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Turma: Data:
Aluno (a):

CIRCUITOS ELÉTRICOS I

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1 REVISÃO DE ELETRICIDADE BÁSICA

É difícil imaginar o mundo sem eletricidade, ela afeta nossas vidas de diversos
modos. Vemos o uso da eletricidade diretamente em nossos lares, para iluminação,
funcionamento de aparelhos eletrodomésticos, telefone, televisão, rádio, equipamento de
som, aquecimento, etc. A eletricidade tem sido usada na fabricação da maioria das coisas
que utilizamos diretamente ou para operar máquinas que fazem ou processam os
produtos de que necessitamos. Sem a eletricidade, a maior parte dos instrumentos que
usamos e equipamentos de que desfrutamos atualmente, não seria possível. Veja na
figura 1 alguns desses instrumentos e equipamentos.

Figura 1- Eletricidade & Aplicações

A palavra eletricidade tem sua origem na antiga palavra grega usada para designar
o âmbar – elektron. Os gregos primitivos observaram que o âmbar
(uma resina fossilizada) adquiria a propriedade de atrair pequenos pedaços de materiais,
quando esfregado com um tecido, tais como folhas secas. Posteriormente, os cientistas
verificaram que essa propriedade de atração ocorria em outros materiais como a borracha
e o vidro, porém não em materiais como o cobre ou o ferro. Os que apresentavam a
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propriedade de atração, quando friccionados com um tecido, eram descritos como sendo
carregados com uma força elétrica, notou-se que alguns dos materiais carregados eram
atraídos por um pedaço de vidro também carregado, e que outros eram repelidos.
Benjamin Franklin chamou as duas espécies de carga (ou eletricidade) de positiva e
negativa. Sabemos agora que, na realidade, o que se observava nos materiais era o
excesso ou deficiência de partículas chamadas elétrons. Ao estudar as regras ou leis que
se relacionam com o comportamento da eletricidade, e os seus métodos de produção,
controle e uso, você terá respostas para muitas questões curiosas sobre eletricidade. Na
figura 2 mostramos uma dessas curiosidades.

Figura 2 – O fenômeno chamado de eletricidade estática ou eletrostática

2 TENSÃO ELÉTRICA

Para que uma carga se movimente, isto é, para que haja condução de eletricidade,
é necessário que ela esteja submetida a uma diferença de potencial, mais conhecida pela
abreviatura ddp.

2.1 Conceito de Tensão Elétrica

Comecemos este tópico com uma analogia...


No sistema hidráulico (figura 3), a água se desloca da caixa d’água 1 para a caixa
d’água 2 por causa da diferença de altura.

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Figura 3 – Sistema Hidráulico

Portanto, a corrente de água existe por causa da diferença de potencial


gravitacional entre as caixas d’água.

A corrente elétrica existe por causa da diferença de potencial elétrico entre dois
pontos.

A diferença de potencial elétrico entre dois pontos é denominada tensão elétrica,


simbolizada pelas letras V, U ou E, cuja unidade de medida é volt [V].

Tensão elétrica é a força necessária para movimentar elétrons.

Como a tensão elétrica é uma grandeza que faz parte dos circuitos elétricos, é
necessário saber medi-la.

Voltímetro é o instrumento que serve par medir a diferença de


potencial ou tensão. Sua unidade no Sistema Internacional é
volt (V).

Símbolo do voltímetro:

2.2 Tipos de tensões:


Há dois tipos de tensões:
a) Tensão Contínua, Constante ou DC (do inglês, "direct current", corrente direta)
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É a tensão que não varia de valor e sentido com o tempo.
Simbologia:

Exemplos de tensão constante: pilha, bateria, etc...


Por convenção, na fonte de alimentação, o ponto de maior potencial é denominado
potencial positivo (pólo +) e o de menor potencial é denominado potencial negativo
(pólo - ).
Representação Gráfica da Tensão Contínua:

b) Tensão Alternada ou AC (do inglês, "alternating current“, corrente alternada)


É a tensão que varia de valor e sentido com o tempo.
Simbologia:

A tensão disponível nas tomadas é um exemplo de tensão AC


Representação Gráfica da Tensão Alternada:

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A partir de uma tensão AC, pode-se determinar:
• A tensão de pico da onda em volts, representada por Vp
• A tensão de pico a pico da onda em volts, representada por Vpp
• A tensão eficaz ou rms, representada por Vrms. A tensão Vrms é calculada
utilizando a fórmula :
Vp
Vrms =
2
• O período da onda em segundos
O período representa o tempo que o sinal leva para completar um ciclo completo. É
representado pela letra T.
• A freqüência da onda em Hertz (HZ)
A freqüência representa o número de ciclos por segundos, e é calculada a partir da
fórmula:
1
freqüência =
Período
Observe que a freqüência é calculada através do inverso do período

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CURIOSIDADE – História

Alessandro Volta (1745 – 1827)

Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu em 18


de fevereiro de 1745, na cidade de Como, na Lombardia. Educado
em escola jesuítica, sua família esperava que ele seguisse a
carreira religiosa. Mas seu interesse pelos fenômenos elétricos o
levou a estudar os relatos sobre as experiências com
eletricidade dos especialistas da época e os conceitos sobre cargas elétricas
e suas manifestações.
Após realizar muitas experiências Volta inventou o eletróforo, um dispositivo
usado para gerar eletricidade estática através do atrito. Além de inventar
vários Instrumentos para medir a eletricidade, Volta foi considerado o pioneiro
da eletroquímica e um dos cientistas que mais contribuiu para a expansão do
eletromagnetismo e da eletrofisiologia. Ele morreu em 3 de março de 1827, em
sua residência de campo.

3 CORRENTE ELÉTRICA

O fenômeno da corrente elétrica ocorre quando uma fonte externa de energia é


aplicada sobre um corpo (geralmente metálico), cujos elétrons passam a mover-se de
maneira ordenada, com direção e intensidade ditados por essa fonte.

Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons dentro de um corpo.

3.1 Definição de Corrente Elétrica


É interessante lembrar que, para muitas pessoas, não existe diferença entre tensão e
corrente. Essa confusão é comum porque a eletricidade é uma grandeza que não pode
ser vista, ouvida ou tocada, embora seus efeitos possam ser facilmente percebidos. Mas

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a diferença entre as duas grandezas pode ser facilmente definida com uma única frase:
Tensão é a causa - Corrente é o efeito.

Você sabia?

Os passarinhos não tomam choque porque não ficam sujeitos


a uma diferença de potencial (todo o fio está no mesmo potencial
elétrico), ou seja, não há corrente elétrica passando por seus
corpos.

A tensão sempre tenta fazer com que a corrente circule, mas a corrente somente fluirá
quando receber a "força" de uma fonte de tensão e encontrar um circuito completo
através do qual possa circular.

É possível que exista tensão em um circuito sem que apareça


uma corrente, mas a corrente não pode fluir se não houver
uma fonte de tensão.

Observação
Nós tomamos choques quando ficamos sujeitos a uma diferença de
potencial ou ddp, fazendo com que uma corrente elétrica circule
por nosso corpo. Essa diferença de potencial ou ddp surge, por
exemplo, quando estamos com os pés no chão (potencial da terra é
nulo) e colocamos uma mão num ponto metálico de uma geladeira
mal aterrada (com potencial elétrico).

A figura 4 mostra a seção de um condutor, parte de uma espira condutora, em que


uma corrente foi estabelecida.

Figura 4 – Seção transversal de um condutor

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A intensidade da corrente elétrica I é a quantidade de cargas elétricas q que
atravessa a seção transversal de um condutor, num intervalo de tempo t, ou seja:

∆q
I =
∆t
Onde:
• I é a corrente elétrica, dada em Ampère ( A );
• q é a variação da carga elétrica pela seção transversal do condutor, dado em
Coulomb ( C );
• t é a variação do tempo pelo qual a carga passa pelo condutor, dado em
segundos (s);
Suponha que na figura abaixo passe 12,5x1018 elétrons pela seção transversal
do condutor em um intervalo de tempo de 0 a 10 segundos, qual será a corrente que
passa pelo condutor nesse intervalo de tempo?

Dados: Nº. de elétrons: 12,5x1018 elétrons


Para calcular a variação do tempo temos que fazer o tempo final menos o inicial
t = ( tf – ti )
t = ( 10 – 0 )
t = 10 s
Para calcularmos a variação de carga, temos que transformar a carga dada em número
de elétrons em Coulomb, então:
1 Coulomb = 6,25 x 1018 elétrons onde; x = 2 C
x Coulomb = 12,5 x 1018 elétrons
Logo:
∆q = 2 C
q=2C

A corrente elétrica que passa por esse condutor é igual a:


∆q 2
I= =
∆t 10
logo:
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I = 0,2 A Página 9 de 105
3.2.1 Sentido Convencional da Corrente Elétrica

Os primeiros estudos sobre a corrente elétrica foram feitos nos gases e nos
líquidos, por isso o sentido adotado convencionalmente baseia-se neles. Como nos
condutores gasosos e líquidos, o movimento de cargas elétricas livres ocorre, por
convenção, nos dois sentidos, adotou-se que o sentido da corrente elétrica deve ser o
mesmo do deslocamento das cargas positivas, ou seja, o mesmo sentido do campo
elétrico que deu origem e mantém o movimento.
Porém, nos condutores sólidos metálicos, só há movimento de cargas negativas
num único sentido (figura 5). Assim, adaptando-se a convenção:

Figura 5 – Sentido Convencional e Real da Corrente Elétrica

A corrente elétrica convencional tem o sentido oposto ao do


deslocamento dos elétrons livres, ou seja, o mesmo sentido do
campo elétrico, indo do potencial maior para o menor.

A vantagem dessa convenção está no fato de que, tanto no cálculo da intensidade


da corrente elétrica como na resolução de circuitos, salvo algumas condições
específicas, os valores numéricos serão positivos.
Não é necessário lembrar o número de elétrons por segundo em um ampère,
entretanto, é importante lembrar que elétrons em movimento constituem uma corrente e
que o ampère é a unidade de medida da intensidade dessa corrente. Usaremos esse
conceito em todo o nosso estudo de eletricidade, que corresponde ao estudo dos efeitos e
do controle da corrente. O símbolo I é usado em cálculos e nos diagramas esquemáticos
para designar a intensidade da corrente. É apenas uma maneira simplificada de dizer que
há corrente.

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A corrente é representada pela letra “ I ”
Unidade da Corrente Elétrica: A (Ampère)
Simbologia:

O amperímetro é o instrumento utilizado para fazer a medida da intensidade da


corrente elétrica.

3.3 Corrente Elétrica no Circuito Eletrônico

A corrente elétrica, que é a movimentação de cargas elétricas, só pode existir se


tivermos um circuito. Um circuito deve ter no mínimo uma bateria para fornecer energia
elétrica, e um receptor para consumir (transformar) essa energia elétrica. No exemplo
(figura 6), o receptor é a lâmpada que transforma a energia elétrica em energia luminosa.
Considere uma lâmpada ligada a uma pilha comum (V = 9V), conforme o esquema:

Figu
ra 6 - Circuito eletrônico de uma ligação de lâmpada

Não há corrente elétrica no circuito enquanto a chave estiver aberta, pois os


elétrons não se movimentam ordenadamente.
E se fecharmos a chave?

