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SISTEMA DE ENSINO GAÚCHO – ESCOLA TÉCNICA ALBERT EINSTEIN

SAÚDE DA MULHER

SAÚDE COLETIVA

CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM.

PROFESSORA: MARISA ROSA.

ALUNOS: ALESSANDRA RODRIGUES, ANDRESSA RODRIGUES, DENNER VILLANOVA,


JANAINA, MAYARA, NARA PEREIRA E ROBERTO BORGES.

TURMA: T.E 11.

SANTA MARIA - 2018


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INTRODUÇÃO:

O presente seminário apresenta questões relacionadas a Saúde Coletiva, mais especificamente


a Saúde da Mulher. Com o aumento da voz feminina nos últimos anos em relação a luta por seus
direitos perante a lei e também em todas as áreas da vida social, acreditamos que seja de extrema
importância debater sobre a promoção, prevenção e prestação de saúde a essa grande parcela da
população brasileira.
A saúde da mulher foi incorporada às politicas nacionais de saúde nas primeiras décadas do
século XX e considerada prioritária no decorrer da história da área no Brasil. Mesmo antes da
concepção do SUS, o Brasil foi contemplado em 1983 com o Programa de Assistência Integral á
Saúde da Mulher (PAISM). Porém, foram preconizadas as ações materno infantis, ou seja, a
assistência era prestada fundamentalmente no período da gravidez, parto e pós-parto.
Somente em 2004, com a Política Nacional de Assistência Integral á Saúde da Mulher
(PNAISM), houve a inclusão da assistência a grupos até então esquecidos nas políticas de saúde da
mulher no Brasil, como as mulheres negras, trabalhadoras rurais, lésbicas, profissionais do sexo e
de abortamento em condições inseguras. A nova política trouxe também para a discussão a
necessidade de reorganização de ações definidas no PAISM no início da década de 80: climatério,
planejamento familiar, prevenção do câncer do colo uterino e de mama, doenças sexualmente
transmissíveis e promoção da atenção obstétrica humanizada sem riscos à saúde da mulher e do
bebê.
Iremos nos ater à prevenção do Câncer de Mama e de Colo Uterino. Abordaremos suas
causas, sintomas e também os tratamentos recomendados para cada caso. Será debatido também
sobre outras enfermidades que acometem as mulheres, assim como o período do climatério e
menopausa. Esperamos conscientizar o publico sobre a importância da prevenção e do tratamento
dessas doenças, além disso, pontuar nosso papel como futuros Técnicos em Enfermagem na visão
da paciente como um todo, e não somente como a “mãe” ou a “gestante”, e na conscientização,
orientação e acolhimento das mulheres nas redes públicas e também privadas de saúde.

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Câncer de Mama

Cancro da mama ou câncer de mama ou carcinoma da mama é o cancro que se desenvolve no


tecido mamário. Entre os sinais de cancro da mama estão o aparecimento de um nódulo na mama ou
perto da mama na zona da axila; alterações na forma ou na aparência da mama, como retração do
mamilo, pele da mama ou aréola, mamilo com aparência escamosa, vermelha, inchada ou com
saliências e reentrâncias; ou ainda sensibilidade no mamilo e secreção ou perda de líquido pelo
mamilo. Em pessoas com a doença disseminada, pode também verificar-se dor óssea, gânglios
linfáticos inchados, falta de ar e icterícia (pele amarelada).
Os fatores de risco que podem desenvolver o câncer da mama são: ser do sexo feminino,
idade superior a 50 anos, obesidade, falta de exercício físico, o consumo de álcool, a terapia de
reposição hormonal durante a menopausa, radiação ionizante, idade precoce da primeira
menstruação, ter filhos em idade tardia ou não ter tido filhos pelo fato de não amamentar. Como
medida de prevenção, em pessoas com risco elevado de desenvolver cancro da mama, podem ser
usados os fármacos tamoxifeno e raloxifeno. Outra medida preventiva em mulheres com risco
agravado é a remoção cirúrgica de ambas as mamas. Em pessoas a quem foi diagnosticado o câncer,
estão disponíveis uma série de tratamentos, incluindo cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e
terapia direcionada. Dependendo do tipo de intervenção necessário, a cirurgia pode conservar a
mama ou ser realizada uma mastectomia. Nas pessoas em que o cancro já se espalhou para outras
partes do corpo, os tratamentos destinam-se sobretudo a prolongar a vida, melhorar o conforto e a
qualidade de vida.
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele
não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama
também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Segundo estatísticas a estimativa de novos casos são de 59.700 em 2018 pelo INCA. E o número de
mortes é de 14.388, sendo 181 homens e 14.206 mulheres.

Sinais e sintomas

O primeiro sintoma perceptível de cancro da mama é geralmente o aparecimento de um


nódulo na mama ou na zona dos gânglios linfáticos das axilas, cuja sensação durante a palpação é
diferente do tecido envolvente. Mais de 80% dos casos de câncer da mama são descobertos quando
a mulher sente um nódulo durante a palpação. Para além dos nódulos, entre os sinais de um possível
cancro da mama estão um espessamento diferente do restante tecido mamário; alterações na forma,
tamanho ou aparência de uma mama; a retração ou alteração de posição ou forma de um mamilo;
pele da mama, aréola ou mamilo com aparência escamosa, vermelha, inchada ou com saliências e
reentrâncias; secreção ou perda de líquido pelo mamilo; dor constante em parte da mama ou da
axila e inchaço por baixo da axila ou à volta da clavícula.

