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UNIVERSIDADE DE SAO PAULO ESCOLA DE ENGENHARIA DE SAO CARLOS. DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS ALGUMAS DIRETRIZES PARA A ELABORACAO, DE UM PROJETO DE ESTRUTURA EM CONCRETO ARMADO DissertacSo apresentada Escola de Engenharia de So Carlos, da Universidade de SSo Paulo, como parte dos requisites para a obten¢io do titulo de “Mestre em Engenharia de Estruturas" Engenheira ANA MARCIA VIEIRA ARDUINI ORIENTADOR: WALTER ABRAHAG NIMIR BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Walter Abrah3o Nimir Prof. Dr. Jos@ Samuel Giongo Prof. Dr. José Henrique Albiero SUPLENTES: Prof. Dr. Libanio Miranda Pinheiro Prof. Dr. Marcos Vinicio Costa Agnesi = a S30 Carlos, 16 de Outubro de 1991 sites eso 0 Ge ED th nee A minha familie A José Carlos AGRADECIMENTOS Expresso aqui meu agradecimento a todos aqueles que, direta ou indiretamente, participaram da elaborapao desse trabalho, e em especta. -Ao Prof. Dr. Walter Abraho Nimir, que com sua amizade e experiéncia encaminhou-me para a finalizapéo de mais esta etapa; -Ao corpo docente do Departamento de Estruturas da Escola de Engenharia de Séo Carlos, da Universidade de Sao Paulo, @ em especial aos professores José Samuel Giongo e Libanio Miranda Pinheiro, pela leitura e pelas valiosas contribuipses; -A Francisco Carlos G. de Brito pela confecpio dos desenhos; -Aos meus amigos e colegas de curso pelo constante estimulo no desenvolvimento do trabalho. RESUMO. © presente trabalho analisa, de maneira clara e simples, os varios fatores envolvidos no processo de elaboragao de um projeto de estrutura em concreto armado. A analise subjetiva diferencia-se dos demaie trabalhos na area, uma vez que nao sao aqui discutidos os varios metodos de cAlculo hoje existentes, e nem mesmo ha um aprofundamento em termos numéricos. & um trabalho voltado, basicamente, para o ensino a nivel de graduacio, e para consulta por parte daqueles engenheiros que esto iniciando a carreira de projetista estrutural. Inicialmente, analisa-se a estrutura a nivel mais geral, ressaltando sua relac’o com as demais areas de projeto, que devem igualmente ser acomodadas para formar o edificio. A seguir, a estrutura € estudada a nivel mais especifico, em seus planos verticais e horizontais, buscando extrair as caracteristicas principais de cada pega, para seu melhor aproveitamento dentro da estrutura global. Finalmente, sao estudados exemplos gerais, que procuram englobar todos os conceitos vistos anteriormente, e simulam as situagdes que ocorrem no dia-a-dia dos escritérios de projeto. ABSTRACT The present work analyses, ina clear way, the factors involved in the process of reinforced concrete building designs. The subjective analysis is distinguished from all other works in the area of structures, once all available methods are not discussed here and no emphasis is made on numerical aspects. It 48 a work basically dedicated to under- graduate student teaching and also to give support to all engineers who are initiating the structural designer carrier. Firstly, the structure is analysed in a general level with emphasis on its relationship with other design parte which should be considered in order to give the building shape. After that, particular studies are specifically made, analysis of horizontal and vertical plans for instance, trying to point out the main features of each structural element to find its best performance ineide the whole structure. Finally many examples are studied in wich ideas previously discussed are put toghether and the day-by-day situations found in the design offices are modelled. SUMARIO PR LINTRODUGAQ cis cescee eee ccec eee finan a geee ee caee 1 1.1. GENERALIDADES. 1.2. OBJETIVOS. 2. ConceiTos Gerais 2.1. ANALISE DOS —CUSTOS DAS COMPONENTES DO EDIFICIO... ‘i 2.2. OBJETIVOS DE UM PROJETO ESTRUTURAL.. 