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Ilha Solteira – SP
Agosto/2013
Caroline Oliveira e Oliveira
Ilha Solteira – SP
Agosto/2013
FICHA CATALOGRÁFICA
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me concedido a graça de vencer mais uma etapa em minha vida
e por ter me dado, durante esta importante caminhada, força, apoio e sabedoria.
Aos meus pais, Anivaldo e Marlene, pelo amor incondicional, dedicação,
compreensão e incentivo em todos os momentos.
Às minhas irmãs, Camila e Carina, pela amizade, carinho e torcida. Um
agradecimento especial a Carininha por ter sido o meu apoio em Ilha Solteira,
dividindo alegrias, angústias e preocupações durante 5 anos.
Aos meus avós, em especial minha avó Helena, hoje presente em meu
coração, por ter me transmitido os seus nobres conhecimentos de vida.
Aos grandes mestres que me orientaram nesta dissertação, Prof. Dr. Geraldo
de Freitas Maciel, Profa. Dra. Mônica Pinto Barbosa e Profa. Dra. Alessandra
Lorenzetti de Castro, pela confiança, estímulo e dedicação, e por todos os
conhecimentos transmitidos.
Ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica / UNESP – Ilha
Solteira, pela oportunidade de cursar este mestrado.
Aos professores Dr. Ruís Camargo Tokimatsu e Dra. Ivone Regina de Oliveira,
por participarem da comissão examinadora deste trabalho.
Aos colegas do grupo de pesquisa RMVP, Adriana, Evandro, Fabiana e
Guilherme; e aos colegas de laboratório, Conrado, João, karine, Leandro e Renato,
pela troca de conhecimento e ajuda prática.
Aos grandes amigos e irmãos, Anelisa, Carol, Fernando e Lívia, pelo carinho e
torcida, e por estarem sempre ao meu lado. Agradeço também ao Alex pelo
companheirismo, preocupação e presença.
Aos técnicos do Laboratório de Engenharia Civil / UNESP – Ilha Solteira,
Gilson, Mário e Cavassano; e ao funcionário José Carlos, pela grande ajuda.
Ao engenheiro Flávio Moreira Salles e aos técnicos do Laboratório CESP de
Engenharia Civil, pela atenção, ajuda e esclarecimentos.
Às empresas Holcim Brasil S.A., Grace Construction Products, Elkem Materials
South America Ltda., Mineração Jundu Ltda., pela atenção e doação dos materiais;
e à Associação Brasileira de Cimento Portland, por realizar os ensaios de
granulometria a laser.
A todos, os meus mais sinceros agradecimentos!
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013
RESUMO
ABSTRACT
The high performance concrete (HPC) and self-compacting concrete (SCC) are
materials that have specific features, which outweigh the shortcomings of
conventional concrete. For these concretes meet, in the best way possible, their
specific characteristics, a careful dosage of its components must be held, for both,
one can employ the concepts of rheology and particle packing. Thus, this work was
realized a study of dosages of high performance concrete and self-compacting
concrete, using the concepts of rheology and particle packing. Based on the
concepts of rheology were determined optimum levels of silica fume and of
superplasticizer admixture by the rheologic study of the cement pastes and mortars,
where were employed the fluidity test with Marsh cone and the rheometric test, the
latter being carried out with the coaxial cylinder rheometer R/S. On the other hand,
based on the concepts of particle packing was determined the optimum proportion of
particulate components by means of a computer program based on the model of
Alfred. Held the dosage of the concretes, tried to analyze the rheological properties
of its cement pastes and mortars, checking the influence of packing concepts,
besides evaluate the compressive strength and the cost of concrete compositions.
The concretes dosed in both concepts presented, in a fresh state, satisfactory
results, on the other hand in the hardened state, HPC dosed based on the concepts
of particle packing showed strength to more than 28 days, unlike the SCC, which did
not improve strength. In rheological characterization of pastes and mortars, the use
of packing caused an increase fluidity facilitating the flow.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 18
1.1 IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ...................................... 18
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................... 20
1.3 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ........................................................... 20
Capítulo
1
INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
Capítulo
2
CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO E
CONCRETO AUTO ADENSÁVEL
2.1.1 Definição
2.1.2 Histórico
2.1.3 Aplicações
2.2.1 Definição
2.2.2 Histórico
2.2.3 Aplicações
Capítulo
3
REOLOGIA DOS MATERIAIS
O termo reologia foi denominado pela primeira vez em 1929 por Bingham,
quando definiu a reologia como sendo o estudo da deformação e do fluxo dos
materiais. Porém, o estudo da reologia precede a designação do nome, sendo que
no século XVII, Hooke e Newton já tinham conhecimento da reologia (TANNER,
2000).
