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QUESTÕES AVC VINICIUS VALVERDE

(CENTRO ESPECIALIZADO OFTALMOLÓGICO QUEIROZ LTDA – BA) Paciente masculino, 73 anos


de idade, previamente diabético e hipertenso, procura hospital com ajuda dos filhos, com quadro de mal-
estar geral, perda motora no membro inferior esquerdo e que agora se estende também para o membro
superior homolateral. Sua pressão está elevada com valor de 210 x 110 mmHg. Sobre esse caso, assinale a
alternativa CORRETA:
a) O valor tolerável da pressão nessa situação depende se existem complicações ou se está proposta
trombólise, caso confirmado AVC isquêmico com critério de trombólise.
b) Reduzir a PA a 180 x 110 mmHg.
c) Tolerar essa PA.
d) Normalizar a PA em uma hora, pois se trata de emergência hipertensiva.

A questão nos traz um paciente idoso, com fatores de risco cardiovasculares prévios, apresentando-se com um
deficit neurológico focal agudo. Até que se prove o contrário, estamos diante de um Acidente Vascular
Encefálico (AVE) e o exame indicado com urgência é a TC de crânio sem contraste, para descartar a presença
de hemorragias e, caso o paciente preencha os critérios, permitir terapia trombolítica. Quanto ao tratamento
da pressão arterial elevada, os alvos do tratamento variam conforme o tipo de AVE apresentado (isquêmico,
hemorrágico parenquimatoso, hemorragia subaracnoide) e na existência de alguma emergência hipertensiva
associada, como encefalopatia, IAM, angina instável, dissecção aórtica, edema agudo de pulmão e eclâmpsia
(A correta). No AVE isquêmico, a PA deve ser tratada se > 185 x 110 mmHg apenas nos candidatos à
trombólise com rtPA. Nos demais pacientes, devemos permitir valores mais altos de PA e tratar apenas se >
220 x 120 mmHg. Já no AVE hemorrágico intraparenquimatoso, tratar sempre se PA sistólica > 200 mmHg
ou PAM > 150 mmHg. No caso da HSA, em pacientes com nível de consciência adequado, a tendência é
controlar melhor a PA para prevenção de ressangramento, objetivando PA sistólica < 140-160 mmHg até a
clipagem ou embolização do aneurisma. Como ainda não sabemos o tipo de AVE do paciente (e se indicado
ou não fibrinolítico), não podemos afirmar sobre o seu tratamento pressórico (B e C incorretas). Mesmo na
presença de outras emergências hipertensivas, na maioria dos casos objetivamos uma redução gradativa da
pressão arterial ao longo das 24 horas subsequentes (D incorreta).

(H.U. BETTINA FERRO DE SOUZA/JOÃO BARROS BARRETO – PA) No pronto-socorro, você atende
a um paciente de 59 anos, obeso e tabagista, com história súbita de hemiparesia à direita há duas horas. A
hemiparesia direita é pior em membro inferior direito e está associada à afasia global, paralisia facial central
à direita, hemianopsia homônima à direita e redução da sensibilidade no hemicorpo direito. A escala de
AVC do NIH na admissão foi de 15 pontos e a escala de coma de Glasgow, de 10 pontos. Ao conversar com
a família, você descobre que o paciente teve um infarto agudo do miocárdio há cinco meses e faz uso
contínuo de enalapril 20 mg/dia e AAS 100 mg/dia. Considerando o caso clínico acima, qual a alternativa
CORRETA?
a) Como não há grave rebaixamento do nível de consciência (escala de coma de Glasgow > 8) e o quadro
tem apenas duas horas de início, deve-se apenas manter o paciente em leito monitorizado com observação
neurológica rigorosa.
b) O paciente tem contraindicação absoluta de realização de tratamento trombolítico por ter apresentado um
infarto agudo do miocárdio há menos de seis meses.
c) A princípio, o paciente está elegível para realização de terapia trombolítica endovenosa, que pode ser
realizada até seis horas após início dos sintomas.
d) O paciente somente poderá ser submetido à terapia trombolítica mecânica. O fato de usar AAS
contraindica a trombólise endovenosa, devido ao maior risco de sangramento.
e) A terapia trombolítica endovenosa para AVCi agudo, realizada nos primeiros 270 minutos, melhora a
capacidade funcional dos pacientes após três meses, mas não altera a mortalidade
QUESTÕES AVC VINICIUS VALVERDE

Os sinais e sintomas sugerem AVC agudo EXTENSO (possivelmente “hemisférico”) acometendo o território
da artéria cerebral média esquerda. O primeiro passo, após a realização do ABC da ressuscitação e realização
de glicemia capilar, é submeter o paciente a uma TC de crânio sem contraste, para diferenciar entre AVC
isquêmico e hemorrágico. Confirmada a ausência de hemorragia, devemos avaliar se o paciente é elegível para
o tratamento trombolítico, caso o mesmo se encontre nas primeiras 4,5h (270 minutos) após o início dos
sintomas. Essa avaliação é focada na pesquisa de CONTRAINDICAÇÕES ao uso de trombolítico, e a história
de IAM recente só deve ser valorizada se referente a um IAM que ocorreu nos últimos 3 meses. O uso atual
de AAS não contraindica o trombolítico

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