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O bom e velho português: atacado por anglicismos e


gerundismos
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É a velha mania - não se sabe se imposta, espontânea ou de


caráter adquirido - de usar palavras estrangeiras em vez do rico
e vasto idioma
Claudio Carneiro

7 maio, 2009

Não há dúvida de que os brasileiros adoram os estrangeirismos, principalmente os de origem


inglesa (Foto: Pixabay)

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Na televisão, um comercial com a voz de Antonio Fagundes nos ensina a levar uma vida mais
ousada. O ator nos apresenta a expressão “Go” – o equivalente ao nosso “Vá” – como um
passaporte para acabar com a mesmice de nossos dias. A preocupação com o vocábulo-
novidade acaba desviando do principal objetivo: a fixação do nome do anunciante que pagou
regiamente por aqueles 30 segundos de exposição. A peça publicitária é um tiro na água: o
espectador esquece o nome do produto e se pergunta por que nossa palavrinha de duas letras
não é suficiente para “ir” aonde quiser. A pronúncia de “go” gera outra confusão, uma vez que
Fagundes não narra uma partida de futebol nem faz o comercial de uma empresa aérea.

É a velha mania – não se sabe se imposta, espontânea ou de caráter adquirido – de usar


palavras estrangeiras em vez do rico e vasto idioma trazido por Cabral. Se o amigo leitor está
preocupado com sua “performance”, o problema pode ser resolvido no Boston Medical Group.
É só ligar para o “call center” e marcar um “check-up”. Se for mulher, basta uma ida ao
Shopping Center, aproveitar as ofertas de uma “sale”, que é como chamam uma liquidação.
Senão, um “personal trainer” ou mesmo um “personal stylist” podem ajudar no “upgrade”.

Professor que é uma referência quando o assunto é língua portuguesa – e também jurado do
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quadro “Soletrando”, do programa “Caldeirão do Huck”, Sérgio Nogueira acha que o uso de
palavras estrangeiras é normal nas línguas vivas. “Chamamos a isso de empréstimo vocabular.
Assim sendo, usarmos quimono (do japonês), chope (do alemão), estrogonofe (do russo),
espaguete (do italiano), detalhe (do francês) ou futebol (do inglês) é perfeitamente aceitável.
Não há dúvida de que os brasileiros adoram os estrangeirismos, principalmente os de origem
inglesa: ‘designer’ é muito mais que um decorador; ‘know-how’ vale bem mais que o
conhecimento; ‘coffee break’ é muito melhor que um simples intervalo para o café”, brinca.

Para o consultor de idiomas Eduardo Tetera, é possível que as pessoas achem mais “fashion”
falar em inglês porque dá mais credibilidade. “É inerente a um povo cuja identidade cultural tem
sido abafada por muitos anos. Tem mais crédito o idioma dominante no comércio mundial, ou é
mais ‘chique’ se comunicar na língua do país que pode ditar normas de comportamento”,
destaca.

Enfático e quase colérico defensor da língua, o gramático português Cândido de Figueiredo


(1846-1925) era radicalmente contra as influências estrangeiras no idioma, fato que ficou
patente em sua obra, intitulada “Estrangeirismos”. Há dez anos, tramita no Congresso Nacional
projeto de lei do deputado federal Aldo Rebelo que dispõe sobre a promoção, proteção, defesa
e o uso da língua portuguesa. O objetivo é evitar o bombardeio de expressões estrangeiras. Mas
parece que o projeto deu um “pit stop”. Sérgio Nogueira também é defensor da língua
portuguesa e acha que chegamos ao limite: “Os anglicismos se tornam chatos e inúteis. O
problema não é o uso, e sim o abuso. Para que “printar” se posso imprimir? Por que “startar” se
posso começar?”, sugere.

A mania fácil de falar difícil

Outra coisa que incomoda Sérgio Nogueira é o gerundismo – muito usado nos serviços de
“telemarketing”. “O pior não é fato de ele vir ou não do inglês (de um tempo de verbo que não
existe em português). O problema é a falta de objetividade e a sensação de ‘enrolação’, de falta
de comprometimento. Quando alguém me diz que ‘vai estar resolvendo’ o problema, creio que
seja uma forma educada de me dizer que ‘não tem jeito’. Perceba como a forma mais simples é
mais incisiva: ‘Resolveremos o problema’. Nesse caso, o falante assumiu um compromisso, o
que não ocorre com o gerundismo”. O professor aponta outras manias: “Outro incômodo são os
modismos, tipo “a nível de”, “eu enquanto diretor”, “focado”, “fazer colocações”.

