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MANUAL DO CURSO

ANÁLISE E PREVENÇÃO DE RISCOS / RISK ANALYSIS AND PREVENTION

©2012 SGS Portugal, S.A.


SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO

Rui Araújo (Eng.)


Quando utilizar?

Tipos de Medidas:
R H limitar / eliminar o risco Construtivas

R H envolver o risco  Construtivas

R H afastar o Homem  Organizacionais

R H proteger o Homem  Protecção Individual

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Como Seleccionar?

1- Riscos a que o trabalhador estará exposto;

2- Condições em que trabalha;

3- A parte do corpo a proteger;


4- As características do trabalhador.

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Regra de Selecção

TÃO POUCO QUANTO POSSÍVEL,


MAS TANTO QUANTO NECESSÁRIO

4
Equipamentos de Protecção Individual

USAR O EPI ADEQUADO


USAR PERMANENTEMENTE
USAR CORRECTAMENTE
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Conceitos a não esquecer

O EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL É DE

USO PESSOAL

6
Conceitos a não esquecer

CONSULTA DOS TRABALHADORES

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Conforto e Protecção

• O uso da protecção já é por si só motivo de


incomodidade
• Desconforto deve-se essencialmente:
 Modificação ou distorção da percepção
 Pressão exercida pelo EPI
 Sudação
 Irritação da área corporal em contacto com o EPI
 Sensação de isolamento

• A análise do conforto é bastante complexa.

8
Conforto e Protecção

Motivos para a não utilização


16,9 16,9
13,6

8,5 8,5 8,5


5,1 5,1 5,1
3,4 3,4
1,7 1,7 1,7
0,0 0,0

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Tempo de Utilização vs. Protecção

As perdas auditivas 30
devido à exposição ao 25
ruído são função do
20
nível cumulativo de
pressão sonora dessa 15
mesma exposição 10

0
10 dB

120

180

240

300

360

420

480
60
0

Tempo de Utilização (minutos)

10 dB 20 dB 30 dB

10
Regra de Seleção
Adequação ao Risco e ao Trabalhador

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Equipamentos de Protecção Individual

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Legislação

• Decreto-Lei nº 128/93, 22 de Abril;


Exigências técnicas essenciais a observar pelos EPI

• Decreto-Lei nº 348/93, 1 de Outubro;


Prescrições mínimas de Segurança e Saúde para a utilização
pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho

• Portaria nº 988/93, 6 de Outubro;


Lista indicativa e não exaustiva dos EPI, por parte do corpo e por sector de actividade

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Legislação

• Portaria nº 1131/93, 4 de Novembro;


Regulamentação técnica de concepção de EPI

• Decreto-Lei nº 139/95, 14 de Junho, Decreto-Lei nº 130/13, 10 de Setembro;


Indicações da marcação CE

• Portaria nº 109/96, 10 de Abril;


Indicações da marcação CE

• Portaria nº 695/97, 19 de Agosto;


Altera a Portaria nº 1131/93, 4 de Novembro

• Portaria nº 374/98, 10 de Abril.


Altera o Decreto-Lei nº 128/93, 22 de Abril

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Legislação
Reg. 425/2016
Categorias de Riscos dos EPI’s

Categoria I
A categoria I inclui exclusivamente os seguintes riscos mínimos:
a) Lesões mecânicas superficiais;
b) Contacto com produtos de limpeza de baixa agressividade ou contacto prolongado com água;
c) Contacto com superfícies quentes de temperatura não superior a 50ºC;
d) Lesões oculares devido à exposição à luz solar (exceto durante a observação do sol);
e) Condições atmosféricas não extremas.

Categoria II A categoria II inclui riscos diferentes dos riscos descritos nas categorias I e III.

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Legislação
Reg. 425/2016
Categorias de Riscos dos EPI’s
Categoria III
A categoria III inclui exclusivamente os riscos, que podem ter consequências muito graves como a
morte ou danos irreversíveis para a saúde, relacionados com:

a) Substâncias e misturas perigosas para a g) Queda de altura;


saúde;
h) Choque elétrico e trabalhos sob tensão;
b) Atmosferas com falta de oxigénio;
i) Afogamento;
c) Agentes biológicos nocivos;
j) Cortes por motosserras manuais;
d) Radiações ionizantes;
k) Jatos de alta pressão;
e) Ambientes quentes, cujos efeitos sejam
l) Ferimentos por bala ou arma branca;
comparáveis aos de uma temperatura do ar
igual ou superior a 100ºC; m) Ruídos prejudiciais.
f) Ambientes frios, cujos efeitos sejam
comparáveis aos de uma temperatura do ar
igual ou inferior a – 50ºC;
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Obrigações do Empregador

• Decreto-Lei nº 348/93, 1 de Outubro:


a) Fornecer EPI e garantir o seu bom funcionamento;

b) Fornecer e manter disponíveis nos locais de trabalho informação adequada sobre cada EPI;

c) Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais os EPI os visa proteger;

d) Assegurar a formação sobre a utilização dos EPI organizando, se necessário, exercícios de


segurança.

