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Filosofia 11º ano

III. Racionalidade Argumentativa e Filosofia


1. Argumentação e lógica formal
1.1. Distinção validade/verdade

1- A lógica permite avaliar se as afirmações são ou não correctamente inferidas, distinguindo os

argumentos validos dos inválidos e identificar as regras que permitem afirmar se são ou não validos;

ajuda-nos a aprender a construir e a avaliar argumentos validos, garantindo deste modo que partindo

de premissas verdadeiras consegue-se chegar a uma conclusão verdadeira. Ou seja, a lógica investiga

as regras de carência dos raciocínios e permite a formalização do pensamento, independentemente

dos seus possíveis conteúdos materiais.

􀂄 Um conceito é uma representação lógica abstracta que designa na mente, um conjunto ou uma classe de

objectos.
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􀂄 Um termo é a expressão verbal do conceito, sendo os conceitos representações mentais abstractas dos

termos.

􀂄 Um juízo é a ligação mental de um ou mais conceitos. Desta forma, exprime-se por uma proposição, ou

seja, uma expressão verbal, oral ou escrita do juízo.

􀂄 O raciocínio é o encadeamento de juízos em que a verdade de um depende da verdade e da sua ligação

com os outros. No entanto, o raciocínio exprime-se por argumentos, os quais constituem discursos de três

diferenciados tipo: dedutivo, indutivo e analógico.

O raciocínio analógico parte, então, de uma suposição inicial, que pode ser um pressentimento, uma

ideia, uma hipótese, para uma similaridade de estrutura, enquanto que o indutivo, parte de um certo número

de casos estudados e induz que o que se verificou nos casos analisados também se verificará em todos os

casos do mesmo género.

Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo


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Finalmente, o raciocínio dedutivo é uma operação intelectual mediante a qual o pensamento, a partir

de uma ou mais proposições dadas (premissas) e relacionadas entre si, retira uma conclusão que deriva

logicamente das primeiras.

A EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS

􀂄 EXTENSÃO (DENOTAÇÃO) DE UM CONCEITO – é o conjunto de seres, coisas, membros que são abrangidos

por ele, ou seja, são os elementos da classe lógica que é definida pelo conceito.

Ex: o conceito “ovo” abrange e estende-se a vários seres, pardais, melros, pintainhos, águias, falcões,

andorinhas, periquitos.

􀂄 COMPREENSÃO (INTENSÃO) DE UM CONCEITO – é o conjunto de qualidades, propriedades, notas,

2 características ou atributos que definem esse conceito.

Ex: o conceito de “cavalo” contém as seguintes características: ser, animais vertebrados, mamíferos, não

racionais.

􀂄 A COMPREENSÃO E A EXTENSÃO variam na razão inversa ou seja, à medida que aumenta a extensão, diminui

a compreensão e vice versa. Por outras palavras, quanto maior é o numero de elementos a que o conceito se

aplica (extensão), menor é a quantidade de características comuns (compreensão).

Ser

 Ser vivo Extensão


Ordem decrescente de
Animal
extensão « - » Ordem crescente
Vertebrado

Compreensão Mamífero  da compreensão

Cão

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Assim sendo:

Crescente de extensão: + específico para o – específico

Decrescente de extensão: - específico para o + específico

Crescente de compreensão: - específico para o + específico

Decrescente de compreensão: + específico para o – específico

O QUE É A ARGUMENTAÇÃO?

A lógica estuda a argumentação. Mas o que é argumentar?

􀂄 Argumentar é defender ideias com razões.

3 Proposições, valor de verdade e frases

􀂄 Uma proposição é o pensamento que uma frase declarativa exprime literalmente.

 Só as frases declarativas podem exprimir proposições. As frases imperativas, interrogativas e

exclamativas, assim como as promessas, não exprimem proposições porque não exprimem pensamentos que

possam ter valor de verdade.

􀂄 O VALOR DE VERDADE de uma proposição é a verdade ou falsidade dessa proposição.

E o que é uma frase?

􀂄 Uma frase é uma sequência de palavras que podemos usar para fazer uma asserção ou uma pergunta, dar

uma ordem ou exprimir um desejo.

PROPOSIÇÃO

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􀂄 Uma proposição/ juízo é uma frase ou enunciado que relaciona conceitos entre si, afirmando ou negando

algo em relação a cada um, possuindo valor de verdade. Só as frases declarativas podem exprimir

proposições

Ex: A Física é uma ciência (é proposição porque relaciona entre si dois conceitos e tem valor de verdade

verdadeiro)

A Biologia não é uma ciência (é proposição com valor de verdade falso)

ARGUMENTOS, PREMISSAS E CONCLUSÕES

􀂄 UM ARGUMENTO/RACIOCÍNIO É UM CONJUNTO DE PROPOSIÇÕES ORGANIZADAS DE TAL

MODO QUE UMA DELAS É A CONCLUSÃO QUE DEFENDEMOS COM BASE NA OUTRA OU NAS

OUTRAS, A QUE SE CHAMAM AS PREMISSAS.

