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Prezado capacitando,
No Módulo 1 vimos um pano de fundo sobre a história do saneamento no Brasil e no
mundo, o marco regulatório estabelecido em 2007 e que trata das diretrizes nacionais
para o saneamento básico, a Lei nº 11.445 (BRASIL, 2007) e o que isto representou para a
história do saneamento do Brasil, com a exigência legal do processo de planejamento
formal.
Vimos também algumas considerações sobre as ações do planejamento e da elaboração
do plano de saneamento. Aprendemos que o planejamento é essencial para que as ações
sejam efetivas, eficientes e eficazes.
No módulo anterior foram apresentados alguns aspectos sobre as possíveis modalidades
de prestação dos serviços, regulação e fiscalização, bem como a interdependência
existente entre todos esses elementos. Agora, neste módulo, vamos explorar um pouco
mais o processo de planejamento formal, abordando algumas teorias que irão nos ajudar a
compreender as metodologias possíveis de serem empregadas na elaboração dos planos.
Veremos também de que forma a lei aborda os elementos do saneamento, estabelecendo
diretrizes para elaboração dos planos.
Sendo assim, esperamos que, ao concluir o Módulo 2, você se sinta apto a reconhecer o
planejamento como uma ferramenta fundamental para a estruturação do plano de
saneamento básico, bem como habilitado a reconhecer as fases e etapas do plano.
Esses dois primeiros módulos são de fato a base para encaminharmos a elaboração de um
plano de forma mais consistente e estruturada, de tal sorte que o saneamento básico seja
o promotor da saúde pública e ambiental no município, considerando as particularidades
regionais e locais, envolvendo tanto o ambiente urbano, quanto a área rural.
Destacaremos, ainda, a importância da participação e do controle social durante todo o
processo de planejamento.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
SUMÁRIO
1. A LEGISLAÇÃO E O PLANEJAMENTO........................................................................................ 4
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 36
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
1. A LEGISLAÇÃO E O PLANEJAMENTO
Vamos agora analisar um pouco mais em detalhes o que a legislação nacional traz sobre
saneamento básico com relação ao tema gestão e planejamento, buscando compreender de que
forma a esfera legal deverá cumprir com o seu papel integrador para o setor. A seguir,
apresentamos o conceito de gestão ambiental, por sua aproximação com a gestão em
saneamento.
No Módulo 1, aprendemos quais são as quatro ações de gestão dos serviços de saneamento
estabelecidas pela Lei das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico – Lei 11.445/07. Vamos
relembrá-las?
o planejamento;
AÇÕES DE GESTÃO DOS a prestação dos serviços;
SERVIÇOS DE SANEAMENTO: a regulação; e
a fiscalização.
Cada função possui um responsável por sua implementação, sendo que ainda há a possibilidade
do titular dos serviços delegar as competências. Para entender melhor como isto funciona, analise
o Quadro 1.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Todas as funções de gestão devem viabilizar formas de controle social, de forma a atender ao
princípio fundamental estabelecido na Lei nº 11.445/07, art. 2º, inciso X.
Neste módulo, vamos nos ater ao planejamento. Caso queira recordar conceitos sobre a
prestação, regulação e fiscalização, volte ao módulo anterior para revisá-los. Para começarmos,
vamos definir planejamento.
O planejamento é dito indelegável a outros entes, ou seja, ele sempre será uma função de
compromisso do titular da prestação de serviços. Já as demais etapas são passíveis de delegação
(art. 8º), isto é, o titular pode delegar para outro ente a sua execução.
Na etapa de planejamento, gera-se o principal produto a ser construído pelos municípios: o Plano
Municipal de Saneamento Básico, baseado no conteúdo expresso pela Lei Federal nº 11.445/07.
Que tal tentarmos compreender de forma esquemática como é o processo de planejamento e
como ele é estruturado? Observe a Figura 1.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Como resultado desse conjunto de ações, visando determinado objetivo, gera-se o plano,
estabelecido com base em princípios, diretrizes, objetivos, metas, programas, projetos e ações
capazes de promover a transformação desejada.
