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São Carlos
2003
À minha esposa, Gabriela e filha, Júlia Maria,
com amor.
AGRADECIMENTOS
LISTA DE FIGURAS i
LISTA DE TABELAS vi
LISTA DE SÍMBOLOS vii
RESUMO xiv
ABSTRACT xv
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES E SÍNTESE DO CONTEÚDO 1
1.2 COMENTÁRIOS SOBRE A MECÂNICA DO DANO NO CONTÍNUO 3
1.2.1 Introdução 3
1.2.2 Tensor Geral de Dano e as Equivalências de Deformação, Tensão e 4
Energia
1.3 COMPORTAMENTO MECÂNICO DO CONCRETO 14
1.3.1 Introdução 14
1.3.2 Mecanismos de Danificação do Concreto 14
1.3.3 Comportamento Macroscópico do Concreto em Compressão Uniaxial 17
1.3.4 Comportamento Macroscópico do Concreto em Tração Uniaxial 21
1.3.5 Comportamento Macroscópico do Concreto em Solicitações Multiaxiais 24
1.3.5.1 Modos de danificação com vistas às solicitações multiaxiais 24
1.3.5.2 Solicitações – Tipo A 25
1.3.5.3 Solicitações – Tipo B 26
1.3.5.4 Solicitação – Tipo C 29
1.3.5.5 Modos de Ruptura 32
1.3.5.6 Mudanças de Volume 33
1.3.6 Influência das Condições de Ensaio 34
1.3.7 Influência da Trajetória de Carregamento 35
1.3.8 Comportamento do Concreto Fissurado em Relação à Resistência ao 37
Cisalhamento
2 MEIOS ELÁSTICOS DANFICADOS ANISÓTROPOS COM RESPOSTA 39
BIMODULAR
2.1 INTRODUÇÃO 39
2.2 ELASTICIDADE LINEAR DE MEIOS COM ANISOTROPIA E 40
RESPOSTA BIMODULAR
2.3 PROPOSTA DE FORMULAÇÃO PARA MEIOS ELÁSTICOS 47
ANISÓTROPOS COM DANIFICAÇÃO E RESPOSTA BIMODULAR
2.3.1 Caso Particular de Isotropia Transversal Induzida pela Danificação 49
2.4 MODELOS DE DANO PARA O CONCRETO 52
2.4.1 Introdução 52
2.4.2 Modelos Isótropos 52
2.4.3 Modelos com Anisotropia Induzida pelo Dano 56
LISTA DE FIGURAS
5.16 Viga em concreto armado - viga 6φ32.0 mm: distribuição de dano D1 126
5.17 Viga em concreto armado - viga 6φ32.0 mm: distribuição de dano D2 127
5.18 Viga em concreto armado - viga 6φ32.0 mm: distribuição de dano D3 128
5.19 Configurações das malhas com 342 e 7200 elementos finitos 130
5.23 Viga em concreto armado - viga 7φ10 mm: distribuição de dano D1 132
5.24 Viga em concreto armado - viga 7φ10 mm: distribuição de dano D2 133
5.25 Viga em concreto armado - viga 7φ10 mm: distribuição de dano D3 134
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
GREGOS
ROMANOS
RESUMO
PITUBA, J. J. C. Sobre a Formulação de um Modelo de Dano para o Concreto. São Carlos, 151 p.
Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo
ABSTRACT
PITUBA, J. J. C. On the formulation of Damage Model for the Concrete. São Carlos, 151 p. Tese
(Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo
This thesis deals with the formulation of constitutive laws for elastic media
that start to present different behaviours in tension and compression and some
anisotropy degree when damaged. Initially a formulation for bimodular and
anisotropic elastic media is reviewed; then it is extended to take into account the
bimodularity and anisotropy induced by damage. Following the concepts of the
Continuum Damage Mechanics and the formulation extension, a constitutive model
is proposed here by exploring the fundamental hypothesis of energy equivalence
between real and continuous medium. Such hypothesis guarantees symmetry to the
constitutive tensor and its thermodynamic consistency. According to the proposed
modeling, the material is assumed as an initial elastic isotropic medium presenting
anisotropy induced by damage evolution. Moreover, damage can also induce a
bimodular response in the material, i.e., distinct elastic responses whether traction or
compression stress states prevail. To take into account the bimodularity
conveniently, two damage tensors governing the rigidity in traction or compression
regimes are introduced. A criterion is proposed in order to characterize the dominant
states. In general, the permanent strains induced by damage are disregarded.
However, a one-dimensional version of the model that allows considering permanent
strains is proposed. On the other hand, damage criteria indicating the initial and
further evolution of damage are expressed in terms of strain energy densities. The
model parameters can be identified from experiments where one-axial and two-axial
stress states are induced. Damage evolution laws are also proposed on the basis of
experimental results. The good performance of the model is illustrated by comparing
a variety of numerical and experimental responses, from one to three-axial stress
states. Finally, the model is used in one-dimensional and plane analysis of reinforced
concrete beams and frame in order to show its potentiality.
1 INTRODUÇÃO
1.2.1. Introdução
E = R E0 (1.1)
II E0 = E0 (1.2)
R = II – D e E = (II − D) E 0 (1.3)
- Capítulo 1: Introdução - 5
~
da área inicial: S = α S0, (0 < α < 1) e somente a parcela (δ-∆d) do alongamento total
é que efetivamente deve ser considerada na medida de deformação linear. Resultam
daí os conceitos de esforço e deformação efetivos (Figura 1.1a):
~=F
σ e ~ε = δ − ∆d (1.4a,b)
~
S l0
σ σ σ
σ
~
σ
l l+δ
S = α S0 ∆d
σ
σ σ σ
n
S0
A)
B)
Figura 1.1 – a) Representação simbólica de esforço e deformação nominais e efetivas no caso
uniaxial. b) Elemento de volume representativo do corpo sob tração uniaxial.
S
D= (1.5)
S0
~
onde S = S0 - S define a área dos defeitos medidos e D representa uma medida local
do dano. A variável de dano assume valores contidos no intervalo 0 ≤ D ≤ 1, sendo
que D = 0 tem correspondência com a situação de material íntegro e D = 1 indica um
estado de total deterioração.
A definição em questão pode ser associada a um ponto e pressupõe uma
distribuição uniforme dos microdefeitos segundo qualquer direção a partir do ponto.
Imaginando-se uma situação em que as microfissuras se distribuíssem
segundo uma direção privilegiada, a variável D poderia assumir valores diferentes de
acordo com a direção de observação a partir do ponto.
- Capítulo 1: Introdução - 7
~
S = S 0 − S = S 0 (1 − D) (1.6)
~ ≥ σ e em particular
Obviamente σ
~=σ
σ para material localmente íntegro
~→∞
σ para material totalmente danificado localmente
Uma segunda definição para uma variável de dano pode ser proposta levando-
se em conta a relação entre a parcela de alongamento por abertura de defeitos e o
próprio alongamento.
∆d
D∗ = (1.8)
δ
~ε = (1 − D ∗ )ε (1.9)
Vd = S ⋅ δ = S 0 ⋅ ∆ d (1.10)
~ = E ~ε
σ (1.11)
0
- Capítulo 1: Introdução - 8
ε = ~ε (1.12)
1/R
~
σ
σ
D ε D=0 ε
~
σ
σ
~=E ε σ
σ 0 ⇒ = E 0 ε ∴ σ = (1 − D)E 0 ε (1.13)
(1 − D)
E = (1-D) E0 (1.14)
E
D=1- (1.15)
E0
1/R
σ
σ
~ε
D ε D=0
σ
σ
A variável de dano pode ser identificada por uma relação idêntica à (1.15).
Uma última alternativa de equivalência de respostas constitutivas analisada
neste trabalho é a equivalência de energia elástica, a qual postula equivalência entre a
energia envolvida na parcela de meio danificado e na parcela de meio íntegro.
~ ~ε = σε
σ (1.18)
~ = E ~ε σ
σ 0 ⇒ = E 0 ε(1 − D) ∴ σ = (1 − D) 2 E 0 ε (1.19)
(1 − D)
E = (1-D)2 E0 (1.20)
1
E 2
D = 1 - (1.21)
E0
~ = E ~ε
σ (1.22)
0
~=E ε
σ ∴ ~
ε = E 0−1 σ (1.23)
0
σ = Eε (1.24)
~
σ = EE 0−1σ ∴ ~
σ = R ∗σ (1.25)
R ∗ = EE 0−1 (1.26)
E = R ∗E 0 (1.27)
E 0 ~ε = Eε ∴ ~ε = E −1Eε
0 ∴ ~ε = R ∗∗ ε (1.29)
R ∗∗ = E 0−1E (1.30)
E = E 0 R ∗∗ (1.31)
R* = (II - D) (1.34)
Nesse caso os tensores identidade (II) e de dano (D) são de quarta ordem.
Conseqüentemente para a tensão efetiva passa a valer a relação:
~ = (II − D)−1 σ
σ (1.35)
- Capítulo 1: Introdução - 13
Nesse caso, o tensor de rigidez secante elástica do meio danificado fica dado
por:
σ = E 0 (II − D) ε
T
(1.40)
E = E 0 (II − D)
T
(1.41)
1.3.1 Introdução
Direção de
moldagem
σ
Modo I
Modo Misto
( I + II )
Figura 1.5 – Danificação em tração com início na zona de interface [MAZARS (1984)].
3
1
σ
Figura 1.7 – Comportamento de isotropia transversal em tração uniaxial no concreto.
- Capítulo 1: Introdução - 17
Modo I
Modo I ou
Modo II
Misto ( I + II )
π/6
π/6
σ
Figura 1.8 – Danificação em compressão com início na zona de interface
[BUYUKOZTURK, NILSON & SLATE (1971)].
