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Apostila de Liderança do grupo Teatral
O nome que foi dado ao grupo, inicialmente, foi NATIVIAH que, traduzido,
significa “Aqueles que pertencem ao caminho”. Durante um certo tempo, tentou-se trabalhar
com um grupo de dança para o teatro que se chamava CRAZY’N CROSS, mas essa idéia logo
se revelou impraticável e o grupo não sobreviveu a uma ministração.
No primeiro ano, a liderança do teatro enfrentou uma série de problemas: a inexperiência com
a arte teatral era uma delas, a falta de conhecimento do povo evangélico outra, pois logo o
grupo iria descobrir que existe muito preconceito no meio evangélico em relação ao fazer
teatro. Outra dificuldade enorme, a princípio, foi a construção de uma identidade para o grupo.
Diversas pessoas, de diversas camadas sociais, com diversas formações espirituais e idéias
diferentes, convivendo juntas, passaram a gerar situações difíceis. O grupo não conseguia
estabelecer um ponto de convivência. Logo, a isso se atrelou uma série de insubordinações por
parte de alguns integrantes, que levou o pastor do grupo a repensar a maneira de conduzir o
teatro. No início do ano 2000, o pastor do grupo tomou a resolução de banir do teatro qualquer
resquício do mundanismo. Umas das coisas que utilizou para isso foi rebatizar o grupo de
Maanaim, que significa “Acampamento dos Anjos”. Esse nome foi dado no Encontro através da
pastora Ângela Valadão. Aliado a isso, duas integrantes de peso e que mais tarde se tornaram
líderes da UNIJOVEM, juntamente com o pastor, receberam a promessa de Deus de que
chegaria um dia em que o teatro ministraria embriagado do Espírito Santo. Naquele início de
ano, muitas pessoas se animaram com a promessa e a nova direção que o teatro tomaria,
outras saíram insatisfeitas. Mas em tudo se podia perceber a benção de Deus e do pastor
Kaiser.
A partir daí, o grupo passou a ter uma identidade extremamente forte. A liderança do grupo
traçou o plano de alcançar, no teatro, não apenas os seus membros, mas também seus
familiares. Isso fortaleceu o grupo e fez surgir a identidade de família e unidade, que
caracterizam os grupos até hoje.
No entanto, faltava uma escola de teatro a ser seguida para que não ficássemos caminhando
em diversas direções conflitantes. Depois de orar muito e pesquisar, o líder do grupo optou por
seguir as escolas de teatro, uma criada por Augusto Boal (teatro do pobre e do oprimido), outra
por Viola Spolin (improvisação) e outra por Konstantin Stanislavski (teatro realista-psicológico).
Assim, a vida dos membros do grupo pareceu se encaixar de uma maneira poderosa. Houve
crescimento na técnica com investimento na compra de livros, DVD’s, revistas e fichários.
Líderes foram formados para essa área, o grupo cresceu em comunhão. Problemas de
relacionamentos eram cada vez mais raros e, quando surgiam, logo se resolviam. Na área
espiritual, houve crescimento com o discipulado no grupo, com os jejuns e as vigílias. O
relacionamento foi estreitado através das confraternizações e comemorações de cada
aniversário dos membros do grupo. Outro fato que fortaleceu o teatro foi a formação de lideres
na área pastoral, que deixou de depender apenas do pastor Douglas, dando-lhe mais liberdade
de ação em outras áreas.
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Não tardou para que as viagens missionárias surgissem. Foram diversas e cada uma com uma
história e momentos marcantes para a vida dos membros. Viagens para Belém, Londrina,
Ribeirão das Neves, Linhares, Uberlândia, Três Marias, Palmas e Contagem. O teatro, em
muitas dessas cidades, teve a oportunidade de dar oficinas e incentivar o surgimento de novos
grupos.
Teste / Observação:
Em 2005, o teatro fundou um terceiro grupo chamado Sião, mas em dezembro do mesmo ano
o grupo se desfez. Havia muitos integrantes antigos que já não eram mais adolescentes. Com
o intercâmbio do nosso pastor Douglas com a Rede da Juventude, muitos desses integrantes
foram redirecionados. Devido a isso, tivemos que reduzir o teatro a dois grupos novamente.
Abrimos vagas. Hoje em dia, o teste para integrar-se ao teatro é diferenciado. As pessoas que
querem participar são submetidas ao que denominamos de Projeto, que são oficinas
semanais. Os adolescentes comunicam seus lideres de célula e de futuro ministério que estão
participando do Projeto e, ao desenvolverem as habilidades necessárias, são chamadas para
fazer parte do grupo.
A- Período de observação:
A Rede de Adolescente passa por momentos que são de eterno aprendizado, por isso mesmo,
temos procurado sempre aprimorar nossa maneira de trabalhar com os adolescentes.
Tínhamos, anteriormente, uma série de testes, mas com o tempo percebemos alguns
problemas que foram surgindo, até percebermos que deveríamos mudar.
Para que qualquer adolescente entre em um ministério, hoje nós procuramos observá-lo desde
o momento em que ele entra na Rede. Esse acompanhamento começa através da célula, por
isso a importância do líder de célula (célula e ministério caminham juntos). O papel do líder de
célula neste tipo de teste é importantíssimo. O adolescente que entra na Rede de
Adolescentes, logo que ele começa a se envolver, procuramos encaminhá-lo para a Adoção,
Encontro, batismo, Escola de Líderes e para as atividades da Rede como acampamentos,
caminhadas, passeios, confraternizações, gincanas e cultos. Durante todo este processo, o
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adolescente é incentivado, em todo momento, pelo líder de célula, pelo pastor, pelos líderes da
Rede e pelas apresentações do próprio ministério, a entrar em algum ministério.
