Professional Documents
Culture Documents
JL
Sumário
Introdução ....................................................................................................... 4
3
Introdução
4
1 - Características do deus bíblico
1 - Onipotência.
Genesis 17:1
1 - Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a
Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e
sê perfeito.
Não há nenhuma razão para acreditar que do ponto de vista racional e lógico Deus
seja um ser “todo poderoso” e “criador de todas as coisas”:
A criação do mal.
5
Se for verdade o que diz a Bíblia, que Deus criou todas as coisas, então Deus também
criou o mal e as calamidades humanas. Se pararmos para pensar, isto é contraditório
porque se pode dizer que tudo o que Deus criou é bom e de suas criações não pode
sair o mal. Ainda que não acreditem, na Bíblia se diz em varias ocasiões que Deus
criou o mal e as calamidades:
Isaías 45:6-7
6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de
mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. 7.Eu formo a luz, e crio as
trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas
coisas.
Jó 42:11
11. Então vieram ter com ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e
todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa;
condoeram-se dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia
enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro e um pendente de
ouro.
Jó 5:18
18. Pois ele fere, mas dela vem tratar; ele machuca, mas suas mãos também
curam.
Gênesis 2:16
16 - E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer
árvore do jardim, 17 - Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do
mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá".
Como podem ver nestes exemplos, sem dúvida Deus criou o mal e as enfermidades.
Também é conhecido o ditado popular “o mal não existe, é só a ausência do bem”,
isto não tem sentido, já que a Bíblia trata e nomeia o mal como algo bem definido e
não como a ausência do bem.
Literalidade.
Deus não pode “literalmente” ser o criador de todas as cosas. Há coisas que por
definição Deus não as criou, o homem as criou. Por exemplo: Deus não criou o aço
que não existe na natureza, pois é a combinação de ferro, carbono e outros tantos
elementos. O homem criou o aço, não Deus. Claro que o crente dirá: “Mas Deus criou
o ferro, o carbono e também o homem, portanto Deus é o criador indireto do aço e de
todas as coisas que o homem inventa e fabrica”, aqui temos a palavra clave:
“indireto”. Se a premissa acima é correta: então Deus é o “Criador indireto de todas
as coisas”, o que deixa a sua perfeição muito limitada.
Lógica.
Um argumento que os nós ateus usamos com frequência para demostrar à falta de
lógica ao afirmar que Deus é todo poderoso é o famoso argumento da “pedra pesada”.
Se Deus é todo poderoso e pode criar o que deseje, Poderia Deus criar uma pedra tão
pesada que nem ele mesmo pudesse levantá-la? Por simples lógica, Deus não pode
6
fazê-lo. Isto seria o mesmo que afirmar que “Deus não pode evitar que a soma de
uma unidade mais outra unidade de como resultado duas unidades”, esta é uma
abordagem matemática básica e não pode ser quebrada nem mesmo por Deus. Diante
disso os crentes responderão: “Deus só pode fazer coisas dentro da lógica”. Isso que
dizer que Deus tem um limitante “A Lógica”, convertendo-se assim em um ser
limitado a algo superior a ele e perderia sua essência perfeita. A característica divina
ficaria assim: “Deus é o criador de todas as coisas logicamente possíveis”.
Leis naturais.
Este é um argumento levantado por Bertrand Russell: “as leis naturais são
independentes da criação divina” Deus deve acatar as leis naturais, portanto estão
acima de Deus. Vejamos um par de exemplos: A lei da gravidade (9,8 mts/seg2) é a
velocidade com que a terra atrai os objetos para o seu centro; e o oxigênio que forma
o ar que respiramos (O2). A pergunta é a seguinte: Porque Deus criou as leis naturais
assim e não de outra forma? Deus poderia ter feito a gravidade com valores mais
baixos, desta forma poderia evitar milhões de mortes por quedas, fraturas, acidentes
etc. Também Deus poderia fazer-nos respirar nitrogênio e não oxigênio, já que o
nitrogênio é mais abundante no ar que o oxigênio, assim evitaria milhares de mortes
por asfixia. O crente cristão tem três possíveis respostas a isto:
o “Deus fez dessa maneira por que era o melhor para o mundo”: O
melhor? Tantas mortes por culpa da gravidade e tantas asfixias são o
melhor que Deus poderia fazer?
o “Deus fez assim porque ele faz o que deseja”: isto equivale a dizer que
“Deus faz o que lhe dá na cabeça” Que sentido tem adorar um Deus
caprichoso que faz as coisas só porque lhe dá na telha?
o “Deus fez dessa maneira porque tinha que fazer assim”: Deus está
submetido às leis naturais. Esta é a única maneira de que Deus poderia
fazê-lo. Deus não poderia criar a gravidade com um valor menos ou nos
fazer respirar nitrogênio porque as leis naturais o impediam. Ou seja,
Deus deve cumprir e acatar essas leis naturais. Um Deus que está
submetido a leis superiores a ele, perde sua essência de perfeição
absoluta.
Existem inumeráveis razões que nos indicam que a onipotência de Deus está muito
comprometida. Mas acredito que estas abordagens são suficientes para abrir uma
base de opiniões a respeito com o crente cristão que deseje aprender mais sobre o
Deus que adora.
2 - Onisciência.
Seguindo com a análise das qualidades de Deus veremos agora a característica mais
polêmica e controversa de Deus: sua onisciência ou a capacidade de saber tudo.
Tampouco acredito que algum crente seja capaz de por em duvida esta qualidade.
7
Deus sabe tudo. Sabe nosso passado, conhece nosso presente e sabe o que nos
acontecerá no futuro. Deus conhece tudo sobre todos nós e sobre o mundo. O
problema desta característica celestial é que em muitas das minhas conversas com
crentes cristãos parece que não entendem muito bem o que significa e tendem a mal
interpretá-la. A melhor maneira de eliminar as dúvidas sobre isso é investigar o que
diz a Bíblia a respeito. Existem vários versículos que esclarecem sobremaneira este
ponto:
Jó 14:16
16.Mas agora contas os meus passos; porventura não vigias sobre o meu
pecado?
Jó 23:10
10.Porém ele sabe o meu caminho; provando-me ele, sairei como o ouro.
Jó 42:2
2.Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser
impedido.
Salmos 44:21
21.Porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois ele sabe os segredos do
coração.
Isaías 46:10
10.Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que
ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a
minha vontade.
Jó 23:14
14.Porque cumprirá o que está ordenado a meu respeito, e muitas coisas como
estas ainda têm consigo.
Lucas 12:7
7.E até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois;
mais valeis vós do que muitos passarinhos.
Como podem ver há muitíssimos versículos que asseguram que Deus sabe tudo. O
problema começa quando se afirma que o homem tem “Livre arbítrio”, ou seja, que o
homem tem liberdade para escolher o que deseja. Este é um dos pontos mais quentes
da conversação Ateu-Cristã. É muito difícil harmonizar a ideia de que podemos
escolher livremente e que Deus já sabe todo nosso futuro e que nossa historia está
escrita de antemão. Sem dúvida, amigo crente, para você Deus já sabe quem será
salvo e quem não será. Isso Deus sabe, já que sabe tudo. Mas como posso eu
escolher se o meu destino já esta escrito? Segundo essa premissa, não importa o que
eu decida, sempre terminarei cumprindo o que Deus escreveu para mim. Não tenho
saída. Muitos crentes tentam responder a isso dizendo: “Deus pode saber o nosso
futuro, mas nós não sabemos”, saiba ele ou não isso não tem absolutamente
nenhuma influência nos acontecimentos futuros, já que irremediavelmente acabarei
cumprindo o que Deus quer. Além disso, existem também vários versículos que
negam que Deus seja onisciente e que saiba tudo. É um tema espinhoso e
controverso que se levará varias linhas para debatê-lo e o trataremos em numerosas
oportunidades. Eu, por ser ateu não acredito que o meu destino esteja escrito nem
8
em nada do tipo. Ninguém sabe o meu futuro. O futuro não existe, o vamos criando
dia após dia através de nossas decisões. Considero-me um ser livre e não estou nesta
vida para cumprir nenhum livro. Sei que você, amigo crente, se considera livre para
escolher o que deseja, porém isso não contradiz tudo que existe na sua Bíblia sobre
Deus e sua onisciência?
3 - Onipresença.
Deus está em toda parte, o tempo todo. Isto sabe qualquer crente. Mas
lamentavelmente a Bíblia não é muito clara a respeito e existem poucos versículos
que nos indicam isto de forma pontual. Ao dizer que Deus se encontra em todo lugar
se assume outra característica divina: a Invisibilidade. Deus é em essência um ser
invisível e etéreo. Claro, tem que ser; nada que seja visível está em todo lugar ao
mesmo tempo. A imaterialidade é um requisito obrigatório para cumprir esta
premissa. As qualidades de onipresença e invisibilidade trazem consigo vários
problemas ao tentar entender isto de forma racional. Apesar de que Deus está em
todo lugar, a Bíblia nos diz que Deus foi visto de maneira precisa em varias
oportunidades; inclusive até falou com varias pessoas em determinadas ocasiões; isto
significa que para ser visto e escutado em um momento e lugar preciso deveria estar
ali e não em todos os lugares. Também, fazer-se visível para varias pessoas sem
dúvida deixou de ser invisível, já que as coisas invisíveis não se podem ver. É
impossível dizer com toda segurança que Deus é invisível, já que foi visto em várias
oportunidades:
Gênesis 32:30
30.E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque dizia: Tenho visto a Deus face
a face, e a minha alma foi salva.
Êxodo 24:10-11
10.E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma
pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade.
11.Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram
a Deus, e comeram e beberam.
Êxodo 31:18
18.E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas
do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.
Êxodo 33:11
11.E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo;
depois se tornava ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca
se apartava do meio da tenda.
Êxodo 33:23
23 - E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não
se verá.
9
2. Ou só é invisível às vezes?
Há outra coisa que atenta contra a invisibilidade e o caráter etéreo de Deus, é que
Deus tem dedos, cara e costas (Gênesis 32:30; Êxodo 31:18; Êxodo 33:23) isto
equivaleria a dizer que Deus está composto por algo físico que se pode ver o que
atentaria contra a sua condição de ser espiritual o imaterial.
1. Porque quando o crente quer referir-se a Deus sempre olha ou aponta para
cima, para o céu?
2. Se Deus está em todo lugar, não tem sentido busca-lo no céu nem entre as
nuvens – ELE ESTÁ EM TODO LUGAR. Ou não?
3. Curioso não?
4 - Imutabilidade.
Uma qualidade divina que parece estar muito claramente estabelecida nas “Santas
Escrituras”, mas que por sua vez a própria Bíblia se contradiz é a: Imutabilidade. Isto
em poucas palavras é: “Deus é o mesmo desde sempre, ele não muda.”. Ser imutável
significa ser sempre o mesmo, sem experimentar nenhum tipo de mudança ou
alteração. Não mudam nem Deus, nem seus desígnios. A Bíblia nos diz em varias
oportunidades que isto é correto, Deus não muda:
Salmos 102:27
27.Porém tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim.
Salmos 33:11
11.O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração
de geração em geração.
Tiago 1:17
17.Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
1 Samuel 15:29
29.E também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende;
porquanto não é um homem para que se arrependa.
Malaquias 3:6
6.Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos.
Hebreus 13:8
8.Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos;
Cetro de equidade é o cetro do teu reino.
E muitos outros.
10
Apesar de todos estes versículos que sem dúvida afirmam que Deus é Imutável,
também em varias ocasiões a própria Bíblia parece afirmar o contrario que Deus muda
de opinião e não é o mesmo desde sempre:
Gênesis 6:6-7
6.Então se arrependeu o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e
pesou-lhe em seu coração. 7.E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei
de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à
ave dos céus; porque me arrependo de havê-los feito.
Êxodo 32:14
14.Então o SENHOR arrependeu-se do mal que dissera que havia de fazer ao
seu povo.
Jonas 3:10
10.E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e
Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e não o fez.
2 Samuel 24:16
16.Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para destruí-la, o
SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição
entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto
à eira de Araúna, o jebuseu.
Outro fator que compromete a Imutabilidade de Deus é o fato que no passado ele
mesmo cometeu atos reprováveis e logo depois mudou de caráter com respeito às
suas ações. Por exemplo, todos nós recordamos os fatos ocorridos durante o diluvio
universal ou na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra, ambos os fatos
narrados no Gênesis. Nestas duas situações houve uma destruição total dos seres
humanos incluindo crianças e animais inocentes, ao que parece foram realizados
diretamente por Deus para erradicar o mal de ambos os lugares. Imagino que o
crente estará de acordo comigo de que em ambos os fatos morreram crianças
completamente inocentes dos pecados de seus pais. Claro, você também dirá que
Deus teve suas razões para fazê-lo. Em todos os casos em varias oportunidades Deus
no Antigo Testamento se nos apresenta como um Deus combativo e vingativo, que
promoveu múltiplas guerras e inclusive assassinou em varias ocasiões pessoas por
sua própria conta. Já no Novo Testamento vemos um Deus completamente diferente,
um Deus que é todo amor e ternura e que parece esquecer seu passado quando era
chamado “Deus dos Exércitos”.
11
5 - Sabedoria infinita.
A sabedoria de Deus é uma das características divinas mais conhecidas pelo crente.
Deus é infinitamente sábio e nunca se equivoca. A Bíblia é bem específica em
centenas de versículos.
Jó 9:4
4.Ele é sábio de coração, e forte em poder; quem se endureceu contra ele, e
teve paz?
Jó 12:13
13.Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento têm.
Isaías 40:28
28.Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da
terra, nem se cansa nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento.
Daniel 2:20
20.Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a
eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
Como é lógico pensar, a Bíblia ao ser totalmente inspirada por Deus, não tem erros;
nem Jesus, a materialização física de Deus, tampouco se equivoca ou jamais se
equivocou. Bom, descrever todos os erros e contradições da Bíblia levaria muito
tempo, já que são muitos, descrever os erros de Jesus também, assim para não fazer
um cansativo trabalho de análise citaremos apenas uns “pequenos equívocos” de
Jesus tal como se encontra na Bíblia:
Mateus 16:28
28 - Em verdade vos digo que alguns há dos que aqui estão que não provarão a
morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.
Isto, tomado de forma literal é um erro, pois morreram todos os dessa geração e
Jesus ainda não voltou. Morreram várias gerações e o esperado regresso de Jesus não
aconteceu. Claro, você como crente dirá: “não se deve entender isso de modo literal”,
sim, é fato que Jesus usava parábolas para exemplificar algumas partes de sua
doutrina; porém quando fazia isso ele declarava antecipadamente. Em nenhuma parte
se assume que isto é uma parábola. Outros crentes afirmam que a geração a que se
refere o versículo não é literal e logo começam a procurar cálculos de anos e a fazer
estranhas explicações do que poderia ser uma “geração”. Os próprios crentes tratam
logo de consertar esse equívoco evidente, sem sucesso é claro.
Mateus 12:40
40 - Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim
estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Marcos 7:14-15
14.E, chamando outra vez a multidão, disse-lhes: Ouvi-me vós, todos, e
compreendei. 15.Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa
contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem.
Eu sei que os crentes cristãos têm dado milhares de interpretações a estas palavras
de Jesus, alguns dizem que se refere ao pecado, à palavra ou a centenas de outras
coisas. Mas a verdade é que Jesus quis fazer uma comparação de qualquer uma
destas interpretações possíveis com o que entra literalmente no homem (comida, por
exemplo) e o que sai (fezes). Certamente, Jesus ao possuir sabedoria infinita deveria
saber que existem milhões de coisas que, quando ingeridas podem contaminar o
corpo causando doenças e até a morte. Portanto, esta besteira de que "Nada existe
fora do homem e que ao entrar nele o possa contaminar” é um erro gigantesco.
Estes são apenas três exemplos e como dissemos anteriormente, citar todos seria
tarefa impossível. Em muitas oportunidades analisaremos outros tantos erros com
mais calma e atenção.
Certamente que o leitor crente cristão deve ter muitas respostas premeditadas para
poder a duras penas justificar todos estes erros, a desculpa mais comum utilizada
nesses casos é: “a Bíblia necessita ser interpretada”, claro, com esta resposta podem
responder a todos os erros que aparecem nas santas escrituras. Você amigo crente já
usou esta desculpa alguma vez?
6 - Justiça infinita.
Agora comentaremos brevemente sobre uma característica divina que a meu modo de
ver é uma das mais citadas na Bíblia, mas por sua vez é uma das que menos atenção
recebe, “A Justiça eterna de Deus”.
A “santa palavra” afirma em numerosas ocasiões que Deus é infinitamente justo e que
dará a cada um, o que merece.
Deuteronômio 10:17
17.Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores,
o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem
aceita recompensas;
1 Pedro 1:17
17 - E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo
a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
Gálatas 2:6
13
6 - E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro
tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo,
que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;
1 João 3:7
7 - Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como
ele é justo.
… e muitos outros.
Apesar de todos estes inumeráveis versículos que avaliam a justiça divina, às vezes
paramos para pensar se isso tem algum fundamento. É verdade que deus é um ser
justo e que sua criação é justa? Certamente é necessária muita ingenuidade para
pensar que o mundo é ou alguma vez foi um lugar justo. Praticamente tudo o que nos
rodeia está cheio de injustiças: vemos dia a dia como gente desonesta progride na
vida enquanto gente honesta sofre desgraças não merecidas. Observamos como os
desastres naturais tiram a vida de milhões de pessoas inocentes; sobretudo as
maiores vítimas da injustiça humana, as crianças, são elas que normalmente sofrem
as maiores consequências da falta de justiça a cada momento. Se o crente leitor ainda
acredita que a história bíblica do dilúvio é correta, terá que admitir que neste caso
tivessem que morrer crianças inocentes sem absolutamente nenhuma culpa dos erros
de seus progenitores. Dessa história absurda surge uma grande dúvida, uma dúvida
que deve corroer até o cérebro de muitos crentes: Por que se Deus é justo, tiveram
que morrer crianças inocentes nesse dilúvio? Jamais se obteve uma resposta
convincente de qualquer crente, mas certamente muitos se consolam com o
conhecido autoengano de que “Deus é misterioso e sabe o que faz”, mas lá no fundo
sabem não é uma resposta para nada.