1
HSU et al.., T. T. C. . Microcracking of plain concrete and the shape of stress-strain curva. ACI
Journal, February 1963, pp. 209-224.
2
DHIR, R. H. e SANGHA, M. . Development and propagation of microcracks in plain concrete.
Materiaux et Constructions, n. 37, 1974, pp. 17-23.
3
BENOUNICHE, S. . Modélisation de l’endommagement du béton hydraulique par microfissuration
en compression, Thèse de 3ème cycle, Paris 6, 1979.
- Capítulo 1: Introdução - 19
σ/fc
1.0
Deformação
lateral
0.75
0.3 Limite de
proporcionalidade
0.002 ε
ε
u
n n
n 2
3 n
1
σ
Figura 1.10 – Comportamento de isotropia transversal em compressão uniaxial no concreto.
Por outro lado, um valor típico para o coeficiente de Poisson nos concretos
usuais é 0,2; entretanto esse valor cresce tendendo a 0,5 ao se aproximar da tensão de
pico e na fase de abrandamento em conseqüência do aumento da área superficial de
fissuras (Figura 1.12).
- Capítulo 1: Introdução - 21
σ/fc
1.0
0.8
fc = 32,40 MPa
0.6
0.4
0.2
0
υ 0.4 0.3 0.2 0.1
corpo ensaiado. Assim, nessa fase o diagrama tensão-deformação não tem mais
significado. Os autores aconselham que no regime pós-pico deve-se fazer referência
à relação local σ - w (tensão – abertura da fissura) (Figura 1.14b).
σ σ σ σ
fT fT
∆l
σ
σ w
ε
a) b)
σ = pI + S (1.44)
onde pI é a parte hidrostática ou esférica do tensor de tensões e S é a sua parte
desviadora.
Naturalmente, solicitações aplicadas ao concreto podem gerar estados de
tensão de natureza hidrostática, desviadora ou uma combinação delas. MAZARS
(1984) procura estabelecer uma correspondência entre a natureza do estado de tensão
solicitante e o modo de danificação. No caso das solicitações multiaxiais, além dos
modos descritos no item 1.3.2, acrescenta-se o modo de consolidação, associado na
compressão à parte hidrostática do tensor de tensões conforme se descreve em
seguida.
σ2
Resistência uniaxial
σ1 de tração: f T = 3,1 M Pa
Compressão: f C = 38 M Pa
σ3
σ3 (MPa)
120
σ = σ = −28,2 MPa
1 2
100
80
60
-13,9 MPa
40
-6,9 MPa
20
-3,8 MPa
ε
3
2 4 6
Figura 1.18 – Curvas tensão-deformação para testes com diferentes níveis de tensão
intermediária. Testes com σ3 = 0 e σ3 = 0,05 σ1 com carregamento paralelo
à direção de moldagem [VAN MIER (1984)].
4
BALMER, G. G. . Shearing strenght of concrete under high triaxial stress – Computation of Mohr’s
Envelope as a curve. Structural Research Laboratory Report n. SP 23, Denver, 1949.
- Capítulo 1: Introdução - 30
100
−∆V/V
0,01 0,02
Além disso, estes mesmos ensaios nos conduzem a imaginar que é algo
razoável simular o comportamento do concreto com as hipóteses de material
inicialmente isótropo e com anisotropia induzida pelo dano, em particular a isotropia
transversal. É claro que pelo que se observou, a rigor, nos casos mais gerais, a
ortotropia induzida pelo dano seria mais plausível, contudo essa hipótese levaria à
formulação de um modelo matemático mais complexo, que dependendo do caso não
seria interessante em termos de identificação paramétrica, emprego prático e custo
teórico da formulação.
Para finalizar, resume-se na tabela a seguir a classificação das solicitações em
correspondência aos modos de dano, segundo Mazars:
estado desviador
C: Triaxial- Consolidação da - comportamento
-p (MPa)
Essencialmente estrutura microporosa com várias fases
hidrostática seguido de
endurecimento) −∆V/V
0,01 0,02
- Capítulo 1: Introdução - 32
"Não- Compactado"
Compactado
Ruptura em
Tração (MPa)
B)
A) Compressão Prévia
5
TOMACHEVSKY, E. G., DROUET, A. & DESPERLES, P. J. Recherche de la diminution de
résistance en traction du béton par détection d’émission d’ondes de contrainte. Rapport Interne C. E.
A., 1975.
- Capítulo 1: Introdução - 37
6
ASCE. Committee on concrete and masonry structures, Task Committee on Finite Element Analysis
of Reinforced Concrete Structures: A State-of-the-Art Report on Finite Element Analysis of
Reinforced Concrete Structures, ASCE Spec. Pub., 1981.
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 39
2.1 INTRODUÇÃO
1
W (ε ) = E0ε ⋅ ε W∈l 2 (ε , ℜ); (2.1)
2
σ (ε ) = E 0 ε σ ∈ l 1 (ε, ℘) (2.2)
1
W* (σ) = C0σ ⋅ σ (2.4)
2
ε (σ ) = C 0 σ (2.5)
λ ab
W(ε) = tr ( A a ε) tr ( A b ε ) + µa tr ( A a ε 2 ) (a, b =1, d) (2.7)
2
σ(ε ) = λ ab tr ( A a ε) A b + µa ( A a ε + εA aT ) (2.8)
_ _
E 0 = λ ab [ A a ⊗ A b ] + µ a [ A a ⊗ I + I ⊗ A a ] λab = λba (2.9)
− −
ν ab 1 + ν aa
W * (σ ) = − tr ( A a σ ) tr( A b σ ) + tr ( A a σ 2 ) (a, b = 1, d) (2.10)
2E a 2E a
ν ab 1 + ν aa
ε (σ) = − tr ( A a σ ) A b + ( A a σ + σA aT ) (2.11)
Ea 2E a
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 42
ν ab 1 + ν aa _ _ ν ab ν ba
C0 = − [A a ⊗ A b ] + [ Aa ⊗ I + I ⊗ Aa ] = (2.12)
Ea 2E a − − Ea Eb
I ε 2
ε+ W+ (ε) = constante
ε−
ε 1
W- (ε ) = constante g (ε) = 0
W (ε ) se g(ε) ≤ 0, W− ∈ l 2 (ε , ℜ),
W (ε ) := − W ∈ l 1 (ε , ℜ); (2.20)
W+ (ε) g(ε) ≥ 0, W+ ∈ l (ε , ℜ),
2
se
σ ( ε ) = ∇ ε W− ( ε ) se g (ε ) ≤ 0;
σ (ε) = ∇ε W (ε) = − (2.21)
σ + (ε ) = ∇ ε W+ (ε) se g (ε ) ≥ 0;
E 0− (ε ) = ∇ ε2 W− (ε ) se g (ε ) < 0
E0 (ε) = (2.22)
E 0+ (ε ) = ∇ ε W+ (ε)
2
se g (ε ) > 0
σ ( ε ) = σ + ( ε ) = σ − (ε ) ∀ ε | g (ε) = 0 (2.26)
onde s (ε) é uma função contínua de valor escalar que mede o valor do salto.
Analogamente, no espaço dual de tensões define-se uma hipersuperfície h (σ)
e uma interface &* dada por:
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 45
∂g
N = ∇ε g = ∇ ε Ι a = γ a A a , onde os coeficientes γa são tais que: ||N|| = 1 (2.33)
∂Ι a
λ ab (g (ε))
W (g (ε ), ε) = tr ( A a ε)tr ( A b ε) + µ a tr ( A a ε 2 ) (a, b =1, d) (2.35)
2
σ(g(ε ), ε ) = λ ab (g(ε))tr ( A a ε ) A b + µ a ( A a ε + εA aT ) (2.36)
_ _
E 0 (g (ε ), ε ) = λ ab (g (ε ))[ A a ⊗ A b ] + µ a [ A a ⊗ I + I ⊗ A a ] (2.37)
− −
λ− se g (ε ) < 0
λ ab (g(ε)) = λ ba := +ab (2.38)
λ ab se g (ε ) > 0
ν ab (h (σ)) 1 + ν aa (h (σ))
W * (h (σ), σ) = − tr ( A a σ )tr( A b σ ) + tr ( A a σ 2 )
2E a (h (σ)) 2E a (h (σ))
(a, b = 1, d) (2.39)
ν ab (h (σ)) 1 + ν aa (h (σ))
ε (h(σ),σ) = − tr ( A a σ ) A b + ( A a σ + σA aT ) (2.40)
E a (h (σ)) 2E a (h (σ))
ν ab (h (σ)) 1 + ν aa (h (σ)) _ _
C0 (h(σ),σ) = − [A a ⊗ A b ] + [ Aa ⊗ I + I ⊗ Aa ] (2.41)
E a (h (σ)) 2E a (h (σ)) − −
E a− se h(σ) < 0 ν ab
−
se h (σ) < 0
E a (h (σ)) := + , ν ab (h (σ)) := + (2.42)
E a se h(σ) > 0 ν ab se h (σ) > 0
1 + ν aa (h (σ))
Vale ressaltar que os coeficientes µa [eq. (2.35) – (2.37)] e [eq.
2E a (h (σ))
(2.39) – (2.41)] devem ser iguais em compressão e em tração para que se verifique a
condição de salto tangencial nulo no tensor constitutivo [ eq. (2.27)].
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 47
tração e em compressão.
Com a introdução de processos de danificação na formulação proposta por
Curnier, a lei tensão-deformação passa a sofrer a influência das variáveis de dano.
Como o critério para a identificação das respostas constitutivas de compressão ou de
tração, hiperplano separador g ou h, é função das componentes de tensão ou de
deformação, este critério é então influenciado pelas variáveis de dano.
Outra observação pertinente é sobre a introdução de variáveis associadas ao
dano, que podem ser interpretadas como taxas de liberação de energia durante o
processo de evolução do dano. Tais variáveis podem ser empregadas na definição
dos critérios que identificam o início e a evolução da danificação e que são
necessários para a complementação da formulação, conforme será discutido mais
adiante.
