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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas - DCET

SOLUÇÕES

Prof. Miriam Sanae Tokumoto


SOLUÇÃO

mistura homogênea de espécies químicas dispersas


numa escala molecular

Ex: mistura homogênea Água + sal

Propriedade  ponto de congelamento

Água salgada < sal puro

Água salgada < água pura

Congela num intervalo de temperatura


SOLUÇÃO

 Constituída por uma única fase


 Gasosas, liquidas, sólidas
 2 componentes  binárias
 3 componentes  ternárias
 4 componentes  quaternárias

Solvente  constituinte presente em > quantidade


Soluto  constituinte presente em < quantidade
TIPOS DE SOLUÇÃO
Gasosas
Gás dissolvido em gás O2 dissolvido em N2
Líquido dissolvido em gás Clorofórmio dissolvido em N2
Sólido dissolvido em gás Gelo seco dissolvido em N2

Líquidas
Gás dissolvido em líquido CO2 dissolvido em H2O

Líquido dissolvido em líquido Etanol dissolvido em H2O

Sólido dissolvido em líquido Açúcar dissolvido em H2O

Sólidas
Gás dissolvido em sólido H2 dissolvido em Pd

Líquido dissolvido em sólido Hg dissolvido em Au

Sólido dissolvido em sólido Cu dissolvido em Ni


Soluções gasosas
Sempre homogênea
Todos os gases misturam
Diferença entre gás puro uniformemente em qualquer
proporção
As moléculas não são iguais

Exemplo: ar atmosférico solução gasosa


Soluções líquidas

Possuem arranjo molecular típico de líquidos puros

Composta de diferentes partículas

Os estudos terão ênfase em soluções líquidas aquosas


Soluções Sólidas

substituinte intersticial

Exibe estrutura cristalina com regularidade estrutural

Mas a estrutura foi feita


 Ao acaso
 Pela existência de partículas diferentes
ocupando os pontos do retículo
Exemplo: KBr + KCl

Podem ser cristalizadas a partir de soluções aquosas

Íons Cl- e Br- Raios são próximos


Soluções Sólidas

substituinte intersticial
Átomos
diferentes Íons
moléculas
Ocupam os vértices e fissuras ou interstícios
No retículo hospedeiro
Exemplo: Austenita
Átomos de C
Ocupam alguns interstícios em
arranjo cúbico de corpo
centrado de átomos de ferro Fe- Atomium, Bruxelas

CFC Fe- Fe-


Polimorfos
Grego = muitas formas CCC
Preparação da solução sólida

Não se faz mistura física simples

Os componentes Dissolve no outro espontaneamente

Sólido  difusão lenta Fusão dos 2 sólidos juntos e resfriar


Unidades de concentração
Molaridade

Concentração molar (mol/L)

Soluto em solução

Quantidade de moléculas do soluto (mols)


Razão
Em volume de solução (L)

Exemplo: Suponha que dissolvemos 10,0 g de açúcar em água até


completar 200 mL de solução. O açúcar é sacarose (C12H22O11). Qual é a
molaridade desta solução?
Exemplos
Qual a concentração do sulfato de sólido em uma solução preparada pela
dissolução de 15,5 g em água, até completar 350 mL de solução?

Suponha que nos pediram para preparar 250 mL de uma solução de


aproximadamente 0,0380 mol/L de CuSO4(aq) e só dispomos de sulfato de
cobre (II) pentahidratado. Que massa do sólido precisamos usar?
Exemplos
Suponha que queremos preparar uma solução 0,760 mmol de ácido acético
CH3COOH, e dispomos de uma solução 0,0380 mol/L de CH3COOH(aq). Que
volume dessa solução teríamos de usar.
Diluição
Exemplos: Precisamos preparar 250 mL de uma solução 1,50 10-3 mol/L de
NaOH(aq) a partir de uma solução aquosa de concentração 0,038 mol/L.
Que volume de solução estoque devemos usar?