4 Chama-se ENTIMEMA a um argumento em que uma ou mais premissas não foram explicitamente

apresentadas. Tentar encontrar as premissas ocultas do nosso pensamento é uma parte importante da

discussão filosófica.

Premissa 1: Nem tudo o que os artistas fazem é belo.

Premissa 2: Tudo o que os artistas fazem é arte.

Conclusão: Nem toda a arte é bela.

O argumento da Adriana tem duas premissas e uma conclusão. Mas os argumentos podem ter apenas uma

premissa, ou mais de duas; contudo, só podem ter uma conclusão.

􀂄 UMA PREMISSA é uma proposição usada num argumento para defender uma conclusão.

􀂄 UMA CONCLUSÃO é a proposição que se defende, num argumento, recorrendo a premissas.

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Para que um conjunto de proposições seja um argumento é necessário que essas proposições tenham uma

certa estrutura: é necessário que uma delas exprima a ideia que se quer defender (a conclusão), e que a

outra ou outras sejam apresentadas como razões a favor dessa ideia (a premissa ou premissas).

Um raciocínio ou uma inferência é um argumento. Raciocinar ou inferir é retirar conclusões de premissas.

Indicadores típicos de premissa: Indicadores típicos de conclusão

(tese a demonstrar no argumento):

Porque em conta que Logo Segue-se que


Pois Em virtude de Então Por consequência
Ora Devido a Daí que Por conseguinte
Se Considerando que Assim Infere-se que
Uma vez que Dado que Portanto Consequentemente
Posto que Por causa de Por isso É por essa razão que
Visto que Como Contudo
Tendo A razão é que
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VALIDADE E VERDADE:

􀂄 A VERDADE depende unicamente da matéria/conteúdo das proposições (premissas/conclusão), se são

verdadeiras ou falsas.

􀂄 A VALIDADE depende unicamente da forma dos argumentos, se são válidos ou inválidos.

VALIDADE DEDUTIVA E FORMA LÓGICA

A distinção validade-verdade

Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo


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EM LÓGICA E FILOSOFIA CHAMA-SE VÁLIDO A UM ARGUMENTO CORRECTO,

INDEPENDENTEMENTE DE AS SUAS PREMISSAS SEREM VERDADEIRAS OU FALSAS. O TERMO

«VALIDADE» NÃO SE APLICA A PROPOSIÇÕES.

E os argumentos não podem ser verdadeiros nem falsos.

As proposições podem ser verdadeiras ou falsas, mas não podem ser válidas nem inválidas.

Como vimos, as premissas e a conclusão dos argumentos são proposições.

Os argumentos contêm proposições, e as proposições podem ser verdadeiras ou falsas. Mas isto é diferente

de dizer que o próprio argumento é verdadeiro ou falso.

UM ARGUMENTO NÃO PODE SER VERDADEIRO NEM FALSO.

Um argumento limita-se a estabelecer uma relação entre proposições que afirmam coisas sobre a

6 realidade.

A verdade e a falsidade aplicam-se a proposições, consoante as proposições representam correctamente

ou não a realidade.

Mas temos de definir a validade, pois trata-se de uma noção central da lógica, e uma noção especializada,

diferente do uso normal da palavra. A validade de um argumento refere-se a um certo aspecto da correcção

do argumento. Há dois tipos de validade: a dedutiva e a não dedutiva. Para já, vamos falar apenas da

validade dedutiva. A validade não dedutiva será muito brevemente abordada.

Consideremos o seguinte argumento:

Platão e Sócrates eram gregos.

Logo, Platão era grego.

Não é difícil ver que é impossível a premissa ser verdadeira e a conclusão falsa, ao mesmo tempo. É isto

que é a validade dedutiva.

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Num argumento DEDUTIVAMENTE VÁLIDO É IMPOSSÍVEL AS PREMISSAS SEREM VERDADEIRAS

E A CONCLUSÃO FALSA.

Um argumento DEDUTIVO É INVÁLIDO QUANDO É POSSÍVEL QUE AS SUAS PREMISSAS SEJAM

VERDADEIRAS E A SUA CONCLUSÃO FALSA.

Consideremos agora outro argumento:

Platão e Sócrates eram lisboetas.

Logo, Platão era lisboeta.

ESTE ARGUMENTO TAMBÉM É DEDUTIVAMENTE VÁLIDO. Não é difícil ver que é impossível

a premissa ser verdadeira e a conclusão falsa, ao mesmo tempo.