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A tensão (V= 9 V), que é a força necessária para movimentar os elétrons, irá gerar a
corrente elétrica necessária para acender a lâmpada.
Conclusões:
⇒ Para haver corrente elétrica, é necessário: circuito fechado e tensão elétrica;
⇒ A tensão DC gera corrente DC e a tensão AC gera corrente AC.

CURIOSIDADE - História
André Marie Ampère (1775-1836)
Nasceu em Lyon, França. Seu pai, homem culto, decidiu
dedicar-se à educação do filho. Os resultados foram positivos.
André foi professor de física, química e matemática em Lyon e em
Bourg. Sua reputação como investigador e professor foi tanta, que
lhe foram abertas as portas da Escola
Politécnica de Paris, onde lecionou mecânica e matemática, trabalhando em
equações diferenciais, teoria dos jogos e geometria analítica. Em 1820, foi
anunciada a descoberta de Orsted – a agulha de uma bússola era desviada
por um fio atravessado por corrente elétrica. Ampère, idealizando novas
experiências com correntes e campos magnéticos, avançou mais na
explicação do fenômeno, mostrando que forças magnéticas atuam entre fios
atravessados por corrente elétrica.
4 RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Comecemos esse tópico com uma analogia...


Ligando-se uma mangueira a uma torneira, certa quantidade de água escorre pelo
seu interior. Substituindo-se a mangueira por outra de diâmetro bem menor, a água
continua escorrendo, porém, com maior dificuldade. Conclui-se, portanto, que: a segunda
mangueira oferece maior resistência à passagem da água; essa resistência é uma
característica da mangueira, pois depende de suas dimensões físicas (diâmetro e
comprimento), do material com que é feita (rugosidade interna causa atrito) e até da
temperatura (a dilatação modifica tanto o diâmetro quanto o comprimento da mangueira).

4.1 Conceito de Resistência Elétrica

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Em eletricidade, ocorre um fenômeno análogo, alguns materiais oferecem
resistência à passagem da corrente elétrica, conseqüência do choque dos elétrons livres
com os átomos da estrutura do material.

A resistência elétrica é a medida da oposição que os átomos de um material


oferecem à passagem da corrente elétrica, que depende da natureza do
material, de suas dimensões e da sua temperatura.

Embora todos os condutores ofereçam resistência, em muitas ocasiões desejamos


que haja um determinado valor de resistência em um circuito. Os dispositivos com valores
conhecidos de resistência são chamados resistores, designados com a letra R e
representados nos circuitos com um dos símbolos abaixo:

A resistência é representada pela letra “R ”


Unidade de Resistência: Ω (Ohm)

A unidade de resistência elétrica é dada em Ohm em homenagem


ao físico e matemático George Simon Ohm, que descobriu os
efeitos da resistência.

Alguns fabricantes de resistores adotaram uma codificação especial para informar


valores nos resistores de filme. Na figura 7, os resistores apresentam três faixas de cores
para leitura do valor ôhmico, e mais uma para indicar a tolerância.

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A B C D E
1º Dígito 2º Dígito 3º Dígito Multiplicador ( ) Tolerância (%)
PRATA - - - x 0,01 ou x10-2 ±10
DOURADO - - - x 0,1 ou x10-1 ±5
PRETO 0 0 0 x 1 ou x10-0 -
MARROM 1 1 1 x 10 ou x101 ±1
VERMELHO 2 2 2 x100 ou x102 ±2
LARANJA 3 3 3 x1000 ou x103 -
AMARELO 4 4 4 x10000 ou x104 -
VERDE 5 5 5 x100000 ou x105 -
AZUL 6 6 6 x1000000 ou x106 -
VIOLETA 7 7 7 x10000000 ou x107 -
CINZA 8 8 8 - -
BRANCO 9 9 9 - -
Figura 7 – Leitura de Resistores

de leitura:

Para um resistor = vermelho, violeta, laranja, dourado

vermelho Violeta Laranja dourado


2 7 3 5%

O valor direto da primeira faixa + segunda faixa

27

Somado ao número de zeros dado pela terceira faixa:

27 000 ou 27 K Ohms

Tolerância:

Devido ao modo de fabricação dos resistores, os mesmos podem variar de valor dentro
de uma faixa pré-estabelecida, é a chamada tolerância, indicada através da quarta faixa.

Para um resistor de 1000 por 10% temos uma variação no seu valor nominal de
fabricação. O mesmo pode ter uma variação de 10% para baixo ou 10% para cima desse
valor. Então ele pode ser de 900 até 1100 ohms.

4.2 Fatores que influenciam no valor de uma resistência:


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• A resistência de um condutor é tanto maior quanto maior for seu comprimento.
• A resistência de um condutor é tanto maior quanto menor for a área de sua seção
reta, isto é, quanto mais fino for o condutor.
• A resistência de um condutor depende do material de que é feito.

CURIOSIDADE - História
George Simon Ohm (1787-1854)
Físico alemão, nascido em Erlangen em 1787, foi Professor de
Matemática e de Física. Em 1826 e 1827 determinou a relação
matemática entre o "fluxo elétrico" (intensidade da corrente
elétrica) num circuito voltaico e a "potência condutora" da pilha,
estabelecendo assim a chamada lei de Ohm, lei básica da
Eletricidade, que relaciona a tensão elétrica, a intensidade
de corrente elétrica e a resistência elétrica. Morreu em 1854, em Munique, com
67 anos.

5 POTÊNCIA ELÉTRICA

Sempre que uma força de qualquer tipo produz movimento, ocorre um trabalho.
Quando uma força mecânica, por exemplo, é usada para levantar um corpo, realiza um
trabalho. Uma força exercida sem produzir movimento, como a força de uma mola
mantida sob tensão entre dois objetos que não se movem, não produz trabalho.
Uma diferença de potencial entre dois pontos quaisquer de um circuito elétrico é
uma tensão que (quando os dois pontos são ligados) causa movimento dos elétrons,
portanto, uma corrente. Esse é um caso evidente de força produzindo movimento e, em
conseqüência, trabalho.

Sempre que uma tensão faz com que elétrons se movam, realiza-se um
trabalho.

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A razão com que se realiza trabalho, ao deslocar elétrons de um ponto para outro,
é chamada potência elétrica (representada pelo símbolo P). A unidade básica de
potência é o watt, pode ser definido como a rapidez com que se realiza trabalho em um
circuito em que flui uma corrente de 1 ampère, quando a f.e.m. (força eletro-motriz) ou
tensão aplicada é de 1 volt.

O conceito de potência elétrica (P) está associado à quantidade de energia


elétrica desenvolvida num intervalo de tempo por um dispositivo elétrico.

A potência elétrica é representada pela letra “P”


Unidade de potência elétrica: W (Watt), em homenagem ao cientista James Watt
A potência elétrica fornecida por uma fonte de alimentação a um circuito qualquer,
é dada pelo produto da sua tensão pela corrente gerada, ou seja:
P=Vx I
Onde: P é a potência em Watt (W)
V é a tensão em Volts (V)
I é a corrente em Ampère (A)
Analisemos o circuito que segue:

A fonte de tensão fornece ao resistor uma corrente I e, portanto, uma potência:


P=V x I
No resistor, a tensão é a mesma da fonte, a potência dissipada pelo resistor é:
P=V x I
Isso significa que toda potência da fonte foi dissipada (absorvida) pelo resistor. O
que está ocorrendo é que, a todo instante, a energia elétrica fornecida pela fonte está
sendo transformada pela resistência em energia térmica (calor) por efeito Joule.

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Efeito Joule é o nome dado ao fenômeno do aquecimento de um material
devido à passagem de uma corrente elétrica.

Como o calor gerado pelo condutor ou pela resistência nem sempre é aproveitado,
é muito comum dizer que eles gastam a energia recebida ou, simplesmente, a
dissipam. Portanto, em eletricidade, a transformação de energia está relacionada
tanto com a tensão, que produz o movimento dos elétrons, como também com a
corrente, que gera o calor.
Para se transportar a corrente elétrica de um lugar para outro, devem-se
utilizar condutores que oferecem o mínimo de resistência, para que não haja perdas de
energia por efeito Joule. Por isso os fios condutores são feitos principalmente de cobre ou
alumínio. Mas existem situações nas quais a resistência à passagem da corrente elétrica
é uma necessidade, tanto pelo aquecimento que gera (chuveiros, ferros de passar roupas,
aquecedores etc.), como pela capacidade de limitar a corrente elétrica em dispositivos
elétricos e eletrônicos.

1. CONSUMO ELÉTRICO E CUSTO ENERGÉTICO

Vimos que a potência dissipada é a energia consumida num intervalo de tempo,


mas toda energia tem um preço, portanto, nunca é demais aprender a quantificá-la.
Fórmula do consumo de energia elétrica:

Consumo[Wh] = Potência [W] x Tempo[h]

: Uma pilha comum pode fornecer energia de aproximadamente 10 Wh. Sabendo-


se que um aparelho Walkman consome 2W em média, por quanto tempo você poderá
ouvir suas músicas prediletas com uma única pilha?

E 10
E = P.∆t ⇒ ∆t = = = 5h
P 2
No quadro de distribuição de energia elétrica de uma residência, prédio ou
indústria, existe um medidor de energia indicando constantemente a quantidade de
energia consumida. Porém, como a ordem de grandeza do consumo de energia elétrica
em residências e indústrias é muito elevada, a unidade de medida utilizada é em
quilowatt.hora [KWh].
Consumo[KWh] = Potência [KW] x Tempo[h]
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Dessa forma, é possível calcularmos o quanto gastamos diariamente com energia
elétrica, para desfrutarmos dos bens que a eletricidade nos oferece e o quanto
desperdiçamos com luzes acesas indevidamente.

Fórmula do Custo Energético:


Custo[R$] = Consumo[KWh] x tarifa

Obs: O valor da tarifa cobrada por cada KWh é estipulada pela fornecedora de energia
elétrica

: Uma pessoa que demora duas horas no banho duas vezes ao dia, quanto gasta
mensalmente com energia elétrica só no chuveiro?
Obs: Considerando a tarifa de R$0,09 por KWh
Os chuveiros mais comuns consomem, em média, 4800W (na posição inverno)
t= tempo de banho x dias = 4 (2 banhos de 2h) x 30 = 120h
A energia elétrica consumida pelo chuveiro em um mês será:
E = P.∆t = 4800 x120 = 576000Wh = 576 KWh
Custo[R$] = Consumo[KWh] x tarifa
Custo[R$] = 576[KWh] x 0,09 = R$ 51,84

DICA

Aprenda a ler o medidor de energia elétrica (relógio de luz), acessando o site abaixo:
http://www.celesc.com.br/atendimento/auto_leitura.php

Exercícios Resolvidos

1) Um chuveiro tem as especificações: 5400W/220V , calcule:

a ) A corrente consumida pelo chuveiro;

b) A energia consumida (em KWh) durante 1 mês se todos os dias o chuveiro é ligado
30 minutos.
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Resposta:

a) P = 5400W

V = 220V

Considerando o chuveiro uma carga puramente resistiva, temos:

P = V x I , Logo:

I = P / V = 5400/220 = 24,54 A

2) Calcule a potência dissipada pela resistência nos circuitos abaixo:

Resposta: Sabemos que P = V x I , mas se substituirmos I por V/R, teremos:

P=VxI

P = V x ( V/R)

P = V2 / R

1º circuito: P = (10)2 / 500 = 0,2 A

2º circuito: P = (25)2 / 500k

P = (25)2 / 500000 =
0,00125 A = 1,25 x 10-3 = 1,25 mA

3º circuito: P = (4)2 / 250k

P = (4)2 / 250000 =
-6
0,000064 A = 64 x 10 = 64 µA

3) Na lâmpada está escrito 100W/110V. Calcule a corrente consumida pela lâmpada.