Ou
Fração Molar
São obtidas dividindo cada um dos n° de moles pelo n° total de
moles de todas as substâncias presentes
ni = n1 + n2 + n3 + ...

A soma das frações molares de todas as substâncias de uma


mistura é unitária
Exemplo
Se 28,6 g de sacarose (açúcar) C12H22O11 forem dissolvidos em 101,4 g de
água, qual é a fração molar da sacarose na solução?

MM=342,3 C12H22O11

MM=18,02 H 2O
Percentagem molar

Unidade relativa a fração molar


N° de mols de um componente expresso como uma % do n° total
de mols presentes

Exemplos: Qual é a percentagem molar da sacarose na solução do


exemplo anterior?
Percentagem em massa

É a quantidade de um componente de uma solução expressa


como uma percentagem de massa total

Exemplo: Qual é a percentagem em massa da sacarose, quando são


adicionados 28,6 g de sacarose em 101,4 g de água?
Solubilidade
Mecanismo de dissolução
O que acontece quando o soluto sólido é adicionado no solvente líquido ?

A estrutura do sólido começa a desintegrar

Moléculas dos solvente atacam a superfície do retículo cristalino

Remove as partículas do soluto

Solvente rodeia as partículas do soluto

Dispersa o soluto no solvente

Para isso acontecer depende das intensidades de 3 forças atrativas


Mecanismo de dissolução
1 – forças entre as partículas do soluto anterior a sua dissolução
(forças soluto-soluto)

2 – as forças entre as moléculas do solvente antes da


dissolução (forças solvente-solvente)

3 – as forças que são formadas entre partículas de soluto e


solvente durante o processo de dissolução (forças soluto-
solvente)

Exemplo: Quando há alta solubilidade de um sólido em um líquido


Existe forças fracas entre soluto - soluto
Forças forte entre soluto - solvente
Mecanismo de dissolução
Solvente dissolve um soluto se tiverem propriedades semelhantes

“Semelhante dissolve semelhante”

Solvente polar dissolve solutos iônicos e polares


Solvente não polar dissolve solutos não polares
Para entender melhor
Vamos imaginar em nível molecular

Exemplo: cristais de glicose dissolvendo de água

Átomos de água se aproxima da superfície


do cristal de glicose

Ligações de H começam a se formar entre as moléculas


de H2O e as de glicose
Mecanismo de dissolução

Molécula de glicose da superfície são puxadas para a


solução por moléculas de H2O

Mas são atraídas também para o cristal por outras


moléculas de glicose

As moléculas de glicose da superfície se soltam do


cristal e passa para o solvente
Mecanismo de dissolução

A molécula de glicose vai estar cercadas por molécula de H2O

No caso de sólido iônico é semelhante

Moléculas de H2O (polar) hidratam


os íons

São retirados do
retículo cristalino
Mecanismo de dissolução
Mexer ou agitar Acelera o processo

Porque coloca mais molécula de água livres na superfície do sólido

Retira os íons hidratados da proximidade do sólido

“Semelhante dissolve semelhante” Porque?

Podemos analisar examinando as forças de atração entre


as moléculas do soluto e do solvente
Mecanismo de dissolução
Quando o soluto dissolve Atração soluto - soluto
substituídas
Atração soluto -solvente

Exemplo: energia das forças coesiva em soluto São ligações de H

dissolve em um solvente com ligação de H


Os outros não solúveis ou pouco

As moléculas só podem passar para a solução se


Glicose  grupo OH  forma lig H Puderem substituir
 dissolve em H2O
Hexano não dissolve
Lig H soluto - soluto Lig. H soluto - solvente
Mecanismo de dissolução
Exemplo: forças coesiva entre moléculas de soluto

São forças de London (forças fracas)

CCl4 + I2 Melhor solvente


Será aquele capaz de substituir essa força
Mecanismo de dissolução
Exemplo: Sabões e detergentes

Sabão – são sais de sódio de ácido carboxílico de cadeia longa

Estearato de sódio (NaCH3(CH2)16CO2)


+ -
Na O CH3

cabeça cauda

Ânion – grupo carboxilato polar ( ) Cadeia de hidrocarbonetos


apolar

Como os sabões retiram as gorduras?