Segundo Watanabe et al. (1989 apud PILEGGI et al., 2006), reologia (rheos =
fluir e logos = estudo) é a ciência que estuda o escoamento e a deformação dos
materiais quando submetidos a uma tensão ou solicitação mecânica externa, sendo
frequentemente empregada na análise do comportamento de fluidos.
A Reologia estuda as correlações entre solicitações e respostas que a matéria
apresenta em seus estados sólido, líquido, gasoso e, ainda, em estados
intermediários. As solicitações podem ser chamadas de tensão e as respostas de
taxas de deformação ou vice-versa (BARBOSA et al., 2011).
Viscosidade
Tensão de Escoamento
Pseudoplásticos
Independentes
Dilatantes
do tempo
Newtonianos Binghamianos
ou Plásticos
Fluido
Tixotrópicos
Não-Newtonianos Dependentes
do tempo
Reopéticos
Viscoelásticos
podem ser caracterizadas por uma única constante (TATTERSALL; BANFIL, 1983
apud CASTRO, 2007).
Os fluidos não-newtonianos são divididos em três grupos: fluidos
independentes do tempo, fluidos dependentes do tempo e fluidos viscoelásticos.
Fluidos viscoelásticos
Capítulo
4
REOLOGIA DOS MATERIAIS À BASE DE CIMENTO
A reologia do concreto fresco, nos últimos anos, tem sido estudada com
determinações que variam entre métodos de ensaio simples e práticos, como os
ensaios de abatimento de tronco de cone, espalhamento, funil V e caixa L, até
equipamentos mais sofisticados, como os reômetros.
Segundo Chidiac et al. (2000), apesar das muitas pesquisas que estão sendo
realizadas para definir as propriedades de escoamento do concreto fresco, os
métodos de ensaio existentes ainda não determinam propriedades reológicas
semelhantes para um mesmo concreto, pois existem diferenças nas técnicas
experimentais e nos equipamentos utilizados. Além disso, a maioria dos métodos de
ensaio é complicada, demanda habilidade e não são fáceis de realizar no campo.
Tanto os métodos de ensaio normalizados quanto os métodos empíricos
tentam caracterizar o concreto fresco por uma constante única, de modo que todos
eles consideram que o concreto se comporta da maneira mais simples possível,
como a água (fluido newtoniano). Porém, essa suposição não pode ser verídica já
que o concreto exige a imposição de uma tensão mínima para que ele inicie seu
escoamento (CASTRO, 2007).
A reologia do concreto no estado fresco é muito complexa devido à sua
composição e às mudanças das propriedades com tempo. Muitos pesquisadores já
descreveram o concreto fresco como um material não-newtoniano complexo que
possui uma tensão de escoamento e uma viscosidade dependente da taxa de
cisalhamento, sendo que ambos mudam com o tempo: a tensão de escoamento e a
viscosidade aumentam à medida que o concreto endurece (PETROU et al., 2000).
Segundo Castro (2007), devido a uma vasta evidência experimental das
propriedades reológicas do concreto fresco, pode-se concluir que o concreto se
comporta como um fluido binghamiano. Assim, o material deve ser avaliado em
termos de dois parâmetros: tensão de escoamento e viscosidade plástica. O
primeiro parâmetro reológico está relacionado com o abatimento ou espalhamento
do concreto, enquanto o segundo faz a diferença entre um concreto facilmente
trabalhável e um tendo um comportamento “pegajoso”, difícil de ser bombeado e
apresentando vazios na superfície quando a fôrma for retirada (DE LARRARD;
SEDRAN, 2002).
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 41
O teor ótimo de adição mineral pode ser encontrado pela curva “tempo de
escoamento versus teor de adição mineral”. Essa curva é composta por três linhas,
que correspondem aos tempos de medida em 5, 15 e 30 minutos (Figura 8). O teor
ótimo de adição mineral é determinado a partir da mudança de inclinação das linhas.
Esse teor ótimo de adição mineral encontrado garante a fluidez e a coesão
necessária para o material (VITA, 2011).
VF1 <9
VF2 9 a 25
Fonte: NBR 15823-1:2010 (ABNT, 2010)
armaduras espaçadas umas das outras a uma distância mínima de três vezes o
tamanho máximo do agregado graúdo utilizado na mistura (GOMES, 2002).
