You are on page 1of 85

Bioquímica I

(ISCTEM. 2018)

CARBOHIDRATOS
Prof. Doutor R. Ráice
(ruiraice@yahoo.com.br)

15.Fev - 2.Jun/2018

2/22/2018 RR-2018 1
Carbohidratos

Introdução
Carbohidratos são compostos constituídos de
carbono, hidrogénio e oxigénio;

Açúcares simples, têm fórmulas Cn(H2O)n por isso o


nome hidratos de carbono;

Ciclo de carbono:

2/22/2018 RR-2018
2
 São os mais abundantes de todos os compostos
orgânicos na natureza.

 Em plantas, a energia do sol é usada para


converter dióxido de carbono e água em glicose
do carboidrato.

• Carbohidratos ou glícidos surgem como


resultado de fotossíntese onde as plantas verdes,
algas e algumas bactérias absorvem a energia
solar e armazena-a em forma de glucose, amido,
celulose.

2/22/2018 RR-2018
3
 Muitas das moléculas de glicose são feitas em
polímeros de cadeia longa de amido que
armazenam energia.

 Cerca de 65% dos alimentos na nossa dieta


consistem de hidratos de carbono. Cada dia nós
utilizamos carboidratos em alimentos como pão,
massas, batatas e arroz.

 Carbohidratos são percursores metabólicos de


todas as classes de biomoleculas.

 Outros carboidratos chamados dissacarídeos


incluem a sacarose (açúcar de mesa) e a lactose
no leite.
2/22/2018 RR-2018
4
Hidratos de carbono contidos em alimentos como
massas, pão e maça, fornecem energia para o corpo.

2/22/2018 RR-2018
5
Nomenclatura e estereoisomeria de
monossacarídos
Monossacarideos são polihidroxialdeidos/cetonas com
formula (CH2O)n com n = 3-7.
serão especificamente aldoses quando tiverem
grupo aldeído e cetoses quando contiverem o grupo
cetónico

Em função de número de átomos de carbono, podem


ainda ser trioses, tetroses, pentoses e hexoses
conforme tenham 3, 4, 5 e 6 átomos de carbonos
respectivamente.

Quase todos monossacarídeos têm carbonos


assimétricos
2/22/2018 e portanto apresentam
RR-2018 estereoisómeros.
6
Classificação de carbohidratos

A classificação de carbohidratos faz-se em três


grandes classes:

Monossacarideos (ose),

Oligossacarideos e polissacarídeos (osidos). Os osidos


resultam da condensação de oses com libertação de
água.

2/22/2018 RR-2018
7
Tipos de carbohidratos
Monossacarídeos: não pode ser divididos ou
hidrolisados em carbohidratos menores, ex. glicose
(C6H12O6)

Dissacarídeos: consistem de duas unidades de


monossacarídeos, pode ser hidrolisado em duas
unidades de monossacarídeos, ex. açúcar de mesa
comum, sacarose (C12H22O11).

2/22/2018 RR-2018
8
Dissacaridos

Dissacarideos constituem-se de dois monossacarideos


ligados entre se por ligação glicosídica do tipo β- 1, 4.
Sua hidrólise resulta nos monossacarideos
constituintes. Os mais representativos de
dissacarideos são: maltose, sacarose, lactose,
celobiose.

OH OH
H O OH
H H OH O
H H OH OH
HO
OH H OH H
β-
1,4
D-Glp----D-Glp
é a forma abreviada de β-D-glucopiranosil
2/22/2018 D-glucopiranose RR-2018
9
Dissacaridos
Maltose (C12H22O11) pode ser obtida por hidrolise
acida do amido. Forma–se durante a fermentação
alcoólica de amido.

A maltose é um açucar redutor porque reduz os


reagentes de Tollens e Fehling.

Celobiose é outro açucar redutor e obtem-se por


hodrolise acida de celulose
OH OH
H O OH
H H OH O
H H OH OH
HO
OH H OH H
Celobiose -- α-D-Glp-D-Gap
2/22/2018 (D-glucopiranosil-D-galatopiranose)
RR-2018
10
Trissacaridos

Dextranontriose, açucar do mel é o representante


mais importnte desta classe de polissacaridos

OH OH OH
H O OH O
H H OH O
H H OH O H H OH OH
HO
OH H OH H OH H
Dextranotriose

2/22/2018 RR-2018
11
Polissacarídeos: são carbohidratos que são
polímeros naturais contem muitas unidades de
monossacarídeos. Na presença de um ácido ou uma
enzima, um polissacarídeo pode completamente ser
hidrolisado e produzir muitas moléculas de
monossacarídeos.

