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TER01MAI
Terça-feira
1 de Maio de 2018
Ano 42 • N.º 15250

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

NESTA EDIÇÃO

ADRIANO MIXINGE
As moças prendadas
OPINIÃO • 7

FINANÇAS

Reformas do Governo
na melhoria do “rating”
ECONOMIA • 11

APLICAÇÃO DA LEI
Ruanda encerra rádio
por insultar mulheres
ÁFRICA • 8

MÉDIO ORIENTE
Israel ameaça
atacar o Irão
MUNDO • 9

FORMAÇÃO

PRIMEIRO-MINISTRO ULISSES CORREIA E SILVA RECEBIDO PELO PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO

Yola Semedo defende

mais escolas de música
CULTURA • 29
Cabo Verde apoia autarquias
Os Governos de Angola e de Cabo Verde assinaram ontem, no
Palácio Presidencial, em Luanda, um acordo de cooperação no
transportadoras aéreas de Angola e Cabo Verde, TAAG e TACV,
deverão retomar este ano as ligações aéreas entre os dois países,
REIVINDICAÇÕES domínio da administração autárquica, que contempla a formação através de uma exploração conjunta em moldes a definir, anunciou
Ameaça de greve de quadros, troca de experiência e intercâmbio institucional. As o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto. POLÍTICA • 2
no Hotel Presidente
SOCIEDADE • 25

CAMPEONATO AFRICANO PODER LOCAL

Lideranças religiosas
são pelo gradualismo
Líderes religiosos de dualismo como a me-
denominações cristãs lhor medida para a im-
reconhecidas pelo Esta- plementação das autar-
MEIAS-FINAIS
do foram ontem unâni- quias no país, previstas 2ª MÃO HOJE
mes em defender o gra- para 2020. POLÍTICA• 3
ÀS 19h45

MINISTRO DA AGRICULTURA E FLORESTAS

Dinheiro da madeira SINDICATOS

vai para o estrangeiro Trabalhadores

Selecção de ginástica
O ministro da Agricul-
tura e Florestas, Marcos
de madeira não tem tido
peso nenhum nos cofres
têm problemas
conquista 60 medalhas
DESPORTO • 30
Nhunga, denunciou on-
tem, em Luanda, que
do Estado, porque o di-
nheiro arrecadado não
agravados
DESTAQUE • 4|5 E SOCIEDADE • 24
“até agora, a exportação vinha ao país”.ECONOMIA • 10 DESPORTO • 31
2 POLÍTICA Terça-feira
1 de Maio de 2018

VISITA OFICIAL DE ULISSES CORREIA E SILVA

Angola e Cabo Verde assinam

acordo no domínio autárquico
Presidente da República, João Lourenço, e o Primeiro-Ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, passaram em revista
questões de interesse bilateral, bem como multilateral, e decidiram reactivar o mecanismo da Comissão Mista da Parceria Bilateral

KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO

João Dias

Angola e Cabo Verde assi-

naram ontem, em Luanda,
no Palácio Presidencial, um
acordo de cooperação no
domínio da administração
autárquica, que contempla
a formação de quadros, troca
de experiência e intercâmbio
institucional.
Da parte angolana assinou
o ministro das Relações Exte-
riores, Manuel Augusto, e da
cabo-verdiana, o homólogo,
Luís Filipe Tavares. O acto de
assinatura realizou-se depois
do encontro entre o Chefe de
Estado angolano, João Lou-
renço, e o Primeiro-Ministro
de Cabo Verde, Ulisses Correia
e Silva, no quadro da visita
oficial que efectua a Angola
desde dia 28, que termina
hoje. As conversações ao
mais alto nível entre as duas
delegações foram lideradas
pelos respectivos Chefes de
Governo.

As duas partes
acordaram na
isenção de vistos
em passaportes
ordinários, devendo
os técnicos
aprimorar os
últimos detalhes
para que a isenção
ocorra ainda este
ano
O Presidente da República, João Lourenço, esteve reunido, no Palácio Presidencial, com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva

Ao proceder à leitura do
processo verbal que resulta
da visita do chefe de governo
de Cabo Verde, o ministro
angolano das Relações Exte-
riores, Manuel Augusto, lem-
brou que durante as conver-
sações, os Primeiros-Minis-
tros dos dois países reafir-
maram o propósito de con-
solidar e aprofundar a his-
tórica relação entre os dois
países e elevá-la a um pata-
mar assente em bases que
sustentem uma parceria
estratégica diversificada com
realce para o diálogo político
permanente e na cooperação
económica e empresarial
mutuamente vantajosa.
Os dois Chefes de Governo
passaram em revista assun-
tos de interesse bilateral e
multilateral. No domínio da
cooperação político-diplo-
mática, as partes concorda-
ram em reactivar o mecanis-
mo da Comissão Mista de
Parceria Bilateral, a ter lugar
de dois em dois anos e alter-
nadamente nos dois países,
com base num formato mais
pragmático e orientado para
resultados.
Neste plano, pretende-se
a promoção de visitas mútuas
a nível ministerial e técnico
nos mais diversos sectores
e domínios central, muni-
cipal, empresarial, acadé-
mico e da sociedade civil.
Além disso, deseja-se
estreitar o diálogo e incen-
tivar o apoio mútuo na área
da diplomacia multilateral,
envolvendo iniciativas e can-
didaturas em sede do sistema
Isenção de vistos foi tema de destaque nas conversações
A questão da isenção de
vistos de parte a parte foi
um dos temas de destaque
nas conversações de alto
nível mantidas entre as duas
delegações.
Ambas partes acordaram
na isenção de vistos em pas-
saportes ordinários para
cidadãos de ambos os paí-
ses. Não foram adiantados
prazos, mas os técnicos de
ambos os países vão apri-
morar os últimos porme-
das Nações Unidas, da União
Africana, da CPLP e do Fórum
PALOP, além de constituir
equipas técnicas de peritos
com objectivo de rever e adap-
tar os instrumentos jurídi-
cos já existentes entre ambas
as partes.
Cooperação económica
No plano da cooperação eco-
nómico-empresarial e tendo
em perspectiva a integração
nores para que a isenção
ocorra ainda este ano.
Ao longo das conversa-
ções, foi abordada a questão
das comunidades e o fenó-
meno da mobilidade. As
duas partes acordaram criar
condições técnicas e legais
que permitam a identificação
e legalização dos seus cida-
dãos residentes em ambos
os Estados. Cabo Verde mani-
festou o reconhecimento ao
actual processo em curso,
de ambas as economias nos
mercados regional e global,
as conversações incidiram
sobre a importância de se
institucionalizar o diálogo
entre as agências de inves-
timento e exportações, com
vista a incentivar uma maior
dinâmica de parcerias e de
negócios, envolvendo as
empresas dos dois países.
Neste contexto, concor-
dou-se na vinda a Angola do
que permitiu regularizar, de
forma extraordinária, a situa-
ção migratória dos seus cida-
dãos residentes em Angola.
Neste sentido, a parte
cabo-verdiana solicitou a
continuidade deste processo
com base em estudos a se-
rem realizados pelos orga-
nismos competentes, pro-
pondo, igualmente, a criação
de um mecanismo de regu-
larização migratória ordinária
dos cidadãos de ambos os
Vice Primeiro-Ministro de
Cabo Verde, Olavo Correia,
à frente de uma equipa técnica
e empresarial, em visita de
trabalho em data a acordar
através dos canais diplomá-
ticos. A nível do comércio,
os dois países entendem ser
necessário continuar a tra-
balhar no sentido de se en-
contrar um entendimento
reciprocamente vantajoso e
que permita a reabertura de
países que residem há mais
de três anos no território da
outra parte.
As partes decidiram con-
tinuar a trabalhar para atender
às especificidades de cida-
dania das comunidades mais
antigas e seus descendentes
residentes em Angola e em
Cabo Verde. Decidiram, tam-
bém, regularizar a situação
dos imóveis das respectivas
missões diplomáticas, numa
perspectiva de reciprocidade.
linhas regulares aéreas e marí-
timas entre os dois países,
numa altura em que as com-
panhias de bandeira de Angola
e Cabo Verde acordaram no
desenvolvimento de estudos
para a implementação de uma
parceria estratégica,mutua-
mente vantajosa.
O que se quer, de acordo
com o processo verbal, é a
exploração conjunta dos des-
tinos com início ainda no
decorrer deste ano. As partes
reafirmaram o empenho
mútuo no desenvolvimento
do projecto Quibala. Neste
sentido, Cabo Verde infor-
mou que estão em curso
estudos necessários à sua
concretização, em confor-
midade com a legislação.
No quadro da cooperação
técnico-institucional,
Angola e Cabo Verde pre-
tendem também dar con-
tinuidade à dinâmica de
cooperação nas mais diver-
sas áreas e sectores, com
realce para a administração
autárquica, defesa, protec-
ção e reinserção social.
POLÍTICA Terça-feira
1 de Maio de 2018
INTERIOR DO PAÍS
Deputados
da UNITA
avaliam execução
do OGE
Deputados da bancada par-
lamentar da UNITA realiza-
ram, em Benguela, uma
jornada de campo de 25 a 27
de Abril, com o objectivo de
constatar a execução práti-
ca do Orçamento Geral do
Estado nos sectores da saúde
e educação.
Os deputados constataram
as formas de atendimento,
internamento e tratamento
de doentes no Hospital Geral
de Benguela (HGB) e no hos-
pital municipal, visitaram
as escolas primárias e do 1º
e 2º ciclos do ensino secun-
dário da província.
Acções similares foram
realizadas nos municípios
da Ganda, Cubal, Chongo-
roi, Bocoio e Balombo, onde
constataram as condições
dos hospitais e o funciona-
mento das direcções de esco-
las primárias.
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Presidente da bancada
parlamentar da UNITA
Em declarações à imprensa,
o presidente da bancada par-
lamentar da UNITA, Adalberto
da Costa Júnior, disse que o
balanço é positivo, devido à
receptividade do governo pro-
vincial de Benguela.
Segundo o parlamentar,
apesar da existência de con-
dições em termos de infra-
estruturas, o orçamento des-
tinado aos sectores da edu-
cação e saúde continua irri-
sório para cobrir os problemas
da população local.
Para Adalberto da Costa
Júnior, a UNITA apoia o Exe-
cutivo na aplicação da lei
sobre o repatriamento de
capitais.
O parlamentar reiterou a
necessidade de as autarquias
serem realizadas em todos
os municípios. Informou que
a sua bancada está a desen-
volver, em todo o país, uma
campanha de esclarecimen-
tos sobre a importância da
implementação das autar-
quias em Angola.
No Moxico, os parlamen-
tares da UNITA visitaram,
durante quatro dias, várias
instituições públicas nos
municípios do Luena e Ca-
manongue. O deputado e
secretário provincial da UNI-
TA no Moxico, João Muzaza
Caweza, disse que as cons-
tatações feitas serviram para
perceber as condições que o
Governo criou para o aten-
dimento público.
Maximiano Filipe| Benguela
José Rufino | Luena
NOVOS DIRECTORES
Ministro da Defesa Nacional apresentou novos responsáveis
Inspector-geral apresentado
aos funcionários da Defesa
O ministro da Defesa Nacio-
nal, Salviano de Jesus Sequeira
“Kianda”, apresentou ontem,
nas respectivas áreas de tra-
balho, o novo inspector-geral
da Defesa Nacional, General
Marques Correia “Banza”, e
o Director Nacional da Caixa
de Segurança Social das FAA,
tenente-general Ângelo
Eduardo Paca, ambos recen-
te m e n te n o m e a d o s p o r
Decreto Presidencial.
Na apresentação do novo
inspector-geral da Defesa
Nacional, o ministro sublinhou
que o general Marques Correia
“Banza” é um oficial que, ao
longo da sua carreira, tem
dado provas para o desenvol-
vimento das responsabilidades
das Forças Armadas Angola-
nas. “É um oficial preparado
para assumir o cargo que se
lhe apresenta”, salientou.
Ao fazer a apresentação
do director da Caixa de Segu-
rança Social das FAA, tenente-
general Ângelo Eduardo Paca,
o ministro da Defesa Nacional
disse que “o seu trabalho não
vai ser uma tarefa fácil, porque
para além de reestruturar a
Caixa de Segurança Social das
UÍGE
MPLA prepara quadros
para o poder autárquico
O MPLA está a seleccionar
de entre os seus quadros e
dirigentes, figuras de con-
senso e com qualificações
políticas e académicas capa-
zes de serem o suporte para
as estratégias nas próximas
eleições autárquicas, pre-
vistas para 2020.
De acordo com o primeiro
- secretário provincial, Pinda
Simão, a realização das elei-
ções autárquicas exigem do
partido mais dinamismo na
acção política e social, subli-
nhou que para a concretiza-
ção desta matéria é necessá-
rio que “os meses que ainda
restam neste ano, sejam devi-
damente aproveitados para
a selecção e formação de qua-
dros locais capazes de repre-
sentarem dignamente o MPLA
nas regiões autárquicas”.
O político exortou aos
militantes mais acompa-
nhamento e apoio na mate-
rialização de projectos e
| EDIÇÕES NOVEMBRO
FAA em Instituto de Segurança
Social, também vai ter que
equacionar uma série de pro-
blemas relacionados com os
reformados que já estão ins-
critos, mas que ainda não estão
a receber as suas pensões”.
O ministro aconselhou os
dois dirigentes militares a
trabalhar com o pessoal que
já tem uma vasta experiência
na área para que as tarefas
se desenvolvam da melhor
forma possível.
Em actos similares, os
secretários de Estado Gaspar
Santos Rufino e Afonso Car-
los Neto, respectivamente,
fizeram apresentação dos
novos directores da Direcção
Nacional de Política de De-
fesa, vice-almirante José de
Oliveira Miranda, e o Director
do Gabinete de Estudos e
Planeamento Estatística, Bri-
gadeiro Jorge Adão.
Testemunharam os actos
oficiais-generais, superiores,
subalternos e funcionários
do Ministério da Defesa
Nacional afectos à Inspecção
Geral da Defesa Nacional e
à Caixa de Segurança Social
das FAA.
programas, que conduzam
ao cumprimento das pro-
messas eleitorais do partido,
contidas no programa de
governação para o quinqué-
nio 2018-2022, assim como
continuar a valorizar as po-
tencialidades económicas e
culturais da província.
Pinda Simão disse que a
organização do processo e a
realização das eleições autár-
quicas não são tarefas fáceis,
dada a real situação econó-
mico -financeira que o país
atravessa, que está a interferir
na concretização de vários
projectos sociais.
Das acções concebidas pela
direcção central do MPLA,
para este ano, Pinda Simão
referiu que no Uíge decorrem
acções que visam a promoção
e orientação da análise e refle-
xão sobre a vida interna do
partido e a sua melhor inser-
ção na sociedade.
António Capitão |Uíge
AUTARQUIAS LOCAIS
Implementação gradual
recebe apoio das igrejas
Líderes religiosos defenderam que a atribuição de
autonomia aos municípios seja de modo progressivo
Líderes religiosos foram unânimes em defender o gradualismo nas autarquias
Adelina Inácio
Líderes religiosos de diversas denomi-
nações foram ontem unânimes em
defender o gradualismo como a melhor
medida para a implementação das autar-
quias no país. Os religiosos, que defen-
deram este posicionamento durante um
encontro com o ministro da Adminis-
tração do Território e Reforma do Estado,
entendem, também, que o processo de
atribuição de autonomia aos municípios
deve ser feito de modo progressivo.
Para o apóstolo Victor Segunda, da
União das Igrejas do Espírito Santo em
Angola, a implementação gradual das
autarquias é a melhor medida adoptada
pelo Executivo.
Victor Segunda espera que o pacote
legislativo que será discutido na Assem-
bleia Nacional seja também apresentado
às igrejas para darem o seu contributo
aos diplomas.
D. Afonso Nunes, da Igreja Tocoísta,
saudou a iniciativa do Executivo em
abordar com os líderes religiosos o
tema sobre as autarquias. O bispo tocoísta
afirmou que a estratégia apresentada
pelo Executivo para a implementação
das autarquias “é boa”, mas que, se
deve melhorar a forma como o gradua-
lismo será implementado.
A ideia, segundo D. Afonso Nunes,
é que não haja diferenças entre os muni-
cípios na implementação das autarquias.
“ Nesta fase do gradualismo é preciso
que se crie as condições para que nesta
fase de capacitação e transferência de
competências se tenha em mente que
quando os outros municípios ascenderem
a esta categoria haja menos diferença
em termos de desenvolvimento e imple-
mentação dos serviços básicos”, defen-
deu.
O padre católico Celestino Epalanga
garantiu que a Igreja Católica, através
da Comissão de Justiça e Paz, vai desen-
volver em todo o país formações e semi-
nários sobre o processo das autarquias.
“Vamos explicar aos fiéis o que as autar-
quias significam para o país “, disse.
André Soares, bispo da Igreja Angli-
cana em Angola, alertou sobre a falta
de quadros qualificados nos municípios
para se candidatarem para as eleições
autárquicas. André Soares questionou
sobre o estabelecimento de parcerias
externas ou internas para ajudar o desen-
3
MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO
volvimento dos municípios. O ministro
da Administração do Território e Reforma
do Estado, Adão de Almeida, apresentou
aos religiosos a estratégia do Executivo
para a implementação das autarquias
e reafirmou que as mesmas vão ser
implementadas de modo faseado, per-
mitindo definir um conjunto de acções
e medidas que precisam de ser desen-
volvidas neste domínio.
O Executivo, disse, vai reforçar o
espaço de intervenção dos municípios
do país, atribuindo mais competências,
autonomia na gestão pública a nível
local, intervenção no processo de arre-
cadação de receitas a nível local. “Os
municípios vão passar a tomar as suas
próprias decisões de modo autónomo,
gerindo as suas finanças, os seus serviços
básicos como saúde, educação, sanea-
mento básico entre outros”, esclareceu.
O ministro Adão
de Almeida disse que
o processo das autarquias
deve ser conduzido
de modo tranquilo
e responsável
Adão de Almeida afastou a ideia de
que os municípios onde vão existir
autarquias são mais desenvolvidos do
que onde não serão implementados e
justificou que as dinâmicas dos muni-
cípios são sempre diferentes indepen-
dentemente de ser ou não autarquias.
“ Não é ter autarquias ou não ter autar-
quias que traz crescimento equilibrado
e desenvolvimento necessário”, disse,
esclarecendo que autarquias é um
modelo de governação e não uma forma
de resolver todos os problemas.
Adão de Almeida acrescentou que o
objectivo fundamental não é apenas a
implementação das autarquias, mas
sim serviços públicos que funcionem
para que o cidadão sinta melhorias na
sua condição de vida. “O processo das
autarquias deve ser conduzido de modo
tranquilo e responsável . Autarquias
não é só eleições , mas o mais importante
é o município ser autónomo”, concluiu.
O secretário de Estado da Cultura ,
João Constantino, disse que o Executivo
conta com a parceria das igrejas para
esclarecer os cidadãos sobre a imple-
mentação das autarquias locais.
4 DESTAQUE
HOJE É FERIADO EM TODO O MUNDO
Trabalhadores marcham contra
a precariedade laboral no país
Uma das reclamações que são hoje feitas a nível nacional é contra a suspensão pelo Ministério
das Finanças do pagamento do salário de Abril a mais de 64 mil funcionários públicos
Edivaldo Cristóvão |
A comemoração do 1º de
Maio, Dia Internacional do
Trabalhador, que é hoje assi-
nalado, vai ser marcada, em
todo o país, com a realização
de marchas de trabalhadores
contra a “precariedade labo-
ral”, numa iniciativa das con-
federações sindicais existentes
no país.
Em Luanda, a marcha co-
meça na Alameda Manuel
Van-Duném, junto ao Hotel
Alameda, e termina na Praça
da Independência, devendo
registar a presença de mais
de dois mil trabalhadores de
vários ramos de actividade.
O secretário-geral da UN-
TA-CS, a maior e mais antiga
organização sindical em An-
gola, disse, ontem, ao Jornal
de Angola que uma das rei-
vindicações dos sindicatos
tem a ver com a instabilidade
no emprego.
“A Lei Geral do Trabalho,
em vez de criar estabilidade,
faz o contrário”, afirmou Ma-
nuel Viage, que criticou as
empresas que celebram, por
exemplo, contrato de 180
dias e, quando termina esse
período, voltam a fazer ou-
tro, “o que não favorece ao
trabalhador”.
Os trabalhadores vão dar
ênfase, durante as marchas,
à necessidade de aumento
salarial, pelo facto de os
salários actuais estarem
muito aquém das necessi-
dades diárias, porque o
poder de compra baixou
substancialmente.
O secretário-geral da
UNTA-CS revelou que uma
das reclamações pontuais que
vão ser apresentadas nas mar-
chas a nível nacional é contra
a suspensão pelo Ministério
das Finanças do pagamento
do salário de Abril a mais de
64 mil funcionários públicos,
alegadamente por estarem
ainda em situação irregular
no processo de recadastra-
mento de funcionários do
Estado, iniciado em 2015.
"A decisão do Ministério
das Finanças é ilegal, não
tem sustentabilidade jurídica
e viola os direitos do traba-
lhador", afirmou Manuel
Viage, que referiu não con-
cordar com a posição do
UNTA vai ser mais interventiva na defesa dos trabalhadores
A União Nacional dos Tra-
balhadores Angolanos-Con-
federação Sindical (UNTA-CS),
a Confederação Geral dos
Sindicatos Independentes
Livres de Angola (CGSILA) e
a Força Sindical são as três
confederações sindicais exis-
tentes em Angola.
A União dos Sindicatos
de Luanda, com 18 associa-
ções sindicais, é integrante
da UNTA-CS, fundada, na
cidade de Leopoldville, actual
Kinhsasa, capital da Repú-
blica Democrática do Congo,
a 16 de Abril de 1960, ainda
departamento ministerial
porque o salário é a única
fonte de rendimento dos tra-
balhadores.
Na sua opinião, o Minis-
tério das Finanças não pode
atribuir responsabilidade
aos trabalhadores por esta-
rem ainda em “situação irre-
gular”, mas sim às direcções
de Recursos Humanos das
empresas.
“O pagamento do salário
não deve ser suspenso por
razões disciplinares ou por
irregularidade que tenha a
ver com a documentação,
mas sim por falta de efecti-
vidade ou despedimento”,
esclareceu o secretário-geral
da UNTA-CS, para quem,
mesmo que um trabalhador
esteja a responder a um pro-
no período anterior à inde-
pendência. Actualmente,
com 13 sindicatos.
Manuel Viagem lembrou
que, no início da sua activi-
dade, a UNTA aliou a luta
sindical à de libertação nacio-
nal. “As revoltas que acon-
teceram ao longo dos anos
não tiveram apenas uma
base política, mas também
sindical, já que resultaram
das péssimas condições de
trabalho e salarial”, acentuou
o sindicalista.
Manuel Viage salientou
que, depois da proclamação
cesso disciplinar, deve, mesmo
assim, continuar a receber
até ao desfecho do caso”.
Manuel Viage alertou que
a suspensão do pagamento
de salário está a criar trans-
tornos à vida de 300 mil famí-
lias e que a decisão do Minis-
tério das Finanças despro-
vida de fundamento jurí-
dico. “O Governo violou o
diálogo social sem dar um
parecer prévio aos trabalha-
dores”, afirmou o sindicalista
Manuel Viage.
Saúde no trabalho
O sindicalista disse estar a
UNTA-CS também preocu-
pada com a falta de “pro-
tecção, segurança e saúde
no trabalho" em algumas
empresas. “É lamentável o
da independência, a UNTA-
CS desempenhou um “papel
importante”, ao ajudar a man-
ter o funcionamento das
empresas. Actualmente, os
objectivos da confederação
sindical centram-se na esta-
bilidade do emprego, no salá-
rio justo e compatível com o
custo de vida, na justiça labo-
ral e na liberdade sindical.
O sindicalista disse que a
UNTA-CS vai ser mais inter-
ventiva e chegar rapidamen-
te ao trabalhador através
das suas estruturas de base,
dando-lhe competências sin-
que se tem verificado nas
micro, pequenas e médias
empresas”, sublinhou o sin-
dicalista, mencionando,
como exemplo, a situação
de um trabalhador que, se
ficar mais de 90 dias em
casa, por motivos de saúde,
é despedido.
“O Estado deve criar um
sistema de protecção para
estes casos”, defendeu o sin-
dicalista, que confirmou esta-
rem criadas as condições
para que hoje, em todo o país,
os trabalhadores saiam à rua,
para exigir das entidades em-
pregadoras ajuste salarial,
segurança e saúde no traba-
lho, formação profissional
contínua e protestar contra
despedimentos e sanções
sem justa causa.
dicais com o objectivo de
interiorizar os deveres e direi-
tos e lutar para que os direitos
consagrados por lei sejam
respeitados.
Apesar das dificuldades
por que passam os traba-
lhadores em Angola, a UNTA-
CS reconhece os esforços
do Executivo para a contínua
melhoria das condições de
trabalho e sociais. “Nem
tudo está resolvido, pelo
que continuamos no pro-
cesso de luta para manter
o equilíbrio”, acentuou Ma-
nuel Viage.
Terça-feira
1 de Maio de 2018
| EDIÇÕES NOVEMBRO
Nos últimos quatro anos,
de acordo com Manuel Viage,
mais de 100 mil pessoas per-
deram o emprego, principal-
mente nos sectores da Cons-
trução Civil, Comércio, Pres-
tação de Serviços e Indústria
Transformadora. A crise que
se vive em Angola é a primeira
razão invocada pelas enti-
dades empregadoras, por
estar a levar ao encerramento
de empresas por incapaci-
dade financeira.
O despedimento é um
problema social preocu-
pante, considerou o sindi-
calista, lembrando que é por
via do salário que as famílias
garantem o sustento. O de-
semprego em massa pode
causar uma crise social, aler-
tou o sindicalista.
EDIÇÕES NOVEMBRO
Secretário-geral da UNTA-CS
DESTAQUE Terça-feira
1 de Maio de 2018 5
TRABALHADORAS DOMÉSTICAS
FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Osvaldo Gonçalves

O reforço da atenção prestada

A auto-estima
pelo Governo aos trabalha-
dores domésticos no país
demonstra a importância
que o poder Executivo reserva
a esta franja da sociedade,
normalmente vítima de pre-

necessária
conceitos.
Este reforço da atenção
do Executivo em relação aos
trabalhadores domésticos é
também de suma importân-
cia no que toca a um aumento

às “secretárias
da auto-estima dessa franja
da sociedade, ocupada, so-
bretudo, por mulheres, mais
de metade da população an-
golana e com um papel cru-
cial na sustentação dos agre-

do lar”
gados familiares.
Os trabalhadores domés-
ticos, normalmente enqua-
drados no sector informal,
são, em grande maioria, mu-
lheres. Em Angola, as mulhe-
res têm uma média de 6,2
filhos e mais de um terço são
adolescentes, dos 15 aos 19
anos, já iniciou a vida repro-
dutiva, de acordo com o Censo
da população e habitação
realizado em 2014.
Até agora, o trabalhador
doméstico, uma espécie de
pau para toda a obra, tem a
sua situação negligenciada,
visto mais como um elemento
do mercado informal, quan-
do, na verdade, existem casos
de fidelização entre patrões
e empregados, a tal ponto que
essa relação se mantém por
longos anos.
As empregadas domésti-
cas, ironicamente chamadas
“secretárias do lar”, são nor-
malmente vítimas. A secre-
tária de estado para os Direitos
Humanos e Cidadania, Ana
Celeste Januário, salientou,
há dias, em Luanda, a res-
ponsabilidade da sociedade
civil e do cidadão, em parti-
cular, para que tenham um
papel vital no processo de
formalização do trabalhador
doméstico. Muitas dessas tra-
balhadoras estão submetidas
ao assédio e à violência por
parte dos empregadores, a
jornadas de trabalho exte-
nuantes e a salários pouco
dignos, pelo que, de acordo
com a responsável, constitui As mulheres representam mais de metade da população angolana e têm papel crucial na sustentação dos agregados familiares
um dos segmentos sociais
mais vitimizados.

