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MARKETING PESSOAL:

FERRAMENTA QUE ALAVANCA O


SUCESSO PESSOAL E
PROFISSIONAL

1.Izabel C. de Moura Sampaio

1.Bacharel em Biblioteconomia – Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, Licenciatura


em Pedagogia – Universidade Metodista de São Paulo.

Resumo:

Este trabalho tem como objetivo discutir a importância do Marketing Pessoal e fazer
uma análise dos equívocos quanto a sua interpretação, pois ainda é confundido com
lavagem cerebral, indutor de conduta e/ou técnica de persuasão. O que se pretende é
esclarecer, apesar dos poucos estudos com relação ao assunto com bases cientificas, que
Marketing Pessoal é uma ferramenta que proporciona a pessoa um diferencial na vida
particular e profissional. Mostrar que é diferente de etiqueta empresarial, autopromoção,
que está além da imagem, pois se inicia de dentro para fora, se expressando nas atitudes,
no que se faz e no comportamento. Apresenta também a Marca pessoal como um
requisito importantíssimo para a credibilidade, pois exige autenticidade o que é
fundamental para sua construção. A metodologia utilizada para a realização do trabalho
foi a pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Marketing Pessoal. Plano de Ação. Marca Pessoal.

INTRODUÇÃO

Com a competição acirrada do mercado atual ter ao menos um pequeno diferencial pode
garantir o sucesso profissional. No dia-a-dia é essencial o reconhecimento de
competências e habilidades que diferenciem e determinem a posição do indivíduo no
contexto em que atua.

A necessidade de garantir o sucesso holístico é devido às aceleradas mudanças e


transformações que são geradas pelas exigências da globalização e do desenvolvimento
tecnológico. Com as novas exigências e inovações, a sociedade, o homem e as culturas
estão se modificando de forma persistente e irreversível.

É fundamental ter conhecimento do passado e estar atento as características da época


atual, do momento em que se vive, para participar ativamente da história. É necessário
saber mapear o contexto em que se está inserido para se posicionar e refletir
criticamente sobre o cenário atual. Como reagir diante de tantos avanços e
transformações nas mais diferentes áreas do conhecimento e com uma velocidade
jamais vista? Como se defender dos “bombardeios” da mídia que, obedece ao poder
dominante, promovendo o consumo inconsciente, aos acontecimentos a nível mundial?
Como se posicionar diante de tanta informação com tamanha velocidade?

Hoje se vive o modelo econômico capitalista e do discurso neoliberalista que ressalta os


direitos do consumidor mais do que as liberdades públicas e democráticas e contesta a
participação do estado no amparo aos direitos sociais. Em meio a tantas mudanças,
transformações e velocidade negligencia-se a criticidade, o sujeito fica perdido no
tempo descuidando de seu passado e de sua identidade que são a base para refletir o
presente e planejar o futuro, passa a colocar a técnica acima do humano.

A questão é discutir o marketing pessoal para esse homem que procura desenvolver seu
projeto de vida numa sociedade hedonista, individualista, competitiva, instável, que
desvaloriza o humano… Para traçar um plano é necessário ter consciência do mundo em
que se vive e das leituras que se faz dele, pois não é possível ter sucesso estando sempre
à margem observando e plagiando.

Na Era do Conhecimento, há muita informação e pouca familiarização, envolvimento


com o conteúdo, pois não há mais tempo para se ler um bom livro, apreciar uma boa
música, fazer o que dá prazer, tudo é muito imediato. O conhecimento se multiplica
velozmente como nunca se constatou na história da humanidade provocando uma visão
de desenvolvimento da civilização, mas tanto excesso pode ser angustiante. A esse
respeito Sevcenko (2001, p.24) afirma que:

“Se somarmos todas as descobertas científicas, invenções e inovações técnicas


realizadas pelos seres humanos desde as origens da nossa espécie até hoje, chegaríamos
à espantosa conclusão de que mais de oitenta por cento de todas elas se deram nos
últimos cem anos. […] Verificaríamos também que cerca de setenta por cento de todos
os cientistas, engenheiros, técnicos e pesquisadores produzidos pela espécie humana
estão ainda vivos atualmente, […] A grande maioria deles, ademais, não apenas ainda
vive, como continua contribuindo ativamente para a multiplicação e difusão do
conhecimento e suas aplicações práticas”.

