira natural e
educacionalmente apropriada à idade delas.

A igreja local precisa realmente parar e ler a Bíblia com mais atenção, pois é através da direção do
Espírito Santo que as crianças que estão dentro dela serão valorizadas e preparadas de tal maneira
que serão uma mensagem verdadeiramente cristã tanto para os dias atuais como para a sociedade do
futuro, que precisará de homens e mulheres que foram educados a seu tempo.

Conclusão

Querer que as crianças sejam adultos em miniaturas, somente trará muitas consequências
prejudiciais aos pais e a sociedade em geral. Ou será, que o aumento do uso de drogas, como crack,
por crianças não tem como uma de suas origens esta precocidade ? Ainda é comprovado, por
pesquisas, que há um aumento do uso de drogas lícitas ( alcool e cigarro) e uso de armas de fogo,
por crianças.

É lógico, que estes últimos exemplos são para impressionar e mostrar como a precocidade infantil é
altamente prejudicial (embora sejam verdadeiros). Pois, o problema é mais camuflado do que se
possa imaginar, na verdade são poucos os pais que aceitam que seus filhos sejam tão precoces assim.
Geralmente, a precocidade traz junto a chamada ´´má educação das crianças``, e quando elas se
mostram exigentes e mandonas é visto como mais uma rabugice comum e normal da infância e
não como manifestação de uma precocidade prejudicial ao desenvolvimento saúdavel da mesma.
Assim sendo, o que se tem presenciado é que o ´´anormal`` tem se tornado em ´´normal`` e vice
versa. Que a Igreja de Jesus Cristo possa orar e trabalhar para que as crianças desta geração venham
a se tornar adultos responsáveis e equilibrados tão necessário aos dias atuais e futuros.
O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM E O ´´APRENDER PARA USAR E O
APRENDER PARA FAZER``

(TEXTOS PEDAGÓGICOS)

Através dos séculos o processo ensino aprendizagem , o qual caracterizo como a ação mediadora
realizada em um dado ambiente educativo, para que os ´´alunos`` a partir de seu conhecimento
prévio tenham acesso a um conhecimento mais elaborado, tem sido moldado a partir
principalmente do contexto econômico-social no qual está inserido. Estas modificações
acentuaram-se principalmente a partir da Revolução Indústrial(Séc. XVIII).

Porém, antes de tecer meus comentários, quero explicar o motivo de usar o termo pedagógico
´´processo ensino-aprendizagem`` no singular. Bem sei, que não existe na realidade concreta e
histórica da prática educativa, somente um ´´processo ensino-aprendizagem``, antes são inúmeras
as teorias e práticas nestá área, mas ao usar os padrões castellinos de ´´aprender fazendo`` e
´´aprender usando``, acredito que se analisarmos todos os processos ensino-aprendizagem
atrelados as mais variadas escolas pedagógicas ao final iremos dividi-las em dois blocos ,aquelas
relacionadas ao ´´aprender fazendo`` e as outras relacionadas ao ´´aprender usando``, por isto me
proponho a usar o termo técnico macro da Pedagogia que abrange todos os processos usados na
prática educativa.

Quanto aos termos ´´aprender fazendo`` e ´´aprender usando``, os caracterizo da seguinte maneira.
O ´´aprender fazendo`` é processo educativo onde o aluno, se envolve de forma plena na
aprendizagem, a teoria sempre conduz a uma prática e a prática sempre está atrelada a uma
competência desenvolvida pelo aprendiz, é um aprender que prioriza a criatividade, que segundo
Domenico de Masi, sociólogo italiano é a soma da fantasia e da concretividade, e que sempre terá
como resultado algo novo e prático. É importante esclarecer, que não entendo o ´´aprender
fazendo``, como uma ferramenta educativa em benefício de nenhuma estrutura político-ideológica,
antes a compreendo como a possibilidade, não importando qual ideologia política que lhe esteja
dando suporte, de um processo educativo preocupado com o desenvolvimento omnilateral do ser
humano. O ´´aprender usando`` é o processo educativo atrelado a mera repetição, onde o aluno
irá sempre repetir o que lhe foi ensinado, não há abertura para o novo, para a verdadeira
criatividade, não, o que aqui vale é o aprender para decorar nomes, conceitos, passos rígidos e
nunca partir para descobertas.

Assim sendo, desejo dar um salto histórico e relacionar o processo ensino-aprendizagem com o
atual momento histórico, e assim tecer um comentário a respeito sobre qual a validade de
enfatizarmos um processo ensino aprendizagem alicerçado no uso das novas tecnologias, quando a
ênfase deste processo visa mais o aprender para usar do que o aprender para fazer.Para tanto, irei
usar as colocações de Manuel Castells que estão em seu livro ´´ A Sociedade em Rede``.

Segundo Manuel Castells, a revolução tecnológica alcançada por alguns países deu-se a partir de
uma base sinergética ampla, como por exemplo;
´´Um ambiente institucional e industrial especifico, uma certa disponibilidade de ta
lentos para definir um problema técnico e resolvê-lo; uma mentalidade econômica para dar uma
boa relação custo-benefício; e uma rede de fabricante e usuários capazes de comunicar suas
experi~encias de modo cumulativo e aprender usando e fazendo``(CASTELLS,2005,p.73)

Porém, tirando do aspecto macro as considerações de Castells e colocando ele dentro de um


prisma educativo formal, é interessante notar que o autor deixa bem explícito, quem está ligado
com o aprender fazendo e quem está ligado com o aprender usando.´´As elites(grifo meu)
aprendem fazendo e com isso modificam as aplicações da tecnologia, enquanto a maior parte das
pessoas aprende usando e , assim, permanecem dentro dos limites do pacote da
tecnologia``(CASTELLS,p.73,2005), nesta frase pode ser distinguida uma profunda diferenciação
para onde cada ´´aprender`` projeta aqueles que deles tomam parte, proporcionando aos estudantes
da elite econômica e social a manutenção do seu status hegemônico na sociedade, e aos outros
(não elite) o destino de serem guiados, dirigidos, dependentes. Cabe lembrar aqui a divisa da
cidade de São Paulo em latim que diz ´´non, ducor duco`` que traduzida significa´´Não sou
conduzido, conduzo``, fica a pergunta.Qual destes dois grupos de ´´aprendizado`` está mais ligado
a esta divisa paulistana?

Deste modo, uma educação formal baseada no aprender fazendo, prepara crianças, adolescentes e
jovens para levarem seus países e a classe social a qual pertencem a vanguarda da revolução
tecnológica. É por isto que no processo ensino-aprendizagem de suas escolas, tais alunos entre
outros conteúdos diferenciados e metodologias, possuem noções teóricas e práticas do
funcionamento de máquinas, motores e outras tecnologias mais atuais, já no ensino fundamental.
Isto por sua vez, acaba por resultar na contínua reconfiguração de máquinas, tecnologias atuais e
principalmente na descoberta de novas aplicações a tais produtos tecnológicos.

