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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO


CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA AMADORA

LINGUAGEM & COMUNICAÇÃO – B3


Unidade D: “Interpretar e produzir linguagem não verbal adequada a contextos
diversificados, de carácter restrito ou universal”
Formadora: Sofia Carreira

METANO NA MIRA
Vacas menos poluentes

Cientistas do mundo todo buscam soluções para diminuir a emissão de gás metano por animais
ruminantes. Uma nova pesquisa - realizada por cientistas em Zurique, em parceria com diversos
países, entre eles o Brasil - mostra que plantas tropicais podem minimizar o problema. E ainda há
outras iniciativas, no Reino Unido, no Brasil, na Nova Zelândia, na Suécia...

É difícil de imaginar, mas é verdade. Apesar da aparência pacata e bucólica, as vacas também
são responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. Durante o processo digestivo do animal, ele
emite gás metano, que é cerca de 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2). Estima-se que
16% da poluição mundial seja proveniente da pecuária. Mas os bovinos não são os únicos vilões. Cabras,
ovelhas e búfalos também causam o mesmo problema.
Diferente do ser humano, os animais ruminantes têm quatro estômagos. Os dois primeiros são
o rúmen e o retículo, onde o bolo alimentar se mistura continuamente. Dentro deles, há uma
concentração enorme de micro-organismos (bactérias, protozoários e fungos). Como todo esse processo
de fermentação dos alimentos é anaeróbico (sem presença de ar), o gás metano é produzido e acaba
sendo expelido pelo animal. Uma vaca pode liberar de 150 a 500 litros de gás por dia, dependendo de
sua espécie e finalidade. “O problema não está na digestão das vacas. Mas, sim, no aumento
exorbitante do rebanho mundial para suprir a demanda por alimentos e outros produtos”, afirma o
professor alemão Michael Kreuzer, especialista em alimentação animal, do ETH Zurich- Instituto de
Ciências Animais da Escola Politécnica de Zurique.
Kreuzer estuda o assunto há mais de 20 anos. Em seus últimos experimentos, o especialista
alemão constatou que, ao adicionar substâncias provenientes de plantas tropicais na dieta alimentar do
animal, é possível diminuir a emissão de metano. Foram testados três tipos de aditivos alimentares.
Primeiramente, gordura de coco, linhaça e de sementes de girassol. Essas substâncias conseguem inibir
a proliferação de um micro-organismo no rúmen, responsável pela produção do metano. Na segunda
fase da pesquisa, foram testados saponinas (encontradas nos frutos do jequiriti ou quilaia) e tanino
(originário de alguns tipos de acácia). “Os resultados mostraram diminuição do metano em até 20%”,
revela Kreuzer. Para comprovar esses valores, a equipe do ETH colocou vacas e ovelhas dentro de uma
câmara de vidro, alimentou-as durante dois dias e ficou monitorando a emissão de gases.
Os cientistas também sabem que vacas alimentadas exclusivamente com ração produzem um
terço do metano do que as que comem em pastos. “O metano se origina, principalmente, da digestão
da celulose dos alimentos verdes”, explica o professor do ETH. Entretanto, além do capim e feno serem
bem mais baratos e saudáveis, se pecuaristas decidissem utilizar somente ração, o dano para o meio
ambiente seria igualmente ruim.
Encontrar soluções “naturais” para o problema é o ideal, já que essas alternativas dificilmente
afetam a qualidade nutricional e o gosto do leite e da carne. As leis europeias proíbem o uso de
antibióticos para reprimir a formação de metano (prática largamente utilizada em muitos países) e a
injeção de micro-organismos modificados geneticamente no rúmen.
Entretanto, para tornar a ingestão dos aditivos alimentares de plantas tropicais uma alternativa
comercialmente viável, seria necessário que a produção dessas substâncias fosse realizada nos países de
origem, já que atualmente elas ainda são raras e caras.
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_406728.shtm
1. O texto aborda um facto estranho, mas preocupante. Identifique-o.

2. Explique em que medida as vacas são responsáveis pela diminuição da camada de


ozono.
2.1. Estes ruminantes são os únicos responsáveis por este problema?

3. Em que medida a anatomia das vacas é responsável pela emissão de gás metano para
a atmosfera?

4. “O problema não está na digestão das vacas. Mas, sim, no aumento exorbitante do
rebanho mundial para suprir a demanda por alimentos e outros produtos”.
Associe a citação apresentada ao cartoon que se segue.

5. Que solução foi encontrada pelos estudiosos para reduzir o efeito causado pela
emissão de gás metano pelas vacas?

6. Por que motivo as vacas alimentadas a ração emitem menos gases do que as que
vivem nos pastos?

7. Qual é o inconveniente do uso de plantas tropicais na alimentação das vacas?

8. Agora, observe atentamente o vídeo The Animals save the Planet – Gassy Cows e
comente a afirmação:

“Neste vídeo, o humor associa-se a uma mentalidade mais ecológica e pretende


sensibilizar para uma temática atual e universal.”

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