O adolescente não pode ficar parado, além dele ter atividades semanais, implantamos também
projetos de teatro para que ele possa se aprimorar e se preparar para o grupo. Com isso, o
adolescente não se desanima enquanto espera sua vez de entrar no grupo e nós podemos
observá-lo com maior proximidade.
Além disso, o líder de célula deve procurar acompanhar seu liderado em todo momento (deve
haver um pastoreio de perto), por isso, é necessário, em determinados casos, aproximação do
líder da Rede. Esse pastoreio que falamos é cuidado que envolve toda a vida do adolescente
(familiar, sexual, emocional, trabalho, estudos, moral).
Quando o adolescente tiver certeza de que quer entrar no ministério, este irá conversar com o
líder de célula (lembrando que o líder de célula deve estar sempre conversando com o
adolescente sobre tudo, inclusive sobre ministério), ou, dependendo do caso, com um dos
pastores da Rede, para conversar individualmente, para que, após essa conversa final, o
adolescente seja encaminhado ao líder do grupo pelo qual ele é interessado e esse líder o
encaminhe para os testes, para que ele possa entrar no ministério.
O líder do grupo e o líder da Rede não poderão encaminhar um adolescente que não esteja
preparado para entrar no ministério. Caso não entre, esse ficará sendo tratado pelo seu líder
até poder estar realmente bem, pois, depois que o adolescente entrar, o problema se tornará
muito maior.
Todo esse cuidado não tem objetivo de destruir a vida e os sonhos dos adolescentes, mas sim
colocar o adolescente dentro da vontade de Deus, no ministério certo e procurar cuidar deles
para que não haja desonra a Deus, e nem tampouco escândalo de outros por causa do mau
testemunho do adolescente. É importante saber quem sobe no altar para servir a Deus.
Um dos maiores problemas que enfrentamos é que alguns querem entrar no ministério por
alguns motivos: grupos que se destacam; porque os pais sonham em ver os filhos entrarem no
grupo; por terem amigos no ministério; para poderem ir em viagens ou apresentarem fora da
igreja. Outro problema é que alguns pais vêem nos grupos de teatro a possibilidade de
integrar, segurar, converter, prender seus filhos ou ficar livres deles para viajar.
Por causa desses motivos é que se torna necessário esse tipo de acompanhamento até a
entrada do adolescente no grupo.
B – Teste
- Teste pastoral durante um mês (meninas com uma líder e meninos com um líder). São
feitas algumas perguntas acerca do interesse em relação ao grupo. O porquê e a explicação da
vocação divina para o ministério;
- Algumas perguntas específicas para adolescente nas áreas familiares, sexual, amizade e no
relacionamento com Deus.
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- Cinco meses de acompanhamento (a pessoa continuará em teste), só ensaiando no grupo ou
fazendo testes diversos, em experiência. Só então, se aprovada, passa a ministrar de acordo
com o que dispuser o pastor / líder.
Regras
Valores
Os valores do teatro da Rede de Adolescentes da IBL se fundamentam nos ensinos e na vida
de Jesus Cristo. Nos reconhecemos como parte da Igreja que representa na Terra a Trindade e
nos alegramos em servir a Deus na Igreja Batista de Lagoinha. Nossa regra de fé é a Bíblia.
Entendemos que o Cristão deve ser Santo, andar na Verdade, ser altruísta (amoroso e se dar
aos outros), praticante dos valores do Reino de Deus e que deve honrar ao Deus Triúno, no
cumprimento da sua vocação; além disso, entendemos que todo cristão deve ser
compromissado com a evangelização do mundo e com o fazer discípulos.
Propósito
O propósito do teatro da Rede de Adolescentes da IBL é despertar os adolescentes para a
necessidade do anúncio e da proclamação da Palavra de Deus através da arte e de todas as
manifestações artísticas que, de uma maneira ou outra, estejam ligadas ao Teatro; isso, com a
finalidade de alcançar vidas para Jesus e de despertar os cristãos para as aflições de todas as
espécies pelas quais o mundo passa.
Objetivos
* Amadurecimento pessoal do adolescente através de:
Regras Gerais
- Quem atrasa quinze minutos para o ensaio não ensaia;
- Quem não ensaia não ministra;
- Presença nos ensaios;
- Presença nas reuniões;
- Envolvimento com as atividades da Rede e do ministério;
- Demonstrar interesse e bom desempenho (desenvolvimento).
- Todo adolescente envolvido em ministério tem que estar freqüentando uma célula da Rede
de Adolescentes.
- Todo adolescente tem que ir nos cultos de Sábado e Domingo.
- Será paga uma mensalidade no valor de R$ 5.00 ou R$10,00 por mês em todos os
ministérios da Rede de Adolescentes e esta será paga no dia determinado pelo líder do
ministério. Se o grupo não tiver mensalidade, isto tem que ser conversado com o financeiro
dos ministérios.
- Há um único caixa, com um líder responsável que guarda todo esse dinheiro. O líder ou o
secretário não deve ficar guardando dinheiro dentro de casa.
- Em toda saída que se fizer necessária a utilização de ônibus, a igreja responsável pelo
evento terá que arcar com o valor do transporte do ônibus e com o lanche. Qualquer
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pedido de ministração tem que passar por uma agenda única. Adolescente não fecha
nenhum compromisso do grupo.
- Só será permitido um componente ministrar em outros cultos ou eventos com a permissão
do líder e do pastor da Rede.
- Todo ensaio tem que ter no mínimo 30 minutos de devocional e oração; o componente
deve trazer sua bíblia, caso não traga, ele não ensaiará naquele dia.