2/22/2018 RR-2018
12
 Polissacaridos
 Constituem-se por centenas ou milhares de
unidades derivadas de monossacaridos, ligadas
glicosidicamente entre se. Amido e celulose são os
polissacaridos mais importantes. São ambos de
origem vegetal e constituidos por unidades de D-
glucose.

 Amido forma a reserva nutritiva das plantas,


encontra-se nas sementes.

 Celulose é o principal componente das plantas.

 No figado e musculos de animais encontramos o


polissacarido glicogeneo.
2/22/2018 RR-2018
13
 Amido
 Amido apresenta-se em duas formas:
 Amilose 10-30% soluvel em água. Na pratica
amido nao é soluvel em água. Forma sim micelas
hidratadas em que a cadeia polissacaridica toma
uma forma helicoidal.
 Não ramificada, ligacões glicosidica alfa-1,4
OH OH OH
H O H OH H O
OHH H OHH H OHH H
HO O
H OH O OH
H OH H OH
Amilose

 Amilopectina (70-90% insoluvel em água)


2/22/2018 RR-2018
14
 Amilopectina (70-90% insolúvel em água)
 Posssui cadeia ramificada com 24-30 residuos de
glucose. Na cadeia tem –se ligacao α-1,4 mas o
ramal da ramificação se faz pela ligação α-1,6.

OH OH OH
H O H OH H O
OHH H OHH H OHH H
HO O
H OH O O
H OH H OH
OH OH Amilopectina
H O H OH H O
OHH H OHH H OHH H
HO O
H OH O OH
H OH H OH

2/22/2018 RR-2018
15
 Classificação de Polissacarideos
 Homopolissacaridos- contem unidades de mesma
oses. Heteropolissacaridos quando tem diferentes
oses

 Distingue-se ainda hoxosanos (6C –amido, celulose,


glicogénio) tem formula molecular (C6H10O5)n
 Pentosanos - (C5H8O4)n

2/22/2018 RR-2018
16
Estruturas Fischer de monossacarídeos
Monossacarídeos têm uma cadeia de três a oito
átomos de carbono. Podem ser aldoses(¬CHO) ou
cetoses (C=O).

2/22/2018 RR-2018
17
Uma aldopentose é um monossacarídeo de cinco
carbonos que é um aldeído; uma cetohexose é um
monossacarídeo de seis carbonos, é uma cetona

2/22/2018 RR-2018
18
Projecção de Fischer de Monossacarídeos

Projecções de Fischer para isómeros D e L de ribose


e D e L de glicose.

2/22/2018 RR-2018
19
Alguns monossacarídeos importantes
Sua estrutura de Fischer

2/22/2018 RR-2018
20
Os isómeros D são os que se encontram na
natureza e que são utilizados nas células do corpo.

2/22/2018 RR-2018
21
Alguns monossacarideos importantes
D-Glicose

Hexose mais comum, também conhecido como


dextrose e açúcar no sangue,

É encontrado em frutas, vegetais, xarope de milho e


mel.

D-glicose é um constituinte de:

 dissacarídeos; sacarose, lactose e maltose e

 polissacarídeos como a amilose, celulose e


2/22/2018 glicogénio. RR-2018
22
Galactose

É uma aldohexose obtida da lactose, dissacarídeo


que é encontrado no leite e produtos lácteos.

É importante nas membranas celulares do cérebro e


do sistema nervoso.

A única diferença entre as projecções de Fischer de


D-glicose e D-galactose é o arranjo do grupo -OH no
carbono 4

2/22/2018 RR-2018
23
Fructose
Fructose, também chamado levulose é açúcar de
frutas, é uma cetohexose.

A estrutura da fructose difere em carbonos 1 e 2 pela


localização do grupo carbonila.

Fructose é o mais doce dos carbohidratos, duas vezes


tão doce quanto a sacarose (açúcar de mesa).

