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SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO

MUSICAL ​I 
RESUMO METODOLÓGICO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI  
Tema: ​Método de Zoltán Kodály
​Equipe
ABSALÃO MARQUES DE SOUZA
AYRTON FELIPE BEZERRA TAVARES LINARD
FELIPE VIEIRA SILVA
JESSE VENANCIO LOPES
JOSE EDUARDO MELO DOS SANTOS FILHO
LUCAS DE OLIVEIRA WAITMAN
LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA MACEDO
MARCUS AURELIUS BATISTA FREIRE
RENAN FERREIRA SALES
SAMUEL HEINRICH ALVES DA SILVA

Professor (orientador)
​Dr:ANTÓNIO CHAGAS NETO

CONTEXTUALIZAÇÃO:
​Compositor, etnomusicólogo, educador e pedagogista, linguista e filósofo ​húngaro
nascido em 1882 e falecido em 1967. Em Budapeste, travou ​amizade com Béla Bartók e com
ele publicou o plano intitulado Memorando 1913 , com que se pretendia criar uma nova
coletânea de canções populares. Foi ​autor de obras sinfônicas e corais, de que se ​destaca
Psalmus hungaricus (1923), e também de obras de música de câmara e de um método de
ensino da música baseado no canto popular.

Antes da metodologia de Kodály a Hungria vivenciou um período no qual a


mesma estava sofrendo forte influência da Alemanha e Áustria, como exemplo nas
escolas de música eram ensinados métodos alemães e as peças estudadas faziam parte
do folclore alemão, e a Hungria estava perdendo suas raízes culturais. Vendo isso
Kodaly, Após regressar da faculdade de letras, inicia 1904 sua pesquisa sobre folclore
húngaro, e em 1905 encontra com outro grande músico húngaro que estava uma
pesquisa com o mesmo tema, seu nome é Béla Bartok, juntos eles viajaram por diversos
vilarejos nas montanhas onde se tinha pouco acesso com o mundo exterior, pois eles
queriam a cultura folclórica húngara pura sem nenhum alteração, durante esse ano eles
transcreveram milhares de peças folclóricas, e em 1906 Kodaly termina suas pesquisa e
sua tese de doutorado. Logo após sua tese de doutorado ele começa a lecionar na
Academia Franz Liszt dando aula de teoria musical implantando sua filosofia de ensino
que consistia em primeiro formar músicos(cantores) para depois formar
instrumentistas, e de levar a tradição musical de seu país para todos .O canto era o
principal foco do método do Kodály, ele acreditava que antes de dominar um
instrumento ela já deveria saber cantar, ele também acreditava que o aprendizado seria
melhor na língua nativa por isso implantou os frutos de sua pesquisa sobre o folclore
húngaro em suas aulas. Ele percebeu que as crianças tinham dificuldade em solfejar
semitons por isso aderiu ao solfejo na escala pentatônica, o que ajudou muito pois o
folclore húngaro tem como base a pentatônica modal. Ele também aderiu ao seu
conceito a manossolfa, técnica originada do monge Guido D'Arezzo, e no século XIX foi
criado por Sarah Glover um método baseado na manossolfa do Guido D'Arezzo que foi
chamado manossolfa inglesa e mais tarde esse método foi aperfeiçoado John Spencer
Curwen e foi adaptado para Hungria por Kodály, Esse método
se trata de uma espécie de “mímica’’ para indicar notas, pela disposição dos dedos, e
pela a altura dos gestos, Kodály também utilizava do dó-móvel, diferente do dó-fixo a
clave é esquecida e o próprio aluno nomeia onde ficará o dó na pauta, esse método
também é conhecido como tonic-solfa, ele acreditava que o dó-móvel ajudaria a iniciar
as crianças na leitura e escrita musical mas achava essa técnica desnecessária para
estudantes mais dotados, Kodály também defendia que o estudo da música não deveria
ser chato e cansativo, deveria ser prazeroso, por isso em suas aulas ele utilizava de
diversas dinâmicas com o intuito de tornar sua aula de teoria musical mais prazerosa
para as crianças, ele queria ensinar música pelo lado intuitivo. Tendo grande sucesso
com sua nova forma de ensino em 1919 criou, junto com Bartok, o Directorate-Musical
que induziram a reforma geral no ensino elementar de toda a Hungria, mais tarde nesse
mesmo ano eles introduziram a reforma no ensino de músicos, em 1929 as escolas de
licenciatura passaram a preparar seus alunos baseados no método Kodály. Tudo isso foi
a chave para a valorização cultural dos húngaros com seu folclore, em 1937 começam a
aparecer livros de exercícios musicais escritos por Kodály, em 1940 acontece a reforma
do ensino pré-primário, em 1948 acontece a nacionalização das escolas húngaras onde
foram deixados em segundo plano os métodos de ensino de outros países(supracitado) e
o foco estava nos métodos folclóricos induzidos por Kodály. O mesmo não formulou o
método em si, ele inspirou seus discípulos que se basearam em sua filosofia de ensino,
compilaram seus exercícios e criaram o "Método Kodály", e no ano de 1950 uma de
suas discípulas,Marta Nemesszeghy, inicia a primeira escola com um programa de
estudo voltado ao ensino da música. E depois dos resultados muito positivos, a escola foi
tomada como exemplo para outras escolas, formando muitos músicos profissionais e
sobretudo um grande público de música clássica. Nos vinte anos
seguintes, surgiram 130 escolas semelhantes por toda Hungria, as escolas Kodály
existem no mundo inteiro, principalmente no Japão e América do Norte. Ainda nos anos
50 Kodály publicou inúmeros livros didáticos, e alguns de seus discípulos também
publicaram obras extremamente importantes, elogiadas pelo próprio Kodály.