É neste turbulento palco que será pensado o marketing pessoal como estratégia para se
alcançar o sucesso pessoal e profissional sem perder de vista o contexto em que vive e a
complexidade que é o ser humano como ser único.

CONCEITO DE MARKETING

Marketing é uma ciência relativamente nova, muito estudada especialmente nos cursos
de administração, que tem sofrido algumas modificações nas últimas décadas.

A definição mais conhecida é a de Philip Kotler (1996, p.25), onde afirma que:
“Marketing é um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que
necessitam e desejam, através da criação, oferta e troca de produtos de valor com
outros.” O autor (Kotler, 1996, p. 26) também ressalta que “o verdadeiro marketing,
porém, não é a arte de vender o que se produz, mas o que deve ser produzido”, ou seja,
sua prioridade não é a venda, mas sim conhecer e entender o perfil do consumidor, a
venda é conseqüência desse processo. Nota-se que esse processo se preocupa com o que
o cliente quer tendo consciência que ele não busca um produto ou serviço em especial,
mas sim satisfazer uma necessidade através do produto ou serviço ofertado.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a indústria muda seu foco da produção de
armamento para a fabricação de bens de consumo e é nesse novo cenário que surge o
marketing buscando detectar as necessidades e desejos do consumidor que até então não
tinha poder de troca e a concorrência praticamente não existia.

Segundo Kotler (1996, p.25) a necessidade humana “é um estado de privação de alguma


satisfação básica”. Logo se conclui que é tarefa dessa ciência traçar estratégias para que
o consumidor perceba que necessita ou deseja o produto. Lembrando que aqui vender a
qualquer custo já não tem mais fundamento, o marketing deixa de significar:
“empurrar” ao consumido aquilo que ele não deseja e/ou necessita, deixa de ser
enganação, pois hoje apesar do marketing visar o lucro tem uma responsabilidade
social.

Com a aceleração das mudanças na sociedade o consumidor está exigindo mais


responsabilidade e comprometimento das empresas. Então se deixa antigas técnicas que
focavam simplesmente alavancar as vendas para uma visão empresarial mais ampla
onde o foco é a satisfação das necessidades e desejos do consumidor, o meio ambiente,
o bem estar da sociedade e o lucro.

Em 2008 a AMA (American Marketing Association) divulga uma nova concepção de


marketing. Essa atualização é feita a cada cinco anos. Nessa nova concepção visa não só
os benefícios para as organizações e todos os envolvidos em seus processos, mas
também visa os benefícios para a sociedade em geral. Segundo Andrade (2009, p. 16)
“marketing é atividade que agrega valor ao produto ou serviço, sendo esse valor
benéfico não apenas para o cliente específico e para a organização, como também para a
sociedade em seus processos de sustentabilidade”.

Essa nova maneira de conceber o marketing estende os benefícios do produto para além
da satisfação do consumidor atingindo o meio ambiente e a sociedade. Richers (2000,
p.5) afirma que essa ciência transpôs os limites comerciais se associando as funções
sociais e culturais usando-as como promotoras de produtos, marcas e organizações.

Assim é percebido como uma ferramenta que possibilita a satisfação entre indivíduos,
onde uma parte oferece algo que para a outra tem valor gerando assim uma troca. Com
isso entende-se que esse processo é uma ferramenta que busca a satisfação do cliente.

MARKETING PESSOAL

Ter ciência do significado de uma palavra é fundamental para se evitar


constrangimentos e que uma ideia equivocada sobre o mesmo termo seja registrada
como correta.