Sector vulnerável
A aprovação do Decreto Pre-
sidencial nº155/16 de 9, de
Agosto, que regula o Regime
jurídico e de Protecção Social
do Trabalhador Doméstico,
e a ideia cada vez mais con-
sistente da criação de um
observatório da economia
infomal em Angola, demons-
tram bem as preocupações
que a sociedade tem para
com este sector, de suma
importância sócio-econó-
mica no país. Em Angola, o
sector informal emprega
cerca de 60 por cento da po-
pulação economicamente
activa. Nove em cada dez tra-
balhadores urbanos e rurais
estão no sector informal.
Ana Celeste Januário afir-
mou que o programa do
Governo garante maior dig-
nificação do trabalhador
doméstico, com a imple-
mentação do Decreto Presi-
dencial nº155/16 de 9 de
Agosto. A governante, que
falava na abertura da mesa
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
S.E. Ana Celeste Januário
redonda sobre os direitos dos
trabalhadores domésticos,
promovido pelo seu pelouro,
acrescentou que este diploma
introduz um conjunto de
reformas na relação laboral,
bem como condições técnicas
para a inscrição no sistema
de protecção social. Ana
Celeste referiu que são muitos
os desafios para a plena igual-
dade de direitos, especial-
mente em alguns sectores
considerados vulneráveis,
com o trabalho doméstico,
realizado maioritariamente
por mulheres. A governante
disse ainda que é objectivo
do Estado acabar com este
tipo de práticas, pois as em-
pregadas domésticas não
devem apenas ver garanti-
da sobrevivência física, mas
direito à escola e à possibi-
lidade de crescimento pessoal
e profissional.
Como referiu o Jornal de
Angola, num artigo a propósito
do assunto, publicado em
Junho do ano passado, “nos
termos da Lei 7/05, o Execu-
tivo tem o compromisso cons-
titucional de proteger os
trabalhadores e as respectivas
famílias contra determinados
riscos sociais. Com a inscrição
e a contribuição no Sistema
Nacional de Protecção Social
Obrigatória da Segurança
Social, os trabalhadores e as
suas famílias estão legal-
mente protegidos”.
Este periódico avançou tam-
bém que “a criação de uma
base de dados única e de um
sistema de informação e gestão
centralizado permite a uni-
formização do serviço de aten-
dimento aos beneficiários em
todo o país”. O Jornal de Angola
recordou que a evolução do
sistema de Segurança Social
em Angola remonta à época
colonial e que vem registando,
de forma progressiva, um
grande desenvolvimento, con-
substanciado na melhoria das
condições da protecção social
e na garantia da sustentabili-
dade financeira do sistema.
Entre 1975 e 2002, referiu
também, com a intenção de
institucionalizar uma política
nacional de segurança social,
o Governo de Angola desen-
volveu estudos e tomou me-
didas pontuais de alargamen-
to, quer no âmbito pessoal da
segurança social, quer no
âmbito da protecção material,
como a integração no sistema
de trabalhadores por conta
de outrem, incluindo fun-
cionários públicos.
Dignidade a quem trabalha
Como bem fez notar o artigo,
a partir de 1978, foi instituído
o direito à licença de mater-
nidade para todas as mulheres
trabalhadoras, subsídio por
morte e funeral para todos
os trabalhadores e unifor-
mizado e generalizado o
montante do abono de família
para todos os trabalhadores
por conta de outrem. Com a
aprovação da Lei 18/90 de
27, de Outubro, institucio-
nalizou-se o Sistema Nacional
de Segurança Social, enten-
dido como um sistema fun-
damentado nos aspectos
integrados de gestão, finan-
ciamento e normativo.
“Enquadrada com a nor-
ma mínima de segurança
social (Convenção n.º 102 da
OIT), esta lei estabeleceu a
progressividade do Sistema
de Segurança Social e veio
consagrar a doença ou aci-
dente comum; protecção na
maternidade; pensão de ve-
lhice; pensão de invalidez;
pensão de sobrevivência; pres-
tações às famílias (subsídio
de funeral, morte e abono de
família); protecção no desem-
prego; protecção nos aciden-
tes de trabalho e doenças
profissionais”.
De Janeiro de 2017 a Março
deste ano, fizeram a sua ins-
crição no Instituto de Segu-
rança Social (INSS), 2.262
trabalhadores domésticos.
Entre eles, apenas 40 por cento
fazem as contribuições, se-
gundo o director nacional
daquela instituição, José Ma-
nuel Chivala.
O responsável realçou que
a preocupação não é a ins-
crição, mas, fundamental-
mente, inscrever e logo, no
mês seguinte, começar a fazer
as contribuições.
6 OPINIÃO Terça-feira
1 de Maio de 2018

IMAGEM DO DIA
EDITORIAL

Dia Internacional A arte de olaria, um ofício em vias de extinção, retratada aqui no atelier de Horácio Dá Mesquita. Num dia como hoje e sob o signo
da diversificação da economia importa ponderar o resgate de ocupações profissionais economicamente úteis, rentáveis e dignas.

do trabalhador M. MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Hoje, comemora-se em todo o mundo

o Dia Internacional do trabalhador, uma
efeméride que, em muitos casos, ante-
cede e sucede na sequência de uma
série de reflexões sobre o trabalho, o
respeito pela legislação laboral por parte
de empregados e empregadores , as con-
dições de acesso, a formação, etc.
Ao longo de vários séculos o movimento
trabalhista, um pouco por todo o lado, con-
seguiu importantes conquistas por via da
luta incessante das associações sindicais,
da modernização e "humanização das con-
dições de trabalho", entre outras realidades.
Numerosas etapas foram ultrapassadas
e direitos importantes conquistados, facto
que permite hoje admitir que é possível
e viável a negociação, a concertação e a
consulta permanente entre todos os in-
tervenientes quando se trata do trabalho.
É verdade que, hoje, as relações laborais
tendem a ser afectadas como causa da
degradação da situação económica e fi-
nanceira em todo o mundo, empurrando
milhares de pessoas para o desemprego,
para os empregos precários e outras for-
mas menos dignas de trabalho.
Numerosas formas tradicionais de tra-
balho estão a dar lugar a novas realidades,
ao aparecimento de novos agentes eco-
nómicos e de novas formas de organização
produtiva que estão alterar profundamen-
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CARTAS DOS LEITORES
te o mercado de trabalho. Caixa Postal 1312 - Luanda
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bem-vindas se, como esperamos, envol- Fax: 222 336 073
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verem diversificação e maior oferta de E-mail: ednovembro.dg@nexus.ao

empregos, bem como benefícios e vanta-
gens para todos.
Muitos Estados debatem-se hoje com
desafios para a valorização do factor trabalho
em detrimento de uma visão mais econo-
micista que relega o labor a uma condição
de inferioridade em relação ao capital.
Nos últimos anos, Angola registou um
número crescente de empresas graças
também ao empenho do Estado, através
do apoio institucional, eventualmente es-
tímulos fiscais e inspecção regular.
O país tem um historial de protecção
do trabalho, dos trabalhadores e das re-
lações laborais que precisam de serem
preservados a luz das reformas e realidade
que Angola conhece a cada dia que passa.
Num dia como hoje, pretendemos que
as empresas, quer sejam micro, pequenas,
médias ou grandes, com o trabalho e em-
penho dos seus trabalhadores, continuem
a ser os vectores fundamentais de geração
de riqueza, progresso do país e bem-estar
das famílias. Insistimos na necessidade
do ambiente de trabalho, dos laços entre
os empregadores e os representantes dos
trabalhadores, nomeadamente as asso-
ciações sindicais, permitir conciliar inte-
resses, permitir antecipar reivindicações
que tendem a resvalar para greves, permitir
a abertura indispensável para que tudo
corra bem. Para tal é indispensável que
haja capacidade de liderança, coragem e
grande aptidão e inclinação para o diálogo
e concertação porque, como é fácil de
notar, tais predicados ajudam a amenizar
o eventual ambiente de crispação entre
empregados e empregadores.
É preciso promover este ambiente de
parceria, concertação e entendimento
para reduzir eventuais mal-entendidos,
ambiente de mal-estar entre entidade em-
pregadora e empregados e assegurar sus-
tentabilidade às relações jurídico-laborais.
Auguramos um feliz Dia do Trabalhador
a todos os angolanos, na certeza de que
os actuais desafios e problemas enfrentados
pela classe trabalhadora serão superáveis.
Para isso, precisamos de continuar a encarar
o trabalho e a dedicação como as únicas
vias através das quais o crescimento da
renda nacional venha incidir sobre a justa
redistribuição por que todos anseamos.
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Isaquiel Cori (editor)
Edna Cauxeiro (sub-editora),
Ferraz Neto (sub-editor)
e César Esteves Revisão constitucional tucional que contribua para uma proposta de lei para via-
EDIÇÕES ESPECIAIS: Sou estudante de Direito e reduzir os poderes do Presi- bilizar o repatriamento de
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos
dos Santos, Edivaldo Cristóvão, Leonel acompanho com interesse de- dente da República e tornar depósitos não declarados de
Kassana
e Yara Simão bates em torno do que muitos a sua agenda mais burocrá- angolanos no estrangeiro, su-
FOTOGRAFIA:
defendem como necessidade tica e mais lenta com discus- perior a cem mil dólares, na-
Francisco Bernardo (editor-chefe),
José Cola (editor),
de se rever a Constituição da sões nos gabinetes. da de substancial transpirou
Rogério Tuti (sub-editor),
Adérito Cortez, Dombele Bernardo,
República de Angola (CRA). JERÓNIMO PEREIRA até agora. É provável que
Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João É verdade que a CRA prevê Catumbela haja já um "draft", que vai
Gomes, José Soares, Maria Augusta,
Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio,
Nuno Flash, Paulo Mulaza, Kindala Manuel,
revisão ou alterações, passa- seguramente merecer a apre-
Santos Pedro; dos cinco anos, facto que ciação dos legisladores, mas
SECRETARIA DE REDACÇÃO:
Ana Inês (chefe), Job Maza Franco provavelmente leva a muitos Melhorias concretas precisamos de rezar muito
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS:
Adão Diogo (Lunda Sul),
a levantar esse discurso, com Há dias, ouvi um debate de para que Angola seja bem
Alberto Coelho (Cabinda),
Vladimir Prata (Namibe),
ou sem razão fundamentada. jovem no meu bairro em que sucedida na reaquisição des-
Sérgio V. Dias (Cuanza-Norte),
Jaime Azulay (Benguela),
Mas eu acho que se as alte- o tema de conversa era pre- ses valores. A iniciativa é boa
Jesus Silva (Lobito),
Estanislau Costa (Huíla),
rações forem alegadamente cisamente as reformas e o e oportuna, no entanto, não
João Mavinga (Zaire),
Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),
para retirar poderes ao Pre- impacto das mesmas na vida podemos minimizar a even-
Silvino Paulo (Uíge),
Lourenço Manuel (Cuando Cubango), Luís
sidente da República eu, pes- das populações. Segundo tual predisposição para não
Pedro (Cuanza-Sul),
Sérgio Vieira Dias (Bié),
soalmente, não concordo e grande parte dos intervenien- cooperar por parte das insti-
Noé Jamba (Bengo),
Quinito Kanhamei (Cunene),
espero que se não faça disso tes, já era é hora de começar tuições financeiras e bancá-
Samuel António (Moxico),
Fernando Cunha (Huambo),
uma espécie de cavalo de ba- a promover políticas no sen- rias estrangeiras em que se
Francisco Curinhingana (Malanje) talha. Alegam-se os riscos tido de melhorar concreta- encontram os referidos depó-
ARTE:
Valter Vunge (editor), da concentração de poderes mente a vida das populações sitos. Nada indica que ve-
PAGINADORES: levar a extremos no exercício, e das famílias. É verdade que, nham a cooperar na totali-
Eugenia Victor, Adilson Santos, Augusta
Lucéu, Tomás Cruz, Noé Pungue, Soares mas deve-se também olhar como dizia o assessor do Pre- dade pelas mais compreen-
Neto, Ana Dinamene, Evaristo Sacupalica,
João Augusto, Josefa Carvalho, Maria para outros factores. Uma sidente Bill Clinton, é a eco- síveis das razões. Afinal,
Messele, Alberto Bumba, Inês Quingando,
Margarida Zilungo, Maria da Silva, Saldanha eventual redução de poderes nomia que cria os empregos, grande parte desses depósitos
Pedro
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
ao Chefe de Estado pode con- mas na verdade são as polí- contribuem para as econo-
Armando Pululo, Casemiro Pedro
e Edna Mussalo correr menos para que o Pre- ticas e iniciativas do Governo mias dos países em que os
COPY DESK: sidente da República mate- que determinam também a mesmos se encontram domi-
Rui Ramos, Paulo Pinha, Arlindo Soares,
Esperança Vieira Dias, João Sá. rialize com rapidez grande criação de postos de trabalho. ciliados, razão pela qual não
O Jornal de Angola
parte da sua agenda na me- Os incentivos fiscais são vejo que haja razões para nos
utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters,
EFE e Prensa Latina
dida em que terá que sujei- meios fundamentais pelos contentarmos a priori com
tar-se ao escrutínio, buro- quais os Governos podem aju- todas estas movimentações.
PUBLICIDADE: cracia, parecer ou ponto de dar a sociedade a criar postos De uma coisa tenho certeza,
(+244) 926 406 929
(+244) 923 402 700 vista de outros poderes. Enfim, de trabalho. E com postos nem todo o dinheiro virá por-
e-mail: eu sou um adepto do presi- de trabalho as famílias ficam que os bancos lá fora não
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dencialismo tipo americano mais entrosadas e firmes co- aceitarão passar por uma si-
e não há dúvidas de que te- mo verdadeiro núcleo da so- tuação menos boa com a ab-
mos uma Constituição que ciedade. sorção desses capitais todos.
muito se assemelha a dos Es- HORÁCIO MENDES Para terminar, gostaria de
tados Unidos, razão pela qual Quinaxixi endereçar palavras de enco-
eu defendo que o Chefe de Es- rajamento às autoridades no
tado defendo que o Presidente sentido de seguirem em frente
eleito deve governar e ser res- Repatriamento de capitais com esta iniciativa que peca
ponsável perante o povo e a Desde o anúncio do Banco por tardia, mas que deve merecer
Constituição. Não concordo Nacional de Angola (BNA), o apoio de todos.
Catarina Vieira Dias da Cunha
com tendências para partir- segundo o qual está a prepa- ÁLVARO NETO
António Ferreira Gonçalves se para uma revisão consti- rar, com órgãos do Executivo, São Paulo
Carlos Alberto da Costa Faro Molares D’Abril
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
Olímpio de Sousa e Silva
Engrácia Manuela Francisco Bernardo
OPINIÃO Terça-feira
1 de Maio de 2018 7
ESQUINA DO TEMPO NA ALVA DAS IDEIAS
Filipe Zau*