Amigo crente, vejamos um exemplo clássico, que certamente você acredita que pode
ocorrer: Vamos supor que um ateu qualquer, por exemplo, da Suécia (utilizo este país
como exemplo porque é um dos países com maior porcentagem de ateus e menos
crimes), esta pessoa ateia tem uma ficha de vida inatacável, nunca cometeu um crime
nem qualquer coisa reprovável, bom esposo e grande pai, um bom amigo; com
problemas e defeitos, claro, como todos nós, mas em termos gerais e diante da
sociedade é um cidadão íntegro. Coloquemos no outro extremo, um assassino em
série, violador e pedófilo (esta classe de criminosos lamentavelmente é comum) cuja
vida é uma desgraça, tanto para ele como para os que o rodeiam e que por seus atos
destruiu a vida de muitas pessoas. Imaginemos que ambos morrem. Coisa que
certamente ocorrerá algum dia, mas o ateu morre sem aceitar Jesus como seu
salvador e morre sendo ateu, apesar de ter sido bom em toda a sua vida; o assassino
momento antes de morrer se arrepende e aceita Jesus em seu coração, claro, me
refiro a uma conversão real, sincera e totalmente honesta, este assassino se
arrepende de verdade de seus pecados. Segundo a crença cristã (e você como crente
cristão estará de acordo) o ateu irá quase sem nenhuma dúvida ao inferno, ou ao
lugar de condenação que exista, pela simples razão de que rompeu nada mais nada
menos que o mandamento mais importante, “Amar a Deus sobre todas as coisas”. E
no segundo caso, o do assassino arrependido, irá ao paraíso ou a seu equivalente de
recompensa divina, por ele apenas ter tido a sorte de haver se arrependido a tempo.
14
Estou certo de que o leitor cristão dirá: "Bem, cada um teve a oportunidade de
escolher e escolheu”; concordamos, mas essa não é a discussão, o que se discute é se
isto é justo ou não.
7 - Verdade Infinita
De fato, Deus não mente, ele é completamente verdadeiro e preciso em suas palavras. Sobre
isso concordam todos os crentes, este é, sem dúvida, um atributo essencial de Deus.
Vamos examinar brevemente alguns versos que dizem isso para ficarmos mais
seguros:
Tito 1:2
2.Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes
dos tempos dos séculos;
Romanos 3:4
4.De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso;
como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores
julgado.
Sem levar em conta as numerosas contradições e erros que poderia ter a Bíblia, as
quais podem ser interpretadas como mentiras ou erros, há dois versículos onde de
fato confundem o leitor e parece que Deus mentiu de forma descarada, inclusive ele
mesmo descobrindo o engano.
Jeremias 7:22
22.Porque nunca falei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito,
nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios.
Este é um versículo bastante comprometedor para Deus, porque afirma que não
decretou algumas ordens, das quais há milhares que confirmam que essas ordens
foram dadas. Citar aqui todos os versículos onde Deus ordenou fazer holocaustos e
sacrifícios seria um trabalho realmente esgotador devido à enorme quantidade deles.
Mas isso não é necessário, pois o próprio Deus responde a si mesmo confessando que
mentiu cinicamente.
Ezequiel 20:25-26
25.Por isso também lhes dei estatutos que não eram bons, juízos pelos quais não
haviam de viver; 26.E os contaminei em seus próprios dons, nos quais faziam passar
pelo fogo tudo o que abre a madre; para assolá-los para que soubessem que eu sou o
SENHOR.
15
Aqui o mesmíssimo Deus reconhece que havia ordenado holocaustos e
sacrifícios, contradizendo o dito em Jeremias 7:22.
Mas uma das coisas mais curiosas sobre as “mentirinhas” de Deus é a famosa
“primeira mentira”. Este é um argumento muito usado pelos ateus porque é
interessante e sugestivo. Se perguntarmos a um crente medianamente informado
sobre o Gênesis e a origem do homem segundo a Bíblia:
“A primeira Mentira foi dita por Satanás a Eva”, e neste caso o crente estaria se
referindo a Gênesis 3:4-5 (4.Então a serpente disse à mulher: Certamente não
morrereis. 5.Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos
olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal..),
Mas esta é a primeira mentira? Não, a primeira mentira é esta: Gênesis 2:16-17 (16.E
ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás
livremente, 17.Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.), obviamente isto é
mentira, no dia em que Adão comeu deste fruto não morreu. A prova está em Gênesis
5:3-5 (3.E Adão viveu novecentos e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança,
conforme a sua imagem, e lhe pôs o nome de Sete. 4.E foram os dias de Adão, depois
que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5.E foram todos os dias que
Adão viveu novecentos e trinta anos, e morreu.), ou seja, ele viveu muito tempo
depois que comeu o fruto da árvore.
Como se pode ver, a primeira mentira foi dita pelo próprio Deus e não por Satanás
como geralmente se costuma crer. Também sabemos que os crentes possuem
milhares de desculpas para justificar isto, sejamos sinceros, não é algo muito
suspeito?
8 - Amor Infinito.
16
Esse comportamento não muda até que o crente passe a ler a bíblia de forma
imparcial e crítica, coisa que a grande maioria evita por medo de perder a fé,
pois é cada vez mais comum a frase “Deixei de ser cristão depois de ler a
Bíblia”.
Isso assusta os devotos, para eles perder a fé seria como perder o chão. Ele
perceberá e será obrigado a admitir que haja no mundo muitos males dos quais o
homem não tem culpa e terá que atribuir isso a Deus, o que é motivo de verdadeiro
pânico em sua estreita forma bíblica de pensar. Serão obrigadas a usar as famosas
desculpas: “Minha mente é limitada para entender a mente de Deus.” E a grande
pérola, “Os caminhos de Deus são misteriosos”.
João 3:16
16.Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Tito 3:4
4.Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para
com os homens,
1 Timóteo 4:4
4.Porque toda a criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo
recebido com ações de graças.
Números 31:17-18
17.Agora, pois, matai todo o homem entre as crianças, e matai toda a mulher
que conheceu algum homem, deitando-se com ele. 18.Porém, todas as meninas
que não conheceram algum homem, deitando-se com ele, deixai-as viver para
vós.
Deuteronomio 7:23
23.E o SENHOR teu Deus as entregará a ti, e lhes infligirá uma grande confusão
até que sejam destruídas.
Deuteronomio 28:63
63.E será que, assim como o SENHOR se deleitava em vós, em fazer-vos bem e
multiplicar-vos, assim o SENHOR se deleitará em destruir-vos e arruiná-los; e
arrancados sereis da terra a qual passais a possuir.
1 Samuel 15:2-3
2.Assim fala o Senhor dos exércitos: Vou pedir contas a Amalec do que ele fez
a Israel, opondo-se lhe no caminho, quando saiu do Egito. 3.Vai, pois, agora e
fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes;
porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de
peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos.
Isaías 37:36
17
36.O anjo do Senhor apareceu no campo dos assírios e feriu cento e oitenta e
cinco mil homens. No dia seguinte, de manhã, ao despertar, só havia lá
cadáveres.
Vemos com assombro como Deus ordena fazer coisas verdadeiramente abomináveis e
ele próprio assassinou com suas próprias mãos a muitas pessoas, assim como
matanças onde morreram crianças inocentes (Sodoma, Gomorra e o Dilúvio Universal)
O verdadeiramente surpreendente disso é que se Deus é imutável, como afirmam as
escrituras (Salmos 102:27
– Salmos 33:11 – Tiago 1:17 – 1 Samuel 15:29 – Malaquias 3:6 – Hebreus 13:8
etc.), porque muda de um Deus de guerra e assassino para um Deus de amor e
bondade? Se Deus é imutável porque mudou? O que fez Deus mudar de opinião?
Sempre que perguntarmos sobre isso a um cristão devoto ouviremos pérolas como
“Deus não é responsável pelo mal, são os homens os culpados pelas tragédias do
mundo.” Hoje até mesmo a grande maioria dos cristãos sabe que isso não é correto. A
própria Bíblia nos diz que Deus é o criador do mal (Isaías 45:6-7 - Jeremias 18:11–
Amós 3:6) e que os homens não causam todas as tragédias, como os desastres
naturais (vulcões, terremotos e tsunamis), que são independentes da ação humana e
têm ocorrido desde sempre e, claro, as vítimas inocentes desses desastres são
inumeráveis. “Deus é amor”… pode ser… mas também, segundo a Bíblia, é um ser
que cometeu muitos assassinatos, injustiças e abusos. Ao que parece se pode ser
bom e mau ao mesmo tempo. Isso não é surpresa, assim somos todos nós, às vezes
bons, às vezes maus, mas sempre tentando inclinar a balança para a bondade. Será
que Deus é exatamente igual a nós? Pois a Bíblia afirma que “Fomos criados à sua
imagem e semelhança”.
Será que o correto não seria: “E criou o homem, deus à sua imagem e semelhança”.
9 - Perfeição Absoluta.
Mateus 5:48
48.Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito.
2 Samuel 22:31
31.Os caminhos de Deus são perfeitos; a palavra do Senhor é pura. Ele é o
escudo de todos os que nele se refugiam.
Salmos 18:30
18
30.Os caminhos de Deus são perfeitos, a palavra do Senhor é pura. Ele é o
escudo de todos os que nele se refugiam.
1. Algo que seja “Perfeito” significa que está livre de erros, é algo que não
necessita de nada devido ao seu grau de perfeição.
2. Deus, por ser uma criatura absolutamente perfeita não deveria precisar de
nada, é um ser pleno e perfeito, sem mancha, portanto não necessita de
absolutamente nada.
3. Sabemos que não é assim, Deus necessita desesperadamente de nós, deseja
muitas coisas de nossa parte e temos a obrigação de dar-lhe ou pagaremos as
consequências.
Comentar todos os versículos bíblicos que indicam coisas que Deus quer e necessita,
como rezas, orações, tributos, sacrifícios, holocaustos, mandamentos, estatutos,
atividades e tantos mais, seria muito extenso e a maioria os crentes os conhece. Só
comentaremos um que mostra como Deus deseja exasperadamente nossa humilhação
1 Pedro 5:6
6.Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos
exalte no tempo oportuno.
De fato, se você é um cristão devoto e trata de ser uma “pessoa em Cristo”, é muito
provável que desperdice grande parte de sua energia, tempo e inclusive dinheiro para
agradar esse Deus tão perfeito que não necessita de nada, porém deseja
desesperadamente um monte de coisas.
Falando sério, amigo crente, Nunca havias pensado nisso? Nunca lhe passou pela
cabeça estas coisas? Existem varias outras características sobre Deus, porém
19
guiando-nos pela palavra da Bíblia, estas resumem muito bem o que queremos dizer
quando falamos de Deus.
Quando digo que “Não creio em Deus” digo implicitamente que não creio que Deus
seja onipotente, nem que seja imutável, nem que seja amor ou perfeito, nem
qualquer dessas características. Obviamente o amigo crente não estará de acordo,
mas terá que conviver com o fato de que a Bíblia está a meu favor e contra as ideias
do crente acerca de seu próprio Deus.
20
2 - Paradoxos e contradições: Deus não existe >>>
Ao deus bíblico (e a qualquer outra deidade criada pela a mente humana) foi
adicionada uma série de paradoxos que torna impossível a sua existência. Quando os
autores destes seres mitológicos os criaram século após século, relato após relato,
não perceberam que estavam compondo um personagem tão carente de lógica, que o
crente teve que imaginar um ramo acadêmico que tentasse explica-lo; com raciocínios
filosóficos obtusos e enredados com o objetivo de demostrar a si mesmos, e ao resto
das pessoas, que esse personagem que lhes haviam vendido não podia ser una mera
fantasia (teologia).
Para comprovar se esse “ser” pode existir ou não, o que faremos é presumir que esse
personagem literário existe e possui as qualidades que os autores que o compuseram
lhe atribuem.
1 - Onipotência
1. Poderia deus criar uma pedra que nem ele mesmo poderia levantar?
2. Deus em sua infinita onipotência pode criar tal pedra, mas se o faz, deixará de
ser onipotente, já que não poderá levantá-la.
1. Ou Deus pode criar uma pedra que ele não pode levantar, ou ele não pode criar
uma pedra que não possa levantar.
2. Se Deus pode criar uma pedra que não é capaz de levantar, então Deus não é
onipotente (Já que ele não pode levantar a pedra em questão).
3. Se Deus não pode criar uma pedra que ele não possa levantar, então Deus não
é onipotente (Já que ele não pode criar a pedra em questão).
4. Portanto Deus não é onipotente.
5. Se Deus não é onipotente, não é Deus.
1. Se o mal é a ausência do bem e devido a isso Deus não pode atuar contra o
mal, não é onipotente.
2. Se puder atuar, mas não quer fazê-lo, não é onibenevolente.
Tentativas de solução
Para que o problema fosse resolvido, diversas tentativas foram elaboradas. Por
exemplo, poder-se-ia assumir que o deus onipotente também é capaz de aprender e
progredir, logo Ele criaria a pedra inamovível e em seguida já teria poder suficiente
para levantá-la, sendo assim omnipotente. Contudo este problema ainda não pode ser
resolvido desta maneira, pois com uma pequena alteração do questionamento, a
onipotência é colocada novamente em cheque: Deus poderia criar uma pedra que
nunca poderia mover?
22
Tomás de Aquino tentou responder esta questão de forma elaboradamente complexa.
Ele diz que a onipotência de Deus não está em fazer atos impossíveis, e sim poder
fazer todos os atos possíveis (Quem criou as coisas impossíveis até para Deus?).
Logo, há coisas que Ele mesmo não pode fazer, sem que com isso perca sua
onipotência, segundo a definição dada pelo filósofo. Poder-se-ia citar outras
capacidades impossíveis para Deus:
1. Deus não pode fazer eu alguém parado e correndo ao mesmo tempo (mesmo
corpo)
2. Deus não pode fazer um círculo ser ao mesmo tempo um triângulo.
3. Deus não pode fazer alguém mais poderoso que Ele (dizer que pode é o mesmo
que afirmar que Ele não tem poder extremo e que alguém pode ser superior a
Ele)
4. Deus não pode fazer o passado deixar de ter existido. Já era, se aconteceu, não
pode deixar de ter acontecido.
- São Tomás de Aquino se expressa nas seguintes palavras: Deus, pela perfeição do
seu poder, pode tudo, mas lhe escapa à potência o que não tem natureza de possível.
(Quem criou a natureza do impossível?) Assim também, se atendermos à
imutabilidade do seu poder, Deus pode tudo o que pôde; porém, certas coisas que,
antes quando eram factíveis, tinham a natureza de possível, já não a têm quando
feitas. E, então dizemos que não as pode, por não poderem elas ser feitas. Pode-se
concluir que Tomás de Aquino afirma que a onipotência não existe, e que Deus não é
onipotente.
- São Jerônimo diz: Deus, que pode tudo, não pode fazer que uma mulher violada
seja não-violada. Para o caso do passado deixar de ter acontecido diz: "O poder de
Deus, como dissemos, não abrange o que implica contradição. Ora, o passado não ter
sido implica contradição. Pois, assim como a implica dizer que Sócrates está e não
está sentado, assim também que esteve e não esteve sentado. Porque, se dizer que
esteve sentado é enunciar um passado, dizer que não o esteve é enunciar o que não
se deu. Por onde, não está no poder divino tornar inexistente o passado. E é o que diz
Agostinho: Quem diz: se Deus é onipotente torne o feito não feito, não vê que diz: se
é onipotente torne falso o que em si é verdadeiro. E o Filósofo: Deus só está privado
de tornar o feito não feito". Ou seja, São Jerônimo afirma que Deus está submisso ao
tempo e, portanto não tem poder sobre ele, então não sendo onipotente.
- Santo Agostinho diz: “Aquele que diz: ‘Se Deus é onipotente, faça que o que foi feito
não tenha sido feito’, não percebe o que está dizendo: ‘Se Deus é onipotente que ele
faça que o que é verdadeiro, enquanto tal, seja falso’.” “A Deus só lhe falta isso:
tornar não feito o que foi feito”. Afirmação que recorre ao mesmo erro de São
Jerônimo.
2 – Onibenevolencia
23
1. Ou Deus quer evitar o mal e não pode;
2. Ou Deus pode e não quer;
3. Ou Deus não quer e não pode;
4. Ou Deus pode e quer.
1. Se Deus quer [evitar o mal] e não pode, então é impotente, e isto contraria a
condição de Deus.
2. Se Deus pode e não quer, então é mau, e isto é igualmente incompatível com
Deus.
3. Se Deus não quer e não pode, então é mau e impotente, e, portanto, não é
Deus.
4. Se Deus quer e pode… Então de onde vêm os males? E por que não acaba com
eles?
Paradoxo da autocontradição:
24
Adição como contradição entre Onibenevolência e onipresença:
3 - Onipresença
Extensão:
4 - Onisciência
Paradoxo da onisciência:
25
1. Se deus criou todo o conhecimento e ele tinha conhecimento de antemão, isto
implicaria em uma contradição circular: Deus não poderia ter sabido tudo antes
que existisse nenhum conhecimento para saber.
1. Se Deus pudesse saber tudo de antemão, seria necessário crer que todos os
acontecimentos possíveis de acontecer estariam predestinados.
1. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não o evita, não é onibenevolente.
2. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e o evita, o livre arbítrio não existe.
3. Se deus sabe que vai acontecer algo ruim e não pode evita-lo, não é
onipotente.
4. Se deus não sabe que vai acontecer algo ruim, não é onisciente.
Atuação
Justiça e equidade
1. Se deus é onisciente e sabe o que vai acontecer de antemão, pode ser justo e
equitativo?
2. Se deus é eterno (está além do tempo e do espaço), não pode ser justo e
equitativo e ao mesmo tempo onisciente já que, se ao atuar de determinada
forma beneficiasse a uns prejudicando a outros, não poderia ser justo e
equitativo.
3. Se escolher a quem ajudar e a quem não ajudar, não é justo, nem equitativo,
nem onibenevolente.
26
4. Se não escolhe a quem ajudar (não ajudando ninguém), é justo e equitativo,
mas não é onibenevolente.
5. Se não pode escolher, não é onipotente.
6. Se puder escolher, não é justo e nem equitativo.
7. Se não pode ser justo e equitativo, não é onipotente.
8. Se carecer de alguma destas qualidades, não é deus.
27
Se deus é injusto, não pode ser onibenevolente.
Se deus não pode ser onibenevolente, não é onipotente.
A Onibenevolência (amor infinito) é uma qualidade de deus. Se este carece
dela, não é deus.
5 - Perfeição absoluta
1. Se deus existe, seu grau de perfeição deve medir-se (ou comparar-se) com
respeito a coisas que são tangíveis.