O plano assume uma posição central na política para a prestação dos serviços, sendo sua
existência, conforme atesta a Lei Federal do Saneamento Básico, condição indispensável para:
a validade dos contratos de delegação da prestação dos serviços de saneamento básico (inciso
I do art. 11);
a definição dos planos de investimentos e projetos dos prestadores, que devem estar
compatíveis com as diretrizes do plano (§ 1º do art. 11);
o exercício das atividades da entidade reguladora e fiscalizadora, a quem cabe verificar o
cumprimento do plano por parte dos prestadores de serviços (parágrafo único do art. 20);
a alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União, ou com
recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União (art. 50).
A Lei do Saneamento Básico estabelece também o conteúdo mínimo do Plano de Saneamento
Básico (art. 19), bem como dos aspectos relativos ao processo de elaboração do Plano Municipal
de Saneamento Básico (art. 47). Esses temas serão tratados com maior profundidade nos
próximos módulos. Apenas destacamos na Leitura Complementar, os tópicos contidos na Lei
acerca desses temas.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Dois itens importantes que você precisa igualmente saber estão relacionados aos prazos e conteúdo do
plano.
Em relação aos prazos para elaboração e revisão dos planos, o que a lei estabelece?
Tanto o Plano Nacional de Saneamento Básico como os Regionais e Municipais devem ser
elaborados com horizonte de 20 (vinte) anos, avaliados anualmente e revisados a cada 4 (quatro)
anos (art. 52, § 2º), preferencialmente em períodos coincidentes com os de vigência dos planos
plurianuais.
Outras recomendações sobre os prazos a serem considerados nos Planos de Saneamento Básico
podem ser obtidas no documento Diretrizes para a Definição da Política e Elaboração do Plano de
Saneamento Básico - versão 2011 (BRASIL, 2011c).
Importante também destacar e lembrar que o plano deve atender aos quatro componentes do
saneamento: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, e
manejo de águas pluviais, realizados de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio
ambiente.
Vamos rever algumas outras questões postas pela lei relativamente aos planos nos quadros
apresentados a seguir:
Os planos deverão ser editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em estudos
fornecidos pelos prestadores de cada serviço. Mesmo no caso de delegação dos serviços, o
prestador deverá cumprir o Plano de Saneamento Básico em vigor.
Os Planos de Saneamento Básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas
em que estiverem inseridos e com outros planos desenvolvidos por instâncias superiores, pela
região ou município, como foi bem discutido no Módulo 1.
* O Plano da Bacia Hidrográfica é um dos instrumentos de gestão dos recursos hídricos previstos
pela Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433, de janeiro de 1997. Veja informações mais
detalhadas sobre esse tema acessando a própria Lei.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Como você pode ver, os prazos são curtos, e o seu cumprimento condiciona o acesso a recursos
orçamentários destinados a serviços de saneamento básico! Fique atento e divulgue isso no seu
município!
Organizando os estudos...
Como você já sabe, o presente módulo objetiva levá-lo a compreender as etapas que fazem parte
da elaboração dos planos de saneamento básico. No sentido de orientá-lo na sequência dos
estudos, apresentamos na Figura 2 o que será abordado nos capítulos seguintes, uma vez que o
capítulo 1 tratou dos aspectos da legislação.
2. O PROCESSO DE PLANEJAMENTO
O processo de planejamento pode ser balizado por seis questões essenciais:
Qual é o objeto a ser planejado?
Quais são os sujeitos do processo de planejamento?
Sob quais pressupostos o planejamento será realizado?
Quais são os objetivos do plano?
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Vamos reforçar mais uma vez a definição de “saneamento básico”, dada pela Lei Federal do
Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07)?
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Lembre-se:
Um processo de planejamento totalmente vinculado com as realidades locais inclui temas
peculiares ao município e às entidades vinculadas direta e indiretamente ao saneamento básico.
