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LINHA DE SEBENTAS
Direito Constitucional
Índice
Capítulo I - O Direito Constitucional ............................................................................................................. 5
O conceito de Direito Constitucional............................................................................................................ 5
As divisões do Direito Constitucional ........................................................................................................... 5
As características do Direito Constitucional ................................................................................................. 7
As relações do Direito Constitucional com os ramos do Direito .................................................................. 8
A Ciência do Direito Constitucional ............................................................................................................ 11
As Ciências Afins e Auxiliares da Ciência do Direito Constitucional ........................................................... 12
Os elementos de estudo ............................................................................................................................. 13
Conceito e origem do poder político .......................................................................................................... 14
O poder político e os outros poderes ......................................................................................................... 17
O poder político e as diversas entidades jurídico-políticas ........................................................................ 18
O sentido de Estado em geral .................................................................................................................... 21
Fins do Estado: ........................................................................................................................................... 22
As aceções do conceito de Estado:............................................................................................................. 23
O elemento humano – o povo .................................................................................................................... 23
O elemento funcional – a soberania ........................................................................................................... 25
O elemento espacial – o território.............................................................................................................. 27
Três modalidades do território estadual: ................................................................................................... 29
As vicissitudes do Estado ............................................................................................................................ 30
A Periodificação da evolução histórica do Estado ...................................................................................... 31
O Estado Oriental ....................................................................................................................................... 31
O Estado Grego ........................................................................................................................................... 32
O Estado Romano ....................................................................................................................................... 32
O Estado Medieval ...................................................................................................................................... 35
O Estado Moderno...................................................................................................................................... 35
O Estado Contemporâneo .......................................................................................................................... 37
A ideia mais impressiva do Estado Contemporâneo é a sua conceção de Estado de Direito. ................... 37
O Estado Liberal do século XIX.................................................................................................................... 39
O Estado Totalitário Socialista .................................................................................................................... 40
República Popular da China (1949) ............................................................................................................ 42
4 Constituições: 1954, 1975, 1978 e 1982 .................................................................................................. 42
Cuba, com um sistema político moldado à imagem da personalidade de Fidel Castro, herói da Revolução
Socialista Cubana (1959) ............................................................................................................................ 43
O Estado Totalitário Fascista ...................................................................................................................... 43
O Estado Social do século XX ...................................................................................................................... 44
O Estado Pós-Social e da Pós-Modernidade do século XXI? ....................................................................... 45
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Direito Constitucional
•criação moderna
Juventude •debilidade dogmática nas soluções a encontrar
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Não se pode estranhar então que as relações do DC com os outros ramos do Direito
sejam muito mais intensas e extensas do que acontece com qualquer outro sector
jurídico, o que permite o desenvolvimento, com implicações dogmáticas importantes,
de ramos jurídicos mistos. Estes ramos derivam sobretudo das intensas relações entre
o DC e os diversos ramos do Direito Público, pois o DC desenvolve o estatuto do poder
político, ainda que em relação com os cidadãos, o que originará vários pontos de
sobreposição regulativa:
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Dentro dos estudos jurídicos esta vem a ser uma das mais dinâmicas áreas de
trabalho, cujo incremento muito contribuiu a Revolução de 25 de Abril de 1974,
consubstanciada na Constituição da República Portuguesa, de 2 de Abril de 1976.