CITAÇÕES Adriano Mixinge*

África nas aproximações “Angola colocará As moças prendadas

e afastamentos do Brasil todo o seu
empenho na
execução das Associada ao machismo, ao papel central do patriarcado e à
família monogâmica, uma das noções que mais variou na sociedade
As mais recentes redescobertas de África por parte acontece de bom para Portugal é recebido com grandes angolana, nos últimos trinta anos, é o de “moça prendada”.
do Itamaraty (Ministério dos Negócios Estrangeiros imenso agrado pelo Brasil”. iniciativas Desde há muitos anos, existe entre nós uma mentalidade
no Brasil) começaram, em 1961, no efémero Go- No período de 1969 a 1974, com o crescimento concebidas pelos conservadora que abarca todos os estratos sociais: não ruiu
verno do Presidente Jânio Quadros, quando a sua de uma taxa média anual de mais de 11 por cento nos primeiros anos da era pós-colonial, confundiu-se com a
Política Externa Independente (PEI) contrariou o na economia brasileira, a necessidade de promover Estados- sociedade revolucionária que se metamorfoseia em todas as
apoio anteriormente proporcionado a Portugal as exportações reencontram o caminho de África membros da partes e alastrou-se à sociedade abandonada, nas zonas rurais,
pelos seus antecessores, ao oferecer asilo político e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Comissão do ela própria com o seu conservadorismo, mas que mudou a
aos promotores do assalto ao paquete “Santa Mário Gibson Barboza volta à política de cooperação, gosto e a contragosto da guerra ou da paz.
Maria”, comandados pelo capitão Henrique Galvão, arrefecida, desde 1964, com os países africanos e Clima da Bacia A de “moça prendada” não é a única noção que mudou:
quase logo a seguir à sua tomada de posse. Galvão procura intermediar negociações com Portugal. do Congo” ser de “boa família” e “ser educado” são outras das noções
encontrava-se exilado na Venezuela e, após ter Iniciou, em Outubro de 1972, uma visita a oito João Lourenço que variaram e podem ajudar-nos a entender até que ponto
embarcado clandestinamente em Coraçau, apos- países da África Ocidental para superar o “ressen- Presidente da República o conservadorismo continuar a ser, entre nós, um dos inibidores
sou-se do paquete, desviou a sua rota e procurou timento africano” e procurou abrir portas às ex- do desenvolvimento e da liberdade social e cultural.
chegar a Angola com um grupo de cerca de 18 por- portações brasileiras, o que não foi bem aceite Há trinta anos, não tinham surgido ainda, em Angola, nem
tugueses e espanhóis ligados ao DRIL (Directório pelo governo português de Marcelo Caetano. “Pa- os “movimentos” a favor da liberalização do aborto, nem o
Revolucionário Ibérico de Libertação) para iniciar ralelamente, quando, em Outubro de 1973, os EUA "O projecto grupo de mulheres orgulhosas das suas ideias e da sua estética
uma rebelião contra o governo fas- enviaram aviões com mate- ´Angola On- como parte da sociedade civil: confiavam mudar a sociedade
cista de Salazar. rial militar para Israel, duran- dentro dos partidos políticos.
Line´ visa
A PEI de Jânio Quadros, segun-
do Jerry Dávila, no seu livro «Hotel Geisel fez com que o te a Guerra do Yom Kipur,
(também conhecida por proporcionar ao
Entre a população, as mulheres são maioria e nas mãos
das moças esperançadas - elas sabem quem são- está parte
Trópico; o Brasil e o desafio da
descolonização africana, 1950-
Brasil fosse a “quarta guerra árabe-israeli-
ta", “Guerra do Ramadão”,
público do que será a sociedade angolana do futuro.
Podemos encontrá-las num debate nas redes sociais ou na
1980», se opôs à anterior política primeira nação a “Guerra de Outubro” ou estudantil e não TV, na apresentação de um livro, no cocktail da empresa em
só facilidades de
de Juscelino Kubitschek, o funda-
dor da cidade de Brasília, distan-
reconhecer o “Guerra Árabe-Israelita" de
1973”), os países árabes res- acesso à Internet,
que trabalhamos, no supermercado que frequentamos, a ca-
minho da Universidade, a zungar pelas ruas vendendo isqueiros
ciou o Brasil do automático ali- governo ponderam com um bloqueio
à informação e e lingeries, no governo, na polícia, no parlamento, na artes
nhamento com os EUA e com Por-
tugal e procurou também satisfazer independente de de petróleo, ao qual os países
africanos também aderiram. ao
culturais ou em qualquer outro sítio e às vezes nem as distin-
guimos: continuam a ser “prendadas”. Como isso por si só já
as aspirações brasileiras de se tor-
nar uma potência mundial. Jânio
Angola, apesar da O Brasil importava mais
de metade do petróleo para
conhecimento" não basta, passaram a ser “esperançadas”: não são muitas, já
foram muito menos, são muito valiosas.
abriu representações diplomáticas forte influência as suas necessidades, esca-
José Carvalho da
Rocha Antes destinadas principalmente a procriar, há trinta anos
no Ghana, na Nigéria e no Senegal,
procurando dar sentido à invoca-
socialista que pou por pouco ao boicote.
Mas a sua economia destabi-
Ministro das
Telecomunicações e
era fácil encontrar “moças prendadas” indo à missa ou ao culto
de domingo: fui lá e achei-as com as mãos enrugadas de tanto
ção repentina de que o Brasil se norteava o governo lizou-se, devido à subida do
Tecnologias de Informação
lavar loiça, arrumar a cozinha ou limpar o chão. Via-se nos olhos
havia tornado em uma democracia
racial, o que também significava deste país. Uma preço do petróleo mundial
em dez vezes mais. “Para Bar-
delas: pertencer ao coro e, um dia, casar no altar da igreja era o
que mais desejavam. Não eram felizes, tinham se masturbado
manifestar o apoio à descoloniza-
ção das colónias portuguesas em
decisão que se boza, as relações com Portu-
gal eram uma ‘hipoteca’ que
"Angola é um pouco ou nada: faltava-lhes amor próprio, lucidez e cultura geral.
A noção de “moça prendada” continuou a ser exclusivista
África e estabelecer conexões com enquadrava numa o Brasil não podia pagar. O
país jovem, de até depois da Independência, quando se tentou abolir a hie-
progresso e de
os novos países deste continente.
A PEI foi arquitectada por Afonso
nova política externa sucessor de Médici, Ernesto
Geisel, concordou. Como pre- prosperidade
rarquia entre classes sociais. Muitas “moças prendadas” tinham
pertencido a organizações partidárias ou, como os seus pais
Arinos – autor da lei que, em 1954, que o regime militar sidente da Petrobrás durante social, cujo tinham sido membros daquelas células que defendiam o so-
proibiu a discriminação racial no
Brasil (vulgo, “Lei Afonso Arinos”) brasileiro apelido de o bloqueio do petróleo, Geisel
tinha percebido os imensos desígnio da
cialismo e aspiravam ao comunismo, elas incrustaram-se à
órbita das ideologias de esquerda: foi lá que se aninhou o
– foi seguida pelo seu sucessor
João Goulart, até o mesmo ser de-
“pragmatismo custos económicos da afeição
com Portugal. Porém, como
conquista da germe da moça esperançada.
As “moças prendadas” viveram sempre presas à lógica
posto por um golpe militar, em responsável” presidente, não teve a opor-
independência
deve ser
binária, obscurantista e armadilhada: ou és da sua classe
1964. Entretanto, já decorria o pro- tunidade de mudar a política social ou não és, ou és militante revolucionário e comprometido
cesso para a independência de An- brasileira neste aspecto antes enaltecido" ou não és e, depois, ou és de Deus ou és do diabo, mas tinhas
gola e, desde o início da década de 60, as grandes da Revolução dos Cravos, que derrubou a ditadura Adriano de Carvalho que acreditar que os maldosos e os feiticeiros existiam e se
mutações em prol das autonomizações políticas salazarista em Portugal, em Abril de 1974”. Governador de Luanda estes eram os, para elas, obstáculos à sua ascendência sobre
na África sub-sahariana. Desejoso de restaurar a credibilidade do Brasil ti poderiam ser até os teus familiares queridos e aí residia a
O governo de Castelo Branco retrocedeu o sen- junto dos países africanos, Geisel fez com que o armadilha. Ficavas encalhado: apagado, em braços de uma
tido da política externa brasileira e, em estreita Brasil fosse a primeira nação a reconhecer o governo supersticiosa, insana, maniqueísta e autoritária, não podias
colaboração com a PIDE, aprisionou os apoiantes independente de Angola, apesar da forte influência "Vocês [reclusos ter um destino luminoso.
dos movimentos de libertação das colónias por- socialista que norteava o governo deste país. Uma da penitenciária Forno em que se fraguam formas de futuros possíveis, as
tuguesas e restabeleceu as anteriores ligações decisão que se enquadrava numa nova política “moças prendadas” de hoje têm outro perfil, outras idades e
com os EUA e Portugal. O novo ministro das Relações externa que o regime militar brasileiro apelidou do Lobito] é que variam de opções sexuais e ou sociais que vão da lésbica até à tran-
Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, declarou de “pragmatismo responsável”. O governo brasileiro devem mudar o sexual: há as casadas, as solteiras, outras mães solteiras por força
que “tudo o que é bom para os Estados Unidos acabou por se distanciar dos EUA, acreditando vosso das circunstâncias e ou por opção, enquanto há também quem
também é bom para o Brasil”. Na mesma linha, que o “milagre económico brasileiro” estava em seja divorciada; quando elas não falam várias línguas são viajadas,
entrevistado por um jornalista português do já ex- ascensão e os EUA se encontravam em declínio. comportamento quando não têm alto poder aquisitivo têm trabalho, são ambiciosas,
tinto Diário Popular, no dia 24 de Agosto de 1966, * Ph. D em Ciências da Educação e Mestre para nunca mais cuidam da carreira profissional. As há ainda religiosas mais pelo
complementou esse seu sentimento: “Tudo o que em Relações Interculturais virem parar à desespero de virem a “vestir santos” e de quererem encontrar na
igreja algum “moço prendado” do que pela crença em si mesma:
DR
cadeia" a fé que as retém é a dos desejos e a dos afectos.
Maria Ornelas Há trinta anos, muitas “moças prendadas” saíam das salas
Vice-presidente da Comissão
de Assuntos Constitucionais de aula todas trombudas, não davam confiança a quase
e Jurídicos da Assembleia
Nacional
ninguém, nem na escola nem no bairro: onde quer que pas-
sassem deixavam o embriagador aroma da impossibilidade
de conquistá-las. Nem precisavam de estar detrás dos muros
dos seus quintais, nem ocultas entre as paredes das casas, as
"Acho que “moças prendadas” eram uma muralha: não sabíamos nunca
o que havia detrás e este desconhecimento nos fascinava.
devemos apostar O que nos atrai das moças esperançadas de hoje é a
na CPLP que já garra e a luz: com o pé no acelerador, umas vezes de tissagem,
integra os países com o corpo cheio de silicone se fazer falta e a maquiagem
impecável, elas fazem tudo para serem úteis. Com ou sem
africanos de o consolador na carteira, a sós ou não, elas lutam contra ou
língua vivem à margem do conservadorismo que inibe a liberdade,
portuguesa" a justiça, a imaginação e o desenvolvimento.
A sociedade angolana está preparada para aconchegar
Ulisses Correia bem a mulher esperançada, culta e livre de hoje?
Primeiro-ministro
de Cabo Verde *Historiador e Crítico de Arte
8 ÁFRICA
LEI SOBRE RELIGIÃO NO RUANDA
Governo encerra rádio
por insultar mulheres
A política e a religião voltam a andar de mãos dadas, desta vez
no Ruanda, onde já foi pedida a intervenção dos Estados Unidos
Victor Carvalho
O governo do Ruanda, no
seguimento da imposição de
leis que regulam o funcio-
namento das igrejas e o modo
de divulgação da fé, decidiu
mandar encerrar uma rádio
de inspiração cristã por esta
ter repetidamente insultado
as mulheres, comparando-
as a uma “tentação do diabo”.
Esta estação é apoiada por
uma organização norte-ame-
ricana que já pediu a inter-
venção de Donald Trump para
que este use os canais diplo-
máticos de modo a sensibilizar
Paul Kagamé no sentido de
que ela possa ser reaberta.
A “Amazing Grace Chris-
tian Radio”, assim se chama
a estação, das com maior
audiência no Ruanda, trans-
mitia diariamente sermões
proferidos por diferentes
confissões religiosas cristãs,
mas viu a sua licença revo-
gada depois que um dos seus
apresentadores mais popu-
lares, Nicolas Niyibikora, ter
insistido em dizer que as
mulheres representavam
uma “tentação do diabo”.
A entidade que revogou a
licença, a Autoridade Regu-
latória do Ruanda, disse que
a referida estação violou a lei
sobre o funcionamento das
igrejas, ao abrigo da qual estava
em funcionamento, ao “insul-
tar gravemente as mulheres”,
de modo repetido.
O fundador desta estação,
o evangelista norte-ameri-
cano Gregg Schoof, foi avisado
que poderá ser detido caso a
estação volte a emitir sem
antes obter uma nova licença
Governo ruandês toma medidas duras para equilibrar actividades de orientação cristã no país
que torna obrigatório, face à
actual lei, que o seu apre-
sentador tenha um diploma
em Teologia devidamente
reconhecido pelas autorida-
des do Ruanda.
Assuntos nos tribunais
Neste momento o assunto
está nos tribunais, para onde
o fundador da igreja levou
o caso, mas também nos cor-
redores da política tendo já
sido feito um apelo a Donald
Trump para que use do seu
poder para influenciar o seu
homólogo ruandês.
O fundador da “Amazing
Grace Christian Radio”, Gregg
Schoof alega que o apresen-
tador que supostamente ofen-
deu as mulheres é um pastor
que está pronto a submeter
o seu diploma às autoridades
para que estas verifiquem a
sua legitimidade.
Gregg Schoof refere que
o pastor já pediu desculpas
por eventuais ofensas, mas
recusou, ele próprio, apre-
sentar um tal pedido escrito
para que o problema possa
ser ultrapassado.
As autoridades ruandesas
estão irredutíveis e decididas
a manter a estação encerrada
até que esta cumpra os pres-
supostos da lei, desde logo
a apresentação dos diplomas
reconhecidos pelo governo
e relacionados com todas as
pessoas que colocam a voz
no ar, seja para proferir ser-
mões ou para proceder a
simples traduções para lín-
guas nacionais.
Grupos da sociedade civil
que defendem os direitos das
mulheres estão ao lado do
governo, que conta também
com o apoio da Associação
das Mulheres Jornalistas.
Esta mesma estação já em
Fevereiro deste ano havia
sido condenada ao paga-
mento de uma multa de
2.300 dólares e a fazer um
pedido público de desculpas
por ter ofendido as mulheres,
dizendo que o seu papel na
sociedade era meramente
secundário, quando com-
parado com o que está reser-
vado aos homens.
O próprio Presidente Paul
Kagamé já se tinha pronun-
ciado sobre este assunto,
referindo que o Ruanda era
um país que respeita a igual-
dade do género e que não
permitirá que, tendo por
argumento a religião, pessoas
singulares ou colectivas pos-
sam violar as leis estabele-
cidas no país.
De facto, a realidade mos-
tra que o Ruanda é um dos
países do mundo onde a
igualdade do género mais se
faz sentir, tendo o parlamento
uma das mais altas taxas de
representação feminina
Recentemente, o governo
decidiu encerrar mais de 700
igrejas que estavam a fun-
cionar de modo ilegal só per-
mitindo a sua reabertura
depois que obtenham uma
licença que só é passada com
o cumprimento de todos os
requisitos exigidos por lei.
O Presidente Paul Kagamé
disse que o país não precisa
de muitas igrejas, mas sim
apenas das que possam cum-
prir o seu papel sem recurso
a tramas destinados a ludi-
briar a população.
DR
SOMÁLIA
ATENTADO SUICIDA
FAZ CINCO MORTOS
NUM RESTAURANTE
Pelo menos cinco pessoas,
entre as quais três
militares, morreram no fim
de semana num atentado
suicida que teve como alvo
um restante na cidade de
Galkayo, na Somália.
Segundo as autoridades
locais, um homem com um
colete armadilhado entrou
no referido restaurante
tendo-se feito explodir no
meio de pessoas que
estavam a tomar o
pequeno almoço.
De acordo com Ahmed
Abdullahi, ministro da
Segurança da região de
Puntland, nordeste da
Somália, além dos mortos
há a referir a existência de
oito feridos em estado
grave.
O ataque já foi reivindicado
pelo grupo al-Shabab,
afiliado à al- Qaeda e
responsável pela escalada
de terror que se está a
verificar em toda a
Somália, sobretudo depois
que as forças de segurança,
com a ajuda das Nações
Unidas, o expulsaram de
Mogadíscio. Galkayo, é uma
pequena cidade situada a
mais de 750 quilómetros de
Mogadíscio.
CINCO VALAS COMUNS
DESCOBERTAS NO
LESTE DO CONGO
Investigadores das Nações
Unidas anunciaram ter
descoberto cinco valas
comuns na província de
Ituri, no leste do Congo,
onde pelo menos 263
pessoas morreram vítimas
de massacres, adianta um
relatório da missão de paz
da ONU.
Os investigadores não
forneceram detalhes sobre
o que encontraram, mas
disseram que cerca de 120
cidades e aldeias do país
foram pilhadas e
destruídas entre Dezembro
e meados de Março deste
ano. Segundo o
documento, que retrata a
dimensão da violência
entre pastores Lendu e
pastores Hema desde o
final do ano passado, o
conflito provocou uma das
mais graves crises de
refugiados em África.
A violência nas fronteiras
do leste do Congo com o
Uganda, Ruanda e Burundi
aumentou desde que o
presidente Joseph Kabila
recusou afastar-se do
poder no final do seu
mandato, em 2016, o que
levou à erosão da
autoridade do Estado e deu
força à criação de
diferentes grupos armados.
Os ataques liderados
principalmente pelos
Lendu forçaram mais de 60
mil pessoas a fugir para o
Uganda, país onde deverão
chegar 200 mil refugiados
até ao final do ano,
segundo as estimativas da
agência de refugiados da
ONU. Outras dezenas de
milhares fugiram para
outras cidades dentro do
Congo.
ACÇÕES TERRORISTAS NO MALI
Forças da paz em dificuldades para impedir ataques no Mali
Tuaregues atacados
por grupo jihadista
O grupo tuaregue Movimento
pela Salvação de Azawad-
MAS afirmou ontem, em co-
municado, que um grupo de
homens “fortemente arma-
dos”, que se deslocava em
16 motos, atacou sábado à
tarde estas povoações e come-
çou a disparar contra os civis,
entre os quais várias mulheres
e crianças.
O comunicado refere ainda
que várias pessoas idosas fo-
ram “arrastadas para fora das
tendas onde residiam para
serem executadas”.
As autoridades malianas
ainda não se pronunciaram
sobre o ataque. O jihadismo
fustiga o Mali com particular
força desde 2012, quando
ocorreu um golpe de estado
em Bamako, usado por grupos
GUINÉ-CONACRI
Filho de Sékou Touré
acusado de escravidão
Mohamed Touré, filho do
primeiro Presidente da Guiné
Conacry, Ahmed Sekou
Touré, e a sua esposa Denise
Cros-Touré, podem ser con-
denados a 20 anos de prisão
por prática de escravidão.
Segundo um relatório em
posse dos Serviços de segu-
rança do Departamento dos
Estados Unidos, em 2000, o
casal Touré terá levado para
o país uma jovem de cinco
anos de idade, tendo-lhe
posteriormente confiscado
o passaporte.
Depois de 16 anos de cati-
veiro, em Agosto de 2016, a
vítima, cuja identidade não
foi revelada, conseguiu esca-
par da residência do casal,
em Southlake, no Texas, gra-
ças à ajuda dos vizinhos.
Ela encontrava-se numa
situação migratório irregular,
porque o seu visto aspirara,
e não estudava. Transfor-
mada em escrava doméstica,
ela ocupava-se da casa e
tomava conta dos filhos do
casal, acusado de a ter vio-
Terça-feira
1 de Maio de 2018
DR
tuaregues rebeldes, apoiados
por células terroristas, para
assumir o controlo do norte
do país durante dez meses.
Os jihadistas foram teo-
ricamente expulsos em 2013
graças a uma intervenção
militar internacional liderada
pela França.
No entanto, vastas áreas
no Mali, sobretudo a norte e
centro do território, escapam
ao controlo estatal, sendo
esse facto aproveitado por
grupos terroristas para desen-
cadearem uma série de ata-
ques. As autoridades toma-
ram medidas urgentes para
manter o controlo e livrar
de ataques a população civil
nas regiões de maior circu-
lação de grupos ligados ao
terrorismo.
lentado física e psicologica-
mente, segundo o Ministério
norte-americano da Justiça.
Elementos da acusação
alegam que a vítima era obri-
gada a dormir no chão e não
beneficiava da assistência
médica.
Em 16 anos, terá tido uma
única visita médica e, como
não falava inglês, era de vez
em quando expulsa da casa
do casal sem dinheiro ou
cartão de identidade.
O Presidente Hamed Secou
Touré, celebrizou-se por ter
dito “não” ao general Charles
de Gaulle, no que respeita à
forma da independência da
Guiné-Conacri.
Conhecido também como
um dos grandes combatentes
pela libertação da África con-
tra o colonialismo, a sua ima-
gem ficou ofuscada, depois
de ter mandado fuzilar, Diallo
Telli, o primeiro secretário-
geral da então Organização
de Unidade Africana, de 1963
a 1972, por alegada tentativa
de golpe de Estado.
MUNDO Terça-feira
1 de Maio de 2018
GUERRA NA SÍRIA
Líder sírio Bashar al-Assad
critica escalada contra o país
O Presidente sírio, Bashar al-
Assad, criticou ontem a esca-
lada das agressões contra a
Síria, um dia depois de um
ataque de mísseis a posições
militares.
Assad não mencionou
especificamente aqueles
bombardeamentos que mata-
ram 26 combatentes pró-
governamentais, maiorita-
riamente iranianos, segun-
do o Observatório Sírio dos
Direitos Humanos, que falou
de “provável” responsabi-
lidade israelita.
O Governo sírio não indi-
cou um balanço acerca da-
queles disparos de mísseis.
O Presidente Bashar- al Assad
falava durante um encontro
em Damasco com uma dele-
gação iraniana, presidida por
Alaeddine Borujerdi, alto
responsável do Parlamento
iraniano.
O Irão e a Rússia são os alia-
dos mais sólidos da Síria.
Considerando que os países
hostis à Síria passaram à fase
de agressão directa, segundo
o Presidente Assad, ele asse-
gurou, no entanto, que esta
escalada apenas “reforça a
determinação dos sírios de
lutar contra o terrorismo e
preservar a soberania do país”.
Bases sírias continuam a ser bombardeadas por forças externas
ENCONTRO COM KIM JONG-UN
Presidente norte-americano
indica lugar da Cimeira
O Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, suge-
riu ontem, ao seu estilo habi-
tual, que a cimeira com o seu
homólogo norte-coreano,
Kim Jong-un, pode realizar-
se em Panmunjom, na fron-
teira entre as duas Coreias.
Na sua conta na rede social
Twitter, Trump disse que vá-
rios países “estão a ser con-
siderados para receber a ci-
meira”, pelo que questionou
se “seria a Casa da Paz, na fron-
teira da Coreia do Norte e da
Coreia do Sul, um sítio mais
representativo, mais impor-
tante e mais duradoiro que
um país terceiro?”.
“Só pergunto!”, escreveu
Trump, que, no sábado,
A 14 de Abril, os Estados Uni-
dos, a França e o Reino Unido
realizaram um ataque de
represália contra posições
militares do Governo, após
um alegado ataque quími-
co, atribuído às forças go-
vernamentais, numa cida-
de rebelde nos arredores de
Damasco.
Um ano antes, Washing-
ton tinha lançado 59 mísseis
contra uma base aérea síria,
depois de um ataque químico
atribuído a Damasco contra
a cidade de Khan Sheikhun
(noroeste), que matou pelo
menos 80 pessoas.
Desde o início da guerra
da Síria em 2011, Israel terá
realizado vários ataques
aéreos contra alvos no país,
nomeadamente contra o
movimento xiita libanês
Hezbollah, que combate ao
lado do Exército sírio. O
Estado hebreu raramente
confirma as suas operações
militares.
A 9 de Abril, Telavive foi
acusado pelo Governo sírio
e pelo seu aliado iraniano
de ter bombardeado uma
base aérea no centro da Síria.
Pelo menos 14 combatentes,
entre os quais sete iranianos,
foram mortos.
DR
anunciou que a reunião com
Kim se realizará dentro de
“três ou quatro semanas”.
A Casa da Paz, um edifício
situado na chamada Zona
Desmilitarizada Conjunta,
foi o lugar em que se encon-
traram na semana passada
Kim Jong-un e o seu homó-
logo sul-coreano, Moon Jae-
in, na primeira cimeira entre
os líderes das duas Coreias
em 11 anos.
Foi na Casa da Paz, uma
estrutura de vidro e betão,
na parte sul de Panmunjom,
onde foi assinado o armistício
que colocou fim à guerra da
Península da Coreia (1950-
1953). Com a sugestão da
Casa da Paz, é a primeira vez
ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA INFORMADOS
Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, promete acções para se antecipar ao ataque
Israel prepara ataque militar
ao Irão para manter posições
O Primeiro-ministro Israelita,
Benjamin Netanyahu, afirmou
ontem que já deu a conhecer
os Estados Unidos e a Rússia
sobre um ataque táctico contra
o Irão, como medida preven-
tiva para impedir uma acção
contra o seu país.
Benjamin Natanyahu reu-
niu de emergência o gabinete
de Defesa e Segurança para
analisar o aumento da tensão
na fronteira norte, horas
depois de Israel ser acusado
de um ataque com mísseis
a p o s i çõ e s m i lita re s do
Governo sírio, que causou
pelo menos 26 mortos.
Os ministros foram con-
vocados para o quartel-gene-
ral do Exército, HaKirya, em
Telavive, segundo a agência
Efe. O Governo iraniano refe-
riu que o ataque causou a
morte a 26 soldados presentes
na base síria. O ataque foi
que o Presidente dos Estados
Unidos se pronuncia sobre
um lugar exacto para a cele-
bração da histórica cimeira,
uma vez que antes apenas
tinha aludido a dois ou três
locais que estavam a ser
considerados.
Vários países, como a Tai-
lândia e a Mongólia, tinham-
se oferecido para acolher a
cimeira, que tem como prin-
cipal objectivo iniciar o pro-
cesso de desnuclearização
da Coreia do Norte.
O Presidente Donald Trump
tem enviado uma série de
sinais que demonstram o seu
grande interesse pelo ambiente
político e militar na Península
coreana, os quais fazem crer
no sucesso da cimeira deste
mês com o seu homólogo
norte-core-ano, Kim Jong-
un. Analistas internacionais,
citados na imprensa Ociden-
tal, afirmam que Trump pode
marcar a diferença política.
atribuído a forças Israelitas.
Devido às circunstâncias, o
Irão admitiu a possibilidade
de retaliar contra Israel. O
Primeiro-Ministro israelita
já avisou que não pretende
recuar, e informou de ime-
diato os Estados Unidos e a
Rússia que vai atacar objec-
tivos iranianos.
Segundo o jornal Haaretz,
que cita fontes oficiais israe-
litas, Telavive está a equa-
cionar um ataque contra o
Irão, caso Teerão ataque Israel
a partir da Síria.
Guerra aberta
Esta não é a primeira vez que
Israel é responsabilizado por
um ataque à Síria. Telavive
tem atacado por diversas
vezes o país vizinho, com o
qual está em guerra há várias
décadas, visando, sobretudo,
alvos militares iranianos e
do Hezbollah libanês, que
PRIMEIRO-MINISTRO RAMUSH HARADINAJ
O caso do Kosovo é diferente
da grande crise da Catalunha
O Primeiro-Ministro do Ko-
sovo, a ex-província da Sérvia
que autoproclamou a inde-
pendência em 2008, não reco-
nhecida pela Espanha, rejeitou
qualquer comparação com a
situação na Catalunha, numa
entrevista publicada ontem
no diário El País.
“Não existe qualquer ana-
logia possível entre o Kosovo
e a Catalunha”, declarou
Ramush Haradinaj, acres-
centando que a liderança de
Pristina “jamais reconhecerá
a independência desta região
com tentações de secessão”,
defendendo-se de qualquer
comparação entre as duas
situações. O Kosovo procla-
mou a independência da Sér-
DR
apoiam o Governo sírio.
Depois do ataque da noite
de domingo nas províncias
de Hama e Alepo, o que ori-
ginou o aumento da tensão.
Israel tem sido, ao lado
dos Estados Unidos desde
que Trump chegou ao poder,
o principal oponente ao
Acordo nuclear com o Irão
em 2015. Na altura, Barack
Obama, juntamente com os
parceiros da União Europeia,
bem como a Rússia e a China,
decidiram levantar as sanções
internacionais contra o Irão
em troca de um maior con-
trolo sobre o desenvolvi-
mento nuclear de Teerão.
Cerca de três anos depois,
o acordo parece ameaçado.
O Presidente Trump, que
tem até 12 de Maio para se
pronunciar, tem demons-
trado o seu desagrado com
o mesmo considerando-o
“o pior acordo de sempre”,
via em 2008. Cinco países da
União Europeia - Espanha,
Roménia, Grécia, Eslováquia
e Chipre- recusaram reco-
nhecer a independência, e
no caso de Madrid pelo receio
de encorajar os separatismos
no seu território.
“O Kosovo nasceu da de-
sintegração da federação ju-
goslava, num processo san-
grento de todos contra todos.
Não é o caso da Espanha, onde
os direitos civis e políticos são
respeitados”, declarou Ramu-
sh Haradinaj.
“Lutamos pela democra-
cia, mas sobretudo pelos
direitos humanos. Não é o
caso da Catalunha”, insistiu
o Primeiro-Ministro.
9
e nem as visitas de Emma-
nuel Macron e de Angela
Merkel o parecem demover
da intenção de rasgar o feito
diplomático.
Israel segue o mesmo
caminho dos Estados Unidos
e tem subido a retórica contra
Teerão, o seu principal inimigo
na região, tal como a Síria.
Telavive teme que o Irão ata-
que solo israelita a partir da
vizinha Síria e, por isso, tem
lançado vários ataques contra
bases militares sírias, apesar
de muitos destes ataques,
como o da noite de domingo,
não serem confirmados pelas
forças israelitas.
“Pela natureza dos alvos,
é provável tratar-se de um
bombardeamento israelita”,
considerou o director da
organização não-governa-
mental OSDH, Rami Abdel
Rahman, em declarações à
agência France-Presse.
Em declarações à rádio
do Exército, o ministro das
Informações, Yisrael Katz,
disse desconhecer o ataque,
mas considerou que “toda a
violência e instabilidade na
Síria é resultado das tentativas
do Irão de se estabelecer
militarmente lá”.
“Israel não permitirá a
abertura de outra frente norte
na Síria”, adiantou. Alguns
medias sírios acusam as for-
ças norte-americanas e bri-
tânicas da autoria e outros
analistas responsabilizam
Israel. Israel e a Síria conti-
nuam oficialmente em guerra
há décadas. As tensões agra-
varam-se ainda mais com o
apoio prestado ao Governo
sírio pelo movimento xiita
libanês Hezbollah e pelo Irão,
inimigos de Israel.
No passado dia 9 de Abril,
o Estado de Israel foi acusado
pelo Governo sírio e pelo
Irão de realizar ataques mor-
tais contra uma base militar
no centro sírio. Pelo menos
14 combatentes, incluindo
sete iranianos, foram mortos
no ataque à base militar de
T4, na província central de
Homs. A guerra na Síria pro-
longa-se há sete anos, desde
a repressão sangrenta de
manifestações pró-demo-
cracia em Março de 2011, e já
matou mais de 350.000 pes-
soas e provocou milhões de
refugiados e deslocados.
RECONHECIMENTO
Moon Jae-in quer
Nobel da Paz para
Donald Trump
O Presidente da Coreia do Sul,
Moon Jae-in, sugeriu ontem
o Presidente dos Estados Uni-
dos, Donald Trump, para o
Prémio Nobel da Paz, pelo
seu esforço para unir as duas
Coreias.
Moon Jae-in parece não
ter dúvidas de quem deve ser
o próximo Prémio Nobel da
Paz. Mas a sua sugestão deve
causar surpresa. “O Presidente
Trump deve ganhar o Prémio
Nobel da Paz. Nós só preci-
samos de paz”, disse num
encontro entre responsáveis
do Governo sul-coreano, de
acordo com uma fonte oficial.
A Sky News avança que o Pre-
sidente sul-coreano considera
que os esforços de Trump
devem ser reconhecidos.
10 ECONOMIA
MADEIRA E DERIVADOS
Peso da exploração florestal
é insignificante para o Orçamento
Números avançados recentemente pelo secretário de Estado para as Florestas indicam que, num ano como o de 2016,
quando praticamente não havia restrições, as receitas de exportação totalizaram apenas 36 milhões de dólares
Ministro da
Agricultura
afirma que o
dinheiro das
exportações
de madeira
não vinha
para Angola
André dos Anjos
As enormes quantidades de
madeira que saem anual-
mente do país não se reflec-
tem no Orçamento Geral do
Estado, situação que o Gover-
no está determinado a inver-
ter, a partir deste ano, com a
entrada em vigor de uma nova
legislação florestal, revelou
ontem, em Luanda, o minis-
tro da Agricultura e Florestas,
Marcos Nhunga.
“Até agora, a exportação
de madeira não tem tido peso
nenhum nos cofres do Estado,
porque o dinheiro não vinha
ao país”, afirmou o ministro,
contrariando, deste modo, o
secretário de Estado para as
Florestas, André Moda, que
disse em Janeiro que, só em
2016, Angola arrecadou mais
35 milhões de dólares com a
venda do produto.
Para permitir que o país tire
dividendos do seu vasto poten-
cial florestal, adiantou o minis-
tro, doravante, a madeira só
sai do país mediante apresen-
tação prévia do comprovativo
de depósito do valor corres-
pondente num dos bancos do
país ou uma carta de crédito.
Por força das mudanças das florestas, em substituição
em curso, o início do ano flo- da que vinha sendo aplicada
restal, que habitualmente desde o tempo colonial, fal-
acontece na primeira semana tando apenas o regulamento,
de Maio, fica adiado por tempo cuja proposta é remetida ao
indeterminado, até à apro- Conselho de Ministros nos
vação pelo Conselho de Minis- próximos dias, disse o minis-
tros de um novo regulamento tro Marcos Nhunga.
para o sector, anunciou Mar- A desordem que se instalou
cos Nhunga. no sector, com trespasses de
licenças à margem da lei a
permitir que cidadãos estran-
geiros participassem direc-
Ministro tamente na extracção de ma-
anuncia que deira, negócio reservado por
para certificar lei a cidadãos nacionais, fez
que o país com que o Governo adoptasse
beneficia um conjunto de medidas des-
dos fundos tinadas a disciplinar esse nicho
gerados pela de mercado.
madeira, Marcos Nhunga revelou
passa que, na província do Cuando
a ser exigido Cubango, foram encontradas
aos produtores, em posse de um cidadão de
um depósito nacionalidade chinesa 500
bancário motosserras, que eram uti-
correspondente lizadas para a exploração
ao valor ilegal de madeira.
da exportação Em finais de Janeiro, o
Ministério da Agricultura
anunciou a suspensão, com
efeitos imediatos, de todas
Para acabar com a anarquia as actividades relacionadas
que se verificava no sector, à exploração de recursos flo-
o país aprovou em 2017 uma restais, como corte, circulação
nova legislação para a gestão e transporte de madeira em
toro ou serrada.
Em Fevereiro, o Governo
criou uma comissão mul-
tissectorial para inventariar
a madeira apreendida em
todo o país, por desobediên-
cia ao instrutivo do Ministério
da Agricultura.
A comissão, que integra
os ministérios da Agricul-
tura e Florestas, Defesa, In-
dústria, Interior, Comércio
e o Banco Nacional de Ango-
la (BNA) e a Administração
Geral Tributária (AGT) tem,
ainda, a incumbência de afe-
rir a situação legal dos agentes
envolvidos no abate, circu-
lação e transporte de madeira.
As conclusões prelimi-
nares da comissão, de acordo
com o ministro da Agricultura
e Florestas, indicam que entre
60 e 70 por cento da madeira
apreendida, encontra-se em
situação ilegal.
Marco Nhunga recusou-
se a avançar números sobre
a quantidade de madeira
apreendida nos últimos
meses, para não antecipar-
se à comissão que trabalha
no assunto, que deve apre-
sentar um relatório porme-
norizado sobre a matéria nos
próximos dias.
O ministro da Agricultura,
que falava à imprensa, à mar-
gem da 1ª Assembleia Geral
da Associação dos Industriais
e Madeireiros de Angola
(ANIMA), que serviu para a
eleição dos órgãos sociais
da organização, reiterou a
promessa de criação de um
corpo de polícia florestal,
avançada inicialmente em
Janeiro pelo secretário de
Estado para os Recursos Flo-
Marcos Nhunga
revelou que,
na província do
Cuando Cubango,
foram encontradas
em posse de um
cidadão de
nacionalidade
chinesa
500 motosserras,
que eram utilizadas
para a exploração
ilegal de madeira
restais, André Moda.
Os êxitos alcançados no
sector florestal, nos últimos
meses, de acordo com o mi-
nistro, só foram possíveis gra-
Terça-feira
1 de Maio de 2018
MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
ças ao apoio das forças da
ordem, o que indica que, com
um corpo policial próprio, as
florestas ficam melhor ser-
vidas em termos de segurança.
A 1ª Assembleia Geral da
ANIMA elegeu para, a Direc-
ção Executiva, José Veríssimo
para o cargo de presidente,
Óscar Silva para vice-pre-
sidente, Gilberto Gil Lopes
para secretário-geral e José
Armando para coordenador
das Associações Provinciais.
Criada em 2012, a ANIMA
tem por objectivo a promoção
e defesa da classe dos madei-
reiros, ao mesmo tempo que
se assume como parceira do
Governo na formulação de
estratégias e políticas para
a exploração sustentável dos
recursos florestais.
Além de Marcos Nhunga,
participaram na cerimónia
de eleição dos órgãos sociais
da ANIMA, entre outros mem-
bros do Governo, o ministro
do Comércio, Joffre Van-
Dúnem Júnior.
Dados fornecidos pela
ANIMA revelam que a indús-
tria florestal emprega cerca
de seis mil trabalhadores,
número animador para o
mercado de trabalho.
ECONOMIA
1 de Maio de 2018
BANCO CENTRAL
Taxas de juro
permanecem
inalteradas
O Banco Nacional de Angola
(BNA) decidiu manter a taxa
básica de juro em 18 por cento
e as facilidades permanentes
de cedência e absorção de
liquidez em 20 e 0,00 por
cento, durante a reunião
mensal do Comité de Política
Monetária (CPM) realizada
ontem, em Luanda.
No encontro, que tomou
decisões com base em indi-
cadores da evolução da eco-
nomia ao longo do mês de
Março, ficaram inalterados
os coeficientes das reservas
ob r igató r i a s e m m o e d a
nacional e estrangeira em 21
e 15 por cento.
As decisões também se
basearam na trajectória do
Índice de Preços ao Consu-
midor Nacional (IPCN) que,
em Março, registou uma
variação mensal de 1,44 por
cento, mais 0,18 pontos per-
centuais que em Fevereiro.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Indicadores estáveis levam
à manutenção dos juros
A base monetária em
moeda nacional, uma variá-
vel operacional da política
monetária, expandiu 4,56
por cento em termos mensais
e 15,09 em termos homólo-
gos, de acordo com números
do comunicado emitido no
fim da reunião do CPM.
Em Março, acrescenta o
documento, os montantes
transaccionados no merca-
do monetário interbancário
reduziram em 16,67 por cento,
totalizando 758,57 mil milhões
de kwanzas.
O agregado monetário M2,
que congrega a totalidade
dos depósitos bancários em
moeda nacional e as notas e
moedas em poder do público,
registou um crescimento de
21,23 mil milhões de kwan-
zas, passando de 4,45 triliões,
em Fevereiro, 4,47, em Março,
mais 0,48 por cento. Nos últi-
mos 12 meses, este indicador
variou 4,04 por cento.
Observou-se uma expansão
mensal do crédito em moeda
nacional de 0,33 por cento,
destacando-se o aumento do
concedido à produção e dis-
tribuição de electricidade, gás
e água e educação.
O BNA afirma que, nos últi-
mos 12 meses, o crédito à eco-
nomia em moeda nacional
registou um crescimento de
9,50 por cento. A venda de
divisas atingiu 735,94 milhões
de euros (2.245,80 milhões
para o cômputo do ano).
Terça-feira
ADMINISTRAÇÃO GERAL TRIBUTÁRIA
Sector não petrolífero
gera as maiores receitas
Madalena José
e Victorino Joaquim
Os grandes contribuintes do
sector não petrolífero repre-
sentam um peso de 60 por
cento na receita fiscal, com
uma arrecadação de 1.291
mil milhões de kwanzas em
2017, informou ontem, em
Luanda, o administrador da
Administração Geral Tribu-
tária (AGT), José Dungo, du-
rante a abertura do primeiro
encontro sectorial dos gran-
des contribuintes.
Os valores arrecadados
são provenientes de 350 em-
presas dos sectores financeiro,
diamantífero e telecomuni-
cações que conformam os
“Grandes Contribuintes”,
explicou José Dungo.
Para José Dungo, os “Gran-
des Contribuintes” contri-
buem, em grande medida,
para o aumento da produção
nos diversos sectores de acti-
vidade e da receita fiscal, na
criação de postos de trabalho
e na captação de investimento
e divisas para o país.
Actualmente e como resul-
tado da integração dos ser-
viços, a Administração Geral
Tributária controla 48 Repar-
tições Fiscais, 79 fronteiras
terrestres e tem 36 Delega-
ções Aduaneiras em todo o
território nacional. A Admi-
nistração Geral Tributária
tem como principal propósito
a modernização e reestru-
turação dos serviços pres-
tados aos contribuintes, a
promoção do alargamento da
base tributária e a potenciação
da arrecadação de receitas
não-petrolíferas.
O administrador disse que
o cumprimento das obriga-
ções tributárias constitui uma
importante alavanca para o
desenvolvimento sustentá-
vel do país, por financiar as
despesas públicas, com vista
à satisfação das necessidades
dos cidadãos.
No primeiro encontro sec-
torial dos “Grandes Contri-
buintes”, dirigido aos actores
do sector da construção civil,
banca e telecomunicações,
foram abordadas questões
inerentes ao novo imposto
a introduzir dentro de oito
meses - o Imposto sobre o
Valor Acrescentado (IVA) -
, o enquadramento conceitual
de “Grandes Contribuintes”
Administrador da AGT na reunião com os grandes contribuintes
e a prestação de garantias.
A pertinência dos temas
apresentados prende-se com
a sua actualidade e em decor-
rência das várias petições
formuladas, para esclareci-
mento sobre distintas maté-
rias de interesse empresarial,
consubstanciadas na inter-
pretação e aplicação de deter-
minadas normas tributárias.
Com este novo ciclo de
acções de esclarecimento, a
Administração Geral Tributária
pretende melhorar a sua actua-
ção na relação com os con-
tribuintes, quer por via do “fe-
edback” (correspondência
entre os parceiros) sobre os
serviços prestados, por meio
dos canais disponíveis, quer
pelas redes sociais ou semi-
nários, concluiu José Dungo.
No encontro, as “Grandes
Contribuintes” apresentaram
preocupações referentes a
alterações no pagamento de
prestações e no enquadra-
mento conceitual, face a ajus-
tes verificados e a outras me-
didas a implementar, relativas
à prestação de garantias ban-
cárias e relação entre o con-
tribuinte e a Administração
Geral Tributária.
O representante do grupo
PDA Construção Civil, Manuel
Almeida, disse que a sua em-
presa está preocupada com o
sector de construção, que pro-
cura um melhor enquadra-
mento e sintonia com a Admi-
nistração Geral Tributária, vi-
sando o cabal cumprimento
das obrigações fiscais.
Dilson Kusukissa, repre-
sentante da Finstar SA, mos-
trou-se preocupado com as
garantias bancárias e notou
que apesar da relação da sua
empresa com a Administração
Geral Tributária ser boa, de-
corre um processo no qual a
Administração Geral Tribu-
tária fiscalizou exercícios
anteriores de 2013-2015, onde
a Finstar foi obrigada a prestar
uma garantia bancária até ao
desfecho da situação. “Não
fomos penhorados mas fomos
obrigados a emitir uma garan-
tia bancária até ao desfecho
do processo”, disse.
Quanto ao Imposto sobre
o Valor Acrescentado, Dilson
Kusukissa receia que não fun-
cione, tendo em conta a rea-
lidade angolana, onde o
mercado funciona maiorita-
riamente em informalidade
em termos legais e fiscais.
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
54,7
LUCROS LÍQUIDOS
OBTIDOS PELO BAI
Os lucros apurados pelo
Banco Angolano
de Investimentos (BAI)
dispararam 9,9 por
cento em 2017,
para 54,7 mil milhões
de kwanzas, contra 49,7
mil milhões em 2016,
indicam dados do
relatório e contas
publicado domingo no
Jornal de Angola.
15
TONELADAS
DE PESCADO
Um total
de 15 toneladas
de cacusso, bagre
e outras espécies
foram capturadas,
de Janeiro a Março
deste ano, nos rios
e lagoas da província
do Huambo pelos
pescadores artesanais,
contra 11,26 toneladas
em igual período
de 2017, disse ontem
à Angop a chefe
do Departamento
de Pecuária
da Direcção Provincial
da Agricultura e
Desenvolvimento
Florestal do Huambo,
Lemba Manuel.
ENERGIA
Instituto
electrifica
aldeias do
meio rural
Um Instituto Nacional de Elec-
trificação Rural é criado para
liderar o processo de instalação
de sistemas baseados em fon-
tes renováveis de energia em
todas as sedes de comuna e
povoações com mais de dois
mil habitantes, apurou ontem
o Jornal de Angola.
A informação foi obtida
num seminário realizado
ontem, no Sumbe, sob os aus-
pícios da empresa LTP Ener-
gias, um encontro consagrado
ao debate do aumento do
acesso à electricidade com o
contributo das energias reno-
váveis e dos investimentos
nesse domínio.
O projecto subjacente ao
Instituto Nacional de Elec-
trificação Rural prevê que,
até 2025, mais de 200 comu-
nidades beneficiem de energia
suficiente para usos produ-
tivos, em projectos de irri-
gação, secagem e moagem.
Durante o seminário, os
participantes discutiram o
impacto das energias reno-
váveis na redução do consu-
mo energético em equipa-
mentos industriais accio-
nados por motores eléctricos
e as energias como mecanismo
de futuro.
Carlos Bastos | Sumbe
NOTA DA DÍVIDA PÚBLICA
Políticas do Governo também pesaram na nova avaliação
Finanças capitaliza
a melhoria do “rating”
Nem só os preços do petróleo contribuíram
para a elevação da perspectiva da dívida
O Ministério das Finanças
considera que o melhora-
mento das notas da dívida
pública de Angola pelas prin-
cipais agências internacionais
de classificação de risco não
se deve apenas à recuperação
do preço do petróleo, mas,
também à forma como o
Governo enfrenta os desafios
de natureza macroeconó-
mica, fiscal, monetária e
estrutural.
Em comunicado, consul-
tado ontem pelo Jornal de
Angola, o Ministério da Finan-
ças reage ao melhoramento
da nota de risco da dívida so-
berana de Angola pelas prin-
cipais agências internacio-
nais de “rating”, ao longo da
semana passada.
Na quarta-feira, a Fitch
manteve o “rating” da dívida
soberana de Angola no nível
B, abaixo da escala de inves-
timento, mas melhorou a
perspectiva de “negativa”
para “estável”, frente à subida
da cotação do petróleo e ao
apoio do Fundo Monetário
Internacional (FMI) a um pro-
grama conjunto de estabili-
zação macroeconómica.
Dois dias depois, a Moody’s
elevou a perspectiva da dívida
pública angolana de negati-
va para estável, mas cortou o
“rating” soberano B2 para B3,
igualmente abaixo do nível
de investimento.
A agência afirma ter pesado
na sua decisão, a perspectiva
de uma evolução estável da
dívida angolana, reflectindo
pressões de crédito generi-
camente equilibradas, com
um potencial de recuperação
gradual apoiado pelo aumento
da produção de petróleo.
O Ministério das Finanças
afirma que as agências de
notação de risco Fitch Ratings
e Moody´s reconhecem que
o choque externo que a eco-
nomia angolana sofreu com
11
AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO
a queda do preço do petróleo
“alarga o leque de desafios”
para a gestão macroeconó-
mica e para a manutenção
do crescimento.
Apesar disso, prossegue o
documento, o Governo de An-
gola continuou a fazer inves-
timentos em novas infra-es-
truturas, com projectos no
sector eléctrico, petróleo e
gás que estão na sua fase final
e outros que entraram recen-
temente em funcionamento,
factos que serão fundamen-
tais para a melhoria do “ra-
ting” de Angola nos próxi-
mos tempos.
Agências
de notação
deram um voto
de confiança
à autoridades,
pelas iniciativas
de política
económica
adoptadas até
agora e “encorajam
o Governo”
a prosseguir
a sua aplicação
O comunicado declara que,
ao estabilizarem a perspec-
tiva do “rating” soberano, as
agências de notação de risco
“dão um voto de confiança
à República de Angola”, pelas
iniciativas de política eco-
nómica adoptadas até agora
e “encorajam o Governo” a
prosseguir a sua aplicação
com o apoio do FMI e do Ban-
co Mundial.
O melhoramento da nota
da dívida deu-se em vésperas
da uma emissão de eurobonds
- títulos de dívida em moeda
externa - de dois mil milhões
de dólares, prevista para o mês
de Maio, num desenvolvi-
mento que a pode tornar numa
operação bem-sucedida.
12 Terça-feira
1 de Maio de 2018

