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Politica exibe a medialidade

nao é esfera do
“fim em si” 
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nem de “meios subordinados a um fim”

O ex. de Varrao:


  
   
   
dramaturgo FAZ uma peça (usa o meio - a linguagem - para um fim)

ator AGE (“atua” a peça como um fim em si, como a realizacao em ato de um “feito”)

A politica no entanto é “sustentar”, “gerir”, como “meio sem fim”

(1) nela nao há um “fim em si”. Ela visa uma outra coisa. Mas a coisa visada nao é separada dela (como a atuacao é visada na escrita da peça). Ela
nao é feita para outra coisa senao ela mesma. Mas tb nao é um fim em si, ACHO EU que porque ela tem EFEITOS já contidos em si

(2) a diferenciacao lembra aquela feita entre ato e potencia.

No texto “A potencia do Pensamento”, há uma ideia de “potencia” que vai alem do “ser em potencia porque ainda não é um ato” (Ex.: o arquiteto tem a
potencia de construir predios, mesmo que nao esta atualizando-a neste momento)

A potencia, alem desse sentido comum, tem um outro sentido, mais profundo: ela inclui nao so o PODER FAZER (tornar ato), mas também o PODER
NAO-fazer

“O ato da potência de tocar piano é certamente, para o pianista, a execução de um trecho no piano; mas qual será, para ele, o ato da sua potência de
não tocar? E o que acontece com essa potência de não tocar no momento em que ele começa a tocar? Assim, o ato da potência de pensar será
pensar este ou aquele pensamento; mas como pensar o ato da potência de não-pensar? Será que as duas potências são tão assimétricas e
heterogêneas que essas perguntas simplesmente não têm
sentido? E, no entanto, se nas palavras de Aristóteles, "toda potência é impotência do mesmo e em relação ao mesmo", o problema do destino da
impotência na passagem ao ato não pode simplesmente ser deixado de lado”

Ser “meio sem fim” (como o gesto) é expressar a medialidade como uma potencia?

Se a linguagem pode ser meio (para fins), pode tb ser gesto (sem fins)
e no entanto nao ser um fim em si (um “falatorio”, uma “tagalerice”, poderiamos dizer): ela “sustenta-se” como potencia de usar a linguagem - expõe-
se como potencia (de atualizar-se OU nao), como um meio em que habitamos

(e podemos ou nao usar, mas o FATO mesmo de sermos ser es de linguagem nos torna POLITICOS)

nesse sentido,”dar voz” nao basta como uma tarefa propriamente politica: “dar voz” seria: “atualize a sua potencia de falar” (e espera-se que a pessoa
fale coisas que ja estariam programadas como “falas boas ou adequadas à situação”) mas nao um “mostre-se como ser de linguagem”, faça “gestos”
na linguagem, use-a de modo efetivamente livre…
NESTE sentido, podemos dizer, PODEMOS reivindicar um PODER CALAR-SE (tanto quanto um “poder falar):
calar-se diante de um jogo de linguagem (jogado constantemente) que impõe apenas: dizer sim ou nao, ser contra ou a favor (facebook)

Uma questao a partir do cinema:

Como o doc pode ser politico, nesse sentido de Agamben?


Haveria dispositivos documentais em que nao se procura apenas “dar voz”, mas também “dar potencia de fala”?

Jogo de cena talvez, por outro lado, poderia ser entendido como um conjunto de falas em que a propria medialidade da fala se revela como tal? Pq as
falas nao estao voltadas para um fim (contar aquelas historias de vida; já que nao é possivel saber de quem é e mesmo se sao verdadeiras), MAS tb
nao sao fins em si (um jogo “arte-pela-arte” com a fala) —> essas falas têm EFEITO, como GESTOS TEM EFEITO NO REAL: mostram-se como
meios sem fim. Meios que exibem a medialidade da fala.

Poderiamos fazer analogias com a ficcao? Falar de FALA COMO SENSACAO nao é revelar um aspecto da fala que, na narrativa, nao esta la apenas
como meio para um fim (transmitir informacoes sobre a historia) nem esta lá “gratuitamente” (como fim em si, como ato que se esgota em si)? Nao
haveria, pelo contrario, a busca de um EFEITO sensorial que ABRE O PERSONAGEM mais do que o EXPLICA (como no cine classico, em que a fala
é explicitacao de motivacoes psicológicas pregressas)?

Finalmente, podemos fazer uma terceira conexao, ligando as ideias de gesto, potencia e PROFANACAO

“(…) E, entre os dois, os sujeitos”, ou, em outros momentos quando fala da relação especial entre “usar”e “profanar”e de como os dispositivos
midiáticos têm como objetivo “neutralizar o poder profanatório da linguagem como meio puro” (AGAMBEN, 2007, p. 76)”

Essa conexa entre “linguagem como meiio puro” que a midia neutraliza liga-se ao fato de que, na midia, a linguagem é tomada como MEIO para um
fim (transmitir informacoes, divertir). E se a vida pessoal é transformada em midia (como em diversas formas de comunicacao nas redes sociais
mediadas pela internet ou pela telefonia) , entao, na vida pessoal instala-se uma nocao de linguagem como meio visando fins e quase nunca sua
medialidade aparece como tal, ou seja, apontada para sua POTENCIA (naquele sentido mais profundo de potencia como devir, potencia de ato e de
nao-ato).

A arte aponta para a potencia. E ela é sensacao (deleuze) (e o cinema como gesto) porque, antes de ser sentido, ela é CORPO. Corpo e potencia se
relacionam diretamente pq o corpo aponta para aquele devir do mundo. Corpo, entao, antes de ser genero e polticia ATUAL (como aponta a critica de
Del Rio, que por sua vez trabalha com o conceito de performance se aproximando do de gesto de Aganbem) é a potencia de encontro com o mundo
(no sentido da materia-memonra, de Bergson). Encontro do corpo com o mundo : potencia de subjetivizacao pre-subjetiva; potencia dos corpos (o que
PODE um corpo) antes de ser ESTE corpo.

O culto da personalidade (Sala do JBL…) é o oposto da POTENCIA: é a exposicao de um EU em ATO. Davud Byrne, explorando a danca e a
presenca dos corpos aponta para uma POTENCIA (proprio da arte), nao para atos que atualizam uma potencia. A PERFORMANCE desses corpos É
a potencia, nao uma REPRESENTACAO da potencia.

Huberman entra aqui tb: eh comno sintoma que a obra de arte se coloca como saber que dialoga - e nao representa - um saber que vem de outro
lugar. Fra Angelico fazendo, com operador visual (branco e luz solar) SUA summa teologica e nao ilustrando-a. Como sintoma, traduz um
INCONSCIENTE ESTETICO que É politica.

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