Enquanto isto nos países em desenvolvimento, existe uma preocupação de inserir cada vez mais
um número maior de computadores, televisores com entrada de pen-drive e outras tecnologias em
sala de aula, algo que não resultará em proveito algúm, tanto como para o aluno, como para o país,
pois segue o processo ensino aprendizagem baseado no ´´aprender usando``, onde o aluno (não
elite) segue o que o professor indica, passo a passo e com isto o máximo que ele realmente
aprenderá e as vezes será até louvado por isto, será conhecer como funciona os programas, os
softwares das novas tecnologias digitais, mas isto na verdade não representará produtivamente
nada, tanto para o aluno, como para sua Nação, o qual continuará pagando direitos de propriedade
intelectual, sobre equipamentos sofisticados e softwares que podem ter sido desenvolvidos por ex-
alunos do ´´aprender usando``, os quais por esforço e dedicação própria, revelaram uma
capacidade intelectual e prática permeada de criatividade, que os fizeram despontar em seu meio,
e como por milagre e um caloro$o convite foram continuar seus estudos dentro do ensino médio e
superior em escolas que priorizam o ´´aprender fazendo``. É bom lembrar que existem escolas nos
países em desenvolvimento, que por atenderem as elites, priorizam o aprender fazendo.

Portanto, que a sociedade civil organizada e as autoridades públicas eleitas constitucionalmente,


possam realmente buscar o salto de qualidade dentro da educação, através das práticas educativas
voltadas para o desenvolvimento integral de nossas crianças e jovens, e não busquem usar as
tecnologias como cabo eleitoral em época de eleições, pois em assim fazendo, o salto educacional
se expandirá e por sua vez será refletido no salto de qualidade na estrutura geral de toda nossa
nação.

Bibliografia:

CASTELLS, Manuel. A era da informação: Economia, Sociedade e Cultura - A sociedade em


Rede . São Paulo. Paz e Terra,2005.
Cada meio, um padrão.Didática e o uso de alguns meios de comunicação no processo ensino-
aprendizagem

(TEXTOS PEDAGÓGICOS)

Todos aqueles que amam ensinar e procuram se esmerar nesta tão bela arte e ciência, devem
procurar sempre aperfeiçoar seus métodos didáticos, para assim levar da melhor maneira possível
os conteùdos a serem transmitidos para seus alunos.

Duas questões direta e indiretamente citadas no parágrafo anterior, devem ser melhor esclarecidas,
para podermos seguir adiante.

Primeiro, o conteúdo é parte fundamental dentro do processo ensino-aprendizagem, é algo que o


Professor deve dominar para transmitir convicção na sua transmissão e também o respeito
daqueles que o acompanham.

Segundo, a forma (métodos didáticos) embora não muito respeitada, é com certeza fator
impreenscindível para a transmissão, assim como para a apreensão do conteúdo ensinado.

Assim sendo, embora o conteúdo seja o principal e a forma tenha um aspecto aparentemente
secundário, não há como negar, que se a forma for defeituosa, manchada, com certeza o
conteúdo não será bem assimilado, compreendido pelos alunos.
Como alguém já disse;´´ Procure dar leite em um copo todo sujo para alguém, com certeza a
reação daquele que irá beber o leite, não será das melhores``, da mesma maneira é o conteúdo
saúdavel, sendo apresentado em uma forma toda atrapalhada, desagradável.

O Prof. José Carlos A. Cintra (USP – SÃO CARLOS), nos aponta em seu pequeno livro
´´Didática e oratória com data-show``, como um conteúdo atrelado a uma forma adequada, pode
trazer melhores resultados tanto para o ensino como para a aprendizagem.

Ele enfatiza que cada meio possui um padrão ´´ O que funciona bem na mídia livro não serve para
a mídia TV, pois cada mídia tem seu padrão próprio,(...) O padrão de uma não serve como padrão
de outra.``(CINTRA,p.21.2008)

Desta forma, quero apresentar alguns meios e as formas adequadas e não adequadas a eles, e
assim deixar o mais nítido possível, qual é a melhor maneira de apresentar os conteúdos através
destes meios.

LOUSA
Através deste meio, um dos mais antigos, mas talvez o mais didático de todos no mundo
pedagógico, o conteúdo deve ser apresentado passo a passo. Nada deve ser apresentado de uma
única vez, o professor não deve encher toda a lousa, com quantidade enorme de dados
e informações, antes cada informação deve ser apresentada através de definições,
caracterizações, desenhos, gráficos, fórmulas, etc... Através deste meio e seguindo o padrão
correto , o professor prova dominar o conteúdo a ser ministrado, ele é portanto a figura principal
e não coadjuvante dentro do processo ensino-apendizagem.

RETROPROJETOR
Antes do retroprojetor poderia ser mencionado o Projetor de Slides, mas este é um meio que a
muito já caiu em desuso, e principalmente aqueles que tem menos de 20 anos, não sabem o que é o
tal ´´Projetor de Slides``.

O Retroprojetor por sua vez, aqui e ali ainda continua sendo usado em algumas aulas e palestras.
Ele para ser usado de forma correta não pode conter uma enorme quantidade de informações.
Antes, ele deve ser usado através da apresentação de tópicos e a cada assunto trabalhado, deveria
ser desligado, para o aprofundamento do tópico em questão, caso não se desligue o aparelho, seria
interessante colocar uma folha cobrindo o tópico já trabalhado. Algo importante a ser ressaltado
na utilização do retroprojetor, é que o apresentador não deve ficar voltado para a tela, onde está
projetado o conteúdo, pois assim ele nem verá o público e assim perderá o contato com o mesmo,
algo inadimisspivel para um educador.

Por fim o Retroprojetor pode ser usado ainda de forma correta, utilizando-o com fotos, quadros
de pintura a fim de enriquecer o conteúdo transmitido.

DATA-SHOW
É importante frisar que a maioria daqueles que utilizam o DATA-SHOW como instrumento de
ensino, o fazem de tal forma que ´´ele`` o aparelho se torne o ator principal da apresentação dos
conteúdos, como isto se dá?

Primeiramente, alguns ainda teimam em escurecer tudo na hora da apresentação, em sala de aula
isto é muito comum, e podesse dizer ainda , que a muitos que enchem o projeção do DATA-
SHOW de conteúdos escritos, até mesmo parece que uma página de um livro foi todo copiado
para ser projetado.
O Prof. Cintra coloca que existem ainda aqueles que constroem tais Slides poluídos, com
informação em excesso, congestinamento de texto, e fontes e imagens miúdas, acabam por se
tornar:

 Reféns da projeção, pois parece que ele (apresentador) só domina o que está na tela e não o
conteúdo que ele deveria dominar dentro de si;

 Leitores inconvinientes, pois se a maior parte do conteúdo está projetado na tela e você
somente está lendo, na verdade o apresentador está dando uma de papagaio, e pior
desrespeitando a inteligência dos ouvintes que sabem ler muito bem o que está projetado.