Nesse contexto caberá aos sujeitos do processo de planejamento, mediante sua vivência e
conhecimento da realidade local, levantar questões e participar das discussões necessárias para a
proposição de projetos que comporão o Plano de Saneamento Básico. Dessa forma, o poder local
torna-se o grande protagonista das políticas públicas de saneamento básico ao dar um passo
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Os sujeitos do processo de planejamento precisam ampliar o seu conhecimento sobre o objeto a ser
planejado, por isso é importante que, durante a elaboração do plano, sejam promovidas discussões,
palestras e outros eventos que promovam a mobilização social (BRASIL, 2011c, p. 63).
O Plano de Saneamento Básico, quanto à prestação de serviços públicos, “deve definir os objetivos e
metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitidas soluções graduais e
progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais.” (BRASIL, 2007a, art.
19, inciso II). Para tanto, devem ser definidos programas, projetos e ações compatíveis com os
respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos (BRASIL, 2011c).
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Vamos entender o que significam estas viabilidades segundo Brasil (2011c, p. 61 e 62):
I. Viabilidade Econômica
Considera os custos das intervenções propostas, tanto os de implantação (investimentos), como os
de operação e manutenção posterior (despesas de custeio), os recursos disponíveis e as condições
de financiamento desses custos, inclusive a capacidade de geração de receitas próprias e outras
fontes e formas de sustentabilidade ao longo do tempo.
II. Viabilidade Política
Envolve considerações sobre o contexto político em que se insere o plano e as possibilidades
concretas de sua execução, a capacidade de dialogar e de tratar os diferentes interesses dos
protagonistas da cena urbana, ou seja: políticos, movimentos sociais, ONGs, funcionários do
aparato estatal e interesses privados.
II. Viabilidade Técnica
Considera a disponibilidade de matéria-prima e equipamentos para execução das intervenções; a
adequação das tecnologias propostas à realidade cultural, social e ambiental; e a existência de
pessoal capacitado para desenvolver ações planejadas.
III. Viabilidade Institucional
Avalia a capacidade de governar, de dispor das estruturas e condições administrativas e legais para
realizar e executar a ação de planejamento.
IV. Viabilidade Ambiental
Avalia os impactos positivos e negativos do plano sobre o ambiente físico, o natural e o patrimônio
artístico, histórico e cultural.
V. Viabilidade Sociocultural
Corresponde ao estudo da compatibilidade dos custos dos programas e projetos a serem
implementados com a realidade socioeconômica local e da população beneficiária, incluída sua
capacidade de pagamento. Refere-se, ainda, à análise dos impactos sociais e culturais da
implementação do plano.
Caro capacitando! Esperamos que tenha conseguido compreender um pouco mais sobre o
processo de planejamento a partir dos elementos destacados acima. Vamos, agora, aprofundar
um pouco mais o tema planejamento, conhecendo seus elementos intrínsecos, tema do próximo
capítulo.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Capacitando,
Neste momento você pode assistir ao vídeo Fundamentos de Planejamento
disponível na plataforma.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Lembre-se:
Saúde, saneamento e meio ambiente são elementos fortemente vinculados!
Lembre-se:
Em todo o processo, e não apenas na etapa dos diagnósticos, a participação da sociedade
como um todo é fundamental. Imaginar que diagnósticos resultam tão somente de estudos
técnicos pode conduzir a um retrato da realidade distorcido ou incompleto.
“Fase de prognóstico: visa mostrar como ficará a situação do meio em estudo nos próximos anos.
Sua função é demonstrar como o setor vai evoluir sem que nenhuma ação seja realizada. O
prognóstico permite a construção do cenário futuro sem intervenção” (FINOTTI, 2009, p. 34).
objetos planejados e documentados nos planos, por isso contêm o detalhamento suficiente à
execução desses objetos.
A elaboração de uma política que passe a delinear as ações do município para o setor é de
fundamental importância, pois representa o desejo da comunidade retratado em lei como um
compromisso de todos para os rumos a serem tomados, sempre com a visão da melhoria
contínua. Os planos, por sua vez, são peças fundamentais no mecanismo de planejamento.