Quanto à interpretação do que seja marketing pessoal o que se percebe é uma grande
confusão quanto ao seu significado que é confundido como indutor de conduta ou
técnica de persuasão. A esse respeito Rizzo (1998, p19) diz que há um grande engano,
pois é confundido com condicionador de conduta, deformação da personalidade,
robotização, especialmente quando se apresenta no mercado de trabalho.

O Marketing Pessoal surge para atender as atuais exigências de mercado que reclama
cada vez mais profissionais capacitados para suprir suas necessidades. É uma
ferramenta que qualquer profissional pode e deve lançar mão para ter um diferencial na
carreira. É um esforço individual planejado que busca meios para aprimorar a maneira
de pensar, as habilidades e as competências gerando conexões que levem ao sucesso
pessoal e profissional. Ritossa (2009, p. 17) afirma que devemos entendê-lo como “um
conjunto de ações planejadas que facilitam a obtenção de sucesso pessoal e
profissional”, seja para conquistar uma nova posição no mercado de trabalho, seja para
manter sua posição atual.

Diferente do que se pensa está além da imagem que passamos, ele se inicia de dentro
para fora, se expressa nas atitudes, no que se faz como se comporta. Por isso, para
realizar um Marketing Pessoal original é preciso ter disciplina, autoconhecimento e
estabelecer metas para alcançar o autodesenvolvimento.

Há quem o confunda com autopromoção e acaba se prejudicando, pois no primeiro caso


a publicidade é feita pelos outros que se sentem beneficiados por atitudes, habilidades
ou serviços de alguém. Já no segundo caso a publicidade é feita pela própria pessoa que
na maioria das vezes é interpretada como arrogante.

Outra confusão com relação ao Marketing Pessoal é com a etiqueta empresarial que é o
mesmo que boa educação, ou seja, boas maneiras, boa postura, boa apresentação
pessoal, bom senso, bom gosto, revelando assim certo refinamento. A diferença é que a
etiqueta empresarial sendo um conjunto de regras cerimoniais podem ser aprendidas por
qualquer pessoa, enquanto que o Marketing Pessoal está relacionado com a essência do
individuo, com suas experiências, com suas competências e habilidades. As regras de
boa conduta servem para nos orientar no dia a dia e são essenciais para o marketing
pessoal. Elas são uma importante ferramenta para uma imagem positiva, pois envolvem
aparência, comportamento, comunicação e outros itens. Através da aparência pode se
passar uma imagem de sobriedade ou de desleixo, rebeldia; atrasos constantes para
realização de tarefas ou em compromissos denotam um comportamento de descaso, de
falta de compromisso; a comunicação excessiva, desmedida significa falta de
profissionalismo, como também a falta de comunicação revela dificuldade de
relacionamento.

Os quadros abaixo mostram segundo Vieira (2009) o que envolve, favorece, prejudica e
compromete o Marketing Pessoal.

Favorece o Marketing Pessoal

Compromete o Marketing Pessoal

Assumir valores e princípios Arrogância, pretensão e autoritarismo

Autoconhecimento Artificialismo

Comunicar bem em todas as oportunidades (pelos cinco sentidos e movimento) Falar


mal de empresas, empregadores, funcionários, clientes, situações.

Gerar e manter rede de relacionamento Falsidade

Investir em informação e conhecimento Falta de profissionalismo


Manter coerência entre o que fala e o que faz Falta de sensibilidade

Manter o corpo e a mente harmonizados Impontualidade

Naturalidade Inadequação

Postura e vestimenta adequadas às diversas situações e ambientes Incoerência

Saber falar Invadir o espaço do outro

Saber o que quer e como atingir objetivos Não olhar o interlocutor nos olhos

Saber ouvir Percepção de si mesma equivocada

Ser autêntico, espontâneo e verdadeiro Ser dono da verdade

Ser honesto, leal e ético

Ter elegância e ser elegante

Ter otimismo e energia

Ter imagem (agradável, profissional e eficaz)

Ter atitude, assertividade e comprometimento

Ter estilo e saber explorá-lo

Ter propósito de vida

Ter sensibilidade, respeito e educação

Fonte: VIEIRA, 2009 apud RIZZO 2003.