A palheta do Vane é caracterizada por possuir uma superfície plana de medição que
essencialmente se fixa no material amostrado e efetivamente o empurra conforme o
movimento de rotação ocorre. Na realização do ensaio deve-se inserir no material a
palheta respeitando-se as limitações dimensionais, conforme exposto na Figura 16
(HOPPE FILHO et al., 2006).
Capítulo
5
EMPACOTAMENTO DE PARTÍCULAS
.
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 66
Capítulo
6
PROGRAMA EXPERIMENTAL
Composição
Dosagem dos concretos com Distribuições de Otimização dos do CAD
base nos conceitos de tamanho de componentes
empacotamento de partículas partículas particulados Composição
do CAA
Avaliação da viabilidade
econômica dos concretos
Fonte: Elaboração da própria autora
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 67
6.1.1 Cimento
ligas de ferro-silício (MS 920U) da empresa Elkem Materials South America Ltda. e a
sílica moída obtida a partir de matérias-primas de qualidade superior (SM 200)
disponível comercialmente pela Mineração Jundu Ltda. (Figura 25). A sílica ativa foi
caracterizada a partir dos ensaios de granulometria a laser e massa específica,
prescritos por norma, e outras características relevantes fornecidas pelo fabricante,
conforme indicado no apêndice A.4.1. A caracterização da SM 200 se deu por meio
dos ensaios de granulometria a laser, massa unitária e massa específica, prescritos
por norma, conforme indicado no apêndice A.4.2.
argamassa é composta por partículas maiores foi utilizado o sistema Vane (Figura
28). A palheta escolhida para o ensaio da argamassa foi a 40/20.
Capítulo
7
RESULTADOS E DISCUSSÕES
4,5
4,0 5 min
3,5
15 min
3,0
30 min
2,5
2,0
7 8 9 10 11 12 13 14 15
Teor de sílica ativa (%)
Fonte: Elaboração da própria autora
0,25
Viscosidade (Pa.s)
0,20 5 min
0,15
15 min
0,10
30 min
0,05
0,00
7 8 9 10 11 12 13 14 15
Teor de sílica ativa (%)
Fonte: Elaboração da própria autora
Portanto, para os dois ensaios realizados, ensaio de fluidez com o cone Marsh
e ensaio reométrico, o teor de sílica ativa considerado como ótimo foi de 11% em
relação à massa de cimento, valor este correspondente ao teor da composição
inicial do concreto.
240
Tempo de escoamento (s) 200
5 min
160
120 30 min
80 60 min
40
0
0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8
Teor de superplastificante (%)
Fonte: Elaboração da própria autora
A dosagem do concreto auto adensável com base nos conceitos de reologia foi
realizada por Vita (2011). Por se tratar de um estudo bastante detalhado e minucioso
serão apresentados apenas os resultados obtidos em cada etapa – estudo reológico
da pasta de cimento, estudo reológico da argamassa e composição definitiva do
concreto auto adensável – e algumas informações adicionais no anexo A. Mais
detalhes sobre os resultados e discussões dessa dosagem são encontrados no
trabalho de Vita (2011).
na Tabela 12, na qual pode-se observar que os valores obtidos encontram-se dentro
do intervalo especificado nas classes escolhidas (SF2, VF2 e PL2). Os resultados
obtidos para a resistência à compressão nas idades 7, 14 e 28 dias, correspondendo
à média dos resultados obtidos a partir de três corpos de prova em cada idade, são
apresentados na Tabela 13.