A escolha das variáveis de dano e da classe de anisotropia consideradas num
modelo depende do material que se deseja simular. Nesse sentido, é importante
observar que a danificação influencia também a forma de variação dos tensores de
_ _
quarta de ordem [ A a ⊗ A b ] e [ A a ⊗ I + I ⊗ A a ] [eq. (2.37)].
− −
λ ab (D i , g(ε ))
W (D i , g(ε ), ε ) = tr(Aaε)tr(Abε) + µ a (D i ) tr(Aaε2) (a, b =1, d) (2.43)
2
σ(D i , g (ε), ε ) = λ ab (D i , g (ε )) tr(Aaε)Ab + µ a (D i ) (Aaε + ε A aT ) (2.44)
_ _
E (D i , g (ε ), ε) = λ ab (D i , g(ε)) [ A a ⊗ A b ] + µ a (D i ) [ A a ⊗ I + I ⊗ A a ] (2.45)
− −
∂W 1 ∂λ ab (D i , g (ε, D i ))
Y (Di,g(ε,Di),ε) = ∇DW = =− tr (Aa ε) tr (Ab ε)
∂D i 2 ∂D i
∂µ a (D i )
− tr (Aa ε2) (2.46)
∂D i
ν ab (D i , h (σ, D i ))
W * (D i , h (σ, D i ), σ) = − tr ( A a σ ) tr( A b σ )
2E a (D i , h (σ, D i ))
1 + ν aa (D i , h (σ, D i ))
+ tr ( A a σ 2 ) (a, b = 1, d) (2.48)
2E a (D i , h (σ, D i ))
ν ab (D i , h (σ, D i ))
ε (Di, h(σ, Di),σ) = − tr ( A a σ ) A b
E a (D i , h (σ, D i ))
1 + ν aa (D i , h (σ, D i ))
+ ( A a σ + σA aT ) (2.49)
2E a (D i , h (σ, D i ))
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 49
ν ab (D i , h (σ, D i ))
C (Di, h(σ,Di),σ) = − [A a ⊗ A b ]
E a (D i , h (σ, D i ))
1 + ν aa (D i , h (σ, D i )) _ _
+ [ Aa ⊗ I + I ⊗ Aa ] (2.50)
2E a (D i , h (σ, D i )) − −
∂W ∗ 1 ∂λ*ab (D i , h (σ, D i ))
*
Y (Di,h(σ,Di),σ) = ∇DW = =− tr( A a σ ) tr( A b σ )
∂D i 2 ∂D i
∂µ *a (D i )
− tr (Aa σ2) (2.51)
∂D i
E a− (D i ) se h ( σ, D i ) < 0
E a (D i , h (σ, D i )) := + ,
E a (D i ) se h (σ, D i ) > 0
ν ab
−
(D i ) se h ( σ, D i ) < 0
ν ab (D i , h (σ, D i )) := + (2.52)
ν ab (D i ) se h (σ, D i ) > 0
ν ab (D i , h (σ, D i )) 1 + ν aa (D i , h (σ, D i ))
onde λ∗ab (D i , h (σ, D i )) = − e µ ∗a (D i ) = são
E a (D i , h (σ, D i )) 2E a (D i , h (σ, D i ))
utilizados daqui em diante para simplificar a escrita das expressões.
Observa-se que a formulação proposta pode ser empregada tanto para
materiais elásticos danificados possuindo anisotropia e caráter bimodular iniciais,
como para materiais elásticos danificados com anisotropia e bimodularidade
induzidas pelo dano. Neste último caso, a inserção das variáveis de dano na
formulação é feita de modo criterioso para gerar um certo grau de anisotropia do
material, assim como para induzir o surgimento do caráter bimodular. Um exemplo
dessa possibilidade é abordado a seguir.
λ 11 2 λ (D , g (ε, D i )) 2
W (Di,g(ε,Di),ε) = tr (ε) + µ1 tr (ε2) - 22 i tr (Aε)
2 2
- λ 12 (D i , g (ε, D i )) tr (ε) tr (Aε) - µ2(Di) tr (Aε2) (2.53)
∂W 1 ∂λ 22 (D i , g(ε, D i )) 2
Y (Di,g(ε,Di),ε) = ∇DW = =− tr (Aε)
∂D i 2 ∂D i
∂λ 12 (D i , g (ε, D i )) ∂µ (D )
− tr (ε) tr (Aε) − 2 i tr (Aε2) (2.56)
∂D i ∂D i
λ− (D ) se g (ε, D i ) < 0
λ 22 (D i , g (ε, D i )) := +22 i (2.58)
λ 22 (D i ) se g (ε , D i ) > 0
Observa-se ainda que para valores nulos das variáveis de dano todos os
coeficientes dependentes delas se anulam e o material tem um comportamento de
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 51
meio isótropo. Além disso, nessas condições o meio exibe uma característica
unimodular.
Por outro lado, as leis duais são dadas por:
ν 11 2 1 + ν11 λ* (D , h (σ, D i )) 2
W* (Di,h(σ,Di),σ) = − tr (σ) + tr (σ2) - 22 i tr (Aσ)
2E 1 2E 1 2
ν 11 1 + ν11
ε (Di,h(σ,Di),σ) = − tr (σ) I + σ - λ*22 (D i , h (σ, D i )) tr (Aσ) A
E1 E1
∂W ∗ 1 ∂λ*22 (D i , h (σ, D i )) 2
*
Y (Di,h(σ,Di),σ) = ∇DW = =− tr (Aσ)
∂D i 2 ∂D i
∂λ*12 (D i , h (σ, D i )) ∂µ *2 (D i )
− tr (σ) tr (Aσ) − tr (Aσ2) (2.62)
∂D i ∂D i
λ−* (D ) se h ( σ, D i ) < 0
λ*12 (D i , h (σ, D i )) := +12* i (2.63)
λ 12 (D i ) se h (σ, D i ) > 0
λ−* (D ) se h ( σ, D i ) < 0
λ*22 (D i , h (σ, D i )) := +22* i (2.64)
λ 22 (D i ) se h (σ, D i ) > 0
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 52
2.4.1. Introdução
onde M e M são tensores constantes de quarta ordem e λ[D] é uma função de valor
escalar de uma variável escalar de dano. Supondo-se que o material seja inicialmente
isótropo, pode-se preservar a isotropia, ou criar um efeito de anisotropia sobre os
tensores constitutivos dependendo das definições de M e M.
A forma mais simples de um modelo de dano escalar é obtida imediatamente
adotando-se M = -E0 e λ[D] = D, ou, em relação à flexibilidade, adotando-se M = C0
e λ[D] = D/(1-D). Este é o caso do modelo para o concreto proposto por MAZARS
(1984), um modelo com uma única variável escalar de dano. Explicitando-se a
equação (2.65), para o tensor de flexibilidade pode-se obter a forma de representação
abaixo:
ν0 1+ ν0 D ν 1+ ν0
C = C0+λ[D]M = − I ⊗I + II + [ − 0 I ⊗I + II] (2.66)
E0 E0 (1 − D ) E 0 E0
ν 1 1 1+ ν0
C =− 0 I ⊗I+ II (2.67)
E0 1 − D 1− D E0
ν ν0 1
− E = − E 1 − D
0 (2.68)
1 + ν 1 1 + ν0
=
E 1 − D E0
E = E 0 (1 − D) ; ν = ν0 (2.69)
Variação de E
1
0.8
M = C0 (Mazars)
M = II
0.6 M = Pd
E / E0
0.4
0.2
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Dano
Figura 2.2 – Modelo de dano escalar: módulo de Young em função da variável de dano D.
0.5
0.4
M = C0 (Mazars)
0.3 M = II
M = Pd
v
0.2
0.1
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Dano
D(1 + ν 0 )
λ[D] = .
E 0 (1 − D )
Num primeiro caso adota-se M = II. Utilizando-se a equação (2.65) para o
tensor de flexibilidade, tem-se
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 55
ν0 1+ ν0 D(1 + ν 0 )
C = C0 + λ M = − I ⊗I+ II + II
E0 E0 E 0 (1 − D )
ν 1 1+ ν0
C =− 0 I ⊗ I + II (2.70)
E0 1− D E0
(1 − D )E 0 (1 − D )ν 0
E= ; ν= (2.71)
1 + ν0D 1 + ν0D
1 1
C= C0 + λ M = Pv + Pd +λM (2.72)
3K 0 2G 0
3(1 − D )E 0 3ν 0 + (1 − 2ν 0 )D
E= ; ν= (2.74)
3 − (1 − 2ν 0 )D 3 − (1 − 2ν 0 )D
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 56
de dano isótropo mais geral pode ser escrito por meio de duas funções escalares
independentes λ1 [D1] e λ2 [D2] no seguinte modo:
ν D ν 0 D1 − −
DT = D 1 − 0 1 − 2D 4 A⊗A + I⊗A + D4 (A ⊗ I+ I ⊗ A) (2.76)
1 − ν0 1 − ν0 − −
3
1
σ
Figura 2.4 – Planos de isotropia transversal no caso de tração uniaxial no concreto.