Resposta: P = 100W

V = 110 V
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Como: P = V x I

I = P / V = 100/110 = 0,9091 A

4) As características de um resistor são 220 Ω / 0,25W. Qual a máxima tensão que pode
ser aplicada ao resistor para que ele não aqueça?

Resposta: R = 220 Ω P = 0,25W

P = V2 / R

V2 = P x R = 55

V = 7,42 V

Exercícios Propostos

1) Assinale com ( F ) se a afirmativa for Falsa ou ( V ) se for Verdadeira:


a) A unidade de intensidade de corrente elétrica é o Ampére ( )
b) A unidade de tensão é o Volt.( )
c) A unidade de carga elétrica é o Coulomb ( )

Resp: V , V e V

2) Uma lâmpada residencial está especificada para 110V/100W. Determine:


a) A energia elétrica consumida por essa lâmpada num período de 5 horas diárias num
mês de 30 dias.
b) O valor a ser pago por esse consumo, sabendo que a empresa de energia elétrica
cobra a tarifa de R$0,13267 por KWh.
Resp: a) 15 kWh/mês
b) R$ 1,99

3) Com relação ao circuito a seguir podemos afirmar que, para acender a lâmpada,
devemos ligar:

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a) O ponto A ao ponto B
b) O ponto A ao ponto C
c) O ponto B ao ponto C
d) Todas estão corretas

Resp: letra b
4) Assinale Falso (F) ou Verdadeiro (V) para cada afirmativa em relação ao circuito a
seguir:

a) A lâmpada acenderá se a chave for fechada, e a corrente (convencional) circulará de


A para B entrando na lâmpada que acenderá ( ).

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b) Se os pontos A e B forem ligados por um fio, com o interruptor aberto, a lâmpada
acenderá também ( ).
c) Se os pontos A e B forem ligados por um fio, com o interruptor aberto, a lâmpada
queimará ( ).

Resp: V, V e F
5) Com relação ao circuito a seguir, para que a lâmpada acenda será necessário que:

a) Os três interruptores sejam ligados


b) Que os interruptores 1 e 2 sejam ligados
c) Que o interruptor 1 seja ligado
d) A lâmpada queimará se forem colocados 3 interruptores como no circuito.

Resp: letra a

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6) No circuito, considerando que cada pilha gera 1,5V, podemos afirmar que a
lâmpada é alimentada por:

a) 0V
b) 3V
c) 4V
d) 6V

Resp: letra d

7) Assinale com ( F ) se a afirmativa for Falsa ou ( V ) se for Verdadeira:

a) A unidade de intensidade de corrente elétrica é o Ampére ( ).

b) A unidade de tensão é o Volt ( ).

c) Um corpo positivo tem excesso de elétrons ( ).

a) d) A unidade de carga elétrica é o Coulomb ( ).

Resp: V, V, F e V

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ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

1 ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

Num circuito elétrico, os resistores podem estar ligados em série ou em paralelo,


em função da necessidade de dividir uma tensão ou corrente, ou de obter uma resistência
com valor diferente dos valores encontrados comercialmente.

1.1 Associação Série

Na associação série, os resistores estão ligados de forma que a corrente que


passa por eles seja a mesma. A resistência equivalente ou total na associação em serie
é calculada pela seguinte expressão:

Rtotal = Requivalente = R eq = R1 + R2 + R3

Na associação série, a resistência equivalente é calculada pela soma dos


resistores.

Na associação em série os resistores têm a mesma corrente

1.2 Associação Paralela

Na associação paralela, os resistores estão ligados de forma que a tensão total


aplicada ao circuito seja a mesma em todos os resistores e a corrente total do circuito
esteja subdividida entre eles de forma inversamente proporcional aos seus valores.

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A resistência equivalente ou total na associação em paralela é calculada pela
seguinte expressão:

Outras formas de se determinar a resistência equivalente na associação paralela:


a) Resistências iguais:

b) No caso específico de dois resistores ligados em paralelo, a resistência equivalente


pode ser calculada por uma equação mais simples:

Observação:
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- Num texto, podemos representar dois resistores em paralelo por: R1// R2

Na associação em paralelo os resistores têm a mesma tensão.

1.3 Associação Mista

A associação mista é formada por resistores ligados em série e em paralelo, não


existindo uma equação geral para a resistência equivalente, pois depende da
configuração do circuito. Assim, o cálculo deve ser feito por etapas, conforme as ligações
entre os resistores.

a)

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b)

1.4 Conceito de Curto-circuito

Quando estudamos a associação em paralelo, vimos que pela maior resistência


passa menor corrente e pela menor resistência passa maior corrente.

A resistência oferece oposição à passagem da corrente elétrica, por


isso, quanto maior a resistência menor a corrente elétrica e vice-
versa.

Suponha que uma associação em paralelo seja constituída de dois resistores e um


deles muito menor do que o outro.
Nesses circuitos, a intensidade da corrente elétrica que passa pelo menor é muito
maior do que a outra (i1 >> i2). Isso significa que, da corrente total i, que entra pelo ponto
A, uma parcela mínima passa por R2 e praticamente toda corrente circula por R1.
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Imagine agora que R1 se torne tão pequeno que tenda a zero (R1 = 0), conforme
mostra o esquema a seguir:

Como a corrente elétrica procura sempre o caminho mais fácil para fluir, a corrente
irá circular por aquele caminho no qual a resistência é praticamente nula. Concluímos
então que toda corrente que entra por A passa por R1 para sair em B. Nesse caso, a
resistência R2 passa a não ter função elétrica e pode ser eliminada. A resistência total do
circuito vale zero e os pontos A e B se dizem em curto-circuito, pois estão ligados por
fios sem resistência.
Note que a ddp (diferença de potencial) entre A e B, nesse caso, também é zero,
pois não existe uma diferença de potencial, já que A e B coincidem.

: Cálculos da resistência equivalente entre A e B.


a)

Solução:
Quando se apresenta uma associação de resistores, a primeira providência a tomar
é verificar a presença de fios sem resistência. Como fio sem resistência liga pontos que
eletricamente são coincidentes, podemos, no circuito original, batizar "os pontos" que
esse fio liga com o mesmo nome. Assim, no nosso esquema, temos:
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Note que dois caminhos saem de A e que, depois de 4 e 6 , chegam ao mesmo
ponto:

Do ponto X saem dois caminhos e depois de 6 e4 chegam a B:

A próxima etapa do cálculo reduz o circuito a:

Finalmente temos a resistência equivalente do circuito:

b)

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Solução:
Para chegar ao esquema simplificado, temos as seguintes passagens:

Exercícios Resolvidos:

1) Determine a resistência equivalente dos resistores abaixo associados em série:

Resposta: Como os resistores estão ligados em série, temos:


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Rtotal = Requivalente = R eq = R1 + R2 + R3 + ...
Circuito 01 R eq = 3300 + 470 + 3900 = 7670 Ω = 7,67 kΩ
Circuito 02 R eq = 5600 + 6800 + 10000 + 1000 + 47000 = 70400 Ω
= 70,4 kΩ
Circuito 03 R eq = 56 + 100 + 470 + 1000 + 1000 = 2626 Ω = 2,63 kΩ

2) Determine a resistência equivalente dos resistores abaixo associados em paralelo:

Resposta: Como os resistores estão ligados em paralelo, temos:

Circuito 1:

1 1 1
= = = 4714,2857Ohms
1 1 1 0,00004545 + 0,0001 + 0,000066667 0,000212121
+ +
22000 10000 15000

Circuito 2:

1 1 1
= = = 532,0755Ohms
1 1 1 0,00066667 + 0,001 + 0,00021276 0,0018794
+ +
1500 1000 4700

Circuito 3:

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1 1 1
= = = 3739,64Ohms
1 1 1 0,000122 + 0,0001 + 0,0004545 0,0002674
+ +
8200 10000 22000

3) Determine a resistência equivalente das associações mistas abaixo:

Resp:
1o Passo: 2200 + 4700 + 1500 (estão associadas em série)
= 8400
2o Passo: O resultado 8400 em paralelo com a resistência de 8200
1 1 1
= = = 4149,3976Ohms
1 1 0,000119 + 0,000122 0,000241
+
8400 8200
3o Passo: O resultado 4149,3976 em série com a resistência de 1000
R total = 4149,3976 + 1000 = 5149,3976 Ohms

Resp:
1o Passo: Associar em paralelo as resistências de1000 e 470
= 319,73 Ohms
o
2 Passo: O resultado 319,73 associar em série com as resistências de 1000 e 100
= 1419,73 Ohms
3o Passo: O resultado 1419,73 em paralelo com a resistência de 330
R total = 267,7617 Ohms

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Resp:
1o Passo: Associar em paralelo as resistências de100, 220 e 330
= 56,8966 Ohms
2o Passo: O resultado 56,8966 associar em série com as resistências de 330 e 100
R total = 486,896 Ohms

Resp:
1o Passo: Associar em paralelo as resistências de 2200 e 1500
= 891,89 Ohms
Associar também em paralelo as resistências de 1500 e 3300
= 1031,25 Ohms
2o Passo: O resultado 891,89 associar em série com a resistência de 1000
= 1891,89 Ohms
O resultado 1031,25 associar em série com a resistência de 1500
= 2531,25 Ohms
o
3 Passo: O resultado 1891,89 associar em paralelo com o resultado 2531,25
= 1082,68 Ohms
3o Passo: Associar em série o resultado 1082,68 com as resistências de 2200 e 10000
R total = 13282,68 Ohms

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Exercícios Propostos

1) Nas associações abaixo, calcule a resistência equivalente:


a)

Resp: 5360 Ohms

b)
Resp: 1002620 Ohms
c)

Resp: 19,18 Ohms

d)
Resp: 33,33 Ohms

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e)

Resp: 1898,18 Ohms


f)

Resp: 249,92 Ohms


g)

Resp: 9,99 Ohms

h)

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Resp: 5,99 Ohms
i)

Resp: zero

j)

Resp: zero

h)

Resp: zero

2) Se no circuito anterior o fio se romper no ponto X, qual será a nova resistência


equivalente?

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Resp: 15 Ohms

____________________________________________

LEI DE OHM

1 INTRODUÇÃO

Alguns materiais oferecem resistência à passagem da corrente elétrica,


conseqüência do choque dos elétrons livres com os átomos da estrutura do material. A
resistência elétrica, portanto, depende da natureza do material, de suas dimensões e da
sua temperatura.

