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Anatomia

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Anatomia (do grego ἀνατέμνω anatemnō "cortar em partes") é o campo da
biologia que estuda a organização estrutural dos seres vivos, incluindo os sistemas,
órgãos e tecidos que os constituem, a aparência e posição das várias partes, as
substâncias de que são feitos, a sua localização e a sua relação com outras partes do
corpo.[1] O termo anatomia é geralmente usado como sinónimo de anatomia
humana. No entanto, as mesmas estruturas e tecidos podem ser observadas em
praticamente todo o reino animal, pelo que o termo também se refere à anatomia dos
outros animais, sendo neste caso por vezes usado o termo zootomia. Por outro lado,
a estrutura e tecidos das plantas são de natureza diferente e são estudados pela
anatomia vegetal.[2]

A anatomia distingue-se da fisiologia e da bioquímica, que estudam respetivamente


as funções dessas partes e os processos químicos envolvidos. Está ligada à
embriologia, à anatomia comparada, à biologia evolutiva e à filogenia, uma vez que
são estes os processos que geram a anatomia.[3] A disciplina da anatomia pode ser
dividida em vários ramos, incluindo anatomia macroscópica e microscópica.[4] A
anatomia macroscópica é o estudo de estruturas anatómicas suficientemente grandes
para poderem ser observadas a olho nu e engloba a anatomia de superfície. A
anatomia microscópica é o estudo das estruturas a uma escala microscópica e
engloba a histologia (o estudo dos tecidos) e a embriologia (o estudo de um
De humani corporis fabrica, um
organismo ainda imaturo).[3]
influente manual ilustrado de
anatomia do século XVI da autoria
A história da anatomia caracteriza-se pela progressiva compreensão das funções dos
de Andreas Vesalius.
órgãos e estruturas do corpo humano. Nos últimos séculos, os métodos de
observação evoluíram de forma significativa, desde a dissecação de carcaças e
cadáveres até às técnicas modernas deimagiologia médica, entre as quais radiografia, ecografia e ressonância magnética.

Índice
Tecidos animais
Tecido conjuntivo
Tecido epitelial
Tecido muscular
Tecido nervoso
Anatomia humana
Anatomia dos vertebrados
Anatomia dos anfíbios
Anatomia das aves
Anatomia dos mamíferos
Anatomia dos peixes
Anatomia dos répteis
Anatomia dos invertebrados
Anatomia dos artrópodes
Anatomia dos moluscos
Estudo
Terminologia anatómica
Termos de localização
Planos anatómicos
Regiões anatómicas
Termos de movimento
História
Antiguidade e Idade Média
Idade Moderna
Idade contemporânea
Referências
Ver também
Ligações externas

Tecidos animais
O reino Animalia, ou metazoários, é constituído por organismos multicelulares que
são heterotróficos e móveis (embora alguns tenham evoluído para um estilo de vida
estático). O corpo da maior parte dos animais apresenta tecidos diferenciados, sendo
por isso denominados eumetazoários. Os animais deste grupo apresentam câmara
digestiva interna com uma ou duas aberturas, os gâmetas são produzidos em órgãos
sexuais multicelulares e os zigotos apresentam estágio de blástula durante o
desenvolvimento embrional. Os eumetazoários não incluem as esponjas, uma vez
que não têm células diferenciadas.[5] Ao contrário das células vegetais, as células
animais não têm parede celular nem cloroplastos. Quando estão presentes, os
Estrutura de uma célula animal.
vacúolos nas células animais são em maior número e muito mais pequenos do que
nas plantas.[6]

Os tecidos do corpo, incluindo os dos músculos, nervos e pele, são constituídos por células de vários tipos diferentes. Geralmente,
cada célula é formada por um núcleo, citoplasma e uma membrana celular constituída por fosfolípidos. Todas as diferentes células de
um animal têm origem na camada germinativa embrionária. Os animais invertebrados mais simples são formados a partir de duas
camadas germinativas – ectoderme e endoderme – e são denominados diblásticos. Nos animais mais complexos, as estruturas e os
órgãos são formados a partir de três camadas germinativas – ectoderme, endoderme e mesoderme – sendo por isso denominados
triblásticos.[6] Os tecidos animais podem ser agrupados em quatro tipos básicos: conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso:

Tecido conjuntivo
O tecido conjuntivo é fibrosos e constituído por células dispersas ao longo de uma
substância inorgânica denominada matriz extracelular. É o tecido conjuntivo que
forma os órgãos e que os mantém no lugar. Os principais tipos de tecido conjuntivo
são o tecido conjuntivo frouxo, tecido adiposo, tecido conjuntivo fibroso, cartilagem
e osso. A matriz extracelular contém proteínas, das quais a principal e mais
abundante é o colagénio. A função do colagénio é organizar e manter os tecidos. A
matriz pode formar um esqueleto, que suporta e protege o organismo. Em alguns
animais este esqueleto é externo, denominadoexosqueleto,
Tecido conjuntivo (a azul) a sustentar
o epitélio (a violeta).
Nos animais mais desenvolvidos e em alguns dos menos desenvolvidos, este esqueleto é interno e denominado endosqueleto. Nos
animais mais simples, o esqueleto é geralmente externo e denominado exosqueleto. O exosqueleto é uma cutícula rígida e espessa,
endurecida através de mineralização, como no caso dos crustáceos, ou de ligação cruzada entre proteínas, como no caso dos
insetos.[6]

Tecido epitelial
O tecido epitelial é constituído por células compactas, com pouco espaço
intercelular, e ligadas entre si por moléculas de adesão celular. As células epiteliais
podem ser escamosas, cubóides ou colunares e assentam sobre uma lâmina basal.
Esta lâmina é a camada superior da membana basal, sendo a inferior a lâmina
reticular que se encontra na proximidade do tecido conjuntivo na matriz extracelular
segregada pelas células epiteliais.[7]

Existem vários tipos diferentes de tecido epitelial, o qual se encontra modificado de


modo a corresponder a uma função em particular. No trato respiratório encontra-se Mucosa gástrica a baixa ampliação.
um tipo de revestimento epitelial ciliado. No revestimento epitelial do intestino
delgado existem microvilos, enquanto no do intestino grosso existem vilosidades intestinais. A pele que reveste o corpo dos
vertebrados é constituída por uma camada exterior de epitélio escamoso estratificado e queratinizado, enquanto 95% das células da
epiderme são queratinócitos.[8] As células epiteliais na superfície exterior do corpo geralmente segregam matriz extracelular na forma
de uma cutícula. Em animais mais simples isto pode ser apenas um revestimento de glicoproteínas.[6] Em animais mais avançados,
formam-se glândulas nas células epiteliais.[9]