Sérgio Nogueira combate ainda a adoção de palavras de uso restrito, como fazem os
advogados (com a devida vênia), jornalistas (pressionados pelo deadline) e policiais (quando os
meliantes logram êxito): “Isso sempre representou a busca da superioridade intelectual. Há
algumas categorias profissionais que não abrem mão desse hábito. É uma forma de reter o
conhecimento e de valorizar o profissional. A eficácia da comunicação fica num segundo plano.
Eduardo Tetera arremata, denunciando os segmentos da moda, das artes e economia: “Em
tempos de crise financeira, termos como “subprime”, “leasing” e “spread” são mais sonoros. No
dia-a-dia é também comum ouvir pronúncias como “over” e “hi-tech”, comenta.

É comum em palestras ou seminários alguém “passar a palavra” ao invés de dizer “vamos ouvir”
fulano de tal. As pessoas não “dão” entrevistas, “concedem”. Um novo verbo que causa grande
efeito e pode até arrancar aplausos é o inacreditável “oportunizar” – que não significa
rigorosamente nada e nem está no dicionário. Mas dá o maior “feedback” quando dito de forma
enfática.
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Em tempo: momentos antes de ser enviada para o editor, a primeira versão deste texto foi
apagada pelo “Word”. Este é um “remake”.

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião deste site

16 Opiniões

1. Lavi
6 de Fevereiro de 2018 às 8:30
A ilusão de que os EE UU é o paraíso leva certas pessoas a se entusiasmar
com as expressões do idioma inglês.Não só usar chavões da língua inglesa
como também querer viver la nas terras do tio Sam. E para complicar mais a
situação a elite brasileira também é formada por pessoas de lá por laços matrimoniais,
bem como as camadas mais baixas das sociedades. O resultado não poderia ser outro
senão esse brasil americanizado!

2. Daniel
13 de julho de 2015 às 18:06
Inexiste dúvida em relação à preferência por termos anglicizados,
principalmente quando a intenção é o eufemismo.
Recentemente tive contato com o termo “home office” como proposta
inovadora e (supostamente) vantajosa. Segundo a lógica de quem o adotou, “trabalhar
em casa” não é de bom tom.
Enquanto cursava arquitetura, ouvi professores gualdirem saliva ao brindarem com
“close”, “upgrade”, “stand by”, “background”, “promoter”, “lounge”, “designer” (decorador,
nunca!), “sketch”, “shaft”, “hall” etc.
Além dos comandos em inglês “extend”, “offset” e “trim”, típicos de programas como
AutoCAD, que acabam por substituir os nomes das técnicas de desenho feito à mão.
A endorragia (gerundismo) é outro péssimo hábito que vitupera ouvidos sensíveis.
Abunda a fauna que anda a atacar a última flor do Lácio.

3. Klaus Röthig
15 de agosto de 2014 às 9:58
Cinco anos após o artigo nota-se o acerto do colega de comentários, Markut.
O gerundismo não vingou, pois não estava na boca da sociedade – embora
fosse uma tentativa ignorante de busca de superioridade intelectual. No
mais, sou da mesma opinião, a de que o tempo dirá se determinado termo vingará.
Também concordo em parte com a Heloisa. O problema é que mesmo em inglês a
palavra “design” não é precisamente “project”. Assim, há uma delicada diferença entre o
projeto e o “design”. “Design” é (não apenas) o desenho de um projeto, no sentido de
dar-lhe uma aparência mais agradável, ou prática, ou em voga. É o que faz a diferença
entre, por exemplo, um liquidificador dos anos 1960 e um atual. Fundamentalmente não
há diferenças entre ambos. O funcionamento é o mesmo, os botões são os mesmos, o
motor é o mesmo, ou seja, em termos fundamentais de projeto, não há nenhum avanço
tecnológico. Somente em termos de design.
Isso me traz de volta ao cerne: embora chato algumas vezes, o estrangeirismos são
necessários para cobrir alguma lacuna num idioma.
Para ilustrar, como diríamos ‘avião’ sem estrangeirismo? Poderíamos usar construções
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como em alemão “Flugzeug”, que significa “coisa que voa”. Mas o que serve para o
alemão, que permite a construção de novas palavras a partir de palavras existentes — e
que, mesmo assim, prefere o termo “Telefon” a “Fernsprecher”(“falador distante”) –, não
serve necessariamente para todos os idiomas.
Mas só para isso. O resto é chatice.

4. will alves
24 de julho de 2014 às 5:03
Excelente texto! Creio que alguns anglicismos sao “naturais” e totalmente
aceitaveis por falta de uma palavra ou expressao melhor equivalente em
língua portuguesa. Mas a maioria sao por puro “esnobismo”, como muito
bem ressaltado no texto, buscando “superioridade”.
Vivo em Europa há mais de uma década. E, em Portugal e Espanha quase, ou, rarissimas
vezes, nao se usa. Em Portugal eles dizem ” o rato”, em vez de “mouse”, em Espanha
“Centro Comercial”, em vez de Shopping Center, etc.