2 PRIMEIRA LEI DE OHM

A resistência elétrica é um bipolo, isto é, consome a energia elétrica fornecida por


uma fonte de alimentação, provocando queda de potencial no circuito, quando uma
corrente passa por ela. A intensidade dessa corrente I depende do valor da tensão V
aplicada e da própria resistência R.
Em 1829, o físico George Simon Ohm realizou uma experiência (figura 08)
demonstrando que, num resistor, é constante a razão entre a diferença de potencial nos
seus terminais e a corrente elétrica que o atravessa, isso é, ao utilizar uma fonte de
tensão variável, um valor de resistência fixa e um amperímetro para monitoramento do
valor da corrente, concluiu que:

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V1 V 2 V 3 V 4
R= = = =
I1 I 2 I 3 I 4

Figura 8 – Experiência realizada por Ohm

Ou seja: Ao variar o valor da tensão, o valor da corrente também variava, mas o


valor da resistência não variava, se manteve constante.
Enunciado da Lei de OHM:
A intensidade da corrente elétrica que percorre um condutor é diretamente
proporcional à diferença de potencial e inversamente proporcional à
resistência do circuito.

Se, nesse resistor, o gráfico V x I for uma reta (figura 9), dizemos que o resistor
obedece à 1a Lei de Ohm e podemos calcular sua resistência, através da tangente do
ângulo de inclinação da reta. Dizemos, nesse caso, que a tangente do ângulo é
numericamente igual à resistência.

Figura 9 – Representação Gráfica da Primeira Lei de Ohm


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Aplicando a Lei de Ohm ao circuito abaixo:

Se considerarmos uma tensão de 12V e uma resistência de 560 , então


determinamos a corrente facilmente pela equação de Ohm.
Desta maneira temos:
V V 12
R= ∴I = ∴I = ∴ I = 21,43mA
I R 560
Para resistência elétrica, é muito comum o uso dos seguintes submúltiplos de sua
unidade de medida:
Submúltiplos Unidade Valor
miliohm m 10-3
Múltiplos Unidade Valor
quiloohm k 103
Megaohm M 106
Gigaohm G 109

No resistor, a potência dissipada em função de R pode ser calculada pelas


expressões:

⇒ É importante saber que:


a) A corrente é sempre dada em Ampères;
b) A tensão é sempre dada em Volts;
c) A resistência é sempre dada em Ohms.

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:
a) Numa resistência elétrica, aplica-se uma tensão de 90V. Qual o seu valor,
sabendo-se que a corrente que passa por ela é de 30 mA?

R = V/I = 90/30m = 90/30x10-3 = 90/0,03 = 3000 = 3k ohm

b) Por uma resistência de 1,5 M , passa uma corrente de 350 nA. Qual o valor da
tensão aplicada?

V= R x I = 1,5M x 350n = 1,5.106 x 350.10-9 = 0,525V = 525mV


c) Conectando-se uma pilha de 1,5V em uma lâmpada, cuja resistência de filamento é
de 100 , qual a corrente que passa por ela?

I= V / R = 1,5 /100 = 0,015 = 15 mA

Exercícios Resolvidos:

1) Qual a intensidade da corrente em um condutor que tem resistência de 1000


Ohms se a tensão aplicada for de:

a) 2V

b) 100V

c) 50mV

Resp: Para cada caso deveremos especificar a tensão em Volts (V) e R em OHMS(Ω)

a) I = 2V/1000 Ω = 0,002A = 2mA

b) I = 100V/1000 Ω = 0,1A = 100mA

c) I = 50mV/1000 Ω = 50.10-3V/1000W =50.10-3/103W = 50.10-6A = 50mA

2) Qual deve ser a tensão em um condutor de 10KOhms de resistência para que a


corrente tenha intensidade de:

a) 2mA

b) 0,05A

d) 20mA
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Resp: Para determinar a tensão dada a resistência e a corrente usamos a 1ª Lei de
OHM na forma:

V = R.I se R é em OHMS e I em AMPERES, a tensão V será obtida em VOLTS

a) V = 10.103.2.10-3 = 20V

b) V = 10.103.5.10-2= 50.101 =500V

c) V = 10.103.20.10-6= 200.10-3V = 200mV = 0,2V

3) Calcule a corrente nos circuitos abaixo:

Resp: 0,02 A ou 20 mA; 0,00005 A ou 50 µA; 0,000016 A ou 16 µA

4) Calcule o valor de R nos circuitos abaixo:

Resp: 120 Ohms; 150 Ohms; 3000 Ohms

5) Calcule o valor da fonte nos circuitos abaixo:

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Resp: 10 V; 5V; 4V

3 SEGUNDA LEI DE OHM

A segunda lei de Ohm estabelece a relação que existe entre os parâmetros


construtivos de um dado condutor, um fio, por exemplo, e a resistência que esse
apresenta. A partir de certas constatações apresentadas por Ohm, é possível perceber
que a resistência de um fio depende do material com que é feito, do seu comprimento e
da sua espessura.

A segunda lei de Ohm mostra como a resistência elétrica está relacionada


com suas dimensões e com a natureza do material com que é feita.

Usando materiais de mesma natureza, George Ohm analisou a relação entre a


resistência R, o comprimento L e a área A da seção transversal, e chegou às seguintes
conclusões:

a) Quanto maior o comprimento de um material, maior é a sua resistência elétrica;

b) Quanto maior a área da seção transversal de um material, menor é a sua


resistência elétrica.

A figura 10 mostra esquematicamente essas relações:

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Figura 10 – Relação entre Resistência, Comprimento e Área

Em seguida, ele analisou a relação entre a resistência R de materiais de naturezas


diferentes, mas com as mesmas dimensões, chegando às seguintes conclusões:

a) Cada tipo de material tem uma característica própria que determina sua
resistência, independente de sua geometria;

b) A característica dos materiais é a resistividade elétrica, representada pela letra


grega , cuja unidade de medida é .m

Assim George Ohm enunciou a sua segunda lei:

A resistência elétrica R de um material é diretamente proporcional ao produto


de sua resistividade elétrica pelo seu comprimento L e inversamente
proporcional à área A de sua seção transversal.

Matematicamente, essa relação é escrita por:

ρ .L
R=
d

Onde: L representa o comprimento do fio em metros (m);

d representa o diâmetro em (mm2) e

representa a resistividade do material.

A tabela que segue mostra a resistividade elétrica de alguns materiais usados na


fabricação de condutores, isolantes e resistências elétricas:

Classificação Material Resistividade ( .m)

Metais Prata 1,6 x 10-8


Cobre 1,7 x 10-8
Alumínio 2,8 x 10-8
Tungstênio 5,0 x 10-8

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Platina 10,8 x 10-8
Ferro 12 x 10-8
Ligas Latão 8,0 x 10-8
Constantã 50 x 10-8
Níquel-Cromo 110 x 10-8
Grafite 4.000 a 8.0000 x 10-8
Isolantes Água Pura 2,5 x 103
Vidro 1010 a 1013
Porcelana 3,0 x 1012
Mica 1013 a 1015
Baquelite 2,0 x 1014
Borracha 1015 a 1016
Âmbar 1016 a 1017
(valores médios a 20 oC)

1 : Dois fios de cobre têm as seguintes dimensões:

Fio 1 comprimento = 30m , diâmetro = 2mm

Fio 2 comprimento = 15m, diâmetro = 2mm

2 diâmetro(d )
Qual deles apresenta maior resistência elétrica? A= Πr r=
2

Fio 1:

L1 30
R1 = ρ . = 1,7.10 −8. = 0.16234Ω = 162.34mΩ
∏ .r 2  2.10 −3 
2

∏ . 
 2 

Fio 2:

L2 15
R 2 = ρ. 2
= 1,7.10 −8. 2
= 0.08117Ω = 81.17 mΩ
∏ .r  2.10 −3 
∏ . 
 2 

Portanto, o fio 1 apresenta o dobro da resistência elétrica do fio 2, pois seu comprimento é
duas vezes maior.

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2 : Calcular o comprimento de um fio de níquel-cromo de 2 mm de diâmetro, cuja
resistência elétrica é de 100 .
2
 2.10 −3 
100.Π. 
L R. A  2 
R = ρ. ⇒ L = = = 90,9m
A ρ 110 x10 −8

A resistividade é um parâmetro ligado à natureza do material que compõe o


condutor. Assim, essa lei deve esclarecer alguns fatos, por exemplo, porque os fios
condutores são feitos de metal e não de materiais como plástico, madeira ou tecido?

Porque a resistividade do fio metálico é muito mais baixa que a encontrada nos
materiais citados.

Outra conclusão a respeito desta lei está relacionada com a bitola dos condutores
que encontramos nos mais diversos lugares: por que alguns fios são mais "grossos" que
outros? Porque sempre que se deseja permitir a condução de uma corrente de grande
intensidade, devem-se utilizar condutores de maior bitola, que apresentam menor
resistência.

3.1 Resistores Variáveis

Acontecem situações que iremos precisar variar o valor da resistência no circuito

eletrônico, por exemplo, quando aumentamos o volume do rádio, quando variamos a

luminosidade da lâmpada através do dimer, etc..

Existem diversos tipos de resistores cuja resistência pode variar, mas

basicamente o principio de funcionamento é o mesmo, a variação da resistência é

obtida variando-se o comprimento do condutor. A Figura 11 mostra o aspecto físico de

um resistor variável e o seu símbolo.

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Figura 11 – Resistor Variável

4.3.1 Principio de Funcionamento do Potenciômetro

De acordo com a segunda lei de OHM, a resistência de um condutor pode ser

mudada se for variado:

• O material (resistividade);

• O comprimento;

• A área da secção transversal.

A forma mais prática de mudar a resistência de um condutor é variar o seu

comprimento, e é esse o principio de funcionamento de um potenciômetro.

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Figura 12 - Principio de funcionamento de um potenciômetro

Observando a figura 12, podemos notar que um condutor de comprimento LAB,

com resistência RAB, se tiver um cursor deslizante C o qual pode se deslocar entre A e

B, teremos uma resistência variável entre os pontos A e C e entre C e B, isto porque o

comprimento do condutor entre esses pontos é variável.

CURIOSIDADE - História

Georg Simon Ohm (1789-1854)


O físico e matemático alemão, Georg Simon Ohm, foi professor de
matemática. Entre 1825 e 1827 desenvolveu a primeira teoria
matemática da condução elétrica nos circuitos, baseando-se no
estudo da condução do calor de Fourier e fabricando os fios
metálicos de diferentes comprimentos e
diâmetros usados nos seus estudos da condução elétrica. Seu trabalho
permaneceu desconhecido até 1841, quando recebeu a medalha Copley da
Royal britânica.