Mecanismo de dissolução
Mecanismo de dissolução
Detergente - surfactantes

São biodegradáveis – de cadeia alquílica linear (alquilsulfonatos lineares).


Ex: dodecilbenzenossulfonato de sódio, dodecilsulfato de sódio.
Essas moléculas são degradadas por microorganismos aeróbicos como a
Escherichia coli .
Saturação e solubilidade

Solutos não-dissociáveis

Vamos olhar o experimento:

Composto molecular
Lig H N-H-O
 Muito solúvel em água
H2O
Uréia
T = 25°C
CO(NH2)2

Adição de + uréia Ocorre rápida dissolução


Saturação e solubilidade

Cada porção foi observado que o


Adição de + uréia tempo de dissolução aumenta

Até que a última microporção de


uréia não dissolva mais

observar Não podemos ver nada !

O excesso de uréia (não dissolvido) permanece no


fundo do béquer

Solução saturada
Saturação e solubilidade
É aquela que está em equilíbrio com excesso de
Solução saturada soluto, ou seria se estivesse presente excesso de
soluto

Solução insaturada É aquela que tem uma concentração de soluto


menor do que a de uma solução saturada

Solução super saturada É aquele em que a concentração do soluto


é maior do que a da solução saturada.

É instável
Seu soluto tende a cristalizar
Saturação e solubilidade

Solutos dissociáveis
Tornam-se íons dispersos

solução saturada de NaCl em água

Obs: há solutos que são inifinitamente solúveis e outros pouco solúveis


Calor de solução
Desprendimento de calor (H  0)
Substância dissolve
Absorção de calor (H  0)
H  calor de solução
ou entalpia de solução
(Hsol)

Exemplo: Dissolução exotérmica

São divididos em 2 etapas: 1 – desintegração do retículo cristalino em íons


2 – solvatação destes íons por solvente
Calor de solução
Exemplo: Dissolução endotérmica

Em dissolução endotérmico Os sais tem baixa solubilidade


Solubilidade e temperatura

endotérmico
Dissolução
exotérmico

Podemos alterar este equilíbrio com mudança de temperatura

endotérmico Se  T  muda o equilíbrio para   favorece a solução


 solubilidade

exotérmico Se  T  o equilíbrio para   favorece o soluto não


dissolvido   solubilidade
Propriedades coligativas

São propriedades de uma solução que dependem da


concentração de partículas do soluto e não da sua natureza

 Abaixamento da pressão de vapor

 Elevação ebulioscópica

 Abaixamento crioscópico

 Pressão osmótica

Cada uma destas propriedades dependem da diminuição da


tendência de escape das moléculas do solvente pela adição
das partículas do soluto
Propriedades coligativas
Abaixamento da pressão de vapor
Tendência de escape para um solvente

É medida pela pressão de vapor


Diminuição pela presença de algum soluto

Mecanismo:
Para uma dada temperatura
Pvapor de um líquido puro
Depende da fração de suas moléculas
Tem energia cinética suficiente
Para escapar da atração de suas moléculas vizinhas
Propriedades coligativas

Solvente puro em equilíbrio com seu vapor


T

Solução em equilíbrio com seu vapor


T
Soluto não volátil
Somente moléculas do solvente está na fase gasosa

[moleculas]  fase gasosa < do que solvente puro Porque?

solução nem todas as moléculas na superfície são moléculas de solvente


 Não são todas potencialmente capazes de escapar do líquido

Velocidade de evaporação da solução < do que no solvente puro


Propriedades coligativas
 [moléculas]eq Fase gasosa acima da solução < que do solvente puro
Propriedades coligativas
Lei de Raoult Relação entre abaixamento da Pvapor e a [solução]ideal

