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CONEXÃO LITERATURA – Nº 33
PARA REFLETIR:
"Ele (Paulo Freire) dizia que era pequeno, para poder crescer. Gente grande de verdade
sabe que é pequeno e, por isso, cresce. Gente muito pequena acha que já é grande e o
único modo de ela crescer é rebaixando os outros."
Mario Sergio Cortella
Ademir Pascale
Editor da Revista Conexão Literatura. Membro Efetivo da Academia de Letras José de Alencar.
Já publicou contos no Brasil, França, Portugal e México. Autor dos romances “O Desejo de
Lilith”, “Caçadores de Demônios” e “Crossroads – Quando os destinos se cruzam”, além de
organizador do livro “Possessão Alienígena”, a ser lançado pela Editora Devir ainda esse ano.
Fã n° 1 de Edgar Allan Poe, adora pizza, séries televisivas, heróis da Marvel, DC e HQs. E-mail:
ademirpascale@gmail.com
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Livros que usam este gênero carregam uma legião de leitores e fãs pelo
mundo e muitas destas obras acabam até indo para as grandes telas do
cinema e das séries televisivas, como os já citados Harry Potter, As
Crônicas de Nárnia e O Senhor dos Anéis.
– Ademir Pascale
F ANTÁSTICO, expressão
que procede do grego
"Phantastikós". Quando
pensamos em Literatura
Fantástica, logo recordamos de
fantasia, assim como "As
Crônicas de Nárnia", de C. S.
Lewis e "Harry Potter", da
autora britânica J. K. Rowling.
Encontramos elementos
"O Senhor dos Anéis", de J. R. sobrenaturais em livros de
R. Tolkien, uma obra de alta Literatura Fantástica: magia,
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Ademir Pascale
ademirpascale@gmail.com
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P assagem para
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Ficha Técnica
Título: Passagem para a escuridão
Escritor: Danilo Sarcinelli
Editora: Verve
Número de Páginas: 293
Ano: 2017 - Edição: 1ª
Assunto: Fantasia brasileira
Resenhista:
Eudes Cruz é paulistano. Gestor de processos atuou como coordenador de desenvolvimento de
produtos. É apaixonado por livros desde a infância e se aventura por todos os gêneros literários,
embora tenha predileção por suspense, terror e policial. Adora animais e reside na capital
paulista. Blog: tomoliterario.blogspot.com.br. E-mail: tomoliterario@gmail.com.
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S
audações cinematográficas, mistura de terror e comédia
queridos leitores da Revista pastelão.
Conexão Literatura, tudo O protagonista é o jovem Cole
bem com vocês? Espero que sim! de 14 anos, que está naquela
Mais uma edição chegando e transição da infância para
não poderíamos deixar de falar adolescência! Os pais de Cole
de mais um filme original da contratam uma babá para tomar
nossa querida e amada Netflix, o conta dele, enquanto eles saem
filme escolhido é “A Babá”, uma para uma viagem.
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Ficha Técnica
Título Original: The Babysitter
Direção: McG
Duração: 01h30min
Lançamento: 13 de Fevereiro de 2017
Elenco: Judah Lewis, Hana Mae Lee, Bella Thorne, Leslie Bibb e Robbie Amell
Gênero: Terror e Comédia
Origem: Estados Unidos
Resenhista:
Rafael Botter vive em Ibitinga (São Paulo). Escreve para o blog Livreando:
http://www.livreando.com.br e Traveling Between Pages:
http://travelingbetweenpages.blogspot.com.br. E-mail: botter.rafael@gmail.com.
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“O meu livro de estreia é justamente a representação das fibras de
nossos corações eternizadas nas páginas de um livro. Tem angústia,
dor, aflição. Mas, ao mesmo tempo, tem uma alegria genuína,
momentos bonitos e uma saudade única que faz sorrir.”
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“Houve vezes que levei de dois até três anos para escrever um livro.
Esse eu levei apenas dois meses para escrever, devido a grande
inspiração pela qual estava tomada.”
ENTREVISTA:
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“Eu tive a ideia de começar esta série porque sempre fui fã de super-
heróis, desde que me conheço por gente. Sempre gostei de ler
quadrinhos, assistir a desenhos, filmes e séries deste gênero.”
ENTREVISTA:
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ENTREVISTA:
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T
odo sábado eu passava em mas nada, o reflexo disso seria que
frente daquela casa mal o imóvel ficou esquecido no
cuidada e velha da Avenida tempo. E a curiosidade do nada
Francisco Glicério, nas existir ali cresceu no meu íntimo. E
proximidades da Avenida Senador nesses dias em que você não tem
Pinheiro Machado, canal 1, do muito a fazer, resolvi investir por
bairro Pompéia. O sobrado, porém, aquelas bandas para averiguar.
não fazia parte de minha rotina Numa tarde chuvosa que quase
casa-serviço até ao Centro de não havia ninguém pelas ruas, eu
Santos. Mas a casa em questão me voltava de um curso e resolvi
chamava atenção sempre que eu mudar meu trajeto justamente para
passava em frente, por estar entre passar pela calçada da casa. Parei
dois prédios e pela linda árvore que em frente ao portão grande de ferro
emoldurava a paisagem, mesmo e ousei, muito trêmula, mexer na
sendo tão mal cuidada. maçaneta, que para minha
Outra coisa também era a surpresa, estava aberta. Respirei
quantidade de gatos que fundo abri o portão e entrei. Com o
desfilavam pelo corredor e uns até coração batendo forte fui
ousavam ficar no portão, bem a caminhando bem devagar e em
mostra de quem passasse por ali. minha mente ia formulando uma
Sinistro cenário que não se via desculpa esfarrapada a falar caso
ninguém perambular ou estar à os donos do lugar aparecessem.