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Exercícios Propostos

1) Calcule a diferença de potencial que deve ser aplicada nos terminais de um condutor de
resistência de 100 Ohms, para que ele seja percorrido por uma corrente elétrica de intensidade de
0,5 ampère.
Resp: V=20V
2) Calcule a queda de potencial em um resistor de 22 Ohms ao ser percorrido por 10A.
Resp: V=220V
3) Calcule a intensidade de corrente elétrica que passa por um fio de cobre de resistência
de 20 Ohms ao ser submetido a uma ddp de 5V.
Resp: I=250mA
4) Qual a resistência elétrica de um condutor que é percorrido por uma corrente de 1/2A
quando fica sujeita a 110V?
Resp: R=220 Ohms
5) Calcule a potência dissipada por um resistor de 50 Ohm quando sujeito a uma
diferença de potencial de 200V.
Resp: P=800W
6) Qual é a potência elétrica consumida por um resistor de 100 Ohms a ser percorrido por
1/2A?
Resp: P=25W
7) Um ferro elétrico consome uma potência de 500 watts quando submetido a uma tensão
de 100 volts. Calcule a resistência elétrica.
Resp: R=20 Ohms
8) Determine a potência elétrica dissipada no resistor do circuito abaixo:

Resp: P=180watts
9)Qual a intensidade da corrente em um condutor que tem resistência de 1000 Ohms se a
tensão aplicada for de:
a) 2V b) 100V c) 50mV

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Resp: a) I = 2mA

b) I =100mA

c) I = 50mA

10) Qual deve ser a tensão em um condutor de 10K Ohms de resistência para a corrente
tenha intensidade de :

a) 2mA b) 0,05A d) 20mA

a) V = 20V

b) V = 500V

c) V = 0,2V

11) Determine a grandeza desconhecida em cada item:

Resp: a) 20V b) 0,3 mA c) 20 Ohms d) 5V


e) 0,667A f) 330 kOhms
12) Na base de um dos bulbos dos faróis do seu carro estão indicados os seguintes
valores: 12 volts e 4 ampères. Qual o valor da resistência?
Resp: 3 Ohms
13) Um eletroímã requer uma corrente de 1,5A para funcionar corretamente e a medição
de resistência de sua bobina acusou 24 Ohms. Que tensão deve ser aplicada para fazê-lo
funcionar?

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Resp: 36 Ohms

14) Um ferro de soldar elétrico solicita 2,5A de uma fonte de 240V quando está
funcionando. Qual a resistência do seu enrolamento aquecedor?
Resp: 96 Ohms

15) Qual a corrente através de um resistor de 68k Ohms quando a queda de tensão
medida no mesmo é de 1,36V?
Resp: 0,02 mA ou 20 uA

16) Que resistência é necessária para limitar a apenas 5mA a corrente produzida por uma
f.e.m. de 10V?
Resp: 2 mA

17) Para um determinado resistor, qual o efeito na resistência elétrica ao duplicarmos a


tensão aplicada? E se triplicarmos? E ao dividi-la pela metade?

Resp: Se duplicarmos a tensão aplicada o efeito da resistência elétrica é duplicada;


Se triplicarmos a tensão aplicada o efeito da resistência elétrica é triplicada;
Se a tensão é dividida pela metade, o efeito da resistência elétrica também é dividida pela
metade. Ou seja, a tensão é diretamente proporcional à resistência elétrica.

18) Para um determinado valor de tensão entre os terminais de um resistor, qual o efeito
sobre a corrente ao duplicarmos sua resistência? E se triplicarmos?

Resp: A corrente é inversamente proporcional à resistência elétrica, logo se duplicarmos a


resistência a corrente diminui pela metade, se triplicarmos a resistência a corrente diminui
na razão de 1/3.

19) Se variarmos a tensão aplicada a um resistor, o que acontece com sua resistência?
Resp: O efeito da resistência varia proporcionalmente.

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“A Lei de Ohm afirma que a tensão V em um resistor é diretamente proporcional à
corrente I através do resistor.” Fundamentos de Circuitos Elétricos, Charles K. e Matthew
N.O.

1-Para o circuito abaixo determine:


a) Resistência equivalente do circuito.
b) Corrente total do circuito.
c) Queda de tensão no resistor R4.

R1 = 4 ohms, R2 = 9 ohms, R3 = 32 ohms, R4 = 40 ohms, Vcc = 27 volts.

Resolução:
1)
a) Considerando R4 em série com R3 obtemos um equivalente Req1 = 72 ohms, Req1
paralelo com R2 obtemos um equivalente Req2 = 8 ohms, como mostram as figuras
abaixo.

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Req2 está em série com R1 obtemos assim o resistor equivalente do circuito, Req = 12
ohms.

b)U = R x I, logo: c) U8 = Req2 x It


Vcc = Req x It U8 = 8 x 2,25
U8 = 18V
27 = 12 x It
It = 2,25 A U8 = Req1 x I72 (corrente em Req1)
18 = 72 x I72
I72 = 0,25 A

U40 = 0,25 x 40
U40 = 10 Volts

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2) Encontre para o circuito abaixo:

a) Resistência equivalente do
circuito.
b) Corrente total do circuito.
c) Corrente I X .

Resolução:
a) Para acharmos a resistência equivalente do circuito calcularemos, inicialmente, as
duas resistências centrais (250Ω e 500Ω) como sendo em série, em seguida as
três resistências superiores (750Ω, 250Ω e 15Ω) como paralelas, assim obtemos:

REQ1 = 250 + 500


REQ1 = 750Ω
1 1 1 1
= + +
REQ2 750 250 15
REQ2 = 13,89Ω

Em seguida faremos as duas resistências (13,89Ω e 600Ω) em série então obtemos


um novo circuito com três resistências em paralelo como podemos observar na figura
abaixo:

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Podemos observar que ao
resolvermos as três
resistências em paralelo,
obteremos somente um
resistor equivalente, este
será nosso resistor
equivalente ao circuito
completo.
Ao fazermos os três últimos resistores em paralelo obtemos:
1 1 1 1
= + +
REQT 1000 750 613,89
REQT = 252,38Ω

b) Para chegarmos ao valor da corrente total do circuito utilizaremos a resistência


equivalente anteriormente calculada e a lei de Ohm:
U = R⋅I
15 = 252,38 ⋅ I T
IT = 59,43mA.

c) Para calcularmos a corrente I X precisamos descobrir os valores de corrente para


os resistores associados em série e os valores de queda de tensão para os
resistores associados em paralelo, dessa maneira:
Sabemos que o resistor de 613,89 Ω possui uma queda de tensão de 15V
(facilmente deduzido ao observarmos a segunda imagem da resolução da letra
“a”), assim podemos calcular qual é a corrente que circula por esse resistor.

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U 613,89Ω = R ⋅ I 613,89Ω
15
I 613,89Ω =
613,89
I 613,89Ω = 24,4343mA

Como o resistor de 613,89 Ω é na verdade um resistor equivalente proveniente de


uma associação em série de 600 Ω com 13,89 Ω a corrente I 613,89Ω é a mesma que

circula pelo resistor de 13,89 Ω, já esse é proveniente de uma associação em


paralelo, portanto precisamos descobrir qual é a queda de tensão nestes
resistores, para isso calculamos:
U 13,89Ω = 13,89 ⋅ I 613,89Ω
U 13,89Ω = 13,89 ⋅ 24,4343m
U 13,89Ω = 339,39mV

A corrente I X pode ser calculada utilizando a lei de Ohm para o resistor de 15 Ω,


para isso faremos:
U 13,89Ω
IX =
15
339,39m
IX =
15
IX = 22,6262mA

________________________________________________________________

LEIS DE KIRCHHOFF

1 LEI DE KIRCHHOFF PARA TENSÃO (LKT)

A lei de Kirchhoff para tensão, ou leis das malhas, afirma que:

A tensão aplicada a um circuito fechado é igual à soma das quedas de tensão


naquele circuito.
Isto é:
Tensão aplicada no circuito = soma de quedas de tensão
VA = V1 + V2 + V3
Onde VA é a tensão aplicada e V1, V2 e V3 são as quedas de tensão.
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Ou
VA – (V1 + V2 + V3) = 0
Introduzindo um símbolo novo, (sigma - letra grega) que significa “somatório de”, temos:
V = VA - V1 - V2 - V3 = 0
V é a soma algébrica de todas as tensões ao longo de qualquer circuito fechado,
e essa soma é igual a zero.
Atribuímos um sinal positivo (+) para o pólo maior da representação de tensão e
um sinal negativo (-) para o pólo menor da representação de tensão. Observe o esquema
seguinte:

Se começarmos pelo ponto a do esquema, e se percorrermos o circuito no sentido


abcda, atravessamos VA do – para o + logo, teremos – VA = -100V. A queda de tensão
através de qualquer resistência será positiva (+) pois percorremos no sentido do + para o
-. O equacionamento das tensões no sentido abcda do esquema ficará:
V=0
-VA + V1 + V2 + V3 = 0
-100 + 50 + 30 +20 = 0
0=0

:
a) Escreva a expressão para as tensões ao longo do circuito abaixo:

Solução: -VA +VR1 +VR2 +VB +VR3 = 0

b) Determine a tensão VB no circuito abaixo:


O sentido do fluxo da corrente está indicado através da seta. Marque a polaridade
das quedas de tensão através dos resistores. Percorra o circuito no sentido do fluxo da
corrente partindo do ponto a. Escreva a equação do circuito:
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V=0
-VA + V1 + V2 +VB + V3 = 0
Podemos agora determinar o valor de VB.
VB =+VA - V1 - V2 - V3 = 15 – 3 – 6 – 2 = 4 V

2 LEI DE KIRCHHOFF PARA CORRENTE (LKC)

A lei de Kirchhoff para corrente, ou lei dos nós, afirma que:

A soma das correntes que entram numa junção ou nó é igual à soma das
correntes que saem dessa junção ou desse nó. Ou seja:
Entram = Saem

Nó é o nome dado ao ponto de junção ou interligação entre os componentes ou


dispositivos eletrônicos.

Suponha que tenhamos seis correntes saindo e entrando numa junção comum ou
num ponto, por exemplo, o ponto P, como mostra o esquema a seguir. O ponto comum é
também chamado de nó.

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Substituindo por letras:
I1 + I3 + I4 + I6 = I2 + I5

Se considerarmos as correntes que entram numa junção como positivas (+) e as


que saem da mesma junção como negativas (-), então a lei afirma também que a soma
algébrica de todas as correntes que se encontram numa junção comum é zero. Utilizando
o símbolo de somatório, , temos:

I=0

Onde I, a soma algébrica de todas as correntes num ponto comum é zero.


I1 - I2 + I3 + I4 - I5+ I6 = 0

Se transpusermos os termos negativos para o lado direito do sinal de igual, teremos a


mesma forma da equação original.

a) Escrever a equação para a corrente I1 na parte (a) e na parte (b) do esquema abaixo:

A soma algébrica de todas as correntes em um nó é zero. As correntes que entram são +


(positivas) e as correntes que saem são – (negativas).
Logo:
a) + I1 – I2 – I3 = 0

I1 = I2 + I3

b) +I1 – I2 – I3 – I4 = 0

I1 = I2 + I3 + I4

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3 DIVISOR DE TENSÃO

Um divisor de tensão é um circuito serie, conforme mostra o esquema a seguir. Se a

tensão de entrada é a tensão da bateria, E, e a tensão de saída é obtida em uma das

resistências, R2, o seu valor será dado por:

R2
VR2= VAB= .E
R1 R2

Caso seja conectado uma uma resistência entre A e B, de valor RL, o valor da

tensão entre A e B diminuirá pelo efeito de carga exercido por essa resistência, pois o

valor efetivo da resistência entre A e B agora será R2//RL.

3.1 Calculando com Divisor de Tensão

Existem varias possibilidades de cálculo, em todas elas é necessário entrar com 3

variáveis para obter as outras.

