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Parnasianismo

CARACTERÍSTICAS GERAIS:

 Poesia anti-Romântica criada pelo materialismo científico.A poesia deixa de ser


sentimento exacerbado e denuncia as injustiças.Paisagens emotivas, exóticas,
objetos raros.Forma perfeita: rimas raras; vocábulos sonoros.A impassividade
como norma.Princípio da arte pela arte; o objeto da poesia é ela mesma.É a
representação da poesia do realismo no Brasil.A Tríade Parnasiana: Albertto de
Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.Beleza material da palavra.Versos
longos, decassílabos ou Alexandrinos.Rigor na forma.PRODUÇÃO LITERÁRIA

OLAVO BILAC

o É o representante mais perfeito dessa poesia.Elegante na elaboração de


seus textos.Culto pela beleza inigüalável.Também conhecido como poeta
do amor - expressões delicadas e grande emotividade.Empolgado com a
epopéia bandeirante, cantou o herói nacional da época, os
Bandeirantes.Ficou afastado dos ideais da época.

SIMBOLISMO

QUADRO GERAL:

INÍCIO:

Em Portugal - poesia O aristos, de Eugênio de Castro.No Brasil - obra Missal e


Broquéis, Cruz e Souza.

TÉRMINO: Início do século XX com o início do pré-modernismo.

PAINEL DE ÉPOCA

O cansaço causado pelo culto da forma (Parnasianismo), facilita o nascimento de uma


forma estética mais solta, mais humana e subjetiva.Antiparnasianismo: solta a
intimidade do ser.Na França: Baudelaire, Mallarmé e Verlaine.A busca pelo espiritual, o
místico, o estado da alma.É o fim da literatura com visão científica e determinista do
mundo.Retorno de alguns temas Românticos mas com uma estrutura poética mais
libera-da, solta.A busca da musicalidade das palavras.Nefelibatas: os habitantes das
nuvens.Presença de sinestesia: apelo para os sentidos do homem.PRODUÇÃO
LITERÁRIA: Brasil / Portugal

I) Alphonsus de Guimaraens - Brasil

Exploração do tema da morte.Literatura gótica próxima aos escritores


românticos.Atmosfera mística e litúrgica.Poesia uniforme e equilibrada.Ambiente místico
da cidade de Mariana e as chama sentimental vivido na adolescência.Influências Árcades
e Renascentistas sem cair no formalismo parnasiano.II) Cruz e Souza - Brasil
Apresenta diversidade e riqueza em sua poética.Aspectos noturnos do Simbolismo,
herdado do Romantismo: culto da noite, o pessimismo, a morte, etc.Preocupação
formal; o gosto pelo soneto; o verbalismo requintado; a força das imagens.Inclinação
para uma poesia meditativa e filosófica que o aproxima de Antero de Quental.Poesia
metafísica e dor de existir.III) Camilo Pessanha - Portugal
Destaque pela musicalidade acompanhada por sinestesia, metáforas, símbolos,
ambigüidades, fragmentação das imagens auditivas e visuais.Poema de abertura:
Clepsidro; influenciou o Modernismo em Portugal.

EXERCÍCIOS:
A) TEXTO /QUESTÕES: A CATEDRAL

Entre brumas ao longe surge a aurora,


O hialino (1) orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol (2).
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.

E o sino canta em lúgubres responsos:

“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O astro glorioso segue a eterna estrada.


Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea (3) do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a benção de Jesus.

E o sino clama em lúgubres responsos (4).


“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!

Por entre lírios e lilases desce


A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a lua a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.

E o sino chora em lúgubres responsos:


“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!”

O céu é todo trevas: o vento uiva.


De relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho.
Como um astro que já morreu.

E o sino geme em lúgubres responsos:


“Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!

(Alphonsus de Guimaraens, In: Alphonsus de Guimaraens

Poesia . 2ª ed. Rio de Janeiro, AGIR, 1963, p. 82-3).

Vocabulário:
(1) que tem a aparência do vidro, transparente como o vidro.
(2) coloração avermelhada do crepúsculo.
(3) de marfim; que tem a aparência de marfim
(4) versículo rezado ou cantado depois da leitura de determinados textos litúrgicos.

1) Faça um estudo do vocabulário dotexto A Catedral identificando características


simbolistas.

2) Analise a presença de sinestesia no texto de Alphonsus de Guimaraens. Dê exemplos.