janela, nada, nenhum ser humano Passei da porta de entrada e fui até
se avistava ali. o final do corredor olhando aquela
Até cheguei a pensar que o lugar enorme casa de pintura cinza suja
era mal assombrado, que eu do tempo, com pontos de bolor,
poderia avistar algo sobrenatural, sem revestimento, os muros sujos e
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que os outros falam. Coragem tem, E assim ela foi contando toda a sua
já que entrou e foi vasculhando — história, seu rico passado ajudando
disse dona Nina. a quem a procurasse. Foi uma
— Bem — respondi com voz trêmula tarde gostosa e não vi a hora
e antes de ser interrompida, disse passar.
que estava envergonhada por ter — Acho que já está na hora de você
ido até lá bisbilhotar. partir, não é mesmo? — Indagou
— Não se envergonhe — disse Nina. — Venha me dar um abraço
sorrindo Nina. — Veja as fotos — disse a senhora, e eu caminhei
espalhadas na parede — disse a até ela e a abracei, e Nina me falou
senhora. Estou na Cidade há quase alguma coisa junto ao meu ouvido
70 anos. Vim com dois anos da que mal consegui escutar.
Espanha com meus pais, e nos Agradeci pela boa conversa e tarde
instalamos em Curitiba, onde maravilhosa e parti.
inicie este ofício de curar junto de Eis que, no dia seguinte, senti
outras mulheres. Nós curandeiras necessidade de retornar ao local
ou benzedeiras aplicamos a para entender o que dona Nina
sabedoria ancestral em chás de havia me sussurrado.
ervas, banhos e benzimentos com Caminhei até o imóvel, e toquei a
rezas, são práticas de quem tem o campainha, mas ninguém atendeu.
dom consegue minorar muitos Bati palmas e nada. Mesmo assim,
males. Naquela época éramos novamente mexi na maçaneta e o
muito procuradas pelas pessoas portão se abriu. Caminhei pelo
que não tinham muitos recursos corredor de fora da casa e chamei
financeiros, que hoje vão se pelo nome das duas, mas desta vez,
consultar no SUS. Clarice não veio à janela. Fiquei
Notei que dona Nina, além de boa surpresa ao abrir a porta e a casa
aparência naquela idade tinha estar vazia, sem móveis, quadros e
também clareza na mente e se nada mais no local, somente muita
expressava muito bem. sujeira, mofo e mau cheiro, pois o
— Se você soubesse quantos imóvel sofrera invasão de
atendimentos para curar moradores de rua.
quebranto, bucho virado e Atravessei a avenida e fiquei
espinhela caída eu já fiz, ficaria de olhando a casa do outro lado sem
queixo caído — completou a entender. Afinal, só havia passado
senhora. um dia!
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Míriam Santiago é jornalista e atua em assessoria de Comunicação, e desde que se formou também em
Letras, publica livros de gêneros diversificados. Escreve contos, crônicas, minicontos e nanocontos.
Possui blog cultural sobre literatura, cinema, fotografia, cursos, antologias, livros e eventos, entre outros.
Blog: http://miriammorganuns.blogspot.com. Contato: miriansssantos@gmail.com.
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— Você não sabe o que é passar a fomos embora para o sul do país
vida inteira esperando por alguém em busca de melhores condições
que um dia você sabe que passou de vida, de trabalho e para
em sua vida. Você não sabe o que é esquecer mamãe. Ele não me disse
viver todos os dias a esperar por isso, mas eu já sabia. Já estava
alguém, que não vem lhe ver ou lhe começando a entender as coisas. Já
buscar para ser sua filha. Você não estava começando a viver. Ele
sabe o que é esperar por um queria esquecer mamãe e eu no
milagre. fundo Velzabel. Na verdade, nunca
Dessa forma, eu descobri o motivo mais voltei àquele triste lugar
e a estranheza daquela menina de porque minhas ismálias caíram dos
olhar triste. Depois, meu avô me céus e caíram nos mares da morte.
disse que ela havia sido Mamãe morreu de câncer e
abandonada por seus pais e fora Velzabel de uma fome e uma
criada pela vida e pelas casas que grande seca que houve em
Deus havia colocado em seu Irauçuba.
caminho. Aquela pobre moça teve Sem elas, aprendi a viver sozinho e
uma vida mais difícil. E era mais a imaginar ouvindo minha própria
corajosa do que eu sempre fui. voz e meu coração, mesmo que
Quando mamãe morreu, papai não nunca tenha tirado elas de dentro
quis mais ficar naquele lugar. E dele.
Cristiane de Mesquita Alves é Professora de Literatura nos ensinos Médio e Superior. Graduada em
Letras- Português (UEPA), Letras- hab. Espanhol (UNAMA); Especialista em Análise Literária; Mestra
em Comunicação, Linguagens e Cultura (UNAMA); Doutoranda em Comunicação, Linguagens e
Cultura (UNAMA/Bolsista CAPES). E-mail: cris.mesquita28@hotmail.com.
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