Lembre-se:
A política deve ser feita de forma a perpassar as diferentes gestões que venham a se valer
dela, representando, assim um documento de base para todos os gestores, considerando
sempre a participação da população como fundamental.
O plano trata da documentação dos objetos planejados, mediante uma prática de revisão
periódica, visando avaliar os sucessos e insucessos, bem como proceder a adequações
diante de eventuais novas realidades. As políticas e planos serão orientados por objetivos e
metas específicas. São estabelecidas diretrizes que encaminham as estratégias para a
elaboração do desdobramento dos planos.
Vamos analisar agora o processo de planejamento em saneamento frente a uma das teorias mais
disseminadas nas ciências da administração: o ciclo PDCA, idealizado por Shewhart na década de
1920 e atualizado e disseminado por Deming na década de 1950 (DEMING, 1990).
A sigla vem das iniciais de quatro palavras em língua inglesa: plan, do, check e act. A tradução para
o português significa: planejar, executar, checar e agir, respectivamente. A ideia de ciclo,
conforme apresentada na figura a seguir, é fundamental para o processo de planejamento, pois a
partir de experiências sobre processos passados poderemos continuamente melhorar os novos
planejamentos, criando um círculo virtuoso e uma análise contínua. Para saber mais sobre cada
um dos componentes do ciclo PDCA, observe a Figura 6.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Perceba como essa teoria geral da administração se conecta com o que estabelece a Lei Federal
do Saneamento Básico, em termos de organização da chamada política para o setor.
Ainda com relação às metodologias de planejamento, na proposta do Plano Nacional de
Saneamento Básico – PLANSAB (BRASIL, 2011e), foram utilizadas as metodologias de
Planejamento Estratégico Situacional (PES)1 e por cenários, que são descritas no documento
Visão estratégica para o futuro do saneamento básico no Brasil – panorama do saneamento
básico no Brasil (BRASIL, 2011f).
Na concepção do PES, o ator que participa do planejamento faz parte da realidade que está sendo
avaliada e coexiste com outros atores que participam do planejamento. Já a “situação” passa a ser
a arena onde se encontram os atores e suas ações, fazendo com que a contradição e o conflito
sejam assumidos. Uma das inovações que trouxe essa metodologia é a superação do conceito de
etapas que prevalece no planejamento tradicional, substituindo-as por “momentos” dinâmicos,
não excludentes, que não se esgotam e podem coexistir e se reformular, durante toda a vida do
plano. Dessa forma, sua estruturação envolve quatro momentos. Veja como estes interagem entre
si, na Figura 7.
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PES: é considerado um instrumento público que possibilita a articulação entre o governo e a sociedade (BRASIL, 2011f).
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Como fazer?
Vamos, no decorrer do curso, tentar contribuir com a construção desse caminho, sempre
lembrando que, como pano de fundo a tudo isso, o pressuposto da participação social é
fundamental para que se tenha o objeto planejado mais próximo possível da realidade local.
Veremos, nos próximos módulos, elementos que possam contribuir com estratégias de promoção
da participação popular e demais etapas e temas importantes para a elaboração de um plano de
saneamento que seja executável segundo as realidades locais.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Lembre-se:
O documento-base do saneamento básico é a Lei nº 11.445/07 (Lei Federal do Saneamento Básico).
Os planos de saneamento básico devem orientar a prestação de serviços, com ações embasadas
no controle social e no princípio de justiça social.
O saneamento básico, tema dos planos a serem desenvolvidos, apresenta-se como medida
preventiva, amplia-se e ganha, assim, o sentido de medida promotora de saúde. “O chamado
saneamento promocional tem uma natureza multidimensional, cujos efeitos ultrapassam os
limites das intervenções feitas na esfera da estrutura física, ampliando-se a uma perspectiva de
saúde que vai além da mera ausência de doenças e incorporando, desse modo, as dimensões:
social, econômica, política, cultural e ambiental” (SOUZA; FREITAS, 2006, p. 8). “Nessa visão, o
saneamento também incorpora um conjunto de ações de educação e de participação social que
pressupõe cidadãos ativos e críticos para que as intervenções possam atingir a efetividade
necessária a fim de garantir qualidade de vida” (BRASIL, 2011c, p. 65).