2. Se não existe nada para medir a perfeição desse deus, não se pode saber se é
absolutamente perfeito ou se poderia existir algo mais perfeito ainda.
3. Deus poderia ser absolutamente perfeito? Se a perfeição é um ideal (um estado
inalcançável, mas infinitamente aproximável) significa que deus jamais poderá
alcança-la.
4. Se não pode alcança-la não é onipotente.
5. Se existe a perfeição absoluta, não existe o ideal de perfeição.
6. Se não podemos saber se existe a perfeição absoluta, não podemos definir deus
com essa qualidade.
Relativo à criação:
Conclusão
A simples ausência ou contradição de uma só destas qualidades faz com que este
personagem literário e imaginário (que segundo seus autores existe e as possui) seja
uma impossibilidade.
Não são apenas qualidades contraditórias entre si, mas, além disso, são qualidades
autocontraditórias. Dito de outra forma, qualidades impossíveis de ter.
28
criar e nem demonstrar sua existência. E o conceito não deixa de existir como tal,
talvez porque “é um mistério” ou “nossa mente é limitada e finita”. É bem mais
sensato afirmar que são simples contradições, ainda que existam pessoas que
prefiram acreditar em sua existência e, por essa razão, deveríamos então criar um
ramo acadêmico para explicar porque devem existir quadrados redondos ou círculos
quadrados? Bem, pasmem, já existe! Chama-se teologia!
29
3 - Doze provas contra a existência de deus
30
Como indicado pelo primeiro argumento, é impossível criar alguma coisa, a não ser
começando com materiais pré-existentes. A ação de "Criar" só é concebível em
qualquer caso, aos componentes primários do universo. Os átomos primordiais. Se
Deus "criou" algo, seriam esses átomos, o resto de sua atividade seria uma mera
construção ou a montagem de um “quebra-cabeça” atômico.
Seria esta premissa aceitável a qualquer crente? Duvido muito. É difícil que o crente
veja Deus apenas como um montador de “maquetes”. As desculpas e argumentações
contra essa prova são abundantes, ainda que quase sempre erradas e distorcidas.
Leiamos uma que é clássica:
É claro que, do ponto de vista ateu, não há nada por sobre o natural... Mas é o que
eles dizem. No entanto, o cristão não tem nem por um segundo porque considerar
isso como um requisito válido. Muito menos necessidade permitir que um ateu
redefina o que ele acredita, ou que dite as orientações sobre como um cristão deve
pensar ou discutir.
Assim, vemos que Fauré cria um espantalho, tem que inventar que o cristão afirma
que Deus cria coisas do nada naturalmente (o que é falso, já que o cristão afirma que
Deus o faz sobrenaturalmente), em seguida pretende negar que algo sobrenatural
possa sair do natural (com o que, portanto, o cristão comum concordaria).
Diante disso, o ateu poderia dizer: "se o sobrenatural existe, mostre-nos uma
evidência!". Em sua loucura, é claro, o ateu pede uma evidência natural,
empiricamente verificável, para algo sobrenatural e não comprovável pelos cinco
sentidos (embora seus efeitos sejam verificáveis). O cristão jamais deveria perder
tempo com requisitos ilógicos como esse, você só precisa lembrá-lo novamente e
mais uma vez que suas exigências só mostram a intenção de negar as evidências
encontradas. É como o que diz: mostra-me uma gota de água de uma polegada. Ao
não poder mostrar isso, pois a água não é medida em distância, dirá a pessoa que as
gotas de água não existem?
Mas vamos mais além e analisemos a premissa do ateu sob seus próprios méritos. O
ateu afirma que não se pode tirar algo do nada. Por extensão lógica, coerente, deve
também dizer que a matéria é eterna, sempre existiu, porque como você não pode
obter algo do nada, tudo tem que ter sempre existido.
31
E se nós pedíssemos ao ateu uma evidência natural e empiricamente VERIFICÁVEL de
que a matéria sempre existiu, o que nos apresentaria? Dizer que simplesmente
sabemos isso, é falso, já que eu, por exemplo, não sei. (ainda não me apresentaram
evidências para apoiar essa afirmação... Por favor, leia o parágrafo abaixo para
entender o que quero dizer.) Dizer que tem que ser simplesmente assim até que se
prove o contrário (de novo) é absurdo no próprio sistema ateu. Não é isto "fé cega"?
Por acaso, no sistema ateu, não teríamos que verificar todas as proposições
naturalmente?
O ateu tem de nos mostrar, aos nossos olhos, em um laboratório, utilizando o método
científico, utilizando todos os requisitos que ele aceita como válidos e que exige de
outros, que a matéria sempre existiu e nunca teve uma origem. Se não pode fazer
isso, dentro doa mesmas exigências do ateísmo, sua premissa é inválida.
Em resposta a isto, o cristão só tem que usar a mesma exigência do ateu. Mudando
as palavras de Fauré: "Isso, claro, imagino que não há uma única pessoa dotada de
razão possa conceber e admitir que de [um objeto inanimado, morto] se possa
conseguir alguma coisa [com vida]."
O que nos dirá o ateu? É compatível com as suas exigências, e aceitará que seu
mesmo sistema e requisitos negam a possibilidade de que ele esteja vivo hoje? Ou
dirá: "Olha, o fato é que sim, estamos vivos? Bem, se ele diz isso em resposta
poderíamos dizer: "veja, o fato é que sim, fomos criados!" O ateu não aceitaria essa
resposta de nós, e nós também não temos que aceitar isso de sua parte.
Esta abordagem por parte do crente é muito interessante, já que nos demonstra como
desviando o assunto e cometendo falsidades e usando dados errados (e muito falta
senso comum) se pode fazer crer que a balança se inclina para o lado cristão.
Claro! ... Com o argumento de que tudo o que entendemos por parte de Deus é
simplesmente um ato sobrenatural de sua parte e assim se solucionam todos os
problemas. Esse raciocínio pode ser aplicado a quase todos os aspectos obscuros ou
controversos de Deus e da Bíblia. Lembra-me de uma desculpa usada frequentemente
pelos crentes, dizendo que todos os acontecimentos descritos na Bíblia que
simplesmente não tinha testemunhas foram " inspirados pelo Espírito Santo ", de
modo que não importa o quão absurdo ou improvável seja o que nos diz a Bíblia,
32
sempre será um fenômeno sobrenatural (a onipotência de Deus) ou a ação do Espírito
Santo por trás dele. Círculo fechado.
A réplica comum dos crentes a esta LEI é: se a matéria sempre existiu, então não
houve Big Bang.
Embora nos custe a entender, a evidência sugere que houve um Big Bang a partir de
um ponto primordial fundamental chamado "Singularidade", mas de acordo com a 1ª
lei da termodinâmica, esta singularidade e todas as características físicas associadas a
ela sempre existiram. Eu entendo que isso é muito difícil de entender (na verdade eu
não entendo muito bem) porque o nosso conhecimento do espaço-tempo é linear e
contínuo. Estão intrinsecamente incorporados na singularidade de maneira muito
diferente da forma que conhecemos o tempo e espaço. E falar de “inicio” não tem
sentido a este nível. Sem dúvida, enquanto mais avançam os estudos da astrofísica
moderna, irão surgindo respostas para isso.
33
Aos crentes que, a despeito de toda racionalidade se obstinam em admitir a
possibilidade de criação, lhes direi que, em último caso, é impossível poder atribuir
esta criação a seu Deus. Seu Deus é o Espírito puro. Portanto, é impossível sustentar
que o espírito puro, o imaterial, haja determinado o Universo: o material. Veja aqui
por que:
O espírito puro não está separado do universo por uma diferença de grau, de
quantidade, mas por uma diferença de natureza, de qualidade. De modo que o
espírito puro não é, não pode ser uma amplificação do universo, tampouco o universo
poder ser uma redução do espírito puro. A diferença aqui não é apenas uma distinção,
é uma oposição, oposição de natureza, essencial, fundamental, irredutível, absoluta.
Entre o espírito puro e o universo não existe apenas um fosso mais ou menos largo ou
mais ou menos profundo, e que, a rigor, se poderia encher ou atravessar, NÃO, existe
um verdadeiro abismo, de uma profundidade tão imensa que por maior que seja o
esforço que se realize Ninguém NEM nada poderia encher ou atravessar”. Seguindo ao
meu raciocínio desafio o filósofo mais sutil, como o matemático mais competente, a
que estabeleça uma relação (seja qual for, e a melhor relação direta de causa e
efeito) entre o espírito puro e o universo.
O espírito puro não admite nenhuma relação material; não tem forma, nem corpo,
nem matéria, nem proporção, nem profundidade, nem extensão, nem volume, nem
cor, nem som, nem densidade, todas essas qualidades inerentes ao Universo e que
não poderiam ser determinadas pela abstração metafísica.
Mas se, como crentes, você persistir alegando que foi seu deus que criou o universo,
uma questão se impõe; na suposição de que foi Deus, onde estava a matéria em sua
origem, seu princípio?
E bem: de duas coisas uma: ou a matéria estava fora de Deus, ou era Deus mesmo
(não creio que você poderia colocar deus em terceiro lugar). Desta forma, no primeiro
caso, se estava fora de Deus, não teve este a necessidade de criá-la, posto que já
existisse, e se coexistia com Deus, não cabe a menor dúvida que estavam em
concomitância, do que se deduz que vosso Deus não é criador.
No segundo caso, ou seja, se não estava fora de Deus, é porque estava em Deus
mesmo, e neste caso, tenho a seguinte conclusão:
1. Que Deus não é o espírito puro, já que levava em si uma partícula de matéria;
E que partícula! A totalidade dos mundos materiais!
2. Que Deus, levando matéria em si mesmo, não teria a necessidade de criá-la,
dado que já existia e que existindo não fez mais que fazê-la sair, e neste caso a
criação deixa de ser um ato de verdadeira criação e se reduz a um ato de
exteriorização.
34
3. A criação não existe em nenhum dos dois casos.
Vejamos algumas desculpas e pretextos utilizados pelos cristãos para contestar esta
segunda prova da inexistência de Deus:
É irônico que sendo ateu, Faure começa seu segundo argumento oferecendo-nos uma
lição sobre ontologia (essência ou natureza) do Espírito. No entanto, note que, de fato
deu uma boa compreensão da diferença entre o espiritual e o material. Eu concordo
totalmente com a última frase deste parágrafo, que eu repito:
“O espírito puro não está separado do universo por uma diferença de grau, de
quantidade, mas por uma diferença de natureza, de qualidade.”
Se tivéssemos de dizer de outra maneira, poderíamos dizer que o Espírito, já que não
é apenas "mais" ou "superior" ou "mais distante" do que o material, mas
completamente diferente na natureza, não pode ser considerado, medido, ou
percebido pelos mesmos meios que o material.
”Entre o espírito puro e o universo não existe apenas um fosso mais ou menos largo
ou mais ou menos profundo, e que, a rigor, se poderia encher ou atravessar, NÃO,
existe um verdadeiro abismo, de uma profundidade tão imensa que por maior que
seja o esforço que se realize Ninguém NEM nada poderia encher ou atravessar”.
”Nada nem ninguém”? Como sabe Fauré isto? Não é o que cremos nós, os cristãos,
mas uma posição que ele assumiu e defendeu.
Quer uma relação entre o espiritual e o material? Muito bem, aqui está: O Deus todo
poderoso pode eliminar esse “abismo”. Por certo, isto contradiz sua premissa de
“nada nem ninguém” defendida anteriormente, mas porque deve importar-me que a
verdade contradiga as premissas do ateu? Essa premissa de "Ninguém NEM nada” não
foi criada por um cristão, já que todo crente compreende as muitas maneiras como
Deus tem "atravessado" tal abismo: o fez na criação, o fez no jardim, o fez na sarsa,
o fez no torvelinho, o fez nas nuvens, e acima de tudo, o fez em Cristo (Filipenses
2:5-7).
Assim, Paulo também disse: “E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para
habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os
limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o
pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; Porque nele vivemos,
e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois
somos também sua geração.” (Atos 17:26-28).
35
O ponto é que Deus não necessita cruzar grandes distâncias para alcançar o Universo,
já que no espiritual não existem distâncias ( o mesmo Fauré havia admitido no inicio
deste argumento e parece haver esquecido quase que imediatamente). Vivemos nos
movemos e existimos (somos) NELE. A tensão do ateu reside unicamente na premissa
de que "nada nem ninguém", na qual desejará apegar-se (na qual tem fé cega).
Como temos visto por meus comentários, seus dois argumentos na realidade não se
estabelecem sobre una base sólida. Tampouco temos visto como demostrou que o
material não possa surgir do imaterial. Estas são afirmações de vitória sem base
alguma.
Claro, o dilema do ateu é que não pode aceitar o conceito de matéria inexistente, pois
para ele, por necessidade, toda a matéria é eterna. Mas ao fazer isso, mais uma vez
notamos que seu argumento é circular: "A matéria não foi criada, sempre existiu,
portanto a matéria não foi criada. O ateu pode repetir sua premissa quantas vezes
quiser, e nunca se tornará realidade.
Se o que quer dizer é que a matéria deve ser geograficamente dentro ou fora de
Deus, nós rejeitaremos sua pergunta por que você está falando de um deus
inventado. O Deus da fé cristã não tem "dentro" ou "fora", geograficamente falando,
mas só os ídolos são colocados no espaço. Os termos "onde", "local", "dentro" e "fora"
simplesmente não são aplicáveis ao espiritual.
Outra coisa que acho curiosa é a noção de um ateu sobre a "pureza". Da onde é que a
tira? Em que baseia seu conceito de "pureza"? Como é que Fauré mede se algo
espiritual é "puro" ou não? Que sistema de medição objetivo e empiricamente
verificável possui para medir o “puro”? Podemos ver que a sua visão de "pureza" é
apenas uma preferência, uma ideia subjetiva e baseada no vazio. Deus poderia ter
36
"uma partícula dentro de si”, seja como seja que entenda o ateu, e ainda ser
completamente puro. Se o ateu crê que Deus deve ser julgado por sua opinião
subjetiva do que significa "pureza", o ateu está falando de um deus que não é o que
reconhece a fé cristã. Nos uniremos com o ateu para negar a existência desse Deus,
aquele deusito que necessita inclinar-se para que o ateu o julgue e determine se ele é
digno de ser chamado puro ou não.
Sua segunda opção nos pretende dizer que se Deus tinha a matéria em si, não foi
criação, mas exteriorização. Mas o que seria se Deus fosse a própria matéria, mas em
sua mente (como revelado nas Escrituras)? O ateu vai dizer que uma ideia nunca
pode se tornar matéria, mas não temos de respeitar essa regra, já que, isto é verdade
de acordo com as leis naturais, e não sobrenaturais (que é o que estamos a falar
quando falamos de criação) . Novamente, o ateu continua sua argumentação circular,
e tentar impô-las.
Como vimos Fauré até agora não ofereceu uma única avaliação das reivindicações da
fé cristã, julgando-as por seus próprios méritos. Somente nos contou como Deus não
pode existir ou haver criado em um mundo sem Deus. Reduzindo os argumentos
ateístas, vemos claramente a circularidade de seus argumentos: "Deus não existe,
portanto Deus não existe." Falácia da petição de princípio.
“Deus pode criar desde seu estado puro coisas materiais porque é todo
poderoso e se o deseja o pode fazer” Ponto.
37
"Tudo isso Deus fez de forma sobrenatural porque ele é onipotente e só age sob
seus próprios desejos” ... Só eu vejo o argumento circular aqui?
Como sabe? A Bíblia nos mostra a Deus e ao mundo espiritual de una maneira muito
precisa e exata; inclusive em várias oportunidades Deus é visível e se comporta como
um ser totalmente material. O cristão pretende dar ao mundo espiritual um carácter
abstrato e difuso valendo-se do conhecido axioma falacioso cristão: “A mente humana
é incapaz de entender a Deus”.
Nós, ateus, não cremos em mundos espirituais onde habitam deuses, anjos, virgens e
querubins; sem falar no resto como fadas, gnomos, ogros e monstros. Cremos em um
mundo material e no assombroso e quase inexplorado mundo do pensamento
humano.
O curioso e até engraçado é que o cristão admita que seja incapaz de conhecer a
Deus e seu mundo espiritual, e, no entanto faz todos os esforços possíveis para
acessar esse mundo sem nenhuma evidencia. Mas onde está a Bíblia? Isso de que
"Deus é um mistério" é uma falácia cristã. Deus não é nenhum mistério. A Bíblia
deveria ensinar-nos como é esse Deus (e de fato o faz). A Bíblia diz que Deus tem
certas características e qualidades que o identificam e nos descreve em suas palavras
sagradas como é o comportamento de Deus. A afirmação cristã de "Seguir a Deus
pela fé” é falsa, seguem a Deus baseando-se nas próprias palavras Dele, inspiradas e
plasmadas na Bíblia.
Então, amigos fiéis cristãos, isso de que "Deus é um mistério” não funciona, para isso
tem a sua Bíblia.
Estou seguríssimo que se faço a um crente esta pergunta: O imperfeito pode produzir
o perfeito? Responder-me-ia sem a menor vacilação negativamente. O perfeito é o
absoluto; o imperfeito é o relativo; diante do perfeito, que significa tudo, o relativo, o
contingente, não significa nada, não tem valor, se eclipsa, e, portanto, não há nada
capaz de estabelecer relação alguma entre ambos; “a fortiori” sustentamos a
impossibilidade de evidenciar, neste caso, a rigorosa concomitância que deve existir
entre a causa e o efeito. É, portanto, impossível que o perfeito tenha podido produzir
o imperfeito. Pelo contrário, existe uma relação direta, fatal e até matemática entre
uma obra e seu autor. Pela produção se conhece o valor intelectual, a capacidade, a
habilidade do sábio, do pensador, do operário, do artista, assim como pela qualidade
do fruto se distingue a árvore a que pertence. A natureza é bela, o universo é
grandioso e o admiro apaixonadamente, tanto quanto qualquer outra coisa, o
38
esplendor e a magnificência do que nos oferece um espetáculo ininterrupto. No
entanto, por mais entusiasta que eu seja das belezas naturais e por maior que seja a
homenagem que eu lhes renda, eu não ousaria afirmar que o universo é um trabalho
impecável, sem defeitos, perfeito. E não acho que exista alguém capaz de sustentar
tal opinião. Em conclusão: Ou Deus não existe ou não pode ser o Criador, essa é a
minha convicção. Ou: o universo, uma obra imperfeita, Deus não pode ser senão
imperfeito.