 Apresentadores que não revelam se dominam ou não o assunto da aula ou palestra, pois
se ele mais leu do que explicou, aprofundou, os ouvintes sairão da aula ou palestra
perguntando se ele realmente sabia do que estava falando ou se somente leu o que estava
escrito.

Esta forma de apresentação com a utilização do DATA-SHOW, predomina por ser a forma mais
fácil de se trabalhar , pois praticamente smente se trabalha com o famoso ctrl+c – ctrl+v.

Para se ter a forma correta de utilizar o DATA-SHOW, é necessário encontar o padrão correta de
utilização do mesmo. Até agora foi visto que tecnicamente o padrão que a maioria das pessoas
utilizam para apresentação com DATA-SHOW é o padrão livro, agora será colocado justamente a
negação deste padrão.

O DATA-SHOW segundo o Prof. Cintra deve ser utilizado com:

 Palavras Chaves, para que através delas ele possa dIscorrer sobre o assunto atrelado a
elas passo a passo;

 ´´Strip Tease``, através desta técnica as palavras chaves são apresentadas paulatinamente.
Ainda segundo o Prof. Cintra, este ´´recurso é importante para que o público tenha o foco
de atenção no mesmo tópico, além de causar suspense(...), ´´ele também deve ser utilizado
em slides constituidos por vários imagens(fotos, imagens, ilustrações, gráficos, etc...
projetando uma parte da imagem de cada vez;

 Animação, o Power Point possui uma gama enorme de efeitos de animação, é no entanto
sugerido que não se exagere nestes efeitos importantes mas que não devem ser utilizados
para criar um mero ambiente de entretenimento para os participantes da aula ou
apresentação.Portanto as animações devem ser usadas na apresentação das Palavras
Chaves, em ilustrações, em pequenas inserções de filmes, desenhos animados, mas sempre
com toda sutileza possível;

Estes passos na utilização do DATA-SHOW possibilitam ao apresentador a oportunidade de


demonstrar o seu conhecimento e mais do que isto ele se tornará figura necessária a apresentação,
pois como já foi mencionado anteriormente ele precisará dominar o conteúdo que precisa
transmitir.

TELEVISÃO
A Televisão como meio didático é algo que não me entusiama, em outro momento mais
apropriado, colocarei o porquê desta resistência quanto ao uso da televisão como meio de ensino e
apredizagem, porém existem modos de utilizá-la sem maiores danos tanto para o Professor como
para o aluno. Desta maneira a televisão pode ser utilizada :
 A partir de pequenos trechos de filmes e documetários, para enfatizar e ou ilustrar
determinado conteúdo trabalhado em sala de aula;

 Com o acompanhamento por parte dos alunos de um esboço, para eles prestarem atenção
nos pontos principais do que será mostrado;

 Através de um questionário, onde os alunos terão que prestar atenção ao filme ou


documentário, para poder no final responder ao mesmo.

Espero que esta pequena contribuição possa ajudar àqueles que como Mestres, Professores, estão
sempre abertos a aprenderem, para desta forma enriquecerem tanto a si mesmos, como aos seus
alunos.

PENSAMENTO: A forma é secundária; o importante é o conteúdo. Mas uma forma defeituosa


distrai a atenção que deveria estar concentrada no conteúdo.

ABRAÇO
ELIAS

BIBLIOGRAFIA

CINTRA, José Carlos A. Didática e Oratória com Data-Show. São Carlos, Ed. Compacta,2008.
Para onde a leitura nos conduz? (Textos Pedagógicos)

Introdução

Uma das atividades ´´espirituais`` do ser humano, que lhe permitiu desenvolver ainda mais seu
potencial cognitivo, com certeza é a leitura. Neste caso, cito a leitura da escrita fonética, uma das
tecnologias mais importantes inventadas pelo ser humano.

Na priimeira parte deste artigo, colocarei dois aspectos da escrita fonética, primeiro destacando
seu caráter abstrato e em segundo lugar seu aspecto negativo quanto as metodologias usadas para a
alfabetização de crianças, logos depois, colocarei três locais não físicos, para onde a leitura nos
conduz, começando com o ter acesso a informação, depois como através da leitura nos
apropriamos da lingua, e encerrando esta parte do texto, escrevo, como podemos construir a nós
mesmos pela leitura.

A escrita fonética é altamente abstrata, pois os signos que conhecemos hoje como letras
consoantes e vogais em nada representam algo da realidade objetiva, são caracteres convencionais,
totalmente diferentes dos ideogramas que tem uma forte carga de concretividade.

Ela também é perniciosa para a alfabetização das crianças, principalmente através dos métodos
tradicionais, pois a criança em idade de alfabetização em seu desenvolvimento cognitivo não
deveria ser inicialmente alfabetizada com algo que está totalmente distante de sua realidade
corporal e psiquica, ou seja, com uma escrita ligada ao alfabeto fonético, abstrato. Na verdade, a
criança deveria ser aos poucos e de forma muito criativa introduzida na aprendizagem da leitura
através de uma alfabetização permeada de arte (poemas, músicas, histórias adequadas a idade,
desenhos livres, artesanato), execícios de ritmo e lateralidade e associando inicialmente as letras a
realidades concretas do dia a dia das crianças e a histórias ricas em ensinamentos práticos, éticos e
religiosos.

Estas considerações iniciais que aparentemente não transmitem uma visão positiva do alfabeto
fonético, foram colocadas conscientemente na introdução deste texto, para permanecermos dentro
do propósito crítico deste blog o qual procura mostrar que toda tecnologia dependendo das
circunstâncias onde, como e na idade no qual é utilizada, pode ter aspectos negativos como
positivos.

Mas com certeza, o alfabeto fonético também é o modelo de escrita que permitiu ao ser humano
um alto grau de desenvolvimento filosófico-científico, principalmente a partir do final da idade
média. E é sobre a leitura deste tipo de alfabeto que me proponho a expor, e assim apontar três
aspectos, para onde ela nos conduz.