Mas é óbvio que TANTO A PREMISSA COMO A CONCLUSÃO DESTE ARGUMENTO SÃO

FALSAS.
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Isto não contraria a definição de validade dedutiva. Pois DESDE QUE SEJA IMPOSSÍVEL QUE

AS PREMISSAS DE UM ARGUMENTO SEJAM VERDADEIRAS E A SUA CONCLUSÃO FALSA, O

ARGUMENTO SERÁ DEDUTIVAMENTE VÁLIDO — mesmo que todas as suas premissas sejam falsas e

mesmo que a sua conclusão seja igualmente falsa.

QUANDO SE DIZ QUE UM ARGUMENTO É DEDUTIVAMENTE VÁLIDO ESTAMOS

UNICAMENTE A EXCLUIR A SEGUINTE POSSIBILIDADE: QUE AS PREMISSAS SEJAM

VERDADEIRAS E A CONCLUSÃO FALSA. ISTO É A ÚNICA COISA QUE NÃO PODE ACONTECER

NUM ARGUMENTO DEDUTIVAMENTE VÁLIDO.

􀂄 A validade de um argumento sem a verdade das suas premissas tem como resultado um mau argumento.

􀂄 A verdade das premissas de um argumento sem a sua validade tem como resultado um mau argumento.

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O OBJECTIVO DA ARGUMENTAÇÃO É TER AS DUAS COISAS: VALIDADE E PREMISSAS

VERDADEIRAS. MAS UM ARGUMENTO NÃO DEIXA DE SER VÁLIDO POR NÃO TER PREMISSAS

VERDADEIRAS.

Retomemos os dois argumentos anteriores:

Platão e Sócrates eram gregos. Platão e Sócrates eram lisboetas.

Logo, Platão era grego. . Logo, Platão era lisboeta

O segundo argumento conclui falsamente que Platão era lisboeta e o primeiro conclui a verdade; mas ambos

são válidos. O PROBLEMA DO SEGUNDO ARGUMENTO NÃO É FALTAR-LHE A VALIDADE; O QUE

LHE FALTA É A SOLIDEZ.

8 􀂄 Um argumento sólido é um argumento válido com premissas verdadeiras.

O segundo argumento não é sólido, dado que a sua premissa é falsa.

Quando um argumento não é sólido, ainda que seja válido, a sua conclusão tanto pode ser verdadeira como

falsa. Mas se um argumento for sólido, a sua conclusão é verdadeira.

A validade é uma relação entre valores de verdade e a estrutura de um argumento.

Fala-se por vezes de dedução. Uma dedução é um argumento cuja validade pode ser determinada à luz da

validade dedutiva.

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Em suma,

FORMA LÓGICA

Retomemos os dois argumentos apresentados na secção anterior:

Platão e Sócrates eram gregos.

Logo, Platão era grego.

Platão e Sócrates eram lisboetas.

Logo, Platão era lisboeta.


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Como vimos, ambos os argumentos são válidos.

Platão e Sócrates eram ananases.

Logo, Platão era um ananás.

Por mais tolas que sejam a premissa e conclusão, o argumento é válido desde que tenha uma certa estrutura

ou padrão.

Vamos descobrir que estrutura é essa.

O João é alto e a Maria é baixa.

Logo, o João é alto.

Seja o que for que vem antes e depois do «e», se a conclusão repetir o que vem antes do

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«e», o argumento é válido:

— e __.

Logo, —.

(Também não é difícil ver que se a conclusão repetir o que vem depois do «e», o argumento será

igualmente válido.)

Em vez de assinalarmos os lugares vazios com — e __ vamos usar letras do alfabeto:

P e Q,

Logo, P.

As letras maiúsculas P, Q, R, etc., representam lugares vazios que só podem ser ocupados por proposições.

Se P for a proposição expressa pela frase «Platão era grego» e se Q for a proposição expressa pela frase

«Sócrates era grego», obtemos o primeiro argumento apresentado nesta secção.

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􀂄 Chama-se variável proposicional às letras P, Q, R, etc., que representam lugares vazios que só podem ser

ocupados por proposições.

Chegámos, assim, à estrutura relevante dos argumentos apresentados. A essa estrutura ou padrão chama-

se forma lógica. Independentemente de falarem de Platão e Sócrates, de gregos ou lisboetas, de João e

Maria, de ser alto ou baixo, todos os argumentos apresentados são válidos porque todos têm a mesma forma

lógica válida.

􀂄 A forma lógica é, aproximadamente, a estrutura de um argumento ou proposição relevante para a

validade dedutiva.Na lógica formal estudam-se os argumentos cuja validade depende exclusivamente da

sua forma lógica; é por isso que se chama «formal». A lógica informal estuda argumentos cuja validade não

depende exclusivamente da sua forma lógica; é por isso que se chama «informal».