- É recomendável que o ensaio tenha um descanso de cinco minutos para que o
componente possa beber água.
- Todos os componentes devem ter uma garrafinha de água e uma toalha para uso
particular.
- Os pais não são aceitos permanentes nos ensaios. O adolescente tem que ser tratado
como ovelha e não como filho.
- Toda disciplina, antes de ser dada, tem que ser conversada com os pastores da Rede. Se
o componente for muito novo, deve ser conversado com os pais.
Observação: na caminhada com Cristo, Ele estará presente em todos os lugares para nos
ensinar e, com isso, cresceremos. Queremos, a exemplo de Cristo, participar como irmãos de
toda a sua vida (espiritual, familiar, sentimental, ministerial, amizades, trabalho, intelectual,
lazer, vestuário, etc.), assim sendo, sempre que se fizer necessário visitaremos seus pais ou
responsáveis, sua escola, seu curso, seu trabalho ou onde você estiver inserido para que você
cresça “como obreiro aprovado que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
Palavra da Verdade”. 2Tm. 2:15.
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* Os grupos de teatro, por trabalharem com adolescentes, não se sentem na obrigação de
proverem qualquer tipo de festa com o objetivo de homenagear um indivíduo do grupo,
independente de qual seja a ocasião especial;
* Os líderes pastorais, secretárias e responsáveis pelo ensaio se reunirão uma vez por mês
com a liderança administrativo-pastoral para prestação de contas e outras atividades;
* Os grupos de teatro da Rede de Adolescentes ficam incumbidos de promoverem no mínimo
duas vezes por ano confraternizações com a finalidade de estreitar a comunhão entre os
membros.
As finanças
* Cada integrante dos grupos de teatro deverá contribuir com a quantia de R$ 10,00 (Dez
Reais) mensais. Esse valor deverá ser pago todo segundo sábado de cada mês e tem o
objetivo de comprar materiais para as peças e para o aprimoramento das técnicas de teatro;
* Em caso de viagens missionárias e evangelismos, os custos são por conta de cada membro
do grupo.
A preparação técnica
* Nos ensaios, o membro deve estar atento a tudo que estiver sendo ensinado, procurando
evitar conversas, brincadeiras e tudo que possa lhe tirar a atenção;
* Sempre que possível, ensaiar com outros membros do grupo fora dos horários normativos
dos ensaios;
* O membro deve procurar fazer exercícios físicos;
* O membro deve observar o tipo de vestes que se usa nos ensaios. O ideal é que se utilize
roupa larga e confortável, nada de saias, roupas coladas ou curtas, jeans etc.
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* A ordem de prioridades estabelecidas pela liderança dos grupos de teatro é:
1. Deus
2. Família
3. Estudo / Trabalho
4. Ministério.
Se você não estiver bem com as três primeiras áreas, a liderança se sentirá na liberdade de
cuidar de você para que você não viva uma vida cristã sem plenitude e verdade.
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A História do Teatro, um breve comentário
O teatro, em suas origens, possuía um caráter ritualístico, ou seja, acreditava-se no uso de
danças imitativas como propiciadores de poderes sobrenaturais que controlavam a fertilidade
da terra, a casa, sucesso nas batalhas, etc. Com o desenvolvimento do domínio e
conhecimento do homem em relação aos fenômenos naturais, o teatro vai deixando essas
características de rituais e vai dando lugar a fins educacionais. Ainda, num estágio de maior
desenvolvimento, o teatro passou a ser o lugar de representação de lendas relacionadas aos
deuses e heróis.
Todos os papéis eram representados por homens, pois não era permitida a participação de
mulheres.
Os autores das peças participavam muitas vezes, tanto das atuações como dos ensaios.
Com o passar do tempo, grandes informações foram sendo adicionadas ao teatro grego, como
a profissionalização e a estrutura dos espaços cênicos (surgimento do palco elevado).
* Teatro Romano
No mesmo período do teatro grego, os romanos já possuíam seu teatro, grandemente
influenciado pelo teatro grego, do qual tirou todos os modelos. Depois, começaram a criar suas
próprias inovações, como exibições acrobáticas, jogos circenses e a pantomima, em que
apenas um ator representava todos os papéis, com a utilização de máscaras para cada
personagem interpretado, sendo o ator acompanhado por músicos e coro.
* Teatro Medieval V a XV
O renascimento do teatro se deu, paradoxalmente, através da própria igreja, na Era Medieval.
O teatro representava a história da ressurreição de Cristo, da sua crucificação, da Páscoa. A
Partir desse momento, o teatro era utilizado como veículo de propagação de conteúdos
bíblicos, tendo sido representado por membros da igreja (padres e monges). Os temas das
peças, antes apenas religiosos, agora dão abertura à consolidação do teatro popular que fala
sobre o cotidiano de forma satirizada, sobre a política ou a sociedade. O teatro medieval entrou
em franco declínio a partir dos meados do século XVI.
O teatro, no Brasil, tem sua origem com a representação na catequização dos índios.
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* Teatro Renascentista XV a XVI
Rompeu com as tradições do teatro medieval. Houve uma verdadeira criação das estruturas
teatrais através das representações do chamado teatro humanista. O teatro é erudito, imitando
os greco-romanos, é muito acadêmico, com linguagem pomposa e temática sem originalidade.
Mas, em vários países, o teatro popular mantém viva a herança medieval. A “Commedia
Dell’Arte” surgiu e profissionalizou muitos atores. Um dos aspectos marcantes nesse teatro foi
a utilização de mulheres nas representações, fato que passou a se estender para outros
países.
Inovações cênicas aconteceram. Nova York utilizava elevadores hidráulicos; Londres foi o
primeiro a utilizar iluminação elétrica em seu Savoy Theatre.