2.3. A RELACAO ARQUITETO-ENGENHEIRO............. 3. PRINciPIos De Um PRoJeTO EsTRUTURAL. - 3.1. PRINCIPIOS GERAIS 3.1.1. A Evolugao dos Conceitos Eotruturais.....-.22..2-2 2.2 cece ee ee 3.1.2. 0 Engenheiro Frente aos Avancos Tecnologicos 3.1.3. Deciedes na Conceppio de um Projeto.. 3.1.4. A Utilizapao do Computador.......... 3.2. A ESTRUTURA COMO DETERMINANTE DA FORMA 3.3. M&TODOS DE PROJETO ESTRUTURAL. 4. CONSIDERACOES ARQUITETONICAS--.... 6... 0c cece eee 21 4.1. GERAGAO DE ESPACOS DESOBSTRUIDOS........... 10 a 21 5. Os PLANos HORIZONTAIS......--- + 5.1. LAJES COGUMELO...... 5.2. LAJES NERVURADAS.... 5.3. LAJES MACICAS....... iis 5.4. VIGAS.. 6. A INFLUENCIA DA Forma Das Lases....--- 6.1. COMENTARIOS......... ser ee eee eeee : 5.3.1. Condigdes Impostas, a0 Dimensionamento. . 5.3.1.1. Dimensionamento a Simples... 5.3.1.2. Dimensionamento acs Esforgos Cortantes 5.3.1.3. Verificag’o do Estado de Deformagao..... see eeeeeeeee 5.3.1.4. Prescripdes das Normas Brasileiras sees 5.3.2. Exemplos com Lajes Isoladas..... 5.3.3. Comentarios. 5.4.1. Condigses Impostas 80 Dimensionamento......... 5.4.1.1. Dimeneionamento a Flexo Simples ete 5.4.1.2, Dimensionamento aos Esforcos Cortantes. . 5.4.1.3. Verificapio do Estado de Deformagao. . 5.4.1.4. Prescrigdes das Normas Brasileiras.. 5.4.2. Exemplos com Vigas. 5.4.3. Comentarios. 28 30 31 at 32 33 34 B88 44 45 45 45 46 46 46 51 62 7. OS PLANOS VERTICAIS..... 000000. e eee cece 63 AAA aAK Oeoeone + CONSIDERAQOES DE PROJETO RESISTENCIA DO EDIF{CTO AS CARGAS VERTICAIS RESISTENCIA DO EDIFICIO AS ACOES LATERAIS.. TIPOS DE SISTEMAS DE RESISTENCIA LATERAL PROBLEMAS DE ORIGEM ARQUITETONICA. EFEITOS DA FORMA DO EDIFICIO. 8. ESTRUTURAS VERTICAIS.--- 0.6.0 200000 cee cence eee 78 - VARIAGKO DO CUSTO DOS PILARES E DAS PAREDES COM RELACAO A ALTURA DO EDIFICIO........... + OUTROS ASPECTOS ECONOMICOS DA ESTRUTURA RESISTENTE DO EDIF{CIO..........20...2e0008 9. PROJETOS DE RESISTENCIA LATERAL......-22--.02005 88 10. Escapas 10.1. CLASSIFICACKO. 10.2. ESTRUTURA.. - EDIFIcIO B + EDIFICIO DE ENGENHARIA ELETRICA = - - EDIFICIO DE RADIACKO. - POINT ROYAL, eH STANDARD: BANK ogg site atsreceiniteauaee tenant EDIF{CIO A. UNIVERSIDADE DE SOUTHAMPTON................ 63 66 67 7 73 4 78 84 a9 97 102 103 104 105 108 112 1. As Funoacoes. . 11.1, ESCOLHA DO TIPO DE FUNDACAO......... 11.2. FUNDACOES A SEREM PESQUISADAS... 11.2.1. Fundagao Rasa. . 11.2.2. Fundagao Profunda. . 11.2.2.1. Fundagao em Estacas. 11.2.2.2. Fundagao em Tubuldes..... 12. DisPosicSES CONSTRUTIVAS. ..- 6.62 e ee eee eee 122 12.1. PROJETO.. 12.2. ESCAVAQOES... 13. ExemMPLos. - 13.1. PROCEDIMENTOS PRELIMINARES. 13.1.1. Concepgéo da Estrutura.. 13.2. 13.2.1. Edificio A 13.2.1.1. Alternativas Para ° Projeto Estrutural.... 13.2.2. Edificio B............ 13.2.2.1. Alternativas Para ° Projeto da Escada... 13.2.2.2, Alternativae Para ° Projeto Estrutural...... 13.3. ALGUMAS ALTERNATIVAS DE PROJETO........... 13.3.1. Eetudo da Viabilidade da Adogao dae Vigas V12 da ESTRUTURA II..... 13.3.2. Estudo da Viabilidade da Divisao das Lajes L3 da ESTRUTURA I....... 417 118 118 119 119 120 122 123 124 126 127 128 129 131 131 135 141 149 150 160 160 165 13.3.3. Criagio de Novos Pilares.... Pilares P7 e ESTRUTURA III...... 13.3.3.2. Pilares 13.3.3.1. ESTRUTURA IIT PIO da Pi2 e P13 da 13.3.4. 13.3.5. 14. Consiperacdes Finais.....- 13.3.3.3. Pilares P22 e P23 da ESTRUTURA III........... 13.3.3.4. Pilares P26 e P30 da ESTRUTURA III...... Estudo da Viabilidade da Divisao das Lajes L4 da ESTRUTURA III...... Kstudo da Viabilidade da Divisio das Lajes LS da ESTRUTURA III...... 15. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.....- eeeeiebiea sees e178 166 166 168 169 171 172 174 CAPITULO 1 - INTRODUCAO 1.1. = GENERALIDADES Muitos estudos dentro da Engenharia de Estruturas tém sido feitos, ultimamente, no sentido de se aperfeicoar as técnicas de andlise computacional e otimizapio no caleulo de estruturas. 