Isso torna a fructose popular em dietas porque menos


fructose e, portanto, menos calorias são necessárias
para proporcionar um sabor agradável.
2/22/2018 RR-2018
24
Hiperglicemia e Hipoglicemia

O termo glic ou gluco refere-se a "açúcar". O prefixo


hiper significa acima ou sobre, e hipo é baixo ou por
baixo.

Assim, o nível de açúcar no sangue em hiperglicemia


é acima do normal, e em hipoglicemia, é abaixo do
normal.

Concentrações de glicose sanguínea normal (110


mg/dL)
2/22/2018 RR-2018
25
Doenças relacionadas a Hiperglicemia e
Hipoglicemia
Doença que pode causar hiperglicemia é o diabetes
mellitus, que ocorre quando o pâncreas é incapaz
de produzir quantidades suficientes de
insulina.
Como resultado, os níveis de glicose em fluidos do
corpo podem subir ate 350 mg/dL de plasma.

Sintomas do diabetes: sede, urinar


excessivamente, aumento do apetite e perda de
peso.
Em pessoas idosas, diabetes, às vezes é uma
consequência
2/22/2018
do ganho de peso excessivo.
RR-2018
26
Hiperglicemia e Hipoglicemia

2/22/2018 RR-2018
27
Estruturas de Haworth de monossacarideos

Monossacarídeos normalmente existem em uma


estrutura cíclica formada quando um grupo
carbonilo e um grupo hidroxila na mesma
molécula reage para dar estruturas de aneis
conhecidas como estruturas de Haworth,

A forma mais estável de pentoses e hexoses são


anéis de cinco ou seis átomos.

2/22/2018 RR-2018
28
Como compor a Estrutura de Haworth de um
monossacarideo
Passo 1. Gire a cadeia aberta, fórmula estrutural
condensada, para a direita 90°. Isto coloca os grupos -OH
da direita, carbonos 2 e 4 (azul) e o carbono 5 (vermelho) da
cadeia aberta vertical abaixo dos átomos de carbono. O grupo
–OH da esquerda (verde) da cadeia aberta é desenhado
acima do carbono 3.

2/22/2018 RR-2018
29
Passo 2: Dobre a cadeia de carbono em um hexágono e
ligue o grupo OH do carbono 5 ao grupo carbonila.
Tendo o carbono 2 e 3, como a base de um hexágono, mova
os carbonos restantes para cima. O grupo –OH reagindo
(vermelho) no carbono 5 é desenhado ao lado do carbono do
grupo carbonila, que move o carbono 6 em ¬CH2OH acima de
carbono 5. Para completar a estrutura de Haworth, desenhe
um vínculo do oxigénio do grupo ¬OH reagindo (carbono 5)
para o carbono do grupo carbonila.

2/22/2018 RR-2018
30
Passo 3: Desenhe o novo grupo -OH no carbono 1 até
dar o isómero α ou isómero β. Numa estrutura de Haworth,
os cantos do anel representam átomos de carbono. Há duas
maneiras para desenhar o novo grupo –OH, para cima ou para
baixo, que dá dois estereoisômeros possíveis de D-glicose.

2/22/2018 RR-2018
31
Estruturas de Haworth da Galactose

Galactose é uma aldohexose que difere da glicose apenas no


arranjo do grupo -OH no carbono 4. Assim, a sua estrutura
de Haworth é semelhante à glicose, excepto que o OH no
carbono 4 é escrito para cima. Galactose também existe
como isômeros α e β.

2/22/2018 RR-2018
32
Estruturas de Haworth de frutose

Em contraste com a glicose e galactose, a frutose é uma


cetohexose. A estrutura de Haworth de frutose é um anel de
cinco-átomos com carbono 2 no canto direito do anel. Forma
de estrutura cíclica quando o grupo hidroxila no carbono 5
reage com carbono 2 no grupo carbonila. O novo grupo
hidroxila no carbono 2 dá isómeros α e β da frutose.

2/22/2018 RR-2018
33
Anómeros e grupo glicosideo

Anómeros são esteroisomeros cujo centro quiral resulta da


ciclização.

α e β- D-glicose por exemplo são anomeros

O Grupo OH do carbono anomero chama-se grupo


glicosídeo

2/22/2018 RR-2018
34
Mutarrotação de α – e β -D-glicose

Em solução aquosa, a estrutura de Haworth da -D-glicose


abre-se para dar a cadeia aberta da D-glicose com um grupo
aldeído.