Tecido muscular
O tecido ativo e contráctil do corpo é formado por miócitos, ou células musculares.
A função do tecido muscular é produzir força e movimento, tanto o movimento de
locomoção como movimentos dos órgãos internos. O músculo é formado por
miofibrilhas contractéis e divide-se em três tipos principais: músculo liso, músculo
esquelético e músculo cardíaco. O músculo liso não apresenta estrias quando
observado ao microscópio. Contrai-se lentamente, mas é capaz de manter a
contração ao longo de uma grande extensão. Pode ser observado em órgãos como os
tentáculos das anémonas e na parede do corpo dospepinos-do-mar.[10]

Corte transversal de ummúsculo


O músculo esquelético contrai-se rapidamente, mas tem pouca amplitude de
esquelético e um pequeno nervo
extensão. É o responsável pelo movimento dos membros e das mandíbulas. O
com elevada ampliação.
músculo de estrias oblíquas, em que os filamentos se encontram alternados, é um
intermédio entre os outros dois. Pode ser observado, por exemplo, em minhocas, que
[10]
são capazes tanto de se alongar lentamente como de se contrair rapidamente.

Tecido nervoso
O tecido nervoso é constituído por várias células nervosas que transmitem informação denominadas neurónios. Em alguns animais
marinhos de locomoção lenta e radialmente simétricos, como os ctenóforos e os cnidários, os nervos formam uma rede nervosa. No
entanto, na maior parte dos animais estão organizados em grupos longitudinais. Em animais mais simples, são os neurónios recetores
na parede do corpo que reagem diretamente aos estímulos. Em animais mais complexos existem células recetoras especializadas,
como os quimiorrecetores ou os fotorreceptores, que formam grupos e enviam mensagens ao longo de redes neurais para outras
partes do organismo. Os neurónios podem estar ligados entre si em gânglios nervosos.[11]
Nos animais mais evoluídos, os recetores especializados constituem a base dos
órgãos dos sentidos. Estes animais possuem um sistema nervoso central (cérebro e
espinal medula) e um sistema nervoso periférico. Este último consiste em nervos
sensoriais que transmitem informação a partir dos órgãos dos sentidos e nervos
motores que influenciam os órgãos de destino.[12][13] O sistema nervoso periférico
divide-se no sistema nervoso somático, que transmite as sensações e controla os
músculos voluntários, e o sistema nervoso autónomo ,que controla de forma
gãos internos.[14]
involuntária o músculo liso, algumas glândulas e os ór

Tecido nervoso de um nervo


Anatomia humana periférico.

Os seres humanos são animais membros da ordem dos mamíferos, subfilo dos
vertebrados e do filo dos cordados. À semelhança de todos os cordados, o corpo
humano apresenta em determinado momento do desenvolvimento simetria bilateral,
corda dorsal, fendas branquiais e e um tubo neural. Nos seres humanos, as duas
primeiras características estão presentes apenas durante a fase embrionária. À
medida que o embrião se desenvolve, a corda dorsal dá lugar à coluna vertebral
característica dos vertebrados, as fendas branquiais desaparecem completamente e o
tubo neural dá lugar à espinal medula.[15][16] À semelhança dos restantes
mamíferos, o corpo humano apresenta como características proeminentes a presença
de pelos, glândulas mamárias e sistema sensorial bastante desenvolvido. No entanto,
apresenta também algumas diferenças significativas. É o único mamífero com
postura bípede, o que modificou o plano corporal, e o cérebro é de longe o mais
desenvolvido em todo o reino animal.[16] Anatomia externa dosseres
humanos. Embora semelhantes aos
O corpo humano adulto possui mais de 75 biliões de células. Cada célula é capaz de
restantes mamíferos, apresentando
crescer, de metabolizar, de responder a estímulos e de se reproduzir, embora haja pele revestida por pelos, glândulas
algumas exceções. Existem mais de 200 tipos diferentes de células no corpo humano mamárias e sistema sensorial
que, em conjunto com a matriz extracelular, foram os quatro principais tipos de desenvolvido, são os únicos
tecido: epitelial, muscular, nervoso e conjuntivo. Por sua vez, os tecidos formam mamíferos com posturabípede e
têm de longe o cérebro mais
órgãos individuais e cada órgão pode apresentar vários tipos de tecido. O tecido
desenvolvido entre o reino animal.
epitelial reveste a superfície do corpo, os órgãos internos, cavidades e passagens. Os
tecidos musculares são contrácteis e constituem os músculos, enquanto que os
tecidos nervosos constituem o sistema nervoso. O tecido conjuntivo liga as várias estruturas anatómicas entre si e é constituído por
células bastante espaçadas.[16]

O corpo humano é constituído por nove sistemas orgânicos principais. O sistema tegumentar é constituído pela pele que reveste o
corpo e as diversas estruturas a ela associadas, como os pelos, as unhas ou as glândulas sebáceas, e tem a função de proteger os
outros órgãos. O sistema locomotor compreende os músculos esqueléticos e os ossos do esqueleto e tem função locomotora e de
proteção dos órgãos internos. O sistema respiratório é constituído pelos pulmões, músculos da respiração e respetivas passagens e
tem a função de extrair oxigénio do ar, fundamental para o metabolismo, devolvendo dióxido de carbono. O sistema circulatório ou
cardiovascular é constituído pelo coração, vasos sanguíneos e sangue. O coração impulsiona a circulação do sangue, o qual tem a
função de transportar oxigénio, nutrientes, células imunitárias, hormonas e resíduos entre as células das diversas partes do corpo. O
sistema digestivo é constituído pela boca, esófago, estômago e intestinos e tem a função de processar os alimentos em nutrientes
aproveitáveis pelo corpo, que são depois absorvidos pelo sangue ou pela linfa e os resíduos expulsos na forma de matéria fecal. O
sistema excretor é constituído pelos rins, bexiga e respetivos canais e tem a função de remover os compostos de nitrogénio tóxicos da
corrente sanguínea. O sistema endócrino é constituído pelos tecidos e glândulas que produzem hormonas, as quais atuam como uma
rede de comunicações entre os vários sistemas. O sistema reprodutor, feminino ou masculino dependendo do sexo, é constituído
pelos órgãos sexuais e permite areprodução e a continuidade da espécie.[16]
Anatomia dos vertebrados
A característica que define um vertebrado é a presença de coluna vertebral. Todos os animais vertebrados apresentam um plano
corporal muito semelhante e em determinado momento na vida, geralmente durante o período embrionário, apresentam as principais
características dos cordados: uma corda dorsal, um tubo neural, arcos faríngeos e uma cauda posterior ao ânus. A espinal medula, que
é protegida pela coluna vertebral, encontra-se acima da corda dorsal, enquanto o trato gastrointestinal se encontra por baixo.[17] A
coluna vertebral é formada pelo desenvolvimento do conjunto de vértebras segmantadas. Na maior parte dos vertebrados a corda
dorsal embrionária transforma-se nonúcleo pulposo dos discos intervertebrais. No entanto, alguns vertebrados mantêm a corda dorsal
em adultos, como é o caso do esturjão.[18] Os vertebrados com mandíbulasapresentam pares de apêndices, barbatanas ou pernas que
podem ser vestigiais. O tecido nervoso dos vertebrados tem origem na ectoderme, o tecido conjuntivo na mesoderme e o tubo
digestivo na endoderme. Na extremidade posterior encontra-se uma cauda que prolonga a medula espinal e as vértebras, mas não o
tubo digestivo. A boca encontra-se na extremidade anterior do animal e oânus na base da cauda.[19]