Ex1: Considere o circuito abaixo:

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Para calcular a tensão medida pelo voltímetro utilizando divisor de tensão, faremos:

2000
VAB= VR2= .12= 8V
2000 1000

4 ANÁLISE DE MALHAS

Ao se resolver um circuito utilizando as correntes nas malhas, precisamos escolher


previamente quais os percursos que formarão as malhas. A seguir, designamos para cada
malha a sua respectiva corrente. Por conveniência, as correntes de malha são geralmente
indicadas no sentido horário. Esse sentido é arbitrário, mas é o mais usado. Aplica-se
então a lei de Kirchhoff para a tensão ao longo dos percursos de cada malha. As
equações resultantes determinam as correntes de malha desconhecidas. A partir dessas
correntes, pode-se calcular a corrente ou a tensão de qualquer resistor (Figura 11).

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Figura 11- Circuito para análise de duas malhas

Observe na figura um circuito com duas malhas, chamadas malha 1 e malha 2. A


malha 1 é formada pelo percurso abcda, e a malha 2 é formada pelo trajeto adefa. São
conhecidas todas as resistências e todas as fontes de tensão. O procedimento para se
determinar as correntes das malhas I1 e I2 é o seguinte:

1º passo: Depois de escolher as malhas, deveremos indicar as correntes das malhas I1 e


I2 no sentido horário. Indique a polaridade da tensão através de cada resistor, de acordo
com o sentido adotado para a corrente. Lembre-se de que o fluxo convencional de
corrente num resistor produz uma polaridade positiva, é a polaridade por onde entra a
corrente.

2º passo: Aplique a lei de Kirchhoff para a tensão, V = 0, ao longo de cada malha.


Percorra cada malha no sentido da corrente da malha. Observe que há duas correntes
diferentes (I1 e I2) fluindo em sentidos opostos no mesmo resistor, R2, que é comum a
ambas as malhas. Por esse motivo aparecem dois conjuntos de polaridades para R2.
Análise da malha 1: (sentido abcda)
−VA + I1 ⋅ R1 + R2 (I1 − I 2 ) = 0
−VA + I1 ⋅ R1 + R2 I1 − R2 I 2 = 0
+ I1 ⋅ (R1 + R2 ) − I 2 ⋅ R2 = VA

Obs1: No resistor R2 circulam duas correntes em sentidos contrários, por esse motivo
deveremos fazer a diferença entre I1 e I2.
Obs2: Como estamos analisando a malha 1, a corrente I1 vem primeiro.

Análise da malha 2: (sentido adefa)

R2(I2 −I1)+R3I2 +VB =0


I2 ⋅R2 −I1⋅R2 +I2 ⋅R3 +VB =0
−I1⋅R2 +I2 ⋅(R2 +R3) =−VB
+I1⋅R2 −I2 ⋅(R2 +R3) =+VB

Obs1: No resistor R2 circulam duas correntes em sentidos contrários, por esse motivo
deveremos fazer a diferença entre I1 e I2.

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Obs2: Como estamos analisando a malha 2, a corrente I2 vem primeiro.

3º passo: Calcule I1 e I2 resolvendo as equações (1) e (2) simultaneamente.

4º passo: Quando as correntes das malhas forem conhecidas, calcule todas as quedas
de tensão através dos resistores utilizados da lei de Ohm.

:
Dados VA = 58V, VB =10V, R1= 2 , R2 = 3 , e R3 = 4 , calcule todas as correntes das
malhas e as quedas de tensão no circuito.

1º passo: Escolha as duas malhas conforme a indicação da figura. Mostre a corrente da


malha no sentido horário. Indique as polaridades através de cada resistor
2º passo: Aplique V=0 à malha 1 e à malha 2 e percorra a malha no sentido da corrente
da malha.
Malha 1, abcda:

−58+2⋅I1+3(I1−I2) =0
+5⋅I1−3⋅I2 =58

Malha 2, adefa:

3⋅(I2 −I1)+4⋅ I2 +10=0


−3⋅ I1 +7⋅ I2 =−10

Observe que as correntes das malhas I1 e I2 passam através de R2, resistor comum às
duas malhas.

3º passo: Calcule I1 e I2 resolvendo as duas equações simultaneamente.


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5 I1 – 3I2 = 58
- 3I1 + 7I2 = - 10
Multiplicando a primeira por 3 e a segunda por 5, obtêm-se as equações abaixo, a seguir,
subtraem-se as equações:
+ 15 ⋅ I 1 − 9 ⋅ I 2 = 174
− 15 ⋅ I 1 + 35 ⋅ I 2 = −50
+ 26 ⋅ I 2 = 124
I 2 = 4,76 A

Substituindo I2= 4,76A em uma das equações, iremos encontrar I1 :


5I1 − 3I2 = 58
5I1 − 3(4,76) = 58
5⋅ I1 = 58+14,31
72,31
I1 = = 14,46A
5
Obs: Quando os sentidos adotados para as correntes das malhas estiverem corretos, ou
seja, estiverem de acordo com o que acontece no circuito real (na prática), os valores das
correntes serão positivas, caso contrário, os valores das correntes serão negativos.

4º passo: Calcule todas as quedas de tensão.

V1 = I1.R1 = 14,46( 2) = 28,92V


V2 = ( I1 − I 2 ).R2 = (14,46 − 4,76).3 = 29,1V
V3 = I 2 .R3 = 4,76( 4) = 19,04V

1. Determine as correntes I1 e I2:

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Analisando a primeira malha: Analisando segunda malha:

− 5 + 2 I 1 + 10 ⋅ (I 1 − I 2 ) + 33I 1 = 0 + 7 + 47 I 2 + 10(I 2 − I 1 ) + 22 I 2 = 0
− 5 + 2 I 1 + 10 I 1 − 10 I 2 + 33I 1 = 0 − 10 I 1 + 79 I 2 = 7
+ 45 I 1 − 10 I 2 = 5 + 10 I 1 − 79 I 2 = 7
+ 9 I1 − 2I 2 = 1

Sistema
+ 9 I 1 − 2 I 2 = 1

+ 10 I 1 − 79 I 2 = 7

I 1 = (1 + 2 I 2 ) ⋅ 9
I2 = -76, 7006mA
I1 = 94, 0666mA
 1 + 2I 2 
10 ⋅   − 79 I 2 = 7
 9 
10 20 I 2
+ − 75 I 2 = 7
9 9

2. Utilizando o circuito abaixo preencha a tabela:

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V1KΩ 5,7377 V I1kΩ I1 P1kΩ 32,9mW

V220Ω 1,2622V I220Ω I1 P220Ω 7,24 mW

V100Ω 4, 9785 mV I100Ω I2 P100Ω 247,85mW

V10Ω 4, 9785 mV I100kΩ I2 P100kΩ 247,85µW

V330Ω 16, 4293 I330Ω I2 P330Ω 817,94µ W

Primeira malha: Segunda malha:

− 12 + 1000 I 1 + 5 + 220 I 1 = 0 + 330 I 2 + 100kI 2 + 100 I 2 − 5 = 0


+ 1220 I 1 = 7 + 100430 I 2 = 5
I 1 = 5,7377 mA I 2 = 49,7859 µA

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( ) 1ª Parcial ( ) 2ª Parcial Nota:
( ) Recuperação ( ) Exame
Final/Certificação
( ) Exercícios ( ) Prova Modular
( ) Avaliação Substitutiva
( ) Aproveitamento Extraordinário de Estudos
Disciplina: Professor:
Turma: Data:
Aluno (a):

Queda de tensão

U 1kΩ = R1k ⋅ I 1 U 220Ω = 220 ⋅ 5,7377 m


U 1kΩ = 1000 ⋅ 5,7377 m U 220Ω = 1,2622V
U 1kΩ = 5,7377V
U 100kΩ = 100k ⋅ I 2
U 100Ω = 100 ⋅ I 2 U 100kΩ = 4,9785V
U 100Ω = 4,9785mV
U 330Ω = 330 ⋅ I 2
U 330Ω = 16,4293mV

Potencia:

P =V ⋅I

P100kΩ = 4,9785 ⋅ I 2
P1kΩ = 5,7 ⋅ I 1
P100kΩ = 247,85µW
P1kΩ = 32,9mW

P330Ω = 16,4293 ⋅ I 2
P 220Ω = 1,2622 ⋅ I 1
P330Ω = 817,94 µW
P 220Ω = 7,24mW

P100Ω = 4,9785m ⋅ I 2
P100Ω = 247,85µW

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3. Determine I1, I2 e R, sabendo que a corrente que passa no resistor de 4Ω é de 2A.

U 4Ω = 4 ⋅ 2 I 2 = I 8Ω + I 4Ω
U 4Ω = 8V I 2 = 3A

U 8Ω = 8 ⋅ I 8Ω
8 = 8 ⋅ I 8Ω
I 8Ω = 1A

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Primeira malha Segunda malha

− 30 + 2 I 1 + (I 1 − I 2 ) = 0 10 I 2 − 10 I 1 + 2,667 I 2 + R ⋅ I 2 = 0
+ 2 I 1 + 10 I 1 − 10 I 2 = 30 12,667 I 2 + R ⋅ I 2 − 10 I 1 = 0
12 I 1 − 10 I 2 = 30 Como :
Como : I 2 = 3A
I 2 = 3A e
I1 = 5 A
12 I 1 = 30 + 30 Então :
I1 = 5A 38 + 3R − 50 = 0
3R = 50 − 38
12
R=
3
R = 4Ω

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4. Determine I1, I2 e I3.

Considere
R1 = 100 Ω
R2 = 220 Ω
R3 = 22 Ω
R4 = 33 Ω
R5 = 47 Ω
R6 = 56 Ω
R7 = 870 Ω
V1 = 12V
V2 = 24V

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Primeira malha: Segunda malha:

− V1 + R1 I 1 + R3 ⋅ (I 1 − I 2 ) + R2 I 1 = 0 R3 (I 2 − I 1 ) + R4 I 2 + R5 (I 2 − I 3 ) + R6 I 2 = 0
(R1 + R2 + R3 ) ⋅ I1 − R3 I 2 = V1 − R3 I 1 + (R3 + R4 + R5 + R6 ) ⋅ I 2 − R5 I 3 = 0
242 I 1 + 22 I 2 = 12 − 22 I 1 + 158 I 2 − 47 I 3 = 0

Terceira malha SISTEMA

V2 + R5 (I 3 − I 2 ) + R7 I 3 = 0 + 242 I 1 + 22 I 2 + 0 I 3 = 12
− R5 I 2 + (R5 + R7 ) ⋅ I 3 = −V2 
− 22 I 1 + 158 I 2−47 I 3 = 0
− 47 I 2 + 917 I 3 = −24 + 0 I − 47 I + 917 I = −24
 1 2 3

I1 = 34,896mA
I2 = -2,971mA
I3 = -26,324mA

5. Determine a tensão, corrente e potência em cada resistor dos circuitos abaixo.

a)

Primeira malha Segunda malha

− 5 + 33I 1 + 10 + 47 I 1 = 0 − 10 + 82 I 2 + 100 ⋅ (I 2 − I 3 ) + 470 I 2 = 0


+ 80 I 1 = −5 65 I 2 − 100 I 3 = 10
I 1 = −62,5mA

Terceira malha Sistema


652 I 2 − 100 I 3 = 10
100(I 3 − I 2 ) + 220 I 3 + 15 = 0 
− 100 I 2 + 320 I 3 = −15
320 I 3 − 100 I 2 = −15 I 2 = 8,55mA
I 3 = −44,2mA