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DEDUÇÃO E INDUÇÃO

DEDUÇÃO

􀂄 A dedução é uma operação mental pela qual se conclui de uma ou mais premissas, tomadas como

antecedente uma proposição que delas deriva necessariamente, em virtude da observância de regras

lógicas.

Ex: Todos os jogadores de futebol são desportistas

Figo é jogador de futebol

Logo, Figo é desportista (Parte do Geral para o Particular)

INDUÇÃO

􀂄 A indução é a operação mental que partindo de um certo número de factos particulares, conclui uma lei

geral, aplicável a todos os casos da mesma espécie.

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A indução, na medida em que parte de alguns casos particulares e chega a uma conclusão aplicando a todos

os casos, permite ampliar ou aumentar conhecimentos.

Ex: A Terra, Marte, Vénus, Saturno, Neptuno são planetas.

A Terra, Marte, Vénus, Saturno, Neptuno não brilham com luz própria.

Logo, todos os planetas não brilham com luz própria.

(Parte do particular para o plural)

III. Racionalidade Argumentativa e Filosofia


1. Argumentação e lógica formal
1.2. Formas de interferência válida

SILOGISMO CATEGÓRICO:
As premissas são proposições que afirmam ou negam sem condições ou reservas, isto é, afirmam ou

negam algo de forma absoluta.
12  Tem 3 termos (expressão visual do conceito)
 Tem 3 proposições (2 premissas e uma conclusão)
 Os 3 termos aparecem 2 vezes nas proposições

Estrutura do Juízo:
Ex.: Alguns filósofos são ateus
Possui 3 elementos constituintes:
 SUJEITO  o que na proposição possui uma dada propriedade ou atributo (“filósofos”)
 CÓPULA  elemento de ligação entre o sujeito e o predicado (representado pelo verbo ser)
 PREDICADO  propriedade ou atributo atribuída ao sujeito (“ateus”)
O juízo apresentado tem outro elemento: a partícula “Alguns” – trata-se de uma partícula que antecede o
sujeito e o quantifica, isto é, indicam se o predicado é atribuído a todos os membros da classe do sujeito
ou se somente a uma parte deles ou se não é atribuído a qualquer deles.  estas partículas recebem o nome
de quantificadores.
 todo(s), algum(ns), nenhum(ns)

A-LÓGICA SILOGÍSTICA (ARISTOTÉLICA)

􀂄 A lógica aristotélica foi introduzida por Aristóteles (384-322 a. C.) e sistematizada na Idade Média. A

parte da lógica aristotélica que estudamos é a lógica silogística, que se ocupa apenas da validade dedutiva

de um certo tipo de argumentos, os chamados «silogismos».

As quatro formas lógicas: A, E, I, O


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Na lógica aristotélica reconhecem-se apenas proposições que tenham uma de quatro formas lógicas:

1. Todos os A são B.

2. Nenhum A é B.

3. Alguns A são B.

4. Alguns A não são B.

Estas proposições são classificadas como se segue:

 «Todos os A são B» são as de tipo A OU UNIVERSAIS AFIRMATIVAS.

 «Nenhum A é B» são as de TIPO E OU UNIVERSAIS NEGATIVAS.

 «Alguns A são B» são as de TIPO I OU PARTICULARES AFIRMATIVAS.

 «Alguns A não são B» são as de TIPO O OU PARTICULARES NEGATIVAS.

As proposições destes tipos incluem sempre dois termos.

13 O termo sujeito é aquele que ocupa o lugar de A. O termo predicado é aquele que ocupa o lugar de B.

A CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

􀂄 A classificação das proposições realiza-se tendo em conta dois factores: a quantidade e a

qualidade.

A QUANTIDADE refere-se à extensão do termo sujeito da proposição.

􀂄 A proposição é universal quando abrange a totalidade da extensão do termo sujeito.

Exemplos: Todos os lisboetas são portugueses. – Tipo A

Nenhum alentejano é lisboeta. – Tipo E

􀂄 Uma proposição é particular quando abrange apenas uma parte da extensão do termo sujeito.

Exemplos: Alguns comerciantes são honestos. – Tipo I

Alguns alunos não são estudiosos. – Tipo O


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A QUALIDADE de uma proposição refere-se ao seu carácter AFIRMATIVO OU NEGATIVO.

As proposições podem ser afirmativas (as de tipo A e de tipo I) ou negativas (as de tipo E e de tipo O).

Classificação das proposições categóricas:


 QUANTIDADE:
- UNIVERSAIS  representam todos os membros de uma classe lógica (toda a extensão)
Todo(s), nenhum(ns)
Ex.: Todos os carros são vermelhos
- PARTICULARES  representam parte indeterminada dos membros de uma classe lógica (pelo menos um)
Algum(ns)
Ex.: Algumas paredes são brancas
- SINGULARES  respeitam a um indivíduo concreto  são tratados com universais
Ex.: Sócrates é mortal.

