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Escrevi um livro...

E agora?
Copyright © 2017 Flávia Cunha Santos

Todos os direitos reservados. Proibidos a


reprodução, o armazenamento ou a transmissão total ou
parcial, sob qualquer forma.

Capa: https://www.behance.net/agradoce
Criação e arte: Rebecca Agra
Revisão: Sheila Mendonça
Contato: http://flaviacunha.com
Sumário

Sumário
O início
Do Orkut ao Wattpad
A Importância da Revisão de Texto
Beta Reader, Revisão e Copidesque
Registro na Biblioteca Nacional
Publicação – Sonho ou realidade?
Publicação On Demand
Publicação de Pequenas Tiragens
Publicação de e-book
Sobre Imagens e Capas
Como Fazer a Capa do Seu Livro?
Escritora Sim, com Muito Orgulho!
Nota da Autora
A Autora
O início

Olá, eu sou Flávia Cunha, autora de romances.


Nasci na cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, e ainda
criança passei a morar em Aracaju. Sou professora,
formada em Artes Visuais pela Universidade Federal de
Sergipe e trabalho nas Redes Municipal e Estadual da
Educação. Escrever é minha paixão.
Eu fui alfabetizada muito cedo e desenvolvi com a
descoberta das letras o gosto pela leitura. Os gibis foram
a minha primeira paixão. Cheguei até a colecionar um
tempo, mas a coleção se perdeu em uma das minhas
muitas mudanças de casa (minha vida foi meio como uma
frase da música do Renato Russo).

“Já morei em tanta casa, que nem me lembro


mais...”
(Pais e Filhos, Renato Russo).

Bem, depois dos gibis vieram os livrinhos de


faroeste do meu avô (chamados “bolsilivros”) que tinham
séries chamadas de “Oeste Brutal”, “Chumbo”, “Colt 45”,
entre outros. Depois vieram os livros da biblioteca da
escola: clássicos da literatura brasileira e autores, como
Shakespeare, Agatha Christie, Sidney Sheldon... Lembro
que li todos os livros da biblioteca, o que levou a
bibliotecária a me emprestar seus livros pessoais.
Em seguida vieram os romances de banca (sim,
aqueles chamados de “Romances Sabrina” ou “Literatura
de Mulherzinha”), o estilo pelo qual eu me apaixonei.
Então eu era uma leitora. Uma leitora apaixonada. E
acredito que para se tornar um autor, você tem que ser um
bom leitor.
Eu nem sei bem como comecei a escrever
romances... Comecei escrevendo redações na escola.
Então, depois escrevi poesias, fiz versões de músicas
estrangeiras, comecei um diário (que não tive paciência
para levar à frente) até que resolvi escrever um romance.
Escrever um livro. Começar do zero foi bem
difícil. Comecei escrevendo em cadernos, guardando
para mim as minhas ideias. Até que no ano de 2007, em
uma Comunidade do Orkut chamada “Adoro Romances”,
comecei a publicar o romance “Anjo da Sorte” usando o
pseudônimo Lady Graciosa. E foi assim que me tornei
uma autora indie.

O termo inglês indie é a abreviação da palavra


independent (em português independente) e se aplica na
indústria cultural, artes, músicos, produtores, artistas e
escritores que não possuem contratos de publicação e
distribuição com grandes empresas e lançam os seus
projetos independentemente.

Hoje, tenho mais de trinta livros publicados de


maneira independente (nos formatos impresso e digital) e
muitas pessoas (muitas mesmo) me pedem ajuda e
informações sobre como tornar realidade o sonho de
publicar o seu próprio romance. Este livro é para ajudar
autores iniciantes nessa difícil, porém, extremamente
prazerosa jornada que é ser um autor independente no
Brasil. Espero ajudar vocês!
Do Orkut ao Wattpad

Bem, se você tem um livro totalmente pronto,


revisado e organizado e só precisa saber como publicá-lo
pode pular esse capítulo. Aqui eu vou falar com quem tem
ideias, até alguns capítulos prontos, mas ainda não está
totalmente pronto para publicar suas ideias (por vergonha,
timidez ou insegurança mesmo).
Como já contei para vocês, eu comecei a escrever
romances com um pseudônimo em uma comunidade
chamada Adoro Romances (no antigo Orkut). Quando vi
algumas meninas postando seus romances tomei coragem
(tudo bem, nem tanta coragem assim, já que usava um
pseudônimo) e comecei. Postei o prólogo de “Anjo da
Sorte” e aguardei. O máximo que poderia acontecer seria
ninguém ler ou comentar o que eu escrevi.

Prólogo (da palavra grega prólogos) significa


"escrito preliminar". É um texto, geralmente breve, que
antecede a obra escrita e que tem por objetivo introduzir o
leitor sobre a história a seguir. É uma introdução,
apresentando geralmente os conceitos (ou ospersonagens)
que o autor vai trabalhar .

Ter pessoas lendo o que escrevi, comentando,


criticando, dando dicas e querendo saber mais sobre a
história foi maravilhoso. E me fez escrever em um ritmo
que se tornou frequente na minha forma de escrever
romances.
Foi motivador saber que estavam “gostando” da
história que eu estava contando e o melhor, acompanhando
a cada postagem! Eu escrevi vários livros por lá, tenho
leitoras fiéis que acompanham o meu trabalho até hoje (e
a quem agradeço sempre), mesmo não existindo mais o
Orkut. Hoje em dia nós temos o Wattpad
(www.wattpad.com).
O Wattpad é um aplicativo que possibilita ler ou
escrever histórias autorais de forma totalmente gratuita.
Para acessar é muito simples.

Basta se registrar no site para você usar o


aplicativo. Você pode criar uma conta através de um
endereço de e-mail ou pelo perfil de Facebook. Depois é
só clicar em Create e publicar seus próprios textos.
Os escritores podem publicar suas obras por
capítulos e os leitores que acompanharem a obra podem
comentar as histórias e votar nos livros. Existe um ranking
dos livros mais bem votados (o que não quer dizer que
são os melhores ou mais bem escritos).
Existem ótimos autores que saíram do Wattpad
para a Amazon e de lá para alguma editora. Mas vamos
com calma. Apesar dos pontos positivos, é preciso tomar
cuidado e proteger o seu trabalho. Eu desisti do Wattpad
depois que fui plagiada.

Plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra


intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra
pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc.) contendo
partes ou o total de uma obra que pertença à outra pessoa
sem colocar os créditos para o autor original. É crime.