Anatomia dos anfíbios


Os anfíbios são uma classe de animais que engloba os sapos, salamandras e cecílias.
Embora sejam tetrápodes, as cecílias e algumas espécies de salamandras não
possuem membros ou os seus membros são de tamanho muito reduzido. Os
principais ossos dos anfíbios são ocos, leves e totalmente ossificados. As vértebras
são articuladas entre si e apresentam processos articulares. As costelas são
geralmente curtas e podem-se apresentar fundidas com as vértebras. O crânio é
geralmente largo e curto e apresenta frequentemente ossificação incompleta. A pele
contém pouca queratina e não é revestida por escamas, sendo revestida por várias
glândulas mucosas e, em algumas espécies, glândulas venenosas.[20]

O coração dos anfíbios apresenta três câmaras: duas aurículas e dois ventrículos.
Possuem uma bexiga e os detritos nitrogenados são expelidos principalmente na Os anfíbios, que incluem os sapos,
forma de ureia. Os anfíbios respiram principalmente pela boca, bombeando ar para a salamandras e cecílias, são capazes
região bucofaríngea pelas narinas, que depois é forçado a circular para os pulmões de respirar pela pele, que se
contraindo a garganta.[20] Esta respiração é complementada com trocas gasosas encontra revestida porglândulas
[21]
através da pele, que necessita de estar constantemente humedecida. mucosas e necessita de estar
constantemente humedecida.
Nos sapos, a bacia é robusta e as pernas posteriores são muito mais fortes e
compridas em relação às anteriores. Os pés possuem quatro ou cinco dígitos e os dedos e muitas vezes apresentam membranas
interdigitais para nadar ou ventosas para trepar. Os sapos possuem olhos grandes e não têm cauda. A aparência das salamandras
assemelha-se à dos lagartos; as pernas curtas projetam-se para os lados, o ventre está em contacto ou muito próximo do solo e têm
uma cauda longa. A aparência das cecílias assemelha-se à das minhocas e não possuem membros. Escavam através de zonas de
[22]
contração muscular que se movem ao longo do corpo e nadam fazendo ondular lateralmente o corpo.

Anatomia das aves


Embora as aves sejam tetrápodes e os membros posteriores sejam usados para caminhar ou saltar, os membros anteriores são asas
cobertas por penas e adaptadas ao voo. As aves são animais endotérmicos, têm um elevado metabolismo, um esqueleto pneumático e
músculos fortes. Os ossos são delgados, ocos e muito leves, sendo o interior de alguns preenchidos por sacos aéreos ligados aos
pulmões. O esterno é bastante largo e geralmente tem umaquilha adjacente. As vértebras caudais encontram-se fundidas. As aves não
possuem dentes e as mandíbulas, estreitas, evoluíram para um bico. Os olhos são relativamente grandes, sobretudo em espécies
noturnas como as corujas. Em espécies predadoras os olhos estão orientados para a frente, enquanto outras espécies possuem visão
lateral.[23]
As penas são desenvolvimentos epidérmicos e situam-se em regiões específicas da
pele. As grandes penas de voo encontram-se nas asas e na cauda. A única glândula
cutânea é a glândula uropigial perto da base da cauda, que produz uma secreção
oleosa as aves usam para impermeabilizar as penas. As pernas, patas, dedos e garras
são cobertos por escamas.[23]

Anatomia dos mamíferos


Os mamíferos são uma classe diversificada de animais. A maioria são terrestres,
embora alguns sejam aquáticos e outros sejam capazes de voar ou planar. A maior
parte das espécies apresenta quatro membros. Alguns mamíferos aquáticos podem
não possuir membros ou os membros podem ter evoluído para barbatanas, enquanto A característica anatómica mais
que nos morcegos os membros evoluíram para asas. As pernas de maior parte dos proeminente das aves são as penas
mamíferos situam-se na parte inferior do tronco, que se ergue bastante acima do que, em conjunto com ossacos
chão. Os ossos dos mamíferos são plenamente ossificados. Os dentes, que são aéreos, lhes permitem voar.
geralmente diferenciados, são revestidos por uma camada de esmalte e geralmente
são substituídos uma vez na vida, ou não, como no caso dos cetáceos. Os mamíferos
apresentam três ossos no ouvido médio e uma cóclea no ouvido interno. A pele é
revestida por pelos e a pele contém glândulas sudoríparas. Algumas destas glândulas
são glândulas mamárias que produzem leite para alimentar as crias.[24]

Os mamíferos respiram através de pulmões e apresentam um diafragma que separa o


tórax do abdómen e ajuda os pulmões a inspirar o ar. O coração apresenta quatro
câmaras e as correntes sanguíneas oxigenada e desoxigenada são mantidas
completamente separadas. Os resíduos nitrogenados são expelidos principalmente na
forma de ureia.[24] As principais características
anatómicas dos mamíferos são a
Os mamíferos são amniotas e a maior parte são vivíparos, dando à luz crias vivas. presença de glândulas mamárias,
As únicas exceções que põem ovos, são os monotremados, os ornitorrincos e as pele coberta por pelos e sistema
sensorial bastante desenvolvido.
equidnas da Austrália. Os restantes animais desenvolvem fetos no interior de uma
placenta que os alimenta. Nos marsupiais, em que a fase fetal é relativamente curta,
a cria nasce ainda imatura e desloca-se para o marsúpio da progenitora, onde se alimenta de um mamilo e conclui o
desenvolvimento.[24]