PLANO DE MARKETING

É preciso estar atento a imagem e de que maneira ela está sendo absorvida pelo público-
alvo. Essa análise leva a perceber que ações devem ser estabelecidas para se alcançar o
objetivo desejado e também quais deficiências devem ser sanadas para que o produto,
pessoa, tenha bom êxito. Ritossa (2009, p 17) diz que essas ações servem não só para
divulgar a imagem, mas também para aprimorar as deficiências e aprimorar as
qualidades.

Essas ações são o resultado de um trabalho de autoconhecimento e da visão que se


formou de si mesmo e são geradas a partir de um plano que define objetivos, metas e
estratégias.

A vida moderna é agitada e geralmente os indivíduos se vêem mergulhados em


problemas do dia a dia que apesar de sentirem um incomodo não sabem o que é que está
errado ou faltando. Por isso é importante ter um plano de Marketing Pessoal escrito e
periodicamente deve ser revisado. Esse plano ajuda o indivíduo a tomar consciência de
si mesmo, a visualizar seus objetivos e planejar suas metas para realizar seus projetos da
vida pessoal e profissional. Costa (2009), afirma que “ter planos escritos e revisados
periodicamente aumenta muito as chances de atingir os objetivos propostos”. E sugere a
observação de alguns itens para sua elaboração como:

• Ter autoconhecimento, ou seja, é preciso tomar consciência de sua missão, visão e


valores.

• Conhecer seus pontos fortes (potencialidades) e fracos (limitações).

• Conhecer seu mercado de atuação para identificar oportunidades e ameaças.

• Definir objetivos e metas.

• Decidir quais ações são necessárias para alcançar os objetivos e estabelecer prazos.

• Controlar os resultados e revisar as metas.

Com as ferramentas de Marketing Pessoal a afirmação de Seth Godin (2007, apud


RITOSSA, 2009, p. 17): “Muitos de nós fomos ensinados a fazermos o melhor e em
seguida, deixarmos que o mundo decida como nos julgar” não faz sentido no mundo
globalizado onde há grande homogeneidade no mercado de trabalho sendo necessário
um diferencial na disputa para conquistar ou manter o emprego.

VIEIRA (2009, p.126) afirma que o importante é sair das ideias e partir para a ação, na
vida é necessário definir alguns projetos que com o tempo podem ser ajustados ou até
mesmo mudados, desde que os objetivos sejam atingidos.

Imagem Pessoal

Refletir Agir

Quem e como sou eu? Avaliação de potencial ou competências

Como os outros me vêem? Identificação, análise e avaliação

Eu tenho um planejamento pessoal e profissional? Plano de carreira e ação com metas e


prazos

Implementação

Fonte: VIEIRA (2009, p. 126)

Na vida, muitas vezes, sem perceber ou até mesmo conscientemente se deixa que outros
interfiram na autoria de nossa história. E delegar a tarefa de escrever nossa história aos
outros pode parecer confortável, mas com o passar do tempo sente-se um vazio, uma
sensação de nulidade. Segundo Vieira (2009, p.127) “Não se pode delegar o roteiro, o
desenho, a estrutura da própria história. Esses… cada um escreve o seu”.
Esperar pelo julgamento dos outros é mais fácil, mas decidir como quer ser julgado
implica em assumir a autoria da própria vida e deixar para trás o fracasso e o desânimo.
Significa ir atrás daquilo que deseja com firmeza, levantando quando cair, decidindo
que caminho seguir, agindo quando necessário, fazendo escolhas…

O planejamento para ser eficaz deve ter equilíbrio entre a vida pessoal e profissional,
não é possível desvincular uma da outra, afinal a pessoa é única e quando uma área não
vai bem a outra sente também os efeitos.

