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GOVERNO SARTORI QUER PADRONIZAR ACORDOS COLETIVOS RETIRANDO

DIREITOS HISTÓRICOS

por Runildo pinto

1) Campanha Salarial:

A campanha salarial na PROCERGS foi desencadeada em 13 de junho com a apresentação, pelo


SINDPPD E CT PROCERGS, das propostas para a data base a partir de julho do corrente ano. A
empresa não se dispôs a negociar durante os meses de julho e agosto informando que a empresa
estava se reunindo com o GAE - Grupo de Assessoramento Especial e da PGE - Procuradoria
Geral do Estado para organizar as propostas para os trabalhadores celetitas do vinculados as
empresas do Estado.

A direção da PROCERGS apenas veio se reunir com a CT - Comissão de Trabalhadores da


PROCERGS e Sindicato (SINDPPD) apenas na manhã dessa quinta-feira (14/09) a direção da
PROCERGS e o Governo Sartori apresentaram sua proposta à Campanha Salarial 2017/2018.
Em síntese, a oferta deles NÃO REPÕE as perdas nos salários, RETIRA DIREITOS importantes
que constam em nosso ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e REDUZ benefícios., apresentando
uma proposta que retira 24 clausulas da pauta de reivindicações dos trabalhadores, representando
a descontinuação de conquistas dos trabalhadores de muitos anos, inclusive a retirada da clausula
35 que prevê processo administrativo antes de qualquer demissão de trabalhadores.

A argumentação da advogada do GAE referente a padronização dos acordos coletivos e retiradas


de clausulas do acordo coletivo, vem no sentido de que muitas categorias não tem os direitos
adquiridos pelos trabalhadores da PROCERGS. Quer dizer que o governo Sartori quer nivelar
por baixo em vez de valorizar as categorias. Essa não é uma argumentação legítima é uma
desculpa para retirar direitos, desregulamentar e precarizar a vida dos trabalhadores e não pagar
os reajustes devidos para as categorias de trabalhadores celetistas do Estado do RS.

Alguns dos direitos que a PROCERGS e o governo estadual querem tirar:


– Retira, de várias cláusulas, a forma de reajuste dos benefícios;
– Retira o parcelamento da devolução do salário de férias, que seria descontado em uma única
vez;
– Retira as férias em três parcelas, ficando em apenas dois períodos;
– Diminuição do prazo para pagamento do auxílio-creche;
– Tíquete e Rancho passam a ter desconto do valor em caso de qualquer falta ao trabalho
(licenças, férias, dia de dissídio etc.);
– Retira do Acordo Coletivo o direito das mães à amamentação dos seus filhos. A CLT prevê
somente meia hora por turno, no ACT é uma hora por turno;
– Retira o auxílio-farmácia;
– Retira tíquete e rancho para o trabalhador afastado por saúde;
– Retira do acordo o Processo Administrativo (PAD), no caso de demissão do funcionário.
Os trabalhadores reivindicam REPOSIÇÃO INTEGRAL dos 7,3%, referente à perda com a
inflação devida desde o ano passado (2,56% se refere ao INPC deste ano e, 4,53%, ao de 2016),
a empresa acenou na primeiro com a proposta de reposição de 2,56%, depois na reunião de
28/09, entre as desculpas envolvendo a crise financeira do Estado do RS, o GAE apresentou uma
nova proposta, em que aumentou para 3,6% o reajuste salarial e dos benefícios (antes tinha
oferecido 2,56%). Os outros 3,6% faltantes de 2016 continuariam sendo negociados em 2018.
Voltou atrás ao parcelamento do período de concessão de férias em 3x, o que já estava previsto
no Acordo Coletivo (tinha reduzido para 2 vezes na proposta anterior). Ainda rejeitou a cláusula
protetiva sugerida pela CT PROCERGS e o Sindppd/RS que assegura os direitos coletivos dos
trabalhadores previstos no Acordo frente às alterações da Reforma Trabalhista, que passará a
vigorar em Novembro.

2) Por uma PROCERGS pública:

A luta dos trabalhadores da PROCERGS, não é somente pela reposição salarial e contra a perda
de direitos conquistados em anos de luta, mas também, lutam em defesa da PROCERGS pública!
NÃO ao plebiscito! Os integrantes da CT PROCERGS e do Sindppd/RS foram novamente à
Assembleia Legislativa durante a manhã desta terça-feira (19/09) para acompanhar o trâmite do
plebiscito das empresas públicas, entre elas a PROCERGS, na CCJ (Comissão de Constituição e
Justiça). Novamente, não houve quórum para essa votação. É preciso que os trabalhadores da
PROCERGS continuem os em alerta. A Campanha Salarial também é em defesa da PROCERGS
pública e contra esse plebiscito. É preciso mantermos uma mobilização forte neste sentido.
A PROCERGS tem 1.100 trabalhadores em todo o RS e é responsável por programar e manter
diversos sites e serviços online de secretarias e de órgãos estaduais, entre eles os sistemas Tudo
Fácil, do DETRAN, da Polícia Civil e da Brigada Militar, agendamento de consultas pelo SUS
da Secretaria Estadual de Saúde e arrecadação da Secretaria da Fazenda. A empresa é
nacionalmente reconhecida pelo serviço prestado em soluções “e-gov”, tendo sido muito
premiada pela criação da NFe (nota fiscal eletrônica), que hoje é implementada nos demais
estados e municípios brasileiros.

3) GREVE por tempo indeterminado:


Mais de 400 trabalhadores da PROCERGS aprovaram, por grande maioria, entrar em GREVE
POR TEMPO INDETERMINADO a partir desta TERÇA-FEIRA (3/10). A decisão foi tomada
em assembleia na tarde de hoje (2/10) na sede da empresa, após a reunião de negociação com o
GAE de manhã não ter avançado em praticamente NADA. os trabalhadores já deixaram claro de
que NÃO ABREM MÃO da reposição das perdas com a inflação devidas desde o ano passado e
retroativos e que não aceitam a retirada de direitos.

A greve dos trabalhadores da PROCERGS (Companhia de Processamento de Dados do Estado


do Rio Grande do Sul) está encerrando a semana com 80% de adesão, a empresa tem 1.100
trabalhadores. A paralisação é forte em Porto Alegre e na Regional Santa Maria. A mobilização
teve importantes adesões de colegas, mas precisamos de ainda mais. Ainda tem gente
trabalhando. Precisamos que TODOS OS TRABALHADORES. Quanto mais mobiliados, mais
forte será a GREVE e maiores são as chances de pressionarmos pela negociação. Porque até
agora, nem a direção da PROCERGS, nem o Governo Sartori procuraram os funcionários para
tratar das nossas reivindicações e da Campanha Salarial. A empresa e o governo querem nos
ganhar no cansaço, mas não conseguirão. Estamos firmes na nossa luta! Portanto, na
SEGUNDA-FEIRA (9/10), nossa GREVE continua. Estaremos com o piquete montado em
frente à sede da empresa a partir das 8h. Vamos todos à luta!

Ousar Lutar, Ousar Vencer!

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