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Envelhecimento e planejamento do
ambiente construído: em busca de
um enfoque interdisciplinar
Aging and the design of the built environment: an
interdisciplinary approach
Sérgio Luiz Valente Tomasini*
Resumo
A população de idosos tem crescido o artigo procura discutir o potencial do
rapidamente em todo o mundo. Esse fe- método de planejamento denominado
nômeno é particularmente preocupante “design social” para produzir ambientes
junto aos países em desenvolvimento, mais adequados às reais necessidades
uma vez que a velocidade de cresci- de usuários idosos.
mento dessa população é bastante alta
se comparada à que ocorreu nos países Palavras-chave: envelhecimento, idosos,
desenvolvidos, que tiveram mais tempo gerontologia ambiental, ambiente cons-
para se preparar para o envelhecimento truído, design social.
de sua população. Dentre as inúmeras
preocupações relacionadas ao desafio de
proporcionar qualidade de vida adequa-
da a essa população, destaca-se aqui o
oferecimento de ambientes mais ade-
quados às reais necessidades dos idosos.
Nesse sentido, o presente artigo procura
apresentar reflexões sobre possíveis ba-
ses teóricas capazes de suportar inter-
venções para melhor adequar esse am-
biente às suas necessidades. Para isso,
reporta-se, inicialmente, à colaboração
da gerontologia ambiental como campo
de pesquisa dentro do enfoque geronto-
* Engenheiro-agrônomo, mestre em Engenharia Civi, dou-
lógico a se dedicar à compreensão das torando pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia
interações dos idosos com seus cenários Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
físicos e sociais. Sobre essas reflexões,
Recebido em nov. 2004 e avaliado em dez. 2004
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da psicologia, sociologia, serviço social e de ambientes mais inclusivos nas escolas
enfermagem; dez anos depois, começaram de engenharia e arquitetura e, também,
a surgir nas áreas de educação e educação o despertar dos profissionais das áreas
física. Em 89 apareceram pesquisas nas relacionadas para o grande potencial de
áreas de fonoaudiologia, comunicações e mercado representado pelo usuário idoso.
direito e, em 94, na área de administra- No entanto, a tarefa de projetar ambien-
ção. Por fim, no final da década de 90, o tes para usuários idosos ainda é tratada
leque se abriu ainda mais, encontrando-se de forma bastante superficial, visto que
estudos nas áreas de farmácia, engenharia as suas necessidades são quase sempre
de produção, lingüística aplicada, história comparadas e reduzidas às necessidades
e turismo. dos portadores de deficiência. Urge, por-
Se, por um lado, o trabalho de Golds- tanto, uma maior integração dessas áreas
tein (2002) revela um crescente interesse com outras mais tradicionais nos estudos
no âmbito das universidades e um consi- do envelhecimento e da velhice, a fim de
derável volume de resultados nacionais se atingir uma maior compreensão sobre
produzidos recentemente sobre os temas esses fenômenos e suas implicações para
envelhecimento e velhice, por outro, per- o projeto do ambiente construído.
mite questionar sobre o grau de integração Este artigo parte, portanto, do pres-
entre as diferentes áreas envolvidas nesses suposto de que essa integração depende
estudos, no sentido de se buscar a inter- de uma maior participação das áreas
disciplinaridade necessária ao enfoque relacionadas ao ambiente construído na
gerontológico. Citando as palavras de Doll construção do enfoque interdisciplinar da
(2004, p. 98), “o aspecto da interdiscipli- gerontologia. Por outro lado, acredita-se
naridade não é uma questão periférica que a pesquisa e a aplicação voltadas à
para a gerontologia, mas trata-se de um produção de ambientes mais adequados
dos seus fundamentos principais”. aos idosos podem ser profundamente
Essa preocupação é particularmente enriquecidas pela contribuição teórica
importante no que diz respeito às áreas da gerontologia, particularmente de uma
emergentes relacionadas ao estudo da ve- de suas linhas ainda pouco conhecida no
lhice e do envelhecimento com pouca tra- Brasil: a gerontologia ambiental. Dessa
dição na investigação desses temas. Den- forma, o artigo procura, em sua primeira
tre essas destacam-se aqui aquelas ligadas parte, apresentar a gerontologia ambiental
ao planejamento do ambiente construído, em seu histórico, abrangência, principais
foco do presente artigo. Nos últimos anos, preocupações e alguns fundamentos teóri-
a mídia tem veiculado, com bastante fre- cos. Na segunda parte, são feitas algumas
qüência, informações sobre adaptações discussões sobre as implicações das teorias
no ambiente construído (especialmente em gerontologia ambiental para o planeja-
nas edificações residenciais) para melhor mento do ambiente construído. Com base
atender às necessidades dos idosos. A vei- nessas discussões, o artigo procura refletir
culação de tais informações reflete o cres- sobre como um método de planejamento,
cimento das preocupações com a produção denominado “design social”, poderia vir
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ao encontro das teorias em gerontologia produziu uma série de traduções das prin-
ambiental a fim de gerar ambientes mais cipais descobertas da gerontologia para a
adequados às reais necessidades dos aplicação ao planejamento e ao design do
idosos. espaço construído.