0 advento dos computadores @ o constante desenvolvimento de seus recursos: tornaram possivel acs engenheiros a elaboragio de programas que racionalizam o trabalho e diminuem sensivelmente o tempo gasto em executa-lo. Nao ha davida de que houve um imenso avango das pesquisas nesta area, onde o computador tem grande aplicasho. Apesar de todos estes beneficios gerados pelo advento da alta tecnologia, tem sido deixado de lado, dentro da Engenharia, o estudo da escolha da forma estrutural e do entendimento do comportamento das estruturas. A énfase computacional se sobrepds & andlise propriamente dita de projetos, a qual 6, talvez, o maior desafio do projetista estrutural. Alguns autores vém se preocupando com este fato ha algum tempo. Ja em 19668, DUNICAN [01] apontava para o fato dos engenheiros ignorarem a arte dentro da Engenharia de Estruturas. A preccupagdo excessiva com calculos matematicos estava tornando estes profiesionais incapazes de valorizar o trabalho de habilidade que existe em projetar estruturas. Em 1986, HOLGATE [02] confirmava as preocupagdea de Dunican a respeito deste assunto. Seu trabalho buscava, basicamente, analisar os varios fatores envolvidos na elaboragao de um projeto, desde estéticos, funcionais, e até econdmicos, sob um ponto de vista mais qualitativo do que quantitativo. Nota-se hoje que, pouco a pouco, os engenheiros vém perdendo a sua funpSo original, ou seja, a de aplicar os “conhecimentos cientificos e empiricos, e certas habilitagdes especificas, a criapao de estruturas, dispositivos e processos para converter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas” [03]. Vé-se, dai, a importancia do processo mental envolvido no projeto e no desenvolvimento da eriatividade. Os conhecimentos e técnicas disponiveis edo bastante limitados quando comparados com a complexidade dos problemas encontrados. Existem muitas areas onde a ciéncia pouco pode servir de guia, ou onde técnicas quantitativas no s&o aplicaveis. Defronta-se, entéo, com problemas cujas respostas edo subjetivas, e que dependem fundamentalmente do bom senso do projetista. Aseim como o arquiteto, o engenheiro tem que projetar estruturas, e sua habilidade para projetar aumenta com a quantidade e qualidade das estruturas que ele viu, estudou e registrou mentalmente. £ importante que se tenha um grande repertério de possibilidades dentre as quaie seja possivel fazer uma escolha, quando existir um problema a ser resolvido. & claro que nao é suficiente ter-se apenas visto um grande nimero de estruturas. & também necessario analisi-les e criticé-las, a fim de descobrir porque elas foram projetadas de uma determinads maneira [04]. 1.2 = OBJETIVOS Na maioria das vezes, a grande dificuldade encontrada pelo projetista estrutural reside no projeto da estrutura compativel com o projeto arquiteténico. Esta dificuldade @ ainda maior para o engenheiro principiante, com pouca ou nenhuma experiéncia na area. Por isso, este trabalho tem como objetivo principal ° estudo das estruturas de concreto armado, visando auxiliar projetista nesta tarefa tio importante, e de tao grande 2 responsabilidade. Ser&o ainda fornecidos alguns parametros © exemplos que poderdo servir de “banco de dados” para utilizagdo em projetos futuros. 1.3 - ETAPAS DO TRABALHO. Este trabalho esta dividido em 14 capitulos. No capitulo 2 sio feitas algumas considerapdes sobre o custo das construgées e sobre o trabalho conjunto de engenheiros e arquitetos. Os varios fatores envolvidos na elaboragao de um projeto, sejam eles estéticos, econémicos, computacionaia, ete, sao analisados no capitulo 3. © capitulo 4 analisa a intima relagho que existe entre o conjunto arquitetonico e as decisdes do projeto estrutural. 