 QUALIDADE:
14 - AFIRMATIVAS  quando se diz que há uma relação de conveniência entre os termos (S e P)
Ex.: Todos os carros são vermelhos.
- NEGATIVAS  quando se diz que não há uma relação de conveniência entre os termos (S e P)
Ex.: Nenhum homem é mortal.

Tipos de proposições:
 Tipo A  Universal afirmativa  Todos… são…
 Tipo E  Universal negativa  Nenhum… é…
 Tipo I  Particular afirmativa  Algum… é…
 Tipo O  Particular negativa  Algum… não é…

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Distribuição dos termos nas proposições categóricas


Termos
Tipo Forma padrão
distribuídos
A
Universal Todos os S são P. S (sujeito)
Afirmativa
E
S e P (sujeito e
Universal Nenhum S é P.
predicado)
Negativa
I
Particular Alguns S são P. Nenhum
Afirmativa
O
TEORIA DO Particular Alguns S não são P. P (predicado) SILOGISMO
Negativa
􀂄 Um silogismo é uma forma

15 particular de raciocínio (argumento) dedutivo, constituída por três proposições categóricas (que afirmam

ou negam algo de forma absoluta e incondicional): duas premissas e uma conclusão. Além de terem duas

premissas e unicamente proposições de uma das quatro formas silogísticas, os silogismos têm de obedecer

a uma certa configuração:

 O termo maior é o termo predicado da conclusão e ocorre uma única vez na primeira premissa (premissa

maior).

 O termo menor é o termo sujeito da conclusão e ocorre uma única vez na segunda premissa (premissa

menor).

 O termo médio é o termo que surge em ambas as premissas, mas não na conclusão.

Premissa maior Todo o homem é racional


Termo Médio
Premissa menor Nenhum animal é racional
Conclusão Nenhum animal é homem

􀂄 Nem sempre os argumentos surgem na sua forma silogística (a que também se chama «forma padrão»).

Termo Menor Termo Maior


Para colocar um argumento na forma silogística, é preciso apresentar as premissas pela ordem correcta. A
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premissa maior deve estar sempre acima da premissa menor. O argumento «Não há filósofos dogmáticos,

visto que qualquer filósofo é crítico; mas nenhum dogmático é crítico» .Na forma silogística este argumento

teria de ser apresentado do seguinte modo:

Nenhum dogmático é crítico. (Premissa maior.)

Todos os filósofos são críticos. (Premissa menor.)

Logo, nenhum filósofo é dogmático. (Conclusão.)

Nota: Termos:
 Termo maior  é o predicado da conclusão.
Por isso, a premissa onde ocorre é a premissa maior.
 Termo menor  é o sujeito da conclusão.
Por isso, a premissa onde ocorre é a premissa menor.
 Termo médio  é o que nunca entra na conclusão, mas só nas premissas
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Ex.:
P - Todos os Lituanos são Bálticos.
P - Alguns Bálticos são Letões.
C - Alguns Lituanos são Letões.
Termo maior – Letões
Termo menor – Lituanos
Termo médio – Bálticos

A FORMA CANÓNICA DAS PROPOSIÇÕES

􀂄 Nem sempre as proposições aparecem na sua forma canónica.

Por exemplo, a frase «Há homens mortais» exprime uma proposição de tipo I, mas não está na forma

canónica.

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De modo a colocá-la na forma canónica das proposições de tipo I («Alguns A são B»), teríamos de a exprimir

através da frase «Alguns homens são mortais».

􀂄 A tabela que se segue mostra algumas formas de exprimir proposições de tipo A, E, I O, indicando a sua

transformação na forma canónica.

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DISTRIBUIÇÃO:
- Sujeito  distribuído nas proposições universais  A e E Exemplo:
P> Todos os M são P.
- Predicado  distribuído nas proposições negativas  I e O P< Todos os S são M.
Não distribuição: C Logo, todos os S são P.
- Sujeito  não distribuído nas proposições particulares  I e O
- Predicado  não distribuído nas proposições afirmativas  A e I

A distribuição dos termos pode representar-se na seguinte tabela:

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Os silogismos têm uma dada forma lógica. Para compreendermos melhor a noção de forma lógica vamos

comparar dois silogismos:

1. 2.

Todos os anfíbios são vertebrados. Todos os portugueses são europeus.

Todas as rãs são anfíbios. Todos os vimaranenses são portugueses.

Logo, todas as rãs são vertebrados. Logo, todos vimaranenses são europeus.

􀂄 No que respeita AO CONTEÚDO, estes silogismos em nada se assemelham, pois as proposições que os

18 constituem são acerca de assuntos completamente diferentes. Mas têm exactamente a mesma forma

lógica. Essa forma é a seguinte:

Todos os A são B.