Anatomia dos peixes


O corpo dos peixes divide-se em cabeça, tronco e cauda, embora as divisões entre
estes segmentos nem sempre sejam percetíveis a partir do exterior. O esqueleto, que
é a estrutura de suporte no interior dos peixes, pode ser constituído por cartilagem,
nos peixes cartilagíneos, ou por osso nos peixes ósseos. O principal elemento do
esqueleto é a coluna vertebral, composta por vértebras articuladas e bastante leves,
embora muito resistentes. As costelas estão ligadas à coluna e não existem membros.
As principais características externas dos peixes, as barbatanas, são constituídas por
espinhos ósseos ou moles, por vezes denominados "raios". À exceção da barbatana
dorsal, as barbatanas não estão diretamente ligadas à coluna vertebral, sendo As características anatómicas mais
suportadas apenas pelos músculos do tronco.[25] O coração dos peixes possuiu duas evidentes dos peixes são a presença
câmaras e bombeia o sangue ao longo da superfície respiratória dasguelras e de todo de barbatanas e escamas. O
o corpo num único ciclo.[26] Os olhos estão adaptados à visão submarina e têm esqueleto pode ser ósseo ou
cartilaginoso, como nos tubarões ou
pouco alcance. Possuem um ouvido interno, mas sem pavilhão auditivo externo. Os
raias.
peixes são capazes de detetar vibrações de baixa frequência através de um sistema de órgãos sensoriais ao longo de todo o
comprimento da linha lateral, que lhes permitem aperceber-se de movimentos e alterações na pressão da água nas imediações.[25]

Os peixes ósseos apresentam maior número de traços anatómicos derivados, muitas vezes com significativas alterações
evolucionárias em relação aos peixes antigos. Possuem esqueleto ósseo, são geralmente achatados lateralmente, apresentam cinco
pares de guelras protegidas por um opérculo e uma boca na ponta ou perto do focinho. A derme encontra-se coberta por escamas
sobrepostas. Os peixes ósseos possuem uma bexiga natatória que os ajuda a manter uma profundidade constante, mas não uma
[27]
cloaca. Geralmente desovam na água uma grande quantidade de pequenos ovos pouco vitelinos.

Os tubarões e as raias são peixes cartilaginosos basais com várias características anatómicas primitivas semelhantes às dos peixes
antigos, incluindo esqueletos constituídos por cartilagem. O seu corpo tende a ser achatado ao longo do dorso e do ventre, e
geralmente apresentam cinco pares de guelras e uma boca de grande dimensão no lado inferior da cabeça. A derme encontra-se
revestida por escamas placoides separadas. Apresentam uma cloaca com função urinária e genital, embora não possuam bexiga
natatória. Os peixes cartilaginosos produzem ovos vitelinos de grande dimensão, embora em pouco número. Algumas espécies são
ovovivíparas e a cria desenvolve-se internamente, enquanto outras são ovíparas e a as larvas desenvolvem-se externamente dentro do
ovo.[27]

Anatomia dos répteis


Os répteis são uma classe de classe de animais que engloba as tartarugas, tuataras,
lagartos, serpentes e crocodilos. Embora sejam tetrápodes, as serpentes e algumas
espécies de lagartos não possuem membros ou os membros são de tamanho muito
reduzido. Os ossos dos répteis são mais ossificados e o esqueleto é mais resistente
em relação ao dos anfíbios. Os dentes são cónicos e de tamanho uniforme. As
células superficiais da epiderme encontram-se modificadas em pequenas escamas
que criam uma camada impermeável. Os répteis não são capazes de usar a pele para
respirar, como os anfíbios, mas têm um sistema respiratório mais eficiente que aspira
ar para os pulmões expandindo as paredes do peito. O coração assemelha-se ao dos Os répteis englobam os lagartos
anfíbios, mas possui também um septo interventricular que separa de forma mais (imagem), tartarugas, serpentes e
eficiente as correntes sanguíneas oxigenada e desoxigenada. O sistema reprodutor crocodilos. As características
está preparado para fecundação interna e a maior parte das espécies possui um órgão anatómicas mais evidentes são pele
copulatório. Os ovos são envolvidos por uma membrana amniótica que impede que é revestida por escamas
impermeáveis e a posição de
sequem e são postos em terra, embora em algumas espécies se desenvolvam
locomoção junto ao solo.
internamente. A bexiga é pequena, uma vez que os resíduos nitrogenados são
expelidos na forma deácido úrico.[28]

As tartarugas apresentam uma característica carapaça rígida que protege o tronco, inflexível, formada por placas ósseas embutidas na
derme, por sua vez revestidas por placas córneas e parcialmente fundidas com as costelas e a coluna. O pescoço é longo e flexível e a
cabeça e as pernas podem ser recolhidas para o interior da carapaça. As tartarugas são herbívoras, pelo que os dentes característicos
dos outros répteis foram substituídos por placas córneas afiadas. Nas espécies aquiáticas, as pernas da frente evoluíram para
barbatanas.[29]

Os lagartos apresentam crânios com apenas uma fenestra de cada lado, tendo perdido o osso por baixo da segunda fenestra. Isto faz
com que a ligação entre as mandíbulas seja menos rígida, o que lhes permite abrir mais a boca. Os lagartos são essencialmente
quadrúpedes. O tronco levanta-se ligeiramente do chão, apoiado em quatro pernas projetadas para os lados, embora algumas espécies
não possuam membros e se assemelhem a serpentes. Os lagartos possuem pálpebras móveis, tímpanos e algumas espécies possuem
olho parietal central.[29]

As serpentes são parentes próximas dos lagartos, tendo derivado de uma linhagem ancestral em comum durante o período Cretácico,
e partilham muitas características. O esqueleto é constituído pelo crânio, osso hioide, coluna vertebral e costelas, embora algumas
espécies apresentem vestígios de uma bacia e membros posteriores. Também perderam o osso por baixo da segunda fenetra do crânio
e as mandíbulas têm uma flexibilidade extrema, o que permite às serpentes engolir as presas inteiras. Embora as pálpebras sejam
imóveis, os olhos são cobertos por escamas transparentes. As serpentes não possuem tímpanos, mas conseguem detetar vibrações na
terra através dos ossos do crânio. A língua bifurcada é usada como órgão paladar e olfativo. Algumas espécies apresentam orifícios
[30]
sensoriais na cabeça, o que lhes permite localizar presas de sangue quente.

