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DE UMA EUROPA
FUNDAQÁO
dos Sontos
Corlos Morques Brasil é um fato
de
de do imPério Por'
ural' com a funda'
instituiEóes' discutir a
rtunidade de
Em várias opor
, antecede á eievaEáo
I P"1" ui^
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Conselho
rfl¿,is o
flolJas c
estralo
11
da civilizagáo' Estamos evidentemente
pa
que comporta tanto a importaEáo de
t tiva de inserír esta parte do mundo n
góes. Tiata-se da tentativa de construir
o
ropa possível".
dessa Europa poss
Desejamos, portanto, assinalar a fundagáo
a atengáo pu.u duá, dimensóes básicas
do projeto no que se refere
a intenEáo administrativa de inteferir
no espago urbano' o q
meira,
Polícia' tendo á frente
."¿t¿u. eáilícias encehdas pela Intendéncia Geral de
"",
Paulo Femandes Viana; a segunda dimensáo trata a cidade como cenário
poder'
do
o pode! mas procura
como lugar da festa, que náo apenas afirma e institucionaliza
efémera, construída para
inseri¡ a cidade no imaginário do Ocidente. A arquiretura
fala através
.rr", o."rió"r, s,rrge dotada de ttma retórica que' para alérn dos dísticos'
passado da civilizagáo
1", ut.goriu, e das opgóes formais - sempre recorrentes ao
ocidental.
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truQáo de sob¡ados que substrtuíssem as casas térreas. Em 1813, o comerciante
in-
glés fohn Luccok, que viveu nessa Corte tropical de 1808 a 1816' já registrava
alguns resultados das primeiras transformagóes:
t3
de Polícia na nova Corte' com todos
sei[ Público. A cdaEáo rla Intendéncia Geral
Municipal do fuo de Janeiro' o Senado da
eses poderes, limitava a aEáo da Cámara
o seu podet e responsabilidades'
Cámara, que teve efetivamente diminuídos
presenga da corte no Ri1 de
Outro aspecto a ser considerado a partir da
apenas admi-
Janeiro foi a criagáo de
um conjunto significativo de instituigóes náo
de caráter ciendfico e cultural' As-
nisüativas, mílitares e judiciárias, *u' i^rnbé*
Como anexos ao
,r-J ou. *.r. o Horto Real, a Biblioteca Real e a Imprensa Régia a'
Hospiial Real Militar sáo criados o Labor
e
Cirúrgica e Médica. Para desenvolver o
m
nr,urái, de engenharia militar é criada
" á Sé no Largo Sáo Francisco de Paula'
18 12, pu., o.rnigo que havia sido destinado
nos rno-
No d" 1813 foi inaugurado o ¡eal Teatro Sáo Joáo, palco importante
".,o do Brasil' Contudo' outra
mentos de construgáo simbólica do Reino e do Império
da Corte nos trópicos - a
instituigáo marcante terá sua génese na agáo civilizado¡a
Missáo Artística francesa'
Academia de Belas Artes - projeuda a partir de uma
da
cont¡atada em 18i6, logo a elevaEáo do Brasil a reino e antes da chegada
"pá, Seus mestres participaráo
arquiduquesa Leopoldina e da aclamagáo de Dom Joáo'
ou construindo a sua
dar."l.b."gó"s oficiaís, projetando e decorando os cenários
memória através da representagáo pictórica'
I
pago real' esteve
O antigo palácio dos vice-reis, investido das funEóes de I
de Dom Joáo Vl' as'
incorporado ao magnífico cenário montado para a aclamaEáo
gala do tempo em que a corte portuguesa
sim .o-o foi o centro das cerimÓnias de
permaneceu no Rio de Janeiro Ali se r fes
a
¡eal: nascimentos, batizados, como o de
da
Era a primeira vez que Dom Joáo se apresentava para os seus súditos da
América com todo o esplendor da realeza. Vinha com o manto real de veludo ca¡-
mesim, recamado de ouro e portando as insígnias de todas as suas ordens' E¡a acom-
panhado pelo Príncipe herdeiro, Dom Ped¡o e pelo infante Dom Miguel, como
condestável. Todas as representaEóes oficiais estavam presentes naquele ato de acla-
magáo seguido do juramento do Rei, dos príncipes e dos grandes do Reino. A acla-
maEáo foi seguida de Jé Deum na Capela Real, numa longa cerimónia religiosa. O
mesmo padre, que a tudo registrou em detalhes, comentou; "Tudo respirava rwquele
Iugar magnificdncía, e beleTa nunca vista no Rio de Juleiro" . As construgóes efémeras
"mconúavatn a uista dos espectadores e, aa mesmo tempo que excíta'¿un a grdt^sinra
üia da aclamagoo do prímeiro rcí do Nouo Mundo, eram monumentos do amol e fide'
hlade das brasileiros, cotuagrados d glória do melhor dos soberanos" O Padre Perereca
ainda descreveria, em detalhe, os demais monumentos erguidos na PraEa.
