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É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher configurada
na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição
de família. BRASIL. (Código Civil. Lei nº 10.406, de 10/01/2002, art. 1.723.)
Pelo que dou ao art. 1.723 do Código Civil interpretação conforme a Constituição, para dele
excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e
duradoura entre pessoas do mesmo sexo como “entidade familiar”, entendida esta como
sinônimo perfeito de “família”. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas
regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. ( BRASIL. Supremo Tribunal
Federal. ADI nº 4.277, Revista Trimestral de Jurisprudência, v. 219, jan./mar. 2012, p. 240.)
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No tocante ao caso exposto discorra sobre o mens legis no tocante a condição de família para a
interpretação de ações que versem sobre requerimentos de casais homoafetivos e, de qual método
hermenêutico interpretativo poderá ser adotado.
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4. Para que serve? A Hermenêutica tem por objetivo o estudo e a sistematização dos processos
aplicáveis para determinar o sentido e o alcance das expressões do direito. De acordo com David
Berlo, no mundo jurídico, o trabalho da Hermenêutica está relacionado ao entendimento do processo
de comunicação entre as expressões do Direito e o destinatário de tais expressões. E por essa razão,
David Berlo criou um esquema, composto de seis elementos, para demonstrar como se desenvolve o
processo de comunicação por meio da Lei, quais os seis elementos do processo de comunicação
aplicados na hermenêutica jurídica?
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6. O Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias (...)
Em 12.02.2016, a 26ª Vara Federal fluminense que permitiu o Hospital Federal do Andaraí,
no Rio de Janeiro, fazer transfusão de sangue em paciente testemunha de Jeová, que
recusou o recurso por motivos religiosos. A decisão excluiu a possibilidade de
responsabilização dos médicos por procederem o tratamento. O pedido para autorizar a
transfusão foi feito pela Advocacia-Geral da União, em nome do hospital, para assegurar o
tratamento a uma paciente que corria de risco de morte. Os advogados da União alegaram
que o procedimento era imprescindível, pois não havia outra alternativa terapêutica
possível para o caso.
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8. A casa é o ponto de refúgio do ser humano, é nela que ele se ancora para revigorar as forças através
do refrigério do lar. É, bem assim, por isso, um santuário que recebe proteção legal quanto à sua
inviolabilidade.
Frase celebre que encerra o pensamento de tutela ao domicílio foi a do Lord Chatham ao afirmar que:
“O homem mais pobre desafia em sua casa todas as forças da Coroa, sua cabana pode ser muito frágil,
seu teto pode tremer, o vento pode soprar entre as portas mal ajustadas, a tormenta pode nela penetrar,
mas o Rei da Inglaterra não pode nela entrar. (MORAES, 1991, p. 896)”.
A proteção ao domicílio nasceu no Direito Inglês e sempre esteve presente nas constituições do Brasil.
A Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824 protegeu a casa do cidadão da
seguinte forma:
“CAPITULO III - Das Disposições Geraes, e Garantias dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos
Brazileiros.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base a
liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela
maneira seguinte.
VII. Todo o Cidadão tem em sua casa um asylo inviolavel. De noite não se poderá entrar nella, senão
por seu consentimento, ou para o defender de incendio, ou inundação; e de dia só será franqueada a sua
entrada nos casos, e pela maneira, que a Lei determinar.”
Esse direito continua a ser tutelado com a promulgação da Constituição Federal
de 1988 quando em seu artigo afirma:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
por determinação judicial”. (BRASIL, 1988)
Boa Sorte!
Iolamárcia Quinto
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