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FICHA DE HGP 5º

História de Portugal - Resumo 8º


NOME: DATA:

1. Os Primeiros Povos da Península Ibérica

Os Povos que habitavam a Península Ibérica eram nómadas. Andavam de um lado para o
outro e viviam da caça, da pesca e da colheita de frutos silvestres. Com a descoberta da
agricultura, estes povos vão-se fixando junto dos rios e das terras mais férteis e organizam-se
em povoados.

As Primeiras Invasões
Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica e vieram do centro da Europa.
Mais tarde, surgiu um povo guerreiro e agricultor – os Celtas.

Iberos Celtas

Os Iberos e os Celtas uniram-se e deram origem aos Celtiberos, aos Lusitanos e a outros
povos. Os Lusitanos ocuparam uma grande parte do território. Um dos grandes chefes lusitanos
foi Viriato, famoso pela forma como combateu os exércitos romanos.
Do Mar Mediterrâneo, vieram outros povos evoluídos: os Fenícios, os Gregos e os
Cartagineses.

Os Povos Invasores mais importantes

a) Os Romanos
Os Romanos eram um povo proveniente de Roma e trouxeram alguns dos
seus costumes para a Península Ibérica:

Agricultura Desenvolveram as culturas do trigo, da vinha e da oliveira.

Criaram indústrias de tecelagem, as minas as pedreiras e as


Indústria olarias.

Comércio Criaram locais de comércio e usavam a moeda.


Arquitectura Construíram, pontes, estradas aquedutos.

Cultura Trouxeram o latim e a religião cristã.

b) Os Visigodos
Os Visigodos invadiram a Península Ibérica e o Império Romano.
Como eram menos evoluídos que os Romanos adoptaram a cultura
romana e converteram-se à religião cristã.
Os Romanos chamavam-lhes Bárbaros porque eram menos
civilizados, não falavam a sua língua e não tinham a sua religião.

c) Os Muçulmanos ou Mouros
No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a língua
árabe e tinham uma cultura avançada. O seu principal objectivo era expandir a sua fé: o
Islamismo.
Desenvolveram muitas áreas:

Introduziram novas plantas como a amendoeira,


alfarrobeira, a laranjeira, figueira e oliveira.
Agricultura
Trouxeram novos processos de rega como a nora, a
azenha e o chafariz.

Matemática Introduziram a numeração árabe.

Ciência Deixaram invenções como a bússola e o astrolábio

Introduziram novas palavras (quase todas começando


Cultura
por al) como algodão, arroba, algarismos…

Trouxeram novas formas de tratar doenças e


Medicina
ferimentos, novos medicamentos…

Este povo conquistou quase toda a Península, com excepção de uma pequena região a norte
(Astúrias) que continuou cristã.
Resumo das características principais dos Povos Invasores

Cartaginese
Iberos Celtas Fenícios Gregos s Romanos Visigodos Árabes
Eram evoluídos.
Dedicavam- Construíam Trouxeram a
Eram Trouxeram novos
se à Castros e religião cristã e o
Trouxeram o menos conhecimentos
agricultura viviam em latim
Trouxeram uso do sal na civilizados nas áreas da:
e criação de povoados Trouxeram Construíram
o uso da conservação Adoptaram ciência;
animais fortificados o alfabeto estradas e
moeda dos a língua e a agricultura;
Já Fabricavam pontes
alimentos religião dos cultura;
conheciam joias com Desenvolveram a
romanos matemática e
a escrita ouro agricultura
medicina
Vieram de Vieram da Vieram do norte
Vieram da Europa Vieram do Mediterrâneo
Roma Europa de África

2. A Formação de Portugal

Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos Muçulmanos.
O rei de Leão e Castela (D. Afonso VI) foi ajudado na luta contra os Muçulmanos, por
cavaleiros cristãos vindos de outros reinos, como a França.

Após a primeira vitória sobre os Muçulmanos


formaram-se os reinos de Leão, Castela, Navarra e
Aragão.

Entre os cavaleiros que lutaram ao lado de D. Afonso


VI, houve um que se destacou nas batalhas, D. Henrique
de Borgonha.
Para o compensar, o rei deu-lhe um condado (um
conjunto de terras) e deu-lhe também a sua filha D. Teresa
em casamento.
D. Henrique, passou então a chamar-
se Conde D. Henrique, por ser dono do
Condado Portucalense.
Casaram e foram viver para o
Castelo de Guimarães. Tiveram um filho a
que chamaram Afonso Henriques.

O Conde D. Henrique sonhava tornar o Condado Portucalense


independente, mas morreu sem o conseguir. Afonso Henriques, sucedeu
então ao pai, mas como ainda era criança, foi a sua mãe, D. Teresa,
quem passou a governar o Reino.
Quando D. Afonso Henriques fez 14 anos, armou-se cavaleiro, e com o sonho de tornar o
Condado Portucalense independente, tentou tomar pela força o governo do Condado. Lutou
contra a sua própria mãe, D. Teresa e derrotou-a na Batalha de S. Mamede, em 1128 e depois,
assumiu o governo do Condado.