Ciência Política
• estudar os comportamentos das instituições e dos respectivos titulares
• sistema de partidos, sistema eleitoral, sistema de governo e do regime político
Teoria Geral do Estado
• estuda os elementos e as características do Estado enquanto realidade conceptual
Sociologia Política
• estudo das relações entre o poder e a sociedade
•até que ponto existem comportamentos dominantes, maxime no plano da
representação dos interesses dos cidadãos e no respectivo comportamento eleitoral
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Direito Constitucional
Ciência da Linguagem
•alto nível proclamatório dos textos constitucionais, levando ao frequente
aparecimento de metalinguagens
•relevo ordenador que se lhe possa atribuir
Estatística e Matemática
•são evidentes os contributos destas ciências no campo dos sistemas eleitorais ou da
definição das maiorias deliberativas, sem cujos conceitos não é possivel compreensão
de algumas normas constitucionais
História
•explicação do percurso dos povos, os acontecimentos económicos, sociais e
religiosos, podem também justificar os acontecimentos constitucionais
Sociologia
•estudo dos comportamentos colectivos
•fornece elementos auxiliares preciosos quanto à adequação social de certas
instituições jurídico-constitucionais
Economia
•associada a uma ideia de eficiência de recursos escassos para a satisfação das
necessidades coletivas, dando bases para as opções económicas que as
Constituições têm aquando da passagem do Estado Liberal para o Estado Social
Antropologia
•perceber o comportamento humano nas civilizações tradicionais
•comparística dos diferentes estágios da sua evolução
•revela que poderá ter interesse a manutenção de instituições mais antigas, mas
porventura mais eficientes e representativas
Geografia e Astrofísica
•úteis para a delimitação de conceitos jurídico-constitucionais
Os elementos de estudo
É diversa a natureza dos elementos de estudo com que se deve partir para um
aprofundado conhecimento deste ramo do Direito dos quais são de destacar quatro
tipos:
a) Elementos doutrinais
b) Elementos legislativos
c) Elementos jurisprudenciais e decisões dos tribunais
d) Elementos documentais
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As pessoas e os grupos, nas suas relações intersubjetivas, são igualmente movidas por
poderes, de natureza fáctica, mas que por contraste não são dotados da característica
que avulta no poder político, que assim se encontra ausente: a da coercibilidade.
Três modalidades dos poderes de persuasão, que não configuram projeções do poder
político:
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c) Poder da comunicação social: “4º poder” a seguir aos 3 clássicos desenhados por
Montesquieu (executivo, legislativo e judicial); A força do poder da comunicação
social afere-se pelo seu contributo na formação da opinião pública ao redirecionar
a atuação dos órgãos do poder político
Poder económico
• capacidade de influência que é atribuída aos agentes económicos na
produção de bens e serviços que é tanto maior quanto mais
concentrados estiverem os meios de produção
• ex.: o poder das multinacionais
Outros poderes:
Poder militar
• instituição social, que forma um escola de pessoas que é capaz de
orientar as opiniões
• ex.: General Perón
Poder cultural
• atividade inerente à realização cultural
• ruturas sociais e de mentalidades tiveram na sua origem a persuasão
da Cultura (ex.: festival USA Woodstock)
Poder desportivo
• capacidade aractiva do fenómeno desportivo em geral, e do futebol
em particular, em torno dos respetivos praticantes e também dos seus
dirigentes
Poder científico
• Ciência da Técnica, ao condicionar inúmeras decisões aos mais
diversos níveis, como o político, o económico e o social
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Entidades para-
estaduais
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Características do Estado:
Fins do Estado:
• a segurança externa contra as entidades agressoras, no
plano territorial, no plano das pessoas e no plano do poder
Segurança • a segurança interna na manutenção da ordem pública, da
segurança de pessoas e bens, e na prevenção e repressão de
danos de bens sociais, para além da própria aplicação geral
do Direito
• a justiça comutativa quando se impõe estabelecer relações
de igualdade, abolindo as situações de privilégio , com
Justiça uniformes critérios de decisão
• a justiça distributiva no sentido de dar a cada um o que lhe
pertence pelo mérito ou pela sua situação real
•o bem-estar económico pela provisão de bens que o
mercado não pode fornecer ou não pode fornecer
satisfatoriamente
Bem-estar
•o bem-estar social pela prestação de serviços sociais e
culturais a cargo do Estado, normalmente desinseridos do
mercado
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Estados semi-soberanos:
Estados membros
Estados Estados
de organizações
neutralizados federados
supranacionais
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Direito Constitucional
