- Ao contrário das vastas unidades descritas como “época” ou “século” para

“fenômenos de ruptura”. Pág 4

- Na obra Foucalt faz um estudo minucioso do discurso denominando-o como

arqueologia do saber.

- A obra faz uma análise das práticas discursivas ao longo do século XVIII E XIX

- Tem como objeto de estudo o discurso, o enunciado e o saber.

- Percebo na escrita do autor uma forma peculiar de escrita, que produz um efeito
como ele mesmo fala.

DEFINIR O ENUNCIADO (p. 89 a 100)

- Foucault define o Saber e o Discurso com base no conceito de Enunciado.

- Foucault na página 90 faz uma série de questionamentos sobre o enunciado

buscando chamar a atenção para o entendimento que o enunciado é a essência do
discurso

- Segundo o autor o enunciado não é uma frase, não é uma proposição ou um ato de
fala, mas ele é aquilo que dá condição e possibilidades para estas coisa.

- Na obra Foucault definir Enunciado expondo que ele não coincide com os conceitos
de Proposição, de Ato de Fala e de Frase.

- Ele não é uma Proposição na medida em que dois enunciados podem ser do ponto de
vista lógico iguais. O autor cita o exemplo: “Ninguém ouviu” e “É verdade que ninguém
ouviu”. Segundo ele, logicamente os dois enunciados não são discerníveis.

“Ninguém ouviu” dá uma ideia de constatação e “É verdade que ninguém ouviu” dá se

entender que ouve uma conversa prévia ou uma constatação feita solitariamente.

- O Enunciado não deve ser confundido como uma frase na medida em há Enunciados
que não são frases.

- Foucault também diz que o Enunciado não é um ato de fala, já que segundo ele
dentro de um ato de fala pode haver mais de um enunciado, e cita como exemplo a
prece, dizendo que na prece tem vários atos de fala, mas dentro dos atos de fala da
prece existem vários enunciados.

- Ele diz que o argumento de que é possível identificar a cada novo enunciado um ato
de fala diferente é retrucado por Foucault já que segundo ele começar uma análise
dessa maneira chegaremos a um ponto onde os atos de fala serão definidos a partir
dos enunciados e não os enunciados definidos a partir dos atos de fala, que é a
proposta de Foucault.
- Segundo o autor não podemos tentar descobri os atos de fala a partir dos enunciados
porque é preciso descobri o que são os enunciados primeiramente.

- Foucault percebe que o enunciado não tem uma forma fixa, e segundo ele o
limiar/limite do enunciado é o limite do signo, tendo uma relação direta entre
enunciado e signo.

- Exemplo na obra: A língua é um conjunto de vários signos mas não é um grande

enunciado na medida em que a língua é um sistema para a construção dos enunciados
servindo como suporte para a construção dos Enunciados.

- Para Foucault o Enunciado é uma função de existência que atravessa as séries de

signos que compõe as frases, proposições e discursos. E neste processo de atravessar
estas séries de signos ele vai dizer se um determinado Enunciado faz parte de uma
formação discursiva ou outra. Neste caso ele dá uma margem de possibilidade para a
existência de uma proposição que pode ou não fazer sentido, de uma frase que pode
ou não ser correta, ou de um ato de fala que pode ou não se encaixar no conceito.

- A função de existência do Enunciado é o que dá possibilidade para existências das

proposições, das frases, dos atos de fala. Só possível haver uma frase se houver um
enunciado que dê margem de existência, ele pode dar possibilidades pra emergência
de frases, proposições e atos de fala na medida em que ele vai ser regido por algumas
regras que estão presentes nas formações discursivas.

- É a partir das regras de formação discursiva que os enunciados vão emergindo e

dando possibilidades de existência daquilo que ele contorna, daquilo que ele dá forma
(frases, proposições e atos de falas) e vão dizer se aquilo faz parte de uma coerência
interna de um dado saber se pode ser dito como correto ou errado, científico ou não-
científico.

- É como dizer que o enunciado é como uma regra que atravessa uma série de signos

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- Como saber o que é um enunciado pode ajudar na análise dos discursos

- Falar em discurso é fácil, mas o enunciado, o que ele é? Agora Foucault faz a
]definição de enunciado e nos introduz ainda mais em sua arqueologia.

+ A FUNÇÃO ENUNCIATIVA - (p.100 A 122)

+ A DESCRIÇÃO DOS ENUNCIADOS - (p. 123 a 137)

+ RARIDADE, EXTERIORIDADE, ACÚMULO - (p. 137 A 145)

+ O A PRIORI HISTÓRICO E O ARQUIVO (p. 145 a 152)