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Obrigações do Empregado

• Decreto-Lei nº 348/93, 1 de Outubro:


a) Utilizar corretamente o EPI de acordo com as instruções que lhe forem fornecidas;

b) Conservar e manter em bom estado o equipamento que lhe foi distribuído;

c) Participar de imediato todas as avarias ou deficiências do equipamento que tenha conhecimento.

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Proteção da Cabeça
Constituição dos capacetes

EN 397: validade

Termoplásticos
Termoendurecíveis
EPI's com data de validade: Alumínio
Filtros das mascaras
Luvas dielectricas
Capacetes
...
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Proteção da Cabeça
Toucas/Cógulas

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Proteção dos Ouvidos
Abafadores e Tampões auditivos

Espuma (revestidos)
Borracha
Ajustáveis (silicone)
21
Como colocar os
tampões auditivos

22
Como colocar os
tampões auditivos

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Características das Luvas

Directiva 89/686/CEE (revogada pelo regulamento nº 425/2016 a partir de 21/4/2018)


descreve as exigências gerais para as luvas, denominados riscos mínimos:
• Inocuidade;
• Tamanho;
• Informação sobre o produto, embalagem e marcação;
• Disponibilização de informação técnica.

Cano comprido Tamanho


Cano curto Marcação
Dedeiras Validade

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Características das Luvas

Normalização aplicável:
• Riscos Mecânicos  NPEN 388;
• Riscos Microorganismos  NPEN 374;
• Riscos Químicos  NPEN 374;
• Riscos Térmicos (calor e fogo)  NPEN 407 ;
• Riscos Radioativos  NPEN 421;
• Riscos Térmicos (frio)  EN 511.

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Características das Luvas

Classe de Protecção para PERIGOS MECÂNICOS (NPEN 388)


• 1º Algarismo  Resistência à Abrasão [ 0 - 4 ];
• 2º Algarismo  Resistência ao Corte [ 0 - 5 ];
• 3º Algarismo  Resistência à Ruptura [ 0 - 4 ];
• 4º Algarismo  Resistência à Perfuração [ 0 - 4 ];
• 5º Algarismo  Resistência ao Corte por Impacto [ (Não)Cumpre ];
• 6º Algarismo  Resistência Anti-Estática [(Não)Cumpre ];

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Características das Luvas

27
Características das Luvas

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Características das Luvas

Classe de Proteção para CALOR E FOGO (NPEN 407)


• 1º Algarismo  Comportamento ao fogo [0 - 4];
• 2º Algarismo  Resistência ao Calor por Contacto [0 - 4];
• 3º Algarismo  Resistência ao Calor Convectivo [0 - 4];
• 4º Algarismo  Resistência ao Calor Radiante [0 - 4];
• 5º Algarismo  Resistência a pequenas projeções de metal em fusão [0 - 4];
• 6º Algarismo  Resistência a grandes projeções de metal em fusão [0 - 4];

29
Características das Luvas

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Características das Luvas

Classe de Proteção para PERIGOS DERIVADOS DO FRIO


(EN 511)
• 1º Algarismo  Resistência ao frio convectivo [0 - 4];
• 2º Algarismo  Resistência ao frio por contacto [0 - 5];
• 3º Algarismo  Permeabilidade da água [0 - 1];

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Características das Luvas

32
Características das Luvas

33
Características das Luvas

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Características do Calçado

Segundo a NPEN 344/345/347


• Calçado de Segurança  biqueira resiste à energia de impacto de 200 J;
• Calçado de Proteção  biqueira resiste à energia de impacto de 100 J;
• Calçado de Trabalho  quando não é utilizada biqueira de aço;

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Características do Calçado

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Características do Calçado

Biqueira de Kevlar

Palmilhas de aço, antiderrapantes


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Características do Calçado

Marcações e indicações
• Tamanho do calçado;
• Nome ou marca do fabricante;
• Data de fabrico (trimestre e ano);
• País de fabrico;
• Número da Normalização correspondente (NPEN 344/ 345/ 347);
• Símbolo(s) apropriado(s) para as exigências básicas e adicionais.