Portanto, e assumindo que tanto Deus como todas suas criações são perfeitas, surge
espontaneamente a seguinte pergunta:
1. Que aconteceu com o plano divino de perfeição que veio todo abaixo?
2. Porque Deus, além de perfeito é também Onisciente. Não se pode culpar à
entrada do pecado (com a infantil fábula de Adão e Eva) já que Deus como ser
“Sabe tudo” e seguramente sabia que ambos pecariam e o pecado entraria no
mundo.
Agora fazemos a grande pergunta para os cristãos que creem nisso de “O pecado
original”:
_______________
Olá
Isso é de acordo com meu entendimento e raciocínio sobre o assunto.
o fato de que Deus é perfeito não significa que não é ruim ou que, não exista o
sentimento de maldade, porque se não soubesse o que é o mal não poderia uma de
suas criações ter se rebelado contra ele e ser tão malvada.
Acho que somos perfeitos e parte dessa perfeição é ter a liberdade de escolher o que
queremos fazer isso também porque temos do que é mau e bom, mas, infelizmente,
39
quase nunca escolhemos a fazer a coisa certa, então nós podemos ser perfeitos, mas
sempre optamos por fazer o mal, por quê? Porque somos influenciados pelas forças do
mal que vive nesta terra.
Eu tenho um filho que uma vez me perguntou a mesma coisa, porque eu o trouxe a
este mundo? que não pediu para vir a este mundo e que se ele sofria de algo que eu
deveria ser o culpado.
como tive uma resposta para dar ao meu filho também creio que deve haver uma
resposta para entender por que estamos neste mundo apenas que algum dia nós
saberemos.
Cumprimentos e bom dia!
E se o perfeito, possuidor de vontade deseja criar algo que pelo seu próprio esforço e
também vontade, alcance a perfeição.
Nem sempre o perfeito deseja criar a perfeição.. Porque seria muito fácil, o difícil é
transformar o imperfeito em perfeito. Um verdadeiro desafio.
Mas nunca o perfeito imperfeito sem ajuda do perfeito criará a perfeição... Porque não
sabe como criar
____________________
depende do enfoque que queremos dar. Deus fez as coisas perfeitas. o homem com
sua desobediência, trouxe a morte, é algo que pode entender quem tem fé, se não, a
razão nunca conseguirá entender. a fé está num nível superior à razão como forma de
conhecimento, na verdade, a razão está a serviço da fé.
_______________
É assim, perfeito é Deus e o imperfeito somos nós os homens. Deus deu ao homem a
possibilidade de se aproximar do Perfeito fazendo o que ele pede e do homem em sua
ignorância, arrogância, orgulho e desejo de poder e ambição se deixa levar pelo mal,
tornando-se cada dia mais imperfeito em vez de trabalhar espiritualmente para
desenvolver sabedoria e estar mais perto da perfeição.
Dizes ¨ Pelo contrário, existe uma relação direta, fatal e até matemática entre uma
obra e seu autor. Pela produção se conhece o valor intelectual, a capacidade, a
habilidade do sábio, do pensador, do operário, do artista, assim como pela qualidade
do fruto se distingue a árvore a que pertence.
40
Digo-te que o imperfeito pode criar a perfeição. Por exemplo, na soma de todos nós
podemos criar a perfeição, mas cada um não tem em si mesmo.
Se você tiver as habilidades e ferramentas para criar, mas não é perfeito porque não
é Deus. Deus é tudo em si mesmo.
Ao perfeito o chamo Deus, o imperfeito somos todos nós e cada um por sua vez. E eu
acho que é possível uma concomitância se nos sustentamos na perfeição, em uma
perfeição que aspiramos que não somos nós em si mesmos, mas é Deus com todos
nós, é essa “União”, que nos daria a capacidade de nos sustentar.
Dizes: “Pelo contrário, existe uma relação direta, fatal e até matemática entre uma
obra e seu autor. Pela produção se conhece o valor intelectual, a capacidade, a
habilidade do sábio, do pensador, do operário, do artista, assim como pela qualidade
do fruto se distingue a árvore a que pertence”.
Vamos dizer que você está considerando que, como somos imperfeitos, Deus não
pode ser perfeito. É que a perfeição tem de ser criada no âmbito de nossa natureza,
se fôssemos perfeitos em nós mesmos, só seriamos seres “contemplativos”. Esta é a
minha lógica.
___________________________
O perfeito pode produzir tanto perfeito e imperfeito, se ele é mais do que apenas
"causa primeira " ou "motor imóvel" dos antigos filósofos. Basta que esse algo perfeito
seja alguma coisa ou alguém com a vontade, a sabedoria e poder absoluto para uq
etudo lhe seja possível, desde as leis naturais mais simples até a complexa
organização celular de criaturas tão maravilhosas como as aves, os seres humanos,
etc.
Enredar-se a procurar um gato de três pernas ou em elocubrações das grandes
discuções filosóficas pode ser um bom exercício intelectual, mas se você der uma
oportunidade para os grandes pensadores cristãos como Agostinho, Tomás de Aquino,
Erasmo de Roterdão, santa Teresa de Ávila, Santa Teresa de Lisieux, Edith Stein, João
Paulo II, etc, você obterá a essência de suas capacidades humanas. Experimente e
verás um grande avanço em sua vida.
Fonte (s):
olha, reconhece, pelo menos, que há um Deus, que já é algo em seu favor .....
41
1) Deus criou tudo que existe.
2) Ele o criou perfeito.
3) no momento da criação era perfeita toda a criação.
4) houve uma rebelião no céu, pelo pecado de Satanás.
5) Satanás trouxe o pecado para a terra, ela era perfeita.
6) seduziu a mulher a pecar e esta ao homem com seu pecado.
7) Deus os expulsou do Éden, o paraíso por seu pecado.
8) Deus amaldiçoou a terra por causa do pecado de Adão.
9) toda a criação foi afetada pelo pecado de Satanás e Adão
10) até a criação geme esperando a revelação dos filhos de Deus.
conclusão:
Deus faz tudo perfeito, ainda que a nós pareça imperfeito. Seus caminhos não são os
nossos caminhos.
São muito interessantes estas respostas; sobre tudo porque ao que parece é muito
difícil que um crente cristão entenda o que significa afirmar que Deus é perfeito e que
este mundo é imperfeito; é absolutamente incompatível com a essência divina e
perfeita de Deus. E segue repetindo o erro de crer que o culpado desta imperfeição é
o pecado cometido por dois personagens mitológicos evidentemente inexistentes. É
muito claro, sim vão utilizar a desculpa de Adão e Eva como os quebradores da
harmonia inicial divina… primeiro devem demonstrar que este par de pessoas existiu
de fato.
Recordemos que Deus criou o homem “À sua imagem e semelhança”, o que nos leva
a concluir que o mundo e os primeiros povoadores da terra (Adão e Eva) eram tão
perfeitos como o era Deus. A pergunta seguinte é óbvia:
1. Por que se Adão era tão perfeito como Deus, cometeu a estupidez de pecar?
2. Não parece por acaso contraditório isto?
3. Que tão perfeito e confiável é Deus quando alguém que é (segundo suas
próprias palavras) semelhante a ele pode ser tão tonto?
Há uma frase entre as curiosas respostas dos crentes cristãos que me chamou muito
a atenção:
42
É inegável que as obras definem o autor… Como bem disse o próprio Jesus… “por seus
frutos os conhecereis” (Mateus 7:16 e 20)
O ser eterno, ativo, necessário, não pode, em nenhum momento, ter estado inativo
ou ter sido desnecessário.
Eterno? – O é por definição. É a sua razão de ser. Não se pode conceber que ele
esteja enclausurado nos limites do tempo. Não se pode imaginar como tendo tido
começo e venha a ter fim. Não pode haver surgimento e desaparecimento. É desde
sempre.
Ativo? – É, e não pode deixar de ser. Segundo os religiosos, foi sua atividade que
engendrou tudo quanto existe, como foi a sua atividade que se afirmou pelo gesto
mais colossal e majestoso que imaginar se pode: a criação dos mundos.
Necessário? – É-o e não pode deixar de ser, visto que sem a sua vontade, nada
existiria: ele é o autor de todas as coisas, o ponto inicial de onde saiu tudo, a fonte
única e primeira de onde tudo emanou. Bastando-se a si próprio, dependeu de sua
vontade que tudo fosse tudo ou que fosse nada.
Mas eu pretendo e vou demonstrar que se Deus é eterno, ativo e necessário, também
deve ser eternamente ativo, e eternamente necessário. E que, por consequência, ele
não pôde, em nenhum momento, ter sido inativo ou inútil, e que enfim, ele jamais
criou. Negar que Deus seja eternamente ativo equivale o dizer que nem sempre o foi,
que chegou a sê-lo, que começou a ser ativo, que antes de o ser não o era. Dizer que
foi pela criação que ele manifestou a sua atividade é admitir, ao mesmo tempo, que
por milhares e milhares de séculos que antecederam a ação criadora, Deus esteve
inativo.
Negar que Deus seja eternamente necessário equivale a admitir que ele nem sempre
o fosse, que chegou a sê-lo, que começou a ser necessário e que antes de ser não o
era. Dizer que a criação proclama e testemunha a necessidade de Deus equivale a
admitir, ao mesmo tempo, que, durante milhares e milhares de séculos, que
seguramente precedeu a ação criadora, Deus era inútil.
1. Deus ocioso e preguiçoso! Deus inútil e supérfluo! Que triste postura para um
ser essencialmente necessário.
2. É preciso, pois, confessar que Deus está sempre ativo e é sempre necessário.
Mas então Deus não pôde criar, porque a ideia de criação implica, de maneira
absoluta, a ideia de começo, de origem. Uma coisa que começou é porque nem
sempre existiu. Existiu necessariamente num tempo em que, antes de “ser”, não
43
“era”. E, curto ou longo, este tempo foi o que precedeu a coisa criada; é impossível
suprimi-lo, visto que, de todos os modos, ele existe.
Em conclusão:
1. No primeiro caso, Deus antes da criação não era ativo nem era necessário: era
um Deus incompleto, quer dizer, imperfeito, e, portanto, não existia.
2. No segundo caso, sendo Deus eternamente ativo e eternamente necessário,
não pôde chegar a sê-lo, como não pôde criar. É impossível sair daqui.
Das duas últimas, há um ponto em que ambas são verdadeiras: Na época antes de
criar-nos, antes de conceber a ideia de criar um universo com os seres humanos nele.
Se Deus sempre foi eterno, é certo que já existia antes da criação dos mundos,
portanto nessa altura estava inativo (não fazia nada) e desnecessário (se não
existíamos, nos era inútil). Razão pela qual se quebra muita de sua essência
elementar e básica.
E claro… estamos assumindo que sempre foi eterno. Não é conveniente (para os
cristãos) cair na polêmica de “Que havia antes de Deus?” ou o famoso “Quem criou a
Deus?”... Este ponto me parece pessoalmente demasiado abstrato ilógico e absurdo,
que não vale a pena discuti-lo aqui.
44
As desculpas cristãs neste caso são bastante escassas, já que é muito difícil encontrar
um crente cristão que negue as condições de eternidade, atividade e utilidade de
Deus. Fazê-lo equivaleria a negá-lo. Por esta razão as respostas se resumem a
argumentos circulares ou dúvidas disfarçadas de mistério.
Talvez a resposta mais interessante seja a que sugere que, embora não saibamos,
com certeza, Deus estava ocupado em alguma coisa antes de nos criar.
Absolutamente de acordo. Mas também é certo que em algum momento da suposta
eternidade de Deus houve um momento em que não havia criado nada. Uma das
características de Deus é ser o "Criador de todas as coisas", portanto, os paraísos e os
seres celestes devem ter tido um momento de criação, um começo.
O que valida esta quarta prova da inexistência de Deus, porque se Deus não fazia
nada, estava inativo e desnecessário. Não sabemos o que fazia Deus antes de criar
este universo; a Bíblia não nos conta (o que é curioso já que a Bíblia deveria ser a
melhor maneira de compreender e conhecer a Deus)… Ou não? A Bíblia nos diz de
maneira surrealista e variada que Deus antes de criar-nos estava em uma espécie de
paraíso (ou céu) rodeado de anjos, filhos e espíritos santos (pois certamente Jesus
andava por aí).
Agora…
Que acontecimento teria induzido Deus em sua solidão para começar a criar, depois
de não haver feito nada durante eternidades? Se Deus é imutável… Por que mudou
depois de estar por milhões de anos sem humanos nem universos e de repente…
resolve criar-nos? Contradizendo desta maneira sua condição de Imutável. Ou é o
caso de que Deus necessitava de criaturas humanas para que o adorassem?... Um
Deus com necessidades mundanas e pecaminosas? Que Deus tão humano é este…!
Se Deus existe, é imutável, não MUDA e nem pode MUDAR. Enquanto que, na
natureza, tudo se modifica e se transforma; pois nada é definitivo, nem chega a sê-lo,
Deus, ponto fixo, imóvel no tempo e no espaço, não sujeito a nenhuma modificação,
não se transforma, nem pode chegar a transformar-se. É hoje o que era ontem, será
amanhã o que é hoje. E tanto faz procurá-lo nos séculos passados, como nos séculos
futuros: ele é, e será constantemente idêntico em si. Deus é imutável.
45
No entanto, se ele criou, não é imutável, porque, neste caso, mudou duas
vezes.
Esta dupla modificação – querer e agir – é tanto mais considerável e corajosa quando
é certo que se trata de uma resolução grave e de uma ação importante. Deus criou,
dizem os, crentes. Então se modificou duas vezes: a primeira, quando tomou a
decisão de criar; a segunda, quando resolveu por em prática sua determinação,
completando o gesto criador.
1. Se ele mudou duas vezes, não é imutável. E, se não é imutável, não é Deus –
não existe.
2. O ser imutável não criou.
Deus não muda, essa é sua essência. É sempre o mesmo por séculos e séculos.
Entretanto quando Deus decidiu criar qualquer coisa, por menor que fosse;
Deus mudou seu estado de não-criado pra criador. O que alterou a sua
condição de imutável.
O amigo crente deve recordar que Deus, para ser Deus como tal, deve cumprir certas
características que própria Bíblia nos indica. Se em algum momento Deus deixasse de
cumprir alguma destas qualidades, a essência e natureza intrínseca de Deus se
perderiam e deixaria de ser Deus. Explico-me melhor; se descobrimos que Deus não é
Todo poderoso, Onisciente ou que não é Imutável… não teria sentido chama-lo Deus
já que contradiz sua natureza e suas qualidades básicas.
46
Nunca entenderei porque os crentes pensam que Deus é imutável, e, no entanto, lhe
pedem que mude seus desígnios. Há que esclarecer…
Nosso destino está escrito pela vontade de Deus ou nossas orações e palavras
podem fazê-Lo mudar?
Se você acredita que Deus é imutável, você já sabe que por mais que você rezar,
rezar, pedir e repetir orações... Deus nunca te escutará, porque seus projetos são
eternos e alguns meros mortais como nós não podemos intervir na vontade divina.
Assim, suas orações são desnecessárias e inúteis. É muito difícil para o crente cristão
tratar de conciliar a Imutabilidade de Deus com o destino ou com as suas lamúrias
nas orações, já que a contradição e falácia surgem geralmente de forma súbita para a
dura pena tentar relacionar ambas as posições.
Uma maneira muito fácil de entender é concluindo como bem diz a Bíblia: "Nós fomos
feitos à imagem e semelhança de Deus", em outras palavras, as criações de Deus
devem ser um reflexo Dele. Se Deus é imutável, suas criações devem ser assim
também. Desnecessário será dizer que não é. Nada é imutável, nem os homens, nem
o mundo, nem o universo, nem Deus. Tudo muda nada é estático.
Amigo crente, você deve ser muito claro sobre este ponto, deve tê-lo escrito em um
banner no teto acima de sua cama para não esquecer nunca mais: Deus é imutável.
Deus não muda. Essa é uma das qualidades de Deus que nenhum conceito pode
quebrar ou alterar. (Salvo, é claro se o seu Deus não existir). Cada vez que você
começar uma oração deitado na cama, olhe essas palavras escritas no teto e em sua
Bíblia.
47
2. Porque motivo tomou Deus a resolução de criar?
3. Que movimento o impulsionaria a isto?
4. Que desejo surgiu em seu cérebro?
5. Qual seria o seu intuito?
6. Que ideia perseguiu?
7. Que fim perseguiria?
Deus não experimenta nenhum desejo, visto que a sua felicidade é infinita. Não pode
perseguir nenhum fim, visto que nada falta à sua perfeição. Não pode ter nenhum
intuito, visto que nada falta ao seu poder. Não pode determinar-se a querer seja o
que for não tendo nenhuma necessidade.
O que diferencia os atos de um homem dotado de razão dos atos de um louco, o que
determina que um seja responsável e o outro irresponsável, é que um homem dotado
de razão sabe sempre – ou pode chegar o sabê-lo – quando realiza algo, quais são os
motivos que o impulsionam, quais são os motivos que o levaram a praticar aquilo que
pensava. Muito mais quando se trata de uma ação envolvendo grandes consequências
e graves responsabilidades, é necessário que o homem entre em posse de sua razão,
se concentre sobre si mesmo, se entregue a um sério, persistente e imparcial exame
de consciência, que pelas suas recordações, reconstitua o quadro dos acontecimentos
de que ele foi agente. Em resumo, é preciso que ele procure reviver as horas
passadas, para que possa discernir quais foram as causas e o mecanismo dos
movimentos que o determinaram a agir. Frequentemente, não pode vangloriar-se das
causas que o impulsionaram, e que, amiúde, o levam a corar de vergonha. Mas,
quaisquer que sejam os motivos, nobres ou vis, generosos ou grosseiros, ele chega
sempre o descobri-los em determinado momento.
Um louco, pelo contrário, precede sem saber por que; e, uma vez realizado o ato, por
grandes que sejam as responsabilidades que dele possam derivar-se, interrogai-o,
encerrai-o, se quiserdes, numa prisão, e apertai-o com perguntas: o pobre demente
não vos balbuciará senão coisas vagas, verdadeiras incoerências. Portanto, o que
diferencia os atos de um homem sensato de um homem insensato, é que os atos dos
primeiros podem explicar-se, tem uma razão de ser, distinguem-se neles a causa e o
48
efeito, a origem e o fim, enquanto que os atos do segundo não se podem explicar,
porque um louco é incapaz de discernir a causa e o que o leva a realizá-los.