Ter acesso a informação

A leitura possibilita ao ser humano acesso a informação. Informação aqui, relacionada com aquilo
que vem de fora para dentro, pois o ser humano também possui informação
interiormente´´armazenada``, como por exemplo, quando ele sente uma dor ou intuitivamente
pensa em algo. Mas aqui, a informação é aquela que vem por meio de representação simbólica
como dados, sob forma de texto, figuras, gráficos, fotos, enfim aqueles dados que estão inseridos
em um texto escrito.
Assim sendo, o ser humano só obtem informação de um texto escrito, através da compreensão
daquilo que se encontra nele, nas formas citadas acima. Desta forma, a informação contida em um
texto escrito, possibilita ao ser humano:

 resolver intelectualmente problemas com uma nova compreensão advindas do texto escrito
;
 adquirir entendimento teórico para a construção de conceitos, categorias, hipóteses;
 compreender o significado de conceitos;
 entender o(s) propósito(s) daquele que escreveu o texto;
 identificar novas formas de saber teórico e ou prático, dantes desconhecidas;
 diferenciar o que um autor tem de diferente de outros;
 comparar argumentos, hipóteses, teorias, leis, etc...;
 construir novas possibilidades de enxergar a realidade;
 distinguir comportamentos, áreas geográficas, raciocínios, sentimentos, etc...;
 sintetizar o conteúdo do texto lido.

Apropriar-se da língua

Um outro aspecto associado a leitura é que ela segundo Michelet Petit, é uma ´´via privilegiada
para se tr acesso a um uso mais desenvolto da lingua``(Petit, p.66, 2008).

Ao se praticar a leitura, melhora-se o conhecimento da lingua. A leitura é algo que cada dia mais
tem sido relegada a um segundo, terceiro, quarto plano, isto em muito se deve a sociedade
midiática, na qual vivemos. Contudo a leitura deveria desde a mais tenra infância ser valorizada e
incentivada, é lógico que neste início a criança deve ter um contato com a leitura, através da
contação de histórias, da leitura que o adulto faz para ela de livros adequados a sua idade, e
somente na idade escolar ter acesso a uma alfabetização adequada, para então, iniciar a sua leitura
solitária, sendo sempre supervisionada por um adulto na escolha dos livros próprios a idade
infantil.

A leitura portanto deve estar entre as prioridades daqueles que desejam se comunicar de forma
clara, adequada e correta. Uma lingua é sempre muito rica, e quanto mais tipos diferentes de livros
a pessoa ter acessso, muito melhor será para ela, no seu desenvolvimento linguístico e relacional.

A forma correta para que a leitura se torne uma das formas de apropriação da lingua para as
pessoas, é quando se parte de textos de fácil compreensão, para aqueles de média e por fim de
difícil compreensão. Para tanto, isto deveria ser acompanhado primeiramente pelos pais, depois
pelos professores e por fim pela própria pessoa, que com o passar dos anos irá adquirir o
entendimento para escolher os textos que lhe permitirão crescer na sua apreensão da lingua.

Construir-se a si próprio

A leitura muito mais do que um instrumento, um meio que nos possibilita exercitarmos muitas
coisas, ela é também uma grande construtora do eu. Segundo Petit, ´´o que determina a vida dos
seres humanos é em grande medida o peso das palavras, ou o peso de sua
ausência``(Petit,p.71,2008). Assim sendo, quanto mais o ser humano consegue nomear aquilo com
o que ele interage, mais apto ele estará em vivê-lo e transformá-lo. Pois, se por outro lado, existir a
dificuldade de simbolizar, através das palvras, haverá a possibilidade do ser humano tornar-se
mais agressivo e incontrolável, isto se deve pelo fato da privação das palavras, devido a falta da
leitura para que o ser humano, possa pensar sobre si mesmo, expressar sua angústia, raiva, idéias,
esperanças e sendo assim, quem irá se expressar, falar é o corpo. Desta forma, as possibilidades
do enfrentamento violento entre as pessoas corpo a corpo, tornam-se atos concretos. Quem lê a
Palavra de Deus, muito dificilmente, partirá para as vias de fato, antes, com certeza terá mais
condições de examinar-se a si mesmo, ponderar e assim controlar-se.

Agora, quero voltar a fase mais importante no desenvolvimento, na formação do leitor consciente,
que é a infância. Na infância, a leitura é a porta para a construção de um sujeito repleto de
imaginação, fator imprescindível para a formação de um adulto competente e verdeiramente
cidadão. Também nesta fase é importante a criança ter acesso a um repertório amplo de
identificações pessoais possíveis, fugindo dos estereótipos das ruas e televisão, onde são
encontrados na maior parte das vezes maus exemplos e figuras sem toda a complexidade do ser
humano real, já na leitura de bons livros a criança se defrontará com um mundo rico de imagens e
pessoas mais próximas da realidade do dia a dia.

Na adolescência e juventude temos outro momento onde a leitura é muito importante, pois é
justamente nestas fases que o ser humano começa a cristalizar em si os seus valores éticos, morais
e espirituais, os quais começaram a ser semeados na infância. Por isto a leitura desta fase, que irá
ajudar o adolescente e o jovem a construir-se a si mesmo, deve ser bem alicerçada em Textos da
Bíblia Sagrada e da Literatura Universal através principalmente dos autores clássicos, cito aqui
alguns poucos autores: Platão, Aristóteles, William Shakespeare, Leon Tolstói, Fiodor
Dostoievski, Fernando Pessoa, Alexandre Dumas, Machado de Assis, Franz Kafka, Goethe.

Através de obras como a Biblia e a destes escritores, com certeza o ser humano aprendera muito
sobre o que é em essência o ser humano, principalmente através da Bíblia, e assim ter a
possibilidade de conhecer a si mesmo um pouco mais.

Conclusão

Estes são somente três aspectos bem básicos, para onde a leitura nos conduz, espero que os
mesmos, sirvam de reflexão para sua prática didática e para o seu aprofundamento intelectual.
Curiosidades sobre a tecnologia (Textos Pedagógicos)

As tecnologias acompanham o ser humano desde os tempos mais remotos. Caracterizo tecnologia,
como toda invenção humana com um propósito definido, quer seja ela um objeto concreto ou uma
atividade intelectual que permite ao ser humano melhor interação social e facilidades nas
diferentes situações no seu dia a dia. Isto é, a tecnologia é uma realização humana, pragmática,
teleológica e social.

Desta forma, a tecnologia está atrelada tanto a ferramentas, instrumentos, máquinas, construções,
utensílios, como ao alfabeto, matemática, oratória, retórica, filosofia, estilos literários, artísticos ,
etc...

Por mais rudimentar que possa parecer a invenção humana, como por exemplo, uma alavanca,
uma machadinha de pedra, uma roupagem de folhas ou mesmo peles de animais, gravetos de
madeira sendo esfregados para se obter fogo, tudo isto é tecnologia. Pois, está impregnado de
realização racional e empírica humana, de funções pragmáticas, de finalidades e facilitações para
o relacionamento interpessoal.