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Terça-feira
1 de Maio de 2018 13
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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 27

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados, que nos termos da alínea b), do n.º 1 do artigo 509, conjugado com os artigos 481.º e 512.º todos do Código Aduaneiro, procedeu à
apreensão das mercadorias demoradas, abaixo indicadas:

TERMINAL SOPORTOS (MULEMBA)

Lote N.º de Contentor Tipo Designação da Mercadoria Importador B/L Data de Chegada DU

18/18 SCZU772991/1 20 CAIXAS COM AUTOCOLANTES COLEÇÕES DESPORTO WEWA981A0260 15/10/2012 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

19/18 CRXU991712/8 40 PLACAS DE ESFEROVITE E AAA ACTIVOS, LDA FEWA169A-0765 23/06/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO
RODAS DE PORTA DE ALUMÍNIO

20/18 NIDU518883/8 40 PLACAS DE ESFEROVITE AAA ACTIVOS, LDA FEWA169A-0765 23/06/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

21/18 NIDU518526/9 40 PLACAS DE ESFEROVITE DE ISOLAMENTO AAA ACTIVOS, LDA FEWA169A-0765 23/06/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

22/18 GESU672304/3 40 CAIXAS COM LOIÇA DE PORCELANA, VASOS E VASILHAS XAKIV-COM.GERAL E PREST. WEWA001A-0211 03/04/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

23/18 TCKU944052/6 40 PLACAS DE ESFEROVITE DE ISOLAMENTO AAA ACTIVOS, LDA FEWA169A-0765 23/06/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

25/18 TGHU945362/2 40 VASOS, VASILHAS E OUTROS XAKIV-COM.GERAL E PREST. WEWA001A-0211 03/04/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

26/18 NIDU520536/5 40 SOFÁS KIZANGOLOA, LDA FEWA134A-0347 13/08/2012 060912010276

LIBERADO

27/18 NDSU510745/5 40 KIT DE COZINHA HOLANDA KABA COMERCIAL GERAL ECSA194A0177 09/12/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

28/18 NIDU519883/6 40 VASOS E LOIÇA DE PORCELANA XAKIV-COM. GERAL E PREST. WEWA001A-0211 03/04/2013 AGUARDA LIQUIDAÇÃO

29/18 NIDU520552/9 40 SOFÁS KIZANGOLA, LDA FEWA134A-0347 13/08/2012 060912010276

LIBERADO

30/18 REFU040587/3 40 02 GERADORES CATIMENE ESTRELA, COMÉRCIO WEWA003789 04/08/2014 031114010443

LIBERADO

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas, é de dez dias úteis, contados da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo
514.º do Código Aduaneiro.
As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado, o recurso a que se refere o parágrafo anterior.
Terceira Região Tributária, aos 13 de Abril de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves (100.301c)

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 27

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados, que nos termos do artigo 509.º, n.º 1, alínea b), conjugado com os artigos 512.º e 481.º todos
do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão das mercadorias demoradas, abaixo indicadas:

TERMINAL DA SOGESTER

Lote Contentor Tipo Designação da mercadoria Importador BL Data de DU/Estado

chegada
55/18 MSKU 522917-1 20 Mercadoria Diversa (Cerâmica, Má- A&G Trading CO. LTD KWAR81774 03/07/17 Aguarda Liquidação
quina de Gelado e Sofá)
56/18 CAIU 200944-1 20 Tomate Pelado B. E/NDAD 963050361 21/12/17 200318010246 – Liberado
57/18 MRKU 842224-3 20 Tomate Pelado B. E/NDAD 963050361 21/12/17 200318010246 - Liberado

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas, é de dez dias úteis, conta-
dos da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.
As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, aos 13 de Abril de 2018.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves
Técnica Superior Tributária de 2.ª Classe (100.301b)
14
Atendimento
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de Segunda a Sexta-feira, das 8h00 às 18h00,
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 Capacidade comprovada de trabalhar sob pressão
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 Auto-motivado e disciplinado
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Os candidatos interessados deverão apresentar a sua candidatura enviando para o email:
paulo.ricardo2@bosch.com o curriculum vitae (com fotografia) até ao próximo dia 4 Maio 2018.
Terça-feira
1 de Maio de 2018 15
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REPÚBLICA DE ANGOLA
REPÚBLICA DE ANGOLA TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA 1ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO
2.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO
ANÚNCIO
Anúncio PROCESSO Nº 0232/2017-B
Processo N.º 1410/C-2017 1ª PUBLICAÇÃO
a excelentíssima sra. Dr.ª Juíza de Direito do Tribunal Provincial de Luanda da sala do cível e administrativo 1ª
1.ª publicação
secção.
FAZ SABER QUE, por esta secção correm uns autos de ACÇÃO DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO, em que
2.ª SECÇÃO DO CÍVEL E A ADMINISTRATIVO

é autor JEREMIAS ANTÓNIO LUÍS MIGUEL, residente em Luanda, filho de José Francisco Luís e de serafina
Acção Declarativa Especial de Despejo, com a forma de processo sumário.

Paulo antónio, move contra rés BRUNA DE CARVALHO, trabalhadora da empresa SONAIR, e MARIA ONDINA,
AUTORA: Ana Maria dos Santos Vilar de Abreu.

com último domicílio em Luanda, ora em parte incerta, correm éditos de 30 ( (TriNTa) dias, com a dilação de 60
RÉ: Obrecol-Obras e Construções, S.A - Angola

Nos autos acima identificados, correm éditos de 20 dias, contados da data da segunda e última publicação do
(sesseNTa) dias, contados a partir da publicação deste anúncio, citando a ré MARIA ONDINA, para no prazo
anúncio, citando o ausente Obrecol-Obras e construções, s.a- angola, com última sede conhecida em Luanda,
avenida de Portugal, n.º 78-1.º Dto., domiciliada habitualmente na antónio Feliciano castilho, n.º 28-30, Vila alice, de 20 (ViNTe) dias contestar querendo apresentar a sua defesa, na acção acima mencionada, sob cominação
para no prazo de 20 dias finda a dilação de 30 dias a contar da 2.ª e última publicação do anúncio, contestar, que- legal conforme Petição inicial, que se encontra patente no cartório desta 1ª secção do cível e administrativo do
rendo, a acção supra identificada, que lhe move ANA MARIA DOS SANTOS VILAR DE ABREU, residente em Tribunal Provincial de Luanda, sito na rua amílcar cabral nº 27, 3º andar, em Luanda.
Luanda, rua antónio Feliciano castilho, n.º 28-30, Zona 11, Bairro Nelito soares, com a cominação de que a falta
de contestação importa condenação nos pedidos requeridos pela autora na petição inicial e que em substância Luanda, 28 de agosto de 2017.
consistem em: a) Que seja decretado de imediato o despejo da ré com as devidas consequências legais; b) Que a JUÍZa De DireiTO a escriVÃ De DireiTO
por via deste seja efectivada a cessão do contrato de arrendamento celebrado entre a autora e a ré; c) Que seja
a ré condenada no pagamento de 112,500.00(Cento e Doze mil e quinhentos dólares Norte Americanos); a tí- (6767)
HENRIZILDA DO NASCIMENTO CLEMENTINA LOURENÇO

tulo de rendas vencidas, desde abril de 2016 até a propositura da presente acção; d) Que seja condenada no pa-

Precisa-se
gamento dos juros mora, custas a que deu causa e despesas inerentes a presente acção tudo como melhor consta
do duplicado da petição inicial, cujos duplicados se acham patentes no cartório do Tribunal Provincial de Luanda,
2.ª secção da sala do cível e administrativo, sito à rua amílcar cabral, n.º 29, 2.º andar, à disposição do citando.

Para constar se lavrou o presente edital e mais dois de igual teor para serem afixados.
Técnico/a de Segurança no Trabalho
Luanda, aos 3 de abril de 2018. e Higiene Alimentar para empresa em Luanda
A JUÍZA DE DIREITO O OFICIAL DE JUSTIÇA
(6869)
Habilitações Mínimas - 12.º ano de escolaridade
Requisitos Mínimos e Obrigatórios:
TATIANA ASSIS AÇO HÉLDER COIMBRA
experiência mínima comprovada de 6 anos em cargos de gestão na área de restaura-
ção, incluindo área de segurança no trabalho, higiene alimentar, controller de qualidade.
experiência comprovada na elaboração de conteúdos programáticos nas várias forma-
ções necessárias no âmbito da actividade da empresa.
experiência comprovada em supervisão interna em sistemas de Gestão de segurança
e saúde no Trabalho.
Formação nas áreas de gestão de qualidade na restauração e ferramentas de gestão.
Fluência relevante (escrita e falada) em Português, Francês e inglês.

remuneração de acordo com a experiência.

Oferece-se:

Os interessados devem enviar a sua candidatura para

cervejariafininho@gmail.com, até ao limite de 15 dias a contar da data da publicação
do presente anúncio. (6767)
16 Terça-feira
1 de Maio de 2018

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Terça-feira
1 de Maio de 2018 17
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18 NECROLOGIA Terça-feira
1 de Maio de 2018

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

MARIA AURORA DE PEDRO DO ESPÍRITO SANTO DIFUENE SUCAMA EMÍLIA MARIA COTINGO
CARVALHO AZEVEDO PAQUETE

Carlos, Abel, Zeza, Carla, Nelson, Gracinha
e Jó (filhos) comunicam o falecimento
da sua mãe MARIA AURORA DE CAR-
VALHO AZEVEDO, ocorrido em Londres
(Inglaterra), no dia 27 de Abril de 2018.
O funeral realizar-se-á em data e local
a anunciar. (7115)
Bernarda Lisboa do Espírito Santo (esposa),
Victória do E. Santo e Benícia E. Santo (irmãs),
Emanuel, Kicas, Victória, Ladislau, Isabel,
Iolanda, Lina, César, Magda (filhos), João Paulo,
Gabriel Diogo, Hange Inglês, Pedro Domingos
(genros), Maria da Conceição (nora) e netos
comunicam o falecimento d e PEDRO DO ESPÍ-
RITO SANTO PAQUETE, ocorrido no dia
28/4/2018. O funeral realiza-se dia 2/5/2018,
às 10h00, cemitério de Sant´Ana. (7109)
A Direcção e o colectivo de trabalhadores
do Hospital Sanatório de Luanda têm o
doloroso dever de comunicar o falecimento
do seu trabalhador DIFUENE SUCAMA,
ocorrido dia 27/4/2018, por doença.
O funeral realiza-se amanhã, dia 2/5/2018,
saindo da sua residência, no bairro da
Sapu, para o cemitério do Benfica. Apre-
sentam à família enlutada, os mais pro-
fundos sentimentos de pesar. (7074)
Foi com profunda dor e consternação que o colectivo do Ministério da Energia
e Águas, tomou conhecimento do passamento físico da senhora EMÍLIA
MARIA COTINGO, filha do senhor Carlos Cotingo, funcionário afecto a
Secretaria Geral deste Departamento Ministerial, ocorrido no dia 28 de Abril
de 2018. Neste momento de dor e luto, endereçam a família enlutada os mais
profundos sentimentos de pesar. O funeral realiza-se hoje, dia 1 de Maio de
2018, pelas 10h00, no cemitério de Viana. (7191)

FALECEU FALECEU MISSA FALECEU CONDOLÊNCIAS

MANUEL FÉLIX
As famílias Félix, Fernandes e Fuacatino
cumprem o doloroso dever de comunicar
o passamento físico do seu ente querido
MANUEL FÉLIX, ocorrido dia 25/4/2018,
em Portugal, por doença. O funeral rea-
liza-se quarta-feira, dia 2/5/2018, às
10h00, no cemitério de Sant'Ana, saindo
o cortejo fúnebre de sua residência, na
Rua Direita da Samba. (7133)
ANA SARAIVA TEIXEIRA
(Nick)
Milú (Maria), Elsa, Soledade, Rui, Yuri,
Anderson (Pelusso), Isabel (Checha),
Wilson (filhos), genros, noras e demais
familiares cumprem o doloroso dever
de participar o falecimento de ANA
SARAIVA TEIXEIRA (Nick), ocorrido no
dia 21/4/2018, na República da África
do Sul. O funeral realiza-se sexta-feira,
4/5/2018, no cemitério do Benfica, às
9h00. Saudades eternas. (7055)
ROSA CAMINHA FAUSTINO
Carla Antas, Paulo Carneiro, Hélder
Antas, Rodrigo Alexandre, Pedro Miguel,
Cláudia Andrade, Sara Andrade, filhos,
genros, noras, netos e demais familiares
comunicam que será rezada a Missa do
30º Dia, em memória da sua querida
ROSA CAMINHA FAUSTINO, amanhã,
quarta-feira, dia 2 de Maio de 2018, às
18h30, na Igreja de Nossa Senhora do
Carmo. (7137)
CATARINA MANUEL PEDRO
Mónia Filipe Amado, Aurelina Filipe
Amado, Eliana Menezes e Dárcia Menezes
(filhos), Helmer Bravo, Bravo, Yana Silva
(netos), Luís Bravo, Fernando Silva
(genros) comunicam o falecimento da
sua querida CATARINA MANUEL PEDRO,
ocorrido dia 28/4/2018, nesta cidade.
O funeral realiza-se amanhã, dia 2/5/2018,
no cemitério de Sant'Ana. (7088)
LÍDIA MARISA PAULO
LONGOUMUE
Foi com profunda dor e consternação,
que o Conselho de Administração e
equipa de colaboradores do Banco BIC
tomaram conhecimento do passamento
físico da sua trabalhadora LÍDIA MARISA
PAULO LONGOUMUE, ocorrido no dia
26 de Abril de 2018. À família enlutada
endereçam as mais sentidas condolências.
(7104)

CONDOLÊNCIAS FALECEU RECORDAÇÃO FALECEU RECORDAÇÃO

PEDRO DO ESPÍRITO SANTO
PAQUETE
Foi com profunda dor e consternação, que
o colectivo de trabalhadores da Clínica
Espírito Santo tomou conhecimento do
falecimento de PEDRO DO ESPÍRITO
SANTO PAQUETE, pai da sua colega Evan-
gelina do Espírito Santo, e irmão da Directora
Geral Victória do Espírito Santo, ocorrido
no dia 28/4/2018. Nesta hora de dor e luto,
manifesta os seus profundos sentimentos
de pesar à família enlutada. (7140)
DEOLINDA ETOSSI
CINCO-REIS
Américo Cinco-Reis, Augusta Cinco-Reis,
Anabela Cinco-Reis, Arménio Cinco-Reis,
Aniceto Cinco-Reis (filhos), sobrinhos e
netos comunicam o falecimento de sua
mãe DEOLINDA ETOSSI CINCO -REIS,
ocorrido dia 28/4/2018, por doença. O óbito
decorre no Zango 0, na residência de sua
filha. O funeral realiza-se quinta-feira,
dia 3/5/2018, na Missão do Dondi, na pro-
víncia do Huambo. (7148)
JOSÉ NELSON LOANGO
MUHONGO
ZÉ NELSON! Como eras carinhosamente
chamado. Recordam-te com muita sau-
dade no teu 36º aniversário natalício,
os teus pais, irmãos, amigos e colegas.
Que a tua alma descanse em paz. (7158)
MIGUEL JOÃO ADÃO FÉLIX
A família de MIGUEL JOÃO ADÃO FÉLIX
comunica o seu falecimento, ocorrido
dia 26 de Abril de 2018. O funeral rea-
liza-se amanhã, quarta-feira, dia 2 de
Maio de 2018, às 10h00, no cemitério
do Benfica. (7174)
ANA FERREIRA DA COSTA
Mãe, é difícil suportar a dor resultante
da imensurável perda, mas vivemos com
uma dor que se vai transformando em
honrosa saudade. Somos os teus filhos,
Edith, Gustavo, Emanuela (in Memorian),
Rosa, Luís, Lucrécio, Alzira, Fernanda,
Lucrécia, Rui, Adalberto e Hélder. (7152)