* Teatro Contemporâneo
Vem rejeitando as limitações formais dos espaços existentes e buscando lugares menos
previsíveis, voltando às praças e às ruas, inclusive dentro de meios de transportes; ou através
de espaços modulados, de estilos diversos, em que a disposição da cena e da platéia decorre
das ações realizadas pelos atores. Segundo dizia Brecht, o ator deve manter-se consciente do
fato que está atuando e que jamais pode emprestar sua personalidade ao personagem
interpretado. Para tanto, os espectadores deveriam ser constantemente lembrados que estão
vendo uma peça teatral e que, portanto, não identifiquem os personagens como figuras da vida
real, pois, neste caso, a emoção do espectador obscureceria seu senso crítico.
Gêneros
* Comédia
Peça de teatro destinada a provocar o riso, pelo tratamento dado à intriga, à pintura satírica
dos costumes, à representação da extravagância e do ridículo.
* Tragédia
Floresceu no século V a.C.; suas obras são grandiosas, escritas em versos e estruturadas em
cenas (episódios com três ou menos personagens). A maior parte das histórias se baseia em
mitos ou relatos antigos e seu objetivo principal é mostrar o caráter das personagens, o papel
da humanidade no mundo e as conseqüências das ações individuais.
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* Tragicomédia
Integra o teatro moderno, representa maior ou menor grau de elementos cômicos nas peças
sérias, sustenta algo de valor moral. Explora o potencial didático da comédia e o valor crítico do
humor, denunciando as desigualdades sociais.
* Drama
Surgiu em meados do século XVIII. Não aprova o artificialismo, pois é comprometido com a
verdade social. Seu herói é um personagem da vida cotidiana. Em alguns casos, há o desprezo
da regra da unidade e a mistura do cômico ao trágico acontece.
* Melodrama
Tem simplicidade em suas intrigas, sentido de moralidade e justiça. Quanto à temática, além
das “seduções e adultérios, de atos de violência e crueldade” verifica-se também os dramas
familiares (herança, casamentos secretos, desonras, roubos, crianças perdidas e
reencontradas) e idéias de tragédia (aspecto espetacular do retorno ao passado).
* Pantomima
A arte da representação dramática por meio de expressões faciais e movimentos corporais,
mais que por palavras. No teatro grego e romano, em que o público podia ver, porém, mal
ouvia, a mímica era um elemento importante da interpretação.
Grandes personalidades
* Augusto Boal (1931-): dramaturgo, diretor e teórico teatral brasileiro. Famoso pelo seu
trabalho como estimulador de uma concepção marxista da função teatral. Com vivo interesse
pela problemática latino-americana. Busca suas próprias técnicas de expressão e sua própria
realidade.
* Jerzy Grotowski (1933-1999): Nasce em Rzeszów, Polônia. Seu trabalho como diretor,
professor e teórico de teatro tem grande impacto no teatro experimental a partir da década de
60. Em 1965, funda oficialmente o Instituto de Pesquisa para a Interpretação do Ator. De 1965
a 1984 dirige o teatro-laboratório de Wróclaw, onde propõe a criação de um "teatro pobre", sem
acessórios, baseado apenas na relação ator/espectador, no qual o que interessa é uma
experiência compartilhada. Em 1982, passa a morar nos EUA.
* Viola Spolin (1906-1994): Educadora de teatro, diretora, atriz e criadora do “Theather Gomes”
que foi um sistema de treinamento de atores. Estudou em Boyd’s Group Work School em
Chicago. Criou também, em 1946, em Hollywood, a “Young Actors Company. Dirigiu o
“Reaywright’s Theater Club”.
Viola Spolin inovou, ensinando nas áreas de liderança em grupo, recreação e trabalho
social.
Quando era perguntada quanto à criação dos jogos, respondia: “Os jogos imergiram da
necessidade. Eu não sentei em casa e sonhei com eles, quando tinha algum problema,
dirigindo peças, eu criava um jogo. Quando outros problemas vinham, eu criava outros jogos”.
O que marcou seu trabalho foi a improvisação.
Dramatização
Movimentação
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Temos que entender que o teatro é algo que, a toda hora, foge dos padrões. Ele nunca possuiu
e nunca possuirá uma regra certinha que irá ser cumprida à risca, porém, escrevemos e
ensinamos a todos esses comandos para que as peças tenham elegância, arte e ordem.
1. É preciso que a cena esteja sempre ocupada, ativa e sem monotonia. A habilidade do
ensaiador consiste em dar à cena a impressão da realidade, mas deve fazer isto com
cautela e critério, para que aqueles personagens que mais falam, no qual o enredo se
concentra, fiquem bem posicionados, bem vistos. Esses personagens devem estar
sempre que possível no centro óptico.
2. As cenas capitais de uma peça, bem como as figuras dominantes dessas cenas devem
acontecer sempre que possível e logicamente no centro óptico e no lugar óptico, dando
sempre preferência para o centro óptico. Já nas cenas secundárias, complementares,
devem acontecer nas zonas invisíveis, tanto à direita quanto à esquerda. Os atores que
não têm nada a dizer, devem ficar mais ao fundo, formando grupos, com certa arte.
3. Nossos movimentos no palco não podem passar à esquerda, à direita, ao fundo
sucessivamente, é necessário saber equilibrar a distribuição de cenas. Precisamos
variar constantemente, mas sempre com naturalidade, com lógica, com observação,
com fingida realidade. Às vezes, um gesto de impaciência, de incredulidade, uma
suposição muda, um sorriso de desdém, qualquer pequeno motivo, enfim, justifica o
afastar-se de uma pessoa, para que duas se aproximem e troquem alguma
confidência, por exemplo. Quanto mais uma marcação tem a aparência de natural, de
simples, de verdadeira, tanto mais difícil, complicada e trabalhosa foi sua elaboração.