É mais fácil comandar um navio até o porto quando o mar está favorável, o maquinário
em bom funcionamento e o condutor está bem de saúde e bem consigo mesmo, porém
se algum dos itens citados começar a dar problemas os obstáculos naturalmente irão
surgir e a harmonia será quebrada. Quando existe um planejamento bem estruturado os
obstáculos se tornam desafios, pois se está preparado para os acertos como para os
imprevistos.

VIEIRA (2009, p.130), apresenta um modelo simples de Marketing Pessoal.

Iniciando um plano de Marketing Pessoal

Sonhos

Ser diretor da empresa… empreender meu negócio… fazer mestrado etc.

Projetos Vou falar três idiomas

Ideias Pretendo cantar num coral

Pensamentos Sigo carreira acadêmica? Permaneço como empregado ou me torno


empreendedor? Preciso me especializar mais? Temos filhos agora ou mais tarde?

Geralmente se tem um objetivo que se diz geral e para alcançá-lo é necessário dividi-lo
em partes, ou seja, ter bem claro quais as habilidades e competências devem ser
desenvolvidas para se alcançar o objetivo geral.

Veja o exemplo abaixo:

Habilidades e competências necessárias

Como desenvolver?

Comunicação Cursos, oratória, treinamento, coach

Tomada de decisão Treinamento, adquirir maior conhecimento técnico dos processos de


meu setor para ampliar segurança.

Gerenciamento de conflitos Treinamento e curso

Fonte: VIEIRA (2209, p.135)


A MARCA NO MARKETING PESSOAL

Para se destacar, ser conhecido e reconhecido; ser necessário é preciso construir uma
marca. Ela é o elemento que concede identidade ao produto gerando credibilidade. A
marca imprime impressões no psicológico do consumidor sugerindo qualidade,
lembranças e desejos, promete confiabilidade. Não há como prometer algo que não seja
verdadeiro, pois em algum momento o deslize vai acontecer. Por isso mentir com
relação à formação, qualificação, competência pode causar sérios problemas para a
marca pessoal. Fingir o tempo todo é impossível, pois o ser humano reflete seu interior
na maneira como age, por exemplo, no tom de voz, na expressão de seu rosto, como se
comporta, nas suas atitudes, nos relacionamentos, é impossível evitar, o corpo reflete o
inconsciente, logo ele fala.

Santos (2008, p.2) afirma que o ser humano não se comunica apenas verbalmente, mas
também através de sinais corporais que transmitem mais mensagens que as próprias
palavras. O corpo humano mostra o que está oculto na fala ele denuncia os sentimentos,
os medos, inseguranças, funciona como um espelho do inconsciente, mesmo que se
queira disfarçar, esconder o que está latente no interior.

A autenticidade é um requisito importantíssimo para a credibilidade da marca pessoal,


sendo assim, ser verdadeiro: sem mentiras e subterfúgios e buscar o aprimoramento
pessoal é fundamental para a construção da marca pessoal. A esse respeito Linkemer
(1991, p. 20-21) afirma que a imagem funciona como um outdoor que anuncia quem é a
pessoa, as suas habilidades, suas competências, seus valores. Está não deve ser jamais
uma mentira, um truque, um macete.

Nessa busca é necessário ter consciência que o ser humano é um ser inacabado, que sua
busca pelo ser mais é infinita. Nessa linha de pensamento se percebe o quanto o Plano
de Marketing é importante, pois permite uma visão de onde se está, aonde quer chegar e
o que é necessário para o aprimoramento pessoal para alcançar os objetivos desejados.

Ninguém a não ser a própria pessoa é que cria a sua marca pessoal e essa deve estar em
comunhão com a marca profissional, pois além de integridade pessoal é necessário
competência profissional.

