Anterior às têmporas fica localizado o Lobo Temporal Mesial, região
cerebral que contém estruturas com finalidades fundamentais humanas, como a amígdala e o hipocampo, responsáveis pelas memórias e emoções. É a partir de lá que são deflagrados sinais elétricos anormais que provocam a mais frequente manifestações epiléticas em adultos, a Epilepsia do Lobo Temporal Mesial (ELTM).
Caracterizado por uma esclerose hipocampal, a Esclerose Mesial
Temporal (EMT) possuem diferentes graus de comprometimento de estruturas adjacentes, tendo como resultado a perda de neurônios e gliosehipocampal, que pode ser visualizado em exame histopatológico.
De acordo com a neuropatologia, a EMT é a perca de neurônios e
astrocitose no hipocampo, na amígdala, no córtex entorrinal e, eventualmente, no giro para-hipocampal.
Para ajudar no diagnóstico EMT os principais exames solicitados
são: Ressonância Magnética Nuclear (RNM) e Vídeo Eleletoencefalograma (Vídeo-EEG). A RNM evidência o aumento do sinal hipoampal ou a diminuição do volume, podendo estes ser acompanhados de mudanças estruturais internas e de formatos do hipocampo. Já no eletroencefalograma (EEG) normalmente aparece anormalidade não epileptiforme caracterizada de alentecimento intermitente, nas regiões temporais mésio-basais. Contudo, em alguns casos os pacientes apresentam EEG repetidamente normais, não podendo descartar o diagnóstico de ELTM.
Na investigação diagnóstica, a ausência de alterações nos exames
como a RNM e Vídeo-EEG, não excluem o diagnóstico, principalmente nas RNM, já que dificilmente o Vídeo-EEG será normal em fase ictal.
Especialistas há algum tempo discutiram sobre os critérios para o
diagnóstico, e chegaram a conclusão que nenhum critério laboratorial ou clínico separadamente é suficiente para diagnosticar a esclerose hipocampal. E que a semiologia é o principal critério, contudo não é especifico para o diagnóstico. Assim sendo, quanto mais critérios usados maiores as chances de acertos de diagnóstico.
A qualidade de vida dos indivíduos com crises epiléticas podem ser
prejudicadas pela reação adversas das drogas antiepilépticas (DAE), mas acima de tudo por muitos problemas psicossociológicos, que incluem vergonha e temor das crises, autoconfiança diminuída e baixa auto-estima, mudanças nas atividades diárias, discriminação, estgma e dependência, isolamento social, desemprego e subemprego, que são algumas das dificuldades habituais dessas pessoas.