Temos que tomar cuidado ao entrarmos em cena, pois ela precisa estar sempre
ocupada, até mesmo quando há um personagem apenas. O ator nunca deve deixar o
palco parado, ou seja, ficar muito tempo sem passar em algum lugar. Quando temos
bastante gente em cena, é necessário equilibrá-la, quer dizer, não deixar muitas
pessoas de um lado do palco e umas poucas do outro; a isto damos o nome de
balança. Para se evitar que os atores venham desequilibrar a cena, pelo fato de serem
muitos, pode-se marcar a posição de cada um.
O ensaiador deve conhecer bem os pontos fracos e defeitos das obras que hão de ser
ensaiadas para que, com a movimentação e os gestos, ele possa disfarçá-las.
4. No teatro, é muito importante que todos os personagens sejam vistos pela platéia, até
mesmo quando há multidões no palco. Você deve estar se perguntando: -- Como isto
poderia acontecer? Afinal imagine, umas 20 pessoas em cima de um palco e todas
tendo que serem vistas pela platéia! Uau! Para isso teremos que ter um palco enorme!
Mas na verdade, não tão enorme assim. Quando muitas pessoas sobem no palco, para
que não haja confusão entre os artistas e às vezes algum movimento importante não
seja esquecido, é necessário separar um ator que reunirá em volta de si no mínimo 2
artistas e no máximo 5, que a todo tempo imitarão seus movimentos, emoções,
caráter... . Este é um modo em que todos os atores poderão “aparecer”.
Este método das multidões serve para as peças que colocam a partir de 6 a
7 pessoas no palco de uma só vez; claro que devemos observar se a peça que
escolhemos pede ou não essa “regrinha”.
Gestos
1. Gesto é a ação do corpo para exprimir as modificações que a alma sente. Compõe-se
de ademandes (sinais) exteriores. O gesto é a expressão corporal e facial juntas. É
preciso desenvolver bastante essa área, pois o que é uma representação de apenas
expressão vocal? A resposta é imediata. É um tédio! Ninguém gosta de assistir! Não é
somente a sua voz que fala, o seu corpo tem uma “língua” muito maior do que a da sua
boca. Muitas vezes, um simples encolher de ombros exprime o máximo da indiferença;
às vezes, um agitar de mãos transmite um mundo de sensações.
O gesto costuma ser a primeira escolha dos iniciantes nesta arte de teatro, pois
pensam que precisam fazer muitos gestos a propósito de tudo quanto têm a dizer. Na
verdade, os gestos não precisam ser nem abundantes nem raros demais, devem
acompanhar as palavras, outras vezes antecedê-la, conforme o debate dos
sentimentos que se dão dentro da alma do personagem.
A naturalidade é a perfeição e beleza do gesto. No teatro, esta dificuldade sobre gestos
é a mais fácil de se remover.
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Observemos os seres humanos: temos que ser cautelosos e discretos para não gerar
problemas. Note como seus corpos revelam a seu modo a cólera, o desprezo, o ódio, a
compaixão, etc., e depois com critério e exercícios freqüentes aproveitemos para nós o
que tivermos observado segundo o temperamento dos indivíduos, o seu nível social, a
sua educação, a sua religião... . Podemos aproveitar bastantes coisas quando
observamos atores célebres, mas devemos tomar cuidado para não cair na imitação
servil.
Outra coisa que é importante ressaltar é que se está fazendo teatro e não um filme.
Nos filmes, a câmera pega os detalhes e, no teatro, os gestos têm que ser um pouco
mais reforçados, extravagantes. Se assim não for, as pessoas que estiverem distantes
não poderão gozar muito desta ministração.
2. Ao mover os braços, não se deve tê-los próximos ao corpo; convém deixa-los a uma
certa distância. É necessário evitar gestos curtos, secos e duros que só partem do
cotovelo, porque não têm elegância. Os gestos principais devem ser feitos com o braço
que está do lado em que o público está, mas isto não quer dizer que você pode deixar
o outro lado inutilizado.
3. A respeito das mãos, como nos braços, a que estiver do lado do público é a que deve
fazer mais gestos, lembrando que não devemos deixar a outra sem fazer nada.
As mãos não devem ficar por muito tempo no mesmo nível.
4. O ator deve convencer-se de que, entrando em cena, não tem o direito de
descansar um estante sequer, reconhecendo que faz parte de um conjunto em
harmonia, ele não pode ser uma testemunha indiferente ao que acontece no palco;
mesmo que o seu personagem não diga nada, seus movimentos precisam estar de
acordo com o caráter do personagem e o momento por ele vivido, a partir disto, seus
movimentos serão ora hesitantes, ora vivos, ora rápidos, ora vagarosos etc.
Antigamente, as pessoas diziam o seguinte: “Levanta-te porque já estás muito tempo
sentado e senta-te por que já estás muito tempo levantado. Se este ator entrou pela
direita, o próximo a entrar, entrará pela esquerda. Se este ator saiu pela esquerda, o
próximo sairá pela direita etc.” Coisas sem vida não dão certo com o teatro,
aprenderemos, então, uma maneira mais coerente e real de representar:
Quando o ator está em pé, não deve ficar com as pernas juntas e na mesma linha, e
sim ficar numa posição confortável e descontraída, com seu corpo ereto e com uma
boa postura (de acordo com seu personagem), pois é ridículo um ator sem postura em
pleno palco! Isso costuma atrapalhar, às vezes, a expressão corporal e a visualização
do rosto do artista.