U 33Ω = R33 ⋅ I 33 U82 = 82 · I2


U 33Ω = 33 ⋅ 62,5m U82 = 82 · 8,55mA
U82 = 701,1mV
U33Ω = 2,06V
U740 = 470 · I2
U 47Ω = 47 ⋅ 62,5m U740 = 470 · 8,55mA
U74 Ω = 2,9375V U740 = 4,01V

U220 = 220 · I2 P33 = V33 · I1


U220 = 2,9375 · 62,5 P33 = 2,06 · 62,5m
U220 = 183,59mW P33 = 128,75mW

U100 = 100 · (I2-I3) P47 = U47.I1


U100 = 100(8,55+44,2m) P47 = 2,9375 · 62,5m
U100 = 100 · 52,75m P47 = 183,59mW
U100 = 5,275V

P82 = 701,1m · 8,55m P220 = -9,724 · (-44,2m)


P82 = 5,99mW P220 = 429,8mW

P470 = 4,01 · 8,55M P100 = 5,275 · (-44,2m)


P470 = 34,285mW P100 = 233mW
b)

Primeira malha Segunda malha

- 5 + 330I1 + 7 + 470I1 = 0 -7 + 100I2 + 10 +220I2 = 0


800I1 = -2 320I2 = -3
I1 = -2,5mA I2 = -9,375mA

Terceira malha U330 = 300 · (-2,5m)


-10 + 470I3 + 6 +100I3 = 0 U330 = -825mV
+570I3 = 4
I3 = 7,01mA U470 = 470 · (-2,5m)
U470 = -1,175V

U100 = 100 · (-3,375m) U470 = 470 · 7,01m


U100 = 937,5mV U470 = 3,294V

U220 = 220 · (- 9,375m) U100 = 100 · I3


U220 = -2,065V U100 = 701mV

P330= U330 · I1 P100 = 937,5 · (-9,375m)


P330 = -825 · (-2,5) P100 = -8,789mW
P330 = 2,06 mW
P220 = -2,0625 · (-9,375m)
P470 = -1,175 · (-2,5) P220 = 19,33mW
P470 = 2,937mW

P470 = 3,294.7,01m P100 = 701m · 7,01m


P470 = 23,05mW P100 = 4,91mW
c)

PRIMEIRA MALHA SEGUNDA MALHA

- 10 + 10KI3 + 2,2k · (I1 - I2) + 1MI1 = 0 2,2K · ( I2 - I1 ) + 100I2 + 22K · ( I2 – I3 ) =


1MI1 + 12,2KI1 – 22KI2 = 10 0
1,0122 · (10^6) - 2,2 · 10³ I2 = 10 -2,2KI1 + 2,2KI2 + 100I2 + 22KI2 - 22KI3 =
0
-2,KI1 + 24,3KI2 - 22KI3 = 0

TERCEIRA MALHA SISTEMA

22K · ( I3 - I2 ) + 1MI3 + 15 + 1KI3 = 0 1,0122 · (10^6) - 2,2 · 10³I2 = 10


- 22KI2 + 22KI3 + 1MI3 + 1KI3 = -15 - 2,2KI1 + 24,3KI2 - 22KI3 = 0
- 2,2KI1 + 24,3KI2 - 22KI3 = 15 - 2,2KI1 + 24,3KI2 - 22KI3 = 15

I1 = 9,856 µA U2,2k = R2,2 · I2,2K


I2 = -12,628 µA U2,2k = 2,2K · (I1-I2)
I3 = -14,934µA U2,2k = 2,2K · (9,852µ + 12,628µ)
U2,2k = 2,2 · 22,78mV
U10K= =R10K · I10K U2,2k = 49,456Mv
U10K = 10K · 9,852µ
U10K = 98,52mV

U1M = 1M · I1 U1M =1M · I3


U1M = 9,852V U1M =-14,934V

U100 = 100 · (-12,628 µ) U1K = 1K · I3


U100 = -1,262mV U1K = -14,934V

U22 = 22K · (-12,628µ + 14,934µ)


U22=50,732mV

P=V·I P100 = -1262m · I2


P100= 15,936nW
P10K = U10K · I1
P10K = 98,52m · 9,852µ P22k = 50,732m · (I3-I3)
P10K = 970,619nW P22 = 116,98nW

P2,2k = 49,456m · (I1-I2) P1M = -14,934 · I3


P2,2k = 49,456m · 22,48µ P1M = 223,024nW
P2,2k = 1,112µW
P1K = -14,934 · I3
P1M = 9,852 · I1 P1K = 223,024nW
P1M = 97,06µW
6. Determine a corrente, tensão e potência em todos os resistores.

Equacionamento das malhas:

Primeira malha Segunda malha


- 5 + 10I1 + 33(I1 - I2) = 0 33(I2 - I1) + 14,03I2 + 67(I2 - I3) = 0
- 5 + 10I1 + 33I1 - 33I2 = 0 33I2 - 33I1 + 14,03I2 + 67I2 + 67I3 = 0 x(-1)
43I1 - 33I2 = 5 33I1 - 144,03I2 + 67I3 = 0

Terceira malha Sistema


10 + 67I3 - I2 + 82I3 = 0 43I1 - 32I2 + 0I3 = 5
10 + 67I3 - 67I2 + 82I3 = 0 x(-1) 33I1 - 144,03I2 + 67I3 = 0
67I2 - 149I3 = 10 0I1 - 67I2 - 149I3 = 10

I1 = 108mA U33 = 33 · (I1-I2)


I2 = -11,11mA U33 = 3,19V
I3 = -72,11mA
U14,03 = 47 · I2
U10 = R10 · I1 U17,03 = -155,87mV
U10 = 10 · 108m
U10 = 1,08V

Exercícios Resolvidos:

1) Calcule a indicação dos instrumentos e a potência dissipada em cada resistor.


Resp:

1o Passo: Calcular a resistência equivalente (Req):

Req= 40 + 60 + 20 = 120 Ohms

2o Passo: Calcular a corrente total

I = I total = V/Req = 12/120 = 0,1 A (Corrente medida pelo amperímetro)

3o Passo: Calcular a tensão em cada resistor:

VR1 = 40 x 0,1 = 4V (tensão medida pelo voltímetro V1)

VR2 = 60 x 0,1 = 6V (tensão medida pelo voltímetro V2)

VR3 = 20 x 0,1 = 2V (tensão medida pelo voltímetro V3)

4o Passo : Calcular a potência em cada resistor, utilizando a fórmula:

P=VxI

Potência (R1) = 4 x 0,1 = 0,4 W

Potência (R2) = 6 x 0,1 = 0,6 W

Potência (R3) = 2 x 0,1 = 0,2 W

2) Calcule a máxima e a mínima tensão que o instrumento pode indicar.


Resp: Quando o potenciômetro estiver no mínimo, ou seja, sua resistência for zero,
a tensão medida pelo voltímetro será de 4 V;
Quando o potenciômetro estiver no máximo, ou seja, sua resistência for 1 k
Ohms, a tensão medida pelo voltímetro será de 6 V;

3) Calcule a indicação do voltímetro:

Resp:
1o Passo: Calcular a resistência equivalente das duas resistências que estão em
paralelo:
Como são resistências de mesmo valor, a Req = 500 Ohms.
2o Passo: Utilizar divisor de tensão para determinar o valor medido pelo voltímetro
500
V= x 12= 3,99V
500 100

4) Calcule a indicação dos instrumentos:

Resp:
1o Passo: Calcular a resistência equivalente das resistências que estão em série:
Req = 330 + 220 + 470 = 1020 Ohms.
2o Passo: Determinar a corrente total
I total = V/Req = 15/1020 = 14,71 mA (Corrente medida pelo amperímetro)
3o Passo: Determinar tensão em cada resistor utilizando a lei de Ohm
V=R.I
V1 = 330 x 14,71 m = 330 x 0,01471 = 4,85 V (tensão medida pelo voltímetro V1)
V2 = 220 x 14,71 m = 220 x 0,01471 = 3,24 V (tensão medida pelo voltímetro V2)
V3 = 470 x 14,71 m = 470 x 0,01471 = 6,91 V (tensão medida pelo voltímetro V3)
Observe que:
V1 + V2 + V3 = 15V

CURIOSIDADE - História
Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887)
Nascido em Kaliningrad – Rússia - colaborou no
desenvolvimento da técnica de espectroscopia, que permite
analisar a composição química de uma substância a partir da
luz que emite. Em 1854, publicou as chamadas leis de
Kirchhoff como resultado do desenvolvimento do trabalho de
Ohm sobre a teoria de circuitos.

Exercícios propostos

1) Calcule as correntes desconhecidas na parte a e na parte b do esquema abaixo:

Resp: I1 = 4A e I4 = -1A
2) Determine o sentido da tensão ao longo do circuito abcd, abaixo, e a seguir
escreva as expressões para as tensões ao longo do circuito.

Resp: Sentido horário


Expressão: -VA + VR1 + VR2 – V3 + VR3 = 0
3) Determine a tensão VA no circuito a seguir:
Resp: VA = 34V
4) Escreva a equação para a corrente I2 na parte (a) e na parte (b) do circuito a
seguir:

Resp: I1 + I3 = I2 I1 + I3 = I2 + I4 ou I1 + I3 - I4 = I2
5) Calcule as correntes desconhecidas na parte a e na parte b da figura abaixo.

Resp: I1 = 5A e I4 = 6A
6) Calcule todas as correntes e as quedas de tensão para o circuito de duas malhas
do esquema a seguir:
Resp: I1 = 66,67 mA e I2 =0,488A
7) Observe o esquema elétrico abaixo:

a) Aplicando as Leis de Kirchhoff, deduza o sistema de equações que


permite calcular os valores da intensidade da corrente elétrica.
Resp: -E1 + E2 + Vr2 + Vr1 + Vr1 = 0
-E2 – E3 + Vr3 + VR2 + Vr2 = 0
b) Calcule o valor de cada corrente sabendo que:
E1 = 24V r1 = 0,6Ω
E2 = 12V r2 = 0,5Ω
E3 = 6V r3 = 0,4Ω
R1 = 1,4Ω R2 = 2,6Ω
Resp: I1 = I2 = 6A
8) Utilize no circuito a seguir a 2ª Lei de Kirchhoff .

a) Apresente a equação.
Resp: -E1 + VR2 + E2 + VR3 – E3 – E4 + VR4 + E5 + VR1 = 0
b) Calcule a intensidade de corrente elétrica considerando que o circuito tem os
seguintes valores:
E1 = 10V, E2 = 8V, E3 = 4V, E4 = 2V, E5 = 3V,
R1 = 3Ω, R2 = 2Ω, R3 = 6Ω, R4 = 2Ω.
Resp: I = 0,3846 A
9) O esquema elétrico representado a seguir, apresenta os seguintes valores:
E1 = 18V r1 = 0,1Ω
E2 = 12V r2 = 0,08Ω
R1 = 4Ω R2 = 5Ω R3 = 3Ω

a) Indique o(s) método(s) estudado(s) até aqui que permite(m) calcular as


correntes I1, I2 e I3.
c) Calcule as correntes, utilizando o(s) método(s) indicado(s) em a.