Nem mesmo uso como leitora, pois li alguns dos


livros que estavam com melhores notas e maior número de
leituras no ranking e desanimei. Muitas das obras lá
apresentadas necessitam de um maior cuidado com
ortografia e concordância textual e outras são versões de
livros como “Cinquenta Tons de Cinza” e “Crepúsculo”.
Para escrever, é necessário ter um cuidado com o
português. Linguagem de internet, abreviações e aquele
jeito que você escreve no WhatsApp não é o ideal para
usar no seu livro. Lembre, o leitor merece o melhor! E
esse é o tópico do próximo capítulo.
A Importância da Revisão de Texto
Por Sheila Ribeiro Mendonça

A revisão de texto tem a mesma importância que


reler o que escrevemos. Parece óbvio, mas não é. Nestes
oito anos que trabalho com revisão de texto, copidesque e
preparação de originais, percebo que as pessoas não têm
o cuidado de reler o que escreveram. Simplesmente do
jeito que escrevem entregam para quem quer que seja.
Minha gente, não faça isso! Até porque demonstra
muito pouco caso com o seu próprio trabalho. Reler te
proporciona vários enriquecimentos ao seu texto, além de
você enxergar errinhos que costumam passar naquela
agonia acelerada que escrevemos para a inspiração não
fugir, também temos a chance de SEMPRE melhorar o
texto.
Muito raramente ao reler não vamos mexer em
alguma coisa, vamos suprimir ou acrescentar e isso vai
muito além de gramática, pontuação, ortografia, normas
técnicas da ABNT ou o novo acordo ortográfico.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica
no Brasil, fornecendo insumos ao desenvolvimento
tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade privada e
sem fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em
1940.

Releia também em voz alta, isso surte um efeito


que vai viciar você, é bom demais, ali percebemos, senão
todas, quase todas as pontuações erradas.
E acredite, ainda assim seu original terá erro e é aí
que nós, profissionais da área de revisão, entramos. Vejo
uma febre para ser revisor, apenas porque alguns gostam
de português, mas ser revisor de texto precisa muito mais
que gostar da nossa língua.
Sou jornalista e fiz curso de especialização na
área, além disso, estudo todo santo dia, porque a nossa
língua é muito casca de banana. Capciosa demais!
Por que mesmo eu relendo meu texto ainda tem
erro? Porque seu cérebro que criou o texto se acostuma
muito facilmente com ele, então você passa a ficar cega de
verdade, e a maior prova disso é que se você deixar seu
texto “esquecido” por um tempo quando pegar de novo e
for reler, levará um susto, encontrará erros que até Deus
duvida. Seu cérebro já desacostumou, por isso depois de
um tempo você passa a enxergar.
Além disso, se tiver letra trocada no meio da
palavra e você não fizer uma leitura profissional de ler
letra a letra, você não irá ver a troca de letras se ela
ocorrer no meio, se não tiver atenção seu cérebro só
apontará os erros no começo ou no final da palavra.
E um texto revisado, por um profissional sério, irá
te fazer não passar vergonha com erros básicos. Não
saber escrever o básico de nossa língua e querer ser
escritor não combinam, mas há solução pra isso: basta
contratar um bom profissional e estudar todas as dicas
dadas.
Bom trabalho e boa leitura!
Sheila Ribeiro Mendonça é jornalista e escritora.
Escolheu a faculdade de jornalismo por conta de sua
enorme paixão pela escrita. Tudo sempre a inspirou, claro
que com o passar dos anos foi evoluindo com as palavras
e sensações. Especializou-se em revisão de texto e
copidesque. Já fez freela em várias editoras e revista.
Atualmente trabalha com autores independentes, com a
Drago Editorial, sites e blogs.
E-mail de contato: shemendonca@gmail.com
Beta Reader, Revisão e Copidesque
Por Carla Santos

O crescimento da literatura nacional é notório. São


inúmeros títulos e autores lançando-se todos os anos.
Especialmente na área da autopublicação. Ser autor
independente não é mais um “bicho de sete cabeças”. O
advento de plataformas de autopublicação — sobretudo a
Amazon — criou a oportunidade perfeita para que o
“escritor em potencial” se transformasse em “escritor
profissional”.
Porém, ser autor autopublicado pode exigir ainda
mais responsabilidade de um escritor do que se ele
estivesse publicando por uma casa editorial. Será ele a
cuidar de todo o processo do livro: da edição ao
marketing. E uma das etapas mais importantes desse
processo é a preparação/revisão de seu texto.
Após o processo criativo, o autor tem a
obrigatoriedade de ler o seu texto e fazer todas as
mudanças que achar necessárias (salientando que não é
função do preparador de texto/revisor reescrever o seu
livro integralmente porque eles não são coautores,
tampouco ghost writers). Revise quantas vezes for
preciso (uma, duas, dez, vinte vezes ou até que se sinta
seguro acerca da obra), antes de enviar o seu original a
um profissional para que suas obras tenham a mesma
credibilidade que um autor cujo livro é lançado por uma
editora. Assim o autor independente cria uma imagem de
tanto profissionalismo quanto um autor que está numa casa
editorial.
Quando for contratar um profissional, pesquise,
consulte outros colegas que o contrataram para ver se o
mesmo tem boas referências.
Para quem não sabe, há diferenças entre revisor,
preparador de texto (copidesque) e leitor beta (beta
reader):

REVISOR: Faz o básico, digamos. Apenas


olha erros de português, digitação e
coerência das frases. É o responsável por
toda a correção gramatical e de coesão e
coerência da obra (erros de português,
digitação e incoerência das frases). Ele lê a
obra com olhos “técnicos”, para que passe o
menor número de erros possíveis.

COPIDESQUE: Faz um trabalho mais


profundo, vendo adequações de frases (se
está de acordo com o público ao qual o livro
se destina), se o assunto que o autor trata
está abordado de forma correta, e ele
também reescreve pequenas frases quando
estão confusas. Vou citar um trecho de uma
matéria do Aristides Coelho Neto para
vocês entenderem a diferença, porque muitos
desconhecem: “Se um texto é mal redigido,
com repetições injustificáveis, mal
paragrafado, contendo ideias desconexas,
primando pela falta de coesão e coerência
textual, etc., ele deve ser copidescado. No
processo de copidesque, o profissional
sugere, reescreve, com a finalidade de
aprimorar o texto. É nessa hora que o
revisor (ou o copidesque) tem de exibir o
seu conhecimento conferindo clareza ao
trabalho.”.
BETA READER: É um leitor mais atento, se
assim podemos dizer. Ele se atenta para
todos os detalhes da trama, procura furos no
enredo ou deficiência na caracterização dos
personagens. Dá dicas ao autor sobre
melhorias no enredo, nas cenas, nos
personagens. Ele vai expor os prós e contras
da obra, criticando de forma construtiva.