No contexto atual o ser humano é avaliado o tempo todo e é preciso estar atento as
impressões que são passadas aos outros. Lembrando que nem sempre o que se acredita
ser é a mesma impressão que os outros percebem de nós. Segundo Ritossa (2009, p. 20):
“Consciente ou inconscientemente, a percepção dos outros sobre nós torna-se a
realidade para eles”. Já que a marca age no psicológico do consumidor é fundamental
saber que imagem está associada a marca pessoal. Ritossa (2009, p.21) sugere um
questionário para auxiliar na avaliação pessoal como

“a). Quais são os dez atributos que melhor definem minha imagem?

b). Quais são minha maior habilidade e minha maior fraqueza?

c). Se eu fosse um carro, que modelo seria? Por quê?

d). Trabalhando em equipe, qual papel desempenho melhor?


• Protetor (preocupo-me com a felicidade da equipe).

• Criador (tenho ideias do que e de como fazer o projeto).

• Executor (pego parte do projeto e executo).

• Facilitador (ajudo o grupo para que ele atinja sua meta)

• Líder (tomo para mim as responsabilidades do grupo e cobro prazos).

• Motivador (inspiro os outros a buscar o sucesso do projeto).

• Organizador (cumpro prazos e garanto a conclusão das atividades)”.

As respostas as questões propostas ajudam a determinar os pontos que devem ser


evidenciados e os pontos que devem ser aprimorados. Ter consciência da imagem que
se quer e está imprimindo nas pessoas e qual é o público-alvo a ser atingindo é
fundamental para traçar estratégias para alcançar os objetivos. O marketing Pessoal
considera como cliente todas as pessoas com as quais há interação, porém sabe se que
satisfazer as expectativas de todos é impossível então é preciso delimitar o alvo a ser
alcançado. Ritossa (2009, p.24) diz que sair sem direção e critérios bem definidos a
procura de uma oportunidade é uma prática ineficiente, pois além de se expor pode
atingir alvos não pretendidos, logo é importante evitar a dispersão e identificar o nicho
de mercado que interessa.

MARKETING PESSOAL: FERRAMENTA QUE ALAVANCA O SUCESSO


PESSOAL E PROFISSIONAL

A globalização, com sua dinâmica, chegou modificando costumes, invadindo fronteiras,


expandindo conhecimento e tecnologia e com isso todas as áreas da sociedade sofrem
suas conseqüências assim como o mercado profissional que está a cada dia mais
competitivo e exigente, e se destacar nesse meio é um desafio.

Todo produto, por mais eficiente que seja para ser colocado no mercado precisa de uma
estratégia de marketing e só depois de muita informação e comprovação da veracidade
dos fatos expostos sobre o mesmo é que se perceberá sua aceitação pelo público-alvo.

O mesmo ocorre com o profissional que é percebido como um novo produto pelas
empresas que analisa suas informações sobre suas qualificações e o compara com os
demais para elegê-lo ou não ao cargo pretendido. Pode-se dizer que essa é a fase
introdutória, pois para se manter na função, as informações sobre suas competências e
habilidades terão que ser comprovadas na prática.

O suporte que o Marketing Pessoal oferece como alavanca para multiplicar o sucesso
profissional e pessoal, permite divulgar-se para o mercado de trabalho e para o ambiente
de convivência revelando as qualidades e competências. Também é importante ter
consciência de como funciona o mecanismo de venda de um produto, pois o Marketing
Pessoal se assemelha ao marketing convencional, por isso promove ações que levam a
conhecer o mercado que quer atuar, suas exigências e suas necessidades.
O Marketing Pessoal provoca uma tomada de consciência que permiti uma analise dos
pontos fortes e fracos e que providencias devem ser tomadas para aprimorar-se. Tendo
em mente que Marketing Pessoal não é apenas a criação de uma imagem, mas sim ser a
imagem que se apresenta.