FALECEU MISSA FALECEU RECORDAÇÃO MISSA

PEDRO DO ESPÍRITO SANTO
PAQUETE
A familia Lopes Silvestre de Sousa comu-
nica o falecimento de seu ente querido
PEDRO DO ESPÍRITO SANTO PAQUETE,
ocorrido sábado, dia 28/4/ 2018. O funeral
realiza-se amanhã, quarta-feira, dia
2/5/2018, saindo o préstito fúnebre da
Igreja Metodista de Viana, perto das ex-
Bombas dos Mutilados, para o cimitério
de Sant'Ana, às 10h00. (7172)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
ROSA CAMINHA FAUSTINO
João Andrade e Neusa Andrade (filhos),
genros, noras, netos e demais familiares
comunicam que será celebrada a Missa
do 30º Dia, em memória de sua querida
ROSA CAMINHA FAUSTINO, quarta-
feira, dia 2/5/2018, às 18h30, na Igreja
de Nossa Senhora do Carmo. Que a sua
alma descanse em paz. (7196)
MARIA ANTÓNIO ZONZO
Domingos dos Reis Fançony, António dos
Reis Fançony, António Mário Fançony,
Maravilha Fançony, Teresa Fançony, Joaquina
Fançony, Marisa Fançony, Domingos Gomes
Fançony, Manuel Fançony, Sónia Fançony
e Denise Fançony (filhos) comunicam o
falecimento de MARIA ANTÓNIO ZONGO,
ocorrido dia 29/4/2018, por doença.
O funeral realiza-se dia 2/5/2018, no cemitério
de Sant'Ana, às 10h00. (7195)
FRANCISCA PAULO COLSOUL
Chiquinha! É impossível aceitar e acreditar
que já se passaram 6 (seis) meses desde
que partiste, deixando-nos muitas suadades.
As lembranças percorrem as nossas memórias
em cada passo que damos. Mas, nesse
momento lembramos de ti com alegria, na
esperança de que em breve nos veremos.
Foi uma honra ter-te como mãe, irmã, avó,
bisavó, sogra e amiga. Descansa em paz
minha mãe! (7193)
ANA FERREIRA DA COSTA
Filhos e irmãos comunicam que será
rezada a Missa em memória de ANA
FERREIRA DA COSTA, amanhã, quarta-
feira, dia 2 de Maio de 2018, pelas 7 h00,
n a Ig re j a d a Na za ré , e m Lu a n d a .
(7154)
Terça-feira
1 de Maio de 2018
FALECEU
ANIVERSADO ALEXANDRE
DIAS (Dj Nelo Dias)
Alexandre Dias, Bravo Alexandre Dias,
Paulino Alexandre Dias e demais familiares
participam o falecimento do seu ente
querido ANIVERSADO ALEXANDRE
DIAS (Dj Nelo Dias), ocorrido no dia
27/4/2018, por doença. O funeral rea-
liza-se amanhã, dia 2/5/18, partindo o
cortejo fúnebre da Igreja da Nossa Senhora
da Luz para o cemitério de Sant'Ana, às
10h00. (7128)
FALECEU
JOSÉ JOAQUIM AMARAL
(Cabaça)
Madalena de Oliveira (esposa) Kelson,
Kássia, Kelvon e Naira (filhos) e demais
familiares comunicam o falecimento
de seu ente querido JOSÉ JOAQUIM
A MAR AL (C aba ça ), o corrido dia
29/4/2018, por doença. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (7204)
FALECEU
JOSÉ JOAQUIM AMARAL
(Cabaça)
Maria Helena, Mita, Vivi, António (irmãos)
e demais familiares comunicam o fale-
cimento de seu ente querido JOSÉ JOA-
QUIM AMARAL (Cabaça), ocorrido dia
29/4/2018, por doença. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (7205)
FALECEU
LUÍSA CORREIA DE ARAÚJO
João Correia de Araújo e Ana Maria de
Araújo (pais), Samara Araújo, Marisa
Araújo e Gildo Araújo (irmãos) cumprem
o doloroso dever de comunicar o fale-
cimento da sua querida LUÍSA CORREIA
DE ARAÚJO, ocorrido no dia 29/4/2018,
por doença. O funeral realiza-se hoje,
terça-feira, 1 de Maio de 2018, no cemitério
do Benfica, às 10h00. (7129)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 8H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
NECROLOGIA
FALECEU
MIGUEL LUÍS GONÇALVES
Rosa de Freitas do Nascimento Mateus (esposa),
Emília de Freitas (sogra), Maria Eugénia Oliveira,
José Mariano Airosa de Oliveira, João do Nas-
cimento Mateus, Manuel Mateus, Maria Nas-
cimento, Conceição Quizembe (cunhados)
comunicam o falecimento de MIGUEL LUÍS
GONÇALVES, ocorrido dia 28/4/2018, por
doença. O funeral realiza-se hoje, dia 1/5/2018,
saindo do Golf 1, Rua das Cores, para o cemitério
de Camama, às 10h00. (7129)
FALECEU
JOSÉ JOAQUIM AMARAL
(Cabaça)
O Sr. Capitão de Mar e Guerra Hembe
e demais familiares comunicam o fale-
cimento de seu ente querido JOSÉ JOA-
QUIM AMARAL (Cabaça), ocorrido dia
29/4/2018, por doença. O funeral rea-
lizar-se-á em data a anunciar oportu-
namente. (7206)
FALECEU
JOSÉ JOAQUIM AMARAL
(Cabaça)
Beny Geraldo, Maria de Lourdes Cristóvão,
filhos e demais familiares comunicam
o falecimento de seu ente querido JOSÉ
JOAQUIM AMARAL (Cabaça), ocorrido
dia 29/4/2018, por doença. O funeral
realizar-se-á em data a anunciar opor-
tunamente. (7203)
MISSA
FRANCISCA PAULO COLSOUL
Monica Colsoul, Carla Abreu, Hélder Abreu,
Dininha Abreu Mainsel, Bruno Colsoul
(filhos), Engrácia Fernandes (irmã), Varela
Figueiredo, Vanusa Figueiredo, Valbino
Figueiredo, Hernani Costa, Ivann Abreu,
Mayara Mainsel (netos), João Mainsel, Feliciano
Basílio, Geniza Abreu, Edmar Afonso (genros
e nora) comunicam que será rezada Missa
do 6.º Mês, em memória de FRANCISCA
PAULO COLSOUL, hoje, dia 1/5/2018, às
18h00, na Igreja da Sagrada Família. (7192)
19
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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA SAÚDE
ANÚNCIO
CONCURSO PÚBLICO ELECTRÓNICO N.º 1/MINSA/2018
Em cumprimento do disposto nos termos do n.º 1 do artigo 69.º da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho-Lei dos Con-
tratos Públicos, o Ministério da Saúde torna público que estão abertos, a partir do dia 16 de Abril de 2018,
três Concursos Públicos a tramitar no Sistema Nacional da Contratação Pública Electrónica (SNCPE),com
vista a aquisição dos seguintes objectos, conforme as Entidades Públicas Contratantes abaixo menciona-
das:
1) INSTITUTO NACIONAL DE LUTA CONTRA A SIDA
sReagentes de CD4 Facscount;
sCD4 Partec;
sCarga Viral/Roche;
sCarga Viral Biomerieux;
sReagentes de Hematologia;
sBioquímica e Serologias;
sMedicamentos Para Infecções Oportunistas e ITS; e
sTestes Rápidos e Preservativos.
2) MATERNIDADE LUCRÉCIA PAIM
sMedicamentos;
sMeios Médicos; e
sConsumíveis de Laboratório.
3) HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO
sMedicamentos Hospitalares;
sGastáveis;
sReagentes; e
sConsumíveis de Laboratório.
Reitera-se que os referidos procedimentos de contratação pública decorrem por via do Sistema Nacional da Con-
tratação Pública Electrónica (SNCPE), devendo os fornecedores interessados aceder às informações detalhadas
nas respectivas peças de procedimentos, através dos portais da contratação pública, acessível em www.contra-
tacaopublica.minfin.gov.ao ou dos fornecedores, acessível em www.fornecedores.minfin.gov.ao.
Ministério da Saúde, em Luanda, aos 16 de Abril de 2018.
A MINISTRA
DR.ª SÍLVIA LUTUKUTA
(300.022)
CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA-GERAL
GLOBALWAY LIMITADA, serve-se da presente para convocar os sócios da citada so-
ciedade, para a realização de uma Assembleia-Geral Extraordinária de sócios, a ser rea-
lizada no dia 7 de Maio de 2018, pelas 10h00, na Rua Ndunduma, 122-A, Miramar, com
a seguinte ordem de trabalhos:
1. Exoneração de gerência.
2. Nomeação da Sra. Tatiana de Nascimento Jaime António como gerente.
3. Alteração do artigo 6.º do pacto social.
4. Aprovação de deliberação para se intentar uma acção de responsabilidade civil
contra os sócios Jaime Rodolfo Cardoso de Abreu e Eduarda Maria de Oliveira
Bispo Castelbranco, por prática de actos lesivos dos interesses da sociedade.
OBS: Tendo em conta que por decisão judicial da 3.ª Secção da Sala do Cível e do Ad-
ministrativo do Tribunal Provincial de Luanda, a quota do sócio Mário Eduardo de Oliveira
Bispo Castelbranco está arrestada, conforme Certidão do Registo Comercial do GUE, e
que o Tribunal nomeou como fiel depositário da quota a sociedade VIRGÍLIO HONGA
S.A., é está que é convocada para a Assembleia-Geral, pois detém 60% do capital social
para conservar e administrar.
O acto de amortização ilegal da quota arresta feita pelos sócios, já foi impugnado judi-
cialmente, conforme certidão comercial do GUE, e não produz qualquer efeito relativa-
mente ao credor do arresto nos termos do artigo 622.º do Código Civil.
Luanda, aos 23 de Abril de 2018.
O GERENTE
PAULO MANUEL DE ASSUNÇÃO PEDRO (7145)
20 Terça-feira
1 de Maio de 2018

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REPÚBLICA DE ANGOLA
REPÚBLICA DE ANGOLA CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA JUDICIAL
CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA JUDICIAL RESOLUÇÃO
De 25 de Abril de 2018

RESOLUÇÃO Considerando que a Lei nº 13/10, de 9 de Julho – Lei Orgânica e do Processo do Tribunal de Contas, no nº 2 do
seu artigo 22º determina que o Conselho Superior da Magistratura Judicial “deve aprovar, previamente, as normas
De 25 de Abril de 2018 que regem o concurso para recrutamento de Juízes do Tribunal de Contas”;
O Plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial, nos termos do previsto nas alíneas f) e j) do artigo 23º
da Lei nº 14/11, de 18 de Março - Lei do Conselho Superior da Magistratura Judicial, aprova o seguinte:
Considerando a necessidade de melhorar e descentralizar, com carácter de urgência, os Serviços Regulamento do Concurso para o Provimento de Juízes Conselheiros do Tribunal de Contas.
da Administração da Justiça na Província de Luanda, aproximando-os mais da população e dos gran- Artigo 1º
(Objecto)
des centros urbanos; O presente Regulamento estabelece as regras, procedimentos e critérios reguladores do concurso público curricular
Tendo em vista a preparação da implementação da reforma judiciária prevista na Lei n.º 2/15, de 2 de recrutamento em 2018 de 5 (cinco) Juízes Conselheiros do Tribunal de Contas.
Artigo 2.º
de Fevereiro - Lei Orgânica sobre Organização e Funcionamento dos Tribunais de Jurisdição Comum; (Natureza)
Visando distribuir a sobrecarga processual com que se confronta o Tribunal Provincial de Luanda; O presente concurso é de avaliação curricular.
Artigo 3.º
O Plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial, ouvido e em concertação com o Ministério (Abertura do Concurso)
da Justiça e dos Direitos Humanos, nos termos do artigo 93.º da Lei n.º 2/15, de 2 de Fevereiro, de- O concurso é aberto por deliberação do Conselho Superior da Magistratura Judicial que será publicada, durante 2
(dois) dias consecutivos, no Jornal de Angola.
libera o seguinte: Artigo 4.º
1) Extinguir os Tribunais Municipais de Cacuaco, Ingombota e Viana, na província de Luanda; (Requisitos de Candidatura)
Os candidatos a admitir no concurso devem possuir os seguintes requisitos descritos no artigo 23.º da Lei n.º 13/10,
2) Criar no Tribunal Provincial de Luanda as 4ª e 5ª Secções da Sala da Família, a instalar nos mu- de 9 de Julho:
nicípios do Cazenga e Viana (Zango); a) Ser cidadão angolano, com idade igual ou superior a 35 anos;
b) Possuir licenciatura em Direito, Economia, Finanças, Gestão ou em cursos superiores similares com, pelo menos,
3) Criar a 4ª Secção da Sala do Trabalho do Tribunal Provincial de Luanda, a instalar no município dez anos de experiência profissional comprovada;
do Cazenga; c) Se for Magistrado Judicial ou do Ministério Público, ter classificação de bom e experiência profissional de pelo
menos dez anos;
4) Criar as 15ª, 16ª e 17ª Secções da Sala Criminal do Tribunal Provincial de Luanda, a instalar nos d) Possuir idoneidade moral;
municípios de Cacuaco, Cazenga e Viana; e) Estar no pleno gozo dos direitos civis e políticos;
f) Não ter sido condenado por crime doloso punível com pena de prisão maior.
5) Os Juízes Municipais, que não tenham ascendido à categoria de Juiz de Direito, serão afectos a Artigo 5.º
uma secção criminal e podem continuar a julgar processos nos termos e com os limites previstos no (Lei Supletiva)
Supletivamente e com as necessárias adaptações aplicam-se ao presente concurso as normas do Decreto - Pre-
artigo 99.º, da Lei n.º 2/15, de 2 de Fevereiro. sidencial n.º 102/11, de 23 de Maio, que estabelece os princípios gerais sobre recrutamento e selecção de candi-
6) A Juíza Presidente do Tribunal Provincial de Luanda deve proceder à movimentação de Magistra- datos na Administração Pública e demais legislação em vigor.
Artigo 6.º
dos e pessoal de apoio necessário para o normal funcionamento das secções ora criadas, assim (Vagas a Prover)
como deslocar para o distrito urbano da Ingombota uma das actuais secções da Sala da Família do O presente concurso é para prover cinco (5) vagas de Juízes Conselheiros do Tribunal de Contas.
Artigo 7.º
Tribunal Provincial de Luanda. (Júri)
7) Os meios materiais, incluindo instalações e equipamentos dos Tribunais extintos transitam com 1. O Júri do presente concurso tem a seguinte composição:
- Juiz Conselheiro Simão de Sousa Victor - Presidente
os respectivos livros e processos para as secções criadas, conforme determinar a Juíza Presidente - Juiz Conselheiro Gilberto de Faria Magalhães - Vice-Presidente
do Tribunal Provincial de Luanda. - Juiz Conselheiro Joel Leonardo
- Juiz Conselheiro Daniel Modesto Geraldes - Suplente
8) A presente Resolução entra em vigor à data da sua publicação. 2. O Júri terá um grupo de apoio técnico, dirigido pelo Secretário Executivo do Conselho Superior da Magistratura
Judicial e integrado por mais 4 técnicos, 3 dos quais designados pelo Tribunal de Contas.
Publique-se. 3. Os membros do júri e os membros do grupo de apoio técnico devem ser substituídos, caso pretendam candida-
tar-se.
Artigo 8.º
Visto e aprovado pelo Plenário do Conselho Superior da Magistratura, em Luanda, aos 25 de Abril (Apresentação de Candidaturas)
de 2018. 1 - A apresentação de candidatura é feita mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Superior da
Magistratura Judicial, no prazo de até 5 dias corridos, contados a partir do dia da 2ª publicação da abertura do con-
curso;
O JUIZ CONSELHEIRO PRESIDENTE 2 - O requerimento de candidatura é acompanhado dos seguintes documentos:
a) Curriculum Vitae;
RUI FERREIRA b) Cópia do B.I;
c) Certificado/Declaração de habilitações literárias;
d) Registo Criminal;
e) Atestado Médico;
f) Documento comprovativo de formação especializada;
g) Outros documentos que o candidato queira apresentar.
3 – Os candidatos que tenham participado no concurso anterior que foi anulado ficam dispensados de apresentar
os documentos referidos no número anterior, devendo apenas apresentar um requerimento de candidatura.
Artigo 9.º
(Admissão de Candidatura)
1 – No prazo de até 10 dias corridos após o prazo de apresentação de candidaturas o júri do concurso fará publicar
REPÚBLICA DE ANGOLA no Jornal de Angola a lista, por ordem alfabética, dos candidatos admitidos e dos candidatos excluídos por falta de
CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA JUDICIAL requisitos ou dos documentos supramencionados, indicando caso a caso as respectivas razões.
2 – Os candidatos excluídos podem, no prazo de três dias após a publicação referida no número anterior, apresentar
RESOLUÇÃO reclamação perante o júri, a decidir em igual período.
De 25 de Abril de 2018 3 – Em caso de indeferimento da Reclamação pelo júri, os interessados podem, no prazo de três dias, interpor re-
curso ao Plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial, a decidir no prazo de cinco dias.
Considerando a necessidade de um melhor aproveitamento dos Juízes de Direito que se encontram presentemente Artigo 10.º
a prestar serviços nos Tribunais Municipais, visando igualmente aproximar a Justiça ao cidadão, e por outro lado, (Critério de Avaliação das Candidaturas)
preparar a implementação da reforma dos Tribunais, tal como prevista na Lei n.º 2/15, de 2 de Fevereiro - Lei Or- 1- As candidaturas são individualmente avaliadas e ordenadas, com base nos seguintes critérios:
a) Formação especializada na área de actividade do Tribunal de Contas (fiscalização, finanças públicas);
gânica sobre a Organização e Funcionamento dos Tribunais Comuns;
b) Experiência profissional na acima mencionada área de actividade do Tribunal de Contas;
O Plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial, ouvido e em concertação com o Ministério da Justiça e c) Mérito profissional geral;
dos Direitos Humanos, delibera o seguinte: d) Grau de formação;
1) Extinguir os seguintes Tribunais Municipais: e) Tempo de licenciatura;
a) Baía-Farta e Cubal, na Província de Benguela; f) Experiência profissional geral;
b) Andulo, na Província do Bié; g) Antiguidade na actividade profissional;
c) Buco Zau, na Província de Cabinda; h) Habilitação/capacidade para realizar as competências próprias do Tribunal de Contas previstas no artigo 6.º da
sua Lei Orgânica (Lei n.º 13/10, de 09 de Julho), nomeadamente, nas alíneas a), b), c),d), e) e i).
d) Cahama, na Província do Cunene; 2- Em caso de empate na classificação de candidatos o critério de desempate é o da maior formação e experiência
e) Ambaca, Cambambe e Golungo-Alto, na Província do Cuanza Norte; na área de actividade do Tribunal de Contas e, persistindo o empate, é o de maior tempo de serviço.
f) Amboim, Cela, Libolo e Porto Amboim, na Província do Cuanza Sul; 3- Na selecção dos candidatos o júri deve assegurar uma adequada representação do género e pelo menos um
g) Bailundo e Caála, na Província do Huambo; candidato especializado em economia e finanças públicas.
h) Caconda e Matala, na Província da Huíla; Artigo 11.º
i) Cacuso, na Província de Malange; (Período de Avaliação)
O Júri deve avaliar os candidatos no período de até 20 dias corridos, contados da data da publicação referida no
j) Bibala, Camucuio e Tômbwa, na Província do Namibe; n.º 1 do artigo 10.º do presente regulamento.
k) Negage, na Província do Uíge; Artigo 12.º
l) Soyo, na Província do Zaire. (Homologação da Avaliação)
2) Criar as seguintes salas de competência genérica dos respectivos Tribunais Provinciais, nas seguintes 1 - A avaliação referida no artigo anterior é apresentada pelo júri, em relatório detalhado e fundamentado, ao Plenário
localidades: do Conselho Superior da Magistratura Judicial.
a) Baía-Farta e Cubal, na Província de Benguela; 2- Se o Conselho Superior da Magistratura Judicial homologar a avaliação, ela será publicada no Jornal de Angola.
b) Andulo, na Província do Bié; 3- Caso não a homologue, fundamentará a sua recusa e dará um prazo para o júri corrigir as falhas detectadas e,
após isso, fará publicar a avaliação final no Jornal de Angola.
c) Buco Zau, na Província de Cabinda; Artigo 13º.
d) Cahama, na Província do Cunene; (Impugnação da Avaliação)
e) Ambaca, Cambambe e Golungo-Alto, na Província do Cuanza Norte; 1 - Os candidatos podem apresentar Reclamação ao Conselho Superior da Magistratura Judicial contra a avaliação,
f) Amboim, Cela, Libolo e Porto Amboim, na Província do Cuanza Sul; no prazo de até 3 dias após a publicação referida no artigo anterior, bem como recurso contencioso, até 3 dias após
g) Bailundo e Caála, na Província do Huambo; a notificação da decisão referente à reclamação.
h) Caconda e Matala, na Província da Huíla; 2- O prazo para decidir a Reclamação ao Conselho Superior da Magistratura Judicial é de 5 dias.
3- O fundamento da impugnação (Reclamação ou Recurso Contencioso) e os respectivos efeitos são os previstos
i) Cacuso, na Província de Malange; na legislação reguladora da impugnação dos actos administrativos.
j) Bibala, Camucuio e Tômbwa, na Província do Namibe; Artigo 14.º
k) Negage, na Província do Uíge; (Comunicação)
l) Soyo, na Província do Zaire. Após a conclusão de apreciação das reclamações pelo Plenário, o Presidente do Conselho Superior da Magistratura
3) Os Juízes Municipais, que não tenham ascendido à categoria de Juiz de Direito podem continuar a julgar Judicial comunica ao Senhor Presidente da República o nome dos 5 (cinco) candidatos apurados, para efeito da
processos nos termos e com os limites previstos no artigo 99.º, da Lei n.º 2/15, de 02 de Fevereiro. nomeação, e enviará igual comunicação ao Juiz Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas.
4) Os Juízes Presidentes dos Tribunais Provinciais devem proceder à movimentação de Magistrados e pes- Artigo 15.º
(Dúvidas e omissões)
soal de apoio necessário para o normal funcionamento das salas ora criadas.
5) Os meios materiais, incluindo instalações e equipamentos dos Tribunais Municipais ora extintos transi- As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e aplicação do presente regulamento são resolvidas pelo Ple-
tam com os livros e processos para as respectivas salas de competência genérica dos Tribunais Provinciais nário do Conselho Superior da Magistratura Judicial.
criadas ao abrigo da presente Resolução. Artigo 16.º
(Entrada em vigor)
6) A presente Resolução entra em vigor à data da sua publicação.
O presente regulamento entra em vigor à data da sua publicação.
Publique-se.
Publique-se.
Visto e aprovado pelo Plenário do Conselho Superior da Magistratura, em Luanda, aos 25 de Abril de 2018. Visto e aprovado pelo Plenário do Conselho Superior da Magistratura Judicial, em Luanda, aos 25 de Abril de 2018.

O JUIZ CONSELHEIRO PRESIDENTE O JUIZ CONSELHEIRO PRESIDENTE

RUI FERREIRA RUI FERREIRA
(100.328) (100.328a)
Terça-feira
1 de Maio de 2018 21
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(100.301d)
22 Terça-feira
1 de Maio de 2018

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TÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA.
CERTIFICA QUE,, corre seus termos nesta Conservatória do Registo Civil de Luanda, um processo
de Aquisição de Nacionalidade Angolana por Naturalização, em que é requerente o senhor NELSON
NETO DA SILVA BERNARDO, casado, de 50 anos de idade, nascido no dia 9 de Outubro de 1968,
natural Santo Tomé, de nacionalidade são-tomense, filho de Firmino Ferreira da Silva Bernardo e
de Maria de Encarnação Neto, portador do Passaporte n.º S105749, emitido SMF - São Tomé, aos
14/8/2012, e Cartão de Residente Estrangeiro n.º 0005716a 08, emitido pelo Serviço de Migração e
Estrangeiros da República de Angola, aos 16/1/2003, residente em Luanda, Bairro Chicala, S/N.º,
Distrito Urbano da Ingombota.
Nos termos do disposto na Lei n.º 02/16, de 15 de Abril, e por força do regulamento da Lei da Na-
cionalidade, são convidadas todas as pessoas incertas a deduzirem a oposição que julgarem existir
contra o requerente no prazo de quinze dias a começar da data da fixação do presente EDITAL.
E, para constar, lavrou-se o presente EDITAL, que será afixado nos lugares designados por Lei.
1.ª CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL DE LUANDA, aos 16 de Março de 2018.
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com 7.000 hectares 2.ª SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA

A DOUTORA MÉRCIA DOS SANTOS, JUÍZA DE DIREITO DA
SEGUNDA SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA DO TRIBUNAL
PROVINCIAL DE LUANDA.
FAZ SABER QUE, por este Tribunal e nos autos de Divórcio Liti-
gioso, em que é Autor: JORGE JOÃO PANZO e a Ré TERESA
MARISA ESTEVES GOMES, residente em parte incerta, correm
éditos de TRINTA DIAS, a partir da data da segunda e última pu-
blicação, citando a ré, para no prazo de TRINTA DIAS, findo os
éditos, contestar, querendo, o pedido formulado pelo Autor na re-
ferida acção, conforme a petição inicial, cujo duplicado se acha pa-
tente no Cartório desta Secção, sito na Urbanização Nova Vida,
Rua Número Cinquenta e Quatro, edifício Alves Monteiro, primeiro
andar, porta número vinte e três, em Luanda.
Por ser verdade e para constar passei o presente Edital e outros
de igual teor, que serão afixados nos lugares determinados por lei.
(6917)
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E-mail: investirpresentefuturo@gmail.com
A DOUTORA MÉRCIA DOS SANTOS, JUÍZA DE DIREITO DA
SEGUNDA SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA DO TRIBUNAL
Contactos: 923 217 707 PROVINCIAL DE LUANDA.
FAZ SABER QUE, por este Tribunal e nos autos de Divórcio Liti-
gioso, em que o Autor: JORGE JOÃO PANZO e Ré TERESA MA-
RISA ESTEVES GOMES, residente em parte incerta, correm
éditos de TRINTA DIAS, a partir da data da segunda e última pu-
blicação, citando a ré, para no prazo de TRINTA DIAS, findo os
éditos, constatar, querendo, o pedido formulado pelo Autor na re-
ferida acção, conforme a petição inicial, cujo duplicado se acha
patente no Cartório desta Secção, sito na Urbanização Nova Vida,
Rua Número Cinquenta e Quatro, edifício Alves Monteiro, primeiro
andar porta Número vinte e três, em Luanda.
Por ser verdade e para constar passei o presente Edital e outros
de igual teor, que serão afixados nos lugares determinados por lei.

(6918)

Luanda, aos 23 de Abril de 2018. Luanda, aos 23 de Abril de 2018.

A JUÍZA DE DIREITO O ESCRIVÃO DE DIREITO A JUÍZA DE DIREITO O ESCRIVÃO DE DIREITO
Dr.ª MÉRCIA DOS SANTOS JOAQUIM SEBASTIÃO Dr.ª MÉRCIA DOS SANTOS JOAQUIM SEBASTIÃO
REGIÕES Terça-feira
1 de Maio de 2018 23
FACULDADE DE DIREITO EM BENGUELA CUANDO CUBANGO SAÚDE
FANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Associação de estudantes Municípios

elege novo elenco hoje
Os alunos da Faculdade de
Direito da Universidade Kat-
yavala Bwila (UKB) elegem
amanhã o novo elenco direc-
tivo da Associação de Estu-
dantes da instituição para
um período de dois anos.
Concorrem ao cargo de se-
cretário-geral António Pedro,
da lista A, e Rafael Ukuaham-
baliya, pela lista B.
O candidato da lista A está
a tentar convencer o eleito-
rado com programas que inci-
dem sobre o intercâmbio entre
os estudantes universitários
e a criação de tribunais simu-
lados entre faculdades e outras
instituições do ensino superior
sedeadas na província.
“ O meu elenco vai prestar
com regularidade apoio jurí-
dico à população, como forma
de ajudar o Estado angolano
na celeridade da Justiça”,
disse ao Jornal de Angola An-
tónio Pedro, para acrescentar
que “o apoio aos estudantes
no processo metodológico
das monografias e a mediação
dos diferendos na faculdade
vão constituir as principais
tarefas da associação“.
Já o candidato da lista B tem
como desafio mobilizar a
classe empresarial para aju-
dar a resolver os problemas
que assolam os estudantes.
“ Vamos criar parcerias com
entidades públicas e privadas
para financiarem os estágios
dos finalistas e vamos rea-
lizar periodicamente semi-
nários, debates, colóquios
e conferências, como forma
de revitalização dos conhe-
cimentos jurídicos”, disse
Rafael Ukuahambaliya.
O acto eleitoral tem lugar
na sala de conferências da
Faculdade de Direito e envolve
500 delegados, entre estu-
dantes, pessoal administrativo
e responsáveis da instituição.
A estrutura orgânica da asso-
ciação inclui uma Mesa da
Assembleia-Geral, conselhos
directivo, fiscal e disciplinar,
e áreas de Comunicação e Ima-
gem, Assuntos Científicos,
Finanças, Cooperação e Rela-
ções Externas, Desporto e
Assuntos Académicos.
Maximiano Filipe|Benguela
ganham
mais escolas
Os municípios do Cuchi, Cuito
Cuanavale, Cuangar, Calai,
Dirico, Mavinga, Nankova e
Rivungo, província do Cuando
Cubango, vão ter novas esco-
las ao longo deste ano lectivo,
através do Programa de Inves-
timentos Públicos.
A informação consta do
plano de obras do Gabinete
de Estudos, Planeamento e
Estatística (GEPE) do Gover-
no, distribuída aos órgãos de
comunicação social.
Com base no plano de
obras, vão ser erguidas um
total de 24 escolas, cada uma
com seis salas de aula. O
município do Cuchi, por
exemplo, vai ter quatro esco-
las do ensino primário com
seis salas de aula, cuja em-
preitada está avaliada em
mais de 142 milhões de
kwanzas.
O município do Cuito
Cuanavale vai ser contem- Vector da doença, a mosca Tsé-Tsé, concentra-se geralmente em charcos no meio da mata
plado com duas escolas,
também com seis salas , um
projecto que custa aos cofres