Nos estados de inquietação, de nervosismo, de cólera, de indignação, de ciúme, de
temor ou alegria, ninguém sente vontade de sentar-se comodamente em uma cadeira,
então, nestes estados, o ator deve permanecer de pé, preferencialmente. Nos
levantamos também no fim de uma conversa ou quando ela varia de assunto e este
assunto nos é atraente ou não, tanto faz.
Quando o intérprete se senta, deve procurar fazer quase o mesmo de quando está em
pé, ou seja, não deve ficar com as pernas unidas em joelhos e os pés na mesma linha,
durante muito tempo, enfim, deve-se observar a naturalidade e a correção.
Sentamo-nos para uma conversa íntima ou confidencial ou para uma cena de dor, de
melancolia, de desânimo, de vergonha, de remorso, etc. Nos sentamos, quando nos
sentimos assim, nesse estado ninguém gosta de ficar falando com todo mundo,
andando para lá e para cá... Esse tipo de movimentação é muito fácil de perceber.
5. Na cabeça, os olhos, o nariz, as sobrancelhas, a boca, tudo tem movimento! É
necessário utilizar-se de tudo quanto há no corpo para representar o mais real
possível; a expressão facial é de extrema importância. A propósito, quando estamos
representando, não é bom que se tape totalmente o rosto com as mãos ou qualquer
outra coisa, pois já que seu corpo tem uma “língua” grande, como poderia então
escondê-la? Claro que temos exceções; quando o ator quer demonstrar cansaço ou
nervosismo, ele passa a mão no rosto..., mas é por um breve momento.
6. Um aspecto importante é o ar que o ator transmite de acordo com o grau de atenção,
serenidade ou agitação de espírito. O ar nasce e depende do movimento do corpo.
7. O modo de ouvir também influencia bastante as coisas; quando se ouve, tem que se
refletir exteriormente, principalmente no rosto, o que o personagem sente ou pensa.
8. Agora vamos aprender alguns gestos típicos de alguns sentimentos:
Quando se está tranqüilo, basta fazer levemente os movimentos do corpo.
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Nos sentimentos de admiração, prazer ou entusiasmo que elevam a alma, o gesto
eleva-se também.
Na tristeza, pelo esmorecimento da alma, a cabeça e os gestos caem, se abatem, tudo
é pesado.
Na cólera, indignação e noutros movimentos violentos, em que a alma como que rompe
fora de si mesma, o gesto arremessa-se para adiante.
Se expressarmos desejo de ter ou atrair qualquer coisa, curvam-se os braços, voltando
a parte inferior para o corpo.
Se indicarmos repugnância, o corpo dobra-se para trás e a mão avança e volta-se
aberta para o objeto que desagrada, parecendo repeli-lo.
Para denotar uma comoção forte e cheia de fogo, a mão aperta com energia o peito ou
bate nele com mais ou menos força e rapidez.
Para se mandar, ergue-se o braço e o estende com a cabeça altaneira.
Quando se impõe silêncio, coloca-se o dedo indicador em frente aos lábios ou apertam-
se os lábios.
Quando se obedece ou mostra agrado, baixam-se os braços, afastando-os do corpo e
abrindo as mãos para frente com o rosto prazenteiro e alegre.
No desgosto, as mãos apertam-se contra o coração e os olhos fecham-se com o rosto
confrangido.
Em atitude de pergunta autoritária, as mãos na cintura e a cabeça com a testa franzida
em atitude de inquirição; pode-se levantar um pouco o tórax.
Quando se suplica e se compadece, as mãos unem-se junto ao peito com os dedos
cruzados e a cabeça fica um pouco tombada.
Na incerteza e na resignação, abrem-se um pouco as pernas, baixam-se os braços
afastando-os do corpo e encolhem-se os ombros, fechando os olhos.
Na admiração e na reflexão, o braço esquerdo descansa sobre o quadril e a mão direita
eleva-se ao rosto, colocando o polegar e o indicador no queixo, com a boca meio
aberta.
Em atitude de estranheza, cruza-se os braços, contraindo a face e tombando um pouco
a cabeça.
Para significar medo e temor, todo o corpo se encolhe e faz-se pequenino, os braços
juntos à barriga, com as mãos espalmadas para fora.
Em atitude de meditação, o corpo está tranqüilo e até imóvel.
No sentimento piedoso, o gesto é simples, apenas sensível.
A grandeza moral e a dignidade não têm movimentos, toda expressão está na
presença.
Alguns sentimentos violentos fazem emudecer, deixando os gestos para revelar. Tais
sentimentos pintam-se na fisionomia como com mais força e o gesto prejudicaria o
prodigioso efeito de um olhar, de um sinal quase imperceptível com a cabeça.
Aproveitando o assunto sobre gestos, quero compartilhar algumas poucas coisas sobre
mímica. A mímica tem que ser clara, objetiva e criativa para que as pessoas entendam
e gostem. Na maioria das vezes, na mímica é você quem cria o cenário e outros
personagens, então, é necessário estar prestando bastante atenção ao que se faz; se o
artista faz uma mímica de um homem chegando na rua em casa, ele provavelmente
terá que pegar as chaves e colocar na fechadura, abrir a porta, depois terá que retirar a
chave da fechadura, rodar a maçaneta, empurrar a porta, passar e então colocará a
chave novamente na fechadura, empurrará a porta, rodará de novo a maçaneta,
fechará a porta e depois a trancará... Você pode estar me dizendo que isso é obvio, eu
também concordo que é obvio, mas existem pessoas que deixam de fazer essas
“obviedades” na hora de representar e eu não quero que isso aconteça com você!