Há cinco anos atuando nessa área, percebo que os


autores em sua maioria possuem muitas dúvidas acerca do
nosso idioma, o que é normal pela sua complexidade, já
que vive mudando constantemente, mas não custa nada dar
aquela “pesquisadinha” básica que vai sanar todas as
questões. Porém, infelizmente, cada vez mais constato que
muitos sequer consultam o dicionário ou algum livro
sobre ortografia e gramática. Questiono-me se será
comodismo ou preguiça de expandir o conhecimento.
Por isso aconselho a todos que leia muito, estude,
escreva, porque só assim você vai se aperfeiçoando e
amadurecendo sua forma de colocar as palavras no papel.
Há muitos cursos de escrita ótimos que podem lhe auxiliar
nesse processo.
Ser escritor não é apenas um hobby, é uma
profissão que tem que ser levada a sério, como qualquer
outra. Você precisa de muita dedicação e tratar o seu livro
como um produto de qualidade. Não vise quantidade,
porque se seu livro for de qualidade, o resto é
consequência.
Tudo é um conjunto de fatores que pode auxiliá-lo
para que seu livro seja de qualidade e, consequentemente,
aceito por uma editora.

Carla Santos é paulista e sempre foi apaixonada


por literatura. Leitora eclética criou em 2009 o Blog
Sonho de Reflexão que lhe trouxe uma experiência
maravilhosa. Desde 2012 trabalha como freelancer com
revisão, copidesque e diagramação. Atualmente presta
serviços de revisão, copidesque e diagramação digital
para a Editora Planeta Literário.
E-mail de contato: sonhodereflexao@gmail.com
Site: www.carlafs.com.br
Registro na Biblioteca Nacional

Você escreveu seu livro e quer publicar (ou não).


Mas o que fazer para proteger o conteúdo do seu livro? O
primeiro passo é registrar sua obra, através da Fundação
Biblioteca Nacional. Como fazer isso? Depois de escrito
e revisado, você vai formatar seu trabalho para o registro.

Formato:
Papel: A4;
Fonte: Arial ou Times New Roman;
Corpo do texto: 11 ou 12;
Folha de rosto: Com o nome do seu livro e o seu
nome;
Numeração: Todas as páginas devem ser
numeradas.

Depois disso você vai imprimir o seu livro e


rubricar todas as páginas. Isso é muito importante,
portanto, não se esqueça de nem uma página, certo? Seu
livro está prontinho para ser registrado. Para sua
segurança, guarde sempre consigo a obra original.
Agora você vai enviá-lo para a Fundação
Biblioteca Nacional. Junto com seu livro, deve estar o
Formulário de Requerimento para Registro e/ou
Averbação, preenchido em letra de forma, datado e
assinado conforme a sua assinatura no seu documento de
identidade. Você também terá de enviar cópias legíveis de
seus documentos:

Documentos
Cópia do CPF e RG;
Cópia de comprovante de residência (de acordo
com o endereço preenchido no formulário);
Comprovante original de pagamento da GRU (você
vai imprimir a guia de pagamento, ver valor na
tabela de preços disponível no site da Biblioteca
Nacional, e pagar no Banco do Brasil).

Então vamos lá, você juntou seu livro, o


formulário de requerimento, xerox do seu RG, CPF e
comprovante de residência e o comprovante original de
pagamento da taxa em um pacote.
Endereço: verificar os postos estaduais e endereços no
site da Biblioteca Nacional.

Você pode enviar por Sedex, correspondência


registrada ou por Registro Módico (a forma mais barata
de se enviar um livro). Depois disso é só aguardar. O
registro demora (são muitos livros sendo enviados,
certo?), mas se você seguiu todos os passos corretamente,
fique tranquilo que você vai receber o certificado de
registro.

Importante:
Se seu livro já foi publicado (on demand), ao invés
da cópia, você terá que mandar dois exemplares...
O site da Fundação Biblioteca Nacional é fácil de
ser acessado e tem os passos bem explicadinhos.

Site da Biblioteca Nacional:

https://www.bn.gov.br
Publicação – Sonho ou realidade?

Existem grandes, médias e pequenas editoras no


Brasil. Algumas têm propostas para escritores nacionais
independentes. Praticamente todas as editoras que enviam
proposta oferecem um “pacote” parecido: cadastro de
IBSN, criação de capa, revisão de texto, diagramação e
distribuição em um mesmo pacote. E o autor ainda recebe
um número de cópias, para fazer o que quiser... parece
ótimo, não? Mas existe um pequeno detalhe: você vai ter
que pagar um preço (que às vezes é alto demais) por isso.
Então, o autor junta suas economias — ou
consegue o dinheiro através de familiares ou empréstimos
— acreditando que vai dar certo! O seu sonho finalmente
vai se realizar! Em seus sonhos imagina entrar em uma
grande livraria e ver seu livro na prateleira ou aparecer
em um programa de televisão para dar entrevista.
Finalmente ser reconhecido(a) por seu trabalho!
Doce ilusão. Não nego que existem editoras sérias e
comprometidas, mas publicação é um negócio.
Obviamente as editoras vão apostar em autores de sucesso
e que dão retorno financeiro. Todos vocês sabem que há
pouco incentivo para escritores no Brasil. Os poucos
escritores famosos são indicados a grandes editoras,
contam com uma boa estratégia de marketing e por vezes
um “padrinho” famoso. São poucos (em proporção a
quantidade de ótimos autores independentes) que chegam
ao estrelato literário.
Isso não quer dizer que você não terá sorte ou que
sua estrela não vá brilhar! E óbvio que eu torço para que
cada vez mais autores independentes alcancem o sucesso.
Quanto mais literatura nacional de qualidade no mercado
melhor. Mas tomem cuidado para não ter o seu talento
explorado.
O que não quer dizer que você não possa investir
no seu sonho. É só um aviso para que na expectativa de
ser um bestseller você não acabe sendo ludibriado. Sendo
assim, pense bem antes de aceitar propostas de editoras
para financiar seus livros.
Algumas dicas:

Procure saber dos livros de autores


nacionais na editora. Eles estão nas
livrarias? O autor(a) está sendo bem
divulgado nas mídias sociais?