45
40
35
30
Brita 1
% Retida
25 Areia média
20 Cimento
15 Sílica ativa
10
0
0,1 1 10 100 1000 10000 100000
Diâmetro (µm)
45
40
35 Brita 1
Pedrisco
30
Pó de pedra
% Retida
25 Areia média
20 AG 80-100
Cimento
15
Sílica ativa
10 SM 200
5
0
0,1 1 10 100 1000 10000 100000
Diâmetro (µm)
100
10
CPFT (%)
Alfred
CAD
0,1
0,1 1 10 100 1000 10000
Diâmetro (µm)
Fonte: Elaboração da própria autora
100
10
CPFT (%)
Alfred
CAA
0,1
0,1 1 10 100 1000 10000
Diâmetro (µm)
Fonte: Elaboração da própria autora
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 93
0,34 163,0 362,3 120,8 724,5 241,5 362,3 362,3 241,5 5,80
3 33,0 1,7
7 54,7 1,5
28 73,4 1,2
Fonte: Elaboração da própria autora
0,52 243,5 468,2 72,0 60,0 600,3 240,1 360,2 360,2 240,1 4,68
0
0 15 30
Tempo (min)
0,20
Viscosidade (Pa.s)
0,15
0,10
0,05
0,00
0 15 30
Tempo (min)
0
0 15 30
Tempo (min)
0,20
Viscosidade (Pa.s)
0,15
0,10
0,05
0,00
0 15 30
Tempo (min)
quando comparada às pastas provenientes dos concretos dosados com base nos
conceitos de reologia. O aditivo superplastificante contribui com a dispersão das
partículas de cimento, o que facilita o escoamento e, consequentemente, reduz a
viscosidade da mistura. Outro fator que pode ter aumentado a fluidez dessas pastas
foi a redução da quantidade de cimento e o aumento do teor de sílica ativa, sendo
que as partículas de sílica ativa, quando bem dispersas, podem liberar a água presa
entre as partículas de cimento aglomeradas e, assim, contribuir na fluidificação da
mistura.
40
Tempo de escomento (s)
30
20
10
0
0 30 60
Tempo (min)
3,0
1,0
0,0
0 30 60
Tempo (min)
60
Tensão de escoamento (Pa)
40
20
0
0 30 60
Tempo (min)
20
10
0
0 30 60
Tempo (min)
2,0
Viscosidade (Pa.s)
1,5
1,0
0,5
0,0
0 30 60
Tempo (min)
40
20
10
0
0 30 60
Tempo (min)
Nas Figuras 42, 43, 45 e 46, observa-se que as argamassas provenientes dos
concretos dosados com base nos conceitos de empacotamento de partículas
também apresentaram, ao longo do tempo, tempos de escoamento e viscosidades
menores, indicando maior fluidez e nas Figuras 44 e 47, nota-se que as tensões de
escoamento dessas argamassas foram menores e praticamente constantes ao longo
do tempo. Essas características podem ser associadas, tanto para a argamassa do
CAD como para a argamassa do CAA, ao aumento do teor de aditivo
superplastificante, à diminuição da quantidade de cimento e ao aumento do teor de
sílica ativa, sabendo que houve diminuição do teor de agregado miúdo e que a
relação entre a água e os materiais finos (cimento + adição mineral) sofreu um
pequeno aumento quando comparada às argamassas provenientes dos concretos
dosados com base nos conceitos de reologia. Como já exposto, esses fatores
facilitam o escoamento e contribuem com o aumento da fluidez da mistura.
Resistência à Compressão
60
(MPa) 40
20
0
0 7 14 21 28
Idade (dias)
40
(MPa)
20
0
0 7 14 21 28
Idade (dias)
(brita 1) foi menor: esse material favorece o desempenho mecânico nas primeiras
idades, enquanto que nas idades mais avançadas há contribuição da matriz de
partículas finas (pasta de cimento). A maior resistência desse concreto aos 28 dias
pode ser associada à presença de uma melhor distribuição de tamanho de
partículas, que diminui a porosidade do sistema granular, melhorando o
desempenho mecânico do concreto ao longo do tempo.
Já na Figura 49, observa-se que o concreto auto adensável dosado com base
nos conceitos de reologia e o concreto auto adensável dosado com base nos
conceitos de empacotamento de partículas apresentaram, ao longo do tempo,
resistências à compressão praticamente iguais. O fato da resistência não ter sido
superior aos 28 dias pode estar associado à dificuldade encontrada na otimização
das partículas, principalmente na fração mais fina que ajuda na fluidez e coesão do
concreto auto adensável.