Em 1139, D. Afonso Henriques lutou contra os mouros e a sua vitória foi tão estrondosa que
ele se proclamou Rei de Portucale (ou seja de Portugal) com o apoio das suas tropas. Esta
batalha chama-se Batalha de Ourique (que fica no Alentejo).

Só em 1143, D. Afonso VI assina um tratado de Paz (Tratado de Zamora)


com D. Afonso Henriques, reconhecendo a, finalmente, a independência do
reino e reconhecendo também D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.

D. Afonso Henriques continuou a reconquista e, com o objectivo de lutar


contra os mouros, conquistou as cidades de Santarém, Lisboa, Alcácer do
Sal e Beja.
D. Afonso Henriques morreu no dia 6 de Dezembro 1185, aos 74 anos
de idade na cidade de Coimbra.

3. Primeira Dinastia - Dinastia Afonsina

D. Afonso Henriques deu início à Primeira Dinastia de Reis - Dinastia Afonsina. Todos os
reis e rainhas, das várias dinastias seguintes, ficaram conhecidos pelos seus feitos ou
características e a todos foi atribuído um cognome. D. Afonso Henriques ficou conhecido com o
cognome de O Conquistador, por ter conquistado muitas terras aos mouros.

a) O reinado de D. Sancho I
Depois da morte de D. Afonso Henriques, foi o seu filho D. Sancho I quem
lhe sucedeu como segundo rei de Portugal.

D. Sancho I, foi um grande administrador, tendo acumulado no seu


reinado um verdadeiro tesouro. Uma das suas maiores
preocupações foi o povoamento das terras, nas quais criou
concelhos e indústrias. Por causa disto, o seu cognome era O
Povoador.

Durante o seu reinado, conquistou a cidade de Silves e passou a intitular-se rei de


Portugal e dos Algarves. Numa das muitas lutas perdeu-se novamente Silves para os
mouros que também conseguiram reconquistar novamente Alcácer, Palmela e Almada,
ficando apenas Évora na mão dos portugueses.
b) O reinado de D. Afonso II

D. Afonso II foi o terceiro rei de Portugal e ocupou o trono em 1211. O


seu cognome era O Gordo. Presume-se que tenha sido este rei a
convocar as primeiras Cortes de Coimbra, nas quais participaram
apenas o clero e a nobraza.

Não seguiu a orientação dos seus antepassados em relação ao


alargamento do Reino, voltando-se somente para a organização da
administração deste a para a consolidação do poder real.

Não teve quaisquer preocupações militares. Por iniciativa particular, foram conquistadas
aos Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente
Moura.

c) O reinado de D. Sancho II
D. Sancho II foi o quarto rei de Portugal, cujo cognome era O Capelo (O Pio ou O
Piedoso), porque em criança tinha usado o hábito de São Francisco.
Apesar de enérgico na luta contra os mouros, este rei revelou-se incapaz de
resolver as desordens que alastravam pelo país. Não tinha a firmeza necessária
e, embora fosse um guerreiro digno de D. Afonso Henriques, foi mau
administrador.
A partir de 1226 iniciou a campanha do Alentejo, conquistando Elvas, Jerumenha, Serpa, Aljustrel,
Mértola, Aiamonte a provavelmente Cacela a Tavira.

d) O reinado de D. Afonso III


D. Afonso III foi o quinto rei de Portugal. O seu cognome era O Bolonhês, por
ter casado com D. Matilde, condessa de Bolonha.

É no seu reinado que, finalmente, se dá a conquista definitiva do


Algarve.
D. Afonso III foi notável administrador, fundou povoações, restaurou,
repovoou e cultivou terras arruinadas devido às grandes batalhas que
tinham acontecido até esta data. Recordado como excelente administrador, Afonso III
organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade
através de várias cartas de foral.

e) O reinado de D. Dinis
.
D. Dinis foi o sexto rei de Portugal, com o cognome de O Lavrador.
Quando subiu ao trono, a coroa estava em perigo devido ao litígio
com a Santa Sé (motivado por abusos do clero em relação à
propriedade real). D. Dinis salvou a Ordem dos Templários em
Portugal, passando a chamar-lhes Ordem de Cristo.
Durante o seu reinado desenvolveu-se as feiras, protegeu-se as exportações de produtos
agrícolas, desenvolveu-se a agricultura e fundou-se aldeias. D. Dinis mandou plantar o
Pinhal de Leiria e da Azambuja, mandou plantar pomares e vinhas. Este rei foi um
excelente administrador.

Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional: criação da


Universidade de Coimbra em 1290 (que, inicialmente era conhecida como Universidade
de Estudos Gerais e ficava em Lisboa) e a utilização da Língua Portuguesa nos
documentos em vez do Latim. A sua corte foi um dos centros literários mais notáveis da
Península.
Em 1297, através do Tratado de Alcanises, foram fixadas definitivamente as
fronteiras de Portugal com Espanha.

Ligada à história do Reinado de D. Dinis, surge a sua esposa, a rainha Santa


Isabel. Reza a História, que esta rainha tinha o hábito de dar alimento aos pobres, facto
que escondia do marido.

