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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

CHARLES VILLE HELOU


CRISTIANE KOSHINO
MURILO AFFONSO PRANDO
NATÁLIA PAK
RAFAEL PAES LEME CRISTÓVÃO

Design Digital – MC2

DESIGN E MOBILIDADE: FOTOGRAFIA

São Paulo
2008/2

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CHARLES VILLE HELOU
CRISTIANE KOSHINO
MURILO AFFONSO PRANDO
NATÁLIA PAK
RAFAEL PAES LEME CRISTÓVÃO

Design Digital – MC2

DESIGN E MOBILIDADE: FOTOGRAFIA

Trabalho interdisciplinar apresentado como


exigência parcial para a aprovação do segundo
período do curso de graduação – Design Digital
da Universidade Anhembi Morumbi

Orientadores: Mércia de Assis Albuquerque


Drausio Vicente Camarnado Junior

São Paulo
2008/2
SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO.............................................................................................. 02
1 BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DOS TRABALHOS E BIOGRAFIA DE
BARBARA KRUGER...................................................................................... 03
2 TÉCNICAS UTILIZADAS POR BARBARA KRUGER.................................04
3 OBRAS ESCOLHIDAS DE BARBARA KRUGER.......................................05
4 O FEMINISMO: CONCEITUANDO.............................................................. 06
4.1 O FEMINISMOS NOS ANOS 80.......................................................... 06
4.2 O FEMINISMO RELACIONADO AOS TRABALHOS DE BARBARA
KRUGER............................................................................................... 07
5 LINGUAGEM VISUAL USADA POR BARBARA KRUGER....................... 08
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 09
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................ 10
ANEXOS – Fotomontagens extras............................................................ 12

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INTRODUÇÃO

Nesse trabalho contém uma breve biografia feita com estudos sobre a
fotógrafa Barbara Kruger, uma contextualização com os trabalhos efetuados
por ela e suas técnicas de fotomontagens.
Conceituaremos o feminismo, estudaremos como o mesmo era nos anos
80 e também os trabalhos de Barbara sobre o mesmo tema os tornando tema
principal da pesquisa.
Contêm imagens e comentários de algumas das obras de Kruger,
informações sobre a linguagem visual utilizada por ela, e breve comentário
sobre o consumismo.

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1 – BARBARA KRUGER
Barbara nasceu em Nova Jersey, na cidade de Newark, em 1945, ela
cursou escola de Design na “Parson’s School of Design”, em Nova York. Seu
primeiro trabalho foi diretora de arte de revista e como designer de capa de
livros. Nos dias de hoje reside em Nova York, onde efetua o trabalho de
professora, escritora, curadora, artista e designer para alguns grupos políticos
individuais e institucionais (PEQUENO, 2005).
Barbara carrega com ela uma linguagem característica de sua
assinatura desde 1979: fotos em preto e branco, fotomontagens e fotos de
fotografias já reveladas, cinemas, revistas, campanhas, outdoors e banners.
Os Slogans ambíguos com imagens em preto e branco e textos em
vermelho e branco se completam um dando sentido ao outro, sem um deles o
trabalho perderia completamente o sentido. Barbara tenta focar em pequenos
conflitos da sociedade como o feminismo, consumismo entre outros, não se
importando com problemas mundiais (LINKER, 1990).
Um dos principais temas abrangido pelo trabalho de Kruger é o
consumismo, ela faz forte critica a sociedade consumista, porem sempre com
muita sutileza, um fato curioso é que apesar da critica aos consumistas.
Barbara trabalha com a venda de souvenires com seus slogans e fotos.
Outro tema muito utilizado por Kruger é o tema especifico de nosso
trabalho, o feminismo. Com forte ideologia feminista, ela faz grandes trabalhos
criticando arduamente a sociedade masculina e alguns lideres como George
Bush.
Figura 1: Sem título.
Um dos trabalhos dela foca na
mulher ter o livre árbitro na hora de optar
por um aborto. A campanha ganhou o
slogan de “Your body is a battleground”
(Seu Corpo É Um Campo De Batalha). Teve
bastante impacto na sociedade por ser um
tema polemico.