O carcinoma inflamatório da mama é um tipo particular de câncer de mama cujo diagnóstico é


bastante difícil, uma vez que não se manifesta através de um nódulo palpável. Os sintomas podem-
se assemelhar a uma inflamação das mamas, incluindo prurido, dor, inchaço, inversão do mamilo,
calor, vermelhidão por toda a mama e textura da pele semelhante a uma casaca de laranja. Em
alguns casos, o câncer de mama apresenta-se como doença metastática; ou seja, cancro que se
disseminou no corpo para além do órgão inicial. Os sintomas causados pelo cancro da mama
metastático dependem da localização das metástases. Os locais mais comuns são os ossos, fígado,
pulmões e cérebro.

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Em casos raros, aquilo que inicialmente aparenta ser um fibroadenoma (nódulo duro, móvel e
não-canceroso) pode na realidade ser um tumor filoide, responsável por 0,5% dos cancros da mama.
Estes tumores formam-se no estroma (tecido conjuntivo) da mama e são classificados em benignos,
duvidosos ou malignos.

Existem também sintomas não específicos de cancro da mama; isto é, sintomas que também
podem ser manifestações de outras doenças. A perda de peso inexplicável pode por vezes ser um
sinal de câncer da mama, assim como sintomas de febre e calafrios. As dores nos ossos ou
articulações, icterícia e sintomas neurológicos podem por vezes ser manifestações de cancro da
mama metastático. A dor nas mamas é uma ferramenta pouco fidedigna para determinar a presença
ou ausência de cancro da mama, mas pode ser indicativa de outras doenças mamárias.

Câncer de Colo Uterino

O Câncer de Colo de Útero é uma lesão invasiva intrauterina ocasionada principalmente pelo
HPV, o papilomavírus humano. Este pode se manifestar através de verrugas na mucosa da vagina,
do pênis, do ânus, da laringe e do esôfago, ser assintomático ou causar lesões detectadas por exames
complementares. É uma doença demorada, podendo levar de 10 a 20 anos para o seu
desenvolvimento.

Alguns riscos favorecem o aparecimento dessa doença:

• Sexo desprotegido com múltiplos parceiros;


• Histórico de DSTs (HPV);
• Tabagismo;
• Idade precoce da primeira relação sexual;
• Multiparidade (Várias gravidezes).

É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do


colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou
na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos
diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente
44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ (no local). Estas alterações das
células são descobertas facilmente no exame preventivo, e são curáveis na quase totalidade dos
casos.
Normalmente não existem primeiros sintomas do câncer de colo do útero, sendo que a maioria
dos casos é identificado durante o exame de papanicolau ou apenas nas fases de câncer mais
avançado. Assim, além de se saber quais os sintomas do câncer de colo do útero, o mais importante
é fazer frequentemente consultas no ginecologista para realizar o papanicolau e iniciar o tratamento
precoce, caso seja indicado.
Porém, quando provoca sintomas, o câncer de colo do útero pode causar sinais como:
• Sangramento vaginal sem causa aparente e fora da menstruação;
• Corrimento vaginal alterado, com mau cheiro ou coloração marrom, por exemplo;

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• Dor abdominal ou pélvica constante, que pode piorar ao usar o banheiro ou durante o
contato íntimo;
• Sensação de pressão no fundo da barriga;
• Vontade de urinar mais frequente;
• Perda rápida de peso.

Já nos casos mais graves, em que a mulher apresenta um câncer de colo de útero avançado os
sintomas podem ainda surgir outros sintomas como cansaço excessivo, dor e inchaço nas pernas,
assim como perdas involuntárias de urina ou de fezes.
Estes sinais e sintomas também podem ser causados por outros problemas, como candidíase ou
infecção vaginal, podendo não estar relacionado com o câncer, sendo assim aconselhado consultar o
ginecologista para fazer o diagnóstico correto.
Quando surgem mais de um destes sintomas é aconselhado ir no ginecologista para fazer exames de
diagnóstico como papanicolau ou colposcopia com biópsia do tecido do útero e avaliar se existem
células cancerígenas. O exame de papanicolau deve ser realizado todos os anos, durante 3 anos
consecutivos. Se não houver nenhuma alteração, o exame só deve ser realizado de 3 em 3 anos. O
câncer de útero é mais frequente em mulheres que já apresentam doenças sexualmente
transmissíveis, como clamídia ou gonorreia, infecção por HPV e ter múltiplos parceiros sexuais.
Além disso, mulheres que utilizam anticoncepcional oral por muitos anos também apresentam
maior risco de câncer, sendo que quanto maior o tempo de uso, maior o risco de câncer.
O tratamento para o câncer de útero pode ser feito com conização, braquiterapia (radioterapia
interna) ou radioterapia, mas se estas abordagens não forem suficientes para curar a doença e se a
mulher não desejar mais ter filhos, pode-se recorrer à cirurgia para retirar o útero, evitando o
agravamento da doença.

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CONCLUSÃO

Após a preparação desse seminário podemos concluir a extrema importância da realização


pelos profissionais da área da saúde da promoção e prevenção da Saúde da Mulher. É necessário
conscientizar a população cada vez mais sobre a importância dos exames de rotina como a
mamografia, o papanicolau e o exame de toque de mama. A principal contribuição do profissional
de saúde para o atendimento da população feminina é prestar diariamente uma assistência humana e
que considera os diferentes perfis de mulheres e suas necessidades.

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