5. Lavi
18 de dezembro de 2013 às 18:17
Diante dessa situação eu só tenho uma coisinha a dizer a estes desavisados:
PAREM COM ISSO!

6. Antonio Junior
31 de Janeiro de 2013 às 11:10
Gostei do texto, mas não me conformo ainda com essas palavras invadindo o
nosso dia a dia. Me da nojo ao ouvir essas palavras americanizadas. O pior é
que a cada dia aumenta mais isso, até onde vamos chegar? Será que no
futuro não vamos mais falar o nosso querido e velho Português?

7. Luiz Leitão
9 de Maio de 2009 às 21:46
Eu já fui mais radical em relação a anglicismos, mas hoje os aceito com
moderação, embora evite usá-los.

Verdade que as línguas vivas estão sempre se transformando, influenciando e sendo


influenciadas; natural portanto, que a língua inglesa, sendo o idioma universal, seja mais
absorvido. O inglês é sintético por natureza, o que é bom, mas muita gente ainda
emprega termos estrangeiros por esnobismo, enquanto outras nem se dão conta do
hábito, automatizado.

Mas, para além dos termos estrangeiros, implico com a mania de dificultar o uso do
português: por que falar inicializar, se iniciar é mais curto e bonito?

Dizer visualizar tira a beleza do texto, quando ver cai bem melhor.É a mania do “izar”.
Minimizar (minorar, reduzir), otimizar (melhorar), maximizar (aumentar).

Eduardo Martin morreu ano passado. Ele escreveu o manual de Redação e estilo do
Estadão. No livro, Martins dizia que há sempre uma palavra mais adequada para
transmitir a informação, e deve-se fugir dos modismos, clichês.

Concordo com ele, a originalidade condena expressões desgastadas como “pontapé


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inicial”, “fechar com chave de ouro”, e outras.

Para não falar nas redundâncias: comparecer pessoalmente, meu amigo pessoal, foram
todos unânimes.

Termino o comentário com minha queixa predileta: não vi, até hoje, ou não me lembro de
ter visto, a menção correta, em jornais e revistas ao termo “cilindrada”. A turma toda diz:
“Uma moto de 400 cilindradas”.

Cilindrada não é unidade de medida de volume, que no caso de motores, é o cm3, ou c.c.
Então, o certo é dizer: uma moto com 400 cc de cilindrada, ou uma moto de 400 cc, ou
cm3.

Pois a “responsa” dos jornais de divulgar o uso correto do idioma é maior que a de outros
veículos escritos dada a sua circulação, muito mais ampla.

P.S.: “Reformada” nossa língua, amaldiçoo a confusão estabelecida no emprego do hífen,


com as exceções, uma complicação danada da qual não dei conta, ainda.

Abraços.

8. Antonio Campos Monteiro Neto


8 de Maio de 2009 às 14:09
Não só de estrangeirismos e gerundismos consiste o assassinato da língua
portuguesa. Os jornais são pródigos em noticiar tragédias com “vítimas
fatais”. Ora, fatal = aquilo que mata. A vítima morre, e portanto não pode ser
fatal.

Outras impropriedades bastante cultuadas:

Elo de ligação
Acabamento final
Certeza absoluta
Nos dias 2 e 3, inclusive
Prêmio extra
Juntamente com
Em caráter esporádico
Expressamente proibido
Terminantemente proibido
Duas metades iguais
Destaque excepcional
Sintomas indicativos
Há anos atrás
Vereador da cidade
Relações bilaterais entre Brasil e Argentina
Outra alternativa
Minuciosos detalhes
Interromper de uma vez
Anexar junto
De sua livre escolha
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Superavit positivo
Todos foram unânimes
A seu critério pessoal
Conviver junto com
Encarar de frente
Fato real
Multidão de pessoas
Amanhecer o dia
Nova criação
Frequentar constantemente
Empréstimo temporário
Compartilhar conosco
Surpresa inesperada
Completamente vazio
Colocar em seu respectivo lugar
Escolha opcional
Continua permanecendo
Atrás da retaguarda
Planejar antecipadamente
Repetir de novo
Sentido significativo
Voltar atrás
Abertura inaugural
Pode possivelmente ocorrer
A partir de agora
Última versão definitiva
Gritar bem alto
Comparecer em pessoa
Colaborar com uma ajuda
Demasiado excessivo
Abusar demais
Exceder em muito
Preconceito intolerante
Medidas extremas em último caso.