Após esta rápida introdução, será apresentado neste primeiro artigo relacionado a ´´curiosidades
sobre a tecnologia``, como o A-E-I-O-U, chegou a ser organizado nesta ordem. Afinal, quem
inventou a história de que esta é a ordem das vogais ?

É bom frisar, que tanto as letras de caráter fonético, assim como o alfabeto originado a partir
destas letras, foram uma das mais importantes e modificadoras tecnologias surgidas na História da
Humanidade. Marshal Mcluhan, afirmou sobre a escrita fonética: ´´ A separação única que
introduzem entre o som e a visão, de um lado, e o conteúdo verbal e semântico, de outro, os
transformaram na mais radical das tecnologias, no sentido da tradução e homogeneização das
culturas. Todas as demais formas de escrita sempre serviram a uma única cultura, bem como a
distingui-las de outras. Só as letras fonéticas podiam traduzir, ainda que grosseiramente, os sons
de qualquer língua para um só e mesmo código visual.``(Mcluhan, p.106, 2005) assim sendo,
Mcluhan, ainda esclarece que ´´ o alfabeto fonético, com apenas poucos sinais, pode abranger
todas as línguas. Tal realização, no entanto, implicou na separação de ambos os signos, oral e
visual, de seus significados semânticos e emocionais. Nenhum sistema de escrita jamais havia
realizado um tal efeito.``(Mcluhan,p.107,2005)
Tendo suscintamente abordado a relevância da escrita fonética, não será possível descrever como
cada letra do alfabeto chegou até nós neste momento, tanto vogais como consoantes, em outro
artigo será trabalhado este interessante assunto, agora portanto, cabe descobrir como as vogais
fonéticas que conhecemos hoje adquiriram sua organização.

Nos meados do século XV, Frederico III , de Habsburgo foi coroado imperador germânico na
cidade de Roma, em 1452. Na verdade, esta era somente uma coroação para manter as tradições
antigas, muito respeitadas naquele período, pois na verdade seu poder nos limites de suas terras,
estava abalado por disputas familiares e o império estava muito fracionado em incontáveis
interesses particulares. Antes, ainda como duque, ele havia inventado, com as vogais do alfabeto o
signo A.E.I.O.U, que ele próprio interpretava indicando a vocação universal da Aústria(Por acaso,
isto nos faz lembrar de um outro austríaco da primeira metade do século vinte). O A.E.I.O.U do
duque Frederico significava,´´ Austriae Est Imperare Orbi Universo, ou Alles Erdreich Ist
Oesterreich Untertan ( Todo Reino da Terra está subordinado à Austria).

Após retirar-se de Viena e se dirigir à Linz para passar seus últimos dias, mandou cinzelar estas
cinco letras no brasão, acima do portão do castelo.

Assim surgiu a organização do nosso A-E-I-O-U, através de um estadista e não de um Educador -


Alfabetizador!

Bibliografia

Mcluhan, Marshal : Os meios de comunicação como mediações humanas, São Paulo,Ed.


Pensamento Cultrix. 2005

Baur,Alfred: O sentido da Palavra: No princípioera o verbo, São Paulo,Ed. Antroposófica. 2004


A mudança do processo ensino-aprendizagem com a inserção do computador (Prós e
Contras) e algumas propostas de conteúdo conceitual e técnico para uma nova educação
tecnológica.

(Texto Pedagógico)

Alvin Toffler, no seu livro O choque do futuro, “trata do que acontece às pessoas quando se veem
esmagadas pela rapidez, com que se verificam, nas mudanças e nas alterações sociais .” (
Toffler, 1971, p.1). E, entre tantas áreas trabalhadas no texto, será destacada a educação, por sua
ligação ao assunto trabalhado neste Blog e para o qual ele separa todo um capítulo do seu livro.

Segundo Toffler, dentro de uma análise sociológica, as mudanças na escola surgem entre outros
motivos, da ligação desta com à sociedade e o momento histórico no qual a mesma está inserida.
Para o ser humano da Idade Média, envolvido em uma sociedade estagnada, por exemplo, o
conhecimento era transmitido “não por especialistas concentrados em escolas, mas através da
família, das instituições religiosas e dos aprendizados artesanais.” (Toffler, 1971,p.333).Deste
modelo de sociedade surge então uma escola alicerçada no tradicionalismo e por isto mesmo
contrária à mudanças.

A Idade Moderna e sua nascente industrialização faz surgir um modelo de escola que precisava
estar associada ao novo tipo de trabalho e de Homem que esta sociedade via nascer. O molde de
trabalho industrial que estava sendo construído, precisava de um novo ser-humano, adaptado às
novas realidades sócio-econômicas geradas pela industrialização da sociedade e o melhor lugar
para infundir tais mudanças foi a escola, reorganizada segundo os princípios da industrialização.

Devido a estas transformações ocorridas dentro da escola, é que Toffler aponta algumas
características muito criticadas da educação atual, como por exemplo ;

 A regimentação;
 A rigidez no controle das pessoas;
 Valorização de notas;
 O papel autoritário do professor.

Assim sendo, as escolas acabavam e ainda acabam sutilmente instilando no aluno a concepção de
sociedade industrial, na qual estamos inseridos.

A rápida passagem pelos modelos escolares das Idades Média e Moderna, serve para esboçar
como o momento histórico e social influenciam a escola e por conseqüência tudo o que está
ligada a ela. Atualmente, acontece o nascer de uma nova sociedade, a sociedade informacional,
que segundo Castells é um termo que “tenta uma caracterização mais precisa das transformações
atuais” (Castells, 2000,p.65), com relação aos movimentos sociais e ao Estado os quais estão
baseados na estrutura básica de redes. E, a escola dentro deste contexto de transformações muito
rápido, encontra-se em uma encruzilhada precisando saber qual o caminho a seguir.

Toffler, aponta algumas áreas no qual as mudanças devem ser trabalhadas na escola:

 Transformação da estrutura organizacional do sistema educacional;


 Revolucionar o currículo;
 E orientar-se mais para o futuro.

Como a preocupação deste tópico é trabalhar as mudanças do processo ensino aprendizagem, com
a inserção do computador dentro desta mediação, será somente constatado a nível de informação,
assim como Toffler entende que não há como permanecer neutro às mudanças e que as mesmas
exigem uma tomada de posição dos educadores... ao falar de uma transformação da estrutura de
organização do sistema educacional, sua posição é de uma escola mais voltada para o uso dos
equipamentos tecnológicos no processo ensino-aprendizagem, “essa tendência será grandemente
encorajada por melhorias registradas na educação suplementada pelos computadores, pela
gravação na televisão, pela holografia e por outros caminhos técnicos.” (Toffler,1971,p.338)

Para contrastar esta posição de Toffler e mostrar a necessidade de ter uma postura quanto às
mudanças no processo ensino-aprendizagem, será citado um trecho onde de maneira contrária,
Setzer aponta o por quê aceita apenas parcialmente a mediação entre professor e aluno, por
máquinas.

