08/04/2018

Eletrotécnica e Máquinas
Elétricas
Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

2017/2018

II - Análise de circuitos em regime alternado

A. Pronto/P. Pereira - Elet. e Máq. Elétricas 2017/18

sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.1 – Potência instantânea, p(t)

Por definição de potência tem-se que:

p(t ) = u(t ) ⋅ i (t )
i (t )
Em regime sinusoidal

u (t ) = 2 ⋅U ef ⋅ cos(ωt + α )
Carga

u(t )
i (t ) = 2 ⋅ I ef ⋅ cos(ωt + α - ϕ )

Multiplicando e rearranjando fica:

p(t ) = U ef I ef ⋅ cos ϕ + U ef I ef ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ ) (2.13)

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ϕ é a desfasagem entre tensão e corrente

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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.1 – Potência instantânea, p(t)

p(t ) = U ef I ef ⋅ cos ϕ + U ef I ef ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ )

i (t )
Termo Termo alternado
constante sinusoidal
Carga

u(t ) S = Uef Ief

P = Uef Ief ⋅ cos ϕ = S ⋅ cos ϕ

p(t ) = P + S ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ )

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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.1 – Potência instantânea, p(t)

p(t ) = P + S ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ )

i (t ) u(t )

i (t )
Carga

u(t )

P+S
p(t ) p(t ) > 0

P A energia flui do
circuito para a carga.

P−S
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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.1 – Potência instantânea, p(t)

p(t ) = P + S ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ )

i (t ) u(t )

i (t )
Carga

u(t )

P+S
p(t ) p(t ) < 0

P A energia flui da
carga para o circuito.

P−S
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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal

6 M. Ventim Neves (DEE-FCT-UNL), Electrotecnia Teórica – Circuitos Eléctricos em Regime Sinusoidal

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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.2 – Potências aparente, ativa e reativa

Acções energéticas: correspondem apenas ao valor médio da potência

instantânea, ou potência activa P
P = Uef Ief ⋅ cos(ϕ ) = {p(t )}médio W (watt) (2.14)

Em corrente contínua,
P = U ⋅I

logo define-se potência aparente S por

S = Uef Ief VA (volt - ampere) (2.15)

P = S ⋅ cos(ϕ )
Ao factor cos(φ) chama-se factor de potência (adimensional).
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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.2 – Potências aparente, ativa e reativa
Considerando de novo a expressão (2.13) e desenvolvendo pode também
i (t ) escrever-se:
p(t ) = U ef I ef ⋅ cos ϕ + U ef I ef ⋅ cos(2ωt + 2α - ϕ )
= P ⋅ (1 − cos(2ωt + 2α )) + Q ⋅ sen (2ωt + 2α )
Carga

u(t )
Q = Uef Ief ⋅ senϕ = S ⋅ senϕ VAr (volt - ampere reactivo) (2.16)

P ⋅ (1 − cos(2ωt + 2α )) Q ⋅ sen(2ωt + 2α )
2P +Q

P 0

0 −Q
8 Energia consumida Energia oscilante

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8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.2 – Potências aparente, ativa e reativa

Triângulo de Potências
S = Uef Ief
P = Uef Ief ⋅ cos ϕ = S ⋅ cos ϕ
Q = Uef Ief ⋅ senϕ = S ⋅ senϕ

S
Q
ϕ

P
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sinusoidal (CA)
8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.2 – Potência Complexa S
Por definição, a potência complexa ̅S é a soma complexa da potência ativa com a
potência reativa, como se representa no plano de Argand abaixo indicado.
ℑ
jQ

S S
Q
ϕ ϕ

P P ℜ
jφ
S = P + jQ = S ⋅ e VA (volt - ampere)
ℜ {S } = P
ℑ {S } = Q
(2.17)

10 S = P2 + Q2

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8. Potências em regime alternado sinusoidal
8.2 – Potência Complexa S
Pode ainda escrever-se:

1
Usando amplitudes complexas: S = U ⋅I * (2.18)
2

Usando fasores: = Uef ⋅ Ief* (2.19)

= Z ⋅ Ief2

Exemplo: Uma instalação industrial de 100 kVA exibe um fator de potência de

0,866 indutivo. Determinar a potência ativa, a potência reativa e a potência
complexa na instalação.
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sinusoidal (CA)
9. Teorema de Poynting
em Valores Instantâneos
Considere-se o circuito RLC da figura. A potência instantânea posta em jogo no
circuito pode ser dada por:

i R L C
d 1 2 d 1 2 
uR uL uC p(t ) = Ri 2 +  Li  +  CuC 
dt  2  dt  2  (2.20)
u dWmag dWelec
= pJ (t ) + +
dt dt
Teorema de Poynting
(em valores instantâneos)

Teorema de Poynting
A potência associada ao fornecimento de energia a um circuito, é igual ao
total da potência de Joule mais a derivada temporal do total de energia
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magnética e eléctrica no circuito .

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sinusoidal (CA)
9. Teorema de Poynting
Complexo
Considera os valores médios das energias, tendo-se a potência complexa dada por:

(
S = {pJ }média + j2ω {Wmag }média − {Welec }média ) (2.21)

Onde:
P = {pJ }média
{W }
mag média
1
= LIef2
2
(
Q = 2ω {Wmag }média − {Welec }média ) sendo
{Welec }média = 1 CUef2
2

Teorema de Poynting Complexo

A potência complexa num circuito tem como parte real a potência média de
Joule (potência ativa) e como parte imaginária a diferença entre as energias
magnética e eléctrica médias multiplicada por 2ω.
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