Em determinado momento, há apenas uma pequena


quantidade da cadeia aberta porque fecha-se rapidamente
para formar uma estrutura em anel estável.

Neste processo, chamado Mutarrotação, cada isómero


converte a cadeia aberta e volta novamente. Como o anel abre
e fecha, o grupo OH no carbono 1 pode formar isómero α ou
β.
2/22/2018 RR-2018
35
Uma solução aquosa de glicose contém uma
mistura de 36% α-D-glicose e 64% β-D-glicose.

2/22/2018 RR-2018
36
Propriedades químicas de monossacarídeos
Monossacarídeos contêm grupos funcionais que
podem sofrer reacções químicas.

 Em uma aldose, o grupo do aldeído pode ser


oxidado para um ácido carboxílico.

 O grupo carbonila em uma aldose e uma fructose


pode ser reduzido para dar a um grupo hidroxila.

 Os grupos hidroxila podem reagir com outros


compostos para formar uma variedade de
derivados que são importantes em estruturas
biológicas.
2/22/2018 RR-2018
37
Oxidação de monossacarídeos

Um grupo de aldeído com um hidroxila adjacente


pode ser oxidado para ácido carboxílico por um
agente oxidante como o reagente de Benedict.

Então o Cu 2+ é reduzido a Cu + . Há formação de


um precipitado vermelho-tijolo.

Um hidrato de carbono que reduz outra substância


chama-se um açúcar redutor.

2/22/2018 RR-2018
38
2/22/2018 RR-2018
39
Formação de osazonas

Consiste em reacção de glucose, galactose, talose


ou manose com fenilhidrazina

D-glucose
2/22/2018 RR-2018
40
Formação de hemiacetais e hemicetonas
Consiste em reacção de aldoses ou cetoses com
álcoois em meio ácido

2/22/2018 RR-2018
41
Oxidação de monossacarideos

Fructose, uma cetohexose, também é um açúcar


redutor.

Geralmente não pode ser oxidada a uma cetona.


No entanto, na solução de Benedict, que é básica,
um rearranjo ocorre entre o grupo cetona no
carbono 2 e o grupo hidroxila no carbono 1.

Como resultado, a fructose é convertido em


glicose, que produz um grupo aldeído com um
grupo hidroxila adjacente que pode ser oxidado.
2/22/2018 RR-2018
42
Oxidação de monossacarideos

2/22/2018 RR-2018
43
Redução de monossacarídeos

A redução do grupo carbonila em monossacarídeos


produz álcoois de açúcar, que também são
chamados de alditois.

D-glicose é reduzida para D-glucitol, mais


conhecido como D-sorbitol.

Álcoois de açúcar como D-sorbitol, D-xilitol de D-


xilose, D-manitol da D-manose são utilizados como
adoçantes em muitos produtos sem açúcar, como
bebidas dietéticas e pastilhas, bem como produtos
para pessoas com diabetes.
2/22/2018 RR-2018
44
Redução de monossacarideos

No entanto, existem alguns efeitos colaterais destes


substitutos do açúcar.

Algumas pessoas tem algum desconforto como o


gás e diarreia de ingestão de álcoois de açúcar.

O desenvolvimento de cataratas em diabéticos é


atribuído ao acúmulo de D-sorbitol na lente do
olho.

2/22/2018 RR-2018
45
Redução de monossacarideos

2/22/2018 RR-2018
46
Redução de monossacarideos
Teste de glicose na urina

A glicose no sangue flui através dos rins e é


reabsorvida pela corrente sanguínea.

Se o nível de glicose no sangue for superior a 160


mg /dL, os rins não conseguem reabsorver toda a
glicose, por isso transborda na urina. Este fenómeno
é conhecido como glucosuria.

Um dos sintomas de diabetes mellitus é um alto nível


de glicose na urina.
2/22/2018 RR-2018
47
Redução de monossacarideos

Teste de glicose na urina


O teste de Benedict pode ser usado para determinar
a presença de glicose na urina.

A quantidade de óxido de cobre formado é


proporcional à quantidade de açúcar presente na
urina.