Voz
1. A voz, quando utilizada nas peças, é muito importante, aliás, tudo é muito importante
no teatro. O teatro é um conjunto de interpretações e, sua voz, o corpo, o personagem
e estilo da peça precisam estar em extrema comunhão e harmonia.
O que eu quero trazer aqui não é um estudo aprofundado sobre voz e sim algumas
dicas e coisas interessantes de se aprender.
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2. A palavra voz provém do latim “vox” o que significa “o som” ou “o conjunto de sons
emitidos pelo aparelho fonador”.
3. A voz é simplesmente a sonoridade, já a fala é a voz articulada, por exemplo: o
cachorro tem voz e o papagaio tem voz e fala.
Dizem que a voz e a fala humana misturados dão o som mais harmonioso, que tem
natureza e arte; é o mais agradável aos ouvidos, o mais suave nas modulações, o mais
variado nas inflexões e nos graus, o mais afim ao espírito, o mais idôneo para produzir
a imagem viva da alma em todos os seus momentos.
4. A voz fala, chora, ri, urra, troveja, suplica, freme (sussurra), aterra (fala com terror),
inflama (exalta), punge (fere), sacode, acaricia, espanta, conforta, escarnece (zomba,
despreza), lamenta, soluça, trepida, triunfa.. “A voz está emocionalmente afinada.
Qualquer modificação da voz indicará modificação da pessoa, em algum aspecto, por
mais insignificante que seja” (Jorge Brand).
5. Existem qualidades básicas da fala, são algumas delas:
*Ser compreensível, ou seja, precisa ter precisão e clareza, não pode ser
rápida, nem lenta demais; precisa ter entonação; pausas adequadas e articulação
nítida.
*Ser correta, basear-se nos padrões da língua, evitando erros de construção
de frases; erros de pronúncia e de acentuação.
*Ser convincente e cativante, uso de dicção correta; com um ritmo
adequado; variando a altura (grave, médio, agudo); intensidade (volume); timbre (cor
do som).
6. Para dizer bem, isto é, para que se não perca uma palavra da representação, é preciso
saber articular bem e respirar bem:
*Saber articular é pronunciar claramente todas as sílabas sem se atropelarem
ou excluírem (o mais comum). Mesmo nas cenas de maior violência e ação, se o artista
sabe articular bem, as sílabas sairão nítidas. Não digo que agora falaremos como
quem sublinha constantemente, mas observe, do mesmo modo que o quadro
destinado a ser visto de longe precisa ser feito de grossas e fortes pinceladas, assim o
tom de teatro há de ser um pouco mais intenso, a linguagem mais acentuada e a
pronúncia mais recortada do que na convivência da sociedade, lembrando que se deve
falar com intensidade.
*Ensinar a respirar parece meio ridículo, mas uma coisa é respirar para
viver, outra é respirar para falar. Nossa respiração deve ser calma, enchendo o
necessário para os pulmões, sem exagero. A voz deve ter início no começo da
expiração. Muitas pessoas cometem o erro de falar quando o ar está quase gasto.
Temos que cuidar para que isto não ocorra conosco. Existem vários exercícios e
técnicas para quem tem maiores dificuldades. “O dizer bem”, na verdade, basta você
querer; treine leitura em voz alta durante um certo tempo, respeitando a pontuação;
quando se encontra uma palavra difícil, repete-se umas poucas vezes lentamente até
que a diga corrida e com facilidade.
7. Nesta área sobre voz, gostaria de deixar alguns pontos esclarecidos. Quando se vai
ministrar, é normal de cada ser humano estremecer, sentir frios na barriga. Porém, é
necessário controlar a respiração e o nervosismo, relaxar. Porque, como já foi dito, a
voz representa o estado da alma.
8. A respeito da recitação de versos e declamações, é bom sabermos as seguintes coisas:
não devemos cantá-los, nem lê-los ou dizê-los como uma conversação normal. Para
declamar ou recitar versos, é necessário colocar sentimentos nas palavras. É
indispensável também, que se observe escrupulosamente a pontuação, que serve até
como ajuda para respirar sem cortar a frase.
9. Nossa voz exige cuidados especiais. Antes dos ensaios e das apresentações, deve-se
fazer um aquecimento vocal. Após as atividades, não podemos esquecer do
desaquecimento. É bom evitar forçar a voz, gritar, porque, no futuro, há possibilidades
de enfermidades vocais. Todo ator deve saber seu limite. O cuidado deve aumentar
especialmente alguns dias antes da apresentação. Na verdade, não somente nossa
voz, mas também o nosso corpo precisa estar preparado para o que der e vier. Nesse
caso, é necessário dormir mais cedo, beber bastante água e comer uma maçã todos os
dias, por exemplo. Antes dos ensaios e das apresentações, não é aconselhável comer
nem beber coisas doces.
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O ator e a representação
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• Nós precisamos visualizar as falas do personagem para que tenhamos lógica ao
contracenar, ou seja, fazer um monólogo interior.
• Temos que tomar cuidado quando entramos no palco, muitas pessoas acham que
é só subir lá em cima, representar e está tudo resolvido. Começam então a falar
baixo, a dar as costas para o público, esconder a face, colocar a mão na frente da
boca enquanto estão falando, ou até mesmo viram rapidamente a face enquanto
estão falando. Todas estas coisas dão um efeito péssimo à peça; precisamos
aprender a nos portar em cima do palco, precisamos evitar todas as coisas acima
citadas. É até engraçado, mas quando subimos no palco, temos que nos tornar
parecidos com caranguejos, pois andamos na maioria das vezes de lado e o tempo
todo devemos nos preocupar com o público, desejando sempre que eles tenham a
compreensão total da peça. Afinal, não é como dizem “A Arte pela Arte” mas sim a
Arte para o homem, pelo homem e sobre o homem.