A faculdade está adstrita a Universidade Katyavala Bwila
CUNENE
Mototaxistas em Ondjiva rejeitam o uso de capacetes
Kupapatas circulam
sem documentação
Centenas de mototaxistas
(“kupapatas”) voltaram a
circular nas principais arté-
rias da cidade de Ondjiva
DR
M MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
sem capacetes, em desobe-
diência ao aviso da Polícia
de Trânsito.
“Tanto os "kupapatas"
do Estado mais de 31 milhões
de kwanzas.
De acordo com o docu-
mento, no município do Cuan-
gar estão previstas a constru-
ção de duas escolas com seis
salas de aula cada, orçadas
em mais de 47 milhões de
kwanzas. No Calai, três esco-
las do ensino primário com
igual número de salas, ava-
liadas em mais de 62 milhões
de kwanzas.
As municipalidades de
Mavinga e Dirico vão ter qua-
tro e cinco escolas com seis
salas de aula, respectivamente,
com orçamento avaliado em
mais de 229 milhões de kwan-
zas, enquanto no Rivungo e
em Nankova vão beneficiar
de três e uma escola, com seis
salas de aula, respectivamen-
te, orçadas em 118 milhões
de kwanzas.
como os passageiros que eles
transportam não usam capa-
cete e muitos não têm docu-
mentação. Portanto, a Polícia
já não vai tolerar mais, até
porque já fez um grande tra-
balho de esclarecimento e
sensibilização junto destes
indivíduos”, disse o porta-
voz do Comando Provincial
da Polícia, intendente Nicolau
Tuvecalela.
“Reconhecemos que se
trata do meio de transporte
usado por grande parte da
população local, por isso
exige prudência na condu-
ção e o uso do capacete. Mas,
devido aos crescentes atro-
pelamentos, temos de pôr
ordem sem mais contem-
plações”,frisou.
O Comando Provincial
da Polícia reuniu-se recen-
temente com os "kupapatas"
em Ondjiva para abordar
este problema. Na ocasião,
os mototaxistas disseram que
encontram grandes dificul-
dades para tratar da licença
de táxi e da legalização das
motas devido ao excesso de
burocracia.
Domingos Calucipa|Ondjiva
Cuanza-Norte intensifica
combate à doença do sono
No decorrer deste mês haverá uma campanha abrangente
de prospecção da doença em várias localidades da província
O Instituto de Combate à
Doença do Sono no Cuanza-
Norte pretende, a partir dos
próximos dias, reforçar as
campanhas de luta anti-vec-
torial, com a criação de novas
estratégias montadas a nível
de todos os municípios, atra-
vés dos responsáveis dos
hospitais e centros de saúde,
em parceria com as admi-
nistrações municipais.
De acordo com o chefe
de departamento do Insti-
tuto de Controlo e Combate
à Tripanossomíase, no Cu-
anza-Norte, Francisco Ma-
nuel, o quadro da doença
do sono na província ainda
é preocupante, tendo em
conta os resultados obtidos
nas campanhas de prospec-
ção realizadas nas duas últi-
mas semanas, no município
da Banga.
Segundo o responsável,
nas duas últimas semanas,
no município da Banga,
foram rastreadas 1.790 pes-
soas, confirmando-se um
caso positivo e 18 suspeitos,
o que significa que o número
de infectados poderá crescer
proximamente.
“A preocupação estende-
se por toda a província, por-
que o vector (mosca) pode
atingir naturalmente outros
municípios circunvizinhos”,
disse, acrescentando que, a
partir do próximo dia 14 de
Maio, inicia uma campanha
de prospecção mais abran-
gente, em diferentes loca-
lidades da província, tendo
precisado ser importante
que a luta anti-vectorial seja
feita em simultâneo, com as
prospecções activas, para
que realmente os trabalhos
de combate à doença do sono
tenham um impacto positivo
sobre a sociedade.
Francisco Manuel disse
que os focos da doença que
mais preocupa são os loca-
lizados no sector do Zanga,
arredores da cidade de Nda-
latando, que tem sido difícil
o seu controlo, pelo facto
das pessoas que praticam a
agricultura nesta zona per-
tencerem, na sua maioria,
aos bairros da periferia da
cidade de Ndalatando.
“A preocupação
estende-se
por toda a
província
, porque o vector
(mosca) pode
atingir
naturalmente
outros municípios
circunvizinhos”
“Ainda não temos as con-
dições reunidas para fazer
uma campanha massiva,
para que possamos atingir
o município de Cazengo de
uma forma geral. Mas que-
remos contar, como sempre,
com o apoio do Governo da
província e da administração
municipal, para, em con-
junto, levarmos a cabo esta
luta”, disse.
Outros focos localizados na
comuna de São Pedro da Qui-
lemba e Massangano (Cam-
bambe) precisam igualmente
de voltar a ser revisados, por-
que nestas zonas a presen-
ça da mosca Tsé-Tsé é mui-
to grande.
De acordo com o médico,
há um projecto do Governo
Central, sobre o Pólo de De-
senvolvimento Turístico de
Massangano, que a qualquer
momento, poderá ser imple-
mentado, mas, antes, o depar-
tamento de Controlo e Com-
bate à Tripanossomía-se pre-
cisa controlar todos os pos-
síveis doentes aí existentes e
eliminar na totalidade o vector
naquelas localidades, uma vez
que será uma fonte de divisas
para o país.
Acrescentou que, com o
repovoamento animal que se
espera no Planalto de Cama-
batela, é imperioso que se
faça um trabalho que vise eli-
minar a mosca Tsé-Tsé.
Francisco Manuel fez sa-
ber que, desde o princípio
do ano, foram colocadas 254
armadilhas para a captura
da mosca Tsé-Tsé em diver-
sas localidades da província,
necessitando-se de pelo
mais 500, para cobrir a pro-
víncia toda.
Até ao momento foram
capturadas 674 moscas,
número considerado ainda
irrisório, uma vez que o tra-
balho de prospecção activa
começou recentemente.
O Departamento Provincial
de Controlo e Combate à Tri-
panossomíase no Cuanza-
Norte dispõe de técnicos su-
ficientes para atender à de-
manda, bem como fármacos
para o tratamento da doença
do sono.
Manuel Fontoura | Ndalatando
24 SOCIEDADE
NEUROPSICÓLOGO MARTINHO LUEMBA
Poucas horas de sono
podem desencadear
acidentes cardiovasculares
Especialista diz que os riscos são maiores
para aquelas pessoas que trabalham
durante o período nocturno
César Esteves
Mário Domingos tem 42 anos.
Chega sempre às 6h00 à
cidade, mas não consegue
entrar para o escritório da
empresa em que trabalha,
porque as portas só abrem
às 8h00. Vive na Centralidade
do Kilamba e, para não ficar
preso no engarrafamento,
que se regista nas principais
vias que ligam à zona Baixa
de Luanda, nos dias úteis, é
obrigado a abandonar a cama
às 4h30.
Faz-se à estrada às 5h00
para chegar cedo ao local de
trabalho. Enquanto aguarda
pelo horário de entrada, apro-
veita para dormir mais um
pouco na viatura. Vive esta
realidade desde que foi morar
para aquela zona habitacio-
nal, em 2011.
Desde que passou a ter
este estilo de vida, o seu ren-
dimento na empresa deixou
de ser o mesmo.
“Não sou o mesmo tra-
balhador de há quatro anos,
que às primeiras horas estava
cheio de energia e pronto
para começar a produzir.
Hoje, as poucas horas de
sono e o tempo que fico no
engarrafamento consomem-
-me bastante”
Mário Domingos diz que
chega à empresa cansado e
sem disposição, mas, ainda
assim, é obrigado a empe-
nhar-se, porque em seu
entender “a empresa não é
a culpada por tudo isto”.
Várias outras pessoas, que
vivem nas centralidades do
Kilamba e do Capari, na pro-
víncia do Bengo, bem como
na Urbanização do Km 44,
a sudoeste de Luanda, pas-
sam pela mesma situação.
Outras pessoas, que não
conseguem lidar com esta
realidade, preferiram des-
fazer-se das casas nas cen-
tralidades para regressarem
aos bairros onde viviam, a
fim de ficarem mais próxi-
mos dos locais de trabalho
e poderem, também, ter mais
horas de sono.
É o c a s o d e E n g rá c i a
Jacinto, que não viu outra
solução senão regressar à
procedência, no bairro da
Te r ra Nova , n o Di st r ito
Terça-feira
1 de Maio de 2018
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Urbano do Rangel. “Eu sou
estudante. Por essa razão,
era obrigada a levantar-me,
algumas vezes, às 03H00 da
manhã, para rever matérias
e às 04H00 tinha de começar
a preparar-me para descer
à cidade, onde está o trabalho.
Esta situação começou a
afectar o meu rendimento na
universidade e no emprego
e, além disso, passei a adoe-
cer com mais frequência”,
contou, para acrescentar que
depois de uma consulta ficou
a saber que o motivo das doen-
ças com as quais se debatia ti-
nham origem nas poucas horas
de sono e no esforço que fazia,
quando ficava várias horas no
engarrafamento.
Derrame cerebral
De acordo com o neuropsi-
cólogo angolano, Martinho
Luemba, o sono é muito im-
portante para que se tenha
uma vida saudável. O médico
disse que aqueles que não
conseguem dormir durante
oito horas, de forma regular,
correm sérios riscos de saúde
físico e psicológico, a médio
ou longo prazo.
Interromper
regularmente
o sono provoca
grandes riscos
à saúde. Pode
desencadear uma
série de doenças,
como stress
e depressão
Entre os vários problemas
de saúde apontados pelo
especialista, possíveis de
serem enfrentados por aque-
les que se encontram nesta
condição, o destaque recai
para acidentes cardiovascu-
lares (AVC), derrame cerebral,
cancro, enfraquecimento do
sistema imunológico, emo-
ções descontroladas e um
tempo de vida mais curto.
Embora, aparentemente,
não se note uma forte relação
entre as noites mal dormidas
e o cancro, Martinho Luemba
declara que vários estudos
determinam que pessoas que
não dormem bem correm
maior risco de desenvolver
pólipos colorretais, um indi-
cador de cancro de cólon, que
podem tornar-se malignos,
com o passar do tempo.
O também docente uni-
nessa visão, embora admite tratarem-se de propostas que, versitário disse que as pes-
se aplicadas, podem ajudar a abrandar o problema do soas que não conseguem
engarrafamento em Luanda. ter as oito horas de sono,
Para o também docente universitário, o engarrafamento correm mais risco de sofrer
que se regista na capital do país, é um problema de causas acidente de carro, devido
múltiplas, que vão desde o mau estado das vias, a falta de aos efeitos do cansaço na
sinalização e, também, o hábito de os automobilistas usarem coordenação ocular.
apenas uma estrada, mesmo havendo outras alternativas. “Interromper regular-
Para minimizar o problema, o académico sugere que o mente o sono provoca grandes
Serviço de Viação e Trânsito devia passar a informar os riscos à saúde. Pode desen-
automobilistas, através da televisão e da rádio, sobre a cadear uma série de doenças,
existência de vias alternativas que ajudem a descongestionar como stress e depressão”,
as vias principais. salientou.
Segundo Octaviano Francisco, o engarrafamento é um O especialista disse que
problema que afecta as grandes cidades, com realce para um dos grandes factores que
Engarrafamento em Luanda começa logo pela manhã as horas de ponta, num período em que o tráfego rodoviário concorre para os acidentes
aumenta e os transportes públicos ficam sem resposta nas estradas de Luanda é pro-
para atender a demanda. vocado por aqueles que não
Faltam vias alternativas "Em Luanda, as horas de ponta ocorrem no período da
manhã e ao fim do dia, pois, no primeiro, as pessoas se
dirigirem aos postos de trabalho e, no último, estão a
conseguem dormir em con-
dições. Alertou que os riscos
são ainda maiores para aque-
A inexistência de vias alternativas e a descentralização regressar às suas casas", frisou. les que trabalham durante o
de alguns serviços são apontados, por alguns especialistas, O sociólogo acrescentou que o engarrafamento é um período nocturno. Martinho
como soluções para a questão dos engarrafamentos problema que não se consegue resolver até esgotar, mas, Luemba disse que os dias de
registados na província de Luanda. sim, mitigar. E uma das medidas passa pela redução do repouso não compensam as
O sociólogo Octaviano Francisco não alinha, de todo, fluxo de táxis numa única rota. noites perdidas.
SOCIEDADE Terça-feira
1 de Maio de 2018
DIREITO LABORAL
DR
EM LUANDA
CATÓLICOS PREPARAM
VISITA AO TÚMULO
DE FREI MAIATO
Os católicos das paróquias
de Nossa Senhora de Fátima,
Santo António da Cuca e de
outras congregações de
Luanda preparam, para o
período de 4 a 6 de Maio,
uma visita ao túmulo de Frei
Benjamim José Maiato, na
província do Cuanza-Norte.
Em declarações, ontem, à
Angop, o porta-voz dos
Frades Menores
Capuchinhos em Angola,
Frei Firmino Kakulo, disse
que o objectivo da visita é
homenagear “o conselheiro
admirável, confessor
incansável e exemplo a
seguir, que partiu para a
eternidade”. Do programa de
visita, com a duração de três
dias, disse o porta-voz,
consta a chegada a
Camabatela, na sexta-feira, e
no sábado há oração pessoa
e laudas, missa e uma
palestra sobre a vida de Frei
Trabalhadores da unidade hoteleira exigem o reajustamento de categorias Maiato.
Ainda na sexta-feira há
animação, testemunhos e
ACORDO ASSINADO ONTEM EM LUANDA
Petrolífera financia projectos
virados para saúde materna
A companhia Petrolífera BP
Angola vai desembolsar dois
milhões de dólares para a
execução de projectos virados
para saúde materna-infantil
e a vigilância epidemiológica
no país.
Ontem, em Luanda, foi as-
sinado o memorando de en-
tendimento entre a empresa
financiadora e a ONG World
Vision. O primeiro projecto,
relacionado com a saúde ma-
terna-infantil, é implementada
pela ONG World Vision e bene-
ficia o Hospital Pediátrico Da-
vid Bernardino e as materni-
dades Lucrécia Paim e Augusto
Ngangula.
O segundo, virado para
a vigilância epidemiológica,
contempla o Instituto Nacio-
nal de Saúde Pública.
O presidente regional da
BP Angola, Stephen Willis,
considerou ser motivo de
satisfação a petrolífera apoiar
os planos de saúde do Governo
angolano focados nas mães,
25
logia eficiente.” A directora
da World Vision em Angola,
Maria Carolina, disse que o
projecto, virado para a saúde
materna-infantil, denomi-
nado “Mais e melhor Saúde”,
por se tratar de um programa
de melhoria da qualidade de
vida tanto das mães como
das crianças.
Maria Carolina admitiu
que a questão da mortali-
dade infantil preocupa a sua
organização, porque uma
das causas tem a ver com “a
desnutrição crónica e ou-
tras doenças que podem ser
evitadas”.
“Por isso, o projecto finan-
ciado pela BP Angola tem
duas vertentes, a primeira
consiste em formar 100 téc-
nicos de saúde do Hospital
Pediátrico David Bernardino
e das maternidades Lucrécia
Paim e Augusto Ngangula”,
disse Maria Carolina, acres-
centando que a ideia é capa-
citar os técnicos para poderem

Trabalhadores do Hotel Presidente confissões, procissão de

velas, missa e adoração ao
Santíssimo.
nas crianças e na investigação
epidemiológica, e acrescen-
tou que a empresa pretende
orientar as mães a cuidarem
melhor de si mesmas e da saú-
de dos seus filhos, principal-

ameaçam paralisar a actividade UNIVERSIDADE DOA

Uma assembleia de trabalhadores é realizada na quinta-
feira, dia 3, para a produção de uma declaração de greve
César André
Os funcionários do Hotel
Presidente Meridien, em
Luanda, podem entrar em
greve, nos próximos dias, se
a entidade empregadora não
responder às exigências
expostas num caderno rei-
vindicativo, apresentado há
cerca de dois meses.
A informação foi avançada
ontem ao Jornal de Angola
pelo presidente do Sindicato
dos Trabalhadores do Comér-
cio, Hotelaria e Turismo, Iná-
cio César, que disse ter o
caderno reivindicativo 13
pontos, o Hotel Presidente
Meridien apenas se mostrou
disponível em atender o
ponto referente ao salário.
“O salário não é o ponto
mais importante na vida do
trabalhador”, declarou o sin-
dicalista, que disse haver,
no caderno reivindicativo,
“mais problemas delicados”,
como a assistência médica.
Os trabalhadores exigem
seguro de saúde, um bene-
fício que têm os trabalhadores
de outras empresas do ramo
da hotelaria e turismo.
Os trabalhadores do Hotel
Presidente Meridien exigem
o reajustamento das catego-
rias, com a alegação de que
o enquadramento não está
conforme a Lei.
“A entidade empregadora
tem feito um enquadra-
mento arbitrário”, declarou
Inácio César, que disse haver
trabalhadores, enquadrados
há pouco tempo, com cate-
gorias mais altas em detri-
mento de trabalhadores mais
antigos, uma situação que
tem criado um clima de des-
contentamento.
O comportamento da
direcção do Hotel Presidente
Meridien, acentuou o sin-
dicalista, viola o que está
preceituado no Decreto Pre-
sidencial 43 /17, de 16 de
Março, que diz que as enti-
dades empregadoras devem
conceder aos trabalhadores
expatriados e nacionais salá-
rio igual. “Na prática, esta
obrigatoriedade não tem sido
respeitada”, referiu o sindi-
calista, que acrescentou haver
“muitos atropelos à Lei”.
A comissão sindical
tem, na quinta-
feira, uma reunião
com os
trabalhadores, para
elaborar uma
“declaração de
greve”, que vai ser
enviada, no mesmo
dia, à direcção do
hotel, para ser
respondida no
prazo de cinco dias,
como estipula a Lei
da Greve
O caderno reivindicativo
foi apresentado a 5 de Fevereiro
e, dias depois, a direcção da
unidade hoteleira iniciou con-
versações com os represen-
tantes dos trabalhadores mas
o processo está paralisado.
O Sindicato tentou man-
ter, há dias, diálogo com a
direcção do Hotel Presidente
Meridien, mas a pretensão
não foi concretizada porque
o gestor da unidade “foi inde-
licado” com a delegação da
comissão sindical, cujos inte-
grantes “foram tratados como
se fossem animais”, disse
Inácio César.
A reacção negativa da di-
recção à presença no hotel
de membros da comissão sin-
dical irritou os trabalhadores
que, por esta razão, ameaçam
entrar em greve, uma possi-
bilidade que continua a cres-
cer por a direcção da unida-
de hoteleira não estar dis-
ponível para o diálogo, disse
o sindicalista Inácio César,
que acrescentou: “Se esti-
vesse, devíamos encontrar
uma solução para ultrapassar
o diferendo.”
A comissão sindical tem,
na quinta-feira, uma reunião
com os trabalhadores, para
elaborar uma “declaração de
greve”, que vai ser enviada,
no mesmo dia, à direcção do
hotel, para ser respondida
no prazo de cinco dias, como
estipula a Lei da Greve.
“Se até à próxima quinta-
feira a direcção do hotel não
responder às nossas preo-
cupações, então entraremos
em greve”, prometeu o líder
sindical, que confirmou terem
sido feitos vários pedidos de
encontro com a direcção, mas
esta nunca se manifestou dis-
ponível a dialogar com os
trabalhadores. “A nossa inten-
ção é paralisar a actividade
laboral porque tem havido
muita falta de respeito por
parte do director do hotel,
Pedro Portugal”, declarou o
sindicalista, para quem “os
trabalhadores nacionais não
são valorizados”.
Até à hora de fecho desta
edição, o Jornal de Angola
tentou contactar, mas sem
êxito, o director-geral do
Hotel Presidente Meridien,
para a obtenção de uma reac-
ção à posição dos trabalha-
dores expressa no caderno
reivindicativo.
BENS ALIMENTARES
AO ORFANATO
“PEQUENA SEMENTE”
Bens alimentares, roupa e
material de higiene foram
doados no sábado ao
orfanato “Pequena
Semente”, localizado em
Kifangondo, município de
Cacuaco, pela Universidade
Privada de Angola (UPRA),
no âmbito do 18.º
aniversário da instituição
do ensino superior.
O reitor da UPRA, Carlos de
Sousa, disse à imprensa
que o gesto se insere na
responsabilidade social da
Universidade no apoio às
pessoas mais carenciadas
acolhidas em instituições.
Carlos de Sousa lembrou
que a UPRA durante 18
anos cresceu bastante na
medida em que começou
como instituto e hoje
lecciona cursos de
licenciatura e pós-
graduação, pesquisa e
extensão universitária,
tendo colocado mais de mil
profissionais no mercado
de trabalho.
Frank Cassule, director do
orfanato “ Pequena
Semente”, disse que o
gesto vai suprir algumas
necessidades das 100
crianças e jovens que
recebem o apoio da
instituição. Frank Cassule
informou que algumas
crianças estão em regime
de internato e outras
vivem na vizinhança,
apoiadas pela instituição
devido às carências que a
comunidade enfrenta.
O orfanato “Pequena
Semente” tem dormitórios,
escola, centro médico,
biblioteca e serviços de
apoio psicossocial às
famílias. Lamentou o facto
de a escola do ensino
primário de seis salas de
aula, com 400 alunos, não
ter professores.
ajudar a reduzir a taxa de
mortalidade materna-infantil
no país.
Stephen Willis explicou
mente nos primeiros cinco
anos de vida.
A segunda etapa do pro-
jecto é reservada ao forne-
que o projecto vai ajudar a cimento de “kits” de medica-
reduzir a taxa de desnutrição mentos aos hospitais mater-
crónica em crianças menores na-infantis.
de cinco anos, além de pro- A directora da World Vi-
porcionar formação a 100 sion em Angola disse que o
técnicos de saúde. “O pro- projecto tem a duração de
jecto vai, de igual modo, for- três anos, a contar da data
talecer o controlo de doenças da assinatura do financia-
infecciosas e melhorar o sis- mento pela BP Angola, e co-
tema de vigilância das infec- meça a ser executado a partir
ções e contribuir para uma deste mês.
rede nacional de epidemio- Alexa Sonhi
PERISCÓPIO
Luanda dos contrastes
Luciano Rocha
Luanda é mesmo a cidade dos contrastes, alguns dos quais
inimagináveis, a não ser por quem tem o dever de zelar
por ela, mas deve andar ocupado com outras coisas.
A Luanda dos arranha-céus envidraçados, que lhe
cortam a aragem da baía e a sufocam com o calor dos
geradores, bem como das paredes que reflectem o sol
para a rua, tem homens e mulheres a fingir que a limpam.
Com vassouras iguais às que utilizamos em casa. Não ter-
minámos a frase com o ponto de exclamação porque já
nada nos admira nesta nossa cidade.
Os responsáveis pela higiene pública da capital con-
cluíram que ela ainda não está suficiente suja. Vai daí,
num lampejo, que espero, sinceramente, não lhes tenha
causado dores de cabeça, entenderam que a solução estava
nas vassouras e pás que utilizamos em casa. Conclusão,
avenidas, ruas e becos ficam imundas à mesma e a poeira,
como é evidente, espalha-se para se colar ao corpo e
roupa do transeunte, viaturas, montras, paredes.
Ao ver este absurdo, lembrei-me, com ternura, dos
tempos de meninice, quando a maioria das nossas mães
varriam, logo pela manhã, o espaço da rua de areal
vermelho à frente das casas. Usavam vassouras de mateba
e até ramos de palmeira. Mas, primeiro borrifavam, exac-
tamente para não levantarem poeira. Ao contrário dos
“trabalhadores da limpeza pública”. Que sujam mais do
que limpam. Para não haver dúvidas quanto ao cumprimento
integral da “missão”, vão juntando o lixo em carrinhos
de mão. Dos utilizados na construção civil para transportar
materiais para as obras. No fim, dois dos varredores levan-
tam-no e despejam o que apanharam para o contentor
imundo. Tudo isto acontece em Luanda, no século XXI.
Até quando?
26 LAZER
HOJE NA HISTÓRIA
Dia Internacional
do Trabalhador
O Dia do Trabalho,
também conhecido como
Dia do Trabalhador, é
comemorado em 1º de
Maio. A História do Dia
do Trabalho remonta o
ano de 1886 na indus-
DESCUBRA AS SETE DIFERENÇAS
CURIOSIDADES
O que é o Artesanato
O artesanato significa tra-
balho manual, utilizando
matéria-prima natural,
ou produção de um artesão
(de artesão + ato). Mas,
com a mecanização da
indústria, o artesão é iden-
tificado como aquele que
produz objectos perten-
centes à chamada cultura
popular.
O artesanato é tradi-
cionalmente a produção
de carácter familiar, na
qual o produtor (artesão)
possui os meios de pro-
dução, sendo o proprie-
tário da oficina e das fer-
ramentas, e trabalha com
a família na sua própria
casa, realizando todas as
etapas da produção, des-
de a preparação da maté-
ria-prima, até ao acaba-
mento, sem divisão do
trabalho ou especializa-
ção para a confecção de
algum produto. Em algu-
mas situações o artesão
tem junto de si um aju-
dante ou aprendiz.
O artesanato pode ser
erudito, popular e folcló-
rico, podendo ser visua-
lizado de várias formas,
trializada cidade de Chi-
cago (Estados Unidos).
No dia 1º de Maio deste
ano, milhares de traba-
lhadores foram às ruas
reivindicar melhores
condições de trabalho,
por Casimiro Pedro
como na cerâmica utili-
tária, funilaria popular e
trabalhos em couro.
Na tentativa de lidar
com as contradições da
Revolução Industrial, Wil-
liam Morris fundou no
Reino Unido um grupo de
Artes e Ofícios na segunda
metade do século XIX, ten-
tando valorizar o trabalho
artesanal e opondo-se à
mecanização.
No Brasil, índios são os
mais antigos artesãos, já
que, quando os portugue-
ses chegaram, encontra-
ram a arte da pintura com
pigmentos naturais, a ces-
taria e a cerâmica, sem fa-
lar na arte plumária, isto
é, cocares, tangas e outras
peças de vestuário ou or-
namentos feitos com plu-
mas de aves.
O artesanato brasileiro
é um dos mais ricos do
Mundo e garante o sustento
de muitas famílias. Ele
encontra-se nas pinturas
e desenhos (primitivos),
esculturas, trabalhos em
madeira, pedra guaraná,
cera, miolo de pão, massa
de açúcar, bijuteria, renda,
entre elas, a redução da
jornada de trabalho de
treze para oito horas diá-
rias. Neste mesmo dia
ocorreu nos Estados Uni-
dos uma grande greve
geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acon-
tecimentos, um conflito
envolvendo policiais e
trabalhadores provocou
a morte de alguns mani-
festantes.
Este fato gerou revolta
nos trabalhadores, pro-
filé, crochê e papel recor-
tado para enfeite.
Com a Revolução Indus-
trial, iniciada na Inglaterra,
o artesanato foi fortemente
desvalorizado e deixou de
ser importante, já que neste
período capitalista o tra-
balho foi dividido, colo-
cando determinadas pes-
soas a realizarem funções
específicas. Além disso,
os artesãos eram subme-
tidos a péssimas condi-
ções de trabalho e baixa
remuneração.
Este processo de divisão
de trabalho recebeu o nome
de linha de montagem. Os
teóricos do século XIX,
como Karl Marx e John
Ruskin, e artistas, critica-
vam essa desvalorização.
Os intelectuais da época
consideravam que o artesão
tinha uma maior liberdade,
por possuir os meios de
produção e pelo alto grau
de satisfação e identificação
com o produto.
O artesanato faz parte
do folclore e revela usos,
costumes, tradições e
características de cada
região.
vocando outros confron-
tos com policiais. No dia
quatro de Maio, num
conflito de rua, mani-
festantes atiraram uma
bomba nos policiais, pro-
vocando a morte de sete
deles.
Foi o estopim para que
os policiais começassem
a atirar no grupo de ma-
nifestantes. O resultado
foi a morte de doze pro-
testantes e dezenas de
pessoas feridas.
ANEDOTAS
O homem diz à mulher:
— Como é que Deus pode
fazer-te tão bela e tão
estúpida ao mesmo
tempo?
E a mulher responde-lhe:
— Deus fez-me bonita para
te atrair e fez-me
suficientemente
estúpida para eu
continuar contigo…
Diz o homem para a
mulher que já estava
cansada de o aturar:
— Amor, tenho duas
notícias para te dar, uma
é boa, a outra é má...
Desconfiada diz a mulher:
— Ai é?! Diz lá primeiro a boa.
Responde o homem:
— É que eu deixei o “copo”.
Contente mas ao mesmo
tempo ansiosa, diz a mulher
— Que bom! E a má?
Esclarece o homem:
— A má é que não sei
onde, meu amor…
O filho chega a casa e
confessa à mãe:
— Acabei de partir a jarra
do apartamento do meu
amigo.
— Como foi que isso
aconteceu, filho?
— Estávamos a jogar futebol
dentro da sala e, sem
querer, chutei a bola
com muita força e bateu
na jarra.
A mãe fica desapontada e diz:
— Vou ligar para a mãe do
seu amigo e perguntar
como era a jarra.
— A mãe vai comprar uma
igual?- Pergunta o filho.
— Claro! Responde a mãe.
— Não, mãe, não se
preocupe com isso.
— Porquê?- Pergunta ela.
— Por nada, mãe... Mas se
me der o dinheiro, eu e
o meu amigo
conhecemos onde
vendem uma igual.
terça-feira
1 de Maio de 2018
PALAVRAS CRUZADAS por Paulo Freixinho
HORIZONTAIS
1 - Município da província da VERTICAIS
Huíla. 1 - Abreviatura de knock-out.
7 - Preposição que indica lugar. 2 - Alguma. 3 - Figura indistinta.
9 - Trivial. 4 - Gostar muito.
10 - Ganho. 5 - Considerado no conjunto ou
12 - Com asas. em globo. 6 - Alternativa.
14 - Centésima parte do hectare. 7 - Engana-se.
15 - Antes de Cristo (abreviatura). 8 - Porção do tubo digestivo de
17- Casa onde se debatem e numerosos animais onde os
julgam as questões judiciais. alimentos são triturados.
19 - Movimento de calor. 9 - Título do soberano russo no
21 - Progenitores. tempo do Império.
22 - Na moda.
23 - Cloreto de sódio.
11 - Fatigar.
13 - Independência.
24 - Avenida (abreviatura). 16 - Tomba.
27 - Magnete natural. 18 - Interjeição designativa de dor.
29 - Espuma do mar. 20 - Princípio.
31 - Ser promovido. 23 - Sanduíche.
34 - Suspiro. 25 - Desloca-se no ar.
35 - Soberano. 26 - Sinal distintivo de um produto.
36 - Jogo, que num tabuleiro 28 - A mim.
quadrado, jogam dois 29 - Membro de uma
parceiros, cada um com comunidade religiosa sujeita
doze peças. a certa regra.
38 - Indivíduo idêntico a outro, 30 - Questão judicial.
produzido por manipulação 32 - Estampilha.
genética. 40 - Anos de vida. 33 - Governador árabe.
42 - Angola (domínio de Internet). 37 - Passa de dentro para fora.
43 - Primeira apresentação ao 39 - Símbolo de nordeste.
público. 41 - Redução das formas
linguísticas “de” e “a” numa só.
SUDOKU
Preencha toda
a grelha com
números de 1 a 9.
Cada número
não deve ser
utilizado mais do
que uma vez por
linha, por coluna
e por quadrado
de nove casas.
SOLUÇÕES dos problemas do dia 1 de Maio de 2018
PALAVRAS CRUZADAS SUDOKU SETE
HORIZONTAIS
DIFERENÇAS
1- KUVANGO. 7- EM. 9- COMUM. 10- LUCRO.
12- ALADO. 14- ARE. 15- AC. 17- TRIBUNAL. • Os óculos
19- RAIO. 21- PAIS. 22- IN. 23- SAL. 24- AV.
27- ÍMAN. 29- FROL. 31- ASCENDER. 34- AI. • A cauda
35- REI. 36- DAMAS. 38- CLONE. 40- IDADE.
42- AO. 43- ESTREIA. • A pata
VERTICAIS • A boca
1- KO. 2- UMA. 3- VULTO. 4- AMAR.
5- GLOBAL. 6- OU. 7- ERRA. 8- MOELA. • As calças
9- CZAR. 11- CANSAR. 13- DIPANDA.
16- CAI. 18- UI. 20- INÍCIO. 23- SANDES. • A orelha
25- VOA. 26- MARCA. 28- ME. 29- FRADE.
30- LIDE. 32- SELO. 33- EMIR. 37- SAI. • A máquina fotográfica.
39- NE. 41- DA..
Terça-feira
1 de Maio de 2018 27
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(100.301h)
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Processo de Execução Fiscal Aduaneira n.º 344/RDA/2016

Executado(a): U.L.T.M E FILHOS, LIMITADA.
Terceira Região Tributária (Delegação Aduaneira do Porto de Luanda)

NOTIFICAÇÃO DE PENHORA POR EDITAL

FAZ-SE SABER QUE, na Terceira Região Tributária (Luanda) da Administração Geral Tributária, sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, corre termos o Processo de Execução Aduaneira n.º 344/RDA/2016, instaurado
pela Administração Geral Tributária, em 2016, por dívida aduaneira no valor de Kz: 1.530.449,00 (um milhão quinhentos e trinta mil quatrocentos e quarenta e nove Kwanzas).