Se reconhecer alguma, não pense duas vezes: elimine-a do seu dicionário.

9. Leonardo Marcondes
8 de Maio de 2009 às 2:27
Sou professor de redação e, ainda assim, me percebi em situações
desconcertantes – ainda mais depois da leitura deste texto.
(Mas no Brasil de hoje, a língua e seus aspectos formais são desprezados. O
que importa, agora, definitivamente, é a rapidez da comunicação. Os código ficam para os
chatos e velhos desocupados.)
Tentarei amenizar os vícios, ficarei mais atento.

10. Markut
7 de Maio de 2009 às 19:43
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@Arlon Borges,
caro Arlon
Não sei responder à sua pergunta.
No meu entender, o tempo e o uso se incumbirão de respondê-la.
Mas ,creio que delivery é usada em alguns casos (poucos, pelo menos aquí
em São Paulo) e que a palavra entrega, ainda predomina.
Delivery, sale, off, etc. são inevitaveis e desagradaveis modismos.
Volto a lhe afirmar o que penso: o tempo e o uso é que poderão dar a resposta.

11. heloisa
7 de Maio de 2009 às 18:08
Markut disse tudo.
Discordo de Sergio Nogueira somente quando ele diz que “designer” é muito
mais que decorador. São profissões diferentes: O “designer” projeta objetos e
o decorador arranja objetos diversos num determinado espaço interno. O decorador não
projeta objetos e o designer não articula espacialmente objetos diversos. “Designer”
significa projetista. A correta tradução de “design” não é desenho mas sim projeto. “To
design” não é desenhar é sim projetar. Desenhar em ingles é “to draw”. Também em
espanhol “diseñar” é projetar, e desenhar é “dibujar”. O português é mais pobre que o
ingles e o espanhol nesses assuntos.

12. tuttygualberto
7 de Maio de 2009 às 14:21
Concordo com você “em gênero, número e grau”.
Mas a melhor idéia até hoje apresentada é a do Policarpo Quaresma de Lima
Barreto. A substituição do português pelo tupi-guarani, a verdadeira língua
do Brasil. hehehe!

Obs: “a nível de” é de matar.

13. Arlon Borges


7 de Maio de 2009 às 13:57
Eu gostaria de saber do Markut se ele acha uma evolução positiva passarmos
a chamar “entrega” de “delivery”.

14. Markut
7 de Maio de 2009 às 12:50
De todas as ranzinices de um Cândido de Figueiredo, ontem, ou de um Aldo
Rabelo, hoje, o que ressalta é que eles insistem em ignorar a essência da
linguagem, como um organismo vivo, permanentemente em evolução.
Tanto os galicismos de ontem como os anglicismos de hoje, são fruto da inevitavel
influência cultural ,ou econômica de determinados paises,com influências marcantes, mas
não únicas, no caso a França e, após, a Inglaterra e os Estados Unidos.
Amanhã, quem será:a China, a Rússia?
O fato é que a linguagem, maravilhoso instrumento da comunicação humana, não pode
ficar engessada.
Os próprios gramáticos não conseguem evitar o reconhecimento, através da história,
dessa constante transformação.
Quanto ao uso e abuso dos estrangeirismos, eles são inevitaveis e a sua transitoriedade ,
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ou não, será regulada espontaneamente, pelo uso.


Veja-se o caso do gerundismo: é um péssimo desacerto, que não vinga, porque não está
na boca da sociedade.
É inutil lutar contra o bendito tsunami das línguas, dialetos e sotaques.
As diferenças são enriquecedoras, pois permitem a desejavel multiplicidade das
percepções.
Em resumo: viva a Babel.

15. Alvaro Spadim


7 de Maio de 2009 às 11:26
Por vivermos numa época em que a forte influência das economias
transforma rapidamente hábitos e atitudes locais, sobremaneira nas grandes
capitais, este assunto torna-se ainda mais importante.
O brasileiro vive sob o fantasma de pertencer a um eterno país colônia e talvez por isso
não dê o devido valor a sua própria formação cultural. E mais, ao não perceber que no
aumento da aceitação às imposições culturais estrangeiras está à negação de seu próprios
valores o brasileiro favorece ao desaparecimento de sua identidade. É preciso repensar
esta situação de dentro para fora, ou seja, de dentro de nosso sistema educacional para a
sociedade como um todo.

16. Dorival Silva


7 de Maio de 2009 às 10:54
O Claudio Carneiro tem razão: precisamos defender nosso português contra
a ignorância dos marqueteiros e contra a indigência mental dos que pensam
que a língua inglesa é melhor do que a nossa.

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