Apenas dois módulos de rigidez são afetados pela danificação: E1 e G12. Cada
um dos módulos é afetado por uma respectiva variável de dano, D1 e D4. A
representação matricial do correspondente tensor de flexibilidade danificado é dada a
seguir:
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 58
CT =
(1 − ν 0 ) − 2ν 02 D 1
− ν0 − ν0 0 0 0
(1 − ν 0 )(1 − D 1 )
− ν0 1 − ν0 0 0 0
− ν0 − ν0 1 0 0 0
1
E T−1 =
E 0
0 0 0 (1 + ν 0 ) 0 0 (2.77)
(1 + ν 0 )
0 0 0 0 0
(1 − D 4 )
(1 + ν 0 )
0 0 0 0 0
(1 − D 4 )
Seguindo a formulação proposta neste trabalho, o tensor constitutivo da
equação (2.77) pode ser escrito como:
− −
C T = C0 + λ*1[D1, D4] [A ⊗ A] + λ4[D4] [ A ⊗ I + I ⊗ A ] (2.78)
− −
∗
onde λ [D 1 , D 4 ] =
(
D 1 1 − ν 0 − 2ν 02 ) D (1 + ν 0 )
− 2λ 4 [D 4 ] e λ 4 [D 4 ] = 4 .
E 0 (1 − D 1 )(1 − ν 0 ) E 0 (1 − D 4 )
1
E 0 (1 − D1 − ν 0 + ν 0 D1 ) (1 − D1 − ν 0 + ν 0 D1 ) E1
E1 = , ν12 = ν 0 = ν0
(1 − ν 0 − 2ν 02 D1 ) (1 − ν 0 − 2ν 02 D1 ) E0
E 0 (1 − D 4 )
E2 = E0 , ν 23 = ν 0 , G 23 = G 0 e G12 = (2.79)
2(1 + ν 0 )
− −
DC = (D4-2D3) ( A ⊗ I + I ⊗ A) +(D3-2D4) ( A ⊗ A) -D3 (I ⊗ I )
− −
−
+D3 ( A ⊗ I + I ⊗ A) +2D3 I ⊗ I (2.80)
−
n n
n 2
3 n
1
σ
Figura 2.5 – Planos de isotropia transversal no caso de compressão uniaxial no concreto.
Apenas três módulos são afetados neste caso: E2, G23 e G12. O dano é então
reduzido a dois parâmetros D3 e D4. A representação matricial do tensor de rigidez
danificado é dada a seguir:
C C = E C−1 =
1 − ν0 − ν0 0 0 0
1 − (1 − ν 0 )D 3 ν + (1 − ν 0 )D 3
− ν 0 − 0 0 0 0
1 − 2D 3 1 − 2D 3
ν + (1 − ν 0 )D 3 1 − (1 − ν 0 )D 3
− ν 0 − 0
1 − 2D 3 1 − 2D 3
0 0 0
1 (1 + ν 0 )
0
E0 0 0 0 0
1 − 2D 3
(1 + ν 0 )
0 0 0 0 0
(1 − D 4 )
(1 + ν 0 )
0 0 0 0 0
(1 − D 4 )
(2.81)
− −
C C = C0 + λ3[D3] [A ⊗ I + I ⊗ A ] - λ3[D3] [I ⊗ I] +λ*3[D3, D4] [ A ⊗ I + I ⊗ A ]
− −
−
+ 2λ3[D3] [ I ⊗ I ] + (3λ3[D3] + 2λ*3[D3, D4]) [A ⊗ A] (2.82)
−
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 60
D 3 (1 + ν 0 ) D (1 + ν 0 )
onde λ 3 [D 3 ] = e λ∗3 [D 3 , D 4 ] = 4 − 2λ 3 [ D 3 ] .
E 0 (1 − 2D 3 ) E 0 (1 − D 4 )
Comparando-se a expressão anterior com a de uma flexibilidade danificada
com isotropia transversal, obtém-se como resultado os valores dos módulos elásticos
danificados em compressão.
E1 = E 0 , ν12 = ν 0
E 0 (1 − 2D 3 ) (ν 0 + D 3 − ν 0 D 3 ) (ν 0 + D 3 − ν 0 D 3 ) E 2
E2 = , ν 23 = = ,
(1 − D 3 + ν 0 D 3 ) (1 − D 3 + ν 0 D 3 ) (1 − 2D 3 ) E0
E (1 − 2D 3 ) E (1 − D 4 )
G 23 = 0 e G12 = 0 (2.83)
2(1 + ν 0 ) 2(1 + ν 0 )
de Poisson ν12 = ν 0 (2.83) não são danificados, o que não condiz com a realidade
como seria de se esperar, por exemplo, num caso de compressão uniaxial na direção
1. Pode-se pensar que de um ponto de vista teórico a não danificação na direção da
solicitação poderia ser justificável, pois é sabido que as fissuras tendem a se
posicionar paralelamente ao carregamento. Porém existem fissuras que possuem
- Capítulo2: Meios Elásticos Danificados Anisótropos com Resposta Bimodular - 61
3.1 INTRODUÇÃO
onde o tensor de quarta ordem (II − D) reúne em suas componentes as variáveis que
quantificam o dano.
Tendo-se em vista o caráter bimodular gerado pela danificação, é interessante
definir dois tensores de dano, um para estados predominantes de tração e um outro
para estados predominantes de compressão. O critério para definir estados
predominantes de tração e de compressão será discutido mais adiante.
Observa-se que formas gerais que permitem contemplar a anisotropia
induzida pela danificação podem ser consideradas na definição do tensor de dano de
quarta ordem. Neste trabalho para a definição de D, opta-se por uma forma dita de
dano escalar dada por: D = fj(Di) Mj, onde fj(Di) são funções de valor escalar das
variáveis escalares de dano escolhidas e Mj são tensores de anisotropia. No caso
deste modelo, adotam-se para Mj tensores que permitem representar a isotropia
transversal.
Para estados predominantes de tração, propõe-se o seguinte tensor de dano
escalar:
− −
DT = f1(D1, D4, D5) ( A ⊗ A) + 2 f2(D4, D5) [( A ⊗ I + I ⊗ A) − ( A ⊗ A )] (3.2)
− −
sendo f1(D1, D4, D5) = D1 – 2 f2(D4, D5) e f2(D4, D5) = 1 – (1-D4) (1-D5).
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 64
D1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
DT = (3.3)
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 − (1 − D 4 )(1 − D 5 ) 0
0 0 0 0 0 1 − (1 − D 4 )(1 − D 5 )
−
DC=f1(D2,D4,D5) ( A ⊗ A) +f2(D3) [(I ⊗ I ) − ( A ⊗ A)]
− −
+2 f3(D4,D5) [( A ⊗ I + I ⊗ A) − ( A ⊗ A)] (3.4)
− −
sendo f1(D2, D4, D5) = D2 – 2 f3(D4, D5) ,f2(D3) = D3 e f3(D4, D5)= 1 – (1-D4) (1-D5).
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 65
D 2 0 0 0 0 0
0 D3 0 0 0 0
0 0 D3 0 0 0
DC = (3.5)
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 − (1 − D 4 )(1 − D 5 ) 0
0 0 0 0 0 1 − (1 − D 4 )(1 − D 5 )
−
E T = λ 11 [I ⊗ I ] + 2µ1 [I ⊗ I ] − λ+22 (D1 , D 4 , D 5 ) [ A ⊗ A]
−
− −
− λ+12 (D1 ) [A⊗I+I⊗A] − µ 2 (D 4 , D 5 ) [ A ⊗ I + I ⊗ A] (3.6)
− −
−
E C = λ 11 [I ⊗ I ] + 2µ1 [I ⊗ I ] − λ−22 (D 2 , D 3 , D 4 , D 5 ) [ A ⊗ A]
−
(1 − 2ν 0 ) − − −
- λ11 (D 3 ) [I ⊗ I] − µ 2 (D 4 , D 5 ) [ A ⊗ I + I ⊗ A] (3.7)
ν0 − −
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 66
onde:
λ 11 = λ 0 ; µ1 = µ 0 (3.8)
λ+12 (D1 ) = λ 0 D1 ; µ 2 (D 4 , D 5 ) = 2µ 0 [1 − (1 − D 4 ) 2 (1 − D 5 ) 2 ]
(ν 0 − 1) −
+ λ 11 (D 3 ) − 2µ 2 (D 4 , D 5 )
ν0
λ 11 2 λ+ (D , D , D )
W+ = ρψ+ (ε) = tr (ε) + µ1 tr ( ε2) - 22 1 4 5 tr2(Aε)- λ+12 (D1) tr (ε) tr(Aε)
2 2
− µ 2 (D 4 , D 5 ) tr (Aε2) (3.13)
λ 11 2 λ− (D , D , D , D )
W-=ρψ-(ε)= tr (ε) + µ1 tr ( ε2)- 22 2 3 4 5 tr2(Aε)- λ−12 (D2,D3)tr(ε) tr(Aε)
2 2
λ−11 (D 3 ) 2 (1 − 2ν 0 ) −
− tr (ε) − λ 11 (D 3 ) tr[( I ⊗ I)ε]2 − µ 2 (D 4 , D 5 ) tr(Aε2) (3.14)
2 2ν 0
∂ψ +
σ + (ε) = ρ = λ 11 tr (ε)I + 2µ1 ε - λ+22 (D1 , D 4 , D 5 ) tr (Aε)A
∂ε
- λ+12 (D1 ) (tr (ε)A + tr(Aε)I) − µ 2 (D 4 , D 5 ) (Aε + εA) (3.16)
∂ψ −
σ − (ε) = ρ = λ 11 tr (ε)I + 2µ1 ε - λ−22 (D 2 , D 3 , D 4 , D 5 ) tr (Aε)A
∂ε
(1 − 2ν 0 ) −
- λ−12 (D 2 , D 3 ) (tr (ε)A + tr(Aε)I) − λ−11 (D 3 ) tr (ε)I − λ 11 (D 3 ) (I ⊗ I)ε
ν0
∂ 2ψ +
E + (ε) = ρ = ET (3.19)
∂ε 2
∂ 2ψ −
E − (ε) = ρ = EC (3.20)
∂ε 2
∂ψ + ∂ψ +
Y1 (D1) = -ρ Y4 (D4) = -ρ
∂D1 ∂D 4
∂ψ − ∂ψ − ∂ψ −
Y2 (D1) = -ρ Y3 (D3) = -ρ Y5 (D5) = -ρ (3.21)
∂D 2 ∂D 3 ∂D 5
O modelo proposto inclui dois tensores de dano que permitem levar em conta
o aspecto bimodular induzido pela danificação no comportamento do concreto. Com
isso, surge a necessidade de um critério para caracterizar estados predominantes de
tração e de compressão para indicar qual tensor de dano deverá ser utilizado.