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Características das Botas

39
Características das Botas

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Características dos Óculos

Classificação das Oculares:


• Classe 1  podem ser transportadas permanentemente durante o trabalho;
• Classe 2  têm uma utilização momentânea.

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Características das Viseiras

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Características dos Óculos

Marcação das Oculares (NPEN 166):


• 1º  Número de escala (só para os filtros);
• 2º  Identificação do fabricante;
• 3º  Classe óptica (excepto para ecrãs de protecção);
• 4º  Símbolo de resistência mecânica [S,F,B,A];
• 5º  Símbolo de não aderência do metal fundido e da resistência à penetração de sólidos
quentes [9];*
• 6º  Símbolo de resistência à deterioração das superfícies por partículas finas [K];
• 7º  Símbolo de resistência ao nevoeiro [N].

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Características dos Óculos
Símbolos dos Campos de Utilização das Armações:
• 5º  Riscos mecânicos não especificados e riscos produzidos pelas radiações
ultravioletas, visíveis, infravermelhas e solares [Nenhum Símbolo];
• 5º  Líquidos - gotículas ou salpicos [3];
• 5º  Poeira com partículas de diâmetro superior a 5m [4];
• 5º  Gases, vapores, gotas pulverizadas, fumo e poeiras com partículas de diâmetro
menor a 5m [5];
• 5º  Arco elétrico de curto-circuito no equipamento elétrico [8];
• 5º  Projeções de metais derretidos e penetração de sólidos quentes [9].

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Características dos Óculos

Símbolos das Oculares e Aros com haste (NPEN 166):


• Robustez Mínima  Sem símbolo ; N/A
• Robustez Reforçada  S ; N/A
• Impacto a Baixa Energia  F ; -F (todos protectores oculares)
• Impacto a Média Energia  B ; -B (óculos máscaras,ecrãs faciais)
• Impacto a Alta Energia  A ; -A (ecrãs faciais)

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Características dos Óculos

Cuidados a ter com óculos e viseiras:


• Evitar partes metálicas em locais de temperaturas elevadas;
• Compatibilizar óculos correctivos com óculos de protecção;
• Atenção às dermatoses nas áreas de contacto com a pele;
• Substituídas protecções que afectam a transparência, em especial os arranhões, fissuras
superficiais;
• Utilizar produtos antiembaciantes.

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Características das Armações

Marcação das Armações (NPEN 166):


• 1º  Identificação do fabricante;
• 2º  Número da Norma NPEN 166;
• 3º  Campo(s) de utilização [3, 4, 5, 8, 9];
• 4º  Símbolo de resistência às partículas projectadas a alta velocidade [-F, -B, -A].

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Características do Vestuário

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Características do Arnês

49
Características do
Sistema Anti-Queda

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Características do
Sistema Anti-Queda

Cuidados a ter com Sistemas anti-queda:


• Instruções detalhadas e ilustradas de funcionamento;
• Aviso sobre utilização pessoal do arnês;
• Cartão de registo: Id fabricante, Nº série fabricante, ano fabrico, data de compra, data
colocação ao serviço, nome utilizador;
• Instruções sobre tipo ancoragem para o sistema e resistência mínima;
• Procedimentos efetuar antes da utilização;
• Procedimentos de limpeza adequados;
• Secagem após limpeza, armazenagem e exames periódicos.

51
Características do
Cinto de Trabalho

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Características do
Cinto de Trabalho

Cuidados a ter com Cinto de Trabalho:


• Instruções claras em língua portuguesa sobre o cinto e amarrações;
• Aviso sobre adaptação ao sistema anti-quedas;
• Instruções de posicionamento da amarração à estrutura ou ancoragem;
• Instruções de armazenamento e manutenção;
• Marcação clara e indelével da Norma EN 358, Id fabricante, Ano e mês de fabrico, Id da fibra
usada.

53
Características das
Máscaras

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Características das
Máscaras

Partículas
(Sólidas/Líquidas)
FFP1/FFP2/FFP3

55
Características das
Máscaras

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EXERCÍCIO Nº 5
Identificação de Riscos e EPI’s
Observe atentamente as seguintes situações. Tente identificar quais os riscos presentes e
quais as partes do corpo atingidas, registando os resultados na matriz EPI vs Riscos.

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SEGURANÇA E SAÚDE
NO TRABALHO

Rui Araújo (Eng.)

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