1. Pois bem! Se Deus criou sem motivo, sem fim, procedeu como um louco.
2. E, neste caso, a criação aparece-nos como um ato de demência.
O resumo e conclusão desta prova da inexistência de Deus são muito simples por que.
Porque Deus tomou a decisão em um momento específico para criar os mundos
existentes com nós em um deles? Qual foi o motivo?
1. Porque devia fazê-lo assim. Certamente, Deus tinha uma razão convincente (e
quase obrigatória) para criar o universo. Se isso for verdade, então Deus estava
simplesmente obedecendo a um parâmetro ou lei préviamente estabelecida
tornando-se um mero executor de ordens, por isso não faz sentido considerá-lo
como poderoso e livre. O mesmo acontece no exemplo de "leis naturais". A
essência de Deus o impede de obedecer a uma medida ou lei anterior a Ele.
2. Deus fez o universo e os seres humanos simplesmente por decisão própria,
porque desejava assim e por um mero desejo. O que equivale a dizer de forma
coloquialual "Deus criou o universo porque lhe deu na telha e sem nenhuma
razão”... Existe realmente alguém que realmente acredita que esta é uma
resposta adequada a um Deus perfeito? É o reflexo de um Deus caprichoso,
volúvel e leviano. De um ser irracional.
Alguns crentes dizem que Deus criou o homem, a fim de receber a adoração pelo ser
humano... Pior ainda! Um Deus que "necessita" que o adorem e lhe rendam
reverência, e que cria seres para fazê-lo... E se essas criações decidem não adorá-lo
como ele quer simplesmente as destroi.
Para acabar com o Deus da Criação, parece essencial examinar duas objeções. Você
pode pensar que as objeções abundam, por isso, quando falo de duas objeções, quero
me referir a duas que são clássicas. Estas acusações têm tanto mais importância
quanto o que se pode, com habilidade na discussão, englobar todas as outras nestas
duas.
Se me dizem:
49
"Você não tem direito de falar de Deus da forma como faz. Não nos apresenta senão
uma caricatura de Deus, sistematicamente ás reduzidas proporções de pequenez do
seu entendimento. Esse Deus não é o nosso. O nosso você não pode concebo-lo, pois
é superior a você, pois você não O conhece. Saiba que o que é fabuloso ao home mais
forte e mais inteligente em todos os ramos do conhecimento, é para deus um simples
jogo de crianças. Não se esqueça de que a humanidade não pode mover-se no mesmo
plano da divindade. Não perca de vista de que é tão impossível ao homem
compreender a maneira como deus procede, como aos minerais imaginar como vivem
os vegetais, como aos vegetais imaginar o desenvolvimento dos minerais e aos
animais saber como vivem e agem os seres humanos.
Deus ocupa umas alturas às que você é incapaz de chegar, habita montanhas
inacessíveis para você. Saiba que qualquer que seja o grau de desenvolvimento de
uma inteligência humana, por maiores e intensos que sejam os esforços realizados
por esta inteligência, jamais poderá se elevar à altura de Deus.
Não quero vos fazer a injuria, senhores teístas, de acreditar que sustentais uma
extravagância tão banal. Assim, pois, tende a modéstia e a lealdade de confessar que,
se a mim me é impossível compreender e explicar Deus, vós tropeçais no mesmo
obstáculo.
50
Tende, enfim, a probidade de reconhecer que:
1. Se eu não posso conceber nem explicar Deus, não o podendo, portanto, negar.
2. Não vos é permitido concebê-lo e não tendes, por consequência, o direito de
afirmá-lo.
Não julgueis, no entanto, que, por causa disto, ficamos na mesma situação que antes.
Foste vós que, primeiramente, afirmastes a existência de Deus; deveis, pois, ser os
primeiros a pôr de parte vossas afirmações.
1. Sonharia eu, alguma vez, com negar a existência de Deus, se vós não tivésseis
começado a afirmá-la?
2. E se, quando eu era criança, não me tivessem imposto a necessidade de
acreditar nele?
3. E se, quando adulto, não tivesse ouvido afirmações nesse sentido?
4. E se, quando homem, os meus olhos não tivessem constantemente
contemplado os templos elevados a esse Deus?
52
À segunda proposição, “ora, o Universo é um efeito”, falta-lhe uma condição
indispensável: a exatidão. Por consequência, o famoso silogismo não vale nada.
Acrescento ainda que, no caso em que esta segunda proposição fosse exata, faltaria
estabelecer, para que a conclusão fosse aceitável, que o Universo é o efeito de uma
Causa única, da Causa primeira, de uma Causa sem Causa, de uma Causa eterna.
Espero tranquilamente esta demonstração, porque embora muitos tenham tentado,
não conseguiram; é também uma demonstração, da qual se pode afirmar, sem receio,
que jamais poderá se estabelecer de uma forma séria, positiva e científica. Por último:
admitindo que o silogismo fosse irrepreensível, ele poderia voltar-se facilmente contra
a tese do Deus-Criador, colocando-se a favor da minha demonstração.
Mas não vos entusiasmeis, teístas; escutai-me, porque ainda não triunfastes.
Se for evidente que não há efeito sem causa, é também rigorosamente exato que não
há causa sem efeito. Não há, não pode haver causa sem efeito. Quem diz causa, diz
efeito. A ideia de causa implica necessariamente e chama a ideia de efeito. Porque
uma causa sem efeito seria uma causa do nada, o que seria tão absurdo quanto o
efeito do nada. Que fique, pois, bem entendido: não há causa sem efeito. Vós,
afirmais, enfim, que o Universo-efeito tem Deus como causa. Em sentido inverso,
podemos afirmar que a causa-Deus tem por efeito o Universo. Do que resulta
impossível separar o efeito da causa e vice-versa. Desta afirmação concluo que tanto
o Universo-Efeito como o Deus-causa são igualmente eternos. Se pudesse ser de
outro modo, quer dizer, se o Universo tivesse começado, durante os milhares e
milhares de séculos que, talvez, precederam a criação, Deus teria sido durante todo
esse tempo uma causa sem efeito, o que é impossível; uma causa de nada, o que
seria absurdo.
Deus está sempre conosco, nos vendo, nos observando, olhando por nós, ostentando
seu status de Onipresente, Deus está sempre ali para ouvir nossos problemas,
intervir, corrigir, guiar, orientar e tantas coisas para conseguir que os seres humanos
que escolheram acreditar e confiar nele tenha uma vida plena e feliz. Definitivamente,
Deus é o nosso governante supremo. O presidente vitalício e perpétuo.
Lembre-se que Deus é perfeito e as suas criações também deveriam ser. Nenhum
crente sensato seria tonto de pensar que Deus criou o mundo, sabendo que,
eventualmente, seria imperfeito. Independentemente se ele era perfeito no começo e
depois se desequilibrou por causa de homem é certo que Deus estava ciente de que
essas "falhas" ocorreriam. Ou talvez Deus criasse o universo e os homens apenas
para satisfazer seu desejo de megalomania, ganância pelo poder e despotismo?
54
Talvez Deus já tivesse planejado tudo isso. É provável que Deus criasse um mundo
"danificado" a fim de entreter-se, divertindo-se com ele para matar o ócio das
eternidades.
Falemos somente das religiões de nossos dias. Segundo os cálculos mais bem
fundados, há, presentemente, oitocentas religiões, que disputam entre si o império
dos mil e seiscentos milhões de consciências que povoam o nosso planeta. Não há
dúvida de que cada um reivindica o privilégio que só o seu Deus é o verdadeiro,
autêntico, incontestável, o único e que todos os outros deuses são deuses de mentira,
falsos deuses, deuses de contrabando e de má qualidade, e que é um trabalho
piedoso esmagá-los. A isto, acrescento que se em vez de oitocentas religiões, não
houvesse senão cem ou dez, ou duas, o meu argumento teria o mesmo valor.
Pois bem, afirmo novamente que a multiplicidade destes Deuses atesta que não existe
nenhum, porque ao mesmo tempo certifica que Deus não é todo-poderoso nem
sumamente justo. Se fosse poderoso conseguiria falar a todos os indivíduos com a
mesma facilidade com que falou isoladamente a uns poucos. Ter-se-ia mostrado, ter-
se-ia revelado a todos sem empregar mais esforços do que o que empregou para se
apresentar a poucos. Um homem – qualquer que seja – não pode mostrar-se nem
falar senão a um número reduzido de indivíduos: os seus órgãos vocais têm uma
resistência que não pode exceder certos limites. Mas Deus… Deus pode falar a todos
os indivíduos – por maior que seja o número – com a mesma facilidade que falaria a
uns poucos. Quando se eleva, a voz de Deus pode e deve repercutir nos quatro
pontos cardeais! O verbo divino não conhece distâncias nem obstáculos. Atravessa os
oceanos, escala as alturas, franqueia os espaços, sem a menor dificuldade. E visto
que ele quis – a religião o afirma – falar com os homens, revelar-se lhes, confiar-lhes
os seus desígnios, indicar-lhes a sua vontade, fazer-lhes conhecer a sua lei, bem que
poderia fazê-lo a todos e não a um punhado de privilegiados. Mas não foi o caso
desde que alguns ignoram, outros negam e outros, enfim, estabelecem comparações
entre uns e outros deuses. E nestas condições, não é sensato pensar que ele não
falou com ninguém e que as múltiplas revelações atribuídas a ele são todas falsas, ou
ainda mais, que se falou apenas a alguns poucos foi porque era incapaz de falar a
todos? Sendo assim, eu acuso-o de impotência. E se não quiserdes que o acuse de
impotência, acuso-o de injustiça.
55
1. Que pensar, de um Deus que se mostra a um reduzido número e que se
esconde dos outros?
2. Que pensar de um Deus que fala para uns e que, para outros, guarda o mais
profundo silêncio?
Não esqueçais que os representantes desse Deus afirmam que ele é o pai de todos: e
que todos somos também os filhos amados do pai que reina lá em cima, nos céus.
1. Pois, muito bem, que pensais desse pai que, exuberante de ternuras para
alguns privilegiados, revelando-se lhes a eles, lhes evita as angustias da
dúvida, as torturas da vacilação enquanto voluntariamente condena a imensa
maioria de seus filhos aos tormentos da incerteza?
2. Que pensais desse pai que, no meio de seu esplendor de Majestade, se mostra
a uma parte de seus filhos, enquanto que, para a outra, fica envolto nas mais
profundas trevas?
3. Que pensais desse pai que, exigindo de seus filhos a prática de um culto, lhe
renda respeito e adorações, e chama só alguns deles para escutarem a sua
verdadeira palavra, enquanto que, deliberadamente, nega aos demais esta
sorte, este favor?
Se julgardes que este pai é justo e bom, não vos surpreendas com a minha opinião,
que é muito diferente:
A multiplicidade de religiões proclama que a Deus faltou poder ou justiça. Ora, Deus
deve ser infinitamente poderoso e infinitamente justo – são os religiosos que o
afirmam. E se lhe falta um destes dois atributos – poder ou justiça – não é perfeito:
não sendo perfeito, não tem razão de ser, não existe.
A multiplicidade dos Deuses e das religiões demonstra que não existe nenhum deles.
É muito importante este argumento contra a existência de Deus porque afeta quase
todas as suas qualidades:
1. Onisciente: Deus sabe que há milhares de falsos Deuses e religiões. Deus sabe
tudo.
2. Onipresente: Deus está ou pode estar em todos os lugares.
3. Todo poderoso: Deus pode fazer tudo. Se deus desejasse poderia falar de
forma clara a todos e a cada um dos seres humanos que povoam a Terra para
deixar claro a sua existência e a falsidade do resto dos Deuses. Não há limites
para seu poder.
4. Justiça: Deus é infinitamente justo. Deus deveria falar com todos os seres
humanos e não só com uns poucos privilegiados.
5. Sabedoria infinita: Deus é superlativamente sábio e inteligente; deveria
compreender e solucionar todo esse assunto para evitar confusões e mal
entendidos.
Amigo crente, Como você sabe que o Deus que adora é o verdadeiro? Como pode
estar seguro disso?
Vejamos que responderia um crente comum ao responder a pergunta sobre qual Deus
é o verdadeiro, já que sabemos que existe uma infinidade de deuses modernos e
ainda “ativos” e deuses já caducos.
Como quer que ele seja chamado, Deus é um só, apenas com nomes diferentes.
________
Eu acredito que é um mesmo Deus, com nomes diferentes para criar fé em diferentes
culturas. Portanto, não importa, porque de acordo com o que eu acredito, todos esses
nomes são verdadeiros:)
________
Olha, eu sou um evangélico e eu acho que o único deus é Deus
________
Simplesmente "Deus Pai" porque ele é realmente assim, e nos voltamos a Ele, como
uma criatura diante de seu pai, Deus ama todo o simples, eu sou católico e a oração
que Jesus ensinou-nos começa com o "Pai Nosso que estais no céu .." também ao
chama-lo de Deus Pai não fazemos acepção de religiões, não há diferença entre
muçulmanos, judeus, protestantes, etc, e seria como nos unirmos todos como Deus
quer ao chamá-lo de "Pai", saudações e bênçãos em Cristo Jesus ¡¡¡¡¡¡¡ ¡¡¡¡¡¡¡
________
Olá, se você ler a Bíblia, como você diz, então você sabe que seu verdadeiro nome é
Jeová, o único e verdadeiro Deus, a Bíblia diz que ele é triuno (Deus Pai, Deus Filho e
Deus Espírito Santo), três distintos e um só Deus verdadeiro, Jesus Cristo (Deus Filho)
é o nosso salvador morreu na cruz por nossos pecados, se você reconhecê-lo e aceitá-
lo em seu coração, então você vai herdar a vida eterna, quer dizer, depois de deixar
este mundo, o Espírito Santo é ele que nos conforta e nos guia em toda a verdade,
quando Jesus subiu ao céu, vnos deixou para ele para nos orientar.
Fonte (s):
57
O melhor livro "A Bíblia"
________
Eu acho q como Mahatma q Deus é o mesmo, não importa o que você chamá-lo de
Manitou, curicaeri, chacrabarti, teotl,
Fonte (s):
Gandihi
________
Pois Deus tem muitos nomes, Javé, Jeová, Alá etc ...
Mas a Bíblia diz que quando se apresenta a Moisés;
EU SOU O QUE EU SOU
Uma vez que este seria o nome mais apropriado ...
Porque não só está criado dilema de saber se Deus existe ou não, porque supondo
que Deus existe, devemos perguntar quais dos muitos deuses é real e verdadeiro.
Portanto, a pergunta obrigatória volta a ser: amigo crente cristão, como você está tão
certo de que o Deus que ama que reza e pede a cada dia, que tem colocado a sua
confiança como uma criança é o Deus verdadeiro?
1. Deus podia – porque é livre – não nos ter criado; mas criou-nos.
2. Deus podia – porque é todo poderoso – ter-nos criado todos bons; mas criou-
nos bons e maus.
3. Deus podia – porque é bom – admitir-nos todos, após a morte, no seu Paraíso,
contentando-se, como castigo, com o tempo de sofrimento e atribulações que
passamos na Terra.
4. Deus podia, em suma – porque é justo – não admitir em seu Paraíso senão os
bons, recusando ali lugar aos perversos; mas, neste caso, deveria destruir
totalmente os maus com a morte, e jamais condená-lo aos sofrimentos do
58
Inferno. E isto porque quem pode criar, pode destruir; quem tem poder para
dar a vida, também tem o poder para tirá-la, para aniquilá-la.
Vejamos: vós não sois deuses. Vós não sois infinitamente bons, nem infinitamente
misericordiosos. Sem vos atribuir qualidades que não possuís, eu tenho a certeza de
que, se estivesse em vossas mãos – sem que isso vos exigisse um grande esforço, e
sem que, de aí, resultasse para nós algum prejuízo moral ou material – evitar a um
ser humano uma lágrima, uma dor, um sofrimento, eu tenho a certeza, repito, que o
faríeis imediatamente, sem vacilar nem titubear. E, todavia, vós não sois
infinitamente misericordiosos.
Sereis, por acaso, melhores e mais misericordiosos que o Deus dos cristãos?
Porque, enfim, o Inferno existe. A Igreja faz alarde dele: é a horrível visão, com a
ajuda da qual semeia o pavor no cérebro das crianças e dos velhos, e entre os pobres
de espírito e os medrosos; é o espectro que se instala na cabeceira dos moribundos,
na hora em que a morte lhes tira toda a coragem, toda a energia, toda a lucidez. Pois
bem, o Deus dos cristãos, esse Deus que dizem cheio de piedade, de perdão, de
indulgência, de bondade e de misericórdia, precipita para todo o sempre, uma parte
dos seus filhos, num antro de torturas as mais cruéis, e de suplícios os mais
horrendos.
Vós conheceis certamente estas palavras das escrituras: “Muitos serão os chamados,
mas poucos os eleitos”. Bem sem abusar de seu valor, estas palavras significam que o
número de salvos será ínfimo, enquanto que o número de condenados há de ser
considerável. Esta afirmação é de uma crueldade tão monstruosa que os teístas têm
procurado dar-lhe outro sentido. Mas pouco importa: se o Inferno existe, é evidente
que os condenados – muitos ou poucos – aí sofrerão os mais dolorosos tormentos.
Aos eleitos? –
Evidente que não.
Então?… Então, aparte dos eleitos e aparte dos condenados, não há senão Deus, não
pode haver senão ele.
59
É, pois, Deus, quem obtém benefícios aos sofrimentos dos condenados?
É, pois, ele, esse pai infinitamente bom, infinitamente misericordioso, que se
regozija sadicamente com as dores e que voluntariamente condena os seus
filhos?
Ah! Se isto é assim, esse Deus aparece-nos como carrasco mais feroz, como o
inquisidor mais implacável que se pode imaginar. O inferno prova que Deus não é
bom nem misericordioso – a existência de um Deus de bondade é incompatível com a
existência do inferno.