Ao procurar delimitar o campo de
trabalho da gerontologia ambiental, Wahl
Gerontologia ambiental e Weisman (2003, p. 617) apontam os se-
A gerontologia ambiental é a área guintes tópicos de interesse da área:
da gerontologia que se concentra na • as possibilidades de moradia para
descrição, explicação e modificação (ou idosos em termos de composição da
otimização) das relações entre idosos e habitação, propriedades, padrões
seus contextos socioespaciais. Dessa for- de moradia, tempo de residência e
ma, desempenha um importante papel satisfação residencial;
dentro do empreendimento gerontológico • a natureza e o impacto de modifica-
ao explicitar considerações do ambiente ções no lar, incluindo tanto modelos
sociofísico1 na teoria e pesquisa sobre teóricos e diretrizes de planejamento
envelhecimento (WAHL e WEISMAN, necessários para reformular os lares
2003). como o escopo da institucionaliza-
Pode-se dizer que, dentro da evolução ção da velhice, desde aspectos como
da gerontologia, a gerontologia ambiental relocação até o design de unidades
teve seu nascimento em 1959, através da para idosos com demência ou outros
publicação do Handbook of Aging and the cenários especializados;
Individual, do qual um dos capítulos, es- • o papel das vizinhanças e sua influên-
crito por Kleeimer (1959, apud WAHL e cia nas oportunidades e limitações
WEISMAN, 2003, p. 618), trata especifi- para seus residentes, e também o lu-
camente das questões que envolvem as re- gar do envelhecimento numa ampla
lações entre o comportamento de idosos e perspectiva social e política.
os seus ambientes. Durante as décadas de Como conseqüência dessa diversidade
60 e 70 do século XX, a gerontologia am- de interesses, abordagens teóricas e estra-
biental passou por uma intensa atividade tégias de pesquisa empírica em gerontol-
em termos de produção teórica. Assim, em gia ambiental são desafiadas a trabalhar
1973, Lawton e Nahemow apresentaram em níveis de análise muito diferentes,
o modelo da “pressão competência”, que tanto em relação ao tipo de lugar e escala
se tornou um marco para os trabalhos de- de agregação social – do lar à vizinhança,
senvolvidos na área. Essa atividade teórica à cidade e à região rural, bem como do
atingiu seu auge na década de 80, quando indivíduo ao grupo, à organização –, como
Lawton, Windley e Byerts (1982, apud ao tipo de processo envolvido, tais como
WAHL e WEISMAN, 2003) publicaram a perceptivo, afetivo ou cognitivo (WAHL
obra Aging and the environment: theoretical e WEISMAN, 2003).
aproaches. Nesse mesmo período, Lawton A partir de uma pesquisa quantita-
(1980, apud WAHL e WEISMAN, 2003) tiva da produção de estudos empíricos
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em gerontologia ambiental entre 1989 e Sobre a produção de estudos durante
2000, Wahl e Weisman (2003) procuraram a década de 90, Whal e Weisman (2003),
identificar tendências quanto aos temas referem ainda que, nesse período, houve
estudados para a pesquisa na área no uma tendência ao maior desenvolvimento
início deste novo milênio. Para tanto, os de pesquisas em áreas mais aplicadas,
autores dividiram essa produção em três como a arquitetura e o design de interiores.
grandes temas que consideram clássicos De acordo com os autores, se, por um lado,
para os estudos de gerontologia ambien- essa produção resultou de uma preocupa-
tal: – o ambiente doméstico ou privado, ção geral da gerontologia ambiental em
os ambientes planejados (instituições) transformar a teoria em prática, por
e as decisões residenciais (referentes às outro, esteve muito pouco articulada à
opções de moradia, envolvendo mudanças teoria já existente, utilizando-a muito
de uma residência para outra, de uma pouco e contribuindo muito pouco para
residência para uma instituição, entre o seu incremento. A seguir, procura-se
instituições, ou, ainda, de instituições para apresentar a essência dessa teoria a fim de
residências). A evolução da produção nesse facilitar as discussões que serão feitas no
período para os três grandes temas citados título seguinte, o qual procurará explorar
pode ser visualizada na Figura 2, observan- possíveis relações entre a teoria existente
do-se que o interesse pelo tema “decisões com a tarefa de produzir ambientes mais
residenciais” teve um crescimento a partir adequados às necessidades dos idosos.