“Quanto ao uso de máquinas para ensinar diversas matérias, eu admitiria apenas


um uso muito restrito. Por exemplo, como já foi provado que a TV induz um
estado de sonolência, semi-hipnótico, no telespectador [Krugman 1971, Walker
1980, Weinstein 1980], minha recomendação é que ela seja usada apenas como
ilustração (por exemplo, em aulas de geografia ou biologia) com vídeo, por
períodos muito breves (3-4 minutos). O professor deve exibir a ilustração,
discuti-la, exibi-la e discuti-la novamente, evitando assim que as imagens sejam
gravadas exclusivamente no subconsciente, como acontece normalmente com TV
e filmes não tendo então efeito educativo, mas condicionador.

Com relação ao uso dos computadores no processo ensino aprendizagem, Setzer afirma que
existem algumas razões para se opor ao uso deles, na educação:

1º - O trabalho massivo da ´´Propaganda mercenária`` realizada pelos fabricantes de


computadores;

2º - A preocupação em se usar uma aparência hiper-cosmetificada dos aparelhos;

3º - O fato dos professores não enxergarem e nem estarem preparados técnica e didaticamente para
as alterações metodológicas;

4º - O tipo de aula excessivamente abstrata, que massacra psicologicamente os alunos;

5º - O falso pensamento de que o computador moderniza, atualiza a educação formal;

6º - A valorização e a ênfase de uma adultização precoce dos alunos.


Dentro das respectivas linhas teóricas, uma concordando com a inserção do computador no
processo ensino-aprendizagem (Toffler) e a outra discordando desta inserção no ensino
fundamental (Setzer), pode ser percebida uma concordância:

É necessário a alteração do modelo de ensino-aprendizagem, cada um à sua maneira, porém


é nítida a consciência de que o modelo educacional está superado e os professores precisam
ter preparo para enfrentar as mudanças que se fazem necessário no seu trabalho, junto aos
alunos da sociedade atual.

Se é ponto pacífico que devem ocorrer alterações no processo ensino-aprendizagem por ambas
linhas de pensamentos, por onde as instituições de ensino, tanto formal como informal, deveriam
iniciar este trabalho de profundas mudanças, na formação e informação de nossas crianças para a
sociedade midiatizada, que está sendo construída?

A preocupação deve começar desde a educação infantil. Nesta fase a criança deve ter uma
educação que lhe possibilite ao menos, ter acesso:

 A conteúdos que trabalhem a fantasia e a imaginação, ou seja, muitas Histórias, Poemas,


Desenhos Livres, Cânticos, Música, Teatro;
 A um ambiente que lhe permita aprender a reverência, o agradecimento, o respeito e o
compartilhar;
 A um ambiente educativo que lhe permita conhecer e desenvolver atividades que
contenham Ritmo, que se repetem diariamente, semanalmente, mensalmente e anualmente;
 A práticas educativas que inibam a competição, mas valorizem a cooperação;
 A uma proposta pedagógica que valorize a socialização e o desenvolvimento da vontade;
 A um espaço de tamanho suficiente, que lhe permita movimentar-se;
 A muitos tipos de brincadeiras ao ar livre e brinquedos que contenham desafio;
 A materiais que lhe possibilite preparar, modelar e construir algo concreto, com utilidade e
finalidade.

No Ensino Fundamental, um ambiente educativo deve dar a criança por sua vez ao menos,
acesso:

 A uma liderança forte e ética que não aja com ignorância, mas que seja fonte de exemplo
de hábitos saudáveis;
 A um ambiente e prática educativa que valorize a música;
 A uma proposta educativa que proponha um conteúdo mais concreto e prático;
 A atividades artísticas (dança, pintura,teatro,etc...) e artesanais (tricô ou tecelagem,
trabalhos de escultura, metais e marcenaria);
 A um aprendizado e informação de qualquer conteúdo e fato engajados com sua emoção;
 A uma vivência do estético e do belo;
 A um processo ensino-aprendizagem que trabalhe uma educação física que valorize o
corpo humano em seu todo;
 A um estudo, no mínimo, de dois ou mesmo três idiomas;
 A partir dos dez anos, a um conteúdo mais abstrato;
 A partir dos onze anos, dar acesso à laboratórios de tecnologias que apresentem e
ensinem o princípio básico do funcionamento de máquinas e equipamentos mecânicos e
até aparelhos que trabalhem com circuitos elétricos com baterias, resistores, LEDs,
magnetos e relés;

No Ensino Médio, a educação deve possibilitar ao adolescente acesso:

 A um educador que não se valha da autoridade pela autoridade como na faixa etária
anterior, mas antes procure administrar a autoridade sobre adolescentes a partir de sua
capacidade intelectual, demonstrando pleno conhecimento do conteúdo que ensina e pela
integridade moral, comportando-se da mesma maneira que ensina;
 A um processo ensino-aprendizagem permeado de atividades concretas;
 A um conteúdo abstrato;
 A um contato maior com as pessoas fora do contexto escolar, através de atividades
artísticas, cooperativas, socializantes, educativas, principalmente voltadas a pessoas mais
carentes da sociedade;
 A um Laboratório de Microcomputadores onde deve ter uma disciplina técnica que lhe
permitirá uma introdução: -A linguagens de programação (tais como Basic, Pascal, Java),
com a finalidade de entender programas, introduzir editores de texto, planilhas, traçadores
de gráficos e figuras, gerenciadores de bancos de dados. -Como entender e trabalhar com
Correio eletrônico (e-mail), transferência remota de arquivos, PowerPoint e internet. -
Conteúdo sobre o impacto psicológico e social dos computadores. -Ensino sobre a noção
de algorítmos e sua complexidade, mediante exemplos de ordenação.

Alguns pontos devem ser destacados a partir daquilo que foi exposto acima.
Nos primeiros seis - sete anos a criança preferivelmente não deve ser massacrada com um ensino
abstrato ( se possível, nem mesmo ser alfabetizada), ter acesso a um conteúdo mais voltado para a
vontade; evitar a possibiliidade de contato com aparelhos de tela e disponibilizar ao máximo
brincadeiras e brinquedos e espaços para movimentar-se.

Após os seis primeiros anos até o início da puberdade, a criança deve sair, lentamente, das práticas
pedagógicas concretas para mais abstratas, sendo envolvido com um conteúdo voltado para a
emoção e aos poucos sendo levado para a realização de práticas artesanais, um conhecimento
mais prático sobre o funcionamento e a construção de máquinas, ferramentas mecânicas e elétricas
e o despertar para a socialização do aprender.