No Brasil:
No Brasil o método foi trazido por meio do educador Ian Guest que em 1987
fundou o CIGAM-Centro Ian Guest de Aperfeiçoamento Musical.O Método Kodály
vigora no Brasil desde a década de 1940, inserido no conteúdo escolar dos cursos de 1º e
2º Graus. No Brasil, desde 1986, o compositor e educador húngaro Ian Guest (radicado
no Brasil), tem divulgado o método por meio de oficinas em vários estados brasileiros.
Em 1993, a educadora Marli Batista Ávila fundou, em São Paulo, a Sociedade Kodály
do Brasil (SKB), filiada à Sociedade Kodály Internacional (International Kodály Society
Uma importante contribuição da SKB foi a tradução para o português do livro
Kodály’s Principles in Practice e a publicação de cadernos de exercícios e material
didático destinados principalmente à educação musical infantil. A SKB também oferece
cursos de curta duração para educadores brasileiros, por meio do Conservatório
Musical Brooklin Paulista, em São Paulo.

Metodologia:
1. TEORIA
"A apresentação teórica do seminário sobre o Etnomusicólogo Zoltán Kodály terá
a ordem cronológica dos seus acontecimentos, iniciando-se no contexto histórico,
partindo para as suas influências para o seu trabalho e para sua pessoa. explicação de
como se deu o desenvolvimento do método, e interação com os alunos de forma prática,
trabalhando em foco com o Dó móvel. Explicar por pesquisas em nome de grandes
escritores e pesquisadores, a origem de algumas músicas folclóricas nacionais. E por
fim, Abranger de modo geral, as consequências de seu método e de sua filosofia na atual
educação de seu país e dentre outros na sociedade moderna contemporânea."
2. PRÁTICA
Daremos início à parte prática do seminário com uma breve apresentação do
conceito de “manossolfa”como um modelo de solfejo realizado através de símbolos que
não se expressam pela escrita, mas corporalmente, através de posições de mão que
representam as notas musicais em altura.
Após isso, ensinaremos à turma o significado de cada símbolo associado à sua nota
correspondente de forma gradativa, isto é, aumentando aos poucos o número de notas a
serem assimiladas em sequência. Todas as notas da escala natural serão ensinadas.
O primeiro exercício será realizado com apenas as notas da escala pentatônica maior
(dó, ré, mi, sol e lá) e será dividido em dois momentos. No primeiro momento, o grupo
da prática representará os símbolos do manossolfa e os ouvintes cantarão as notas
representadas (solfejo). Já no segundo momento, o grupo da prática cantará
determinadas notas, as quais serão representadas pelos ouvintes através do manossolfa
(percepção). O nome das notas será cantado.Após a apresentação do conceito do “Dó
Móvel” pela parte teórica, o grupo da prática irá desenvolver uma atividade com os
ouvintes para a apropriação e aplicação desse conteúdo. Primeiro, será apresentado o
Dó como sendo o próprio Dó. Depois, os intervalos dos graus I, II e V serão utilizados
para que se assuma a nota Sol como sendo o Dó e as demais notas como suas respectivas
correspondências (isso ajudará a turma a assimilar a estrutura comum das escalas e se
apropriar desse conhecimento em solfejo). O grupo da prática representará as alturas
dos graus com posições de mão levantadas e/ou baixadas de acordo com a nota.