de 1993 e 1994. Verifica-se também uma
redução dos estudos relacionados aos
ambientes planejados, porém o interesse Teorias em gerontologia ambiental
sobre o ambiente doméstico ou privado Dentre os diversos modelos teóricos
parece ter sido recuperado entre 1995 e têm sido desenvolvidos com o intuito
1998, após ter sofrido um decréscimo nos de explicar as relações dos idosos com o
anos anteriores. ambiente destacam-se o modelo ecológico
e o modelo da congruência entre o idoso
e o ambiente. Ambos partem do princí-
pio comum de que, na idade avançada,
o ambiente deve servir como facilitador,
amortecedor e atenuador das dificuldades
encontradas, propiciando as adaptações
necessárias para a continuidade de uma
vida independente e satisfatória.
O modelo ecológico da compreensão
da interação ambiente/idoso, proposto
por Lawton (1990, apud CUPERTINO,
1996, p. 13), resulta em duas proposições:
Fonte: adaptado de WAHL e WEISMAN, 2003.
a proposta da docilidade do ambiente e
Figura 2. Evolução da produção de estudos empíricos a proposta do ambiente pró-ativo. A pri-
em gerontologia ambiental entre 1989 e
meira proposta é clara para idosos com
2000
déficits diversos, visto que o ambiente
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com necessidades diferentes, ao passo que Planejamento do ambiente
outros incluem demandas ou barreiras
que somente se adequam às capacidades construído e necessidades dos
de poucas pessoas (CARP e CARP, 1984, idosos
p. 281-282).
O planejamento do ambiente cons-
A segunda parte do modelo trata das
truído em função das necessidades dos
necessidades pessoais de ordem mais ele-
vada (higher order needs) e das característi- usuários vem ganhando grande destaque
cas do ambiente que facilitam, permitem no cenário da construção civil através da
ou inibem a satisfação dessas necessida- abordagem conhecida como “desempe-
des. O conceito de congruência neste nível nho das edificações”. Essa abordagem,
difere do nível anterior e corresponde à que hoje é o centro das discussões sobre
similaridade entre o grau de necessida- tecnologia da construção em nível inter-
de em relação a um fator ambiental e o nacional, significa, em primeiro lugar, e
suporte oferecido pelo ambiente. Aqui, acima de tudo, trabalhar pensando antes
as variáveis pessoa e ambiente não são em fins do que em meios, isto é,
positivas nem negativas do ponto de vista [...] preocupa-se com o que se exige de uma
adaptativo. Por exemplo, não é melhor edificação ou produto e não em prescrever
nem pior para uma pessoa ter maior ou em como este será construído. Isto não
menor necessidade de privacidade, ou significa que os meios – tipo particular de
para um ambiente proporcionar mais ou construção, produtos ou materiais – não
menos condições nesse sentido. O melhor sejam considerados; eles são, mas estrita-
encaixe entre pessoa e ambiente se dá mente no sentido de que estes meios irão
pela similaridade entre uma necessidade atingir os fins. Esta abordagem implica
e o suporte oferecido pelo ambiente – um ainda dizer que a função ou fim de um
ambiente que proporcione um alto grau determinado produto é satisfazer as exi-
de privacidade para uma pessoa que te- gências ou necessidades de seus usuários
(CONSEIL, 1982).
nha uma alta necessidade nesse sentido
(CARP e CARP, 1984, p. 281). Quando se pensa em projetar ambien-
Em suma, o modelo da congruência tes para idosos, essa abordagem apresenta-
assume que o bem-estar é influenciado se particularmente pertinente, tendo em
pela extensão com que as competências vista que o processo de envelhecimento
pessoais encontram as demandas am- modifica profundamente as relações do
bientais necessárias para a continuação indivíduo com o seu ambiente. Essas no-
de uma vida independente e, ainda, pela vas relações implicam necessidades que
extensão com que os recursos do ambiente dificilmente são contempladas pelos am-
encontram as necessidades pessoais, não bientes construídos das cidades, os quais
somente aquelas necessárias à sobrevivên- são quase sempre projetados tendo-se em
cia, mas também aquelas mais subjetivas, vista o usuário jovem.