Todos os C são A.

Logo, todos os C são B.

Para determinar se um argumento é dedutivamente válido, podemos ignorar o seu conteúdo e examinar

apenas a sua forma. Os argumentos 1 e 2 têm uma forma silogística válida, mas outros têm formas inválidas.

Assim, podemos dizer o seguinte:

 A FORMA LÓGICA DE UM ARGUMENTO É A SUA ESTRUTURA RELEVANTE PARA A VALIDADE

DEDUTIVA.

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REGRAS DO SILOGISMO VÁLIDO

􀂄 Um silogismo é válido se, e apenas se, satisfaz todas as regras da validade silogística.

As regras da validade silogística distribuem-se por dois grupos: as regras para termos

(quatro regras) e as regras para proposições (quatro regras).

Comecemos com as regras para TERMOS:

Regra 1: UM SILOGISMO TEM DE TER EXACTAMENTE TRÊS TERMOS: TERMO MAIOR, MENOR

E MÉDIO.

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Por vezes, um silogismo tem «disfarçadamente» mais de três termos, quando um dos termos é ambíguo e

está a ser usado com dois significados diferentes:

As margaridas são flores

Algumas mulheres são Margaridas.

Logo, algumas mulheres são flores.

􀂄 Neste caso, o termo «margaridas» é usado em dois sentidos diferentes (valendo por dois termos): no

sentido de nome de flor e de nome próprio de algumas mulheres.

Assim, o silogismo não é válido porque tem quatro e não três termos.

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Regra 2: O TERMO MÉDIO TEM DE ESTAR DISTRIBUÍDO PELO MENOS UMA VEZ.

 Um termo está distribuído quando refere todos os membros da classe.

􀂄 Por exemplo, na afirmação «todos os cães são carnívoros», o termo «cães» está distribuído pois estamos

a referir-nos a todos os cães. Mas o termo «carnívoros» não está distribuído já que não estamos a referir-

nos a todos os carnívoros. Podemos concluir que nas proposições de tipo A o termo sujeito está distribuído

mas o termo predicado não.

Para sabermos se, numa das proposições reconhecidas pela lógica aristotélica, o termo sujeito ou o termo

predicado estão distribuídos basta reter o seguinte:

 O termo sujeito só está distribuído nas proposições universais.

 O termo predicado só está distribuído nas proposições negativas.

Vejamos o seguinte exemplo:


Todos os romances são obras literárias.

Todos os poemas são obras literárias.


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Logo, todos os poemas são romances.

􀂄 Este silogismo é inválido, porque o termo médio «obras literárias», nunca está distribuído, pois em ambas

as premissas é predicado numa proposição de tipo A.

Regra 3: O TERMO MÉDIO NÃO PODE APARECER NA CONCLUSÃO

Regra 4: SE UM TERMO OCORRE DISTRIBUÍDO NA CONCLUSÃO, TEM DE ESTAR DISTRIBUÍDO

NAS PREMISSAS.

21 Os espanhóis são ibéricos.

Os portugueses não são espanhóis.

Logo, os portugueses não são ibéricos.

􀂄 O argumento anterior é um silogismo inválido porque o termo «ibéricos» está distribuído na conclusão,

mas não na premissa.

Consideremos agora as regras para as


PROPOSIÇÕES:
Regra 1: NENHUMA CONCLUSÃO SE SEGUE DE DUAS PREMISSAS NEGATIVAS.

Nenhum crocodilo tem guelras.

Nenhum crocodilo é um peixe.

Logo, alguns peixes não têm guelras.

􀂄 Este argumento é inválido porque tem duas premissas negativas.

Regra 2: NENHUMA CONCLUSÃO SE SEGUE DE DUAS PREMISSAS PARTICULARES.

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Alguns jovens são homens.

Alguns jovens são mulheres.

Logo, algumas mulheres são homens.

􀂄 Este silogismo é inválido porque tem duas premissas particulares.

Regra 3: SE AS DUAS PREMISSAS FOREM AFIRMATIVAS, A CONCLUSÃO NÃO PODE SER

NEGATIVA.

Todos os melros são animais.

Alguns pássaros são melros.

Logo, alguns pássaros não são animais.

􀂄 Este argumento é inválido já que a conclusão é negativa, mas as premissas são afirmativas.

22 Regra 4: A CONCLUSÃO TEM DE SEGUIR A PARTE OU PREMISSA MAIS FRACA.

A parte mais fraca é a negativa e/ou a particular. Se uma premissa for negativa, a conclusão tem

de ser negativa; se uma premissa for particular, a conclusão tem de ser particular. Se houver uma

premissa particular e outra negativa, a conclusão será particular e negativa.

Todos os atenienses são gregos.