Origem da dívida Montante

Multas e Outras Penalidades Aduaneiras (L52) Kz: 1.408.000,00

Emolumentos do Contencioso Kz: 122.449,00

SOMA Kz: 1.530.449,00

Pelo que, nos termos dos n.ºs 2 e 5 do artigo 97.º e do n.º 1 do artigo 100.º do Código das Execuções Fiscais, aprovado pela Lei n.º 20/14, de 22 de Outubro, conjugados com a alínea e) do n.º 2 do artigo 77.º da Lei de Base das
Instituições Financeiras (Lei n.º 12/15, de 17 de Junho), no âmbito do processo de execução fiscal aduaneira contra si instaurado, foram penhorados valores não suficientes para o pagamento da dívida exequenda e custas processuais,
na conta bancária, por si titulada, domiciliada nos seguintes Bancos:
I. Banco de Fomento Angola, S.A.
II. Banco Millennium Atlântico, S.A.
III. Standard Bank de Angola, S.A.
IV. Banco Internacional de Crédito, S.A.
V. Banco de Poupança e Crédito, S.A. e
VI. Finibanco Angola, S.A.
Assim, nos termos dos artigos 28.º, n.ºs 3 e 4, e 29.º, n.º 4, do Código das Execuções Fiscais, conjugados com os n.ºs 6 e 7 do artigo 93.º do Código Geral Tributário, aprovado pela Lei n.º 21/14, de 22 de Outubro, é notificada a
Executada, U.L.T.M E FILHOS, LIMITADA, Contribuinte Fiscal n.º 5484002915, com último endereço conhecido situado na Rua da Fapa, Casa n.º 44, Zona 6, Q2 em Luanda, actualmente em parte incerta, para que, no prazo de 10
(dez) DIAS, que começará a correr depois de finda a dilação de 30 (trinta) DIAS a contar da data de publicação do segundo e último anúncio, deduzir, querendo, OPOSIÇÃO À PENHORA, nos termos do disposto no artigo 90.º do
Código das Execuções Fiscais, sob pena de o processo prosseguir os seus termos até final e, eventualmente, com a adjudicação dos valores penhorados a favor da Administração Geral Tributária, nos termos do disposto no artigo
156.º do Código das Execuções Fiscais, tudo conforme melhor consta do duplicado do mandado de penhora e notificação que se encontram na Delegação Aduaneira do Porto de Luanda, adstrita à Terceira Região Tributária (Luanda),
sita na Avenida 4 de Fevereiro, Marginal, Largo Diogo Cão, edifício da Alfândega de Luanda, 2.º andar, à disposição da executada.

DELEGAÇÃO ADUANEIRA DO PORTO DE LUANDA, em Luanda, aos 23 de Abril de 2018.

E eu, Elisa Leiria, Escrivã, o subscrevi.

A CHEFE DA DELEGAÇÃO
NERETHZ FARIA COELHO DA CRUZ TATI
(100.301a)
28 Terça-feira
1 de Maio de 2018

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• Assistir o cliente conforme necessário com a documentação de descarregamento;

A ABJV – Angoil Bumi JV, Limitada, empresa prestadora de serviços no sector petrolífero
– Operação e Manutenção de FPSOs, pretende recrutar talentos angolanos para as se-
guintes posições:
Director Técnico
Responsabilidades:
• Suporte técnico às operações e integridade do FPSO;
• Responsável pela integridade do FPSO, e o interface com o Grupo de Integridade do es-
critório Central;
• Fornecer relatório semanal para administração da ABJV sobre questões Operacionais e
de Manutenção da FPSO;
• Gerir o departamento técnico para suporte das operações do FPSO;
• Assegurar que os requisitos técnicos, datas limites, serviços de suporte para as operações
do FPSO, construção, manutenção e materiais, sejam recebidos e executados pelo pessoal
do offshore;
Requisitos mínimos:
• Formação superior em engenharia mecânica, eléctrica, petróleos ou outro ramo de en-
genharia relevante;
• Mínimo dez (10) anos de experiência em Operações e Manutenção, com o mínimo de
dois (2) anos como Gestor de Operações, ou equivalente;
• Sólida experiência em Produção ou Manutenção, tendo trabalhado anteriormente como
OIM ou Superintendente-condição essencial;
• Ter capacidades de líder e sólidas aptidões pessoais e interpessoais.
Mestre de Amarração
Responsabilidades:
• Realizar todas as actividades de atracação ou amarração relevantes de acordo com o
Sistema de Gestão da Empresa ou equivalente, onde o Sistema de Gestão da Empresa
deve ser considerado os padrões mínimos.;
• Garantir relatórios e investigações oportunas e eficazes de todos os acidentes e inciden-
tes;
• Garantir o fecho atempado e eficaz dos itens de pesquisa e auditoria;
• Auxiliar o OIM na administração e planeamento de todas as pesquisas de classe e esta-
tutárias para garantir que a unidade esteja em conformidade com todos os regulamentos
relevantes em todos os momentos;
• Demonstrar liderança eficaz durante a atracação, amarração, conexão de mangueira de
descarga e desconexão de mangueiras, desatracação e actividades marítimas relevantes;
• Gerenciar a operação de atracação, ancoradouro e actividades marítimas relevantes com
delegação e comunicação;
• Estabelecer uma ligação eficaz com todos os departamentos relevantes onshore e offs-
hore da Empresa e do Cliente;
• Garantir um planeamento efectivo para todos os descarregamentos de actividades críticas
e manutenção de equipamentos críticos;
• Monitorar as descargas dos tanques de descarga.
Requisitos mínimos:
• Master/Diploma de Ensino Superior em Marinha Mercante / Engenharia e / ou Certificado
de Comércio de Produção ou outra qualificação relevante
• Cinco (5) anos de experiência em um ambiente offshore / petróleo e gás, de preferência
em FPSO / FSO
• 3 (três) anos de experiência adquirida na capacidade do Mestre de Ancoragem.
• 3 anos de experiência comprovada em atracação de Tandem Berthing em mar aberto ou
qualificados internamente como mestre de atracação, QBM de atracação até 350.000 to-
neladas DWT.
• Experiência com sistemas de gerenciamento de segurança e manutenção baseada em
gestão de sistemas preferenciais.
• Certificado de Deck Officer classe 1 STCW 95 e DCE
• Certificado de GMDSS
• Certificado de BOSIET / BOSIET-T
Mestre Assistente de Amarração
Responsabilidades:
• Conexão e desconexão de rebocadores auxiliares para os tanques;
• Determinar o alcance e o porte do transportador durante as operações de atracação para
o FPSO;
• Supervisionar e direccionar as equipes de petroleiros para a conexão do hawser dos Tan-
kers ao FPSO durante as operações da empresa;
• Ser capaz de inspeccionar e determinar o levantamento de equipamentos de elevação
de carga. Assegurar-se de que todos os equipamentos necessários para a execução das
operações de exportação sejam atendidos correctamente, mantidos e em bom funciona-
mento para realizar as operações de descarregamento.
• Teste de gás de tanques de carga em petroleiros que chegam;
• Comunicações entre o convés Tanker e a embarcação de manuseio de mangueiras de
carga para manuseio de mangueiras.
Requisitos mínimos:
• Qualificação mínima de um oficial de convés 11/1 tendo actuado como Director em navios
oceânicos;
• Pelo menos 3 anos de experiência em uma função semelhante;
• Endosso de Carga Perigosa / Segurança de Tanque, é o ideal;
• Experiência offshore em embarcações de abastecimento, será vantajosa.
O CV em língua inglesa deverá ser enviado para os correios electrónicos:
careers.angola@bumiarmada.com ou angoilbumi.recruitment@bumiarmada.com
indicando a Posição de interesse na linha do cabeçalho do assunto.
(6769)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E DOS DIREITOS HUMANOS
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
2.ª SECÇÃO SALA DE FAMÍLIA

PROC.N.°2154/2017 1.ª PUBLICAÇÃO

ANÚNCI0/2018
A DOUTORA MARIA LUÍSA CAIO DA CUNHA, JUÍZA DE DIREITO DA SEGUNDA SECÇÃO DA SALA DE FAMÍ-
LIA DO TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA.
FAZ SABER QUE, por este Tribunal e nos autos de Acção de Reconhecimento da União de Facto Por Morte, em
que é Autora LUYINDADIO LILIANA, solteira, residente em Luanda, Telefone N.°.924233174 e Réus Os Herdeiros
Certos e Incertos de Finda Alberto, (já falecido), correm éditos de TRINTA DIAS, a partir da última publicação do pre-
sente anúncio, citando o Réu, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestarem, querendo o pedido
formulado pela autora na referida acção, com advertência de que a falta de contestação, não importa a confissão dos
referidos factos articulados pela autora, conforme petição inicial, cujo duplicado se acha patente no Cartório desta
Secção, sita no Projecto Nova Vida, Rua Número Cinquenta e Quatro, Primeiro Andar, Porta Vinte e Três, em Luanda.

Luanda, aos 12 de Abril de 2018.

A JUÍZA DE DIREITO A ESCRIVÃ DE DIREITO

Dr.ª MARIA LUÍSA DA CUNHA ROSA MARIA LOURENÇO
(6778)

REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E HABITAÇÃO
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO UÍGE

EDITAL N.º 22/018

PROCESSO DE CONCESSÃO N.° 30-UE-018

Tendo, a senhora JÚLIA MARIA TCHILEPA DA SILVA CARVALHO, requerido a Concessão, por Direito de Superfície
de uma parcela de Terreno Rural, com uma área de 8 Hectares (oito Hectares) para implementação de um projecto
Agrícola, sito na área da Aldeia Cáua Grande, Município de Negage, Província do Uíge, feita a Demarcação Provi-
sória, a mesma ficou com as seguintes confrontações: a Norte: Com o senhor Joaquim Afonso, a Sul: Com a
Lagoa do Rio Cagige, que dista a 2km da Estrada Nacional que liga os Municípios de Negage e Bungo, a Este:
Com o senhor Joaquim Afonso e a Oeste: Com Terrenos de Terceiros não Cadastrados. São por este meio con-
vocadas todas as pessoas que se julgarem com direitos sobre o mesmo terreno, a virem comprová-lo neste Depar-
tamento Provincial do Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo de Trinta (30) dias a contar da data da
publicação deste Edital.

DEPARTAMENTO PROVINCIAL DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA NO UÍGE, AOS 18

DE ABRIL DE 2018.
(400.012)