como socialização, privacidade e experiên- De acordo com Cupertino (1996, p. 3),
cia estética. as transformações e modificações restri-
tivas e limitadoras da velhice provocam
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tudo por ele”, que pressupõe sua depen- ciências comportamentais a arquitetura e
dência, pode ser igualmente prejudicial. urbanismo. Sommer procura caracterizar
O ambiente deve ser também estimulante, o design social da seguinte forma:
incentivando o idoso a manter sua capa- Design social significa trabalhar com as
cidade funcional. pessoas ao invés de trabalhar para elas;
Também o modelo de Carp e Carp envolver as pessoas no planejamento e ma-
(1984) traz implicações de grande relevân- nejo dos espaços nos quais estão inseridas;
cia para o trabalho do projetista. Assim, educá-las para utilizar o ambiente de forma
preocupações com o caráter dos ambientes sensata e criativa para atingir um balanço
são importantes no sentido de produzir harmonioso entre ambiente social, físico
ambientes que complementem as necessi- e natural; desenvolver uma consciência
dades de uma maior gama de idosos pos- de beleza e um senso de responsabilidade
para com o ambiente do planeta e para
sível – dessa forma, quanto mais suporte
com outras criaturas vivas; gerar, compilar
esse ambiente oferecer, mais inclusivo e tornar disponíveis informações sobre
ele será. Por outro lado, o projetista deve os efeitos de atividades humanas sobre
estar atento para a multidimensionali- o ambiente físico e natural, incluindo os
dade do processo de envelhecimento e, efeitos do ambiente construído sobre seres
conseqüentemente, para a diversidade humanos. Designers sociais não podem
da velhice, o que implica necessidades atingir estes objetivos sozinhos e sim com a
mais subjetivas (higher order needs) e muito participação de estruturas de organizações
variáveis de indivíduo para indivíduo. A maiores, que incluem as pessoas para quem
compreensão dessas necessidades deve o projeto está sendo desenvolvido (p. 7).
guiar o projetista na concepção de am- O processo de design social envolve as
bientes personalizados. seguintes fases: programação, design, cons-
Feitas essas considerações, procura- trução, uso e adaptação e avaliação pós-
se, a seguir, apresentar um método de ocupação. A programação ainda consiste
planejamento participativo do ambiente de três etapas: estudo das necessidades
construído, denominado “design social”, dos usuários, envolvimento dos usuários
bem como algumas reflexões sobre o seu nas possibilidades de design e tradução de
potencial para a aplicação ao planejamen- suas necessidades em orientações de design
to de ambientes para idosos. (GIFFORD, 1997).
A primeira etapa da programação en-
Design social volve o discernimento das necessidades
dos usuários através de levantamentos e
Sommer (1983) defende que o ambien- entrevistas, de observações de seus com-
te construído deveria ser projetado com portamentos e estudo de traços físicos
uma maior participação do usuário a fim deixados pelas pessoas. A segunda etapa
de melhor atender às suas necessidades. envolve a participação direta do usuário no
Dessa forma, propõe uma forma participa- processo de design, incluindo a motivação,
tiva de projetar, à qual denomina “design o acionamento e a educação dos usuários.
social”, que resultaria da ligação entre as A terceira etapa envolve o estabelecimento
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Tabela 1. Modelo sobre o estereótipo do atendimento do profissional frente ao idoso contrapondo-se com a atitude
mais desejável
Atitude estereotipada Atitude desejável
Idoso Profissional Idoso Profissional, família e apoio
comunitário
O profissional age Sou responsável O profissional age comigo, Somos co-responsáveis pelo
por mim pelo idoso com minha família e tratamento e intervenção
apoio comunitário
O profissional acha É triste vê-lo tão O profissional avalia Sensibiliza, agrega familiares,
que sou incapaz de desprotegido; vou minhas capacidades, e dá apoio comunitário e,
agir sozinho ajudá-lo juntos veremos o que juntos, constroem uma
sozinho posso fazer relação de ajuda
Sinto-me impotente O cliente é Sinto-me respeitado pelo O cliente conta com o
e incapaz incapaz e que sou e valorizo meu respaldo familiar e, juntos,
impotente em face potencial são potentes para resolver
da situação situações-problema
Fonte: BROWER (1996, apud DOMINGUES e QUEIROZ, 2000).
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DOMINGUES, M. A.; QUEIROZ, Z. P. V. Ati- Notas
tudes, mitos e estereótipos relacionados ao en-
velhecimento e a sua influência no atendimento 1
“Ambiente sociofísico” trata-se de um termo sugerido pela
domiciliar. In: DUARTE, Y. A. O. Atendimento psicologia ambiental a fim de procurar abranger toda a
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domiciliar: um enfoque gerontológico. São Paulo: bientes físico, social, organizacional e cultural (WAHL e
Atheneu, 2000. WEISMAN, 2003).
FREITAS, E. V. Demografia e epidemiologia
2
Nesta etapa do trabalho, abrem-se oportunidades para a
participação e integração de profissionais de formações
do envelhecimento. In: PY, L. et al. Tempo de bastante diversas relacionadas ao estudo do envelheci-
envelhecer: percursos e dimensões psicossociais. mento, especialmente daqueles de áreas ligadas à saúde e
Rio de Janeiro: NAU, 2004. à educação.
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