• É importante você estar completamente ligado na peça e concentrado em seu
personagem e nas atitudes que ele deve desenvolver.
• No teatro, se faz preciso ser flexível a todo momento, saber variar de sentimento,
de emoção, de cena.
• Aqui vão algumas coisas relacionadas com o nervosismo: 1) Atropelar a fala e os
movimentos dos outros artistas. 2) Esquecermos a nossa fala e precisarmos de um
tempo para relembrá-la. Qualquer simples gesto pode ocultar esta falha, até que
nos lembremos de algo. 3) Algumas pessoas, quando estão encenando, fazem
tudo depressa, falam depressa, se movimentam depressa, estragando todo um
momento. A única coisa que tenho para comentar a respeito disto é: “Não estresse!
O palco é todo seu e o momento também; para que se preocupar em acabar logo?
Não tem necessidade!”
• Quero sobressaltar aqui sobre algo que o público gosta. A platéia é de participar
das coisas, por mais vergonha que seus integrantes tenham, eles gostam de
serem vistos. Então lembrem-se de mexer com o público, é claro que
necessitamos de moderação neste sentido, para que não percamos o fio da
meada.
É necessário que a peça esteja nas mãos dos atores antes de tudo, para que cada um
tenha sua leitura pessoal e meditativa. Após um certo tempo, o grupo se reúne para fazer a
leitura da peça em conjunto, a isso damos o nome de Ensaio de Leitura. Neste primeiro ensaio,
o diretor explicará aos atores como ele quer que o íntimo e as falas dos personagens estejam.
O segundo ensaio deverá ser o Ensaio Geográfico, no qual o diretor irá mostrar a cada ator
quais serão seus gestos principais, suas posições, o local de suas saídas e entradas. Depois
de todo este trabalho, os ensaios se resumirão em repassar a peça diversas vezes até que ela
esteja quase perfeita. Digo quase perfeita, porque nunca uma peça terá ausência de erros.
Dicionário
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Fé Cênica: Pode ser traduzida como “estado psicofísico” que nos possibilita a
aceitação espontânea de uma situação e de objetivos alheios como se fossem
nossos.
Instalação: É a mobilização coordenada de toda a sua energia psicofísica, que
possibilita a satisfação de uma determinada necessidade dentro de uma
determinada situação.
Atenção Cênica: É o interesse pelos objetivos (necessidades) do
personagem, como se fossem seus próprios. É por isso que interessar-se
profundamente pelos problemas do personagem que o ator deve selecionar
através da sua atenção cênica, detalhes da visualização que possam mais
facilmente excitar a sua imaginação e assim atrai-lo para a ação.
Dualidade do Ator: É a coexistência do ator e do personagem. Faz com que
este último entre em contato com o público.
Visualização das Falas: Esse elemento nos ensina como ouvir e falar em
cena. Pensar como se fosse o personagem antes de começar a falar, ouvir e
responder.
Monólogo Interior: Tudo aquilo que o ator estabelece como pensamentos do
personagem antes, depois e durante as falas do texto.
1) Respire fundo;
2) Relaxe suas cordas vocais emitindo sons abertos (aaaa, éééé, óóóó);
3) Emita sons fechados (iiiii,ôôôô,uuuu);
4) Imagine um pneu furado (siiiiiii);
5) Imagine um pneu furado se esvaziando aos poucos (siii, siii, siiii, siii);
6) Brinque de lambreta (brrruuuuummmmmmmmm);
7) Brinque de metralhadora (trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr);
8) Brinque de abelha (bizzzzzzzzzzzzzzzzzz).
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A mente parou o corpo caiu:
Gelado:
Olho no olho:
Andando e sentindo:
É e não é :
Velar o morto:
Bonecos de cera:
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Risada:
Minhocas relaxadas:
Esse exercício pede que os membros estejam deitados e se imaginem como minhocas
com braços, pernas e cabeça fazendo alongamento. Essa dinâmica pode se estender para o
lado da expressão corporal. Ao som de uma música, os participantes se alongam, dançando
bem devagar, utilizando os planos baixo, médio e alto.
Sotaques:
Elevador:
Jogar no Lixo:
Próprio Futuro:
Os membros terão que se imaginar no futuro, no mínimo uns dez anos para frente.
Separe alguns minutos para que todos tenham tempo de pensar. Logo após esse período, os
participantes se colocarão em roda e contarão como se eles tivessem vivido o futuro. Contarão
essa experiência como se fosse no ano passado, procurando relatar a história com o máximo
de realidade; se os outros integrantes quiserem fazer perguntas a respeito, poderão.
Agradecimento
Quero agradecer imensamente a cada uma das pessoas que me auxiliaram na
realização dessa apostila.
Ao meu pastor Douglas, que me propiciou grande parte do material de Liderança.
À minha tia Lourdes, minha prima Bárbara e minha discípula Lorena, por digitarem
parte da Apostila ao som da minha voz.
À minha discípula Késia, por ditar parte da apostila para mim e para a Lorena, sob
minha supervisão.
Ao meu primo Lucas e ao pastor Bruno, juntamente com o Marcelo, por me cederem
seus computadores.
A cada membro do teatro e àqueles que ainda fazem parte da “família teatro”, por
pesquisarem melhor alguns assuntos que foram postos nessa Apostila, como a Lorena, o
Tiago, a Viviane e Mariana.
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À líder Caroline que, com paciência, me cedeu um tempo maior para a realização da
Apostila.
A todos vocês, meu muito obrigada!
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