Algumas propostas compram o direito sobre


o seu livro por determinado tempo. Por
quanto tempo a editora terá os direitos do
seu livro?

Calcule, pesquise e pense sobre suas


opções. O dinheiro que você vai investir
pode fazer falta na sua vida.
Isso não impede que você possa investir no seu
trabalho. Pagar um revisor, um capista e um diagramador
vai tornar seu livro um produto de maior qualidade. E,
além disso, existem outras formas de publicar seu livro
com custos menores de forma segura. Vamos falar de
algumas delas no próximo capítulo.
Publicação On Demand

Pode parecer meio egoísta (e provavelmente é),


mas minha primeira e maior motivação em publicar os
meus livros era tê-los pra mim. Sabe, para colocá-los em
meio aos mais de quinhentos livros em minha estante e
poder dizer: esses eu que escrevi! Não pensei em nenhum
momento que ao publicar meus livros ficaria rica e
famosa (ei, estamos no Brasil! Mais fácil ficar famosa por
sair pelada do que por escrever um livro!) ou que todo
mundo iria comprá-los.
Depois de verificar que não é tão fácil conseguir
uma editora disposta a publicar ou que não teria meios de
bancar uma “parceria” com uma editora, decidi optar pela
publicação on demand.

Impressão sob demanda (do inglês: Print on


demand, às vezes também Book-on-Demand) é um
método de impressão e modelo de negócios em que as
cópias de um (ou qualquer outro documento) não são
impressos até que seja encomendado. A impressão sob
demanda foi desenvolvida graças à tecnologia de
impressão digital que permite imprimir cópias de um livro
no momento em que for solicitado pelos leitores, algo
improvável em métodos tradicionais de impressão.

Bem, esse é um dos métodos que uso para fazer os


meus livros até hoje. Então, seu livro está pronto,
revisado e diagramado, prontinho para ser publicado.
Você até tem uma capa linda para ele. Suas leitoras estão
pedindo! Pronto, nas editoras que trabalham com esse tipo
de publicação você e seus leitores poderão comprar seu
livro, sem problemas.
Eu publiquei para satisfazer meu ego! Recomendo
a todo mundo que escreveu um livro publicar. Nem que
seja um único exemplar pra você. Vale a pena. É uma
sensação maravilhosa ter o “seu” livro em mãos. Quanto
às vendas...
Bem, os custos de um livro nesse tipo de
impressão não são baratos e o preço dos livros costuma
ficar um pouco alto. É você a responsável por indicar
quanto quer ganhar por venda. Na maioria das vezes os
royalties são mínimos ou você não vai conseguir vender
seu livro.
Como isso funciona? A editora tem um sistema que
calcula a quantidade de páginas do seu livro e mostra
todos os custos envolvidos na impressão e o valor total do
livro. Depois disso existe um campo em que você insere a
sua margem de ganho por venda. Esse valor será
acrescido aos custos do livro e então você terá o valor de
venda para o público.
Algumas editoras de publicação on demand que
uso e que são fáceis de publicar.

Clube de Autores
(www.clubedeautores.com.br)
Perse (www.perse.com.br)
Creatspace (www.creatspace.com)
Publicação de Pequenas Tiragens

Bem, quando publicar meu livro ainda era um


sonho, eu fui a várias gráficas fazer um orçamento para
publicar um exemplar do meu livro. Bem, o valor unitário
do meu livro ficava maravilhoso! Mas eu teria que pagar
por uma tiragem de no mínimo mil exemplares.
Sei que uma editora faz muito mais que isso,
porém eles contam com uma rede de distribuição em
livrarias que faz com que esse volume de livros seja
vendido de forma rápida. Mas o que eu iria fazer com mil
livros em casa? Para vender os meus livros, como autora
independente, eu mesma corro atrás, divulgo, participo de
feiras e Bienais, mas mil livros é um investimento muito
grande de dinheiro, do qual dificilmente teria retorno.
Então, busquei gráficas que fizessem pequenas tiragens de
livros.
Antes, me deixa explicar que existem dois tipos de
publicação de pequenas tiragens. Algumas editoras
pequenas fazem orçamentos de pequenas tiragens a partir
de 50 livros. No “pacote” algumas incluem revisão,
diagramação, registro de ISBN, capa e outras coisinhas
que elevam o valor final do livro, mesmo em uma tiragem
pequena.
Criado em 1967 e oficializado como norma
internacional em 1972, o ISBN — International
Standard Book Number — é um sistema que identifica
numericamente os livros segundo o título, o autor, o país e
a editora, individualizando-os inclusive por edição. O
sistema é controlado pela Agência Internacional do ISBN,
que orienta e delega poderes às agências nacionais. No
Brasil, a Fundação Biblioteca Nacional representa a
Agência Brasileira desde 1978, com a função de atribuir o
número de identificação aos livros editados no país. A
partir de 1º de janeiro de 2007, o ISBN passou de dez
para 13 dígitos, com a adoção do prefixo 978. O objetivo
foi aumentar a capacidade do sistema, devido ao
crescente número de publicações, com suas edições e
formatos.

Não é desse tipo de publicação de pequena


tiragem que eu vou falar aqui, e sim sobre gráficas que
imprimem o seu trabalho a partir de dez exemplares por
um custo baixo. Nesse caso o registro ISBN é opcional.
Então, nesse formato de publicação, encontrei a
Gráfica Letras e Versos, que é onde publico os meus
livros. Algumas coisas importantes:

Eu mando o arquivo e capa totalmente


prontos para publicação;
O autor faz o envio dos arquivos passo a
passo, escolhe entre as opções de papel e
acabamento;
Assim que você envia os arquivos e escolhe
formato e acabamento, o site dá os valores
para 10, 50, 100, 200 e 300 unidades.
Você pode fazer qualquer quantidade de
livros (a partir de 10 unidades);
Antes de imprimir seu livro, a gráfica envia
um boneco para o seu e-mail para você
conferir se está tudo correto;
Caso algo esteja errado, você pode enviar a
correção para a gráfica;
A gráfica tem seguro, então caso seus livros
sejam extraviados no caminho, eles
produzem uma nova tiragem (isso já
aconteceu comigo; o carro do Correios foi
assaltado e meus livros roubados);
Você pode pagar com cartão de crédito e
parcelar;
Existem poucas opções de entrega
(Correios), mas se você morar no Rio de
Janeiro pode retirar na gráfica ou pedir que
eles façam a entrega.