Pense novamente amigo crente cristão: Você não é Deus (eu tenho que lembrá-lo),
nem é todo-poderoso e infinitamente bom ou infinitamente sábio, mas com certeza se
lhe perguntasse se você gostaria que seu pior inimigo ou a pessoa mais má ou mal
intencionada do mundo sofresse um tormento eterno para sempre, eu tenho certeza
que você como um ser humano pensante, nobre e piedoso, não aceitaria. Agora
imagine aplicar esse castigo eterno para uma boa pessoa que quebra um dos
mandamentos de Deus, qualquer que seja, dizer "Ser ateu" (não crer em Deus), a
pessoa que se afirma ateia está a violar seguramente, nada menos que um grande
mandamento: "Amar a Deus sobre todas as coisas", porque de acordo com o seu
Deus que é todo amor e misericórdia, essa pessoa, não importa se é um cidadão
exemplar e respeitável, irá inevitavelmente ao inferno para sofrer o tormento eterno e
a dor eterna. Tenho certeza que você não gostaria desse destino para mim ou
qualquer dos meus colegas. Neste sentido, você é muito superior em bondade e
misericórdia, que o seu próprio Deus. Em outras palavras, você é mais perfeito que
Deus.
Claro, muitos dos crentes argumentam com a desculpa clássica e batida: "Nossa
mente não pode compreender o plano de Deus. Ele sabe por que faz as coisas dessa
maneira.” Nós já dissemos antes que SIM, se pode conhecer a mente e a vontade de
Deus. Não podemos passar a vida toda simplesmente atribuindo nossa ignorância às
barbaridades que (segundo a própria Bíblia) sabemos que Deus é capaz de fazer.
Um grande grupo de cristãos tem um conceito do inferno diferente do que a Bíblia diz.
Muitos não acreditam na existência literal do Inferno como um lugar de tormento
eterno, isso, obviamente, porque contradiz as características de bondade e
misericórdia de Deus. Protestantes chamados "Testemunhas de Jeová” dizem isso.
Segundo eles a punição para os pecadores após a morte e o julgamento é a total
escuridão, a morte eterna. O pecador é apenas "desligado". Uma espécie de "sono
sem sonhos." Este conceito de inferno é muito parecido com a ideia de que tem
alguns ateus sobre o que acontece após a morte (inclusive eu). Então... Qual é a
punição? Não ser capaz de desfrutar dos benefícios e da alegria que nos daria o
paraíso. Para mim, pessoalmente, isso não faz sentido, já que ao estar morto e sem
consciência não se pode estranhar ou desejar nada. Parece absurdo da mesma forma.
60
Muitos outros (como os entrevistados abaixo) têm a convicção de que o inferno que
os pecadores precisam passar é precisamente esta vida que vivemos agora na terra.
Que eu acho que é quase tão absurdo como no caso anterior, porque se isso fosse
verdade, tanto os bondosos quanto os maldosos iriam sofrer as punições do inferno,
então não faz sentido tentar ser bom se ele iria sofrer as mesmas sanções.
__________
Eu acredito em Jesus Cristo, e Ele disse que o inferno existia, mas disse que está
preparado para o diabo e seus anjos, não para nós. Mas, se decidimos não aceitar a
salvação que Deus nos dá por meio Dele, então iremos aquele lugar, mas não está
preparado para nós por Deus.
__________
claro que existe e a Bíblia o diz, mas há muitos que estão enganados pelo demônio
fazendo-lhes pensar que ele, o Diabo não existe, e muito menos o inferno
__________
__________
Aqui na terra, neste mesmo lugar de onde fazendo chegar essa mensagem, aí onde
você está e os outros: a cada dia alguém morre de fome a cada dia há uma guerra,
todos os dias há desastres. Todos os dias há seres humanos que exploram os seus
semelhantes, todos os dias de cada ano, de todos os tempos este é o inferno no qual
vivemos.
__________
Muitos dizem que o inferno não existe, ainda há religiões que negam, mas a verdade
é que segundo a Bíblia é um lugar real.
Aqueles que negam que são como os que te convidam às drogas, que te dizem: Não,
vai te acontecer nada e podes deixar quando quiser etc. a piada é que quando você
perceber estás metido até o pescoço e nem sequer pode ver uma saída e vai dizer,
porque você nunca escutei os que disseram que as drogas matam?
__________
61
O chamado "inferno" é um termo abstrato para definir a sepultura comum da
humanidade.
Usamos o "inferno" para indicar que as pessoas estão mortas, não pensam ou sofrem.
__________
Eu acredito em céu e inferno, mas o inferno não me motiva a ser bom, para mim o
inferno é lá para os pecadores Eu sou guiado pela palavra de Deus e da Igreja.
__________
3. Quem está agora no inferno? Agora, sofrem com esta situação, os homens que
morreram sem se arrepender de seus pecados e demônios. Entre os demônios se
conhece um particularmente malvado chamado de Satanás. Entre os condenados não
tem certeza do nome de ninguém, nem se sabe os nomes daqueles que estão no céu,
exceto os santos reconhecidos pela Igreja. Vários santos mencionar visões sagradas
de homens e demônios condenados no inferno, mas não dão nomes específicos.
5. Se Deus é bom e misericordioso, como existe inferno? Este tema tem sido muito
discutido.
* Deus quis que a liberdade humana fosse real, de modo que não dá no mesmo fazer
o bem ou o mal. As nossas decisões determinam nosso destino.
62
recebemos o sacramento da confissão. Estes meios de salvação custaram sua paixão
e morte na Cruz.
6. Poderia ser o inferno de duração limitada? Os Anjos tem uma vontade muito forte e
as suas decisões são finais. Por isto os diabos não podem se arrepender das decisões
do mal que fizeram. O mesmo acontece com as almas dos condenados: Após a morte
sua vontade é firmemente direcionada para o mal e não podem se arrepender.
Amigos cristãos, nós ateus não acreditamos no inferno ou qualquer lugar de tormento
eterno. A lógica e o senso comum nos impedem de ter essa crença estúpida. É claro
que gostaríamos que os criminosos e bandidos que povoam este mundo tivessem a
sua punição. Vemos com angustia e impotência como muitas pessoas de coração
perverso e comprovada maldade, vivendo por muitos anos em abundância e
completamente fora da lei, enquanto nós também comprovamos que pessoas boas
sofrem muitas dificuldades e muitos problemas para enfrentar a vida. É muito injusto,
e não há nada que garanta que os maus ao morrer recebam uma punição compatível
com seus crimes. E pensar que o inferno os espera é simplesmente o nosso desejo de
justiça ampliado. Qual seria a solução para isso? Infelizmente temos que confiar e
tentar melhorar os métodos da justiça humana, decisões mais rápidas e mais eficazes.
Infelizmente os nossos métodos de punição para os infratores da lei são a prisão, a
pena de morte (em partes) e até mesmo tortura... Cada uma delas com seus prós e
contras, e suas respectivas controvérsias.
É o problema do mal que me fornece material para o meu último argumento contra o
Deus-Governador, e, simultaneamente, para o meu primeiro argumento contra o
Deus-justiceiro.
Eu não digo que a existência do mal – mal físico e mal moral – seja incompatível com
a existência de Deus; o que digo é que é incompatível com o mal a existência de um
Deus infinitamente poderoso e infinitamente bom. O argumento é conhecido, ainda
que o não seja senão pelas múltiplas refutações – sempre impotentes – que se lhes
tem apresentado. Remontam-no a Epicuro. Tem, portanto, mais de vinte séculos de
existência: mas, por velho que seja, conserva ainda todo o seu vigor. Esse argumento
é o seguinte:
O mal existe. Todos os seres sensíveis conhecem o sofrimento. Deus, que tudo sabe,
não pode ignorá-lo. Pois bem, de duas, uma: Ou Deus quer suprimir o mal e não
pode; ou Deus pode suprimir o mal e não quer.
63
No primeiro caso, Deus pretendia suprimir o mal, porque era bom, porque
compartilhava das dores que nos aniquilam, porque participava dos sofrimentos que
suportamos. Ah! Se isso dependesse dele! O mal seria suprimido e a felicidade
reinaria sobre a Terra…
Mais uma vez diremos que Deus é bom, mas não pode suprimir o mal.
No segundo caso, Deus poderia suprimir o mal. Bastaria que quisesse para que
o mal fosse abolido. Ele é todo poderoso e não quer suprimir o mal; portanto,
não é infinitamente bom.
Aqui, Deus é todo poderoso, mas não é bom; lá, Deus é bom, mas não é todo
poderoso. Para admitir a existência de Deus, não basta que ele possua uma destas
perfeições: poder ou vontade. É indispensável que possua as duas.
Entendamo-nos: ao dizer nunca foi refutado quero dizer que, racionalmente, ninguém
ainda conseguiu refutar, embora tenham tentado isso muitas vezes. A tentativa de
refutação mais conhecida é esta:
Eu explico-me: façamos distinção entre o mal físico e o mal moral. O mal físico é a
doença, o sofrimento, o acidente, a velhice, com o seu cortejo de vícios e
enfermidades; é a morte, que indica perda de seres que amamos. Há crianças que
morrem dias depois de seu nascimento sem conhecer outra coisa além de um
sofrimento permanente. Há uma enorme multidão de seres humanos para quem a
vida não é mais do que uma longa série de dores e aflições: para os quais seria
preferível que não tivessem nascido. E na ordem natural, as epidemias, os
cataclismos, os incêndios, as secas, as inundações, as tempestades, a fome e toda
essa enormidade de trágicas fatalidades que originam a dor e a morte.
1. Quem ousará dizer que o homem é o responsável por este mal físico?
64
2. Quem não compreende que se Deus criou o Universo, dotando-o com as
formidáveis leis que o regem, o mal físico não é senão uma destas fatalidades
que resultam de um jogo normal das forças da natureza?
3. Quem não compreende que o autor responsável destas calamidades é, com
toda a certeza, quem criou o Universo e quem o governa?
Suponho que, sobre este ponto, não há contestação possível. Deus que governa o
Universo é o responsável pelo mal físico. Esta resposta seria suficiente, e, no entanto,
vou continuar. etendo mostrar que o mal moral é tão imputável a Deus quanto o mal
físico. Se Deus existe, foi ele que presidiu à organização do mundo físico.
Por consequência, o homem, vítima do mal moral, como do mal físico, não pode
ser responsável por um nem por outro.
Vamos, pois, ver agora na terceira e última série de argumento, o que tenho a dizer
sobre o mal moral. Para os Ateus este é o argumento a que mais aludimos nas nossas
discussões com os crentes, e por sua vez, é um dos argumentos que é mais dificil de
responder por aqueles que afirmam crer em Deus. A declaração do problema é
simples:
Êxodo 4:11
11.Disse-lhe o Senhor: “Quem deu boca ao homem? Quem o fez surdo ou mudo?
Quem lhe concede vista ou o torna cego? Não sou eu, o Senhor?”
Jó 30:23
65
23. Sei que me farás descer até a morte, ao lugar destinado a todos os viventes.
Jó 42:11
11. Então vieram ter com ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos
quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa; condoeram-se
dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; e cada um deles
lhe deu uma peça de dinheiro e um pendente de ouro.
Isaías 45:6-7
6.Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o poente, que fora de mim não
há outro; eu sou o Senhor, e não há outro. 7.Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço
a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.
Jeremias 18:11
11."Agora, portanto, diga ao povo de Judá e aos habitantes de Jerusalém: ‘Assim diz
o Senhor: Estou preparando uma desgraça e fazendo um plano contra vocês. Por isso,
converta-se cada um de seu mau procedimento e corrija a sua conduta e as suas
ações’.
Amós 3:6
6.Quando a trombeta toca na cidade, o povo não treme? Ocorre alguma desgraça na
cidade, sem que o SENHOR a tenha mandado?
Além disso, lembrem que Deus é o Criador de todas as coisas, TODAS, pois se me
dizes que Deus não criou o mal, então existiu algo que Deus não fez, isso, portanto,
quebrara a premissa de ser o criador de TUDO.Certo?
A fé nos dá a certeza de que Deus não permitiria o mal se não fizesse sair o bem do
próprio mal. Deus fez isso admiravelmente e com a morte e ressurreição de Cristo: de
fato, do maior mal moral, a morte de seu Filho, Deus trouxe o maior bem, a
glorificação de Cristo e a nossa redenção. (Catecismo da Igreja Católica, 311-314 #
324)
Certamente, Deus nos ama e nos ama muito, muito mais do que podemos imaginar,
porque Ele nos ama infinitamente. Mas acontece que às vezes acreditamos que Deus
não nos ama porque Ele não nos ama como nós acreditamos que ele deve nos amar.
Na realidade o que acontece é que estamos pensando a mesma coisa quando éramos
crianças e nossos pais não nos davam tudo o que queríamos e isso era motivo de
reclamações de nossa parte. Ou estamos agindo como quando nos proíbem alguma
coisa e não gostamos. Ou quando nos causavam uma dor necessária para curar uma
enfermidade: um medicamento desagradável, um tratamento doloroso etc.
Protestávamos contra essas coisas “más” que eram na realidade eram boas.
Deus é Pai também. E é um Pai amantíssimo que é infinitamente mais sábio do que
nossos pais terrenos. Só Ele sabe o que é melhor para nós. E às vezes as coisas que
consideramos "más" são o oposto: muito boas. Talvez muito melhor do que aquelas
que consideramos "boas".
Não podemos medir as coisas de Deus com medidas terrenas, mas como a medida da
eternidade. Deus sabe melhor do que nós. Se os nossos pais sabiam o que era mais
adequado a nós quando crianças, como não confiar que Deus é quem sabe do que
melhor convém a cada um de nós!
67
O problema é que os planos de Deus são em longo prazo, em muito longo prazo, são
para a eternidade. E queremos reduzir Deus ao nosso tempo que é muito curto,
curtíssimo. Queremos reduzir a Deus a esta vida terrena, que é muito curtinha,
quando comparada com a vida na eternidade.
Para entender, ainda que pouco os planos de Deus, devemos começar a ver a nossa
vida aqui na terra com os olhos da eternidade. Assim, talvez possamos começar a
compreender como os planos de Deus fazem sentido e como as coisas que nós
acreditamos "ruins" não são tão ruins, mas boas.
Como é difícil para nós aceitar o sofrimento, a doença! E no plano de Deus muita coisa
provém do sofrimento. Vejamos Jesus Cristo: o seu sofrimento nos trouxe a salvação.
Pela morte de Cristo todos temos direito a uma vida de felicidade completa e total por
toda a eternidade.
Com certeza não foi assim o começo. Deus não criou os seres humanos para o
sofrimento. Mas ao nos opormos a Deus pelo pecado entrou no mundo o sofrimento, a
morte e a doença. E Deus que é infinitamente bom, muda as coisas “más” em boas,
muda o sofrimento em lucro para a vida eterna.
O sofrimento é um mistério. Como qualquer mistério não pode ser explicado de forma
satisfatória. Só vamos entendê-lo depois desta vida. Lá na eternidade
compreenderemos os planos de Deus muito melhor do que agora. Enquanto isso,
confiamos em Deus. É Ele que sabe.
68
Terceira parte – contra o deus justiceiro
Se cada um de nós tivesse voz e voto para escolher, desde o nascimento, a saúde, a
força, a beleza, a inteligência, a coragem, a bondade, etc., seguramente que todos
estes benefícios teríamos nos outorgado. Cada um de nós seria, então, em resumo de
todas as perfeições, uma espécie de Deus em miniatura.
Na hipótese Deus, somos – visto que foi ele que nos criou – aquilo que ele quis que
fôssemos. Deus, ao ser livre, podia não nos ter criado. Ou podia ter-nos criado mais
perfeitos, já que ele é bom. Podia ter nos dotado de todos os dons físicos, morais e
intelectuais, virtuosos, bem comportados, excelentes, etc. porque é todo poderoso.
Pela terceira vez: Que somos nós? Somos o que Deus quis que fôssemos, visto que
ele criou-nos segundo o seu capricho e o seu gosto.
Não se pode dar outra resposta a esta pergunta admitindo-se que Deus existe e Ele
nos criou. Com efeito, foi Deus que nos deu os sentidos, as faculdades de
compreensão, a sensibilidade, os meios de perceber, de sentir, de raciocinar, de agir.
Ele previu e desejou determinar as nossas condições de vida; coordenou as nossas
necessidades, os nossos desejos, as nossas paixões, as nossas crenças, as nossas
esperanças, os nossos ódios, as nossas ternuras, as nossas aspirações. Ele concebeu
e preparou o meio em que vivemos, determinou todas as circunstâncias que, a cada
momento, movem a nossa vontade e determinam nossas ações.
Ele que não está sob a dependência de ninguém é eternamente livre; o que está um
pouco sob dependência de outro é um pouco escravo, só é livre pela diferença; o que
está muito sob a dependência de outro é muito escravo, e não é livre senão para o
resto; enfim, o que esta em absoluto sob a dependência de outro, é totalmente
escravo, não gozando de nenhuma liberdade.
69
O homem existe como escravo da vontade divina e, sua dependência é tanto
maior quanto mais longe está de seu Mestre.
Se Deus existe, só ele sabe, pode e quer, só ele é livre. O homem não sabe nada, não
pode nada, não vale nada, sua dependência é completa. Se Deus existe, ele é tudo –
o homem, nada.
Nós somos o que Deus quer que sejamos. Estamos sujeitos inteiramente à sua
vontade. Como o ditado popular: "Seja o que Deus quiser!" Sem dúvida, para o
crente, Deus é o guia e o motor da nossa vida até o ponto em que poderíamos ser
considerados seus marionetes ou brinquedos favoritos.
Ao escutar estas palavras, a maioria dos cristãos vai argumentar quase gritando: "Nós
não somos marionetes de Deus, temos livre arbítrio." Nós já conversamos sobre isso
de que o “homem decidiu seu destino" é uma completa contradição com onisciência
de Deus e com o nosso futuro que já foi escrito por ele desde sempre.
Se Deus fosse justo, todos os seres humanos seriam iguais. Embora se diga que
"somos todos iguais aos olhos de Deus", vemos que na prática não é assim, veja
como parece que Deus favorece alguns e, definitivamente, vira as costas para outros,
a tal ponto que com algumas pessoas honestas e visivelmente de bom coração,
parece que Deus perdeu o juízo e faz questão de proporcionar-lhes uma vida mais
dura e dolorosa.
Ainda vemos com espanto que em muitas ocasiões, muitos dos provados e
oficialmente "filhos de Deus" membros de religiões que dizem que seus membros são
"salvos", parece que Deus lhes coloca dificuldades levando-os a uma vida de
70
sofrimento e miséria. Às vezes, a sua fé e seu amor a Deus não parece ajudar a
tornar a vida mais alegre e feliz. E, ao contrário, os homens de reconhecida maldade
parecem ser recompensados com riqueza e felicidade até o fim de sua vida (lembrem-
se, muitos políticos e alguns presidentes de países conhecidos). O consolo desta
situação para o abnegado crente é "Deus vai lhes dar uma punição apropriada após a
morte." Que esperança mais ingênua!