Estados membros
Estados Federados
de uniões reais
pertencentes a
federações mais
amplas mantêm a sua soberania interna
O elemento espacial do Estado consiste no domínio geográfico em que o poder do Estado faz
sentido, o que se denomina por território estadual, também pode tomar o nome de senhorio
territorial ou de domínio eminente
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Funções do território:
a. Sede dos órgãos estaduais: é no território que se situa a capital do Estado, que
se pode transferir para qualquer lugar em vista da melhor garantia do objetivo
de segurança externa
b. Lugar de aplicação das políticas públicas do Estado, bem como da residência da
maioria dos seus cidadãos: definição das políticas públicas; leva em
consideração a extensão do território, propiciando mais elevados níveis de bem-
estar
c. Delimitação do âmbito de aplicação da ordem jurídica estadual: é o território
que traça as fronteiras da aplicação do poder estadual expresso na Ordem
Jurídica
d. Espaço vital de independência nacional: favorece a permanência e a
independência do Estado relativamente aos respetivos inimigos, para além de
ser um espaço de construção da sua singularidade identitária
Conceitos afins:
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Direito Constitucional
Espaço
Espaço terrestre espaço aéreo
marítimo
O espaço terrestre corresponde à massa de terra seca, continental ou insular, onde o estado, os
seus órgãos e os respetivos cidadãos desenvolvem a sua atividade
Terra seca
• porção de terra que se encontra acima do nível médio das águas
Cursos fluviais
• porções de água doce, assistidas de corrente circulatória, que percorrem os
meandros da terra seca
Lagos e lagoas
• porções de água doce, sem corrente circulatória, que se encerram em
espaços delimitados por terra seca
O espaço marítimo abrange a porção de água salgada que circunda o território terrestre, solo
e subsolo marítimos
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Zona económica exclusiva: espaço marítimo delimitado entre as 12 e as 200 milhas, a seguir
ao mar territorial, nela o estado exercendo direitos preferenciais de aproveitamento dos
recursos biológicos vivos aí existentes, para além de poderes de jurisdição e de fiscalização
As vicissitudes do Estado
a) Vicissitudes políticas: mutações no sistema político dos Estados; ganham apenas
uma projeção sobre os sistemas constitucionais dos Estados, operando-se
modificações; podem diminuir ou aumentar a sua capacidade jurídico-internacional
b) Vicissitudes territoriais: alterações no elemento territorial
i. Vicissitudes aquisitivas
ii. Vicissitudes modificativas
iii. Vicissitudes extintivas
nascimento a partir de um
• fundamento no movimento da descolonização
processo de descolonização
internacional
política
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Desaparecimento
• o caso da lendária Atlântida, que se "afundou" no Oceano
físico do seu
Atlântico
território
O Estado Oriental
O Estado Oriental remonta aos princípios da História, quando se assinalou a
presença da escrita, perto de 3000 a.C. Acolhe esquemas de governação
experimentados na antiga Mesopotâmia, no antigo Egipto ou no antigo Israel, alguns
séculos antes do início da era cristã.
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Características:
O Estado Grego
O Estado Grego foi assinalado pela existência de algumas experiências de
organização política naquele território, no período anterior à hegemonia romana com
especial foque para as Cidades-Estado de Atenas e Esparta.
Particularidades:
O Estado Romano
O Estado Romano abrangeu mais de um milénio, desde a fundação da cidade de Roma
até ao fim do Império Romano do Ocidente, com a chegada dos povos bárbaros.
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Características:
i. Fase monárquica: um rex, que era eleito, embora mandasse a título vitalício
ii. Fase republicana
iii. Fase dominial: progressiva concentração de poder no princeps
O Rei, era proposto por um interrex, que assumia funções na vacatura do cargo,
e desempenhava a totalidade do poder executivo – civil, militar, judiciário e religioso.
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O Estado Medieval
O Estado Medieval abrangeu toda a Idade Média, a qual se apresentou na
expansão do Cristianismo, na receção das ideias e tradições dos povos bárbaros que
tinham invadido a Europa e, assim, destruído o Império Romano do Ocidente,
simbolizada na tomada de Roma por Alarico. Este período ficou também marcado pelo
nascimento das cidades e surgimento das universidades.
O Estado Moderno
O período da Idade Moderna regista-se entre o Renascimento/Descobrimentos e as
revoluções liberais dos finais do século XVIII.
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Novos vetores:
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O Estado Contemporâneo
O Estado Contemporâneo vai desde os fins do século XVIII até à atualidade.
