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Os Povos que habitavam a Península Ibérica eram nómadas. Andavam de um lado para o
outro e viviam da caça, da pesca e da colheita de frutos silvestres. Com a descoberta da
agricultura, estes povos vão-se fixando junto dos rios e das terras mais férteis e organizam-se
em povoados.
As Primeiras Invasões
Os Iberos foram o primeiro povo a habitar a Península Ibérica e vieram do centro da Europa.
Mais tarde, surgiu um povo guerreiro e agricultor – os Celtas.
Iberos Celtas
Os Iberos e os Celtas uniram-se e deram origem aos Celtiberos, aos Lusitanos e a outros
povos. Os Lusitanos ocuparam uma grande parte do território. Um dos grandes chefes lusitanos
foi Viriato, famoso pela forma como combateu os exércitos romanos.
Do Mar Mediterrâneo, vieram outros povos evoluídos: os Fenícios, os Gregos e os
Cartagineses.
a) Os Romanos
Os Romanos eram um povo proveniente de Roma e trouxeram alguns dos
seus costumes para a Península Ibérica:
b) Os Visigodos
Os Visigodos invadiram a Península Ibérica e o Império Romano.
Como eram menos evoluídos que os Romanos adoptaram a cultura
romana e converteram-se à religião cristã.
Os Romanos chamavam-lhes Bárbaros porque eram menos
civilizados, não falavam a sua língua e não tinham a sua religião.
c) Os Muçulmanos ou Mouros
No ano de 711, a Península Ibérica foi invadida pelos Muçulmanos. Estes falavam a língua
árabe e tinham uma cultura avançada. O seu principal objectivo era expandir a sua fé: o
Islamismo.
Desenvolveram muitas áreas:
Este povo conquistou quase toda a Península, com excepção de uma pequena região a norte
(Astúrias) que continuou cristã.
Resumo das características principais dos Povos Invasores
Cartaginese
Iberos Celtas Fenícios Gregos s Romanos Visigodos Árabes
Eram evoluídos.
Dedicavam- Construíam Trouxeram a
Eram Trouxeram novos
se à Castros e religião cristã e o
Trouxeram o menos conhecimentos
agricultura viviam em latim
Trouxeram uso do sal na civilizados nas áreas da:
e criação de povoados Trouxeram Construíram
o uso da conservação Adoptaram ciência;
animais fortificados o alfabeto estradas e
moeda dos a língua e a agricultura;
Já Fabricavam pontes
alimentos religião dos cultura;
conheciam joias com Desenvolveram a
romanos matemática e
a escrita ouro agricultura
medicina
Vieram de Vieram da Vieram do norte
Vieram da Europa Vieram do Mediterrâneo
Roma Europa de África
2. A Formação de Portugal
Na Península Ibérica havia populações cristãs que se opunham à presença dos Muçulmanos.
O rei de Leão e Castela (D. Afonso VI) foi ajudado na luta contra os Muçulmanos, por
cavaleiros cristãos vindos de outros reinos, como a França.
Em 1139, D. Afonso Henriques lutou contra os mouros e a sua vitória foi tão estrondosa que
ele se proclamou Rei de Portucale (ou seja de Portugal) com o apoio das suas tropas. Esta
batalha chama-se Batalha de Ourique (que fica no Alentejo).
D. Afonso Henriques deu início à Primeira Dinastia de Reis - Dinastia Afonsina. Todos os
reis e rainhas, das várias dinastias seguintes, ficaram conhecidos pelos seus feitos ou
características e a todos foi atribuído um cognome. D. Afonso Henriques ficou conhecido com o
cognome de O Conquistador, por ter conquistado muitas terras aos mouros.
a) O reinado de D. Sancho I
Depois da morte de D. Afonso Henriques, foi o seu filho D. Sancho I quem
lhe sucedeu como segundo rei de Portugal.
Não teve quaisquer preocupações militares. Por iniciativa particular, foram conquistadas
aos Mouros: Alcácer do Sal, Vieiros, Monforte, Borba, Vila Viçosa e, possivelmente
Moura.
c) O reinado de D. Sancho II
D. Sancho II foi o quarto rei de Portugal, cujo cognome era O Capelo (O Pio ou O
Piedoso), porque em criança tinha usado o hábito de São Francisco.