1. Utilizando os métodos de análise Nodal e análise de malhas encontre o valor de I1.


Equacionamento:
Segunda malha: Nó A:
+50 + 5I2 = 0 I1 = I2 – 0,2
5I2 = -50 I1 = -10 - 0,2
I2 = -10A I1 = -10,2A

2. Utilizando os conceitos de leis de Kirchhoff encontre os valores de I1, I2 e I3 para os


circuitos.
Equacionamento:
Nó A PRIMEIRA MALHA
I3 = I2 + 0,5
-15 + 100I1 +220. (I1-I2)
320I1 – 220I2 = 15 (÷5)
64I1 – 44I2 = 3

SEGUNDA MALHA

220(I2- I1) + 22I2 = 0


-220I1+242I2 = 0 (÷2)
-110I1 + 121I2 = 0

SISTEMA 64I1 – 44(113,636) = 3


64I1 = 8
64I1 – 44I2 = 3 (x110) I1 = 125mA
-110I1 + 121I2 = 0 (x60)
I3 = I2 + 0,5
7040I1 – 4840I2 = 330 I3 =113,636 + 0,5
-7040I1 + 7744I2 = 0 (+) I3 = 613,636 mA

0I1 + 2904I2 = 330


I2 = 113,636mA
b)

Equacionamento:
Nó A Terceira malha
I2 = - 2A
10( I3 - I1 ) + 4( I3 - I2 ) + 6I3 = 0
Primeira malha: - 10I1 - 4I2 + 20I3 = 0 (P/ I2 = -2)
- 10I1 + 20I3 = - 8
- 12 + 2I1 + 5( I1 - I2 ) + 10( I1 - I3 )
17I1 - 5I2 - 10I3 = 12 (P/ I2=-2)
17I1 - 10I3 = 2

Sistema:

17I1 - 10I3 = 2 (x2)


-10I1 + 20I3 = - 8

24I1 = - 4
I1 = -116,67 mA
+ 20I3 = + 9,667
I3 = M483,34 mA
3) Encontre o valor de I0 utilizando as leis de kirchhoff:

2ohms // 1 ohm

Nó 1: Malha:
4 + Ia + Ib = 0 0,667 Ia − 2 Ib − 2 Ic = 0

Nó 2:
Ib = 2 + Ic
Ib − Ic = 2

Sistema: Ia = −4,285 A
 Ia + Ib + 0 = −4 Ib = 285,41mA

0 + Ib − Ic = 2 Ic = −1,714 A
0,667 Ia − 2 Ib − 2 Ic = 0
 Ic = I 0
I0 = -1,714A
4)Encontre I1,I2 e I3 utilizando as leis de Kirchhoff.

V2 Ω = 2 I 2
Nó 1: (V1 − V2 ) = 2 I 2
3 + I1 = I 2
(6 I 1 − 4 I 3 ) = 2 I 2
Nó 2: 6I1 − 4I 3 − 2I 2 = 0
I 2 + 3 = I3

 I 1 − I 2 + 0 = −3 I1 = 18,89mA
 I2 = -377,36mA
0 + I 2 − I 3 = −3 I3 = 358,49mA
6 I − 2 I = −4 I = 0
 1 2 3
5)Determine I 0 utilizando as leis de Kirchhoff.

V1 − V3 = 6 12 − I 2 + I 3 = 2 I 2
V1 = 12V − 3I 2 + I 3 = −12
V3 = 6V 3I 2 − I 3 = 12
V 1−V2 = 2 I 2 V2 − V3 = 2 I 3
V2 = 1I 0 V2 = 1 ⋅ ( I 2 − I 3 )
12 − I 0 = 2 I 2 I 2 − I 3 − 6 = 2I 3
I0 = I2 − I3

3I 2 − I 3 = 12 I 2 = 6 − 3(−750m)

(I 2 − 3I 3 = 6 )(−3) I 2 = 8,25 A
0 + 8 I 3 = −6 I0 = I2 − I3
I 3 = −750mA I0 = 9A
6)Determine as correntes I 1 , I 2 , I 3 , I 4 e I 5 utilizando as leis de Kirchhoff.

Aplicando a lei dos nós e a lei de Ohm, para o nó 1, obtemos:

V1 − V2 V1 − 0
I1 = I 2 + I 3 ⇒ 5= +
4 2

Multiplicando por 4 cada termo da equação obtemos:

20 = V1 −V 2+2V1
3V1 − V2 = 20

Fazendo o mesmo para o nó 2 obtemos:

V1 − V2 V −0
I 2 + I 4 = I1 + I 5 ⇒ + 10 = 5 + 2
4 6

Multiplicando por 12 cada termo da equação obtemos:

3V1 − 3V2 + 120 = 60 + 2V2


− 3V1 + 5V2 = 60
Sistema:

+ 3V1 − V2 = 20

− 3V1 + 5V2 = 60
+ 0V1 + 4V2 = 80
V2 = 20V

Substituindo-se V2 :
3V1 − 20 = 20
V1 = 13,333V

Para calcular as correntes:


V − V2 V1
I1 = 5 A , I 2 = 1 = −1,6668 A, I3 = = 6,666 A,
4 2
V
I 4 = 10 A, I 5 = 2 = 3,333 A
6

1) Utilize os conceitos de superposição para encontrar V no circuito da figura abaixo:

Analisando a fonte de tensão:

12I 1 − 6 = 0 → I 1 = 0,5 A

V1 = 4 I 1 = 2V
Analisando a fonte de corrente:
 8 
I3 =   ⋅ (3) = 2 A
4+9
V2 = 4 I 3 = 8V

Obtemos:
V = V1 + V2 → 2 + 8 = 10V
V=10V

2) Determine I 0 no circuito abaixo, utilizando superposição.

Desconsiderando a fonte de
tensão obtemos:

I1 = 4 A
Para a malha 2:
− 3I 1 + 6 I 2 − 1I 3 − 5 I 0'

Para malha 3:
− 5 I 1 − 1I 2 + 10 I 3 + 5 I 0'

Para o nó A:
I 3 = I 1 − I 0' = 4 − I 0'

Sistema:
3I 2 − 2 I 0' = 8

 I 2 + 5 I 0' = 20
52
I 0' = A
17

Desconsiderando a fonte de corrente obtemos:

Para malha 4:
6 I 4 − I 5 − 5 I 0'' = 0

Para malha 5:

− I 4 + 10 I 5 − 20 + 5 I 0'' = 0

Mas como I 5 = − I 0'' , obtemos:


6 I 4 − 4 I 0'' = 0

 I 4 + 5 I 0'' = −20
60
I 0'' = − A
17

Considerando I 0 = I 0' + I 0'' , obtemos:

8
I0 = − = −0,4706 A
17
I0 = -0,4706A

3) Utilize o teorema da superposição para determinar I.


Considerando somente a fonte de 12V obtemos:

Associando-se em série o resistor de 4Ω (do lado direito) com o de 8Ω o equivalente é 12 Ω,


fazendo 12 Ω em paralelo com 4 Ω resulta em 3 Ω, portanto:

12
I1 = = 2A
6
Considerando somente a fonte de 24V, utilizamos do método de análise de malhas e
obtemos:

16 I a − 4 I b + 24 = 0 → 4 I a − I b = −6

7
7 I b − 4I a = 0 → I a = Ib
4
I 2 = I b = −1

Considerando somente a fonte de corrente 3A e utilizando análise nodal, obtemos:

V2 V2 − V1
3= + → 24 = 3V2 − 2V1
8 4
V2 − V1 V1 V2 10
= + → V2 = V1
4 4 3 3
V
I 3 = 1 = 1A
3
Portanto,
I = I1 + I 2 + I 3 = 2 − 1 + 1 = 2 A
I = 2A

4) Usando o teorema da superposição, determine V0 no circuito da figura abaixo:

Considerando somente a fonte de tensão e reorganizando os resistores, obtemos o seguinte:

2 I a + 8I a + 20 = 0
V1 = 2 ⋅ (−2)
10 I a = −20
V1 = −4V
I a = −2 A
Considerando somente a fonte de corrente obtemos o seguinte:

Ib = Ic + 8
Ic = 0A
Ib = 8A
V2 = 2 ⋅ 8
V2 = 16V

V0 = V1 + V2
V0 = 16 − 4
V0 = 12V

5) Use superposição para determinar V x no circuito abaixo:

Considerando somente a fonte de 10V obtemos:


Malha:
− 10 + 20 I 1 + 4 ⋅ (I 1 + 0,1V X 1 ) = 0
24 I 1 + 0.4V X 1 = 10

Nó:
VX 1
= I 1 + 0,1V X 1
4
V X 1 = 4 I 1 + 0,4V X 1
4 I 1 − 0,6V X 1 = 0

Sistema:
24 I 1 + 0,4V X 1 = 10

4 I 1 − 0,6V X 1 = 0
I 1 = 375mA
V x1 = 2,5V

Considerando somente a fonte de 2A e calculando os resistores equivalentes, obtemos:

Nó:
VX 2
= 2 + 0,1V X 2
4
V X 2 = 6,667 + 0,333V X 2
V X 2 = 10V

Como V X = V X 1 + V X 2 então:
VX = 12,5V

6) Determine I no circuito abaixo, usando o princípio da superposição.

Considerando somente a
fonte de tensão de 16V
e reorganizando os
resistores obtemos:
16
I1 =
16
I 1 = 1A

Considerando somente a fonte de tensão de 12V obtemos:

12 = 16 ⋅ I 2
I 2 = −0,75

Considerando somente a fonte de corrente de 4A podemos associar os resistores de 6Ω e 8Ω


em série e em seguida
podemos fazer divisor
de corrente.

2
I3 = ⋅4
16
I 3 = 0,5 A

Como: I = I 1 + I 2 + I 3 então: I = 1 + 0,5 − 0,75 → I = 0,75A


Alguns destes exercícios foram retirados do livro Fundamentos de Circuitos Elétricos, escrito por
Charles K. Alexander e Matthew N. O. Sadiku.

1) Determine o circuito equivalente de Thévenin do circuito mostrado na figura abaixo, à


esquerda dos terminais a-b. Em seguida, localize a corrente através de RL = 6Ω , 16Ω
e 36Ω .
Solução:
Determinamos Rth desativando a fonte de 32V (substituindo-a por um curto-circuito) e a
fonte de corrente de 2A (substituindo-a por um circuito aberto), desta maneira o novo circuito
será:

Para determinar Vth , consideramos o circuito inicial sem a carga. Aplicando-se análise de
malhas aos dois laços, obtemos:

− 32 + 4 I 1 + 12 ⋅ (I 1 − I 2 ) = 0
I2 = 2A

Resolvendo-se a equação em I 1 , obtemos I 1 = 0,5 A . Portanto,

Vth = 12 ⋅ (I 1 − I 2 ) = 12 ⋅ (0,5 + 2) = 30V


Ou por análise nodal. No nó superior, a lei dos nós nos dá:

32 − Vth V
+ 2 = th Ou 96 − 3Vth + 24 = Vth ⇒ Vth = 30V
4 12

O circuito equivalente de Thévenin:

A corrente que passa pela carga é:

VTH 30
IL = =
RTH + RL 4 + RL

Quando Rl = 6Ω:

30
IL = = 3A
10
Quando R1 = 16 Ω:

30
IL = = 1,5 A
20
Quando R1 = 36 Ω:

30
IL = = 0,75 A
40
2) Encontre o equivalente de Thevenin do circuito abaixo:

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