A Figura 8 esquematiza a visão atual sobre a natureza das ações de saneamento básico.
Figura 8 – Visão atual do saneamento
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
• A cidadania e a dignidade da pessoa humana como fundamentos da República Federativa do Brasil (art.
1º).
• A erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais, como
objetivos fundamentais da Nação (art. 3º).
• A saúde como direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação (art. 6º e 196).
• A moradia digna, garantida pelo direito social ao trabalho e pelas políticas públicas de promoção da
construção de moradias, da melhoria das condições habitacionais, do saneamento básico, do
desenvolvimento urbano fundado no adequado ordenamento territorial e das funções sociais da cidade
(art. 6º, 23, 30 e 182).
• Compete ao sistema único de saúde, além de outras atribuições, participar da formulação da política e da
execução das ações de saneamento básico (art. 200).
• O direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225).
• A promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente (art. 225).
• Universalização do acesso (inciso I) com integralidade das ações (inciso II), segurança, qualidade e
LEI FEDERAL DO SANEAMENTO BÁSICO
• Promoção da saúde pública (incisos III e IV), segurança da vida e do patrimônio (inciso IV) e proteção
do meio ambiente (inciso III).
• Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de proteção
ambiental e outras de relevante interesse social (inciso VI).
• Adoção de tecnologias apropriadas às peculiaridades locais e regionais (inciso V), adoção de soluções
graduais e progressivas (inciso VIII) e integração com a gestão eficiente de recursos hídricos (inciso XII).
• Gestão com transparência baseada em sistemas de informações, processos decisórios
institucionalizados (inciso IX) e controle social (inciso X).
• Promoção da eficiência e sustentabilidade econômica (inciso VII), com consideração à capacidade de
pagamento dos usuários (inciso VIII).
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
• Salubridade ambiental como um direito social, patrimônio coletivo que todos devem proteger e
promover.
• Proteção e sustentabilidade ambiental.
Saneamento é um dos fatores determinantes e condicionantes da saúde.
SUS deve participar da formulação da política e na execução de ações de saneamento básico.
• Água como um bem de domínio público, como um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico, cuja disponibilidade e qualidade devem ser asseguradas para a atual e as futuras gerações
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS
• Gestão dos recursos hídricos voltada a garantir o uso múltiplo das águas (art. 1º, inciso IV).
• Garantia da adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas,
econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do país (art. 3º, inciso II).
• Garantia da articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os
planejamentos regional, estadual e nacional (art. 3º, inciso IV).
“O processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico depende das dinâmicas locais,
da capacidade técnica do município, do nível de organização social, dos recursos disponíveis para o
processo, dos interesses que estão em jogo e da própria escolha da administração local em relação
às abordagens de planejamento” (BRASIL, 2011c, p. 73).
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Básico proposto pelo Ministério das Cidades (BRASIL, 2011d), pode ser dividido em três grandes
fases, as quais se dividem em sete etapas.
Veremos, na sequência, alguns apontamentos sobre o que é abrangido por uma dessas fases e
etapas para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.
Esta fase compreende as atividades preparatórias para a elaboração propriamente dita do Plano
de Saneamento Básico, que são descritas a seguir.
Coordenação
Para acompanhamento e operacionalização do processo de elaboração do plano, o Ministério das
Cidades (BRASIL, 2011f) recomenda a constituição do comitê ou de coordenação e um comitê
devidamente formalizados.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
“[...] a ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as
fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.”
O método a ser utilizado deve atender, ainda, ao princípio do controle social, referido no inciso X,
art. 2, da Lei nº 11.445/07, como o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de
políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento
básico.