0s planos horizontais, compostos pelas lajes e vigas, 680 analisados nos capitulos 5 e 6. No capitulo 5, é feito um estudo sobre os tipos de laje mais comuns em edificios, assim como sao mostradas suas principais caracteristicas e as situacdes em que io mais recomendadas. Um estudo mais aprofundado @ feito sobre as lajes macigas e sobre as vigas, tentando obter alguns Parametros para a elaboragéo de projetos. 0 capitulo 6 trata da influéncia da forma das lajes no seu custo final. Os plance verticais, formados pelos pilares e paredes de contraventamento, ado analisados nos capitulos 7,8e9. © capitulo 7 analiea os sistemas de reeisténcia do edificio as cargas verticais e laterais. O capitulo 8 trata da variagéo do custo de um edificio em fungio da altura, do material estrutural empregado e do Posicionamento das pecas estruturais. 0 capitulo 9 apresenta seis exemplos de edificios, onde sao mostrados as possibilidades de escolha do sistema estrutural. © capitulo 10 trata das escadas e o capitulo 11 3 trata da escolha do tipo de fundagao. Algumas sugestdes para melhorar a qualidade estrutura, visando a redupio dos custos e o aumento eficiéncia, relativas ao posicionamento das pecas detalhamento eatrutural, sao vistas no capitulo 12. da da O capitulo 13 mostra dois exemplos de edificios em que & comentada a escolha do posicionamento das varias Pecas que compdem a estrutura. As consideragdes finais sobre o trabalho sao expostas no capitulo 14. CAPITULO 2 - CONCEITOS GERAIS 2.1 - ANALISE DOS CUSTOS DAS PARTES COMPONENTES. DO EDIFfcIO Nos dias de hoje, a politica econémica no Brasil @ quem governa as deciedes em todas ae areas, inclusive na Engenharia Civil. A tentativa de se construir, a custos cada vez menores, buscando o maximo de eficiéncia, tem sido @ preocupagao maior de todos. Embora seja dificil estabelecer uma relagao direta entre as decisdes de projeto e o custo total do edificio, é possivel definir-se alguns parametros que podem ajudar o projetista na busca da solugéo mais economica. Neste sentido, devem ser consideradas as contribuigdes, individuais ou em grupo, de todos os profissionais que, direta ou indiretamente, participam da elaboragao © execugio de uma obr. arguiteto, projetistas eetrutural, elétrico, hidraulico, engenheiro de obra, mestre-de-obras, e muitos outros. Cada um pode dar a sua participacio no sentido de diminuir os gastos sem prejuizo da qualidade. f£ muito frequente, na pratica, a imposigao de limitagSes orpamentarias, diante das quais tenta-se economizar em todos os itens possiveis. Isto resulta, muitas vezes, em perdas de qualidade seneivelmente mais significativas do que a economia obtida, diminuindo, ao inves de aumentar, a relagio beneficio/custo. & interessante a todo profiesional ligado a rea de edificagses, ter conhecimento da importancia relativa de cada item na composiggo do custo total. De acordo com MASCARO [05], este conhecimento deve ser n’o apenas quontitativo (aspecto ja razoavelmente conhecido), mae tambem associado a possiveis deciedes alternativas de projeto que o arquiteto, e mesmo o projetista estrutural, podem tomar no sentido de tornar o projeto mais eficiente. 0 projeto estrutural 6 apenas uma pequena parte do projeto como um todo. Segundo HOLGATE [02], 0 custo da construgio de um edificio @ também influenciado pelo custo do terreno, interesses politicos, taxagdes, honorarios, despesas envolvidas em atividades empresariais, etc. Alem disso, o custo da estrutura 6 apenas uma frapao do custo total do edificio: de 20% a 40%, dependendo das circunstancias. Isto nao significa que o projeto estrutural no seja importante, mas sim que o projetista deve tomar suas deciedes em funpao do provavel efeito sobre outros aspectos do edificio, possivelmente mais caros. A Tabela 2.1, extraida de MASCARO [05], apresenta ‘um resumo da participapao de cada item no custo total. Atravée dela, pode-se