Em CURNIER, HE & ZYSSET (1995) define-se uma hipersuperfície, no
espaço das tensões ou das deformações, a ser empregada como critério para a
identificação das respostas constitutivas de compressão ou de tração. Neste trabalho
adota-se uma forma particular para a hipersuperfície no espaço das deformações: um
hiperplano g (ε), caracterizado por sua normal unitária N (||N|| = 1).
Este critério é ainda estendido de modo que o estado de dano existente passe
a ter influência sobre a definição do hiperplano. Portanto, para a função g propõe-se
a seguinte representação:
Para o caso de isotropia tem-se que o sub-índice “a” deve ser igual a 1 e o
tensor A1 = I. Nessa condição e ainda na ausência de dano, a deformação elástica
volumétrica nula define a interface entre os dois subdomínios de deformações. De
fato,
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 70
1
N = γ 1 A 1 = γ 1I , (||N|| = 1 ⇔ γ 1 = ). (3.24)
3
1 1 1
g (ε) = N . εe =0, g (ε) = I . εe = tr (εe) = εeV = 0 donde ε eV = 0 (3.25)
3 3 3
N = γ 1 A1 + γ 2 A 2 = γ 1 ⋅ I + γ 2 ⋅ A (3.26a)
g (ε) = N . εe =0, g (ε) = ( γ 1 I + γ 2 A). εe = γ1 (I . εe) + γ2 A . εe = γ1 tr(εe) + γ2 tr(A.
εe)=0
g (ε) = γ1 ε eV + γ2 ( ε 11
e
a 12 + ε e22 a 22 + ε 33
e
a 32 ) = 0 (3.26b)
||N|| = 1 ⇔ 3γ 12 + 2 γ 1 γ 2 + γ 22 = 1 (3.27)
g (ε) = γ1 tr (εe) + γ2 ε 11
e
=0 ⇒ γ1 ε eV + γ2 ε 11
e
=0 (3.28)
g (ε) = ε 11
e
=0 (3.29)
η (D1) ε eV + D1 ε 11
e
=0 (3.32)
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 72
a qual pode ser usada para identificar a passagem para estados de compressão.
A função γ1 = η (D1) pode ser obtida da condição (3.27):
− D 1 + 3 − 2D 12
η (D1) = (3.33)
3
Por outro lado, para estados de compressão sem danificação prévia em tração,
a relação (3.30) passa a ser dada por:
η (D2) ε eV + D2 ε 11
e
=0 (3.34)
− D 2 + 3 − 2D 22
η (D2) = (3.35)
3
ε e22 1 0 0
A = 0 0 0
0 0 0
N=A ε11
e
ε 33
e
Nos casos onde o material está sob um estado predominante de tração, mas
que tenha sido ativado um processo de danificação anterior em compressão, o
hiperplano (3.30) resulta em:
σ 02T σ 02C
Y0 T = ; Y0 C = (3.39)
2E 0 2E 0
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 75
ν0 2 1+ ν0
We∗ = − tr (σ) + tr (σ2) (3.40)
2E 0 2E 0
& =0
fT D T
& =0
fC D (3.41)
C
&
onde D &
e D representam taxas de dano em tração e em compressão,
T C
respectivamente.
∗ σ11
2
(σ 222 + σ 33
2
) ν 0 (σ11σ 22 + σ11σ 33 ) ν 0 σ 22 σ 33
W e+ = + − −
2E 0 (1 − D1 ) 2
2E 0 E 0 (1 − D1 ) E0
(1 + ν 0 ) (1 + ν 0 ) 2
+ (σ12
2
+ σ13
2
)+ σ 23 (3.42)
E 0 (1 − D 4 ) (1 − D 5 )
2 2
E0
Por outro lado, para estados predominantes de compressão (g(ε,DT,DC) < 0),
a energia elástica complementar para um material com isotropia transversal induzida
pelo dano é expressa por:
σ11
2
(σ 222 + σ 33
2
) ν (σ σ + σ11σ 33 ) ν σ σ
We∗ − = + − 0 11 22 − 0 22 33 2
2E 0 (1 − D 2 ) 2
2E 0 (1 − D 3 ) 2
E 0 (1 − D 2 )(1 − D 3 ) E 0 (1 − D 3 )
(1 + ν 0 ) (1 + ν 0 ) 2
+ (σ12
2
+ σ13
2
)+ σ 23 (3.43)
E 0 (1 − D 4 ) (1 − D 5 )
2 2
E0
fT ≤ 0 , & ≥ 0,
D & =0
fT D (3.46a)
T T
Se fT = 0, f&T D
& =0
T (3.46b)
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 77
fC ≤ 0 , & ≥ 0,
D & =0
fC D (3.49a)
C C
Se fC = 0, & =0
f&C D (3.49b)
C
Uma situação particular importante que decorre deste critério é que existe a
possibilidade de haver danificação evolutiva em compressão hidrostática.
& ≠ 0 ou D
Nos casos onde configura-se carregamento, isto é, onde D & ≠ 0,
T C
é necessário atualizar os valores das variáveis escalares de dano que aparecem nos
tensores DT e DC, considerando-se suas leis de evolução.
Neste trabalho, propõe-se que as leis de evolução das variáveis de dano sejam
escritas em função de suas variáveis associadas, as quais, correspondem à energia
liberada durante o processo de evolução do dano, LEMAITRE (1996).
Dos potenciais de energia complementar (3.42) e (3.43) decorrem as
variáveis associadas ao dano. Por exemplo, a expressão para a energia liberada
durante o processo de evolução do dano, em estados predominantes de tração, é dada
por:
∂We∗+ ∂We∗+
YT = + = Y1 + Y4 (3.50)
∂D1 ∂D 4
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 78
onde:
σ11
2
ν (σ σ + σ11σ 33 )
Y1 = − 0 11 22 (3.51)
E 0 (1 − D1 ) 3
E 0 (1 − D1 ) 2
(1 + ν 0 )
Y4 = (2σ12
2
+ 2σ13
2
) (3.52)
E 0 (1 − D 4 ) (1 − D 5 )
3 2
onde:
σ11
2
ν (σ σ + σ σ )
Y2 = − 0 11 22 2 11 33 (3.54)
E 0 (1 − D 2 ) 3
E 0 (1 − D 2 ) (1 − D 3 )
(σ 222 + σ 33
2
) ν 0 (σ11σ 22 + σ11σ 33 ) 2ν 0 σ 22 σ 33
Y3 = − − (3.55)
E 0 (1 − D 3 ) 3 E 0 (1 − D 2 )(1 − D 3 ) 2 E 0 (1 − D 3 ) 2
(1 + ν 0 )
Y5 = (2σ12
2
+ 2σ13
2
) (3.56)
E 0 (1 − D 5 ) (1 − D 4 )
3 2
& *
D T ,C = F (YT,C, bT,C) (3.58)
onde bT,C são conjuntos de parâmetros contidos nas leis de evolução de DT ou DC.
Observa-se que para situações de carregamento monotônico crescente, as relações
(3.58) podem ser integradas diretamente. Entretanto, as relações para YT,C e DT,C
formam um sistema implícito. A solução do sistema pode ser obtida por meio de um
procedimento iterativo.
arbitrário da modelagem.
Em geral, as leis de evolução das variáveis de dano podem ser obtidas pelas
seguintes estratégias:
- por identificação direta a partir de respostas experimentais obtidas em
laboratórios;
- pela definição de um potencial de dissipação escrito em função das
variáveis associadas, que engloba estados que podem ser atingidos sem
qualquer dissipação adicional de energia e de cuja variação derivam as
leis de evolução.
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 80
1+ Ai
Di = 1 − com i = 1, 5 (3.59)
A i + exp[Bi (Yi − Y0i )]
“No espaço das deformações principais, se duas das três taxas de deformação
forem de alongamento, de encurtamento ou nulas, o plano definido por elas será o
plano local de isotropia transversal do material.”
σ (MPa) σ (MPa)
-30 3
-20 2
-10 1
ε ε
-0.001 -0.002 0.0001 0.0002 0.0003
A) B)
Figura 3.2 – Diagramas tensão-deformação em compressão e tração uniaxiais
[MAZARS (1984)]
E0 E ε
p e
ε1 ε2
ε1 ε1
p
ε2 εe2
p d
∆ε ∆ε ∆ε
ε = εe + εp (3.60)
σ
εe = = Cσ (3.62)
E
ε& e = C
& σ + Cσ& (3.63)
A expressão (3.70) indica que para se determinar ε& p pode-se realizar uma
análise elastoplástica usual com ε& p (= λ& f σ ) seguida de uma análise de dano
C = cte
εp
Figura 3.4 – Taxa de deformação plástica (1a Hipótese)
(
ε& d = 2D − D 2 ε& p ) C = cte
(3.71)
pode-se assumir que a evolução da deformação devido ao dano seja dada por uma
regra não-associativa do tipo:
( )
& =D
ε& d D &g
σ (3.75)
ε
p
0
Figura 3.5 – Taxa de deformação plástica (2a Hipótese)
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 89
Este tipo de análise parece ser bastante apropriado para a evolução das
deformações plásticas em metais.
Os dois tratamentos simplificados não serão explorados independentemente.
Na verdade eles servem de base para a proposição de uma regra direta para ε& p ,
considerando-se genericamente a dependência indicada pela (3.68).