Os crocodilianos são répteis aquáticos de baixa estatura e grande dimensão, de focinho comprido e grande número de dentes. A
cabeça e o tronco são achatados ao longo do ventre. A cauda é comprimida lateralmente e ao nadar ondula para impulsionar o animal.
As escamas duras e queratinizadas, algumas inclusivamente fundidas no crânio, proporcionam aos crocolidos uma armadura corporal.
As narinas, olhos e ouvidos são salientes em relação à cabeça achatada, o que permite que se mantenham à superfície quando o
animal flutua. Quando submerge, as narinas e ouvidos são selados por válvulas. Ao contrário de outros répteis, os crocodilianos
possuem um coração de quatro câmaras, o que lhes permite separar completamente a circulação de sangue oxigenado e
desoxigenado.[31]

Pelo exterior, as tuataras assemelham-se aos lagartos, embora a linhagem se tenha dividido durante o período Triássico. Existe apenas
uma espécie viva, Sphenodon punctatus. O crânio tem duas fenestras em cada lado. A ligação da mandíbula ao crânio é rígida.
Apresentam uma fileira de dentes na mandíbula inferior, que encaixa entre as duas fileiras da mandíbula superior. Os dentes são
apenas projeções de material ósseo da mandíbula que se vai desgastando. O cérebro e o coração são mais primitivos do que em outros
répteis. Os pulmões apresentam uma única câmara e não possuem brônquios e a cabeça possui um olho parietal bem
desenvolvido.[29]

Anatomia dos invertebrados


Por definição, invertebrados são os animais sem coluna vertebral. São um grupo vasto e diversificado de seres vivos que corresponde
a cerca de 95% de todas as espécies animais, desde eucariontes simples e unicelulares, como o Paramecium, até animais complexos e
multicelulares como o polvo, a lagosta ou as libélulas.[32] A superfície exterior da epiderme dos invertebrados é geralmente formada
por células epiteliais e segrega amatriz extracelular que suporta o organismo. Os equinodermes, esponjas, e cefalópodes possuem um
endosqueleto derivado da mesoderme. Os artrópodes (insetos, aracnídeos, carrapatos, camarões, caranguejos e lagostas) possuem
exosqueletos derivados da epiderme e constituídos por quitina. Nos moluscos, braquiópodes e alguns poliquetas as carapaças são
constituídas por carbonato de cálcio. O exosqueleto dos microscópicos radiolários e diatomáceas são constituídos por sílica.[33] Os
restantes invertebrados podem não apresentar estruturas rígidas, embora a epiderme possa segregar diversos revestimentos
superficiais, como é o caso da pinacoderme das esponjas, da cutícula gelatinosa dos cnidários (pólipos, anémonas, alforrecas) ou da
cutícula colaginosa dos anelídeos. Esta camada externa pode incluir células de diversos tipos, incluindo células sensoriais, glândulas
e células venenosas. Podem ainda existir saliências comomicrovilos, cílios, espinhos ou tubérculos.[34]

Os protozoários são organismos unicelulares. Embora as suas células apresentem a mesma estrutura básica dos animais
multicelulares, algumas partes da célula especializaram-se e têm função equivalente aos tecidos e órgãos. A locomoção é muitas
vezes feita por cílios, flagelos ou pseudópodes. Os nutrientes podem ser obtidos por fagocitose, as necessidades energéticas podem
ser satisfeitas por fotossíntese e a célula pode ser suportada por um endosqueleto ou exoesqueleto. Alguns protozoários podem
formar colónias multicelulares.[32]

Anatomia dos artrópodes


Os artrópodes são o maior filo no reino animal. A este grupo pertencem um milhão de espécies, o que corresponde a 84% de todas as
espécies de animais conhecidas, incluindoinsetos, aracnídeos, carrapatos, camarões, caranguejos e lagostas.[35]

Os insetos possuem corpos segmentados suportados por um exosqueleto rígido, constituído principalmente por quitina. Os segmentos
do corpo dividem-se em três partes distintas: uma cabeça, um tórax e um abdómen.[36] A cabeça geralmente contém um par de
antenas sensoriais, um par de olhos compostos, um a três ocelos e três conjuntos de apêndices modificados que formam as peças
bucais. O tórax apresenta três pares de pernas, uma para cada um dos três segmentos do tórax, e dois pares de asas. O abdómen é
constituído por onze segmentos, alguns dos quais podem ser unidos, e protege os
sistemas digestivo, respiratório, esxcretório e reprodutor.[37] As diferentes espécies
apresentam variações signifcativas entre si e numeras adaptações das diferentes
[38]
partes do corpo, especialmente das asas, pernas, antenas e partes bucais.

As aranhas, uma classe dos aracnídeos, apresentam quatro pares de pernas e um


corpo com dois segmentos (cefalotórax e abdómen), não possuindo asas ou antenas.
As partes bucais, denominadas quelíceras, estão muitas vezes ligadas a glândulas
venenosas, uma vez que a maior parte das aranhas são venenosas. Possuem ainda um
segundo par de apêndices ligados ao cefalotórax, denominados pedipalpos, com Os artrópodes incluem os insetos,
segmanteção semelhante às pernas e que atuam como órgãos do paladar e do olfato. aracnídeos e crustáceos e são o
maior filo do reino animal. A
gão copulatório.[39]
Na extremidade de cada pedipalpo dos machos encontra-se o ór
característica anatómica mais
evidente é a presença de um
O corpo dos crustáceos é composto por segmentos agrupados em três regiões:
exosqueleto rígido e segmentado,
cabeça, tórax e abdómen.[40][41][42] Em algumas espécies, a cabeça e o tórax
como este escaravelho.
encontram-se unidas formando um cefalotórax, que pode ser coberto por uma
carapaça única.[43][44] O corpo cos crustáceos é protegido por um
exosqueleto rígido, que necessita de ser mudado para que o animal possa crescer.[45] Cada segmento, ou somito, pode apresentar um
par de apêndices. Nos segmentos da cabeça, estes apêndices incluem dois pares de antenas, mandíbulas e maxilas.[40] Os segmentos
torácicos apresentam pernas, que podem ser especializadas na locomoção ou na alimentação.[41] O abdómen apresenta pleópodes e
termina num Télson.[42][46] A principal cavidade corporal é um sistema circulatório aberto, em que o sangue é bombeado para o
hemocélio por um coração situado no dorso.[47]