Este é um mundo transitório. Estamos nele só para melhorarmos como ser humano e
como espírito que, em última análise é a essência. É um mundo de erros e habitado
por gente muito equivocada, entre as quais estamos nós, com mais ou menos erros
que os demais. O livre arbítrio torna possível enganar, ser hipócrita, mentiroso, etc.
Somos nós que fazemos nossa vida impossível e, em seguida queremos que deus
solucione tudo. Em primeiro lugar, se Deus aplicasse algum tipo de justiça, deveria
castigar alguns e Deus não castiga, se o fizesse quase todos seriam punidos e
ninguém é punido, pelo menos por Deus, e sim por nossos caprichos, imperfeições e
falta de e falta de fraternidade. A outra coisa é que o que temos de aperfeiçoar neste
mundo é o nosso espírito não nossa matéria.
Qualquer cristão sabe que a matéria é transitoria e o espírito permanece. Por último,
se Deus intervisse faria acepção entre uns e outros. Você me dirá que há muitos que
são maus. Sim precisamente, esta é uma das muitas oportunidades que lhes dá o
bem, se não a aproveitam seguem sendo responsáveis, aumentando o seu sofrimento
e prejudicando outras pessoas. Se a ti te tocou ser dos outros, dos que não fazem o
mal ou são justos e tratam de melhorar, bom para ti, está aproveitando esta vida e
semeando um futuro de pureza espiritual. E talvez os outros seres precisem mais de
ajuda do que a punição, pois só estão retardando em seu próprio desenvolvimento.
________________
Deus não decide por nós, nós criamos nosso destino com base em nossas
desisões.
Fuente(s): eu mesmo
________________
Deus é como um pai, ele deixa que seus filhos cometam seus próprios erros
para que assim aprendam com eles. Deus é justo e bom. É amor.
71
________________
Claro que sim, deus é amor, só que as vezes tem que castigar os filhos quando se
portam mal.
________________
________________
Amigo, SIM, Deus é justo e sua justiça é para sempre. E Deus fez uma criação pura e
justa para um homem que era espírito e era bom, mas o homem exigiu viver nas
condições que tu apresenta, portanto essas condições desastrosas de viver são as
condições que nós escolhemos. E que culpa tem Deus se alguns escolheram nascer
em berçs de outro e outros na miséria? Que culpa tem Deus das enfermidades, da
dor, da aflição e da morte? O presente m undo não representa em nada o mundo que
Deus criou para o homem viver. Quando chegamos neste mundo temos a opção de
buscar a Deus, mas desafortunadamente não o buscamos. ///QUE PODE FAZER DEUS
ALÉM DE VER COMO NOS DESTRUÍMOS? Ele tem uma solução/// Um mundo melhor e
este presente mundo será destruído com fogo, agora não será com ágoa, mas com
fogo e depois deus estabelecerá seu novo mundo com todas as pessoas de todas as
gerações que o buscaram e aceitaram/// Essa é a verdade.!!!
________________
Os que nascem com enfermidades são assim porque Deus quer e isso temos que
respeitar e cuidado para não dizer que são erros porque Deus não comete erros como
os deficientes. Os da áfrica estão assim por nossa culpa porque o mundo está mal
organizado com uns países tão ricos e outros tão pobres, porém não por culpa de
Deus e sim por culpa do pecado humano porque muitos só pensam em ter dinheiro (e
eu me incluo), comprar um carro, uma casa...sem parar para pensar que há pessoas
que não tem nem o que comer. Todas essas pessoas que vivem na rua não é por
injustiça de Deus, mas por milhares de motivos, mas não por culpa de Deus porque
Deus é amor. Isso de pessoas que vivem na rua é injustiça e eu não penso nunca que
é injustiça de deus. Recorda que Deus é amor e nunca nos dá carga que não podemos
suportar. Ainda que há coisa que não podemos entender como as pessoas que vivem
na rua lembra que NADA é por culpa de Deus, lembra que sua máxima expressão de
amor foi quando mataram seu fliho e pagou por nossos pecados. Deus nos ama e não
quer nada de mal para seus filhos amados. Saudações!
___________
A única coisa que te posso dizer é que quem se atreve a por em dúvida a justiça
divina, tem que pedir perdão por suas palavras já que se Deus não fosse justo este
mundo não funcionaria desta forma.
72
Agora leia um tipo de louvor ou um poema dedicado a Deus e a sua justiça infinita. Eu
imagino que para os fieis estas palavras são reveladores, brilhantes e gratificantes,
mas para mim e acho que para muitos incrédulos que nos fará esboçar um sorriso
eleve negação com a cabeça ao descobrir o absurdo do parágrafo e o absurdo de que
algumas pessoas o achem iluminador.
Deus é justo
Sabemos muito bem que segundo nosso comportamento só temos duas opções de
castigo/recompensa: paraíso ou inferno.
1. Porém Deus não pode e não deveria castigar-nos por nossos atos já que,
segundo o que sabemos de Deus, tudo o que ocorre é simplesmente sua
vontade.
2. Deus não deveria nos castigar se simplesmente cumprimos o que ele quer que
façamos, assim como seria injusto se nos premiasse por fazer o que ele já sabe
que faríamos (tudo isso de acordo com a sua qualidade de ONISCIENTE).
3. Portanto isso de recompensas e castigos é uma falácia vulgar ou uma piada de
mau gosto de Deus.
Amigo crente, DEUS NÃO PODER SER AO MESMO TEMPO JUSTO, BONDOSO E TODO
PODEROSO, já que essas características ou bem se contradizem de maneira
fulminante ou, se são certas, todos os seres humanos viveriam em um mundo onde
as coisas boas e más seriam distribuídas igualmente entre todos. A amarga realidade
73
da vida nos faz refletir sobre se essas qualidades que deus alega possuir as têm todas
ao mesmo tempo.
Pois bem, Deus, distribuindo o Céu e o Inferno, finge conhecer esta regra e
viola-a.
Qualquer que seja o mérito do homem, esse mérito é limitado (como é o próprio
homem); e, no entanto, a sanção da recompensa não o é: o Céu não tem limites,
ainda que não seja apenas pelo seu caráter de perpetuidade. Qualquer que seja a
culpabilidade do homem, esta culpabilidade é limitada (como é o próprio homem); e,
no entanto, o seu castigo não o é: o Inferno o é: o Inferno é ilimitado, julgado seu
caráter de perpetuidade.
Logo, não existe relação entre o mérito e a recompensa, e há uma desproporção entre
o castigo e a falta: já que o mérito e a falta são LIMITADOS, enquanto que a
recompensa e o castigo são ILIMITADOS. Desproporção sempre.
Recapitulação
74
Não percais de vista que eu não me propus dar-vos um sistema do Universo que
tornasse inútil todo o recurso à hipótese de uma Força sobrenatural, de uma Energia
ou de uma Potência extra mundo, de um Princípio superior ou anterior do Universo.
Tive a lealdade, como era o meu dever, de vos dizer com toda a franqueza:
apresentado assim, o problema não admite, dentro dos conhecimentos humanos,
nenhuma solução definitiva; e que a única atitude que convém aos princípios
refletidos e razoáveis é a expectativa.
O Deus que eu quis negar e do qual posso dizer que neguei a possibilidade é o Deus,
é o Deus das religiões, o Deus Criador, Governador e Justiceiro, o Deus infinitamente
sábio, poderoso, justo e bom, que os padres e os pastores se jactam de representar
na Terra e que tentam impor a sua veneração. Não há, não pode haver equívoco. E
este Deus que é preciso defender dos meus ataques. Toda a discussão sobre outro
terreno – e previno-vos disto, porque é necessário que vos ponhais em guarda contra
as insídias do adversário – será apenas uma diversão, e, ainda mais: a prova provada
de que o Deus das religiões não pode ser defendido nem justificado. Provei que Deus,
como criador, é inadmissível, imperfeito, inexplicável; estabeleci que Deus, como
governador, é inútil, impotente, cruel, odioso, despótico; demonstrei que Deus, como
justiceiro, é um magistrado indigno, pois que viola as regras essenciais da mais
elementar equidade.
Conclusão
Tal é, portanto, o Deus que, desde tempos imemoriais, nos têm ensinado e que ainda
hoje se ensina às crianças, tanto nas escolas como nos lares. E que de crimes se tem
cometido em nome dele! Que de ódios, guerras, calamidades tem sido furiosamente
desencadeados pelos seus representantes! Esse Deus que de tanto sofrimento tem
sido a causa! E quanto mal provoca ainda hoje!
Não chegará jamais o dia em que, deixando de crer na justiça eterna, nas suas
sentenças imaginárias, nas suas recompensas problemáticas, os seres humanos
começam a trabalhar com um ardor infatigável pelo vento de uma justiça imediata,
positiva e fraternal sobre a Terra? Não soará jamais a hora em que, desiludidos das
consolações e das esperanças falazes que lhes sugere a crença de um paraíso
compensador, os seres humanos comecem a fazer do nosso planeta o Éden de
abundância, de paz e de liberdade, cujas portas estejam fraternalmente abertas para
todos?
Há muito tempo que o contrato social é inspirado num Deus sem justiça, como há
muito tempo que ele se inspira numa justiça sem Deus. Há muito tempo que as
relações entre os países e os indivíduos dimanam num Deus sem filosofia, como há
muito tempo que elas dimanam uma filosofia sem Deus. Há muitos séculos que
monarcas, governos, castas, padres, condutores do povo e diretores de consciências,
75
tratam a humanidade como um vil rebanho de cordeiros, para, em último lugar,
serem esfolados, devorados, atirados ao matadouro.
Levanta-te homem! E, direito, altivo, declara guerra implacável a Deus que, há tanto
tempo, impõe aos teus irmãos e a ti próprio uma veneração embrutecedora!
A justiça humana é muito clara com respeito às magnitudes das transgressões às leis.
“Equidade”. Tratar de que o infrator pague as consequências dos seus atos com um
castigo equivalente. Daí que um simples roubo poderia nos custar um par de anos na
prisão e um assassinato uma pena muitíssimo maior. Claro que a dimensão e dureza
do castigo dependerão do país e da cultura que o aplique. Alguns nos parecerão
extremamente rigorosos e outros brandos. Porém em termos gerais são equivalentes
ao delito cometido.
76
No nível de Deus não funciona assim. Para Deus, que em teoria é infinitamente justo,
todos os delitos tem o mesmo castigo, o “inferno” ou a pena correspondente. Dou um
exemplo: a pessoa pode ter sido um excelente ser humano, inclusive um cristão
exemplar, porém se antes de morrer incorre em algum “delito” Bíblico menor e não se
arrepende, irá seguramente ao inferno sem importar a insignificância da infração.
Ou um ateu decente, como a grande maioria. Um ateu que levou uma vida exemplar,
inatacável de qualquer ponto de vista, cujo único delito, que o levará ao inferno, é não
crer em um ser que a todas as luzes é irracional e de existência improvável.
Alguns crentes defendem que Deus planejou uma forma de limpar os pecados
pequenos antes de entrar no paraíso. Disso surge o conceito católico de purgatório.
O que é o purgatório?
1. A Igreja Católica ensina que há um lugar para onde as pessoas vão depois da
morte e que não é o céu nem o inferno. Eles chamam de purgatório. É para os
que não são suficientemente maus para o inferno e nem suficientemente bons
para o céu.
2. Sem dúvida é uma maneira prática e ingênua de resolver este problema. Então
cometamos pecados, para isso existe o purgatório!
3. Claro que deveria existir uma lista de pecados que são lavados no purgatório e
quais dariam uma condenação eterna.
4. Isso seria muito útil para esses crentes que dizem que não cometem pecado
porque Deus os castigaria.
5. Inclusive afirmam que não matam só porque Deus os impede. A FAMOSA
MORAL BASEADA NA BÍBLIA.
77
6. Fica claro que o Deus cristão fundamenta seu doutrinamento em uma simples
palavra: “MEDO”.
7. Ou seja, seus seguidores ao cometer o mínimo pecado irão diretamente a um
castigo eterno. Isso não é mais que uma manipulação baseada no medo e no
terror.
8. Não só nos assustam com as crueldades eternas do castigo “post mortem”,
como com a possiblidade de irmos para lá por qualquer besteira.
9. Ao “Deus” e a seus líderes religiosos interessa manter-nos assustados para que
assim permaneçamos ligados e unidos à sua ideologia por toda a vida.
10.A verdade para mim e clara, tudo isso é uma bobagem ridícula, não existe
prova de nenhum lugar como o inferno (fora as que existem num livro velho e
arcaico).
Por isso prefiro não crer e basear meus atos na bondade e na ética inatas que
possuímos e desligar-me dessas crenças dantescas e absurdas que não fazem outra
coisa além de roubar a liberdade e desprezar a única e curta vida que temos. Prefiro
ser livre.
78
Sébastien Faure foi um destacado membro do movimento anarquista francês durante
meio século e um dos mais eficazes de todos os propagandistas anarquistas, apesar
de ser pouco conhecido fora da França.
Auguste Louis Sébastien Faure nasceu em 1858 em uma família católica de classe
media em Saint-Etienne (perto de Lyon no centro da França). Foi muito bem educado
em escolas jesuítas destinadas para o sacerdócio, porém depois da morte de seu pai
entrou no negocio de seguros. Depois do serviço militar, passou um ano na Inglaterra.
Casou-se e se mudou para Burdeos (no sudoeste da França). De imediato perdeu a fé
e se converteu em um socialista. Propôs-se, se sucesso, como candidato do Partido
Trabalhador (o marxista Partido dos Trabalhadores) em Gironde nas eleições de 1885,
porém sob a influência de Peter Kropotkin, Élisée Reclus e Joseph Tortelier, mudou
para o anarquismo.
Ele nunca pretendeu ser um pensador original, mas foi um divulgador efetivo das
ideias dos outros. Tomou uma linha moderada no movimento, e defendeu uma
abordagem eclética, que buscava unir todas as tendências. Ele não estava convencido
do novo movimento sindical em fins 1890, mas foi um ativo sindicalista. Não era um
individualista, mas levou a sério o individualismo. Não apoiava métodos violentos,
mas simpatizava com aqueles que os usavam. Ele não era um simples teórico de
poltrona, foi dos mais procurados, detido, processado e ocasionalmente, encarcerado
por suas atividades.
No início, era intimamente associado com Louise Michel, mas logo se tornou uma
figura importante por seu próprio mérito, e um dos mais conhecidos anarquistas no
país. Em 1894 ele foi um dos acusados no "Julgamento dos trinta", quando as
autoridades francesas tentaram, sem sucesso, suprimir o movimento anarquista no
relacionamento de seus líderes em conspirações criminosas, e foi absolvido. Esteve
envolvido em vários jornais em diversas ocasiões, em várias partes da França, o mais
importante dos quais era "Le Libertaire" (O Libertário), que começou com Louise
Michel, em novembro de 1895 e foi publicada uma vez por semana até Junho de
1914. Foi ativo no movimento de Dreyfusard em substituição ao "Le Libertaire" com o
jornal “Diário do Povo” em 1899. Ele também produziu "Le Quotidien" (O Diário), em
Lyon, em 1901-1902. Desde 1903 era um ativista do movimento de controle da
natalidade. De 1904-1917 trabalhou em uma escola liberal chamada La Ruche (A
Colméia), em Rambouillet (perto de Paris).
79
Toda a obra, que contém cerca de 3.000 páginas, consistiu em uma referencia geral
alfabética com a colaboração dos principais escritores anarquistas de todo o mundo.
Faure foi o editor-chefe, e também o autor de muitos dos artigos mais importantes. O
folheto “Douze preuves de l'inexistencia de Dieu”, ("Doze provas da inexistência de
Deus"), que está baseado em conferências que deu em muitas ocasiões, se publicou
pela primeira vez em Paris em 1914. Foi reimpresso com frequência, também
traduzido em varias ocasiões. Justo antes de sua morte, uma tradução de Aurora
Alleva y DS Menico foi publicada nos Estados Unidos como Existe Deus? Ele foi um
adversário moderado da Primeira Guerra Mundial, e lançou um manifesto Vers la Paix
(Rumo a Paz), em finais de1914. Produziu um semanário de esquerda, o "Ce qu'il faut
dire" abril 1916 a dezembro de 1917. Em 1918 e 1921, ele foi brevemente preso por
delitos sexuais por envolvimentos com jovens, isto o prejudicou, mas não destruiu sua
carreira.
Após a guerra ele reviveu o "Le Libertaire", que durou de 1919-1939. Em 1921, ele
liderou um movimento anarquista francês reacionário contra a ditadura comunista de
crescimento da União Soviética. Em janeiro de 1922 ele começou a "La Revue O
Anarquista", revista mensal líder no movimento anarquista francês entre as duas
guerras mundiais. Na década de 1920 se opôs ao sectarismo, tanto dos plataformistas
autoritários como de seus críticos, e defendeu o que chamou de um “anarquista de
síntese”, em que o individualismo, o comunismo libertário e o anarco-sindicalismo
poderiam coexistir. Em 1927 ele liderou a secessão da União Anarquista nacional, e
em 1928 ajudou a fundar a Associação de Anarquistas Federais e iniciar seu trabalho,
"La Voix Libertaire", que durou de 1928-1939. Reconciliou-se com a organização
nacional e "Le Libertaire" em 1934. Durante a década de 1930 participou do
movimento pela paz como um membro proeminente da Liga Internacional de
Combatentes pela Paz. Em 1940 ele fugiu da guerra para Royan (perto de Bordéus),
onde morreu em 1942. Além dos inúmeros artigos e palestras (muitos dos quais
foram impressos como panfletos e alguns dos quais foram recompilados como livros),
e várias folhetos anarquistas e ateus, seu trabalho principal foi uma trilogia ambicioso
de livros “La Douleur universelle: Filosofia Libertaire”, uma peça sobre os problemas
causados pela autoridade, que foi publicado em 1895; “Medicastres: Libertaire
Philosophie”, um relato das falsas soluções para os problemas causados pela
autoridade, que não foi publicado, e “Communisme Mon: Le bonheur universel”, um
relato romanceado da revolução libertária, que foi publicado em 1921. Em 1923 ele
80
publicou “L'religieuse Impostura” (A enganação religiosa), um grande ataque à
religião (uma edição revista surgiu em 1948). Em 1926 começou seu projeto mais
ambicioso: A preparação da Enciclopédia Anarquista, uma das publicações liberais e
mais valiosa e impressionante já produzido. Este surgiu em 1927 como uma série de
peças separadas e depois em 1932 em um conjunto de volumes maciços. Todo o
trabalho, que contém quase 3.000 páginas, consistiu de uma referência geral em
ordem alfabética com a colaboração dos principais escritores anarquistas de todo o
mundo. Faure foi o editor-chefe, e também o autor de muitos dos itens mais
importantes. A brochura “Douze preuves de l'inexistência de Dieu” ("Doze provas da
inexistência de Deus"), que é baseado em palestras que proferiu em muitas ocasiões,
publicado pela primeira vez em Paris em 1914. Ele foi reimpresso e também traduzido
várias vezes. Pouco antes de sua morte, uma tradução de Aurora Alleva e Menico DS
foi publicada nos Estados Unidos como “Deus existe”?