Nesse contexto, e tendo-se em vista a bimodularidade, propõe-se uma lei de
evolução não-associativa para as deformações residuais, inspirada na proposta de
COMI (2000), dada por:
∂g T & ∂g &
ε& p = DT + C D C (3.77)
∂σ ∂σ
g T = β T ( D T ) I1 (3.78)
g C = β C ( D C ) I1 (3.79)
ε& P = β T (D T ) D
& + β (D ) D
T C C
&
C (3.80)
β1
β T (D T ) = (3.81)
(1 − D1 )2
- Capítulo3: Proposta de Modelo para o Concreto - 90
β2
β C (D C ) = (3.82)
(1 − D 2 )2
β1 β2
ε& p = & +
D & I
D (3.83)
(1 − D )2 1
(1 − D 2 )2
2
1
4.1 INTRODUÇÃO
onde:
aT = [a1, a2, ..., an] é o vetor dos n parâmetros a serem identificados
yc (x,a) é a resposta numérica, dependente do vetor de parâmetros a
ys (x) é a resposta experimental, podendo ser observada com continuidade num
intervalo ∆x, ou registrada mediante pares de valores [x, ys (x)].
A função erro é expressa por uma integral definida, ou uma somatória, sobre
um intervalo de observação, por esse motivo não depende da variável x.
Numa formulação por mínimos quadrados, a função erro é genericamente
definida pela integral dos quadrados da diferença entre as duas funções yc e ys
E (ai) =
1
∫
2 ∆x
[ ]
y c (x , a i ) − y s (x ) dx
2
(4.2)
E (ai) =
1 N c
∑
2 K =1
[ ]
y k (x k , a i ) − y sk (x k )
2
(4.3)
- Capítulo4: Identificação Paramétrica do Modelo Proposto - 93
E0 = 15600 MPa
Y01 = Y0T = 1,5 x 10-5 MPa
A1 = 70
B1 = 22110 MPa-1
capítulo 1 desta tese. Vale lembrar que esse aspecto não é levado em conta em alguns
modelos contidos na literatura.
1,4
σ11 (MPa)
1,2
Y01 = 0,000015 MPa
0,8
0,6
0,4
0,2
0
-0,00005 0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
1,2
1
A1 = 70
A1 = 100
0,8
A1 = 20
0,6
0,4
0,2
0
-0,00005 0,00000 0,00005 0,00010 0,00015 0,00020 0,00025 0,00030
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
B1 = 22110 MPa
1,5 B1 = 10000 MPa
B1 = 5000 MPa
0,5
0
-0,00005 0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
E0 = 31850 MPa
Y02 = Y0C = 2,0 x 10-3 MPa
A2 = -0,50
B2 = 5,0 MPa-1
-25
σ11 (MPa)
-20
-15
0
0,001 0,0005 0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025 -0,003 -0,0035
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
-30
-25
A2 = -0,5
-20 A2 = -0,1
A2 = 0,5
-15
-10
-5
0
0,001 0,0005 0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025 -0,003 -0,0035
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
-30
-25
B2 = 5,0 MPa
B2 = 10,0 MPa
-20
B2 = 2,0 MPa
-15
-10
-5
0
0,001 0,0005 0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025 -0,003 -0,0035
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
E0 = 31850 MPa
Y03 = Y0C = 2,0 x 10-3 MPa
A3 = -0,60
B3 = 1,3 MPa-1
- Capítulo4: Identificação Paramétrica do Modelo Proposto - 99
-25
-10
-5
0
0,001 0,0005 0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025 -0,003 -0,0035
ε33 (strain) ε22 = ε11 (strain)
σ11 (MPa)
-45
-40
-35
-30
-25
A3 = -0,6
-20
A3 = -0,2
-15 A3 = 0,2
-10
-5
0
0,0010 0,0005 0,0000 -0,0005 -0,0010 -0,0015 -0,0020 -0,0025 -0,0030 -0,0035
ε33 (strain) ε22 = ε11 (strain)
-60
B3 = 1,30 MPa
-50 B3 = 0,20 MPa
B3 = 10,0 MPa
-40
-30
-20
-10
0
0,0020 0,0010 0,0000 -0,0010 -0,0020 -0,0030 -0,0040
ε33 (strain) ε22 = ε11 (strain)
1,0
0,8
0,6
β1 = 0,0001
β1 = 0,00001
0,4
β1 = 0,00005
0,2
0,0
-0,0002 -0,0001 0,0000 0,0001 0,0002 0,0003
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
-20
-15
β2 = 0,0001
β2 = 0,001
-10
β2 = 0,00115
-5
0
0,0020 0,0010 0,0000 -0,0010 -0,0020 -0,0030 -0,0040
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
σ11 (MPa)
1,2 Experimental -
MAZARS,
BERTHAUD &
1
RAMTANI (1990)
Modelo
0,8
0,6
0,4
0,2
0
-0,00005 0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 0,00025 0,0003
ε22 = ε33 (strain) ε11 (strain)
-45 σ11(MPa)
-20
-15 nσ
-10
-5
0
0,005 0,004 0,003 0,002 0,001 0 -0,001 -0,002 -0,003 -0,004 -0,005
ε>0 ε< 0
Figura 4.6 – Simulação de testes uniaxiais e biaxiais [KUPFER, HILSDORF & RUSH (1969)]:
Resultados experimentais e numéricos
-35
-30 Experimental n = 0
Modelo n = 0
-25
Experimental n = 1
σ -20 Modelo n = 1
-15 Experimental n = 0,52
Modelo n = 0,52
nσ -10
-5
0
0,002 0,001 0 -0,001 -0,002 -0,003 -0,004 -0,005 -0,006
ε vol(strain)
σ22(MPa)
5
0 σ11(MPa)
-45 -40 -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0 5
-5
Experimental -
-10 KUPFER,
HILSDORF &
-15 RUSH (1969)
Modelo
-20
-25
-30
-35
-40
-45
Figura 4.8 – Simulação de testes uniaxiais e biaxiais [KUPFER, HILSDORF & RUSH (1969)]:
Resultados experimentais e numéricos.
-60
-50
ε33
ε22 -40
-30
-20
-10
0
0,03 0,02 0,01 0 -0,01 -0,02 -0,03
ε22 ε33 ε11 x 10-3
-30
-25
-20 Experimental
Modelo
-15
-10
-5
0
0,002 0,001 0 -0,001 -0,002 -0,003 -0,004
ε22=ε33 (strain) ε11 (strain)
-30
-25
-20 Experimental
0
0,001 0,0005 0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025
εvol (strain)
5.1 INTRODUÇÃO
O presente capítulo tem por objetivo principal avaliar o modelo proposto pela
sua aplicação na análise de estruturas em concreto armado. Para este fim são
realizadas análises uni e bidimensionais, tendo sido implementado o modelo em
códigos de cálculo baseados no Método dos Elementos Finitos. Os resultados obtidos
pelo modelo são confrontados com resultados experimentais e com as respostas
fornecidas pelos modelos de dano de LA BORDERIE (1991) e MAZARS (1984).
Inicialmente são avaliadas as respostas de simulações que empregam a versão
unidimensional do modelo. No âmbito dessa análise, um primeiro exemplo é
composto por três vigas em concreto armado, de mesmas dimensões, mas com
diferentes taxas de armadura, apresentadas originalmente em ÁLVARES (1993). O
confronto entre os resultados numéricos e experimentais é ilustrado sob a forma de
curvas carga aplicada por deslocamento vertical no meio do vão das vigas. Um
segundo exemplo trata de um pórtico plano em concreto armado [VECCHIO &
EMARA (1992)]. A resposta numérica fornecida pelo modelo é confrontada com a
experimental e com as obtidas pelos modelos de LA BORDERIE (1991) e MAZARS
(1984).
Com relação às simulações bidimensionais, o modelo proposto é inicialmente
empregado na análise de uma viga biapoiada em concreto armado descrita em
PEREGO (1989). Confrontam-se as respostas experimentais com as curvas
numéricas resultantes da aplicação do modelo proposto e do modelo de MAZARS
(1984). Além disso, ilustra-se a configuração de danificação obtida com o modelo,
comparando-a com a configuração descrita em PEREGO (1989). Num último caso,
- Capítulo5: Exemplos de Aplicação do Modelo Proposto - 110
v
θ
u
L Elemento de viga
X
Y
Gi
H
Z X
Y
Gi
Camada n° K
YK
bK
Figura 5.1 – Elemento finito empregado
E k = (1 − C ak )E ck + C ak E ak (5.1)
onde:
- Cak é a concentração volumétrica de aço na camada n° k
- Eak é o módulo de elasticidade do aço na camada n° k
- Eck é o módulo de elasticidade do concreto na camada n° k
- εpk é a deformação plástica do aço na camada n° k
- εankk é a deformação anelástica na camada n° k
- Ek é o módulo de elasticidade equivalente da camada n° k
- εank é a deformação anelástica do concreto na camada n° k [caso do modelo de
LA BORDERIE (1991)]
P P
30
deslocamento
10 80 80 80 10
40 240 N1
Dimensões P
em cm
2φ5
30 27
5φ10
3
10 120 9
N1 - φ5 c/12 - c.90 12 N1
2φ5 2φ5
30 27 7φ10 30 27 3φ10
3
3
9 9
12 12
Figura 5.2 – Geometria e armação das vigas
σ(MPa)
-40 Experimental - ÁLVARES (1993)
Modelo Proposto
-35
Modelo de Mazars
-30
Modelo de La Borderie
-25
-20
-15
-10
-5
0
0 -0,002 -0,004 -0,006 -0,008 -0,01 -0,012 -0,014
ε(strain)
σ (MPa)
2,50
Modelo de Mazars
2,00
Modelo de La Borderie
1,00
0,50
0,00
0,0000 0,0001 0,0002 0,0003 0,0004 0,0005 0,0006
ε (strain)
concreto na viga com 3φ10.0 mm, duas na viga com 5φ10.0 mm e três na viga com
7φ10.0 mm, conforme a disposição das armaduras mostrada na Figura 5.2. Os
confrontos entre os resultados numéricos e experimentais, mediante curvas carga
aplicada (P) por deslocamento vertical no meio do vão das vigas estão ilustrados nas
figuras 5.5 a 5.7.