Anatomia dos moluscos


Os moluscos são um filo de invertebrados extremamente diversificado que inclui os
cefalópodes, como os polvos, lulas e chocos; e os gastrópodes, como os caracóis e
lesmas. As três características universais que definem os moluscos modernos são um
manto com uma cavidade significativa, a presença de uma rádula e a estrutura do
sistema nervoso. Fora destas características comuns, os moluscos apresentam uma
grande diversidade anatómica, pelo que vários manuais descrevem a anatomia dos
moluscos através de um "molusco genérico hipotético" que representa as
características mais comuns do filo. Este molusco generalizado reproduz-se por
fissão binária, de forma semelhante às estrelas-do-mar, apresenta simetria bilateral e Os moluscos são um filo de grande
uma concha no topo. O lado inferior consiste num único pé muscular. A região mole diversidade anatómica que inclui os
e não muscular do molusco que contém os órgãos denomina-se massa cefalópodes, como o polvo, lulas e
visceral.[48][49][49][50] chocos; os gastrópodes, como as
lesmas, lesmas-do-mar e caracóis
É na cavidade do manto que se situam os nefrídeos (órgãos excretores), gónadas (imagem); e os bivalves como as
órgãos reprodutores, as guelras, o ânus e um par de osfrádios (órgãos sensoriais).[49] amêijoas.
O manto segrega umaconcha, embora ausente em alguns grupos taxonómicos, como
os nudibrânquios.[51] A concha é constituída principalmente por quitina e conchiolina e endurecida com carbonato de cálcio (exceto
na camada superficial).[49][52] A parte inferior dos moluscos é constituída por um pé muscular, que tem diferentes finalidades
conforme a classe.[53] Nos gastrópodes, o pé segrega muco que atua como lubrificante na locomoção. Em espécies cuja concha é
cónica, como as lapas, o pé atua como ventosa, agarrando o animal a uma superfície sólida. Nas espécies de conchas em espiral, os
músculos puxam o pé e outras partes salientes para o interior da concha.[49] Nos bivalves o pé está adaptado a escavar os sedimentos
e nos cefalópodes é usado para locomoção, podendo apresentartentáculos.[53][54]

Os moluscos possuem sistema circulatório aberto.[51] As aurículas do coração fazem também parte do sistema excretório, filtrando
resíduos do sangue. A maior parte do sistema respiratório dos moluscos apresenta apenas um par de guelras.[49] Os moluscos usam
digestão intracelular e as partes bucais apresentam uma rádula, uma língua com dentes que aspira bactérias e algas das rochas. Na
boca existem glândulas que segregam muco ao qual a comida adere e possuem um complexo sistema digestivo em que cílios
microscópicos desempenham vários papéis.[51][49] Os moluscos cefálicos apresentam dois pares de cordas nevosas ventrais e os
bivalves três. Em espécies que o possuem, o cérebro envolve o esófago. A maior parte dos moluscos apresenta olhos e todas as
espécies têm sensores sensíveis a químicos, a vibrações e ao toque.[49] Os sistemas reprodutores mais simples baseiam-se na
fertilização externa, embora alguns moluscos usem fertilização interna ou sejam hermafroditas. Os moluscos co fertilização externa
põem ovos, dos quais emergem larvas trocóforas, larvas velígeras ou adultos em miniatura.[49]

Estudo
A anatomia humana é uma das ciências fundamentais da medicina.[55] A anatomia
humana, a fisiologia e a bioquímica são ciências médicas básicas complementares,
que são geralmente ensinadas aos estudantes no primeiro ano das faculdades de
medicina. As profissões médicas exigem conhecimentos aprofundados de anatomia,
sobretudo no caso dos cirurgiões e em especialidades de diagnóstico, como na
histopatologia e na radiologia.[56] A anatomia humana pode ser estudada de forma
regional ou sistémica. A anatomia regional estuda as regiões do corpo, como a
cabeça ou o tórax, enquanto que a anatomia sistémica estuda sistemas específicos,
como os sistemas nervoso ou respiratório.[3] O mais notável manual de anatomia,
Lição de Anatomia do Dr. Willem van
Gray's Anatomy, foi reorganizado de um formato sistémico para um formato
der Meer, Michiel Jansz van
[57][58]
regional, de acordo com os métodos de ensino contemporâneos. Mierevelt, 1617

Um anatomista estuda a forma, tamanho, posição, estrutura, irrigação sanguínea e


nervosa de um órgão como o fígado, enquanto um fisiologista estuda a produção debílis, o papel do fígado nanutrição e na regulação
das funções corporais.[2] A anatomia pode ser estudada usando métodos tanto invasivos como não invasivos, que permitem obter
dados sobre a estrutura e organização dos órgãos e dos sistemas.[3] Entre os métodos usados estão a dissecação, em que o organismo
é aberto para serem estudados os órgãos, e a endoscopia, em que se insere um instrumento equipado com uma câmara de vídeo por
uma pequena incisão na parede do corpo. A angiografia por raio-x ou ressonância magnética permitem visualizar os vasos
sanguíneos.[59][60][61][62]

Terminologia anatómica
Os termos anatómicos são compostos por uma raiz à qual acrescem prefixos e sufixos. A raiz geralmente indica determinado órgão,
tecido ou condição.[63]

Termos de localização
Os termos anatómicos usados para descrever a localização de determinada estrutura têm por base a posição anatómica de referência.
Nos seres humanos, esta posição corresponde a uma pessoa de pé, com os pés ligeiramente afastados, braços esticados e as palmas
das mãos abertas e viradas para a frente.[63]Quando os anatomistas mencionam o lado esquerdo ou o lado direito do corpo, referem-
se à esquerda e direita do indivíduo, e não do observador. Ao observar um corpo na posição anatómica de referência, o lado esquerdo
do corpo é o lado direito do observador e vice-versa. Os termos padronizados evitam confusão. Entre os termos mais usados
estão:[64]:4