Gráfica Letras e Versos


http://www.letraseversos.com.br
Publicação de e-book

Inicialmente é preciso dizer que nos sites de


publicação on demand você pode publicar o e-book do
seu livro impresso e ele será distribuído em várias lojas
(Apple, Google Play, Amazon, Kobo, Wook, Cultura).
Algumas exigem que o seu livro esteja em formato epub,
outras usam o PDF do seu livro. Do mesmo modo que na
publicação on demand, você vai optar pelos royalties em
cima do preço estipulado por eles.
É uma forma rápida de publicar e-book, mas, com
certeza, não é a mais segura ou lucrativa. Explico: as
plataformas de publicação de e-book como Saraiva e
Amazon têm algo chamado “Controle a proteção DRM”
que protege os seus arquivos. Não é 100% eficaz contra a
pirataria, mas é muito mais garantia que os sites de
publicação on demand oferecem.
Existem as plataformas em que você pode publicar
o seu e-book e leitores que tenham um leitor digital (ou
aplicativo de leitura) podem comprá-lo. As duas mais
“famosas” são a Publique-se — a plataforma de
autopublicação da Saraiva — e o Kindle Direct
Publishing (KDP) — a plataforma de autopublicação da
Amazon. As duas são bem parecidas e oferecem a opção
para que você decida o valor do seu e-book.
O que me fez optar pelo KDP e não pelo Publique-
se é o dinheiro. Na Saraiva você recebe 35% de royalties
do valor do seu e-book. Na Amazon os royalties também
são de 35%, porém, se você optar por publicar seu e-book
com exclusividade no Kindle e disponibilizá-lo no Kindle
Unlimited, você recebe 70% de royalties do valor do seu
e-book.

O Kindle Unlimited é um programa de assinatura


para leitores, que os permite ler quantos livros desejarem.
A KOLL, a Biblioteca de Empréstimo dos Proprietários
Kindle, é uma coleção de livros. Nela, os membros da
Amazon Prime que possuírem um Kindle podem escolher
um livro, uma vez por mês e sem data de vencimento.
Quando você se cadastra no KDP Select, seus livros são
automaticamente incluídos nos dois programas. Seus
livros ainda estarão disponíveis para compra na loja
Kindle, e você continuará recebendo royalties dessas
vendas.

O que significa publicar exclusivamente no


Kindle? Ao escolher o KDP Select para um livro, você
estará se comprometendo a tornar o formato digital deste
livro disponível exclusivamente através do KDP. Durante
o período de exclusividade, você não poderá distribuir
seu livro no formato digital em nenhum outro lugar,
incluindo o seu próprio site, blogs, etc. No entanto, você
poderá continuar distribuindo seu livro no formato físico
ou em qualquer outro formato que não seja o digital.
Você pode baixar o livro “A Era Kindle” que fala
sobre a publicação de e-books na Amazon. Ele tem
informações muito legais de como formatar seu livro antes
da publicação. Também tem dicas de como divulgar e
promover sua obra-prima. Você pode comprá-lo neste
link AQUI, ou clicar na parte de busca do site da Amazon
e digitar o nome do e-book: “Como Publicar e Lucrar com
seu Livro na Amazon - A Era Kindle”.
Apesar do site do KDP da Amazon ser bastante
fácil de usar, fiz um tutorial no meu blog com o passo a
passo da publicação no KDP. Você pode ler neste link
AQUI, ou digitar na barra de endereço do seu navegador o
endereço: http://www.flaviacunha.com/2014/02/como-
publicar-seu-livro-na-amazon.html.
Sobre Imagens e Capas
Por Rebecca Agra

Você escreveu a história, passou por toda a


angústia e empolgação de finalizar o conteúdo do seu
livro, mas ainda falta a capa.
O fato é que a primeira impressão do conteúdo
que a maioria dos seus leitores vai ter é a bendita capa.
Hoje, quase todos julgam um livro pela capa e elas são
mais importantes do que você imagina.
Há enorme concorrência, e muitas vezes desleal,
tornando-se difícil se destacar na multidão. Especialmente
para autores ainda sem editora ou apoio. Quem consegue
um bom projeto de capa pode se diferenciar e atrair mais
leitores, uma vantagem na competição com as grandes
editoras. Na verdade, hoje é totalmente possível criar
capas de livros de autores independentes que são
impossíveis de diferenciar dos livros lançados por
editoras tradicionais.
Neste capítulo, vou dar sete dicas para ajudá-lo a
criar uma capa profissional para o seu livro. Mas antes de
chegarmos às dicas, quero que você entenda por que o
design hoje é mais importante do que nunca para seu
projeto.
Antes dos e-books, quando os livros eram
comprados exclusivamente em livrarias, uma capa de
livro impressionante era necessária para chamar a atenção
do leitor quando colocada em uma prateleira ao lado de
centenas de outros livros. Mas como a maioria das lojas
exibia apenas a coluna do livro, era impossível aos
autores diferenciarem-se, a menos que o potencial leitor
pegasse seu livro ou este fosse exibido de maneira mais
atraente, como na vitrine ou nos displays.
Hoje, no entanto, especialmente para autores
independentes, boa parte das vendas ocorre on-line. Isso
acabou permitindo a competição com as grandes editoras
tradicionais, mas também deixou claro que para chamar a
atenção dos leitores, uma grande história deve ser
acompanhada por um design de capa no mesmo nível de
qualidade.
Um leitor típico faz uma pesquisa na Amazon e
acaba com uma lista enorme de livros para visualizar.
Claro, o conteúdo e as críticas são importantes, mas a
capa é a primeira coisa que um leitor em potencial vê, e
ela pode encantar ou estragar essa impressão inicial.
Belas imagens criam uma reação emocional nas pessoas,
pois são processadas por nosso cérebro 60.000 vezes
mais rapidamente do que palavras. Uma capa mal
projetada não só não desencadeia a reação emocional
como também implica que o conteúdo do livro também
tenha o mesmo nível de cuidado.
Então vamos para as sete dicas para criar o design
de capa do seu livro:

1. Certifique-se da qualidade visual da capa

Alguns autores são verdadeiros artistas e podem


criar capas belíssimas sem ajuda profissional. Se você
não está nesta categoria, no mínimo sabe como é uma capa
profissional e isso já é o primeiro passo para julgar se o
que você tem é condizente com um material de qualidade
ou não.
Capas profissionais são fáceis de ler. A tipografia
escolhida é distinta e limpa, mas atenção, isso não quer
dizer que seja sem graça. As fontes escolhidas para o
texto da capa devem complementar a informação visual e
nunca brigar com a arte que você escolheu. Se não estiver
harmônico, é melhor partir para outra opção.
As imagens escolhidas para ilustrar a capa devem
estar conectadas à história e ao público. Uma capa de
livro de terror não deve ser confundida com um romance.
Pesquise, observe as capas que você mais gosta,
lembrando-se de ver o que está dentro do gênero que você
escreveu. Que tipo de imagem? Que tipo de fonte? Que
paletas de cor? Mas ó, não copie, senão isso pode se
converter em uma péssima propaganda para você como
autor. Inspiração sim, copiar nunca! Estamos entendidos?
Está tendo dificuldade? Simplifique. Concentre-se
em poucos detalhes e seja objetivo. Uma capa com
centenas de detalhes pode ficar confusa. Nunca misture
estilos, lembre que você está fazendo uma vitrine para o
conteúdo do livro.
Uma boa dica é usar uma boa foto + tipografia
(fonte) legível + boa paleta de cores, isso é o mínimo.
Nunca use fonte de cor clara sobre imagem clara e evite
fundo branco com letra amarela, essa combinação fica
ilegível dependendo da iluminação do local ou da
qualidade do monitor que o usuário estiver usando.
Vai usar ilustrações? Cuidado com isso. Existe
uma linha tênue que separa capas ilustradas maravilhosas
e capas mal acabadas. Use ilustrações profissionais e
evite usar o desenho daquele seu amigo ou parente que
não é profissional na área.
Pra fechar essa primeira parte: Criou algumas
capas? Mostre pra um amigo que entenda ou que possa te
dar um bom feedback. Às vezes, aquele pitaquinho que o
amigo dá pode te ajudar muito. Mas lembre-se de que
você é o dono daquela capa, quem decide o que fazer é
você, viu?

2. Prateleira, monitor, celular

A imagem da capa será reproduzida em livros


impressos, monitores e celulares. A capa que você criou
deve ser legível tanto em grande, quanto em pequenos
formatos. Lembra que eu falei sobre simplicidade? Enfiar
um bocado de firulas na imagem de capa pode distorcer a
leitura quando o usuário faz uma busca na Amazon, por
exemplo. Manter os elementos simples e limpos facilita a
leitura e o acesso ao olhar de quem está procurando um
livro pra comprar.
O layout da sua capa deve ser visualmente
interessante, não literal. Outra coisa muito importante é
manter um bom espaçamento dos limites laterais, se o
título estiver muito próximo da borda da imagem, pode
atrapalhar a leitura. Dê espaço para o projeto respirar.

3. Cuidado com spoilers

Eu sei que você acha a história incrível, que tem


mil e não sei quantos personagens, lugares e surpresas.
Que tal escolher algo que represente a personalidade da
história? Não seja literal com as imagens. Não tire a
imaginação do leitor entregando logo na capa como é um
personagem ou lugar. Mostre, não diga. Pense na capa
como um trailer de filme, insinue sobre os elementos de
sua história, mas não toda a história.
Assim como também é superimportante não usar
elementos que não estão na história. Uma vez peguei um
livro com uma paisagem linda e no meio dela tinha uma
poltrona flutuante com uma moça linda sentada, com um
vestido de baile e o livro não tinha nada disso. Não
frustre seu leitor, faça com que ele queira mais.

4. Escolhendo a paleta de cores

As cores se manifestam de acordo com a luz, seja


sob a bruma dos lugares mais frios ou na profusão de
cores nos quadros impressionistas. Dependendo da
origem de cada cultura pode existir o branco ou vários
tons de branco (pergunte aos esquimós!). Não importa o
suporte, elas sempre comunicam algo.
As cores são extremamente importantes para o seu
projeto, até mesmo a ausência delas comunica alguma
coisa. As noivas de branco começaram com a Rainha
Vitória, no século XIX, e transmitiam pureza e paz, mas se
fosse no Oriente seria sinal de luto e tristeza. Lá qualquer
noiva se casa feliz de vermelho da cabeça aos pés. O azul
na bandeira do Brasil significa o nosso lindo céu, mas o
azul é pouco visto na arte barroca, pois era relacionado
aos sentimentos ruins, como o ciúme. O amarelo talvez
tenha tido mais conotações negativas: foi a cor usada para
distinguir os judeus durante o nazismo e foi também a cor
dos leprosos. Na nossa bandeira, com tantas referências
positivas, lá está o amarelo representando nosso ouro. O
azul-claro nas embalagens de produtos lights, o verde em
produtos de limpeza e o vermelho nos lembrando de parar
na sinalização de trânsito. As cores são usadas para
distinguir qual embalagem de leite tem o produto
desnatado, quais são os salgadinhos mais picantes ou qual
é o Sucrilhos com cobertura de chocolate. E essas
informações são processadas em frações de segundos pelo
cérebro.
As cores são importantes, porque criam reações
emocionais. A paleta escolhida deve ser conectada à
história que você escreveu. Não use mais de três cores no
layout da capa. Se o seu design parece uma caixa de lápis
de cor, você vai confundir o leitor. Além disso, mantenha
o contraste em mente. Não adianta uma paleta maravilhosa
se não há contraste para chamar a atenção e facilitar a
leitura.

5. Não ignore a tipografia

Nem sempre é preciso ter uma imagem de impacto.


Muitas vezes, só uma boa tipografia e uma paleta de cores
bem desenvolvida já dão conta do recado. Aí começa a
caça ao tipo de fonte ideal para seu layout. Pra começar
ela deve corresponder à capa e à história. Sinta o clima
da sua história e faça uma seleção de fontes, teste à
vontade e escolha com calma.
Por exemplo, se seu público é de romances, você
pode preferir fontes que são mais elegantes, delicadas e
curvilíneas. Mas não exagere, lembre que sua capa deve
ser legível em vários tamanhos. A combinação de estilo +
legibilidade é a regra de ouro na hora de escolher a fonte
certa. Tudo bem usar até três fontes em uma capa, mas
mais de três fará a capa parecer poluída e menos legível.

6. No caso de série, crie um conceito

Se o livro que você está publicando é parte de


uma série, você precisa também se concentrar na criação
do conceito — aquele conjunto de itens em comum que
fazem uma capa se identificar com a outra — porque aí as
pessoas vão identificar facilmente os livros relacionados
se houver elementos comuns nas capas dos livros (mesmo
se as imagens forem diferentes). Estes elementos comuns
podem ser ligados através de cores, imagens, estilo, etc.
O importante é que eles estejam num estilo que, quando
juntos, sejam harmônicos e se completem.