Concentração media a moderada de açúcar redutor


torna a solução de reagente de Benedict verde.
Soluções com níveis elevados de glicose mudam a cor
azul do reagente de Benedict para amarelo ou
vermelho-tijolo.
2/22/2018 RR-2018
48
Redução de monossacarideos
Teste de glicose na urina
Resultados de teste de Glucose

Presenca de glucose na urina

Cor no teste de Benedict % (mv) mgdL

Blue (azul( 0 0

Blue;greeen (azul-verde) 0,25 250

Verde (verde) 0,50 500

Yellow (amarelo) 1,00 1000

Brick-red (Vermelho-tijolo) 2,00 2000

2/22/2018 RR-2018
49
Redução de monossacarideos
Teste de glicose na urina
Outro teste clínico que é específico para a glicose, é
o uso da enzima glicose oxidase.

A enzima oxidase converte a glicose em ácido


glucónico e oxigénio para o peróxido de hidrogénio
H2O2.

O peróxido de hidrogénio produzido reage com o


corante na tira de teste e produz cores diferentes. O
nível de glicose presente na urina é determinado
combinando a cor produzida na tira do papel com as
cores
2/22/2018
sobre o frasco de teste.
RR-2018
50
 Reacções de reconhecimento de
carbohidratos

 1. Reacção com reagente de Tollens


 Açúcar-CHO + Ag(NH3)2+ + OH- -- Açúcar-COOH
+ Ago(ppd espelh prata) + NH3 + H2O

 2. Reacção com solução de Fehling


 A: - CuSO4
 B: - tartarato de K e Na ( C4H4O65NaK)
 Açúcar-CHO + 2Cu2+ + OH- -- Açúcar-COOH +
Cu2O(ppd vermelho tijolo) + H2O

2/22/2018 RR-2018
51
 3. Reacção de Molish
 Carbohidratos formam compostos corados com α-
Naftol em solução de EtOH e de CHCl3, cetoses
livres ou ligadas em di e polissacaridos reagem
mais forte e aparece cor vermelha.
 Na ausência de carbohidratos temos cor verde ou
amarela.

 4. Reacção de Salivanov (para cetoses)


 Reagente de Salivanov obtem se por mistura de
resorcinol e HCl conc. Em presença de
Carbohidratos tem se a cor vermelha clara

2/22/2018 RR-2018
52
Redução de monossacarideos
Teste de glicose na urina

2/22/2018 RR-2018
53
Dissacarideos

2/22/2018 RR-2018
54
Maltose
Açúcar do malte,

É obtida do amido e encontra-se na germinação de


grãos.

Quando maltose em cevada e outros cereais é


hidrolisada por enzimas de levedura, obtem-se
glicose, que pode ser fermentada para dar o etanol.

Maltose é utilizada em cereais, doces e para


preparar bebidas.

2/22/2018 RR-2018
55
Maltose
Maltose, dissacarideo, um açúcar redutor

2/22/2018 RR-2018
56
Lactose
Lactose, açúcar do leite, é um dissacarídeo
encontrado no leite e produtos lácteos.

A ligação na lactose é uma β-1,4-glicosídica porque


o carbono nr. 1 de β-D-galactose constitui uma
ligação glicosídica com o grupo OH no carbono 4
de uma molécula de D-glicose.

A lactose é um açúcar redutor.

Lactose faz 6-8% de leite humano e cerca de 4-5%


de leite de vaca.
2/22/2018 RR-2018
57
Lactose

Algumas pessoas não produzem quantidades suficientes


do enzima lactase necessária para hidrolisar a lactose.

Assim, restos de lactose não digeridos, podem causar


diarreia e cólicas abdominais.

Em alguns produtos de leite comercial, é adicionado


lactase para hidrolisar a lactose.

2/22/2018 RR-2018
58
Sacarose
Sacarose é constituída por uma molecula de α-D-
glucose e uma molécula de β-D-frutose.

A ligação glicosídica é α, β-1,2, portanto entre o


carbono 1 de glicose e o carbono 2 da frutose.

A sacarose não pode formar uma cadeia aberta e


não pode ser oxidada.

Sacarose não pode reagir com o reagente de


Benedict e não é um açúcar redutor.

2/22/2018 RR-2018
59
Sacarose

Maior parte da sacarose (açúcar de mesa) provem


da cana-de-açúcar (20% em massa) ou

Açúcar de beterraba (15% em massa).

Ambas as formas de açúcar bruto e refinado são


sacarose.