Anterior e posterior descrevem a parte da frente (anterior) e de trás (posterior) de um corpo. Por exemplo, os
dedos dos pés encontram-se anteriormente em relação ao tornozelo e a coluna vertebral encontra-se
posteriormente em relação aocoração.
Superior (ou cranial) e inferior (ou caudal) descrevem uma posição em cima (superior , em direção ao crânio) ou
em baixo (inferior, em direção à cauda) relativamente a outra parte do corpo. Por exemplo, otórax situa-se
superiormente ao abdómen, enquanto apélvis situa-se inferiormente ao abdómen.
Medial e lateral descrevem uma posição que é mais próxima (medial) ou mais afastada (lateral) do plano sagital.
Por exemplo, no caso do joelho oligamento colateral medialestá situado medialmente, ou mais próximo do plano
sagital, enquanto que oligamento colateral lateralestá localizado lateralmente, ou mais afastado do plano sagital.
Ventral e dorsal descrevem estruturas derivadas da parte da frente
(ventral) ou de trás (dorsal) doembrião antes da rotação dos membros.
Proximal e distal descrevem uma posição mais próxima (proximal) ou
mais afastada (distal) em relação à raiz do membro. Por exemplo, o
braço é considerado proximal quando comparado com oantebraço
(distal), uma vez que está mais próximo da raiz.
Superficial e profundo descrevem as estruturas que estão mais
próximas (superficiais) ou mais afastadas (profundas) em relação à
superfície do corpo. Por exemplo, a pele é mais superficial do que os
ossos e o cérebro é mais profundo que o crânio.

Planos anatómicos
Os elementos anatómicos são muitas vezes descritos em relação a planos
geométricos de referência:[64] :4[63] Posição anatómica de referência
com os termos de localização
Plano sagital é o plano que divide verticalmente um corpo ou um órgão relativa.
nos lados direito e esquerdo. Quando este plano vertical passa pelo
meio do corpo denomina-seplano sagital mediano. Quando divide o
corpo em lados desiguais denomina-seplano parasagital.
Plano frontal ou plano coronal é o plano que divide um corpo ou
órgão numa parte anterior (frontal) e posterior (dorsal).
Plano transversal é o plano que divide horizontalmente um corpo ou
um órgão nas partes inferior e superior.

Regiões anatómicas
Os anatomistas dividem o corpo em regiões anatómicas. Na parte anterior do tronco
situa-se o "tórax", na região superior, e o "abdómen" na região inferior. Na parte
posterior do tronco, ou costas, situa-se o a "região dorsal", na parte superior, e a
"região lombar" na parte inferior. A região das omoplatas é denominada região
escapular e a região do esterno é denominada "região esternal". A região entre o
Os três planos anatómicos do corpo:
peito e a pelve denomina-se "região abdominal". O peito pode é também
sagital, transversal e frontal.
denominado "região mamária", a axila como "região axilar" e o umbigo como
"região umbilical". A pelve entre o abdómen e as coxas corresponde à "região
hipogástrica". As virilhas, em que a coxa se une ao tronco, são a "região inguinal".
Os glúteos correspondem à região glútea e apúbis à "região púbica".[63]

O braço completo é denominado "região braquial". A parte anterior do cotovelo é


denominada "região cubital" e a parte posterior "região olecraniana". O antebraço
corresponde à "região antebraquial". O punho e o carpo são denominados "região
carpal". A palma da mão é denominada "região palmar". O dedo polegar é
denominado "pólex" e os restantes dedos divididos em falanges proximais, médias e
distais, nas extremidades. Os anatomistas dividem os membros inferiores em coxa
(secção entre a anca e o joelho) e perna (secção entre o joelho e o tornozelo). A coxa
Corpo humano na posição
e o fémur correspondem à "região femoral". A parte anterior do joelho, a rótula,
anatómica de referênciacom as
corresponde à "região rotuliana" e a parte posterior, o poplíteo, à "região poplítea". regiões anatómicas a negrito.
A generalidade da perna é a "região crural"; a referência apenas à parte lateral
denomina-se "região peroneal" e à parte posterior, os gémeos, a "região sural". O
tornozelo e o tarso denominam-se "região tarsal" e ocalcanhar a "região calcânea". O dedo grande do pé é referido como hálux".
" [63]

Termos de movimento
Flexão e extensão descrevem os movimentos que modificam o ângulo entre duas partes do corpo. Flexão é o
movimento de dobra quediminui o ângulo entre um segmento e o seu segmento proximal. Por exemplo, dobrar o

cotovelo ou a apertar a mão são movimentos de flexão e quando uma


cotovelo ou a apertar a mão são movimentos de flexão e quando uma
pessoa está sentada, os joelhos estão flectidos. Quando uma
articulação pode rodar para a frente e para trás, como no caso do
pescoço ou do tronco, a flexão refere-se ao movimento em direção à
parte anterior do corpo. A extensão é o oposto de flexão, descrevendo o
movimento que aumenta o ângulo entre duas partes do corpo. Por
exemplo, uma pessoa de pé tem os joelhos estendidos. Em articulações
que podem rodar para a frente e para trás, a extensão refere-se ao
movimento em direção à parte posterior do corpo. [65][66]

Abdução e adução descrevem os movimentos que afastam ou


aproximam uma estrutura do centro do corpo (plano sagital). Abdução é
o movimento que afasta a estrutura do plano sagital. Por exemplo,
levantar os braços é uma abdução do ombro. No caso dos dedos,
refere-se ao afastamento em relação às palmas das mãos ou dos pés.
Adução é o movimento que puxa uma estrutura em direção ao plano
sagital ou em direção à linha mediana de um membro. Por exemplo,
juntar os joelhos ou fechar os dedos da mão.[67][68]
Elevação e depressão referem-se aos movimentos para cima e para
baixo do plano horizontal. Por exemplo, encolher os ombros é uma Principais movimentos anatómicos
elevação da omoplata. [69][70] do corpo.
Rotação medial (ou interna) e rotação lateral (ou externa) referem-
se, respetivamente, à rotação que aproxima ou afasta a estrutura do
centro do corpo.[71]
Retroversão e anteroversão referem-se ao movimento do sangue ou de outros fluidos numa direção normal
(anteroversão) ou anormal (retroversão).[72]
Dorsiflexão e flexão plantar descrevem a extensão ou flexão do pé a partir dotornozelo. Dorsiflexão é o
movimento em que os dedos do pé se aproximam datíbia, diminuindo o ângulo entre o dorso do pé e o dorso
(frente) da perna. Por exemplo, ao caminhar apenas com os calcanhares apoiados, o tornozelo está em dorsiflexão.
A flexão plantar é o movimento que diminui o ângulo entre a planta do pé e as costas da perna. Por exemplo, o
movimento de carregar num pedal automóvel. [73] No caso da mão, usa-se os termosdorsiflexão e flexão
palmar. [74]