Fontes:
http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
Obra de Faure
http://rapidshare.com/#!download|871tl|425684828|Faure__Sebastian_-
_12_Pruebas_de_la_inexistencia_de_Dios.pdf|285
http://recollectionbooks.com/bleed/Encyclopedia/FaureSebastien.htm
http://www.iniciatives.net/a/panteismo.htm
http://es.wikipedia.org/wiki/De%C3%ADsmo
http://filosofia.idoneos.com/index.php/Problemas_filosoficos/Qu%C3%A9_es_el_pante%C3%ADsmo%3F
http://es.wikipedia.org/wiki/Pante%C3%ADsmo
Bíblia Reyna Valera (espanhol)
Bíblia Católica
Outras Bíblias
http://www.bandoli.no
http://pt.wikipedia.org
81
4 - Advertências ao crente
1 - Ebooks recomendados
82
83
2 - Mais conteúdo recomendado
84
3 - Livros recomendados
85
312 páginas 304 páginas 136 páginas 480 páginas
"Su visión de la historia de la "En temas candentes como los De una manera didáctica, el “Se bem que o cristianismo
Iglesia no sólo no es del control demográfico, el uso profesor Karl Deschner nos esteja hoje à beira da
reverencial, sino que, por usar de anticonceptivos, la ofrece una visión crítica de bancarrota espiritual, segue
una expresión familiar, ‘no deja ordenación sacerdotal de las la doctrina de la Iglesia impregnando ainda
títere con cabeza’. Su sarcasmo mujeres y el celibato de los católica y de sus trasfondos decisivamente nossa moral
y su mordaz ironía serían sacerdotes, la iglesia sigue históricos. Desde la misma sexual, e as limitações formais
gratuitos si no fuese porque anclada en el pasado y existencia de Jesús, hasta la de nossa vida erótica
van de la mano del dato bloqueada en su rigidez polémica transmisión de los continuam sendo basicamente
elocuente y del argumento dogmática. ¿Por qué esa Evangelios, la instauración as mesmas que nos séculos XV
racional. La chispa de su estilo obstinación que atenta contra y significación de los ou V, na época de Lutero ou de
se nutre, por lo demás, de la la dignidad y la libertad de sacramentos o la supuesta Santo Agostinho. E isso nos
mejor tradición volteriana." millones de personas? El infalibilidad del Papa. afeta a todos no mundo
Anticatecismo ayuda ocidental, inclusive aos não
eficazmente a hallar respuesta cristãos ou aos anticristãos.
"Soy partidario de incluir a esa pregunta. Confluyen en Todos estos asuntos son Pois o que alguns pastores
en el plan de estudios una esta obra dos personalidades estudiados, puestos en nômadas de cabras pensaram
asignatura acerca de símbolos de vocación ilustradora y del duda y expuestas las há dois mil e quinhentos anos,
y mitos religiosos comparados. máximo relieve en lo que, conclusiones en una obra de continua determinando os
Historia de la religión, bueno, desde Voltaire, casi constituye rigor que, traducida a códigos oficiais desde a Europa
catequesis obligatoria, no. Y, si un Género literario propio: la numerosos idiomas, ha até a América; subsiste uma
se empeña usted, acepto que crítica de la iglesia y de todo venido a cuestionar los conexão tangível entre as ideas
se insista sobre todo en la dogmatismo obsesivamente orígenes, métodos y sobre a sexualidade dos
historia de la Iglesia cristiana y <salvífico>. Aparte de un razones de una de las profetas veterotestamentarios
católica. Propongo un libro de desbordante caudal de instituciones más poderosas ou de Paulo e os processos
texto: Opus Diaboli, del conocimientos históricos, del mundo: la Iglesia penais por conduta desonesta
estudioso alemán Karlheinz ambos autores aportan un católica. em Roma, Paris ou Nova York.”
Deschner, recién traducido al desenfado jovial que, en último
castellano en Editorial Yalde. término, tiene que ver con el
En él se brinda abundante atenazamiento de las Karlheinz Deschner.
documentación sobre la conciencias, con una tremenda
trayectoria eclesial en relación batalla de fondo contra ideas
con temas como la guerra, el nutricias de la democracia. En
dinero, la sexualidad, la suma: un balance total de la
tolerancia, etcétera. Y jugosas historia del pasado y del
reflexiones sobre la actividad presente de la iglesia que
política de los papas modernos, conjuga eficazmente la
desde León XIII hasta el turista brevedad, el rigor, la agudeza
de Cracovia que actualmente y la aportación de datos
disfrutamos. Si tal es el texto básicos."
elegido como manual, no veo
más que ventajas en convertir
la asignatura de religión en
obligatoria. Y aun para
adultos."
86
1 – (365 pg) Los orígenes, 2 - (294 pg) La época 3 - (297 pg) De la querella 4 - (263 pg) La Iglesia
desde el paleocristianismo patrística y la consolidación de Oriente hasta el final del antigua: Falsificaciones y
hasta el final de la era del primado de Roma periodo justiniano engaños
constantiniana
5 - (250 pg) La Iglesia 6 - (263 pg) Alta Edad 7 - (201 pg) Alta Edad 8 - (282 pg) Siglo IX: Desde
antigua: Lucha contra los Media: El siglo de los Media: El auge de la dinastía Luis el Piadoso hasta las
paganos y ocupaciones del merovingios carolingia primeras luchas contra los
poder sarracenos
Karl Heinrich Leopold Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em
Deschner Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o
processo com uma sólida argumentação, mas aquela
instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de
silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos
oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser
9 - (282 pg) Siglo X: publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e
Desde las invasiones Espanha, principalmente).
normandas hasta la
muerte de Otón III
87
414 páginas 639 páginas
LA BIBLIA DESENTERRADA EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII
Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo
del instituto de arqueología de la universidad de Universidad de Tel alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo
Aviv y co-responsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos explicar que firmara un Concordato con Hitler?
arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la
igualmente importantes contribuciones a los recientes datos Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo
arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el
(excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador
estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura.
cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se
cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a documentos
sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de desconocidos hasta ahora, encontró exactamente lo contrario de
Cisjordania. lo que buscaba: pruebas irrefutables de su antisemitismo y de su
responsabilidad en el estallido de las dos guerras mundiales.
Finkelstein y Neil Asher Silbermann (director histórico de el centro Lejos del sensacionalismo, esta devastadora biografía,
Ename de Bruxelas por la arqueología y la herencia publica) son los excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica de Pacelli
autores de Best Seller "La Biblia Desenterrada: una nueva visión con un impecable rigor, lo que hace aún más demoledoras sus
arqueológica del antiguo Israel y de los orígenes de sus textos conclusiones.
sagrados" y de "David y Salomón: en busca de los reyes sagrados
de la Biblia y de las raíces de la tradición occidental" El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel
de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo,
Es este un libro importante y de fácil lectura, así como el siguiente incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de
sobre David y Salomón. Los autores con los métodos científicos refutar.
que utiliza hoy día la arqueología, ponen de manifiesto que lo que
se cuenta en la Biblia nada tiene que ver con la realidad histórica.
Nunca se encontraron rastros de la existencia de Moisés y el éxodo
no es mas que una invención seguramente apoyada en las batallas
de tribus nómadas buscando territorio. Ninguna prueba tampoco de
la existencia de los reinos de David y Salomón, que debieron ser
unos reyezuelos sin gran importancia en el contexto histórico de la
época.
La Biblia, como los autores explican, fue creada por Josias hacia el
-600, para reunir los reinos de Israel y Juda y apoyándose en el
nacionalismo declarar una guerra que al fin perdieron.
88
513 páginas 326 páginas 391 páginas 198 páginas
En esta obra se describe a Santos e pecadores: história La Iglesia esconde y minimiza Originally published as a
algunos de los hombres que dos papas é um livro que em este tremendo problema, pero pamphlet in 1853, and
ocuparon el cargo de papa. nenhum momento soa no estamos ante algo puntual expanded to book length in
Entre los papas hubo un gran pretensioso. O subtítulo é sino ante la consecuencia de 1858, The Two Babylons seeks
número de hombres casados, explicado pelo autor no sus graves errores to demonstrate a connection
algunos de los cuales prefácio, que afirma não ter estructurales. En Pederastia en between the ancient
renunciaron a sus esposas e tido a intenção de soar la Iglesia católica se analiza y Babylonian mystery religions
hijos a cambio del cargo papal. absoluto. Não é a história dos denuncia, con solidez y dureza, and practices of the Roman
Muchos eran hijos de papas, mas sim, uma de suas la realidad, causas y efectos de Catholic Church. Often
sacerdotes, obispos y papas. histórias. Vale dizer que o livro la pederastia clerical, se controversial, yet always
Algunos eran bastardos, uno originou-se de uma série para cuantifica su dimensión, y se engaging, The Two Babylons
era viudo, otro un ex esclavo, a televisão, mas em nenhum muestra que la cúpula de la comes from an era when
varios eran asesinos, otros momento soa incompleto ou Iglesia, incluido el Papa, disciplines such as archeology
incrédulos, algunos eran deixa lacunas. mantiene una legislación and anthropology were in their
ermitaños, algunos herejes, canónica que obliga a encubrir infancy, and represents an
sadistas y sodomitas; muchos y perdonar los delitos del clero. early attempt to synthesize
se convirtieron en papas many of the findings of these
comprando el papado Seu título me deu a impressão, Pepe Rodríguez demuestra que areas and Biblical truth.
(simonía), y continuaron quando o li, que se tratava de encubrir esos delitos es una
durante sus días vendiendo uma espécie de enciclopédia, práctica cotidiana en las
objetos sagrados para forrarse contando sobre a vida dos diócesis católicas, aportando un
con el dinero, al menos uno era papas individualmente. Não gran número de casos bien
adorador de Satanás, algunos obstante, ao folhear o livro, significativos, con nombres y
fueron padres de hijos percebi que estava enganado. apellidos, de España, Francia,
ilegítimos, algunos eran No entanto, isso não foi motivo Italia, Alemania, Austria,
fornicarios y adúlteros en gran para que eu me decepcionasse. Polonia, Gran Bretaña, Irlanda,
escala... Eamon Duffy, católico Estados Unidos, México,
assumido, em nenhum Centroamérica, Costa Rica,
momento tenta adular os Puerto Rico, Colombia,
pontífices, tampouco tenta Argentina, Chile... Australia; y
fazer saltar aos olhos suas en su "decálogo de los prelados
falhas de caráter. Para não cair para el encubrimiento" aflora
na armadilha de deixar-se levar las vergonzosas maniobras que
por lendas e boatos de éstos realizan a fin de proteger
opositores de alguns papas, o al clero pederasta. Pero,
autor deixa de lado muitos aunque el objetivo del libro es
escândalos do papado, atendo- demostrar la inmoralidad del
se apenas àqueles aonde de gobierno de la Iglesia ante este
fato foi possível se comprovar problema, el autor no olvida lo
o que foi dito. fundamental, eso es, la
situación psicológica y social de
las víctimas y sus familiares,
aportando las recomendaciones
indispensables para poder
detectar y protegerse del clero
agresor.
89
576 páginas 380 páginas 38 páginas
First published in 1976, Paul La Biblia con fuentes reveladas An Atheist Classic! This Robert Ambelain, aunque
Johnson's exceptional study of (2003) es un libro del masterpiece, by the defensor de la historicidad
Christianity has been loved and erudito bíblico Richard
brilliant atheist Marshall de un Jesús de carne y
widely hailed for its intensive Elliott Friedman que se
research, writing, and ocupa del proceso por el
Gauvin is full of direct hueso, amplia en estas
magnitude. In a highly cual los cinco libros de la 'counter-dictions', historical líneas la descripción que
readable companion to books Torá (Pentateuco) llegaron evidence and testimony hace en anteriores
on faith and history, the a ser escritos. Friedman that, not only casts doubt, entregas de esta trilogía (
scholar and author Johnson has sigue las cuatro fuentes del but shatters the myth that Jesús o El Secreto Mortal
illuminated the Christian world modelo de la hipótesis there was, indeed, a 'Jesus de los Templarios y Los
and its fascinating history in a documentaria pero se
Christ', as Christians Secretos del Gólgota) de un
way that no other has. diferencia
significativamente del
assert. A dynamic and Jesús para nada acorde con
Johnson takes off in the year modelo S de Julius courageous, Free Thinking la descripción oficial de la
49 with his namesake the Wellhausen en varios Atheist dares to rip the iglesia sino a uno rebelde:
apostle Paul. Thus beginning an aspectos. Bible story of 'Jesus Christ' un zelote con aspiraciones
ambitious quest to paint the to shreds - using history, a monarca que fue
centuries since the founding of logic and common sense! mitificado e inventado, tal y
a little-known 'Jesus Sect', A En particular, Friedman está
de acuerdo con Wellhausen Gauvin will take you on a como se conoce
History of Christianity explores
to a great degree the evolution en la fecha del journey through history actualmente, por Paulo,
of the Western world. With an Deuteronomio (el tribunal and mercilessly expose the quién, según Ambelain,
unbiased and overall optimistic de Josías , c. 621 a.s.C. o difference between science, desconocía las leyes
tone, Johnson traces the 622), pero coloca a la which depends on reason, judaicas y dicha religión, y
fantastic scope of the fuente sacerdotal en la
observation, and quien además usó todos los
consequent sects of Christianity corte de Ezequías y su
secuencia de las fuentes por experience and religion, arquetipos de las religiones
and the people who followed
lo tanto son J (Jahvista), E which merely believes. If que sí conocía y en las que
them. Information drawn from
extensive and varied sources (Elohista), S (Sacerdotal) y you're looking for an alguna vez creyó (las
from around the world makes D (deuteronomista) . excellent, humorous, and griegas, romanas y persas)
this history as credible as it is Friedman, como no-nonsense work that will arropándose en los
reliable. Invaluable Wellhausen, ve una provide you with the conocimientos sobre
understanding of the redacción final en el tiempo
ammunition you need to judaísmo de personas
framework of modern de Esdras , c. 450 a.s.C.
refute the 'friends of the como Filón para crear a ese
Christianity - and its trials and
invisible son', then look no personaje. Este extrajo de
tribulations throughout history El núcleo del libro, teniendo
- has never before been
more! A must for every cada religión aquello que
casi 300 de sus casi 380
contained in such a captivating truth-seeker's library! Add atraería a las masas para
páginas en la edición de
work. bolsillo, es la traducción del
it to your collection today! así poder centralizar su
propio Friedman de los nueva religión en sí mismo
cinco libros del Pentateuco, como cabeza visible de una
en la que las cuatro fuentes jerarquía eclesiástica
más las contribuciones de totalmente nueva que no
los dos redactores (de la hacía frente directo al
fuente de JE combinada y
imperio pero si a quienes
las que más tarde usó el
redactor del documento
oprimían al pueblo
final) se indican valiéndose de la posición
tipográficamente. Las que les había concedido
secciones restantes dicho imperio (el consejo
incluyen una breve judío).
introducción que esboza la
tesis de Friedman, una
“recolección de pruebas”, y
una bibliografía.
90
391 páginas 639 páginas
PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE
PIO XII
En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos
por el clero o por cualquier otro, son tratados como ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío?
"delitos", no como "pecados", ya que en todos los ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo?
ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler?
tipifican como un delito penal las conductas sexuales con Preguntas como éstas comenzaron a formularse al
menores a las que nos vamos a referir. Y comete también finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la
un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos
encubre u ordena encubrir esos comportamientos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de
deplorables. Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell
Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la decidió investigar a fondo su figura.
violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone,
ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a
delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede documentos desconocidos hasta ahora, encontró
verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás exactamente lo contrario de lo que buscaba: pruebas
puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo irrefutables de su antisemitismo y de su responsabilidad
como un "pecado" al tiempo que se ignora en el estallido de las dos guerras mundiales. Lejos del
conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como sensacionalismo, esta devastadora biografía,
hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica
jurídico interno que le es propio, como desde la praxis de Pacelli con un impecable rigor, lo que hace aún más
cotidiana de sus prelados. demoledoras sus conclusiones.
La existencia de una cifra enorme de abusos sexuales
sobre menores dentro de la Iglesia católica es ya un hecho El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del
innegable, que no es puntual, ni esporádico, ni aislado, ni papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles
está bajo control, antes al contrario. Tampoco es, ni del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente
mucho menos, producto de una campaña emprendida difíciles de refutar.
contra la Iglesia por oscuros intereses. Los mayores
enemigos de la Iglesia, mejor dicho, del mensaje
evangélico que dicen representar, no deben buscarse en el
exterior, basta y sobra con los muchos que existen entre
su clero más granado. La pérdida de creyentes y de
credibilidad tan enorme que está afectando a la Iglesia
católica, desde hace algo más de un siglo, no obedece
tanto a la secularización de la sociedad como a los
gravísimos errores de una institución que ha perdido pie
en el mundo real.
91
A BÍBLIA DESENTERRADA – DOCUMENTÁRIO (espanhol)
OS PATRIARCAS – 1 OS REIS – 2
O ÊXODO – 3 O LIVRO - 4
92
4 - Fontes:
http://ateismoparacristianos.blogspot.com/
http://www.ateoyagnostico.com/
http://godisimaginary.com/
Bíblia Sagrada
About the Holy Bible by Robert Green Ingersoll (1894)
http://www.joaodefreitas.com.br/religiao.htm
http://www.xr.pro.br/CRIAXEVO/BIBLEXCIEN.HTML
Obra de Fauré
http://ateus.net/
http://pt.wikipedia.org
www.ceticismo.net
93