 Pvapor solução  Fração molar do solvente na solução


 Pvapor solvente puro  Fração molar do soluto

Abaixamento da Pvapor relativo

Abaixamento da Pvapor provocado pela presença do soluto


Propriedades coligativas
Quando ambos os componentes de uma solução binária ideal

São líquidos voláteis


Pressão Propriedades coligativas

Pressão

0 1 1
Fração molar de B, xB Fração molar de A, xA 0
Propriedades coligativas

PT

Pressão

0 1
Fração molar de B, xB
Propriedades coligativas

Solução ideal  é aquela que obedece a Lei de Raoult

A maioria apresenta desvios

Desvios positivos
Sistemas que apresentam
Desvios negativos
Propriedades coligativas
Desvio positivo

Tendência de escape de cada componente


PT
É mais alta quando puro

Atração intermolecular na solução


Pressão

São mais fracas que no componente puro

Processo de mistura para formar solução


0 Fração molar de B, xB 1

Endotérmico Hsol > 0


Propriedades coligativas
Desvio negativo
Tendência de escape é baixa

PT
Forças intermoleculares na solução

Devem ser mais fortes que nos componentes puros

Misturas dos componentes para formar solução


Pressão

Exotérmica Hsol < 0

0 Fração molar de B, xB 1
Propriedades coligativas
Elevação ebulioscópica
Líquidos  ferve à temperatura na qual sua Pvapor = Patm

Pvapor de uma solução T Pela presença do soluto

 Necessita aquecer a solução

A T + alta para alcançar PE


Propriedades coligativas
Propriedade coligativa
Abaixamento da Pvapor em solução diluída
Depende da [partículas] soluto
e não da sua natureza química

Elevação ebulioscópica em solução diluída


é proporcional a molalidade das partículas do soluto

 Constante ebulioscópica
 Molalidade do soluto

 depende do solvente Representa  do PE


Provocado pela adição de 1 mol de partículas
de soluto a 1 kg de solvente
Propriedades coligativas

solvente PE (°C) Ke (°C/m)


Água 100,00 0,512
Benzeno 80,2 2,53
Ácido acético 118,5 3,07
Naftaleno 218,0 5,65
cânfora 208,3 5,95
Propriedades coligativas
Abaixamento crioscópico
Se a elevação ebulioscópica
são partículas do soluto  a tendência de escape do solvente
Para compensar
Promove o  da temperatura para conseguir fervê-lo

tendência de escape É escapar para qualquer fase

 O fato de que um soluto abaixa o Pcongelamento de um solvente


 Precisa resfriá-lo a T mais baixo
Para compensar a tendência de escape diminuida
Propriedades coligativas
Presença de soluto Sempre  o Pcong

Se o soluto é insolúvel na fase sólida


Propriedades coligativas
Pressão osmótica
Diferença entre Pvapor de uma solução e do solvente puro

Pode ser utilizada para transportar molécula do solvente para solução

Taxa de condensação nos 2 líquidos é


a mesma

Taxa de evaporação
Solvente puro > solução

Por causa da diferença na tendência de escape

Permite a passagem de
moléculas do solvente em
ambos os sentidos Impermeável a partículas do soluto
Propriedades coligativas
Tendência de escape

Molécula solvente > solução

Velocidade de transferência das moléculas


do solvente da esquerda é > do que da
direita

OSMOSE
Propriedades coligativas
Podemos impedir que ocorra a osmose

Aplicando uma pressão no


lado da solução

Para compensar as diferenças nas


tendências de escape

N° mol do soluto Pressão osmótica ()

ou
Propriedades coligativas
Exemplo: solução de 1,00 mol/L a 0°C

Mercúrio de 17 m
Pressão alta para suportar uma coluna de
Água de 230 m

Mesmo a solução diluída de 1,00 10-4 mol/L

1,17 mmHg

Empregada para determinação de massas moleculares muito altas


Fim

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