Depois voltaremos com as atividades, desta vez focando em exercícios rítmicos. Será
produtivo enfatizar o ritmo como algo que também é cantado no método de Kodály, se
diferenciando, assim, do método da rítmica de Dalcroze. Cinco dos símbolos de valores
rítmicos (semibreve, mínima, semínima, colcheia e semicolcheia) serão apresentados em
forma cantada enquanto a turma estala os dedos em 65 bpm (isso auxiliará na
internalização do tempo cantado dos símbolos junto com uma contagem padrão de
compasso).

Isso será realizado da seguinte forma:


1. Semibreve: Tá-á- á-á
2. Mínima: Tá-á
3. Semínima: Tá
4. Colcheia: Tá-Ti (Ti como o contratempo. Sempre em duas colcheias somando um
tempo a contar pelo Ta)
5. Semicolcheia: Tá-Te- Ti-To (Sempre em quatro semicolcheias somando um
tempo a contar pelo Ta).
A semínima será o primeiro a ser apresentado por significar o tempo dos estalos. Logo
depois, a mínima e a semibreve serão introduzidas. No final, será mostrada a subdivisão
dentro da semínima como duas colcheias/ou quatro semicolcheias.

Logo após esse momento será realizado um exercício com semicolcheias e células
rítmicas. Algumas variações serão inseridas pela exclusão de sílabas específicas. Essas
variações rítmicas serão cantadas pela turma de acordo com a sinalização do grupo.
Para ajudar no processo de assimilação, a turma poderá bater palmas dentro
da subdivisão rítmica enquanto canta as variações sinalizadas no slide.
Algumas das variações serão:
Ta-Te- Ti-To
Ta-( )-Ti- To
Ta-Te- ( )-To
Ta-( )-( )-To
Após o final da apresentação teórica do conteúdo, iremos usar a música “Sambalelê”
como experimento de música folclórica nacional para treinar o manossolfa
coletivamente com a turma. Será cantada a melodia mais simples (a voz masculina),
capaz de ser reproduzida facilmente. O grupo cantará a música junto com a turma
enquanto todos fazem a representação do manossolfa. Primeiro, a ordem dos símbolos
será ensinada passo a passo; depois, toda a turma fará o manossolfa enquanto canta a
letra da música.
Conclusão (Resultado):
Com esse trabalho pretendemos deixar claro aos alunos o quanto o
húngaro Zoltán Kodály contribuiu para o ensino musical e regular de seu
país e de todo o mundo, onde até hoje pessoas são influenciadas por seu
método e suas filosofias de vida, educacionais e musicais. Demonstrar para
todos os alunos um pouco de alguns exercícios criados com base na sua
filosofia de ensino musical, procurando deixar de forma mais clara qual era
a sua idéia que tinha como principal fundamento a filosofia coletiva: "a
música é para todos".
REFERÊNCIAS:

ÁVILA, M. B. Aprendendo a ler música com base no método Kodály.


Volume I. São Paulo, Centro de apoio ao Método Kodály, 1994.

CRUZ. C.B. Zoltán Kodály: um novo conceito de formação musical e sua


aplicação nas escolas húngaras. Lisboa, Associação Portuguesa de
Educação Musical, 1988.

FONTERRADA, Marisa T. de O. De tramas e fios. São Paulo: Unesp, 2005.


GERHARD, Marcus. Zoltan Kodaly. In: Bate Papo Afinado. Disponível
em: http://batepapoafinado.blogspot.com.br/2009/09/zoltan-kodaly.html.

Acesso em 12 de outubro de 2013. LASTFM. Zoltán Kodály. Biografia.


Disponível em ​http://www.lastfm.com.br/​.

Acesso em 26 de setembro de 2013. MIRÓ, Carlos. Canções do folclore


húngaro.

Apostila do XV Curso Internacional sobre o Método Kodály. p.1, 2009.


SALLES, Vicente. Zoltán Kodály.

Revista Brasileira de Folclore, Brasília, v. 7, n° 17, p. 4150, jan/abr. 1967.

SILVA, Vladmir. Dó Móvel ou dó fixo?. In: Música e Poética. Disponível


em:http://www.vladimirsilva.com/2010/04/do-movel-ou-do-fixo.html.
Acesso em 2 de novembro

 
 

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