7. Tenha sempre permissão de uso para as fontes e


imagens

Se você não tem permissão para usar uma imagem


ou fonte, ou você não sabe quem é o dono, é melhor não
usar. Assim como você não gostaria que alguém roubasse
seus textos, não abuse do trabalho criado pelos outros.
Procure sempre imagens livres para uso comercial ou
compre a permissão de uso em sites de stock de imagens.
Enfim, os seres humanos são criaturas visuais, por
isso considere cuidadosamente o visual do livro.
Seja ousado! O layout deve atrair as pessoas,
proporcionando apenas a curiosidade suficiente de fisgar
a atenção e o desejo de quem busca um bom livro.
Espero que estas dicas tenham inspirado você a
explorar e brincar com vários elementos de design. A
capa é uma importante ferramenta de marketing. Não deixe
o design de fora do seu projeto!

Rebecca Agra nasceu em Recife - PE, mas é filha adotiva


da Bahia. É designer desde 2004 e especialista em Artes
Visuais. Freelancing para agências, estúdios, empresas e
pessoas comuns de todo o mundo. Adora literatura
fantástica.
E-mail de contato: becca.agra@gmail.com
Portfólio: https://www.behance.net/agradoce
Como Fazer a Capa do Seu Livro?

Você chega a uma livraria e fica horas observando


os títulos, até que uma atração irresistível por uma capa
faz você parar em frente a um livro. Aquela capa chamou
tanto a sua atenção que você começa a observar outros
detalhes do livro, como o resumo da contracapa, as
informações na orelha do livro, o preço...
Com certeza o “ritual” de comprar um livro não é
o mesmo para todas as pessoas, mas eles conservam
semelhanças. E é impossível negar o poder de atração que
uma ótima capa vai despertar no leitor. As capas de livros
e revistas apresentam elementos importantes e é frustrante
quando a capa do livro não condiz com o conteúdo.
A capa de um livro é muito importante. Muitas
vezes, eu mesma já comprei um livro só pela capa.
Quando comecei a publicar meus livros tive a
necessidade de aprender a criar minhas próprias capas,
afinal, eu não tinha dinheiro para pagar um capista
profissional. E foi da necessidade que surgiu essa paixão.
Adoro fazer as capas e marcadores dos meus livros! E
vou contar pra vocês como faço isso!
Você pode utilizar uma das capas disponibilizadas
nos sistemas de publicação vistos anteriormente ou
configurar a sua, de forma parcial ou totalmente
personalizada.
É importante ressaltar que as capas têm que
obedecer alguns parâmetros. Na configuração parcial
significa que você monta apenas o miolo da capa (imagem
central), sendo que o cabeçalho e o rodapé, bem como o
verso, são padronizados e destinados à impressão de
título/subtítulo, nome do autor e descritivo,
respectivamente. Para configurar a sua capa parcialmente,
selecione a opção de utilizar modelos de capa padrão. Os
links a seguir são dos sites de publicação.

Clube de Autores: Como criar uma imagem


de capa
Amazon: Faça o design com Criador de
Capas
Para fazer a sua capa totalmente personalizada
você tem duas opções: contratar um capista (existem
muitos bons profissionais na rede) ou criar a sua própria
capa. Eu optei por criar minhas próprias capas. Talvez
por ser formada em Artes Visuais não encontrei muitas
dificuldades, mas foi um processo de “tentativa e erro”
até conseguir fazer capas bonitas e interessantes.
Tudo que você se propuser fazer, sugiro que faça o
seu melhor. Existem muitos livros (e principalmente e-
books) com capas feitas sem o mínimo cuidado ou
carinho. Fotos de baixa resolução, sem direitos, com
marca d'água dos sites... Apenas uma imagem com o título
do livro escrito em fonte comum e que com certeza não
atraem o leitor.
Então, o primeiro passo para criar uma capa
perfeita é comprar as imagens com alta resolução e
com Royalty-Free em banco de imagens. Existem muitos
deles. Os sites que mais uso são o Dreamstime e o
Fotolia.

Licença Royalty-Free significa que você paga


pela imagem apenas uma vez e poderá utilizá-la quantas
vezes desejar, apenas com algumas restrições. Por outras
palavras, não existem quaisquer taxas de utilização,
exceto o custo inicial e nenhuma outra taxa a pagar, exceto
as incluídas no custo inicial da imagem. Note que o
número máximo de cópias para materiais impressos é de
500.000 cópias. A licença Royalty-Free é atribuída
APENAS para as imagens em alta resolução, sem Marca-
de-água (as que são compradas utilizando o botão
Descarregar); todas as restantes versões (miniaturas com
e sem marca-de-água que não são visíveis no site público)
estão inteiramente protegidas.

Você também pode encontrar imagens gratuitas


nesses sites e utilizar para fazer suas capas. Apesar de
geralmente as melhores imagens serem pagas, às vezes
têm imagens muito boas que podem se tornar ótimas
capas. Os direitos de imagem geralmente são os mesmos.

As Imagens Gratuitas descarregadas a partir da


seção imagens gratuitas podem ser usadas em projetos
comerciais ao abrigo da nossa Licença limitada Royalty
Free (RF-LL) e de acordo com os nossos termos e
condições. Esta é uma licença individual e lhe é atribuída
para a sua atividade enquanto designer, seu empregador
(cliente) ou quaisquer funcionários seus.
Geralmente eu uso esses sites para comprar
minhas imagens. Também visito sempre pra dar uma
olhada nas imagens gratuitas e baixo as mais interessantes,
formando um banco de imagens particular. Você também
pode fazer isso e criar a sua própria pasta “Imagens Free
Royalties”.