Apesar de enérgico na luta contra os mouros, este rei revelou-se incapaz de
resolver as desordens que alastravam pelo país. Não tinha a firmeza necessária
e, embora fosse um guerreiro digno de D. Afonso Henriques, foi mau
administrador.
A partir de 1226 iniciou a campanha do Alentejo, conquistando Elvas, Jerumenha, Serpa, Aljustrel,
Mértola, Aiamonte a provavelmente Cacela a Tavira.
e) O reinado de D. Dinis
.
D. Dinis foi o sexto rei de Portugal, com o cognome de O Lavrador.
Quando subiu ao trono, a coroa estava em perigo devido ao litígio
com a Santa Sé (motivado por abusos do clero em relação à
propriedade real). D. Dinis salvou a Ordem dos Templários em
Portugal, passando a chamar-lhes Ordem de Cristo.
Durante o seu reinado desenvolveu-se as feiras, protegeu-se as exportações de produtos
agrícolas, desenvolveu-se a agricultura e fundou-se aldeias. D. Dinis mandou plantar o
Pinhal de Leiria e da Azambuja, mandou plantar pomares e vinhas. Este rei foi um
excelente administrador.
f) O reinado de D. Afonso IV
g) O reinado de D. Pedro
D. Pedro I foi o oitavo rei de Portugal, tendo sido apelidado pelo povo
como O Justiceiro. O seu reinado durou 10 anos de 1357 a 1367.
D. Pedro teve 4 “esposas”: D. Branca (que ele rejeitou alegadamente por ter debilidade física e
mental); D. Constança (com quem casou à distância); Inês de Castro (que não se sabe se casou
ou não com D. Pedro) e Teresa Lourenço (filha de um mercador lisboeta).
Apesar de ter reinado durante tão pouco tempo, a História de Portugal nunca mais esqueceu
o seu amor por D. Inês de Castro, e a tragédia que sobre eles se abateu.
D. Pedro era casado com D. Constança (uma nobre de Castela) e dela teve 3 filhos: D. Maria,
D. Luís e D. Fernando.
Quando D. Constança chegou a Portugal, trouxera como aia uma jovem e linda fidalga, de
seu nome Inês de Castro. A sua elegância e beleza encantadoras fizeram com que o príncipe D.
Pedro reparasse nela e se apaixonasse. D. Constança vivia cada dia mais angustiada e triste, e
acabou por falecer de parto.
O amor de D. Pedro era tão grande que mandou vir Inês de Castro para Coimbra. E assim, D.
Pedro e D. Inês passaram a habitar nos paços de Santa Clara, na margem esquerda do rio
Mondego, tendo aí nascido e vivido os seus 4 filhos (D. Afonso – que morreu ainda bebé, D. João,
D. Dinis e D. Beatriz).
Entretanto, D. Afonso IV, não via com bons olhos este romance. Pensava ele que, se
D. Inês (fidalga castelhana) viesse a ser rainha, era bem possível que um dos seus filhos
se tornasse rei e seria fácil à nobreza castelhana tomar o poder e Portugal perder a sua
independência.
Então, o rei D. Afonso IV começou a arquitectar um plano maléfico e, no início de
1355, o príncipe D. Pedro não podia imaginar o que estava a ser tramado contra a sua
bela Inês.
D. Pedro partiu para mais uma caçada com os seus amigos e, no dia 7 de Janeiro, ao
cair da noite, Inês de Castro foi surpreendida pela chegada do Rei e conselheiros.
Rodeada dos seus 3 filhos, Inês implorou ao Rei que lhe poupasse a vida em
consideração pelos seus netos.
De nada lhe serviu implorar pela vida, pois, quando o luar chegou, Inês estava morta.
Quando soube da notícia, D. Pedro ficou devastado. Enraivecido, desafiou seu pai, o
rei, mas a rainha, sua mãe D. Beatriz, promoveu a paz.
No entanto, quando subiu ao trono, D. Pedro não esqueceu o que se tinha passado.
Então, mandou procurar os assassinos de Inês de Castro e ordenou que fossem mortos
de forma cruel: a um foi tirado o coração pelo peito e a outro foi tirado o coração pelas
costas. Inês de Castro foi coroada rainha, já depois de morta.
Também foi no seu reinado que foi assinada uma aliança de amizade com Inglaterra que,
ainda hoje, perdura.