ter idéia da importancia relativa da estrutura dentro do custo total: cerca de 25% 6 gasto coma £ claro que este Percentual varia de acordo com o tipo de obra, mas fornece uma viedo geral da parcela de responsabilidade do projetista estrutural, com relacko ao custo da obra. estrutura resietente, incluindo fundagoe: Tabela 2.1 Importancia Relativa, em Porcentagem, do Custo de Construgao das Diferentes Etapas (Edificio de Apartamentos Entre Divisas, com Dez Andares, Terreo, sem Garagen, com Fundagoes Diretas sobre Terreno de Boa Qualidade) Porcentagem sobre 0 Custo Total (%) Observagdes: equipamentos 0,44%; traba- lhos preliminares 0, 48%; previdencia 1,25%; seguros e vigilancia 2,26% e varios 0,68% . a Considera o caso de funda- Fundagoes: goes diretas, ou seja, por sapatas independentes ou, em [alguns casos, vinculadas. Eatrutura ompreende: lajes, vigas, resistente . pilares e paredes de contra- (sem funda- ventamento. goes) Compreende o& contrapisos Contrapisos sobre o terreno natural, ou dos banheiros e outros con- trapisos em geral. ‘Alvenaria 0 gasto em impermeabilizapzo e @ pequeno e chega, aproxina- Impermeabi- damente, a 0,3% (incluindo a lizagdes cobertura). ‘Compreende: rebocos exterio- Acabamentos res 3,49%; rebocos interio- Verticais 7 res 5,24%; revestimentos 1,65%; pintura 3,18% © roda- pes 0.93% . Compreende: forros 2, 06%; terracos acessiveis 0,71%; soleiras 0,42% e pisos 3,8% Compreende: esquadrias inter] nas de madeira 8,21%; exter-| nas metalicas 5,32% ¢ vidros| 0,61% Tnatalapzo Compreenge os aparelhos das jSanitaria e inatalagoes. Contra In- Jcendio Tabela 2.1 (cont.) Porcentagem sobre o 7 Cente. Obeervagdes Total (%) ‘ompreende os apare instalecao. Tnstalapao Compreende bombas de eleva— Eletrica cao de agua. Compreénde elevadores para 4 pessoas: 45 m/min; portas telescopicas; comando sim- ples, sem memoria. A Tabela 2.2, extraida da mesma fonte, mostra uma reorganizapo dos itens em planos horizontais, planos verticais e instalapdes. Ela nos mostra que os planos horizontais representam aproximadamente 30% do custo total, os verticais 40%, as instalapdes 25% e o canteiro de obras 5%. Dai pode-se concluir o seguinte: a) Cerca de 70% do custo dos planos horizontais (ou 20% do custo total) € gasto com a estrutura resistente (lajes e vigas) e fundagdea; b) Cerca de 10% do custo dos planos verticais (ou 4% do custo total) @ gasto com a estrutura resistente (pilares e paredes de contraventamento). Tabela 2.2 Composi¢ao do Custo Total do Edificio da Tabela 2.1, Segundo Planos Horizontais, Verticais e Instalagoes Classificapio | 5 JPorcentagen} Total oiaenenee See EYementos for-|-parte horizonte. mando planos | da estrutura resis| horizontais tente, fundardes 20,58 -contrapisos 2,22 sacabamentos hori- tontais 6,99 29.79% forcas naturais de resisténcia sem a presenca da estrutura para suportes eH 1, —* redistriput- verticais e g80 do caminho provoca forpas | || dae forpas pela concentradas na estrutura fundapao T T —>> redietripui- go das forcas de resistencia Figura 4.1 - Tarefa Estrutural de Gerar Espagos Internos Desobstruidos 22 ( Seeeeeeeeeeeeeeeeeescememsnearaerecinaseaeeeer| | estrutura suportando apenas cobertura versus Tena een estrutura suportando andares miltiplos Figura 4.2 - Condigoes de Carga para uma Estrutura com Vao Livre A Figura 4.3 mostra as varias posipdes relativas entre pilares internos e paredes divisorias. Quando as dimensdee dos pilares sio taie que se torna impossivel manté-lo invisivel dentro da parede (Figura 4.3.a), enfrenta-se a situagao de como posiciona-la dentro do conjunto arquitetonico. Neste sentido, o projetista deve usar de bom seneo e muita criatividade. Assim sendo, ha que se estudar a funpéo dos cémodos adjacentes e, esteticamente, posicionar o pilar. As Figuras 4.3.b e 4.3.c mostram duas localizagées possiveis para um pilar central. Na primeira, ele fica aparente em apenas um dos comodos, ao passo que na segunda, fica visivel dos dois lados. Talvez a primeira situagio seja preferivel por prejudicar apenas um dos lados; todavia, a segunda oferece a possibilidade de se conseguir disfarga-lo dos dois lados, através do engrossamento do revestimento. 