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COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJg

Profª Nayara Galeno do Vale História 1.º trimestre de 2015


9ª ano do Ensino Fundamental Turmas 19A e 19B

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Proposta de trabalho em grupo

Discutirmos em sala de aula a sociedade estamental que caracterizava a França no século XVIII e as
críticas à organização social e às desigualdades do sistema tributário do Antigo Regime feitas em charges que
circulavam na França no período anterior à Revolução Francesa. Também discutimos os limites do humor a
partir das diferentes opiniões acerca das charges de conteúdo religioso publicadas pelo jornal satírico francês
Charlie Hebdo. A redação do mesmo jornal foi alvo de um atentado terrorista em resposta à publicação de
charges consideradas ofensivas à religião islâmica e ao profeta Maomé. Por fim, debatemos as diferentes funções
que o humor pode assumir a partir de polêmicas suscitadas por declarações de humoristas brasileiros que
reforçam estereótipos acerca de grupos sociais como as mulheres e os negros e de charges que contestam e
criticam a reprodução de preconceitos.
“Liberdade, igualdade e fraternidade na França? Para quem?” A questão acima é colocada por Alexandra
Baldeh Loras, 37, francesa de origem muçulmana e judaica, que vive no Brasil há dois anos como consulesa do
país em São Paulo. Alexandra afirma que "a França ainda precisa se assumir como nação multicultural e
multirracial. Ela aponta que “apesar do nosso lema ‘liberdade, igualdade e fraternidade’, fomos [os franceses] de
geração em geração condicionados a pensar que o racismo e o sexismo são naturais. Uma hierarquia construída
durante séculos declarou que os homens são superiores às mulheres, que só tiveram direito de voto em 1944, e
que os brancos eram superiores a árabes e negros.” (Entrevista publicada na Folha de São Paulo com o título
“Liberdade, igualdade e fraternidade na França? Para quem?)
Podemos pensar a pertinência das declarações de Alexandra para o contexto brasileiro? De que forma os
ideiais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade não se aplicam a todos no Brasil
atualmente? Que grupos são tratados tendo por base estereótipos que os inferiorizam na televisão, na
propaganda, no cinema, na música e no esporte? De que forma o humor pode ajudar a contestar preconceitos
ao invés de reproduzi-los?
Utilizando as questões acima e as discussões em sala como inspiração, reúnam-se em grupo e produzam
uma charge. Vocês podem pesquisar em livros e sites da Internet sobre o gênero textual e ver exemplos,
entretanto, a criação do grupo deve ser original. A charge pode usar apenas a linguagem não-verbal ou esta
associada à linguagem verbal. Em francês, a palavra charge significa “carga”: de fato, o chargista “vai à carga”,
atacando com ironia e mordacidade uma situação política ou social.
O humor, a criatividade e a beleza do trabalho serão critérios importantes para a avaliação.

Bom trabalho!

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