O CHEFE DO DEPARTAMENTO PROVINCIAL

JUSTINO LOURENÇO KUISSANA
(Eng.º Geógrafo) (6793)
CULTURA
1 de Maio de 2018
SENEGAL
Januário Jano
expõe obras
na Bienal
de Dakar
O artista plástico Januário
Jano participa na 13.ª edição
da Bienal Africana de Arte
Contemporânea, DAK´ART
2018, de 3 de Maio a 2 de
Junho, em Dakar, Senegal.
Januário Jano é um dos 75
artistas seleccionados, em
representação de 33 países
de vários continentes.
A bienal deste ano decorre
sob o lema “The hour is red”
(A hora é vermelha), expressão
extraída da peça “And the
dogs were silent” (E os cães
estavam silenciosos), que
aborda questões ligadas à
emancipação e liberdade, de
Aimé Césaire, poeta, drama-
turgo, ensaísta e político da
negritude (movimento literário
que exalta a identidade negra).
DR
Januário Jano apresenta
“Ilundu” com 24 fotografias
Januário Jano participa
com a obra “Ilundu”, uma
série de 24 fotografias em cujo
foco é uma viagem pessoal
através de memórias que mis-
turam ficção e realidade.
Em “Ilundu”, o artista recu-
pera práticas tradicionais dos
povos do grupo etnolinguístico
ambundu, com as quais ques-
tiona as memórias na cons-
trução visual, colectiva e pes-
soal do país nos últimos 40
anos. Para garantir consis-
tência da linha identitária da
bienal, a organização decidiu
manter Simon Njami como
director artístico e curador.
Januário jano disse ao Jor-
nal de Angola, ontem, que a
DAK´ART 2018 tem a presença
de curadores convidados de
renome internacional. Elvira
Dyangani Ose, Marisol Rodri-
guez, Bonaventure Soh Bejeng
Ndikung, Alya Sebti e Hou
Hanru coadjuvam o director
artístico. A edição anterior foi
realizada sob o lema “The city
in the blue day”, inspirado
num poema de Léopold Seng-
hor (Presidente senegalês
entre 1960 e 1980). Januário
Jano nasceu em Luanda em
1979. Começou a pintar mu-
rais, recortando jornais e revis-
tas. Estudou na Grã-Bretanha
onde concluiu uma pós-gra-
duação em Artes na London
Metropolitan University.
Trabalha com pintura, ins-
talação, vídeo e fotografia e
tem realizado residência artís-
tica entre Luanda, Lisboa e
Londres. Foi distinguido em
Veneza, Itália, com o prémio
“Art Laguna Prize”, na cate-
goria “Business for Art”. Par-
ticipou em colectivas na
Europa e Estados Unidos, com
destaque para “Doual’Art”,
nos Camarões.
Terça-feira
LOBITO
“UNIVERSIDADE DE RUA” FORMA INSTRUMENTISTAS
A Organização Não-Governamental “Universidade de Rua”
pretende formar, este ano, 840 técnicos em diferentes domínios
da música, guitarra, piano e bateria. O director executivo da
organização, Silvano Frederico, disse que além da formação de
instrumentistas vai ser criado um laboratório audiovisual para
a edição de filmes e videoclips e uma oficina de artesanato em
madeira e bronze.
RAPPER
ELIZABETH VENTURA
ACTUA NO LUBANGO
A rapper Elizabeth Ventura
actua, na sexta-feira, no
Lubango. O espectáculo
marca a estreia da cantora,
que prepara o primeiro
disco no estilo rapper. "É um
desafio por ser um estilo
que poucas mulheres
apostam no país, mas
acreditamos no sucesso
dela", afirmou o responsável
da produtora, Hélio Santos.
Elizabeth Ventura
apresenta-se ao público
com o lançamento da
primeira música, “Eu sou
boa”, que consta do single
“Te ignoro”, com o
respectivo videoclip emitido
nos canais de televisão.
A cantora começou a
escrever músicas há seis
anos nos estilos funk e
guetho zuk.
“No momento de lançar as
músicas e os videoclipes,
pretendo para fazer uma
promoção mais intensa, que
permita às pessoas, quando
tiverem em posse o disco,
perceber melhor as letras”. A
cantora informou que as
sete músicas já estão
gravadas e aguarda apenas
a mistura e masterização,
bem como a gravação dos
videoclipes.
A mensagem retrata
FORMAÇÃO MUSICAL
Cantora esteve no Huambo para venda do CD “Sem Medo”
Yola Semedo defende
criação de mais escolas
Yola Semedo salientou, on-
tem, na cidade do Huambo,
a importância de o Ministério
da Cultura apostar na criação
de mais escolas e academias
de música, para potencializar
as pessoas interessadas em
seguir uma carreira artística
no campo musical.
Yola Semedo fez este pro-
nunciamento à Angop, du-
rante a sessão de venda e
autógrafos da sua mais recente
obra discográfica, “Sem me-
do”, que decorreu no Jardim
da Cultura.
Segundo a cantora, o país
precisa cada vez mais destas
instituições para que os artis-
tas e todas as pessoas inte-
acontecimentos e
pensamentos de todas as
mulheres angolanas,
“aquilo que sentem e não
conseguem transmitir, eu
falo por essas mulheres para
que possam ter apoios ou
resolução dos seus
problemas”.
Elisabeth Ventura tem uma
participação no trabalho de
Duck, pois não pensa ter
para já outras colaborações,
uma vez que precisa de
mostrar primeiro o seu
trabalho para depois
participar com artistas mais
experientes. “Pretendo
espalhar o meu trabalho em
MORAIS SILVA | ANGOP
todo o território nacional e
além-fronteiras,
principalmente nos países
de língua portuguesa”.
Elizabeth Ventura canta
rapper por se tratar de um
estilo cuja expressão lhe dá
algum suporte para
“desabafar” problemas do
quotidiano e ter
capacidade de ultrapassá-
los através da arte.
DR
ressadas possam aprender
a cantar ou a executar um
instrumento com a qualidade
necessária. Adiantou que,
tendo em conta as conse-
quências da globalização, é
urgente a criação de insti-
tuições de formação musical,
no sentido de se transmitir
aos artistas valores que cor-
respondam com a realidade
cultural do país.
O álbum “Sem medo” tem
35 faixas musicais e foi lançado
no dia 18 de Abril, em Luanda.
Os discos têm a participação
de 70 instrumentistas de várias
nacionalidades e de dez pro-
dutores e foi gravado em sete
estúdios, em vários países.
VALORIZAÇÃO CULTURAL
Cantores de diferentes estilos animaram população de Caxito durante três dias, no largo Ingamba
Homenagem e espectáculos
no 38º aniversário do Bengo
A cidade de Caxito acolheu três espectáculos musicais com a
participação de cantores locais e de Luanda
Pedro Bica
e Edson Fontes | Caxito
O grupo carnavalesco União
Jovens Independentes do
Kingungo, da província do
Bengo, foi homenageado,
em Caxito, pelo Ministério
da Cultura, pelo contributo
às actividades culturais.
Durante a cerimónia, que
dcecorreu no fim-de-sema-
na, o secretário de Estado
para às Indústrias Criativas,
João Constantino, disse que
a província do Bengo é uma
região rica que merece mais
atenção.
João Constantino infor-
mou que todos os anos o
Ministério da Cultura home-
nageia um grupo carnava-
lesco,como reconhecimento
da actividade do seu per-
curso, em prol das activida-
des culturais, em reconhe-
cimento pelo empenho na
preservação da identidade
cultural.
João Constantino apelou
a uma maior coesão dos inte-
grantes do grupo, pois trata-
se de uma formação com um
percurso invejável, 40 anos
de actividades, 23 prémios,
entre os quais o primeiro lugar
da classe infantil. Reconheceu
que os 40 anos de existência
do grupo carnavalesco União
Jovens Independentes do Kin-
gungo representa maturida-
de e coesão.
O secretário de Estado ga-
rantiu que nos próximos tem-
pos a região é contemplada
com visitas ministeriais para
a revitalização das acções
culturais.
Por sua vez o vice-gover-
nador para o Sector Político
e Social, António Martins,
disse que, a nível da pro-
víncia do Bengo, o grupo
União Jovens Independentes
do Kingungo é bastante pro-
missor e conservador da
identidade cultural.
O grupo, fundado em 1977,
conta com 350 integrantes e
23 títulos carnavalescos, dos
quais 15 na classe de adultos,
oito infantis. Na edição deste
ano, conquistou o quinto
lugar. O grupo já participou
em 37 edições do Carnaval
provincial. O estilo de dança
do grupo é o semba.
Aniversário do Bengo
Durante três dias, a cidade
de Caxito, capital do Bengo,
acolheu espectáculos musi-
cais em alusão ao 38.º ani-
versário da fundação da
província do Bengo.
O grupo Jovens
Independentes do
Kingungo, fundado
em 1977, conta
com 350
integrantes
e 23 títulos
carnavalescos
dos quais 15 na
classe de adultos
e oito infantis.
Na edição deste
ano conquistou
o quinto lugar
e em 2017
sagrou-se vencedor
Os espectáculos decorre-
ram no largo da Ingamba. O
primeiro teve lugar na sexta-
feira, com a participação de
Mago de Sousa, Telma Lee,
Zoca Zoca, Ivan Alexei, Valter
Costa, Vozes do Nambua,
Clareza, Massoxi, Eduardo
Gospel, Carlos Gregório, Preto
Show, Mauro Pastrana, Neru
Americano, Jessica Pitbull,
Liriany, Mago de Sousa e o
grupo de dança Bailados do
29
MARIA JOÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO | BENGO
Jacaré Bangão. Na abertura,
a governadora provincial
do Bengo, Mara Quiosa, in-
centivou a juventude a tra-
balhar para desenvolver a
província. Além dos espec-
táculos e da homenagem ao
grupo União jovens Inde-
pendentes, o Governo pro-
vincial realizou um encontro
de reflexão, para assinalar o
38º aniversário da fundação
da cidade.
O encontro serviu para ana-
lisar o estado actual da pro-
víncia, durante o qual a gover-
nadora reiterou o compromisso
de os membros do Governo
estarem cada vez mais unidos
de forma a melhorarem as
condições de vida da popu-
lação. Mara Quiosa pediu uma
governação mais participativa,
por meio da qual se eleve o
sentido de cidadania no seio
das comunidades e dos jovens.
Danças do Bengo
A dança tradicional “Ndem-
be” é uma das manifestações
culturais do Bengo, das co-
munas do Úcua e Kicabo,
município do Dande. Permite
preservar a identidade cul-
tural desta região.
“Ndembe” significa batu-
que, na língua kimbundo, foi
adaptada a dança pelo cha-
mariz da ressonância que se
constitui num elemento uni-
ficador, fazendo rodopiar os
admiradores. Caracteriza-se
pela exercitação corporal sin-
cronizada, através de movi-
mentos rítmicos cadenciados,
criando uma harmonia cuja
coreografia consiste em unir
os pares. O “Ndembe” asse-
melha-se a algumas danças
tradicionais antigas, cuja exe-
cução rítmica consistia tam-
bém nos batimentos repetiti-
vos dos pés dos cavalheiros
no chão, conjugando com as
palmas das mãos.
30 DESPORTO
CAMPEONATO AFRICANO DE GINÁSTICA
Angola traz sessenta medalhas
e assegura Jogos da Juventude
Selecção ganhou mais de metade dos troféus em disputa
e ocupou a segunda posição na tabela geral da prova africana
Teresa Luís
Ao conquistar sessenta meda-
lhas das 108 em disputa, na
14.ª edição do Campeonato
Africano de Ginástica, dis-
putado no Cairo, Egipto,
Angola garantiu a presença
nos Jogos Olímpicos da
Juventude, de 8 a 16 de Outu-
bro, na cidade de Buenos
Aires, Argentina.
Os troféus foram ganhos
nas disciplinas rítmica, tum-
bling e duplo-mini, em ambos
os sexos.
Os 22 ginastas das cate-
gorias de seniores e juniores
arrebataram seis medalhas
de ouro, 28 de prata e 26 de
bronze. Com o alcance de
mais da metade dos prémios,
Angola ocupou o segundo
lugar da tabela classificativa,
atrás do Egipto, e atingiu os
objectivos traçados, que pas-
savam pela obtenção do maior
número de medalhas.
A delegação, chefiada pe-
lo director técnico da Fede-
ração Angolana da modali-
dade (FAG), Agostinho Sun-
go, regressa hoje ao país. Em
declarações ao Jornal de An-
gola, o presidente da FAG,
Auxílio Jacob considerou
extraordinária a prestação
do grupo às ordens dos téc-
nicos Xungo Moque e Gomes
de Oliveira e apelou para
um tratamento diferenciado
aos ginastas.
“Provámos mais uma vez
que temos qualidade e poten-
cial. Somos a segunda potên-
cia na disciplina de rítmica,
tumbling e duplo-mini no
continente. Há países que
Atletas angolanos conseguiram superar a concorrência de 11 países, dos 12 presentes na prova
que merecemos outro tra-
tamento”, disse o dirigente
federativo.
CAMPEONATO AFRICANO DE Auxílio Jacob explicou
GINÁSTICA
RÍTMICA, TUMBLING E
DUPLO MINI.
que após o africano, as aten-
ções estão viradas para o
campeonato da Namíbia na
Prova decoreu no Cairo,
Egipto
especialidade de ginástica
artística, de 8 a 14 do corrente:
“Vamos partir para a Namíbia
imbuídos no mesmo espírito,
22 conquistar medalhas e garan-
ginastas nacionais tir a qualificação para os Jogos
participaram no africano Olímpicos da Juventude. As
selecções estão a trabalhar
divididas na Lunda Sul e Hu-
108 ambo. O grupo fica concen-
medalhas estiveram trado a partir de quarta-feira
em disputa no centro de alto rendimento
de Malanje”.
Arsse António, Pedro Sa-
2 kapueva, Horácio Pita Grós
número de técnicos Albino Celestino, Retene
angolanos Magalhães, Xavier Bernardo,
Alexandre Simão, Samba
Mahula e Angelina Elias
60 representaram o país na dis-
vezes em que subiu ciplina de tumbling e duplo-
ao pódio mini. Na rítmica, Leotina
Daniel, Sofia Coqueiro, Alice
Tomás, Sofia Maula, Isabel
4 Joaquim, Margarida Juelma,
presenças Margareth Tavares, Lourencia
na competição Missenda, Lauriete Chiteculo,
Joana Domingos, Adriana
Chivindica, Evaldina Seve-
2 rino e Luana Gomes foram
lugar na as eleitas.
tabela classificativa Os ginastas nacionais par-
ticipam no “africano” pela
não subiram ao pódio, por quarta vez, após as presenças
exemplo Cabo Verde e Namí- em 2012, 2014 e 2016. A par
bia e nós fizemo-lo 60 vezes. de Angola, disputaram a com-
Quem de direito deve prestar petição as selecções da Nigé-
mais atenção as modalidades ria, Senegal, Argélia, Tunísia,
individuais, particularmente Marrocos, Zimbabwe, Congo-
a ginástica. Mais uma vez os Brazzaville, África do Sul,
atletas representaram con- Cabo Verde, Namíbia, Sudão
dignamente o país e creio e Líbia.
JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
Paralímpicos
REGINA DUMBO
ARREBATOU TRÊS
MEDALHAS DE OURO
A Selecção Nacional de
atletismo para atletas com
deficiência, em ambos os
sexos, regressa hoje a
Luanda com três medalhas
de ouro na bagagem,
conquistadas pela velocista
Regina Dumbo, de 15 anos,
no “Meeting Internacional
de Marraquexe” que se
disputou em Marrocos.
Regina Dumbo, da classe
T11 (deficiência visual),
conquistou as medalhas de
ouro nas especialidades de
100, 200 e 400 metros de
distância. Na prova dos 100
metros, a velocista
percorreu a distância de 14
segundos e 47 centésimos,
enquanto nos 200
cronometrou a marca de 29
segundos e 85 centésimos.
Para a corrida dos 400
metros, Dumbo, natural da
província do Huambo, fez o
tempo de um minuto, nove
segundos e 24 centésimos.
O fundista natural do
Cuanza - Sul, Manuel
Jaime, 24 anos, foi na
classe de T46 (deficiência
de membros superiores),
terceiro classificado nos
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
800 metros, com o tempo
de 2 minutos 5 segundos
e 81 décimos, ao passo que
na corrida dos 400 metros
caiu para o sétimo lugar,
ao cronometrar 56 Segundos
e 36 centésimos.
No despique dos 1500
metros, Manuel Jaime
marcou o tempo de 4
minutos 16 segundos
e 74 décimos, ficou-se
em quinto lugar da tabela.
Daniel Quintas, 36 anos, na
classe de T 57 (cadeirante),
oriundo da província do
Bié, ocupou o sexto
e sétimo lugares, no
lançamento de peso, nos 7
metros e 77 centímetros
e disco (22,40 cm). O atleta
do Bié lançou ainda o dardo
à distância de 15 metros
e 64 centímetros,
classificou-se em sexto
lugar. O seleccionador
nacional, José Manuel
"Zeman", considerou
positiva a participação dos
atletas no "Meeting
Internacional de Marrakech,
mas reconhece que o grupo
precisa de trabalhar mais
para melhorar as marcas.
"Temos de trabalhar muito
com estes atletas, no
aspecto físico, técnico e
psicológico, para chegarmos
aos Jogos Paralímpicos de
Tóquio'2020. Mas, temos de
participar no Campeonato
do Mundo e Jogos
Africanos", destacou
o treinador.
António Cristóvão
MEIAS-FINAIS DA TAÇA DE ANGOLA
1º de Agosto e Sport Libolo e Benfica estão em vantagem
Petro de Luanda e ASA
procuram a redenção
Petro de Luanda e ASA estão
obrigados a vencer hoje, por
no mínimo sete e nove pontos
de diferença, o 1º de Agosto e
o Sport Libolo e Benfica, com
o qual discutem a partir das
18h00, nos pavilhões Mul-
tiusos Arena do Kilamba e
Dream Space, o apuramento
para a final da 34.ª edição da
Taça de Angola em basque-
tebol sénior masculino.
Forçadas a fazerem por
merecer, as duas equipas,
derrotadas na primeira mão,
tentam frente aos adversários
desta noite, a redenção. Do
querer a materialização o
caminho perspectiva-se
árduo e vai exigir aos joga-
dores de ambas, espírito
entreajuda e capacidade de
sofrimento o quanto baste.
Os desafios são referentes
à segunda-mão da segunda
maior competição do calen-
dário de provas da Federação
Angolana de Basquetebol
(FAB). 1.º de Agosto e Libolo,
vencedores por 88-82 e 83-
75, precisam apenas de não
perder pelos números exi-
gidos aos seus opositores.
Na eventualidade de no
final dos 48 minutos o encon-
tro terminar com igualdade
a seis e oito pontos, os regu-
lamentos prevêem a disputa
de um prolongamento de
cinco minutos para ser encon-
trado o vencedor.
Menos pressionados, mili-
TORNEIO FEMININO
Inscrições abrem hoje
para o Open de Lutas
As inscrições dos atletas indi-
viduais e por equipas, tendo
em vista a disputa da primeira
edição do “Open Luta Femi-
nina” no próximo fim-de-
semana, em Luanda, come-
çaram ontem e encerram na
quinta-feira, às 14h00, na
sede da Federação Angolana
de Lutas (Falutas), no Com-
plexo da Cidadela.
A informação foi avançada
ontem ao Jornal de Angola,
pelo presidente da Falutas,
Miguel Kindieco, que anun-
ciou que a competição é dis-
putada no próximo sábado,
às 9h00, no campo multiu-
sos, defronte ao Instituto
Normal de Educação (INE-
Terça-feira
1 de Maio de 2018
JOSE COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
tares às ordens de Paulo Macedo
e “águias de Calulo”, orientadas
por Raul Duarte, têm todas as
possibilidades de marcarem
encontro na final.
Cientes das pretensões e
possibilidades dos rivais, aos
militares Felizardo Ambrósio
“Miller”, Armando Costa,
Eduardo Mingas, Manny
Quezada, Hermenegildo San-
tos, só para citar estes, exige-
se que se mantenham ao
mesmo nível esperando que
os tricolores Leonel Paulo,
Sekouba Conde, Domingos
Bonifácio, Childe Dundão e
Gerson Gonçalves “Lukeny”
não se transcendam ao ponto
de os surpreender.
Lazare Adingono, técnico
dos tricolores do Eixo Viário,
acredita na reviravolta e con-
sequente qualificação.
Vergados por 82-79, pelos
aviadores orientados por Car-
los Dinis, em desafio referente
à nona jornada da quarta e
última volta da fase regular,
os calulenses Olímpio Cipri-
ano, Milton Barros, Manda
João, Benvindo Quimbam-
ba, Hermenegildo Mbunga
estão avisados e recomen-
dados das cautelas a adop-
tarem diante de Bráulio Mo-
rais, Vasco Estêvão, Helmer
Félix, Zola Paulo “Lobão” e
colegas. Perspectivam-se
dois bons jogos de desfecho
imprevisível.
Anaximandro Magalhães
Marista). A prova é disputada
nas categorias escolar, cade-
tes, juniores e seniores.
Para a categoria escolar
foram seleccionados atletas
dos 33 aos 66 quilos, os cade-
tes disputam a prova dos 40
aos 73 kg. O Comité Organi-
zador definiu de 50 a 85 kg,
o peso para as categorias de
juniores e seniores.
A reunião técnica e o sor-
teio realiza-se quinta-feira,
às 15h00, na federação, com
presenças confirmadas dos
oficiais e responsáveis dos
clubes. Os exames médicos
e a pesagem dos atletas são
feitas das 8h00 às 9h00.
António Cristóvão
DESPORTO Terça-feira
1 de Maio de 2018
TAÇA DOS CLUBES
Militares preparam
recepção ao Étoile
du Sahel da Tunísia
A equipa do 1º de Agosto
começou a projectar ontem
o jogo com Étoile du Sahel,
da Tunísia, marcado para
sábado às 17h00 no Estádio
Nacional 11 de Novembro,
em Luanda, referente à pri-
meira jornada do Grupo D,
da Liga dos Clubes Campeões
Africanos de Futebol.
Na sessão de treinos rea-
lizada no Estádio António
França “Ndalu”, o técnico
Zoran Maki privilegiou os
exercícios com bola para a
recuperação dos atletas,
devido ao desgaste dos joga-
dores no Estádio 22 de Junho
no jogo com o Interclube,
com triunfo dos militares do
Rio Seco, por 1-0.
Na segunda parte da pre-
paração, o corpo técnico,
como é habitual, dividiu os
jogadores que estavam no
máximo da sua força em dois
grupos, para ensaiar detalhes
de jogos e melhorar a fina-
lização. A formação rubro e
negra volta a treinar amanhã
no recinto habitual, depois
de Zoran Maki conceder folga
aos pupilos na manhã de hoje.
Na segunda parte
da preparação o
corpo técnico,
como é habitual,
dividiu os jogadores
em dois grupos,
para ensaiar
detalhes de jogos
e melhorar
a finalização.
A formação rubro
e negra volta
a treinar amanhã
no recinto habitual
A equipa do Étoile du
Sahel é aguardada amanhã,
ou quinta-feira, ao princípio
da tarde no Aeroporto Inter-
nacional 4 de Fevereiro, com
uma delegação de 30 pessoas,
entre jogadores, oficiais e
um chefe da delegação.
Na sexta-feira às 17h00,
o conjunto tunisino efectua
o treino de reconhecimento
e adaptação à relva do Estádio
Nacional 11 de Novembro. A
Confederação Africana de
Futebol (CAF) nomeou um
quarteto de árbitros marro-
quinos, chefiado por Rédou-
ane Jiyed, tem como juízes
assistentes Hicham Ait Abbou
e Yahya Nouali.
O quarteto de arbitragem
tem chegada prevista para
quinta-feira, proveniente da
cidade de Casablanca, Mar-
rocos. A reunião técnica do
encontro acontece na sexta-
feira à noite, numa das uni-
dades hoteleiras da capital,
com a participação dos ár-
bitros e representantes das
esquipas.
Os militares do Rio Seco
competiram pela última vez,
na Liga dos Clubes Cam-
peões, em 1997. Os tunisinos,
por sua vez, levantaram o
troféu da Liga dos Campeões
Africanos em 2017, e falha-
ram em duas ocasiões (2004
e 2005).
ENCERRAMENTO DA 13ª JORNADA DO GIRABOLA
Petro de Luanda empata
pela sexta vez na prova
Desportivo da Huíla acentua a crise de resultados da equipa
orientada pelo técnico brasileiro Roberto Bianchi
Médio Carlinhos foi uma das unidades mais inconformadas nos tricolores do Catetão
António Cristóvão
O Desportivo da Huíla impôs
um empate sem golos ontem
à tarde ao Petro de Luanda
no estádio do Ferroviário,
na cidade do Lubango, em
jogo de conclusão da 13ª jor-
nada do Campeonato Nacio-
nal de Futebol da I Divisão,
Girabola.
Durante o tempo regula-
mentar, as equipas desper-
diçaram excelentes oportu-
nidades de golo, muito por
conta da desafinação da pon-
taria dos seus avançados.
A saída prematura do
avançado Tiago Azulão, por
lesão, tornou permeável o
ataque dos petrolíferos do
Catetão.
Com este resultado, os
tricolores do Eixo Viário con-
sentiram o sexto empate na
PROVINCIAL DE FUTSAL
Jogadores ambicionam conquistar os pontos em disputa
Exército e Marinha
acertam calendário
O Comité Desportivo do
Exército e a Marinha de Guer-
ra defrontam-se amanhã às
20h00, no campo do Gama,
no bairro Miramar, em jogo
de acerto do calendário e
para a conclusão da segunda
jornada do Campeonato Pro-
vincial de Futsal sénior de
Luanda.
Inicialmente agendado
para 31 de Março, no mesmo
prova, enquanto os militares
da Região Sul somaram a
quinta igualdade.
Noutro desafio da jornada,
o Bravos do Maquis e a Aca-
démica empataram a um
golo no Estádio Jones Kufuna
"Mundunduleno", na cidade
do Luena.
O avançado Lelas, abriu o
marcador pelos estudantes
no início do jogo, mas Gazeta
restabeleceu a igualdade quase
próximo do intervalo.
No desafio de destaque da
ronda, o Interclube perdeu
frente ao 1º de Agosto no do-
mingo, por 0-1, estádio 22 de
Junho, no Rocha Pinto, com
golo solitário de Jacques.
O conjunto da Polícia Na-
cional, que vinha de três jogos
consecutivos sem perder foi
incapaz de evitar a derrota no
seu reduto.
Na sequência da jornada,
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
recinto, a equipa do Exército
solicitou o adiamento devido
à participação num torneio
na cidade de Benguela.
A Marinha ocupa o segundo
lugar da classificação geral
com 12 pontos, o Exército está
na oitava posição da tabela,
com quatro pontos.
Relativamente ao desafio,
os marinheiros com mais
ou menos dificuldade são
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
1º de Maio e Kabuscorp do
Palanca empataram a uma
bola no estádio Edelfride
Palhares da Costa “Miau”.
O treinador do conjunto pro-
letário, Agostinho Tramagal
criticou o trabalho do árbitro
da partida.
O Progresso Sambizan-
ga e Sporting de Cabinda re-
partiram pontos no Estádio
Municipal dos Coqueiros, na
baixa de Luanda, ao “acor-
darem” uma igualdade sem
golos.
O Recreativo da Caála im-
potente no estádio Mártires
da Canhala, na cidade do
Huambo, empatou sem golos
diante do Domant.
Na abertura da ronda, o
Recreativo do Libolo deslo-
cou-se sábado ao Dundo,
onde conseguiu três precio-
sos pontos, ao derrotar por
2-1, o Sagrada Esperança.
favoritos quanto ao triunfo,
mas a formação do Exército
pretende contrariar os inten-
tos dos adversários.
A segunda jornada dispu-
tou-se no final de Março, for-
neceu os seguintes resultados:
RNA-Coprat FC, 0-4, Jadsil-
Josiane Carla Yonara (2-7),
Maculusso FC-Kambas FC (9-
5) e Clínica Sagrada Esperança-
Rede Nacional de Transporte
de Electricidade (3-2).
A equipa de Paz e Bem fol-
gou, devido ao número ímpar
de equipas, no Campeonato
Provincial.
A Clínica Sagrada Espe-
rança lidera a competição com
15 pontos, enquanto o Jadsil
ocupa a 11ª posição da tabela
classificativa, sem pontuar.
No fim-de-semana dis-
putou-se a sexta jornada do
campeonato que registou os
seguintes resultados: Macu-
lusso FC -Marinha 3-4, Jadsil
-Clínica Sagrada Esperança
(3-9), Kambas FC -Paz e Bem
(4-3) e JCY -Exército (1-9).
A Associação Provincial
de Futebol de Salão de Luanda
(APFSL) adiou o desafio entre
a Rede Nacional de Trans-
porte de Electricidade (RNT)
e Rádio Nacional de Angola
(RNA).
António Cristóvão
31
Classificação 2018
CLUBES PT
TOTAL
J V E D +G-
CASA
J PC V E D +G-
FORA
J PF V E D +G-
1º Interclube 23 12 07 02 02 18-07
2º 1º de Agosto 21 09 06 03 01 11-03
3º Kabuscorp 19 11 06 00 04 17-10
4º Lobito
06 12 04 00 01 09-02
05 11 03 02 00 05-01
05 12 04 00 01 13-03
17 12 04 04 03 07-07 06 11 03 02 00 06-03
06 11 03 02 02 09-05
04 10 02 01 01 05-02
06 08 02 00 03 04-07
06 05 01 02 03 01-04
5º D Huíla 17 12 04 04 03 07-06 06 09 02 03 01 05-03 06 07 02 01 02 02-02
6º R Libolo 17 12 03 06 03 06-11 06 1 2 03 03 00 05 01 06 03 00 03 03 01-10
7º Sagrada 15 12 04 03 04 12-11 06 14 04 02 02 12-04 06 01 00 01 04 03-04
8º Petro 15 10 03 05 01 10-03 05 09 02 03 00 5 00 05 05 01 02 01 05-03
9º B Maquis 15 12 04 02 05 10-12 06 10 03 01 02 07-07 06 04 01 01 03 02-04
10º Progresso 15 12 03 05 04 13-14 06 12 03 03 00 08-04 06 02 00 02 04 05-10
11º 1º de Maio 13 11 03 04 04 14-15 05 10 03 01 01 10-07 06 03 00 03 03 04-08
12º Caála 12 12 03 02 06 19-17 06 10 03 01 01 04-02 06 01 00 01 05 05-15
13º Sporting 12 10 03 02 04 06-09 05 09 03 00 01 05-03 05 02 00 02 03 01-06
14º Cubango 11 12 03 02 07 08-17 06 10 03 01 02 10-07 06 01 00 01 05 03-15
15º Domant 10 12 02 03 06 09-15 06 07 02 01 02 06-07 06 03 00 03 03 04-08
16º JGM 03 11 00 00 08 07-24 06 03 00 03 03 04-09 05 00 00 00 0603-15
V - VITÓRIA E - EMPATE D - DERROTA +G- GOLOS (MARCADOS-SOFRIDOS) J - JOGOS P - PONTOS
13ª Jornada 14ª Jornada
JOGOS Resultados JOGOS Data
1 Sagrada-R Libolo 1-2 1 Sporting-1º de Maio Sábado
2 R Caála-Domant 0-0 2 R Libolo-Cubango Sábado
3 1º de Maio-Kabuscorp 1-1 3 A Lobito-R Caála Domingo
4 Progresso-Sporting 0-0 4 Domant -D Huíla Domingo
5 Interclube-1º de Agosto 0-1 5 Petro-Interclube Domingo
6 D Huíla-Petro 0-0 6 Kabuscorp-Bravos 9 de Maio
7 Bravos-A Lobito 1-0 7 1º1-1de Agosto-Sagrada 27 de Maio
8 Bravos-A Lobito Segunda-feira
JOGO DERRADEIRO DA CHAMPIONS
Real e Bayern disputam
vaga para final da Liga
O primeiro finalista da Liga Zinedine Zidane, treinador
dos Clubes Campeões Euro- dos blancos afirmou que
peus de Futebol é conhecido sabem o quão importante é
hoje, depois das 19h45, aquilo que têm de fazer.
quando Real Madrid e Bayern "Não precisamos neces-
de Munique terminarem a sariamente de mudar o que
disputa da segunda mão da estamos a fazer. Neste jogo
meia-final, no Estádio San- precisamos de mostrar que
tiago Bernabéu. queremos e merecemos o
Actuais campeões euro- apuramento".
peus, os merengues estão Por sua vez, Jupp Heync-
em vantagem, graças aos kes, treinador do Bayern
dois golos fora de casa na assegurou que vai tentar rec-
primeira mão. No entanto, tificar os erros cometidos. "
espera-se um jogo renhido, Aparte isso, vamos tentar
com os bávaros a precisarem atacar, pois faz parte da natu-
de marcar pelo menos dois reza do Bayern. Queremos
golos. sempre marcar. Precisamos
Provavelmente, o Real de ser mais eficazes do que
Madrid vai ceder a iniciativa na primeira mão e aproveitar
e tentar explorar o contra- as oportunidades que tiver-
ataque, a forma de jogar que mos, tal como o Real Madrid
mais lhe agrada. Se os meren- fez. Eles sabem que é o jogo
gues derem seguimento ao do ano e que precisam de
triunfo da primeira mão e realizar uma grande exibição
afastarem o Bayern escre- se nos quiserem eliminar.
verão uma vez mais o seu Os pequenos detalhes serão
nome na história da UEFA fundamentais”.
Champions League. O Real pode sair com o
A final de Kiev será a sua seguinte onze: Navas (guar-
terceira consecutiva na com- da-redes), Nacho, Ramos,
petição tornando o Real no Varane e Marcelo (defesas),
primeiro clube a conseguir Modrić, Kroos, Casemiro e
por mais de uma ocasião a Asensio (médios), Benzema
presença em três finais con-
secutivas. Desde que o Real
Madrid disputou (e ganhou)
e Ronaldo (avançados). Em
dúvida estão Isco com lesão
no ombro e Nacho tocado
as cinco primeiras finais da
Taça dos Campeões Euro-
peus, entre 1956 e 1960, ape-
na coxa, enquanto Carvajal
fica de fora.
No Bayern devem alinhar:
nas cinco outros clubes Ulrich (guarda-redes), Kim-
conseguiram disputar três mich, Hummels, Süle e
finais seguidas, Benfica, Ajax, Alaba (desfesas), Martínez,
Bayern e, já na era da UEFA Thiago, James e Müller (mé-
Champions League, AC Milan dios), Ribéry e Lewandowski
e Juventus. (avançados). De fora estão
Curiosamente, em todos Neuer (fractura do meta-
estes casos, sempre que um tarso), Boateng (estiramen-
clube conseguiu estar em to na coxa), Vidal (joelho),
três finais seguidas, outro Robben (adutor) e Coman
igualou o feito nos três anos (tornozelo). Alaba é outra
imediatamente a seguir. das dúvidas.

TER01MAI
ISSN 0446-9518
9 770446 951006
ALTO
Instituto Politécnico
Investigação científica
A anunciada entrada em
funcionamento de um cen-
tro de investigação cientí-
fica, para estudantes com
necessidades educativas
especiais, em Malanje, de-
ve ser aplaudida. O Insti-
tuto Superior Politécnico
Cardeal Alexandre do Nas-
cimento, a quem pertence
a iniciativa, pretende, com
isso, proporcionar o de-
senvimento científico.
Selecções de ginástica
Angola conquista medalhas
As selecções de ginástica
seniores e juniores em mas-
culinos e femininos coloca-
ram o nome de Angola no
mais alto patamar, ao con-
quistarem sessenta meda-
lhas das 108 em disputa na
14.ª edição do Campeonato
Africano de Ginástica dispu-
tado no Cairo, Egipto, nas
disciplinas de ginástica rít-
mica, tumbling e duplo-mini.
BAIXO
Cadeia do Cuito
Risco de desabamento
Se nada for feito para tra-
var a degradação da uni-
dade prisional do Cuito,
na província do Bié, o edi-
fício terá o mesmo destino
que a centenária Igreja de
São Tiago Maior, em Lân-
dana, Cabinda: o desaba-
mento. As consequências
serão graves à vida dos re-
clusos, já que a peniten-
ciária está superlotada.
LÍNGUA PORTUGUESA
Uruguai quer ser membro da CPLP
O Uruguai admitiu apre-
sentar a candidatura a mem-
bro da Comunidade dos Paí-
ses de Língua Portuguesa
(CPLP). O ministro dos Ne-
gócios Estrangeiros, Rodolfo
Nin Novoa disse que apesar
de não falar português, existe
COMÉRCIO
Cem mil pessoas exercem
actividade informal na capital
Ana Paulo
Dados provisórios dão
conta que a província de
Luanda tem cerca de 100 mil
pessoas a exercerem o co-
mércio informal. O Ministério
do Comércio acredita que
esse número seja muito infe-
rior, tendo em conta a den-
sidade populacional da capi-
tal angolana.
Os participantes ao en-
contro de reflexão sobre a
Uniformização dos Proce-
dimentos do Licenciamento
Comercial e Industrial, pro-
movido ontem pelo Governo
Provincial de Luanda, reco-
mendaram que seja acelerada
a reformulação da “Lei das
Actividades Comerciais” -
Decreto Presidencial nº
193/17, de 23 de Agosto, para
a redução da prática do infor-
malismo mercantil no mer-
cado angolano.
Em linhas gerais, o encon-
tro de ontem debruçou-se
sobre a uniformização dos
procedimentos do licencia-
mento comercial e industrial,
a formalização da pequena
actividade comercial e de
serviços, a disponibilidade
e oferta de matéria-prima
para laboração das panifi-
cadoras e o alargamento da
base tributária na província
de Luanda.
O director provincial do
Comércio, José Moreno, ga-
rantiu que o licenciamento
da actividade comercial está
a ser cumprido conforme
previsto na lei, ainda que, do
ponto de vista de organização,
“não esteja bem”.
Referiu que ainda há muita
desorganização e atropelos
à lei, fundamentalmente no
que diz respeito aos mer-
cados informais, que proli-
feram por toda a cidade em
terraços, passeios e passa-
deiras aéreas”. As adminis-
trações municipais devem
uma grande afinidade com
a língua.
Questionado à saída de
um encontro com os embai-
xadores permanentes dos
países lusófonos junto da
Comunidade de Países de
Língua Portuguesa sobre a
Encontro sobre Licenciamento Comercial e Industrial
construir as respectivas es-
truturas, para se regular a
venda ambulante e permitir
que a mesma não seja feita
em locais impróprios. Além
disso, as administrações
municipais devem ainda
estabelecer um programa
de formação contínua aos
fiscais e inspectores, para
se desencadear uma acção
de sensibilização aos comer-
ciantes, assim como devem
ser estabelecidos prazos aos
vendedores.
Por se constatar que exis-
tem comerciantes que ex-
põem produtos fora das ins-
talações, foi recomendado
que, dentro das instalações,
os estabelecimentos comer-
ciais montem espaços apro-
priados para exposição. As
administrações municipais
e distritais foram orientadas
a controlar os comerciantes
que insistem em vender os
produtos no passeio.
No âmbito da descentra-
possibilidade de o estatuto
do Uruguai evoluir de país ob-
servador para Estado mem-
bro, Rodolfo Nin Novoa admi-
tiu “não saber bem qual é o
funcionamento nem os requi-
sitos”, mas reconheceu ser
uma “possibilidade”.
M. MACHANGONGO | EDIÇOES NOVEMBRO
lização das actividades dos
órgãos do Poder Local do Es-
tado, o Ministério do Comér-
cio deve transferir para os mu-
nicípios quadros da Inspec-
ção Nacional.
“O mercado deve ser feito
com regra e as pessoas que
exercem tal actividade devem
estar devidamente licenciadas
para que possam contribuir
não só para os benefícios que
o negócio traz, mas também
para se honrar com as obri-
gações fiscais inerentes”, refe-
riu José Moreno.
Ao intervir no encontro,
o governador de Luanda,
Adriano Mendes de Carvalho,
disse que uma das tarefas que
tem sido desenvolvida com
urgência é a formalização do
exercício da actividade eco-
nómica e comercial informal.
O governador apelou às
administrações para se empe-
nharem no cadastramento e
na sensibilização dos ven-
dedores na rua.
“Quando se entra numa
organização como país
observador, temos sempre
o objectivo de ser membro
permanente, não falamos
português, mas estamos
muito vinculados à língua
portuguesa”, disse o chefe
da diplomacia do Uruguai,
no final do encontro da
CPLP, no âmbito da visita
oficial que realiza a Repú-
blica Portuguesa.
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TRIBUNA
Carlos Gomes *
Números
que nos apoquentam
e nos acalentam
O Executivo liderado pelo Presidente João Lourenço aprovou
na última sessão do Conselho de Ministros, do dia 27 de
Abril, o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), para o
quadriénio 2018/2022, servindo de bússola orientadora
com vista à correcção da tendência negativa dos números
que ditaram a paupérrima posição 150 do nosso país no
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), do PNUD – Pro-
grama das Nações Unidas para o Desenvolvimento, com
uma pontuação abaixo de 0,55, num total de 188 países,
sendo considerado país com desenvolvimento médio,
acima da linha d'água, em que 0,33 se considera país de
baixo desenvolvimento, liderando a tabela a Noruega,
Suíça, Alemanha... com pontuações acima de 0,95.
O IDH desenvolvido em 1990, pelos economistas pa-
quistaneses Mahbubul Haq e Amartya Sen, utilizado pos-
teriormente em 1993 pelo PNUD para aferir o nível de de-
senvolvimento dos países, elenca na sua escala de classi-
ficação entre outros indicadores: a esperança de vida à
nascença, o nível de alfabetização e a renda per capita
(rendimento médio por pessoa), números que à luz da
nossa realidade actual nos apoquentam, sendo esse um
dos desafios do PND aprovado pelo Executivo, que prevê
o crescimento da nossa economia em 5,5% até 2022, indi-
cador que nos acalenta, desde que sejam criadas todas as
condições objectivas, sendo que as subjectivas pontificadas
pela tendência positiva do preço do barril do petróleo
cotado acima de 74 dólares por barril, mais 24 dólares
sobre o valor médio de 50 dólares tomado como referência
na elaboração do OGE para o exercício económico de
2018/2019, cuja execução diferenciada prometida vai já
denotando algumas dificuldades, com os atrasos (cíclicos)
na liquidação das obrigações do Estado para com os seus
entes, decorridos quatro (...??!!) meses do exercício eco-
nómico corrente, adensando as “nuvens” e gráfico de difi-
culdades de liquidez das MPME - Micro, Pequenas e Médias
Empresas – impulsionadoras por excelência do desenvol-
vimento sustentável das economias.
Os planos, programas e projectos valem o que valem,
a sua elaboração minuciosa e quantas vezes dispendiosa
não é garantia por si só de sucesso, sendo necessário a
vontade política (que vem sendo claramente demonstrada
pelo Executivo) na incorporação objectiva das preocupa-
ções essenciais dos seus destinatários, recomendando-
se o envolvimento dos mesmos em todas as fases, face
às experiências fracassadas de anteriores planos, progra-
mas e projectos.
Porque os números do quadro macroeconómico nos
apoquentam, principalmente no sector social, pela sua
relação directa com a vida das pessoas, ante a recente re-
velação (desproporcional) do Ministério da Saúde, de um
médico para cada 4 mil pessoas, e notificação assustadora
de mais de 3 milhões de casos de malária e outras doenças
associadas ao saneamento básico do meio ambiente, com
o registo assombroso de 2 mil óbitos só no primeiro tri-
mestre do corrente ano, não sendo também menos preo-
cupante o anúncio feito pela titular da Educação,dando-
nos conta da existência de mais de dois milhões de crianças
fora do sistema de ensino!!!... justificam a nossa posição
150 na classificação do IDH, situação que urge reverter, a
julgar pelo anúncio (oportuno) feito pelo ministro da Eco-
nomia e Planeamento, da elevação do peso orçamental
de 12 para 20% na Saúde e de 8 para 15% na Educação,
números que nos acalentam desde que concretizados.
Entretanto, sem demérito pela estratégia a que me associo,
gostaria deixar uma sugestão: Se nos focarmos na pre-
venção, garantindo água potável e melhoria do saneamento
básico, poderemos reduzir significativamente a pressão
sobre os hospitais e cemitérios por se situarem no final
da cadeia, arcando com consequências preveníveis até
mesmo evitáveis.
* Economista