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Agência Brasil
25/05/2018 - 17h09 - Atualizado 17h10
http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/atividade-e-emprego-continuam-em-queda-na-
ind%C3%BAstria-da-constru%C3%A7%C3%A3o-1.624619
A pesquisa mostra ainda que o nível de utilização da capacidade de operação ficou em 60% no
último mês
Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo de 50 apontam recuo
da atividade e do emprego.
A pesquisa mostra ainda que o nível de utilização da capacidade de operação ficou em 60% no
último mês. Isso significa que o setor operou com 40% das máquinas, dos equipamentos e dos
trabalhadores parados.
No entanto, os empresários estão otimistas com o desempenho do setor nos próximos meses. Todos
os índices de expectativas estão acima dos 50 pontos, indicando que os industriais apostam no
aumento da atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e no
número de empregados nos próximos seis meses.
De acordo com o levantamento da CNI, o índice de confiança do empresário da construção (ICEI-
Construção) diminuiu um pouco e ficou em 53,8 pontos em maio, acima da média histórica de 52,9
pontos e da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. “Isso é
resultado do otimismo dos empresários em relação ao desempenho das empresas e da economia nos
próximos seis meses”, diz a confederação em nota.
O indicador de expectativas para os próximos seis meses ficou em 57,3 pontos em maio. Mas a
percepção sobre a situação presente dos negócios piorou. O indicador de condições atuais caiu para
46,7 pontos.
A pesquisa mostra ainda que a disposição dos empresários para investir também diminuiu. O índice
de intenção de investimentos recuou 1,9 ponto em relação a abril e ficou em 33,3 pontos em maio.
A edição da pesquisa Sondagem Indústria da Construção ouviu 541 empresas do setor entre os dias
1º e 14 de maio. A pesquisa completa está disponível na página da CNI.
Leia mais:
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Diferenças entre greve e lockout
Jackeline Santana
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Direito do Trabalho
GREVE
Para que seja caracterizada a greve, é necessário que o abandono do trabalho seja coletivo e feito
pela vontade da maioria, bem como que a paralisação seja em caráter temporário, até que haja o
entendimento entre as partes. Além disso, o empregador deverá ser previamente avisado 48 horas
antes da paralisação, já no caso de serviços ou atividades essenciais, como produção e distribuição
de energia, o prazo é de 72 horas antes da paralisação.
Durante a greve, o contrato de trabalho do empregado fica suspenso, não sendo permitida a sua
demissão, ou que haja contratação de substitutos para a sua função. Também é vedada a paralisação
total das atividades, quando este ato importar em prejuízo irreparável para as empresas.
Por se tratar de direito coletivo, a legitimidade para a instauração da greve pertence à organização
sindical dos trabalhadores, não podendo, contudo, ser confundido com a titularidade do direito de
greve, que pertence aos trabalhadores.
A greve ilícita é aquela feita em desacordo com os requisitos previstos na Lei nº 7.783/89, que
ocorre quando os trabalhadores abusam do direito de greve, descumprindo o aviso prévio da
paralisação, realizando piquetes violentos (grevistas postos diante de um local de trabalho para
impedir a entrada de trabalhadores), promovem a sabotagem nas instalações, serviços e produtos da
empresa, entre outras faltas graves.
Mister ressaltar que, de acordo com o artigo 6º da Lei nº 7.783/89, o direito de greve jamais poderá
se sobrepor aos direitos e garantias fundamentais de outrem, caso contrário será considerado um
abuso de direito e tornar-se-á ilegal, sujeitando o grevista à responsabilização trabalhista, civil ou
penal, dependendo da situação do caso concreto.
LOCKOUT
Passados trinta dias do início do lockout, em que não houver a readmissão dos empregados, será
considerado despedida sem justa causa.
Apesar de não estar regulamentado na Constituição, a CLT, em seu artigo 722, prescreve as
punições em casos de ilicitude, ex vi:
Art. 722 - Os empregadores que, individual ou coletivamente, suspenderem os trabalhos dos seus
estabelecimentos, sem prévia autorização do Tribunal competente, ou que violarem, ou se
recusarem a cumprir decisão proferida em dissídio coletivo, incorrerão nas seguintes penalidades:
a) multa de cinco mil cruzeiros a cinquenta mil cruzeiros; (Vide Leis nºs 6.986, de 1982 e 6.205, de
1975)
c) suspensão, pelo prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, do direito de serem eleitos para cargos de
representação profissional.
§ 1º - Se o empregador for pessoa jurídica, as penas previstas nas alíneas b e c incidirão sobre os
administradores responsáveis.
§ 3º - Sem prejuízo das sanções cominadas neste artigo, os empregadores ficarão obrigados a
pagar os salários devidos aos seus empregados, durante o tempo de suspensão do trabalho.
Bibliografia:
MARANHÃO, Délio e CARVALHO, Luiz Inácio. Direito do Trabalho. Ed. da Fundação Getúlio
Vargas, Rio de Janeiro, 1998.
REBOREDO, Maria Lúcia Freire. Greve, lock out e uma nova política laboral. Ed. Renovar, São
Paulo, 1996.
Entenda o que é o "lockout": prática proibida
no Brasil e que se assemelha à greve
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O lockout ocorre quando o empregador impede que os seus empregados, total ou parcialmente,
adentrem nos recintos do estabelecimento empresarial para laborar. O objetivo do empregador é
desestabilizar emocionalmente seus empregados para que desistam de pleitear maiores salários, etc,
pois, em regra, no período do lockout aquele não paga a remuneração de seus funcionários,
causando temor entre estes. Além disso, o obreiro receia perder seu emprego.
A ocorrência do lockout é raríssima no Brasil, pois o direito brasileiro não admite a interrupção dos
salários no caso citado, uma vez que o tempo que o operário estiver à disposição do empregador é
considerado de serviço efetivo.
A legislação brasileira proíbe expressamente o lockout. Tanto a Consolidação das Leis do Trabalho
como a Lei da Greve regulam o tema:
Art. 722 - Os empregadores que, individual ou coletivamente, suspenderem os trabalhos dos seus
estabelecimentos, sem prévia autorização do Tribunal competente, ou que violarem, ou se
recusarem a cumprir decisão proferida em dissídio coletivo, incorrerão nas seguintes penalidades:
a) multa de cinco mil cruzeiros a cinquenta mil cruzeiros; (Vide Leis nºs 6.986, de 1982 e 6.205, de
1975)
c) suspensão, pelo prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, do direito de serem eleitos para cargos de
representação profissional.
§ 1º - Se o empregador for pessoa jurídica, as penas previstas nas alíneas b e c incidirão sobre os
administradores responsáveis.
§ 3º - Sem prejuízo das sanções cominadas neste artigo, os empregadores ficarão obrigados a
pagar os salários devidos aos seus empregados, durante o tempo de suspensão do trabalho.
Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos
salários durante o período de paralisação.