Eversão e inversão descrevem os movimentos que inclinam a planta do pé para fora (eversão) ou para dentro
(inversão) em relação ao plano sagital, como no caso de uma torção do tornozelo. [75]

Pronação e supinação descrevem a rotação doantebraço ou do pé de forma a que naposição anatómica de


referência a palma da mão ou planta do pé fique voltada para a parte anterior (supinação) o posterior
(pronação).[76]

História

Antiguidade e Idade Média


O Papiro de Edwin Smith, um manual de medicina do Antigo Egito datado de 1600
a.C., descrevia o fígado, o baço, os rins, o hipotálamo, a bexiga, o coração e os vasos
sanguíneos que dele divergem. O Papiro Ebers, datado de 1550 a.C., contém um
"tratado do coração", demonstrando os vasos que transportam todos os fluidos
corporais para ou a partir de todos os membros do corpo.[77] O Corpus
Hippocraticum, um compêndio de textos de medicina da Antiga Grécia de autores
Ilustração publicada em ''Acta
anónimos, descrevia a anatomia dos músculos e do esqueleto.[78] Aristóteles
eruditorum'', 1691
descreveu a anatomia dos vertebrados com base em dissecações de animais.
Praxágoras identificou a diferença entre artérias e veias. No século III a.C., Herófilo
e Erasístrato foram autores de descrições anatómicas mais precisas, obtidas através da vivissecção de criminosos em Alexandria
durante a Dinastia Ptolemaica.[79][80]

No século II d.C., o médico, cirurgião e filósofo romano Cláudio Galeno, escreveu o mais influente tratado de anatomia da
antiguidade e dos séculos seguintes.[81] Influente também na Idade de Ouro Islâmica, seria redescoberto durante o Renascimento a
partir de traduções do grego feitas durante o século XV.[82] Entre 1275 e 1326, os anatomistas bolonheses Mondino de Luzzi,
Alessandro Achillini e Antonio Benivieni realizaram as primeiras dissecações humanas sistemáticas desde a Antiguidade.[83][84][85]
A obra de Mondino Anatomia, publicada em 1316, foi o primeiro manual publicado durante a redescoberta medieval da anatomia
humana. Descreve o corpo conforme a ordem seguida por Mondino durante as dissecações, começando pelo abdómen, depois o
[82]
tórax, a cabeça e por fim os membros. A publicação tornou-se o manual de anatomia padrão ao longo do século seguinte.

Idade Moderna
Andreas Vesalius, professor de anatomia na Universidade de Pádua, é considerado o fundador da anatomia moderna.[86] Proveniente
do Ducado de Brabante, Vesalius foi o autor do influente livro De humani corporis fabrica ("A Estrutura do Corpo Humano"), um
livro de grande formato publicado em sete volumes em 1543. Pensa-se que as ilustrações, muito precisas e detalhadas e muitas vezes
em poses alegóricas com fundos de paisagens italianas, tenham sido da autoria do artistaJan van Calcar, discípulo de Ticiano.[82][87]

O artista italiano Leonardo da Vinci foi aprendiz de anatomia de Andrea del


Verrocchio, conhecimento que se manifestou ao longo da sua obra em inúmeros
desenhos de estruturas ósseas, músculos e órgãos de seres humanos e outros animais
que dissecava.[82][88] Em Inglaterra a anatomia foi o tópico das primeiras
conferências públicas sobre ciência, organizadas no século XVI pela Companhia de
Barbeiros-Cirurgiões e pelo Royal College of Physicians.[89]

No século XVIII começaram a ser fundadas as primeiras escolas de medicina


contemporânea. Como as aulas de anatomia necessitavam de um fornecimento
constante de cadáveres para dissecação e estes eram difícieis de obter, o tráfico de
cadáveres aumentou significativamente, uma atividade criminosa que consistia em
[90] A prática obrigou
dessecrar sepulturas para furtar os cadáveres recém-sepultados.
à proteção dos cemitérios e à criação de leis que permitiram a doação de cadávers
para fins científicos.[91][92]

Idade contemporânea
Antes da época dos procedimentos médicos modernos, os principais meios para o
estudo da estrutura do corpo eram a palpação e a dissecação. Foi o aparecimento da
microscopia que permitiu compreender os constituintes básicos dos tecidos vivos. A
introdução das lentes acromáticas aumentou o poder de resolução do microscópio, o
que permitiu a Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann descobrir, em 1839,
que as células são a unidade fundamental de organização de todos os organismos
vivos. Dado que a investigação microscópica envolve a passagem de luz pelos
objetos a ser estudados, a invenção do micrótomo veio permitir a realização de
cortes extremamente finos. Foram também desenvolvidas técnicas de coloração com Raio X (em cima), ressonância
magnética (a meio), e tomografia
corantes artificiais que vieram permitir distinguir com maior facilidade os vários
computorizada tridimensional (em
tipos de células e que, no fim doséculo XIX , deram origem aos campos da citologia
baixo) do abdómen.
e histologia.[93]

A invenção do microscópio eletrónicoem 1931 permitiu aumentar drasticamente o poder de resolução, o que veio permitir observar a
ultraestrutura das células e das organelas e outras estruturas no seu interior. Na década de 1950, a introdução da cristalografia de raios
X para o estudo das estruturas proteicas, ácidos nucleicos e outras moléculas biológicas deu origem ao novo campo da anatomia
molecular.[93] A radiação eletromagnética de onda curta, como os raios X, é capaz de atravessar o corpo e é por isso usada em
radiografia clínica para observar estruturas anatómicas com diferentes graus de opacidade. Hoje em dias, as técnicas mais modernas
como a imagem por ressonância magnética, tomografia computorizada, fluoroscopia ou ecografia permitem aos investigadores e
[94]
profissionais de saúde examinar as estruturas anatómicas, vivas ou mortas, com detalhe sem precedentes.

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Ver também
Anatomia da cabeça e pescoço
Anatomia de superfície

Ligações externas
E-anatomy
Um dicionário online de anatomia (em inglês)
Atlas de Anatomia Humana, de Charles Mayo Gray (em inglês)
Atlas de Anatomia
Atlas de Anatomia Humana do Anatomy Atlases
Vídeo-aulas sobre Anatomia - Universidade Federal Fluminense (UFF)
Anatomia e arte

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