2/22/2018 RR-2018
60
Sacarose

2/22/2018 RR-2018
61
Adoçantes

2/22/2018 RR-2018
62
Adoçantes:
Sucralose

Sucralose é
feita a partir
da sacarose,
substituindo
alguns dos
grupos
hidroxilo por
átomos de
cloro.

2/22/2018 RR-2018
63
Adoçantes:
Aspartame
Comercializado como Nutra Sweet, é usado em um
grande número de produtos sem açúcar. É um
adoçante de não carboidrato feito de ácido aspártico
e um éster metílico de fenilalanina

2/22/2018 RR-2018
64
Adoçantes:
Sacarina

Sacarina tem sido usada como um adoçante


artificial de não carbohidrato nos últimos 25 anos.

2/22/2018 RR-2018
65
Adoçantes:
Neotame
Outro adoçante artificial, Neotame, é uma
modificação da estrutura de aspartame. A adição
de um grupo alquila grande para o grupo amina
impede que as enzimas quebram a ligação amida
entre o ácido aspártico e fenilalanina. Assim, a
fenilalanina não é produzida quando Neotame é
usado como um adoçante.

2/22/2018 RR-2018
66
Polissacarideos

Um polissacarídeo é um polímero de
monossacarídeos.

Quatro importantes polissacarídeos são:


Amilose,
Amilopectina,
Celulose e
Glicogênio

Todos são polímeros de D-glicose, diferem apenas


no tipo de ligações glicosídicas e a quantidade de
ramificação na molécula.
2/22/2018 RR-2018
67
Amido
Amido, é uma forma de armazenamento de glicose
nas plantas.

É encontrado como grânulos insolúveis em cereais,


trigo, batata, feijão e arroz.

Amido é composto de dois tipos de polissacarídeos:


—Amilose (cerca de 20% de amido) e

—Amilopectina (consiste de moléculas de 250–4000


α-D-glicose ligadas por α- 1,4-glucosídicas numa
cadeia contínua).
2/22/2018 RR-2018
68
Amido (amilose)
Às vezes chamado de polímero de cadeia linear,
amilose é realmente enrolada em forma helicoidal.

2/22/2018 RR-2018
69
Amido (amilopectina)

Amilopectina, constitui 80% de amido, é um


polissacarídeo de cadeia ramificada.

Como a amilose, as moléculas de glicose são ligadas


por ligações α - 1,4-glucosídicas.

Em cada 25 unidades de glicose, há um ramo de


moléculas de glicose ligados por uma ligação α - 1,6-
glicosídica entre o carbono 1 do ramo e carbono 6 da
cadeia principal.

2/22/2018 RR-2018
70
Amido (amilopectina)

2/22/2018 RR-2018
71
Amido (hidrólise)

Amido hidrolisa-se facilmente em água e em ácido


para dar Dextrinas, que por sua vez se hidrolisam
dando a maltose e finalmente à D-glucose.

Em nossos corpos, esses carboidratos complexos


são digeridos pela amilase (enzimas na saliva) para
produzir glucose e maltase (no suco pancreático)
para produzir maltose no trato gastrointestinal.

2/22/2018 RR-2018
72
Amido (hidrólise)
Os produtos intermediários da hidrolise de amido
são pequenos polissacarideos: amilodextrinas,
eritrodextrinas, maltodextrinas

A glicose obtida fornece cerca de 50% de nossas


calorias nutricionais.

Teste de presença de produtos de hidrolise parcial


amido e seus derivados dão cor azul-violeta a
solução de I2/KI.
2/22/2018 RR-2018
73
Glicogenio
Glicogénio, ou amido animal, é um polímero de
glicose que é armazenado no fígado (10% p/p) e
nos músculo de animais (1-2%).

Também existe glicogéneo nas algas, cogumelos e


leveduras

É hidrolisado nas nossas células numa taxa que


mantém o nível de glicose no sangue e fornece
energia entre as refeições.

A estrutura do glicogénio é muito semelhante da


amilopectina, encontrada em plantas, excepto que
o2/22/2018
glicogénio é mais ramificado.
RR-2018
74
Glicogénio

As unidades de glicose são unidas por α - 1,4-


glucosídicas e ramos ocorrem em cada 10 a 15
unidades de glicose e estão ligadas por α- 1,6-
glucosídicas.