Estado Pós-
Social
Estado de Direito significa que o poder político estadual se submete materialmente ao Direito
e que este efetivamente contém o respetivo poder
Vetores fundamentais:
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Características:
Marca a rutura para com o passado absolutista, fazendo vingar uma nova
conceção de pessoa e de sociedade: o individualismo enquanto doutrina de afirmação
do homem.
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O Estado Soviético seria o Estado que levaria mais longe o socialismo científico
marxista e leninista, tendo sido também ele o que mais influenciaria os outros países.
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a) Aos proletários
b) Aos direitos económicos e sociais
c) Serão desvalorizados os direitos civis e políticos
Topo:
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Características:
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iii. Período atual: reforma interna a partir de Deng Xiao Ping, com a afirmação do
princípio “um país, dois sistemas”
Constituição de 1982:
Portugal a partir de 1926 com Oliveira Salazar e Marcello Caetano, num regime
autoritário; “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”.
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Novos paradigmas:
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Mudanças estruturais:
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Cidadãos portugueses: conjunto das pessoas que se lhe vinculam por um laço jurídico-público
de cidadania (art. 4º CRP)
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Estes dois modelos de atribuição não podem funcionar nesta sua pureza e
transformam-se normalmente em sistemas mistos, nos quais aqueles dois critérios se
encontram presentes, ainda que um deles possa ser predominante relativamente ao
outro
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a) Regiões autónomas
b) Autarquias locais
c) Outras entidades administrativas
O território de Olivença está numa situação incerta pois está, de facto sob a
soberania de Espanha, mas de iure pertencendo a Portugal.
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Questões constitucionais:
Outros critérios:
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História e evolução:
Fases:
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Diplomas legais:
Limitação do poder:
Órgãos de soberania:
Sistema de governo:
Formação e aperfeiçoamento:
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Revisões:
Estrutura federal:
a) Soberania dos Estados federais limitada pela Constituição, pela República, pelos
órgãos e competências:
a. federais (moeda; empréstimos; relações externas; defesa nacional;
poderes implícitos)
b. estaduais (legislação penal e civil; impostos alfandegários e tratados
internacionais);
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Órgãos de soberania:
Equilíbrio de poderes:
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Constitucionalidade:
Evolução:
Fases políticas:
Revolução Francesa:
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dos poderes. Fim definitivo do regime de Napoleão com a sua derrota em Waterloo.
Regresso à normalidade constitucional.
VIII. Ato Adicional às Constituições Imperiais (1815): Napoleão regressa do exílio,
restituindo o seu poder pessoal no Governo dos 100 dias. O Ato Adicional volta a pôr
em vigor as anteriores constituições imperiais.
IX. Carta Constitucional Orleanista de 1830: Revolução destitui o rei Carlos X. Reforma
Constitucional. Equilíbrio entre a componente monárquica e a parlamentar.
Soberania nacional. Reforço do poder legislativo e diminuição do podes executivo.
Continuidade da monarquia na pessoa do Duque de Orleães.
X. Constituição Presidencialista da II República de 1848: Golpe de Estado depõe Duque
de Orleães. Instauração de uma República Presidencialista influenciada por um
movimento social de cariz romântico e socialista científico. Separação dos poderes:
Legislativo (Assembleia Nacional e Conselho de Estado); Executivo (Presidente da
República); Judicial (tribunais com separação dos outros poderes).
XI. Constituição do I Império de 1852: Luís Napoleão Bonaparte é eleito Presidente da
República. Na impossibilidade de ser reeleito pela constituição em vigor, dissolve a
Assembleia Nacional e protagoniza um golpe de Estado para suspender esse mesmo
texto. É confirmado Chefe de Estado e redige uma nova Constituição. Proclama o
Império. Novo texto inspirado na primeira constituição napoleónica, adotando os
mesmos órgãos (Conselho de Estado, Senado e Corpo Legislativo). Conserva a
essência do sistema.
XII. Constituição do II Império Liberal de 1870: Acontecimentos repetidos levam à
forte limitação do autoritarismo do II Império. É aprovada uma nova Constituição
Imperial. Duas câmaras legislativas com iniciativa legislativa. Responsabilidade
política dos ministros perante o Parlamento.