23 ZZ 2 33 ZA a) b) <) U U U 1 ZY 1 i a) el 1) c 3 CY ft 1 a hi vo Figura 4.3 - Posicionamento Dos Pilares Internos a Construgao Ae Figuras 4.3.4, 4.3.e e 4.3.£ mostram ° Posicionamento relativo de um pilar de canto. A primeira Posicao € preferivel em detrimento das demais, poise causa menores perturbagées estéticas nas faces externas aos cantos. No encontro de trés paredes, pode-se ter os posicionamentos das Figuras 4.3.g, 4.3.h e 4.3.1, sendo esta ultima a preferivel, pelos mesmos motivos expostos Para os casos anteriores. Quando os pilares est&o localizados na periferia 24 do edificio, a sua relagio com as paredes adjacentes tem uma grande influencia na fachada, assim como no planejamento interno. A Figura 4.4 mostra tres provaveis localizagdes de pilares em relap’o ao plano das paredes externas, cada uma tendo suas vantagens e deavantagens. a) b) ° Figura 4.4 - Posicionamento dos Pilares Externoa Muitas vezes, o que ce tem @ uma parede fina e um pilar espesso. Para se obter uma fachada lisa, o pilar deve ser nivelado com a face externa da parede (Figura 4.4.2), apesar de que isto cria os meamoe problemas de projeto que foram discutidos para os pilares internos. Un outro eequena que pode ser utilizado é o posicionamento do pilar no plano médio da parede (Figura 4.4.b), aendo este, porém, o menos recomendavel. Se a parede é alinhada com a face interna do Pilar (Figura 4.4.c), 0 interior do edificio sera liso, facilitando o projeto, mas a fachada sera dominada pelas arestas dos pilares. Outra solug’o, @ claro, seria engrossar & parede o suficiente para acomodar o pilar - um 25 elegante truque arquiteténico, mas que geralmente resulta em consideraveis desperdicios de espapo, além de elevagao dos custos. Em edificios altos, as dimensdes dos pilares geralmente variam do topo 4 base, apesar de ser possivel, e até desejavel, obter-se uma consideravel gama de resisténcias dentro de uma dimensao fixada, conforme Figura 4.5. Apesar de algune projetistas ainda preferirem a variagio das dimenedee do pilar, a tendéncia atual tem sido © uso de dimensdes constantes, ou mesmo alterapdes em niveis pré-fixados. baixa resistencia do concreto tf) baixa porcentagem de armadura piler de i) baixa resisténcia do apo concreto armado alta resistencia do concreto | alta porcentagem de armadura alta resistencia do ago baixa resisténcia do ago i abas e almas finas protepao contra fogo pilar de aso alta resisténcia do ago abas e almas espessas com a adig’o ac de chapas protepao contra fogo Figura 4.5 - Variagao na Resistencia do Pilar sem Alteragao nas Dimensoes Arquitetonicas Finais 26 Problemas de planejamento as vezes requeren redupdes nas dimensces dos pilares. Para tanto, estas redugdes devem ser planejadas. Se foren necessarias alteragdes nas dimensdes dos pilares internos, o procedimento usual é uma redug&o de forma concéntrica, como mostrado na Figura 4.6. Séo excepdes os pilares que cercam escadas, popos de elevador e ductos de ventilasao, onde geralmente @ recomendavel manter a superficie interna alinhada verticalmente. Para pilares externos, as mudancas de dimenséo esto ligadas & relacio pilar-fachada. Se a parede 6 alinhada coma superficie interna do pilar, ha muitas maneiras de se alterar as dimensdes som modificar o alinhamento. aHeadis wre w dt 4 oe eee ‘| +ow +t concede a= ow e-8 rawto es Tl T+ wh pileres pilares da internos fachada Figura 4.6 - Bxemplos de Variagao de Dimensdes de Pilares em Kdificios de Andares Multiplos 2T

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