2/22/2018 RR-2018
75
Celulose

2/22/2018 RR-2018
76
Celulose
A celulose é o principal material estrutural de
madeira e paredes das plantas. É um polimero de
glucose em ligação β- 1,4 sendo a celobiose o
monomero estrural chave

Ocorre no algodão (100% de celulose) e madeira


(50%).
Na celulose, moléculas de glicose formam uma cadeia
longa não ramificada similar a de amilose.
OH OH OH
H O H O H
O
H H OH O
H H OH O H H OH OH
HO H
H
OH H OH H OH H
celobiose na constituicão de celulose
2/22/2018 RR-2018
77
Celulose

As cadeias de celulose não formam bobinas como


amilose, mas estão alinhadas em fileiras paralelas
que são mantidas no lugar por ligações de hidrogénio
entre grupos hidroxila em cadeias adjacentes,
tornando a celulose insolúvel em água.

Isto dá uma estrutura rígida para as paredes celulares


em madeira e fibra que é mais resistente à hidrólise,
do que os amidos.

2/22/2018 RR-2018
78
Propriedades físico-quimicas da celulose

As cadeias lineares de polissacarideos estao


associadas por ligacões Pte de H2 ou Van Der Waals.

Celulase
H2O D-glucose
Celulose
H+; T
Celobiose D-glucose

OR
CH 3I
H2O H O
Celulose Ac2O

HNO3
HO H H OH OH
H
OR H
n
R= CH3, Ac. Acetato de Nylon;
R=NO2, celuloide, algodão de polvora
2/22/2018 RR-2018
79
Dextranas

Polissacarídeos constituidos por unidades de D-


glucose ligados entre se por ligacões α 1.6. são
produzidos or bactérias que crescem na superfície
dos dentes.

OH
H O
OHH H
HO O
H OH H O
OHH H
OH
O
H OH
OH
Dextranas - componentes O
das placas dentárias OHH H OH

HO
H OH
2/22/2018 RR-2018
80
Quitina
Polissacarídeos linear compsto por unidades de N- β -
D acetilglucosamina ligadas por β-1,4. Quitina é o
material de protecção nos animais invertebrados,
crustaceos e insectos.

OH OH
HO
H O H OH
HCl
OHH H OHH H
H OH OH
NH2
H NHAc H OH
n
2-Amino-2-desoxi-glucose
(glucosamina)

2/22/2018 RR-2018
81
Ácido hilaurónico

É um Polissacarídeos de 2.amino-2-desoxiglucose e
ác. Glucurónico. Serve como lubrificante natural das
juntas ósseas (joelhos, tornozelos). Enzima
hialuronidase catalisa hidrólise das ligaões β-1,3

OH
COOH
HO
H O H O
OHH H H H
O OH
OH H
H
H OH H NHAc
Ác.- D-glucurónico N -acetil-D-glucosamina
n

2/22/2018 RR-2018
82
Proteoglucanas (Mucopolissacarídeos
ácidos, aminoglucanas)
São um grupo de heteropolissacarideos constituidos
por dois tipos de monossacarideos dispostos
alternadamente, um dos quais possuindo um grupo
ácido (carboxilico ou sulfurico). Ocorrem em forma
complexa com proteinas especificas e dai serem
chamados mucinas ou mucoproteinas. São
gelatinosos, servem como lubrificantes ou como
cimento ntracelular flexível.

Dermatan e Caratan-sulfatos são proteoglucanas


encontrados na pele, ossos
2/22/2018 RR-2018
83
Proteoglucanas (Mucopolissacarídeos
ácidos, aminoglucanas)

Condroitino-6-sulfato é componente chave nos


involtórios celulares, das cartilagens, dos ossos.

OSO 3H
COOH
HO
H O H O
OHH H H H
O OH
OH H
H
H OH H NHAc
Condrotoino-6-sulfato
n

2/22/2018 RR-2018
84
Heparina

Ocorre nas paredes das arterias, nos pulmões onde


actua como anticuagulante de sangue. Muito usado
nas operacões de transfusão de sangue para evitar
coagulação e entupimento das artérias.

OH
COOH
HO
H O H O
OHH H H H
O OH
OH H
H
H OH H NHAc
Ác.- D-glucurónico N -acetil-D-glucosamina
n
2/22/2018 RR-2018
85

You might also like