XIII. Constituição Parlamentar da III República de 1875: Queda do Império Liberal.
Segue-se um período de hesitação acerca da solução monárquica a adotar. Durante
esse intervalo o governo é confiado a Thiers. Depois desse período, ao general
Mahon. A Assembleia Nacional aprova três leis constitucionais avulsas (Poder
legislativo: Câmara dos Deputados e Senado; Poder executivo: Presidente da
República; Direito de veto; Consentimento parlamentar para ratificar tratados
internacionais). Nasce a III República, mais duradoura.
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Direitos fundamentais:
Órgãos:
BRASIL
Eras:
a) Social-Democracia;
b) Muitas alterações;
c) Democracia representativa e sem tutela militar;
d) Influência portuguesa;
e) Direitos subjetivos;
f) Novos direitos (ambientais, informáticos e sociais).
Órgãos:
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Para além destes, existem quatro entidades de poder político dentro do modelo federal
brasileiro:
Sistema governo:
ESTADOS AFRICANOS
(Divisão: 1ª era constitucional da I Rep. Socialista e 2ª era constitucional da II Rep.
Democrática)
Primeira era:
Sociedade:
Política:
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a) concentração de poderes;
b) Partido Único.
Os 1ºs textos constitucionais não resistem à queda dos regimes comunistas devido ao
desfasamento entre o modelo soviético e as realidades africanas (avessas à rigidez,
disciplina e centralismo abafador). São criados novos textos constitucionais de forma
pacífica, aprovados por parlamentos monopartidários.
Segunda era:
Princípios:
a) Estado de Direito;
b) Estado Unitário;
c) Princípio republicano;
d) Princípio democrático;
e) Princípio social;
f) Princípio internacional;
g) Direitos fundamentais extensos e atípicos (DUDH).
Constituições:
1. Hiper-rígidas;
2. Limites (orgânicos, procedimentais, temporais, materiais e circunstanciais).
Economia:
a) capitalismo;
b) nacionalização;
c) limitação do investimento estrangeiro
Política:
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Direito Constitucional
ANGOLA
último a alcançar a paz:
CABO-VERDE
O mais rápido a democratizar-se, com bastante alternância:
GUINÉ-BISSAU
Alvo de agitação e instabilidade nos últimos anos - caos jurídico:
MOÇAMBIQUE:
Constituições: 1975, 1990 e 2005 (mera revisão da constituição anterior).
TIMOR-LESTE:
ex-possessão portuguesa;
invadido pela Indonésia e sujeito a referendo internacional pela ONU que dá a
vitória à independência, nascendo oficialmente como Estado, sendo aprovada a
1ª Constituição em 2002)
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Constituição:
Órgãos:
1. Presidente da República,
2. Parlamento,
3. Governo
4. Tribunais.
Sistema governo:
I. Democracia representativa;
II. Semipresidencialismo.
SUÍÇA
Inicialmente Confederação Helvética, hoje Federação composta pelos cantões suíços.
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Constituição de 1999:
Órgãos de soberania:
ITÁLIA
Duas eras
Constituição:
a) República;
b) Direitos fundamentais (Igreja);
c) Estado Unitário coexistente com amplo regionalismo;
d) Parlamentarismo de gabinete (enfraquecimento presidencial devido às maiorias
parlamentares).
Órgãos de soberania
ALEMANHA
Constituição de 1871:
i. Unificação;
ii. Otto Bismark;
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Constituição de 1919:
i. Weimar;
ii. República;
iii. Parlamento;
iv. Enfraquecimento presidencial em detrimento do Chanceler.
Sistema de governo:
a) Parlamentar racionalizado;
b) Moção de censura tem de ser construtiva;
c) Impossibilidade de impasses.
Órgãos de soberania:
Parlamento
Conselho
Presidente
Governo Federal (Chanceler e Ministros)
T C Federal.
ESPANHA
Liberalismo introduzido pela Revolução de Cádiz de 1812, seguindo-se vários textos
constitucionais.