Alguns atenienses são filósofos.

Logo, todos os filósofos são gregos.

􀂄 Este silogismo é inválido porque a conclusão é universal, mas uma das premissas é particular.

􀂄 Convém nunca esquecer que na lógica aristotélica não se pode usar classes vazias. Assim, quaisquer

argumentos que contenham termos como «lobisomens», «mulheres com mais de 10 metros de altura»,

«marcianos», etc., não podem ser analisados recorrendo à lógica aristotélica. Nos casos em que não sabemos

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se uma classe é vazia ou não (como a classe dos extraterrestres inteligentes) também não podemos usar a

lógica aristotélica. Caso usemos classes vazias, a lógica aristotélica apresenta resultados errados.

Consideremos o seguinte silogismo:

Todos os portugueses são ibéricos.

Todos os marcianos são portugueses.

Logo, há marcianos ibéricos.

􀂄 O silogismo anterior, válido segundo a teoria do silogismo, é de facto inválido. A verdade da universal

afirmativa «Todos os marcianos são portugueses» não nos obriga a concluir que alguma vez tenham existido

seres da classe dos marcianos. Deste modo, temos um silogismo constituído por premissas verdadeiras e

conclusão falsa – o que contraria a noção de validade dedutiva.


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FIGURAS DO SILOGISMO

O termo maior é sempre o predicado da premissa maior e da conclusão e o termo menor é sujeito da premissa menor

e da conclusão.

SILOGISMO DA 1ª FIGURA

O TERMO MÉDIO É O SUJEITO DA PREMISSA MAIOR E PREDICADO DA PREMISSA MENOR.

Ex: Todo o homem é mortal – SUJEITO na premissa maior

Ora Sócrates é homem – PREDICADO na premissa menor

Logo, Sócrates é mortal.

SILOGISMO DA 2ª FIGURA

O TERMO MÉDIO É PREDICADO EM AMBAS AS PREMISSAS.

Ex: Nenhum americano é europeu – PREDICADO na premissa maior

Todo o francês é europeu – PREDICADO na premissa menor


Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo
23
Filosofia 11º ano
Nenhum francês é americano.

SILOGISMO DA 3ª FIGURA

O TERMO MÉDIO É SUJEITO EM AMBAS AS PREMISSAS.

Ex: Todo o filósofo é sábio – SUJEITO na premissa maior

Todo o filósofo é homem – SUJEITO na premissa menor

Algum homem é sábio.

SILOGISMO DA 4ª FIGURA

O TERMO MÉDIO É PREDICADO DA PREMISSA MAIOR E SUJEITO DA MENOR.

Ex: Nenhum europeu é canadiano – PREDICADO na premissa maior

Todo o canadiano é norte-americano – SUJEITO na premissa menor

Algum norte-americano não é europeu.


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Formas válidas do silogismo
Esquema das figuras e modos validos do silogismo:

Formas válidas do silogismo


Modos
SU/PRE 1ª Figura AAA AII EAE EIO

PRE/PRE 2ª Figura AEE AOO EAE EIO

SU/SU 3ª Figura AII EAO EIO IAI OAO


AAI
PRE/SU 4ª Figura AEE EAO EIO IAI
AAI

NOTA: FORMA-PADRÃO DO SILOGISMO CATEGÓRICO:


1. Premissa maior (contém o termo maior)
2. Premissa menor (contém o termo menor)
3. Conclusão

REGRAS DO SILOGISMO CATEGÓRICO:

Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo


24
Filosofia 11º ano
1 – O silogismo categórico só pode conter três termos (maior, médio e menor) e cada termo deve ter o
mesmo significado ao longo do argumento.
2 – O termo médio só pode aparecer nas premissas.
3 – Os termos maior e menor não podem ter, na conclusão, maior extensão do que nas premissas ou um
termo deve estar distribuído nas premissas se estiver distribuído na conclusão.
4 – O termo médio deve ter extensão universal pelo menos numa das premissas ou o termo médio deve
estar distribuído pelo menos uma vez.
5 – Premissas afirmativas pedem conclusão afirmativa.
6 – De duas premissas negativas nada se pode concluir.
7 – De duas premissas particulares nada se pode concluir.
8 – A conclusão segue sempre a parte mais fraca: será negativa se houver uma premissa negativa e
particular se houver uma premissa particular.

Forma do silogismo:
 Modo  tem a ver com o tipo da proposição de cada premissa e da conclusão.
Modo: A Todas as paredes são brancas. P>
A Todas as paredes são de tijolo. P<
A Tudo o que é de tijolo é branco. C

25 Modo: I Algumas paredes são brancas. P >


E Nenhuma parede é de tijolo. P<
A Tudo o que é de tijolo é branco. C

 Figura  tem a ver com a posição do termo médio nas premissas.