Um dia, surpreendida por Dinis numa das suas acções de caridade,


Isabel escondeu o pão no regaço. - “Que tendes aí escondido, real
senhora?”, - perguntou o rei. - “São rosas, senhor!”- respondeu a rainha,
esperando que o marido a deixasse passar. Mas ele insistiu em ver as
flores. E, quando ela exibiu o pão que tinha tapado, caiu do seu colo uma
grande quantidade de rosas.
Este episódio, ficou conhecido como o “Milagre das Rosas”. Por
causa dele, a rainha foi considerada santa e foi canonizada em 1625. Todas
as pessoas lhe passaram a chamar Rainha Santa Isabel.

f) O reinado de D. Afonso IV

D. Afonso IV foi o sétimo rei de Portugal, denominado O Bravo, pela


coragem e bravura que revelou na Batalha de Salado.

A sua maior contribuição a nível económico e administrativo foi a


importância dada à marinha portuguesa. Afonso IV subsidiou a
construção de uma marinha mercante e financiou as primeiras
viagens de exploração Atlântica. Publicou leis muito benéficas para o
comércio, a agricultura e a marinha.

No entanto, o reinado de D. Afonso IV, ficou marcado para sempre na História de


Portugal, devido ao assassínio de Inês de Castro.

g) O reinado de D. Pedro

D. Pedro I foi o oitavo rei de Portugal, tendo sido apelidado pelo povo
como O Justiceiro. O seu reinado durou 10 anos de 1357 a 1367.

Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa


do país contra a influência do Papa e justo na defesa das camadas
menos favorecidas da população. Instituiu o Beneplácito Régio, documento que dizia que
nenhuma ordem do Papa era legal em Portugal, sem que o rei a tivesse confirmado.

Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.

D. Pedro teve 4 “esposas”: D. Branca (que ele rejeitou alegadamente por ter debilidade física e
mental); D. Constança (com quem casou à distância); Inês de Castro (que não se sabe se casou
ou não com D. Pedro) e Teresa Lourenço (filha de um mercador lisboeta).

Apesar de ter reinado durante tão pouco tempo, a História de Portugal nunca mais esqueceu
o seu amor por D. Inês de Castro, e a tragédia que sobre eles se abateu.
D. Pedro era casado com D. Constança (uma nobre de Castela) e dela teve 3 filhos: D. Maria,
D. Luís e D. Fernando.

Quando D. Constança chegou a Portugal, trouxera como aia uma jovem e linda fidalga, de
seu nome Inês de Castro. A sua elegância e beleza encantadoras fizeram com que o príncipe D.
Pedro reparasse nela e se apaixonasse. D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste, e
acabou por falecer de parto.

O amor de D. Pedro era tão grande que mandou vir Inês de Castro para Coimbra. E assim, D.
Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio
Mondego, tendo aí nascido e vivido os seus 4 filhos (D. Afonso – que morreu ainda bebé, D. João,
D. Dinis e D. Beatriz).

Entretanto, D. Afonso IV, não via com bons olhos este romance. Pensava ele que, se
D. Inês (fidalga castelhana) viesse a ser rainha, era bem possível que um dos seus filhos
se tornasse rei e seria fácil à nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a sua
independência.
Então, o rei D. Afonso IV começou a arquitectar um plano maléfico e, no início de
1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua
bela Inês.

D. Pedro partiu para mais uma caçada com os seus amigos e, no dia 7 de Janeiro, ao
cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros.
Rodeada dos seus 3 filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em
consideração pelos seus netos.
De nada lhe serviu implorar pela vida, pois, quando o luar chegou, Inês estava morta.

Quando soube da notícia, D. Pedro ficou devastado. Enraivecido, desafiou seu pai, o
rei, mas a rainha, sua mãe D. Beatriz, promoveu a paz.

No entanto, quando subiu ao trono, D. Pedro não esqueceu o que se tinha passado.
Então, mandou procurar os assassinos de Inês de Castro e ordenou que fossem mortos
de forma cruel: a um foi tirado o coração pelo peito e a outro foi tirado o coração pelas
costas. Inês de Castro foi coroada rainha, já depois de morta.

Estão ambos sepultados no Mosteiro de Alcobaça, em túmulos magníficos.


h) O reinado de D. Fernando
Nono rei de Portugal e último da primeira dinastia. Casou com D. Leonor
Telles e foi apelidado de O Formoso.

Era filho de D. Pedro I e da rainha D. Constança e subiu ao trono


com 22 anos. Governou o reino entre 1367 a 1383. Casou com D.
Leonor Telles e travou 3 guerras com Castela.

Determinou a Lei das Sesmarias, segundo a qual se obrigavam os


donos da terras a cultivá-las, para que não estivessem descuradas
e ao abandono, e também obrigava a que os vadios trabalhassem no campo. Também fez
a Lei da Marinha, que fomentava a construção de navios e a exportação de mercadorias.

Também foi no seu reinado que foi assinada uma aliança de amizade com Inglaterra que,
ainda hoje, perdura.

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