45,00
40,00
35,00
30,00
Modelo Proposto
Força (kN)
25,00 Experimental
Modelo de La Borderie
20,00 Modelo de Mazars
15,00
10,00
5,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
Deslocamento (mm)
VIGA 5#10.0 mm
70,00
60,00
50,00
Força (kN)
10,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00
Deslocamento (mm)
VIGA 7#10.0 mm
80,00
70,00
60,00
50,00
Modelo Proposto
Força (kN)
40,00 Experimental
Modelo de La Borderie
30,00 Modelo de Mazars
20,00
10,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
Deslocamento (mm)
13
13
Número do Estrato
Número do Estrato
10 10
Modelo Modelo
7 7
Proposto Proposto
4 4
1
1
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Dano em Compressão
Dano em Tração
13
Número do Estrato
13
10 10
LA BORDERIE (1991) LA BORDRIE (1991)
7 7
4 4
1 1
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Dano em Compressão Dano em Tração
Distribuição de Dano
13
Número do Estrato
10
MAZARS (1984)
7
1
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Dano
Figura 5.8 – Distribuição da danificação ao longo da seção transversal localizada no meio do vão
(viga 3φ10.0 mm – P = 30 kN)
das vigas com cinco e sete barras de aço venham a plastificar em níveis mais
elevados de solicitação do que nos casos onde os modelos isótropos foram
empregados. Ainda nesse contexto, observa-se que as respostas numéricas indicam
que a plastificação das armaduras ocorrem em diferentes níveis de solicitação quando
comparadas com as respostas experimentais, principalmente nos casos das vigas com
cinco e sete barras de aço. Isso pode ser explicado pelo fato de ser assumida perfeita
aderência entre a armadura e o concreto como hipótese para a simulação numérica.
Conclui-se que os resultados obtidos com a discretização adotada são bons
quando comparados com a resposta experimental das vigas, com destaque para o
modelo proposto.
Q
400
A B B
B B
1600
Coluna A Coluna
Norte Sul
4600 400
B B A B B
1800
Dimensões
em mm
400
4φ20 50
Seção A 20
20
20
30 20 20 320 20 20
30 20 75 50 75 20 30 4φ20 4φ20
σ (MPa)
-35
-30
-25
-20
Experimental
Modelo de Mazars
-15
Modelo de La Borderie
Modelo Proposto
-10
-5
0
0 -0,0005 -0,001 -0,0015 -0,002 -0,0025 -0,003 -0,0035
ε (strain)
σ (MPa)
2,50
2,00
Modelo de Mazars
1,50
Modelo de La Borderie
Modelo Proposto
1,00
0,50
0,00
0,0000 0,0001 0,0002 0,0003 0,0004 0,0005 0,0006
ε (strain)
400
350
300
250
Experimental
200 Mazars - 10 camadas
La Borderie - 10 camadas
150 Modelo Proposto - 10 camadas
100
50
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Deslocamento (mm)
Y
X
Y
Z
160
medidas em cm
P P
50
f
20 500 20
80 2 φ 8 mm
P
50
50
6 φ 32 mm
20 250 20
250
200
150
Experimental
100
Modelo Proposto
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Deslocamento (cm)
0 .3 0
N ÍV E L 4 0 kN
0 .5 0
0 .2 0
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0 0 .1 0
0 .0 0
0 .9 0
0 .8 0
N ÍV E L 1 2 0 kN
0 .7 0
0 .5 0
0 .6 0
0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0 0 .3 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .9 0
0 .8 0
N ÍV E L 2 2 0 kN
0 .7 0
0 .5 0
0 .6 0
0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0 0 .3 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .9 0
0 .8 0
N ÍV E L 2 6 0 kN
0 .7 0
0 .5 0
0 .6 0
0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0 0 .3 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .0 0
N ÍV E L 4 0 kN
0 .5 0
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0
0 .0 0
0 .0 8
N ÍV E L 1 2 0 kN
0 .5 0
0 .0 4
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0
0 .0 0
N ÍV E L 2 2 0 kN 0 .1 2
0 .5 0
0 .0 8
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0
0 .0 4
0 .0 0
0 .2 0
N ÍV E L 2 6 0 kN
0 .1 6
0 .5 0
0 .1 2
0 .0 8
0 .2 0 0 .4 0 0 .6 0 0 .8 0 1 .0 0 1 .2 0 1 .4 0 1 .6 0 1 .8 0 2 .0 0 2 .2 0 2 .4 0
0 .0 4
0 .0 0
uma certa concentração de danificação junto ao apoio, e uma vasta região inferior
com dano D1 chegando a atingir valores próximos a 1. Esta evolução de danificação
está de acordo com o exposto em PEREGO (1989).
X
Simulação 342 elementos
do Apoio
Z Simulação
do carregamento
X
Simulação 7200 elementos
do Apoio
Figura 5.19 – Configurações das malhas com 342 e 7200 elementos finitos
As figuras 5.20, 5.21 e 5.22 ilustram as respostas obtidas. Observa-se que nas
vigas super armada e normalmente armada a resposta numérica consegue simular
bem o comportamento experimental até níveis intermediários de carga. Já o mesmo
não acontece no caso da viga de 3#10.0 mm. Acredita-se que a incorporação de leis
de evolução e a identificação paramétrica das variáveis de dano relativas ao
cisalhamento possam contribuir para melhorar as respostas nesse caso. De fato, a
danificação relativa ao cisalhamento, gerando uma contribuição importante na
dissipação de energia, é possível de ser fornecida pelo modelo proposto, e
potencialmente visa melhorar sua capacidade de simular o comportamento do
concreto em situações onde haja uma perda mais intensa de resistência ao
cisalhamento. Contudo, é importante observar que mesmo essa consideração pode
ser limitada se houver forte localização da danificação, o que ocorre próximo da
situação de carregamento último.
- Capítulo5: Exemplos de Aplicação do Modelo Proposto - 131
45,00
40,00
35,00
30,00
Força (kN)
25,00
20,00 Experimental
5,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00
Deslocamento (mm)
70,00
60,00
50,00
Força (kN)
40,00
30,00 Experimental
Modelo Proposto (Análise Bidimensional - 7200 elem)
20,00 Modelo Proposto (Análise Unidimensional)
10,00
0,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00
Deslocamento (mm)
90,00
80,00
70,00
60,00
Força (kN)
50,00
40,00
Experimental
30,00
Modelo Proposto (Análise Bidimensional - 7200 elem)
20,00
Modelo Proposto (Análise Unidimensional)
10,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00
Deslocamento (mm)
Nas figuras a seguir são ilustradas as distribuições dos valores das variáveis
de dano para a viga com alta taxa de armadura em algumas etapas de carregamento.
0 .7 0
N ÍV E L 1 5 kN
0 .6 0
0 .5 0
0 .2 0
0 .4 0
0 .1 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0 0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
1 .0 0
0 .9 0
N ÍV E L 3 6 kN
0 .8 0
0 .7 0
0 .6 0
0 .2 0
0 .5 0
0 .1 0 0 .4 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .9 0
N ÍV E L 5 1 kN 0 .8 0
0 .7 0
0 .6 0
0 .2 0
0 .5 0
0 .1 0 0 .4 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
1 .0 0
0 .9 0
N ÍV E L 6 1 kN 0 .8 0
0 .7 0
0 .6 0
0 .2 0
0 .5 0
0 .1 0 0 .4 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .1 0
N íV E L 1 5 kN
0 .2 0
0 .1 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .0 0
0 .6 0
N ÍV E L 3 6 kN 0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0
0 .3 0
0 .1 0
0 .2 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .6 0
N ÍV E L 5 1 kN
0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0
0 .3 0
0 .1 0
0 .2 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .6 0
N ÍV E L 6 1 kN
0 .5 0
0 .4 0
0 .2 0
0 .3 0
0 .1 0
0 .2 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .5 0
N ÍV E L 1 5 kN
0 .4 0
0 .2 0
0 .3 0
0 .1 0
0 .2 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .8 0
0 .7 0
N ÍV E L 3 6 kN
0 .6 0
0 .5 0
0 .2 0
0 .4 0
0 .1 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0 0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .8 0
N ÍV E L 5 1 kN 0 .7 0
0 .6 0
0 .5 0
0 .2 0
0 .4 0
0 .1 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0 0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
0 .8 0
N ÍV E L 6 1 kN 0 .7 0
0 .6 0
0 .5 0
0 .2 0
0 .4 0
0 .1 0
0 .3 0
0 .1 0 0 .2 0 0 .3 0 0 .4 0 0 .5 0 0 .6 0 0 .7 0 0 .8 0 0 .9 0 1 .0 0 1 .1 0 0 .2 0
0 .1 0
0 .0 0
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMI, C. (2000). A nonlocal damage model with permanent strains for quasi-brittle
materials. Continuous Damage and Fracture. Ed.: Ahmed Benallal, pp. 221-232.
- Capítulo7: Referências Bibliográficas - 144
COMI, C.; PEREGO, U. (2000). A bi-dissipative damage model for concrete with
applications to dam engineering. European Congress on Computational Methods
in Applied Sciencs and Engineering – ECOMAS 2000.
CURNIER, A.; HE, Q.; ZYSSET, P. (1995). Conewise linear elastic materials.
Journal of Elasticity, vol. 37, pp. 1-38.
DEL PIERO, G. P. (1979). Some properties of the set of fourth-order tensors, with
application to elasticity. Journal of Elasticity, vol. 9, pp. 245-261.
