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ESTACIONANDO NO C4
Socia(bi)lidades juvenis em contexto urbano, resistências, rescunhos e trajetos.
Dissertação de mestrado
NATAL/RN
2018
Kelvis Leandro do Nascimento
NATAL/RN
2018
Kelvis Leandro do Nascimento
Lore Fortes
Orientador
Professor
Convidado 1
Professor
Convidado 2
Natal
2018
Dedicatória
Agradecimentos
Resumo
Abstract
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS .................................................................................................. 5
RESUMO..................................................................................................................... 6
1
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/rn-tem-maior-a-ndice-de-homica-dios-do-paa-s/385584
2
https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/rn-atinge-marca-de-1500-homicidios-em-2017-diz-
instituto.ghtml
Mapeamento de Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI do RN as
informações nos ajudam a entender o panorama da violência no estado.
O primeiro deles, mostra que os índices de violência causados pela
ação do tráfico ultrapassam 60% dos casos, seguido por violência interpessoal,
ambos lideram o ranking das causas de CVLI no RN.
Gráfico 04: Percentual de CVLI, por faixa etária, Janeiro a Novembro de 2017
Fonte: COINE/SESED, 2017.
3
Ver O tempo das tribos (2014), O ritmo da vida (2004), O instante eterno: o retorno do
trágico nas sociedades pós-modernas (2003), A parte do diabo: resumo das subversões pós-
modernas (2004).
valores universais, tudo isto pode ser entendido como a afirmação de
uma alteridade fecundante que o racionalismo moderno julgara poder
eliminar definitivamente. É em função do relativismo moral que a
heterossexualidade e a homossexualidade, a monogamia e a
sucessão de casamentos constituem referências aceitas; o
sincretismo religioso, por sua vez, não reflete uma exacerbação do
individualismo, cada qual criando sua religião, mas a vivacidade dos
grupinhos de vinculação. (MAFFESOLI, 2004, p.101).
E ainda:
4
Selfie é uma fotografia, geralmente digital, que uma pessoa tira de si mesma
(autorretrato).
Inclusive sobre o termo “tribos urbanas”, o autor aponta que, em
relação aos estudos urbanos realizados por ele e seus alunos na cidade de
São Paulo, o termo apresenta lacunas que podem ser sanadas quando se
adota o conceito de “circuitos de jovens” nessa avaliação dos grupos urbanos.
Para tal, acrescenta tipos ideais capazes de dar certa base inicial
nessas pesquisas tais como: Mancha, Circuito, Pedaço, Trajeto, Pórtico. Cada
conceito deriva de uma interpretação diferente, mas por vezes, interligado na
organização e convivência dos mais diversos grupos presentes na ecologia
paulista.
De todo modo, neste trabalho não fazemos uso dessas categorias por
acreditar que, em Natal, especificamente no estacionamento do C4, não há
grupos tão bem delimitados como os Punks, Straight Edges, Hare krishnas,
Emmos, etc. O que há são um grupo heterogêneos que não se identificam com
uma única tribo ou grupo específico. Essa posição política que os grupos
paulistas apresentam tão fortemente, não está demonstrada em Natal de
maneira tão organizada.
Os jovens do C4 frequentam o espaço para fugir dos problemas
cotidianos, encontrar seus amigos e paqueras e conversar sobre algo que os
aproxima em conteúdo. Não há, portanto, uma união com intuito político,
exceto pelo fato de que como posições políticas adotem o lazer como
estratégia de ruptura das tensões diárias.
Entretanto, algumas características são comuns entre os jovens
descritos por Magnani e os que são apresentados neste trabalho, à excitação
pelo lazer e o uso de seu tempo livre para o encontro e as práticas de
sociabilidade.
Em relação à excitação através do lazer, relembramos Norbert Elias e
Erich Dunning (1992), os autores desvendaram a função social do tempo livre
nas sociedades complexas e afirmaram que o lazer faz parte do processo
civilizador da sociedade moderna. Tendo como referência as atividades físicas,
o espetáculo e as artes utilizadas como estratégia de fuga do ambiente
enfadonho e nocivo do trabalho, os autores identificam o lazer como processo
fundamental na formação moral dos indivíduos. Utilizando o tempo livre para
realizar ações espontâneas, festas, encontros e manifestações artísticas que
não são possíveis no ambiente de trabalho, esses indivíduos conseguem se
livrar, mesmo que por um momento, das garras dos subempregos e do rígido
controle social. A permissibilidade de utilizar de um comportamento menos
formal, uso de bebidas alcoólicas, certos tipos de roupas, liberdade sexual,
entre outros, é a forma de expressar os desejos reprimidos por uma moral
incorporada nas normas coletivas e civilizatórias.
O lazer ou desporto sempre foi desconsiderado pela ciência tradicional,
pois não era reconhecido como ferramenta eficaz de análise sociológica,
também por ser visto como algo negativo, sinônimo de uma preguiça não
aceita pelo mundo do trabalho. Entretanto, cabe salientar, que o desporto como
ferramenta de interpretação interpretativa da vida coletiva, oferece importantes
sinais da saturação do modelo de produção vigente. Elias e Dunning (1992)
nos dizem:
3. O estar junto
4. Juventudes e sexualidades
5 – Considerações Finais
6 – Referências Bibliográficas
7 - Anexos