Fotolia: http://br.fotolia.com/
Dreamstime: http://pt.dreamstime.com/
StockPhotos: http://www.stockphotos.com.br/

Muitas pessoas usam o "Corel" ou "Photoshop"


para criar suas capas. Se você manda bem nesses
programas, vá em frente! Eu uso o GIMP, um programa
parecido com o Corel e que eu achei bem mais fácil de
usar. Você pode baixar o programa AQUI
(www.gimp.org).
Você baixa o GIMP gratuitamente. Está tudo em
português e dá para usar a maioria dos recursos sem
nenhuma dificuldade. Porém, existem vários tutoriais e
curso por aí para ajudar a mexer no programa. Se você
quiser usar uma técnica que está achando difícil, é bom
pesquisar!
É também importante que o título do seu livro
esteja em uma letra legível. Procure usar fontes que se
destaquem. Existem sites como o Dafont, que você pode
ver no endereço (www.dafont.com/pt/), que
disponibilizam fontes gratuitas. No mais, faça testes.
Quanto mais você praticar e testar, melhores suas capas
ficarão.
Escritora Sim, com Muito Orgulho!
Por Josiane Veiga

Eu era uma pessoa de “nãos”. Costumeiramente,


por maldade ou não, as pessoas me desestimulavam os
sonhos, feriam meus sentimentos, faziam-me crer que eu
nunca conseguiria realizar meu objetivo. Primeiro porque,
onde, em nome de Deus, um escritor pode viver de
literatura no Brasil? Depois, uma ninguém sem muito
estudo vai conseguir publicar seus livros? E morando
numa cidadezinha no Sul do Brasil? Vindo de uma família
humilde? “Ah, vai viver a realidade!”. Pois é... pois é.
Em um dos meus romances, “Esmeralda”, eu falo
que existem duas classes de pessoas. Ambas as classes
escutam palavras desmotivadoras o tempo todo. O que
define que classe você pertence é a maneira como você
reage ao desestímulo. No meu caso, eu reagi. Eu agi. Eu
fui à luta. Ser escritor no Brasil é uma realidade sim. E
que realidade! Viver do que a gente ama não tem preço!
Mesmo quando os dedos sangram, as mãos incham...
Mesmo que a gente chore, sofra... Poder se autodenominar
ESCRITOR é uma honra sem precedentes.
Depois, sim, alguém sem estudo pode ser escritor.
Até Nobel de Literatura já foi. Hermann Hesse foi meu
espelho, e espero que seja o de muitos que agora sofrem
por não conseguir estudar em unidades físicas. Nunca
esqueça que você sempre conseguirá livros e poderá
estudar sozinho. Não terá diploma, mas terá
conhecimento. Ah, e morando numa cidade pequena?
Bom, eu já conquistei o Brasil, já fui pra Bienal
Internacional, eu vendo livros em cada canto desse globo
terrestre.
Sim, de Ijuí para o mundo. Que baita orgulho,
tchê! De família humilde? Mas guerreira! Como muitos
nesse Brasil. E eu fui viver a realidade. A minha
realidade! Vários tops 10 Amazon/Veja e-books, viagem,
reconhecimento, gravações, entrevista... Existem dois
tipos de pessoas nesse mundo. Quem você vai escolher
ser?
Um adendo: um sonho deve ser conquistado com
os pés bem firmes no chão. Nesse meio, como em todos,
existem muitos aproveitadores. Não assine contrato com
editora, nem com ninguém, que você não tenha certeza que
é idôneo. Não transforme seu sonho em um pesadelo.

Josiane Biancon da Veiga nasceu no Rio Grande


do Sul. Desde cedo, apaixonou-se por literatura e teve em
Alexandre Dumas e Moacyr Scliar seus primeiros amores.
Aos doze anos, lançou o primeiro livro “A Caminho do
Céu”, e até então já escreveu mais de quarenta histórias,
de originais a contos envolvendo o universo da animação
japonesa.
E-mail de contato: josiane.veiga@gmail.com
Site: http://fic-lovers.blogspot.com.br
Nota da Autora

Nesse momento, vejo que estou melhor como


autora independente. Não, eu não “vivo” de livro e viver
do trabalho de escritor não é tão fácil quanto possa
parecer. Sou professora e trabalho muito. O que ganho
com os livros, eu uso para divulgar meu trabalho.
Participo de Feiras e Bienais, divulgo, faço brindes... É
uma batalha diária que vai além de escrever.
Agradeço muito, muito mesmo aos meus leitores
(alguns que me acompanham desde o Orkut) pelo carinho
e pela propaganda boca a boca. Garanto, essa é uma das
melhores formas de divulgação. Alguém gosta de um
livro, indica para outro que indica a mais pessoas e assim
por diante. Além dos blogueiros (os sérios, que amam ler
e têm prazer em divulgar autores nacionais independentes)
que são parceiros.
Fiz esse “manual”, porque muitas pessoas me
procuram com dúvidas sobre como ser independente.
Querem escrever e viver do trabalho de escritor, mas não
buscam se aperfeiçoar na escrita. Pior... Muitos nem leem.
Eu não consigo conceber um escritor que não lê.
E fico um pouco preocupada com pessoas que por
falta de informação caem em golpes de editoras que
prometem o estrelato e acabam por destruir sonhos.
Decretam falência, somem, não cumprem prazos e
acordos. Espero que a minha experiência e as dicas deste
livro ajudem você a se tornar um autor independente de
sucesso. Crie metas. Minha inicial era ter um livro meu
em minha estante. Depois, ter mais pessoas lendo meus
livros. Hoje é vender um e-book por dia. Amanhã... quem
sabe?

Por fim... Ser escritor é um sonho!


E você não precisa desistir dos sonhos.
É preciso adaptá-los à realidade!

Boa sorte!
A Autora

Flávia Cunha nasceu na cidade do Rio de


Janeiro/RJ, porém adotou Aracaju/SE, onde vive há
muitos anos como sua cidade. Formada em Artes Visuais
pela Universidade Federal de Sergipe em 2006 é
professora de Artes das Redes Municipal e Estadual da
Educação.
Começou a escrever na adolescência, mas foi em
2007, através de uma Comunidade do Orkut chamada
“Adoro Romances”, que começou a publicar suas
histórias usando o pseudônimo Lady Graciosa. Autora
independente tem mais de trinta livros publicados no
formato impresso e em e-book.
Sobre os e-books, ultrapassou a marca de dez mil
unidades vendidas e figurou durante algumas semanas na
lista da Revista VEJA, de e-books mais vendidos pela
Amazon no Brasil. Falando nisso, seus e-books figuram
constantemente entre os mais vendidos na categoria
romance no site da Amazon.
A autora participou da Bienal do Livro de São
Paulo em 2014, para o lançamento do seu romance
“Jacob”. Em 2015 participou da Bienal do Livro do Rio
de Janeiro, Bienal do Livro de Recife e Bienal do Livro
de Alagoas com o lançamento de “Escolhida pelo Lobo”.
Em 2016 participou da Feira do Livro de Joinville e da
Bienal de São Paulo com os livros “Resgatada pelo
Lobo” e “A Lista de Desejos de Gabriela”.

Saiba mais...
Site: www.flaviacunha.com
E-mail: escritoraflaviacunha@hotmail.com
Facebook: Escritora Flavia Cunha
Instagram: @escritoraflaviacunha
Twitter: @ByFlaviaCunha

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