3) Como você analisa a repetição do verso “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!” no


poema. Que referência existe com o simbolismo?
B) TESTES:

Questões de 1 a 4 - Leia com atenção:

“Torce, aprimora, alteia, lima


A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima
Como um rubim.

Quero a estrofe cristalina,


Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito”.

(OlavoBilac, “Profissão de Fé”, Poesias)

1. (FUVEST) Nos versos acima, a atividade poética é comparada ao lavor do ourives,


porque, para o autor:
a) a poesia é preciosa como um rubi;
b) poeta é um burilador;
c) na poesia não pode faltar a rima;
d) o poeta não se assemelha a um artesão;
e) o poeta emprega a chave de ouro.

2. (FUVEST) Pode-se inferir do texto acima que, para Olavo Bilac, o ideal da forma
literária é:
a) a libertação
b) a isometria
c) a estrofação
d) a rima
e) a perfeição

3. (FUVEST) Dentre as seguintes passagens, extraídas de poemas de outros autores,


assinale aquela que pode ser considera-da uma reiteração da proposta contida no
fragmento de “Profissão de Fé”.
a) “Este verso, apenas um arabesco / em torno do elemento essencial - inatingível”.
b) “Assim eu quereria o meu último poema / Que fosse terno dizendo as coisas, mais
simples e menos intencionais”
c) “Musa (...) dá-me o hemistíquio d’ouro, a imagem atrativa,/ rima (...) / a estrofe
limpa e viva”
d) Mundo mundo vasto mundo,/ se eu me chamasse Raimundo / seria uma rima, não
seria uma solução”
e) “Catar feijão se limita com escrever: / joga-se os grãos na água do alguidar / e as
palavras na folha de papel”

4. (FUVEST) Indique, dentre os versos abaixo, aquele que, sob o ponto de vista da
métrica, tem a mesma contagem de sílabas do verso:
Do ourives, saia da oficina:
a) “A natureza apática esmaece”
b) “Minha terra tem palmeiras”
c) “Dobra o sino... soluça um verso de Direceu...”
d) “Não morrrerás, Deusa sublime”
e) “São Paulo! comoção de minha vida...”

5. (UF-ES) O ideal parnasiano do culto da “arte pela arte” significa que o objeto do poeta
é criar obras que expressem:
a) um conteúdo social, de interesse universal.
b) a noção do progresso de sua época.
c) uma mensagem educativa, de natureza moral.
d) uma lição de cunho religioso.
e) o Belo, criado pelo perfeito uso dos recursos estilísticos.

6. (CFET-PA) Todas as afirmações abaixo estão corretas, com exceção de:


a) O Parnasianismo é a manifestação poética do Realismo, mais voltada para o
concreto.
b) Os parnasianos assumiram o sentimentalismo quanto à observação da realidade,
pregando uma atitude pessoal.
c) Os parnasianos, negando a emoção, cultuam a Razão e revalorizam a Antigüidade
Clássica.
d) O Parnasianismo é uma estética preocupada com a arte pela arte, a poesia pela
poesia.
e) Os parnasianos fixam-se na observação de regras poéticas e têm, por isso, uma
linguagem rebuscada e artificial.

7. (UF-PA) À subjetividade romântica os parnasianos contrapuserem a impessoalidade


objetiva; Bilac, parnasiano por exce-lência, por vezes foge do rigorismo objetivista de
sua escola como, por exemplo, nos versos em que o eu do poeta se manifesta
claramente. É o que se vê em:
a) Fernão Dias Paes Leme agoniza. Um lamento / Chora largo, a rolar na longa voz do
vento.
b) Pára! Uma terra nova ao teu olhar fulgura! / Detém-te! Aqui, de encontro a
verdejantes plagas.
c) E eu, solitário, volto a face, e tremo, / Vendo o teu vulto que desaparece.
d) Chega de baile. Descansa! / Move a ebúrnea ventarola.
e) E ei-la, a morte! E ei-lo, o fim! A palidez aumenta; Fernão Dias se esvai, numa
síncope lenta.

8. (UM-SP) Assinale a alternativa que não se aplica à estética parnasiana.


a) predomínio da forma sobre o conteúdo.
b) tentativa de superar a sentimento romântico.
c) constante presença da temática da morte.
d) correta linguagem, fundamentada nos princípios dos clássicos.
e) predileção pelos gêneros fixos, valorizando o soneto.

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