KADLECEK, V.; SPETLA, Z. (1967). Effect of size and shape on test specimens on
the direct tensile strength of concrete. Bulletin RILEM n. 36, September , pp.
175-184.
PAPA, E.; TALIERCIO (1996). Anisotropic damage model for the multiaxial static
and fatigue behaviour of plain concrete. Engineering Fracture Mechanics, vol.
55, n. 2, pp. 163-179.
WILLAM, K.; STANKOWSKI, T.; STURE, S. (1988). Theory and basic concepts
for modelling concrete behavior. Contribution to the 26th CEB Plenary Session,
Dubrovnik.
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-1
1 INTRODUÇÃO
(
I ⊗ I = δ ijδ kl e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (1)
I ⊗I = δ ik δ jl (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (2)
I ⊗I = δ il δ jk (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (3)
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-2
I ⊗I =
1
2
[ ( )]
(I⊗I ) + I⊗I (4)
= δ ijS kk (e i ⊗ e j )
= (tr S) I
Nota-se que:
( )
S . I = Sijδ kl e i ⊗ e j ⋅ (e k ⊗ e l ) = Sijδ kl δ ik δ jl = Sijδ ij = Sii = tr S
(I ⊗ I )S = (tr S) I = (S . I) I (5)
(
= δ ik δ jlS mn δ km δ ln e i ⊗ e j )
= δ ik δ jl S kl (e i ⊗ e j )
= Sij (e i ⊗ e j )
=S (6)
= δ il δ jk S kl (e i ⊗ e j )
= S ji (e i ⊗ e j )
= ST (7)
( )
A = a ⊗ a = a i a j e i ⊗ e j = aa T
(
A = A ij e i ⊗ e j ) (9)
(
A ⊗ A = A ij A kl e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (10)
(
A ⊗ I = A ijδ kl e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (11)
I ⊗ A = δ ij A kl (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (12)
A⊗I = A ik δ jl (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (13)
A⊗I = A il δ jk (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (14)
I ⊗A = δ ik A jl (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (15)
I ⊗A = δ il A jk (e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (16)
A⊗I =
1
2
( )(
A ik δ jl + δ il A jk e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (17)
I ⊗A =
1
2
( )(
δ ik A jl + A il δ jk e i ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l ) (18)
= (S ⋅ A )A (19)
= A ijSll (e i ⊗ e j )
= (tr S) A
= (S ⋅ I )A (20)
= (S ⋅ A )I (21)
= A ik S kj (e i ⊗ e j )
= AS (22)
= δ il A jk S kl (e i ⊗ e j )
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-6
(
= A jk S ki e i ⊗ e j )
= STAT (23)
= A jl Sil (e i ⊗ e j )
= SAT (25)
= A ilS jl (e i ⊗ e j )
= AST (26)
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-7
Das propriedades dos tensores vistas até agora, pode-se, então, resumir as
operações de aplicação de produtos tensoriais formadas por tensores quaisquer de
segunda ordem descritas em CURNIER, HE & ZYSSET (1995) e DEL PIERO
(1979), como:
X
a = (1; 0; 0)
1
0
0
1 1 0 0 0
A = aa T = 0{1 0 0} = 0 0 0 = 0 (31)
0 0 0 0 0
0
0
0
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-9
R 11 S11
R S
22 22
R 33 S33
R 11 R 12 R 13 R 12 S11 S12 S13 S12
R = R 21 R 22 R 23 = R 13 S = S 21 S 22 S 23 = S13 (32)
R 31 R 32 R 33 R 21 S31 S32 S33 S 21
R 23 S 23
S
R 31 31
R 32 S32
R 11
R
22
R 33
R 12
R ⊗ S = RS T = R 13 {S11 S 22 S33 S12 S13 S 21 S 23 S31 S32 } (33)
R
21
R 23
R 31
R 32
1 1 1 0 0 0 0 0 0
1 1 1 0 0 0 0 0 0
1 1 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
I ⊗ I = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (34)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0
1 1
0 0 0
2
0
2
0 0 0
1 1
0 0 0 0 0 0 0
2 2
I ⊗I = 1 1 (35)
0 0 0
2
0
2
0 0 0
1 1
0 0 0 0 0 0 0
2 2
0 1 1
0 0 0 0 0 0
2 2
1 1
0 0 0 0 0 0 0
2 2
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0
I ⊗I = 0 0 0 0 0 0 0 1 0 (36)
0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 1
0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 1 0 0
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-11
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
A ⊗ A = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (37)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
A ⊗ I = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (38)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
I ⊗ A = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (39)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-12
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1
0 0 0
2
0 0 0 0 0
1
A⊗I = 0 0 0 0 0 0 0 0 (40)
2
1
0 0 0
2
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1
0 0 0 0 0 0 0 0
2
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1
0 0 0 0 0
2
0 0 0
1
I ⊗A = 0 0 0 0 0 0 0 0 (41)
2
1
0 0 0 0 0
2
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1
0 0 0 0 0 0 0 0
2
0 0 0 0 0 0 0 0 0
2 1 1 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
(A ⊗ I ) + (I ⊗ A ) = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 (42)
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-13
2 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1
0 0 0
2
0
2
0 0 0
( ) ( )
A⊗I + I ⊗A = 0
0 0 0
1
2
0 0
1
2
0
(43)
1 1
0 0 0
2
0
2
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1
0 0 0 0 0 0 0
2 2
0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vale ressaltar que os tensores isótropos de quarta ordem (34), (35) e (36) não
mudam sua forma seja qual for a localização do plano de isotropia transversal dentro
do sistema de coordenadas locais adotado. Outra importante constatação é que os
tensores constituintes [(34) à (37), (42) e (43)] do tensor constitutivo do modelo
proposto são simétricos.
Considere-se agora o caso em que o versor a perpendicular ao plano local de
isotropia transversal está contido no plano XY e possui uma inclinação α em relação
ao eixo X segundo o sistema de coordenadas locais XYZ (Fig. 2).
a = (cosα; senα; 0)
α X
cos α
A = a ⊗ a = aa T
= senα {cos α senα 0}
0
cos 2 α
sen α
2
0
cos α2
cos α sen α 0 cos α sen α
A = cos α sen α sen 2 α 0 = 0 (44)
0 0
0 cos α sen α
0
0
0
Os tensores isótropos são, por definição, os mesmos dados por (34), (35) e
(36). Já os tensores de quarta ordem que dependem do tensor A são expressos a
seguir:
A⊗A =
cos 4 α cos 2 αsen 2 α 0 cos 3 αsenα 0 cos 3 αsenα 0 0 0
2 2
cos αsen α sen 4 α 0 cos αsen 3α 0 cos αsen 3α 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
3
cos αsenα cos αsen 3α 0 cos αsen 2 α
2
0 cos αsen 2 α
2
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
3
cos αsenα cos αsen 3α 0 cos αsen 2 α
2
0 cos αsen 2 α
2
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
(45)
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-15
A⊗I =
cos 2 α 0 0 0 0 cos αsenα 0 0 0
0 sen 2 α 0 cos αsenα 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
cos αsenα cos αsenα cos 2 α sen 2 α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0 0 0
2 2
cos αsenα cos αsenα cos 2 α sen 2 α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos αsenα sen 2 α
0 0 0 0 0 0 0
2 2
cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0 0 0
2 2
cos αsenα sen 2 α
0 0 0 0 0 0 0
2 2
(48)
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-16
I ⊗A =
cos 2 α 0 0 cos αsenα 0 0 0 0 0
0 sen 2 α 0 0 0 cos αsenα 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
cos α senα cos αsenα sen 2 α cos 2 α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0 0 0
2 2
cos αsenα cos αsenα sen 2 α cos 2 α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos αsenα sen 2 α
0 0 0 0 0 0 0
2 2
cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0 0 0
2 2
2
cos αsenα sen α
0 0 0 0 0 0 0
2 2
(49)
(A ⊗ I ) + (I ⊗ A ) =
2 cos 2 α cos 2 α + sen 2 α cos 2 α cos αsenα 0 cos αsenα 0 0 0
2 2 2 2
cos α + sen α 2sen α sen α cos αsenα 0 cos αsenα 0 0 0
2
cos α 2
sen α 0 cos αsenα 0 cos αsenα 0 0 0
cos αsenα cos αsenα cos αsenα 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
cos αsenα cos αsenα cos αsenα 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
(50)
- Apêndice: Relações Matemáticas de Interesse - A-17
(A⊗I ) + (I⊗A ) =
2
2 cos α 0 0 cos αsenα 0 cos αsenα 0 0 0
0 2sen 2α 0 cos αsenα 0 cos αsenα 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 2 1 2
cos αsenα cos αsenα 0 cos α + sen 2α 0 cos α + sen 2α 0 0 0
2 2
cos 2 α cos αsenα cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0
2 2 2 2
1 2 1 2
cos αsenα cos αsenα 0 cos α + sen 2α 0 cos α + sen 2α 0 0 0
2 2
cos αsenα sen 2α cos αsenα sen 2α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos 2 α cos αsenα cos 2 α cos αsenα
0 0 0 0 0
2 2 2 2
cos αsenα sen 2α cos αsenα 2
sen α
0 0 0 0 0
2 2 2 2
(51)
Mais uma vez observa-se que os tensores (45), (50) e (51), além dos
tensores isótropos, são simétricos.
Cabe ressaltar que adotando-se α = 0° recuperam-se os tensores de quarta
ordem dados por (37) à (43).
Finalmente, no caso mais geral, o versor a contém componentes segundo os
eixos X, Y e Z do sistema de coordenadas locais. Com isso, os tensores de quarta
ordem contidos na formulação do modelo proposto possuem componentes
dependentes dos cosenos e senos dos ângulos entre o versor a e os eixos X, Y e Z.