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Órgãos de soberania:
A Revolução Liberal Portuguesa, que abriu caminho à época das Constituições, eclodiria
em 24 de Agosto de 1820, assim se iniciando a era constitucional que duraria até hoje.
1. O período liberal-monárquico:
a. Integra os textos constitucionais de 1822, 182 e 1838
b. Teve por traço fundamental a conceção de Estado de Direito com a
proclamação das liberdades e dos direitos fundamentais de 1ª geração
c. Separação orgânico-funcional de poderes de acordo com Montesquieu
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Antecedentes:
Bases:
i. Cortes Gerais:
a. 1ª Secção Direitos individuais;
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Ruturas: Primeira vigência muito efémera (um ano); Segunda vigência (de 1836 a 1838).
a) Liberdade;
b) Segurança;
c) Propriedade;
d) Proibição de prisão sem culpa formada;
e) Inviolabilidade da correspondência;
f) Liberdade de expressão e de imprensa;
g) Igualdade jurídica;
h) Humanização das penas;
i) Liberdade de acesso aos cargos;
j) Responsabilidade dos funcionários;
k) Remuneração por serviços à Pátria;
l) Petição;
m) Cidadania;
n) Liberdade de culto para estrangeiros;
o) Participação democrática;
p) Preocupações sociais (ensino, caridade e saúde).
Deveres:
I. Venerar a Religião;
II. Amar a Pátria e defendê-la pelas armas;
III. Obedecer à Constituição e às leis;
IV. Respeitar as autoridades públicas;
V. Contribuir para as despesas do Estado.
Órgãos:
a) Cortes (unicameral);
b) Rei, Secretários e Conselho Estado;
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c) Tribunais;
d) Fiscalização parlamentar da constitucionalidade.
Sistema de governo:
i. Presidencialismo;
ii. Independência dos poderes;
iii. Veto meramente suspensivo;
iv. Princípio democrático.
União Real:
Características:
a) Direitos anteriores;
b) Novos direitos (não retroatividade das leis; limitada liberdade religiosa;
liberdade de deslocação e emigração; independência judicial; princípio do caso
julgado; liberdade de trabalho e de empresa; defesa da propriedade intelectual;
direito de reunião).
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Órgãos:
Sistema de governo:
Direitos fundamentais:
Sistema de governo:
I. Orleanista e misto
II. Equilíbrio entre a componente monárquica e a parlamentar.
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III. Dois compromissos (dissolução das Cortes mas desvalorização do veto; estrutura
bicameral mas por sufrágio direto).
Lei da Separação Absoluta entre o Estado e a Igreja: Extinção das ordens religiosas e
nacionalização dos seus bens.
Órgãos:
Sistema de governo:
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i. República parlamentar;
ii. Legitimidade diminuída do Presidente da República (eleito por colégio especial).
Constitucionalidade:
Revisões constitucionais:
Uma 1ª fase de Ditadura Militar (1926 a 1933) e uma 2ª fase com a Constituição de 1933
até 1974 (Estado Novo).
Características:
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Economia:
Órgãos:
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Revisões constitucionais:
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Órgãos:
i. Presidente da República;
ii. Junta de Salvação Nacional;
iii. Conselho de Estado;
iv. Governo Provisório (Primeiro Ministro, Ministros, Secretários e subsecretários);
v. Tribunais (julgar crimes militares contra o Estado).
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Influências:
a) Partidos políticos;
b) Doutrinas de Martínez, Jorge Miranda e Lucas Pires;
c) Constituições inglesa e alemã.
Economia:
i. Coletivismo;
ii. Recorte dos sectores produtivos;
iii. Manutenção das nacionalizações;
iv. Planificação;
v. Reforma agrária.
Órgãos:
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I. Extinção do CR,
II. Democratização das instituições;
III. Fiscalização da constitucionalidade (extinção da Comissão Constitucional e
criação de um Tribunal Constitucional com juízo de constitucionalidade);
IV. Estabilização do regime constitucional (termina a fase de experimentação e o
período de transição);
V. Revisão constitucional com limites materiais, circunstanciais e procedimentais
(lei constitucional promulgada pelo CF que não tem poder de veto).
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Repetitório de Perguntas
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