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A mesma devoção amorosa de um sujeito por um objeto pode ser encontrada ao longo dos
tempos em várias obras e, ainda hoje, em composições de músicas modernas que expõem esse
conceito de amor e da relação amorosa. Exemplo disso é o poema lírico de Camões “Amor é
fogo que arde sem se ver”, o qual foi composto em pleno Renascimento, e ainda podemos
também notar o mesmo tema amoroso retratado em algumas referências literárias de músicas
modernas como por exemplo na interpretação feita por Ivan Santos e Lenine “Amor é para
quem ama”, e “Elegia” interpretada por Caetano Veloso, que derivam dos versos de “Elegy:
going to bed,”.
Por outras palavras, podemos concluir que a literatura ao longo dos tempos, relativamente ao
tema, mas não à forma, não sofreu muitas mudanças, pois, o amor, sendo algo universal e
inerente ao homem, surge um pouco em todos os campos artísticos, na música, no teatro e
mesmo na poesia. Apesar disso, o conceito de amor e a relação sujeito/objeto foi-se alterando,
como podemos notar, nos dias de hoje, quando constatamos que as pessoas se importam
menos com o valor da relação e dão muito mais importância a si mesmos enquanto indivíduos,
do que ao ser comum que nasce quando se cria uma relação amorosa.