l5
para os
uciliz'rdr¡s e tomadas corno üc'vas referéncras
iiha de Paquetá, iam seLrdo. como anotana o
i"¡,,*,*'a *::"1i.1 .ji"j*1"HI1:11"J:::::5;:Tl'"
de Lrma Da¡ r.,Lv'
escritor Afonso Henriques
que tern :ndo o BtdtLL' "r;,":*"
Dos Cl'cfes de Estado )o
sem dú
ptofrndamente' o Río de Janeíro' foi
;;;ñ;;i,!i";
rcmpofdneos' 1rü l X,i:^Zi# lT,f,*r^a a es,as,ff IT;
Iembtanqa do seu nome'r
Real das Ciéncias
de maio de 1818' um grupo de sócios da Acaciemia
Em 12 presta uma homenagem
de Lisboa que se encontra
congratulatória pela "exalt ,:;r.t"*:1:'"3:;:Í:'
t:
ti", p..*tt- Perante Dom 1o dos atos-co'
que procura expressar a imponáncia
cisco de Borja Castáo stocrler' o Novo Mundo'
mandados pelo novo
* t'"""'f""t a sede da Monarquia para
^"' qu:m leTtbrou tt1lt;'-
o pnmeito s'obe'rü1e
Se rño f oí VossaMajesnde o assenn da
'd
para a AmétícaMendional
e "t'n^ wn
reis D Jodo IY e D José'
fe"í' 'i"'":tÁni^
mún(lrquld p"nlü'"' o'
'" "'.'ho'"' e o olttro p"b
acotseLhada peb'Palre AnrbnioVieira' """1"b::!*?)1"
esto granae
¿4 aruha, ambo, a ponto de porem em execuqáo
"sti,e,un Mq"'tade o rinim- que t"n'" a-'"tolugdo
medila, foi vo"o *
poLítíca européw
'onliÁ' tu¡s cábuLos da
abragá'lt' q*";d;'''io'o
intro'fuzut'
que prec'eden'
"
un''- Á'o de cuja combmaqdo com
"1" "n''o'
" ^'n'o'o riLhmes de fen'mmos adrnírá'
'"*"n'" "*¡t'Á"-i'"l "t"ttt' 'hÁa
ter ao mui eficaz e benéfica
infLuén'
veís, que por miítl-"-^*¡'' '¿,:utos
cin na sorte dn mundo intcno'
no
um projeto anterior' a instalaEáo da Corte
Mesmo sendo o resultado de do Estado auronomo no
rnstaura um novo tempo e prepara a c'aEáo
Rio de Janeiro lmpério a ser criado e para-a
Brasil. Ao fazé-lo aponta n"'" cl c"tu'"t ""td:"d: i: criadas pelo
dt ilrrpit-t"tJt u* pto¡"'o civilizatório' Nas instituiEóes
necessidade os indica-
da Missáo A;ís;ca Francesa é que vamos encontrar
Rei e nas intengóes
parte das tentarivas de orgamzar
construEáo peculiar. construEáo que
dores dessa no mundo da proprie-
uma Europa pos'í""I' '""';:';"*"i "i"'u!' 1t'::::"''
de Império' Essas dimensóes
precisam ser
p"'J o ptoi"tá
dade e do comérc1o' passe a ocupar a
pela historlografia' faze.do com que o.campo simbólico
reavaliadas desta sessáo' onde se procu-
atengáo dos pesqti"dt'J';;;;-'^le"'fit"do''*lliado
ra examinar o novo ce ário
do Poder'
ló
los
HUClrEc' Zaed
'
19E l dhistórin dn Reino
da
' (Padre,Pt :rereca) ' Memórias para serttir
dos
tos. Luís Gonqalves
il.i.]"*t,o: V''rl' Z' P 466 do Brasii Belo Horizonte
¡ :
'ue
1956. P 15Ó
t7