Tabela 30 – Custo (R$) dos componentes por m3 dos concretos dosados com base
nos conceitos de reologia e custo total
Adição Agregado Agregado
mineral graúdo miúdo Aditivo Custo
Cimento
Concreto 3 SP total
(R$/m ) Sílica ativa Brita 1 Areia média 3 3
3 3 3
(R$/m ) (R$/m )
(R$/m ) (R$/m ) (R$/m )
CAD 186 61 25 19 25 315
Tabela 31 – Custo (R$) dos componentes por m3 dos concretos dosados com base nos
conceitos de empacotamento de partículas e custo total
Adição mineral Agregado graúdo Agregado miúdo
Aditivo Custo
Cimento
Concreto 3 Sílica SM Pó de Areia AG SP total
(R$/m ) Brita 1 Pedrisco 3 3
ativa 200 pedra média 80-100 (R$/m ) (R$/m )
3 3
3 3 (R$/m ) (R$/m ) 3 3 3
(R$/m ) (R$/m ) (R$/m ) (R$/m ) (R$/m )
500
Custo total (R$/m3)
480
400
415
300
315
279
200
100
0
CAD CAA
1,60 1,72
1,20 1,32
0,80 1 1
0,40
0,00
CAD CAA
6,0
5,6 5,5
4,0 4,8
2,0
0,0
CAD CAA
Observa-se nas Figuras 50, 51 e 52 que o custo dos concretos dosados com
base nos conceito de empacotamento, levando em consideração apenas o custo de
materiais, é maior em comparação aos concretos dosados com base nos conceito
de reologia. Apesar do consumo de cimento ser menor, o empacotamento de
partículas provocou um aumento da adição mineral e do aditivo superplastificante,
que são materiais caros, além de ser introduzido às composições materiais para
suprir falhas granulométricas com valores elevados, como a areia industrial AG 80-
100 e a sílica moída SM 200 (apenas no caso do CAA).
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 110
Capítulo
8
CONCLUSÕES
Para o CAD dosado com base nos conceitos de reologia, os teores ótimos de
sílica ativa e de aditivo superplastificante determinados no estudo reológico da pasta
e da argamassa, respectivamente, apresentaram-se bastante satisfatórios, não
sendo necessário realizar ajustes para a obtenção do abatimento dentro do limite
inicialmente proposto (160 mm ± 20 mm). Esse concreto também apresentou uma
elevada resistência à compressão aos 28 dias, podendo ser caracterizado como
uma mistura de alto desempenho. Já no caso do CAA dosado com base nos
conceito de reologia, os teores de aditivo superplastificante e de agregado miúdo,
determinados como ótimos no estudo reológico da argamassa, necessitaram ser
corrigidos, pois houve segregação da mistura, conforme verificado por Vita (2011).
As características reológicas desse concreto, após a correção dos teores de aditivo
superplastificante e de agregado miúdo, apresentaram-se dentro do intervalo
especificado nas classes SF2, VF2 e PL2.
podendo ser caracterizado como uma mistura de alto desempenho. O CAA também
obteve bons resultados nos ensaios de caracterização reológica, todos se
mantiveram dentro do intervalo especificado nas classes SF2, VF2 e PL2.
REFERÊNCIAS
CHOPIN, D.; DE LARRARD, F.; CAZACLIU, B. Why do HPC and SCC require a
longer mixing time? Cement and Concrete Research, Kidlington, v. 34, p. 2237-
2243, 2004.
FERRARIS, C. F.; OBLA, K. H.; HILL, R. The influence of mineral admixtures on the
rheology of cement paste and concrete. Cement and Concrete Research,
Kidlington, v. 31, n. 2, p. 245-255, 2001.
GHIO, V. A. The rheology of fresh concrete and its effect on the shotcrete
process. 1993. 193 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade da
Califórnia, Berkeley, 1993.
A.1 CIMENTO
2
Perda ao fogo 4,33 Superfície Específica Blaine (cm /g) 4.031
3
Insolúveis 1,63 Massa unitária (g/cm ) 1,09
3
SiO2 20,75 Massa específica (g/cm ) 3,05
CaO 57,45
Tensão (MPa)
19,4
3 dias
MgO 1,89
SO3 2,44
Tensão (MPa)
24,4
7 dias
Na2O 0,26
K2O 0,58
Tensão (MPa)
32,1
28 dias
Equiv. Alcalino Na2O 0,64
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no Laboratório CESP
de Engenharia Civil
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 121
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
Cimento 20
10
0
0,01 0,1 1 10 100 1000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no laboratório da Associação
Brasileira de Cimentos Portland
90
80
70
% retida acumulada
60
50
40
30
Areia média 20
10
0
1 10 100 1000 10000 100000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no Laboratório CESP de
Engenharia Civil
3
Massa unitária (g/cm ) 1,43
3
Massa específica (g/cm ) 2,64
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
AG 80-100 20
10
0
1 10 100 1000
abertura (mm)
Fonte: Castro, Liborio, Pandolfelli (2009)
A.3.1 Brita 1
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
Brita 1 20
10
0
1 10 100 1000 10000 100000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no Laboratório CESP de