O controle social deve ser a base do Plano de Saneamento Básico, integrando desde o início o
processo de planejamento, prevendo os mecanismos de inclusão e participação dos atores sociais,
bem como dos meios e formas de divulgação das ações realizadas em todo o processo de
construção do plano.
Como você pode perceber, o controle social pressupõe o envolvimento da sociedade como um
todo. Neste contexto, insere-se a participação social.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Veja, abaixo, algumas indicações básicas a propósito da participação social, sugeridas por Brasil
(2011c). Estas indicações, no entanto, não esgotam o modo pelo qual pode se dar a participação
social.
Comunidades
participantes
do plano
A mobilização social não é um processo fácil e requer uma ampla divulgação do que se está
tentando alcançar, dos objetivos e da importância da participação de todos para que o Plano de
Saneamento Básico reflita as expectativas e necessidades da sociedade local. Uma forma de
alcançar isso se dá por meio da comunicação social. O desenvolvimento de um plano de
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Esta etapa inicial, como você pode ver, consiste no planejamento do processo que levará à
próxima etapa, que é a da elaboração do Plano de Saneamento Básico.
O ponto de partida desta etapa é a definição do enfoque metodológico a ser utilizado. Lembre-se
que a prática de planejamento não é uma ação meramente técnica, mas também política.
Convém ressaltar, de acordo com BRASIL (2011c, p.79), que a área de abrangência do Plano
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
O diagnóstico deve ser respaldado por técnicas de pesquisa documental e bibliográfica, em fonte
de dados secundários e em dados primários, obtidos em campo.
Lembre-se:
O diagnóstico deve ser realizado observando a racionalidade técnica (métodos objetivos), assim
como as demandas sociais (métodos subjetivos). As abordagens entre corpo técnico e sociedade
devem ser complementares, sendo que o primeiro deve subsidiar as discussões com a sociedade, e
esta deve fornecer elementos de sua vivência, em um diálogo contínuo, transparente e
democrático (BRASIL, 2011c, p. 78-79).
Veja na Figura 12 os temas que devem ser pesquisados e abordados no diagnóstico técnico-
participativo. E em seguida, observe as considerações.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
Esta etapa está intrinsecamente relacionada com a programação das ações do Plano Municipal de
Saneamento Básico (que será detalhada no Módulo 5), e podem ser trabalhadas
concomitantemente, já que são complementares.
O prognóstico e alternativas para a universalização dos serviços de saneamento, conforme
exposto por Brasil (2011c), envolvem a formulação de estratégias para o atendimento das
diretrizes para alcançar os objetivos e metas definidas para o Plano Municipal de Saneamento
Básico, utilizando os dados do diagnóstico.
Esta etapa deve articular e integrar a política, programas e projetos de saneamento básico com
outras áreas afins como, por exemplo, saúde, habitação, meio ambiente, recursos hídricos,
educação, visando a eficácia, eficiência e efetividade das ações preconizadas. Ainda nesta etapa,
devem ser estudadas opções de intervenção, bem como cenários alternativos, com vistas a suprir
as carências das quatro grandes áreas do saneamento básico tanto em meios urbanos, quanto
rurais. A elaboração dos cenários deve considerar a demanda dos sistemas em termos
quantitativos e qualitativos, estabelecendo projeções para as diferentes áreas.
A projeção das demandas nas áreas do abastecimento de água e esgotamento sanitário deve
considerar a pertinência das metodologias, dos parâmetros, dos índices e das taxas de projeções
populacionais utilizados para a elaboração dos planos diretores, caso existam.
Quanto às projeções da produção de resíduos, estas “devem se basear, prioritariamente, nas
indicações dos planos diretores ou planos de gestão integrada de resíduos sólidos, caso existam, ou
em metodologias simplificadas que possam ser desenvolvidas utilizando dados secundários.”
(BRASIL, 2011d).
A realização das ações estruturais e não estruturais para o manejo de águas pluviais deve basear-
se nos estudos decorrentes do diagnóstico.