Fonte: Barbara Kruger, 1989.

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2 – TÉCNICAS UTILIZADAS POR BARBARA KRUGER

Barbara Kruger empregou diversas técnicas em seus trabalhos. A


principal técnica utilizada é a fotomontagem, aonde sobrepõem textos em
imagens, lembrando um design gráfico de uma revista.
As imagens usadas são pretas e brancas, e o texto sobreposto é da cor
branca sobre um fundo vermelho, sendo da mesma fonte e tamanho,
funcionando como um slogan e não como uma legenda da imagem.
Barbara utiliza fotografias de anônimos ou de personagens fictícios
retiradas de filmes, televisão, jornais e revistas. Com o material ela modifica-o,
aumentando, diminuindo, esticando, distorcendo ou utilizando efeitos, ou
apenas coloca slogans em cima, criando um novo conceito para o receptor da
imagem. Os slogans inseridos causam a impressão que ambas duelam entre si
e juntas apresentam outros sentidos. Essa nova imagem criada é usada como
discursos críticos, e são usadas em camisetas, sacolas de compras, canecas,
publicidade em metrô, caixas de fósforos e pôsteres (PEQUENO, 2005).
Kruger empregou muitas vezes o artifício semântico. Para se tratar dos
homens ela usava o pronome “vocês”, e o pronome “nós” para se referir às
mulheres em geral, que em seus trabalhos as mulheres estão freqüentemente
no papel de vítima.
Ao expandir seu trabalho, Barbara passou a trabalhar com função
artística diretamente de somente a contemplação estética.
Segundo Foster (1996, p.140-1): “O artista se torna um manipulador de
signos mais que um produtor de objetos de arte; o espectador, um leitor de
ativo de mensagens mais que um contemplador passivo da estética ou o
consumidor do espetacular”.

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3 – OBRAS ESCOLHIDAS DE BARBARA KRUGER

Figura 2: Sem título.

Fonte: Barbara Kruger, 1987.

Figura 3: Sem título.

Fonte: Barbara Kruger, 1996.

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4 - O FEMINISMO: CONCEITUANDO

O Feminismo é uma manifestação e um estudo que defende a mulher


em questões de direitos e deveres, de igualdade e reconhecimento. No Brasil,
as primeiras manifestações feministas ocorreram no século XIX quando a
mulher era excluída e proibida de ter os mesmos direitos que os homens,
podendo somente cuidar da casa e da família (CABRAL, 2008, online).
Porem a partir do momento em que as mulheres eram capazes de
sustentar suas famílias, não era mais possível tratá-las como apenas donas de
casa. Segundo a enciclopédia, Projeto Renasce Brasil, desde o início da
revolução, as francesas começaram a criar e participarem de muitos clubes
ativistas e participavam fluentemente da vida política dos Estados Unidos e do
Reino Unido. Em 1837 foi fundada a Universidade Feminina Fr Holyoke, com
isso já existia um grupo de mulheres que eram contra a escravidão. O
abolicionismo foi um dos temas centrais da consolidação do movimento
feminista americano.

4.1 – O feminismo nos anos 80


O feminismo nos anos 80 cresceu bastante e novos dilemas foram
adicionados ao movimento, onde já era um movimento muito conhecido e de
grande força na mídia. Isso porque houve a criação de organismos
governamentais de defesa das mulheres em vários países, fazendo assim as
mulheres ganharem direitos.
Todas, tirando seis revistas acadêmicas feministas, que existem
atualmente nos Estados Unidos foram fundadas nos anos 80. As seis revistas
que não foram criadas nesse período foram fundadas na década anterior. As
revistas acadêmicas feministas foram e continuam sendo fundamentais para os
programas de estudos de mulheres e também para várias disciplinas.
(NAVARRO, 2004, online)
Nos anos 80, também ocorreram manifestações violentas antifeministas.
Em 1989, houve o massacre ocorrido na Universidade de Montreal, onde um
jovem disparou várias vezes contra estudantes e justificou-se simplesmente
com seu ódio às mulheres.