1ª Figura
P> Termo médio (sujeito) – Predicado  Termo médio como sujeito
P< Predicado – Termo médio (predicado)  Termo médio como predicado

2ª Figura
P> Sujeito – Termo médio (predicado)  Termo médico como predicado
P< Sujeito – Termo médio (predicado)  Termo médio como predicado
3ª Figura
P> Termo médio (sujeito) – Predicado  Termo médio como sujeito
P< Termo médio (sujeito) – Predicado  Termo médio como sujeito

4ª Figura
P> Sujeito – Termo médio (predicado)  Termo médio como predicado
P< Termo médio (sujeito) – Predicado  Termo médio como sujeito

III. Racionalidade Argumentativa e Filosofia


1. Argumentação e lógica formal
1.3. Principais Falácias
Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo
25
Filosofia 11º ano
Falácias silogísticas

􀂄 Uma falácia é um argumento aparentemente válido, mas que na verdade é inválido, isto é, no caso das

falácias silogísticas são/é violada uma/as regra/s do silogismo.

Existem quatro falácias associadas às regras de validade silogística para termos e que são as seguintes:

1. Falácia dos quatro termos: falácia que ocorre quando um silogismo tem mais de três termos, geralmente

«disfarçadamente» (por exemplo, um dos termos é ambíguo).

2. Falácia do médio não distribuído: esta falácia ocorre num silogismo cujo termo médio não está

distribuído.

3. Falácia da ilícita maior: ocorre num silogismo quando o termo maior está distribuído na conclusão mas

não na premissa.

26 4. Falácia da ilícita menor: ocorre num silogismo quando o termo menor está distribuído na conclusão mas

não na premissa.

SOFISMA E PARALOGISMO

Um SOFISMA é uma falácia cometida intencionalmente, enquanto que o PARALOGISMO é um erro

cometido de boa fé, sem intenção de enganar.

SILOGISMO HIPOTÉTICO CONDICIONAL:

Premissa maior: SE CONDIÇÃO (ANTECEDENTE), CONDICIONADO (CONSEQUENTE)

Se A então B.

A – Antecedente

B – Consequente

Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo


26
Filosofia 11º ano
A é condição suficiente de B, mas B é condição necessária de A.

DUAS FORMAS VÁLIDAS:

MODUS PONENS - na segunda premissa afirmamos o antecedente e na conclusão afirmamos o

consequente.

Premissa menor: AFIRMA ANTECEDENTE

Conclusão: AFIRMA CONSEQUENTE

Se A então B.

A.

Logo, B.

27 MODUS TOLLENS - na segunda premissa negamos o consequente e na conclusão negamos o antecedente.

Premissa menor: NEGA CONSEQUENTE

Conclusão: NEGA ANTECEDENTE

Se A então B.

Não B.

Logo, não A.

DUAS FALÁCIAS:

- AFIRMAÇÃO DO CONSEQUENTE (DO MODUS PONENS)

Ocorre quando em vez de afirmarmos o antecedente afirmamos o consequente

Se A então B.

B.

Então A.

Se adormeço, então chego atrasado. A_B

Ora, cheguei atrasado. B

Logo, adormeci. A
Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo
27
Filosofia 11º ano
A conclusão não deriva necessariamente das premissas, isto é, a afirmação do consequente na premissa

menor não implica necessariamente a afirmação do antecedente na conclusão.

- NEGAÇÃO DO ANTECEDENTE (DO MODUS TOLLENS)

Ocorre quando em vez de negar o consequente negamos o antecedente

Se A então B.

Não A.

Então não B.

Se adormeço, então chego atrasado. A_B

Ora, não adormeci. ~ A

Logo, não cheguei atrasado. ~ B

A conclusão não deriva necessariamente das premissas, isto é, a negação do antecedente na premissa menor

28 não implica necessariamente a negação do consequente na conclusão.

SILOGISMO DISJUNTIVO:

O silogismo disjuntivo é um silogismo que se apresenta sob a forma de alternativa.

______OU é A OU é B

Ou é A

DISJUNTOS

OU é B

O SILOGISMO DISJUNTIVO APRESENTA DUAS FORMAS VÁLIDAS:

MODUS PONENDO-TOLLENS - na segunda premissa afirmamos um disjunto (uma das alternativas) e na

conclusão negamos a outra.

Este triângulo ou é isósceles ou é escaleno

Este triângulo é isósceles


Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo
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Filosofia 11º ano
Logo, este triângulo não é escaleno

MODUS TOLLENDO-PONENS - na segunda premissa negamos um disjunto (uma das alternativas) e na

conclusão afirmamos a outra.

O João ou é diligente ou é preguiçoso

O João não é diligente

Logo, o João é preguiçoso.

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Adaptação Isabelle da Silva Valente a partir de-Hugo Araújo


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