Todas as projeções devem considerar o horizonte de planejamento do Plano Municipal de
Saneamento Básico, de 20 anos.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Lembre-se:
Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010b), o Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) pode ser parte integrante do Plano de
Saneamento Básico, respeitado o conteúdo mínimo previsto e observado o disposto no art. 19, § 2º,
da Lei nº 11.445/07.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
A programação das ações do Plano Municipal de Saneamento Básico deve ser elaborada para o
horizonte de 20 anos, considerando o atendimento das metas imediatas, de curto, médio e longo
prazo.
Os objetivos e metas do Plano Municipal de Saneamento Básico devem ser definidos
coletivamente a partir de discussões com os diversos segmentos da sociedade e com todos os
envolvidos na sua elaboração. Os objetivos e metas devem ser elaborados para serem executados
gradualmente, conforme necessidade, urgência, recursos financeiros e pessoal disponível, entre
outros fatores, e de forma que possam ser avaliados por meio de indicadores.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
O ISA foi construído a partir de somatório ponderado de índices setoriais referentes a cinco
componentes do saneamento básico:
Abastecimento de água.
Esgotamento sanitário.
Manejo de resíduos sólidos.
Manejo de águas pluviais. e
Controle de vetores.
Outras ações que devem ser apresentadas no Plano Municipal de Saneamento Básico são as de
emergência e contingência.
AÇÕES DE EMERGÊNCIA - São as que visam mitigar os efeitos de acidentes, de causa natural
ou não, em qualquer um dos serviços de saneamento básico.
AÇÕES DE CONTINGÊNCIA - São as que visam evitar ou minimizar impactos ambientais nos
serviços de saneamento básico, que podem ou não ocorrer. Diferentemente das emergências, as
contingências referem-se a eventos previsíveis e não acidentais.
O Plano Municipal de Saneamento Básico deverá definir os sistemas e procedimentos para o seu
próprio monitoramento e avaliação no que diz respeito a:
objetivos e metas do Plano Municipal de Saneamento Básico e resultados das suas ações aos
serviços de saneamento.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
Caro capacitando!
Neste módulo, você teve a oportunidade de aprender um pouco mais sobre o processo e as
etapas de elaboração do Plano de Saneamento Básico. Vimos que o planejamento é uma
ferramenta fundamental para a estruturação desse instrumento. Vimos, também, teorias,
metodologias e as etapas fundamentais de elaboração do plano. Esperamos que os
conhecimentos adquiridos permitam avaliar se o desenvolvimento do plano está de acordo
com as diretrizes especificadas pela Lei Federal do Saneamento Básico (Lei nº 11.445/07)!
No próximo módulo, você aprenderá mais sobre o tema “participação social” – tema que
deve permear todas as etapas de elaboração do plano –, os desafios e possibilidades da
participação, bem como a promoção, mobilização e comunicação social.
Quanta coisa importante você deve estar aprendendo! Fique atento e bons estudos!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Congresso Nacional, 1988.
_____. Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de
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2010/2010/Decreto/D7217.htm>. Acesso em: 10 dez. 2010.
_____. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes
e dá outras providências. DOU, Brasília, 1990. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/lei8080.pdf>. Acesso em: out. 2012.
_____. Lei nº 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da
Constituição Federal e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a
Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. DOU, Brasília, 1997. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 23 out. 2012.
_____. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. DOU, Brasília,
2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm>. Acesso
em: set. 2012.
_____. Lei nº 11.124, de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui
o Conselho Gestor do FNHIS. DOU, Brasília, 2005. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11124.htm>. Acesso em: out.
2012.
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MÓDULO 2 - FUNDAMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO
_____. Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
básico; altera as Leis nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666,
de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio
de 1978; e dá outras providências. DOU, Brasília, 2007b. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm>. Acesso em: 25 out.
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_____. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. DOU, Brasília, 2010b.
Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>.
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CURSO A DISTÂNCIA PLANOS DE SANEAMENTO BÁSICO
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