Engenharia Civil
A.3.2 Pedrisco
3
Massa específica Seca (g/cm ) 2,811
3
Aparente (g/cm ) 3,016
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
Pedrisco 20
10
0
1 10 100 1000 10000 100000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no Laboratório CESP de
Engenharia Civil
A.3.3 Pó de pedra
3
Massa específica Seca (g/cm ) 2,866
3
Aparente (g/cm ) 3,026
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
Pó de pedra 20
10
0
1 10 100 1000 10000 100000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no Laboratório CESP de
Engenharia Civil
3
Massa específica (g/cm ) 2,40
2
Superfície específica mín. (cm /g) 150.000
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
Sílica ativa 20
10
0
0,01 0,1 1 10 100 1000
abertura (mm)
Fonte: Elaboração da própria autora com dados da pesquisa analisados no laboratório da Associação
Brasileira de Cimentos Portland
3
Massa específica (g/cm ) 2,72
2
Superfície específica (cm /g) 7.580
90
80
% retida acumulada
70
60
50
40
30
SM 200 20
10
0
0,01 0,1 1 10 100 1000
abertura (mm)
Fonte: Castro, Liborio, Pandolfelli (2009)
Adição 10%
20
Adição 11%
15
10 Adição 12%
5 Adição 13%
0 Adição 14%
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(a)
20 Adição 11%
15
Adição 12%
10
Adição 13%
5
0 Adição 14%
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(b)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 130
Adição 10%
25
20 Adição 11%
15 Adição 12%
10 Adição 13%
5
0 Adição 14%
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(c)
Fonte: Elaboração da própria autora
Aditivo 1,1%
300
Aditivo 1,2%
200
Aditivo 1,4%
100
Aditivo 1,6%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(a)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 131
Aditivo 1,1%
300
Aditivo 1,2%
200
Aditivo 1,4%
100
Aditivo 1,6%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(b)
Argamassa - 60 min
600
Aditivo 0,8%
500
Aditivo 1,0%
400
Tau[Pa]
Aditivo 1,1%
300
Aditivo 1,2%
200
Aditivo 1,4%
100
Aditivo 1,6%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(c)
Fonte: Elaboração da própria autora
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 132
20 15 min
15 30 min
10
5
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(a)
20
5 min
Tau[Pa]
15
15 min
10 30 min
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(b)
Fonte: Elaboração da própria autora
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 133
20
Tau[Pa]
5 min
15
15 min
10 30 min
5
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(a)
8
5 min
Tau[Pa]
6
15 min
4 30 min
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D[1/s]
(b)
Fonte: Elaboração da própria autora
400
Tau [Pa]
5 min
300
30 min
200 60 min
100
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(a)
200
5 min
Tau[Pa]
150
30 min
100 60 min
50
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(b)
200 30 min
150 60 min
100
50
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(a)
60 30 min
40 60 min
20
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D[1/s]
(b)
Cimento CP II E 32 0,398
SM 200 1,500
Brita 1 0,023
Pedrisco 0,023
Pó de pedra 0,019
AG 80-100 0,250
240
200 5 min
160
15 min
120
80
30 min
40
0
0 2 4 6 8 10 12
Teor de sílica ativa (%)
Fonte: Vita (2011)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 138
Adição 4%
100
80 Adição 6%
60 Adição 8%
40
20 Adição 10%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D [1/s]
(a)
100
80 Adição 6%
60 Adição 8%
40
20 Adição 10%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D [1/s]
(b)
100
80 Adição 6%
60
Adição 8%
40
20 Adição 10%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
D [1/s]
(c)
Fonte: Vita (2011)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 139
11,00
7,00
42,5% de Areia
5,00
40% de Areia
3,00
1,00
0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55
Teor de superplastificante (%)
Fonte: Vita (2011)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 140
350
Espalhamento (mm)
300 45% de Areia
250
42,5% de Areia
200
40% de Areia
150
100
0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55
Teor de superplastificante (%)
400
Aditivo 0,40%
300
Aditivo 0,45%
200
Aditivo 0,50%
100
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D [1/s]
(a)
400
Aditivo 0,40%
300
Aditivo 0,45%
200
100 Aditivo 0,50%
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
D [1/s]
(b)
Caroline Oliveira - Dissertação de Mestrado - PPGEM/UNESP, 2013 141
400
Aditivo 0,40%
300
200 Aditivo 0,45%
3,0
45% de Areia
40% de areia
1,0
0,0
0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55
Teor de Superplastificante (%)