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4.1 – O feminismo relacionado aos trabalhos de Barbara Kruger
Barbara e sua orientação feminista colocam em evidência as mulheres,
até então discriminadas socialmente e consideradas potencialmente diferente
dos homens. Para isso a artista mescla imagens e textos, assim desfazendo o
olhar unívoco do sujeito masculino (PEQUENO, 2005).
Embora sejam tão sedutores quanto qualquer anúncio de cultura de
massa, seus fototextos se articulam para refletir o olhar masculino
que sujeita as mulheres mediante um falso ideal feminino. As
mulheres, nas imagens usadas por Kruger, estão em geral, posando
ou sendo perseguidas, mas em nenhum desses casos são passivas,
nem colocadas ali para serem vistas, salvas, descobertas, usadas
(FOSTER, 1996, p.155).

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5 - LINGUAGEM VISUAL USADA POR BARBARA KRUGER

Barbara trabalha com fotomontagem, ela utiliza-se de arquivos já


revelados, sempre mantendo o preto e branco inserindo um texto branco com
um fundo em vermelho para o contraste. O texto geralmente vai contra a
imagem pois ambos sozinhos não fariam sentido, porém juntos formam um
sentido quase sempre feminista ou crítico ao consumismo. Ela sempre mantém
a mesma fonte tipográfica, ela utiliza a família tipográfica Futura Bold/Italic.

Figura 4: Fotomontagem.

Fonte: Murilo Affonso Prando, São Paulo, 2008.

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6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Barbara Kruger utiliza características marcantes suas composições


fotográficas, fotos em preto e branco, fotografias de anônimos ou de
personagens fictícios e fotomontagens, o que torna ela uma fotografa diferente
dos outros.
Quando olhamos sempre vemos marcas do feminismo e consumismo no
qual ela visava as suas obras. Barbara demonstra que se preocupa com a
posição das mulheres com isso ela quer passar para seus espectadores a sua
imagem feminista.
Segundo Pecola (2006, online), Kruger denuncia, desconstrói, educa.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros

FLUSSER, Vilém. Texto / imagem enquanto dinâmica do Ocidente. Rio de


Janeiro: In Cadernos Rioarte, 1996.

FOSTER, Hal. Recodificação. São Paulo: Casa Ed. Paulista, 1996.

FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo: Edições Loyola,


2004.

GOLDSTEIN, Ann. Barbara Kruger. Los Angeles: MOCA, 1999.

LINKER, Kate. Love for Sale: The words and pictures of Barbara Kruger.
New York: Editora Abrams, 1990

PEQUENO, Fernanda. Barbara Kruger: [entre] arte e publicidade.


Dissertação (Mestrado em História e Crítica de Arte)– Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005.

Internet

http://www.ciencialit.letras.ufrj.br/entrelugares/fernandapequeno.htm -
acesso em: 19 de Agosto às 10:45.

http://www.geometricasnet.wordpress.com/2008/06/16/barbara-kruger –
acesso em: 21 de Agosto, às 09:15.

http://www.barbarakruger.com – acesso em: 18 de Setembro, ás 15:30.

http://gramatologia.blogspot.com/2008/05/barbara-kruger.html – acesso em:


18 de Setembro, ás 17:10.

12
http://www.brasilescola.com/historiab/feminismo.htm - acesso em 19 de
Setembro ás 11:00.

http://bitaites.org/livros/a-ironia-das-palavras-esta-no-olhar - acesso em 24
de Setembro ás 23:50.

http://www.yale.edu/libs/libertine/whipsheet06.html - acesso em 25 de
Setembro ás 00:15.

http://www.simonleegallery.com/barbara_kruger_bib.htm - acesso em 25 de
Setembro ás 00:40.

http://www.ifl.pt/main/Portals/0/dic/feminismo.pdf - acesso em 26 de
Setembro ás 09:45.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2004000300005&script=
sci_arttext – acesso em 26 de Setembro ás 10:30.

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ANEXOS

Figura 5: Sem título.

Fonte: Barbara Kruger, 1990.

Figura 6: Sem título. Figura 7: Sem título.

Fonte: Barbara Kruger, 2000/2004. Fonte: Barbara Kruger, Nova York 1991.

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