O mercado profissional atual exige de seus colaboradores além da experiência


profissional o capital intelectual e a ética. E o Marketing Pessoal surge como uma
ferramenta fazendo com que seus valores, suas habilidades e competências trabalhem a
seu favor.

A ideia que a ética está subjugada ao lucro, ao poder, ao privilégio é ultrapassada, mas
ainda persiste. Porém com o Marketing Pessoal se percebe que isso é um grande
engano, pois no mercado atual quem quer se destacar deve ter compromisso e
integridade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta pesquisa foi feita uma reflexão sobre a atual conjuntura mercadológica e suas
implicações na vida pessoal e profissional e o que esse momento de aceleradas
mudanças e transformações exigem do profissional para entrar e se manter empregado.

É um momento histórico inusitado, onde o ser humano se vê envolvido por incertezas e


agitações e ao mesmo tempo precisa interagir com este contexto para garantir o sucesso
holístico.

Em meio à tamanha turbulência social, tecnológica e científica surge o Marketing


Pessoal como alavanca para auxiliar o sucesso pessoal e profissional do homem. Porém
essa ferramenta, ainda hoje, é confundida com enganação, autopromoção e/ ou etiqueta
profissional.

Com essa pesquisa também foi possível perceber que há poucos estudos com bases
cientificas sobre o assunto, porém se constatou a seriedade desta ferramenta que
proporciona o autoconhecimento e a auto-avaliação aprimorando assim a essência do
ser humano como ser único.

Diferente do que se pensa o Marketing Pessoal não inventa ou cria uma marca, mas
coloca a marca, já existente, em evidência. Isto proporciona uma consciência de si
mesmo e a percepção de que cada um deve assumir a autoria de sua história, não
delegando aos outros essa tarefa, pois é responsabilidade de cada ser o sucesso ou
insucesso vivenciado.

O Marketing Pessoal trabalha a autenticidade, credibilidade da marca, pois para o ser


humano é impossível fingir todo o tempo, sabendo-se que além da comunicação verbal
há a comunicação corporal que revela os sentimentos que estão latentes. Também se
percebe que transcende as variáveis de mercado, pois está relacionado à pessoa que
possui valores: morais, familiares, religiosos, éticos… É uma ferramenta que conduz o
individuo a uma reflexão sobre seu papel no contexto em que está inserido e sua função
de agente transformador nesse meio. Leva o a perceber que não é um ser acabado,
pronto, afinal vive em uma realidade que sofre modificações, é ativa, está sempre em
movimento, logo suas leituras devem acompanhar esse processo.
O Marketing Pessoal promove a capacidade, do individuo, de leitura da sua realidade
para que esse possa aperfeiçoar seus pontos fortes e sanar seus pontos fracos podendo
assim desenvolver suas competências e habilidades. Para se alcançar esse equilíbrio é
necessário traçar algumas ações como definir objetivos, metas e estratégias. É
necessário traçar um plano de ação para se ter uma visão de onde se está e a aonde se
quer chegar, ou seja, fazer uma análise do que é necessário para se alcançar os objetivos
desejados.

Como se percebe o Marketing Pessoal é um processo que se inicia de dentro para fora,
pois o contrário é puro engodo. Para sua eficácia o “eu interior” deve estar em harmonia
com o “eu exterior”, é necessário ter conhecimento da dimensão humana e ter sempre
em mente que a técnica está a serviço do homem e não o contrário.

REFERÊNCIAS

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IBPEX. 2009. 221p.

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profissional em uma carreira de sucesso. Disponível em: . Acesso em 28/03/2010.

COSTA, Eliane M. Plano de Marketing Pessoal: você já fez o seu?. 2009. Disponível
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ja-fez-o-seu/ >. Acesso em 06/11/2010.

GODIN, S. Revista BusinessWeek. 2007. In: RITOSSA, Claudia Monica. Marketing


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