A preocupação com a Educação Básica, tanto no ensino fundamental quanto no médio deve ser a
mais importante para que o País construa uma base teórica e prática de suporte acadêmico
verdadeiramente humanista, que leve jovens realmente conscientes, criativos e preocupados com
questões sociais para os centros superiores de pesquisas de nossas Universidades, que projetarão e
construirão as tecnologias necessárias para a sociedade do amanhã.

E por fim, é importante frisar que se deve promover a ligação do estudante, aos poucos, com o
computador e esta precisa ser uma ligação onde o aluno já tenha tido a possibilidade de uma
ampla formação artística-criativa, que desenvolva uma plena consciência e uma formação e
informação intelectual e social que lhe permita entender sobre as influências deste meio, sobre as
pessoas e entenda como é a sua estruturação e o seu funcionamento. Com certeza, se houver uma
preocupação sincera com a educação das crianças concernente a sua preparação tecnológica hoje
para o futuro, é certo que as possibilidades de um verdadeiro e amplo desenvolvimento sócio-
econômico chegará não somente às classes hegemônicas, mas também as pessoas menos
favorecidas da sociedade brasileira... Isto possibilitará as Lideranças Políticas a Nível: Federal;
Estadual e Municipal de forma mais equânime conduzir ao país, de uma situação de pagador de
direitos intelectuais e fornecedor de cérebros para os países desenvolvidos, para uma posição de
país soberano e desenvolvedor de tecnologias nas mais diferentes áreas!

Referências Bibliográficas

 Setzer,Valdemar W. A obsolescência do ensino [online]Disponível na internet via WWW:


http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/ obsolesc.html. Arquivo capturado em 29 de Janeiro de
2011 - 14:01pm
 Setzer,Valdemar W. Meios eletrônicos e a educação:uma visão
alternativa.Ed.Escrituras.São Paulo.2001
 Toffler,Alvin. O Choque do futuro. Ed. Artenova.Rio de Janeiro. 1971

O ´´Culto``, o imitar e as crianças

As crianças, principalmente, aquelas abaixo dos 5 anos de idade, são abertas e altamente
sensíveis pela imitação. Esta abertura e sensibilidade unem-se para reagir ao movimento advindo
à criança.

O que é a imitação infantil?

É a reação da criança ao exemplo proveniente do mundo exterior, é a união de impressões que


chegam ao próprio mundo da criança.
Questões básicas mais importantes sobre a imitação.

A criança vê ,e sem analisar crítica e conscientemente , repete o que está vendo.

A criança não é capaz de afastar-se do exemplo externo, ela ainda não tem o senso de antipatia
totalmente despertado para analisar tudo o que acontece ao seu redor.

Por que a imitação, como procedimento de aprendizagem, é mais desejável do que o falar e o
dirigir até aproximadamente os 5 anos?

Porque a imitação constitui um trabalho pedagógico e didático natural, espontâneo e não


abstrato, ou seja, ele é totalmente oposto a utilização de questões; explicações; instruções
fundamentadas no raciocínio lógico-abstrato. Entretanto, a utilização destas metodologias
bombardeiam a criança de tal maneira que elas se tornam aceleradas e precoces tanto verbal
quanto comportamental. Assim, ao serem educadas pelo exemplo natural, não forçado, as
crianças através da imitação desenvolverão o hábito de serem pessoas com iniciativas.

Porque a imitação proporciona a criança seguir espontaneamente a liderança do adulto, sem


que ela se sinta coagida, obrigada para realizar qualquer atividade.

Porque a imitação torna-se um hábito e fortalece a atitude de respeito e confiança nas


orientações dadas pelo adulto.

Porque a imitação conduz para uma aprendizagem de valores.

Níveis da imitação

1. A criança vê e imita imediamente.


Este é o nível mais básico e elementar da imitação. A criança vê o adulto varrendo, por
exemplo, um quintal, então ela pega a vassoura e imediatamente começa a varrer
também. Neste nível a criança enxerga uma abundância de atividades ao seu redor e se
interessa com entusiasmo por todas elas, assim sendo, quando a criança não é obrigada
a cumprir algo, ela inevitavelmente a imitará.

2. A criança vê e mais tarde imita.


Neste nível, a criança repete o que viu e não executa na mesma hora, ela vai repetir o
exemplo mais tarde. E, como a criança não é rígida, antes é plástica, quando ela espera
algum tempo para repetir uma atividade acaba por recriando, reinventando a atividade,
vista anteriormente.
3. A criança vê e gradualmente transforma-se.
Neste nível, presenciamos a forma mais sútil e poderosa da imitação. É quando a criança
vai incorporando os exemplos a longo prazo. Ela vai absorvendo os hábitos,
comportamentos, humores dos adultos que acabarão por influencia-la a ser o adulto que
tornar-se-á. Esta imitação é muito sútil, pois é incorporado na criança os valores morais e
espirituais da comunidade que ela se encontra. Portanto, o que a criança vê e imita irá
metamorfose-á-la, se para o bem ou mal, isto irá depender daqueles que estão ao seu
redor.
Considerações finais
1. Que tipo de exemplo estamos dando para nossas crianças em nossas casas? O que
estamos falando? Como estamos nos comportando? Que tipo de sentimento estamos
apresentando? Que limites, quanto ao que elas veem nos aparelhos de telas, estamos
colocando a elas?
2. Como estamos planejando os ´´cultinhos`` de nossas igrejas, quanto ao que as crianças
estão vendo? Os Professores e professoras são pessoas mais do que capacitadas
academicamente, exemplos vivos de um Cristianismo, verdadeiramente bíblico?
3. Qual é o nosso critério, quanto ao que as nossas crianças veem, escutam e presenciam
em nossos cultos? Não esqueça, que aquilo que a criança vê, ela imita, e isto a leva
adaptar-se ao mundo exterior a partir daquilo que viu e a transformará
inconscientemente naquilo que foi incorporado sem juízo de valor e discernimento
bíblico.
4. Como lidamos com a influência das propagandas, que usam justamente do exemplo não
forçado para que as crianças pela imitação se tornem consumidoras ativas? Enquanto
profissionais do marketing, da publicidade, da psicologia se aprofundam nos estudos
quanto as crianças do ponto de vista financeiro, o que temos feito do ponto de vista
espiritual?

O ´´culto``, o ritmo e as crianças II

É muito interessante quando lemos a Bíblia e vemos o cuidado de Deus com todos os seres humanos.
Mas neste breve artigo, quero destacar a preocupação indireta de Deus com as crianças, a partir da
liturgia o qual foi, por Ele preparada e revelada ao ser humano, na Bíblia Sagrada.

Por que uma preocupação indireta? Porque o argumento sobre o qual basearei, as formas de ´´cultos``,
tanto vetero como neo testamentário, não tem um ensino objetivo e direto que nos permite ensinar, pois
foram estruturados por Deus, pensando diretamente nas crianças. Porém, é possível enxergar, sem forçar
a interpretação, que as práticas cúlticas foram ordenadas de tal maneira que nelas, encontramos algo de
fundamental para a educação das crianças, principalmente aquelas até os 7 anos. E, esta prática é
justamente o ritmo que Deus estabeleceu nas celebrações por Ele ordenadas, principalmente no Antigo
Testamento. Por exemplo, quando observamos a prática dos sacrifícios de holocaustos que os judeus
realizavam como parte do seu culto a Deus (Lev.1:03-07).

Nesta passagem, existe um ritmo bem definido:

1º passo - Deve ser separado um animal macho


2º passo - Deve escolher um animal sem mancha
3º passo - Deve ser oferecido à porta da tenda
4º passo - Deve colocar a mão sobre a cabeça do holocausto
5º passo - Deve degolar o bezerro perante o Senhor
6º passo - Os sacerdotes oferecerão e o sangue será espargido sobre o altar
7º passo - Os sacerdotes esfolarão o holocausto
8º passo - Os sacerdotes porão fogo sobre o altar e a lenha será posta em ordem
9º passo - Os sacerdotes colocarão em ordem as partes dos animais
10º passo- Os sacerdortes lavarão a fressura e as pernas dos animais e depois queimarão

O que podemos ver nítido nestes sacrifícios?

É justamente, o ritmo ordenado por Deus que deveria ser obedecido a risca pelos ofertantes, o ritmo
possui algumas características fundamentais relacionados a aprendizagem e educação das crianças.

No Novo Testamento, o exemplo a ser destacado é o ensino do Apóstolo Paulo à igreja de Corinto, de
como deveriam organizar a reunião cúltica deles, ´´Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada
um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem lingua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação`` (I Co. 14:6). Nesta passagem, Paulo coloca que o momento do culto coletivo deveria seguir
um ritmo.

Por que o ritmo é importante para as crianças?

1. Pois, ele reproduz ações idênticas em momentos diferentes, mas equivalentes. Ou seja, o ritmo
permite as crianças se adaptarem a diversos momentos da vida, que embora aconteçam em
momentos cronológicos e ambientes diferentes, permanecerão idênticos. Isto permite entender
que o ritmo, não é algo rígido, inflexivel, antes é plenamente adaptável. O ´´culto``, por isto
mesmo, é algo que tendo uma estrutura definida, não se fecha em si mesmo, antes por ser
controlado pelo Espírito de Deus, Ele não mudará a essência, os princípios que regem o ´´culto``,
ao mesmo tempo não deixará que o mesmo, caia na monotonia, na rotina rígida. A criança ao
ser colocada em um ambiente onde o ritmo segue um princípio ritmico, aprende sobre a
necessidade de reproduzir a essência, conhecendo os limites da mesma e a ser flexível e coerente
quanto a formas históricas e culturais.
2. Pois é o fundamento para a adaptação. Por não ser exatamente igual, mas por proporcionar um
equilíbrio, quanto ao que está envolvido na repetição ritmica, ele propociona uma
adaptabilidade, uma integração não forçada ao que acontece, neste caso, o ´´culto``.
3. Pois ele substitui a força. Quando os encontros coletivos repetitivos acontecem, eles vão
demandando um gasto de energia cada vez menor, em relação àqueles que acontecem uma única
vez. Eventos para os quais horários, lugares físicos e outras circunstâncias são diferentes daqueles
que são habitualmente frequentados pelas pessoas, sempre exigirão um esforço maior,
principalmente o psicológico. Crianças, precisam ser educadas pelo ritmo do sossego, da
repetição de um mesmo ambiente e estrutura pedagógica.
4. Pois, leva à formação de hábitos. Quando a criança aprende a habituar-se com horários, eventos,
atos, ela tem condições de suportar com segurança e eficiência os compromissos da vida
cotidiana e assim não se esgotar. O ´´culto`` com um início nítido, uma sequência bem delimitada
e um encerramento sempre da mesma forma e tempo, ensinam a criança que os eventos não são
realizados de forma aleatória, sem sentido. Antes, permitirão que não faltem a ela a flexibilidade
necessária para a adaptação e a perseverança em continuar participando salutarmente de um
ambiente e momento tão importante para ela.

Outro exemplo, que quero colocar sobre ritmo, é em relação às reuniões cúlticas de 30, 40 anos atrás.
Que para o padrão hodierno podem até parecer muito ´´religiosas``, ´´rígidas``, mas algo que não pode
deixar de ser constatado é que justamente por elas, terem um início nítido, um meio bem definido e um
encerramento claro, isto trazia para as crianças um aprendizado claro e certeiro quanto aos propósitos
referentes que Paulo chamou de ordem e decência (I Co. 14:40).

Sendo assim, é possível traçar uma linha nítida de que Deus sempre propôs educar todas as pessoas e
neste caso fazemos referência justamente às crianças, que são aquelas que mais precisam aprender pelo
ritmo. Hoje, quando ´´os cultos`` não tem quase nenhuma forma ritmica, como as crianças, até 7 anos,
estarão aprendendo? É lógico, que há exceções a regra, mas fiquemos apenas com as igrejas que
perderam a compreensão de como a estrutura de um ´´culto`` ensina, principalmente, as crianças. Mas, e
quando as crianças são deixadas à disposição de ´´tias`` que as enchem de papéis para fazer pintura, ou
raramente desenharem; que contam histórias, as vezes, bíblicas sem nenhum preparo pedagógico, que
usam televisões e computadores para entreterem as crianças, nos assim chamados ´´cultinhos``? O que se
pode constatar é que, não há nenhuma possibilidade da igreja está ensinando algo útil as crianças. Além
de perder todos os benefícios do ritmo, com o qual o culto de adultos deveria ser organizado, a situação
fica pior, pois nos tais ´´cultinhos``, onde deveria existir um mínimo de didatismo, santa preocupação
pedagógica em como a criança aprende, principalmente aquelas do primeiro setênio. Infelizmente,
entregamos nossas crianças para que elas desaprendam como cultuar, coletivamente, ao Senhor e como
a ser organizadas em todas as áreas da vida, isto em se tratando somente sobre o ritmo, pois existem
outros aspectos que poderiam ser abordados, como a imitação e sua importância na educação das
crianças...

Portanto, Deus deseja que aprendamos a imitá-lo e assim pensarmos como estamos organizando nossos
´´cultos`` e ´´cultinhos`` com relação as crianças.

Obs: Existem poucas igrejas em que há um departamento infantil organizado, que realmente tem uma
preocupação sincera e divina para com as crianças. Minha oração é que essas igrejas se multipliquem e
ensinem outras a trabalhar da mesma forma, caso contrário, será tarde demais, para nossas crianças.

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