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Fala galera, tudo bem?

As provas de redação de tribunais da banca FCC (Fundação Carlos


Chagas) tem se ocupado de temas voltados para uma abstração,
subjetividade e aspectos filosóficos. Desta forma, os temas gerais acabam
surpreendendo boa parte dos candidatos.

Neste sentido, a preparação para as provas de redação de tribunais


da FCC exige um estudo direcionado. Para isso, deixo algumas sugestões
com base no estudo da banca. Qualquer dúvida me escreva! Conheçam o
curso de base teórica para redação (vídeo aulas) e o projeto REDAZAP.

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Dicas gerais:

- Estudar a partir de temas genéricos e não focados no perfil FCC pode


atrapalhar o desenvolvimento da escrita.

- Não é preciso esgotar o tema na produção textual. É preciso organizar


as ideias e amarrar os argumentos.

- Os temas subjetivos exigem um olhar aprofundado para a temática,


buscando o senso crítico do candidato.

- Muitos conceitos antropológicos, sociológicos e filosóficos podem ser


aplicados em diferentes propostas temáticas.

- Ninguém aprende a escrever do dia para a noite. O amadurecimento na


escrita vem com o tempo. Bons estudos!

Prof. Rodolfo Gracioli


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Tema: Efeitos sintomáticos de uma sociedade adoecida e vitimizada por


transtornos individualistas
Texto I

“Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava
ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida
para esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando:
em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui.
Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando:
"as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não
saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo".
Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende:
brincadeira de criança - passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este
horror que é a vida.

Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia
recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de
intimidade especial que fica muito mais difícil de abrir mão. Sempre fui solitário. Você
vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não
fosse por uma que outra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as
pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas
ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas
pessoas que me tornaram infeliz”.
(Charles Bukowski)
Texto II
“Somos uma sociedade de pessoas com notória infelicidade:solidão, ansiedade,
depressão, destruição, dependência; pessoas que ficam felizes quando matam o tempo
que foi tão difícil conquistar”.
(Erich Fromm)
Com base na proposta dos fragmentos, produza um texto dissertativo-argumentativo
que demonstre seu posicionamento frente ao tema.

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Tema: Midiatização das tragédias e os diferentes entendimentos:


banalização e sensacionalismo ou dor e sensibilização?

Menina sudanesa em região assolada pela fome é observada por abutre. Texto I
(Kevin Carter, Sudão. 1993).

Texto II
“Há ocasiões que é mil vezes preferível fazer de menos que fazer de mais, entrega-se o
assunto ao governamento da sensibilidade, ela, melhor que a inteligência racional,
saberá proceder segundo o que mais convenha à perfeição dos instantes seguintes”.
(José Saramago)

Com base na proposta dos fragmentos, produza um texto dissertativo-argumentativo


que demonstre seu posicionamento frente ao tema.
Menino sírio é encontrado morto em praia após naufrágio de barco
de refugiados. (Nilufer Demir. Turquia, 2015).

Tema: Os entraves para a construção contextualizada da felicidade: a


ponte que segrega o ter e o ser.

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Texto I
“Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se
não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que
respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor
que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja
nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. "Feliz
aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
(Cora Coralina)

Texto II
“Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças,
não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível
que a proposta que se esconde sob a ideia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um
androide sem sentimentos”.
(Arnaldo Jabor)

Texto II
“Pegue uns pedacinhos de afeto e de ilusão;
Misture com um pouquinho de amizade;
Junte com carinho uma pontinha de paixão
E uma pitadinha de saudade.
Pegue o dom divino maternal de uma mulher
E um sorriso limpo de criança;
Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer
Com o eterno brilho da esperança”.
(Toquinho)

Com base na proposta dos fragmentos, produza um texto dissertativo-argumentativo


que demonstre seu posicionamento frente ao tema.

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Tema: Avanço científico e “retrocesso” moral: o grande paradoxo


contemporâneo

Texto I

“Será que a liberdade é uma bobagem?


Será que o direito é uma bobagem?
A vida humana é alguma coisa a mais que ciências, artes e profissões.
E é nessa vida que a liberdade tem um sentido,e o direito dos homens.
A liberdade não é um prêmio, é uma sanção. Que há de vir”.
(Mário de Andrade)

Texto II

“A preocupação com a administração da vida parece distanciar o ser humano da


reflexão moral”.
(Zygmunt Bauman)

Texto III

“De um modo geral, os erros na religião são perigosos; enquanto os da filosofia apenas
ridículos”.
(David Hume)

Com base na proposta dos fragmentos, produza um texto dissertativo-argumentativo


que demonstre seu posicionamento frente ao tema.

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Tema A: “Os muros de vidro”da leitura no cenário contemporâneo e os


reflexos comportamentais

Tema B: O papel do livro enquanto agente de transformação social

Tema C: O papel da leitura na sociedade da tecnologia: transformação ou


superação?

Texto I
“Pegue sua xícara e leia a vontade: Um bom poema é aquele que nos dá aimpressão de
que está lendo a gente ... e não a gente a ele”.
(Mario Quintana)

Texto II
“ Esta entrevista foi publicada há mais de dez anos, e certamente nunca foi tão
atual, a preocupação do crítico representa uma realidade do mundo contemporâneo,
em que as informações chegam em tempo real em nossas casas (a televisão e as outras
mídias enfatizam o facilitário e o imediatismo), proporcionando uma visão reducionista
sobre os fatos, o que não requer esforço algum de reflexão, de pensamento, de
raciocínio – estamos perdendo a capacidade de ver o mundo com nossos próprios
olhos. Com essa propagação de informações tão onipresentes na sociedade pós-
moderna, somos dirigidos e controlados pelo poder da mídia e do capitalismo que são
antagônicos ao pensamento de Bloom.
Nessa sociedade de valores essencialmente fluidos, a produção literária nunca
foi tão devorada pelo mercado que recusa as narrativas longas e complexas, o que
concordamos com Bloom; mas por outro lado ele embrenha-se no conceito de juízo de
valor, revelando-se implacável contra a literatura de entretenimento ou de massa.
Porém, se fazemos parte de uma sociedade com pouco hábito de leitura, torna-se, para
o leitor “iniciante”, uma experiência dolorosa, a leitura de autores tão complexos como
os citados por Bloom”.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/concursos/artigos/47019/a-leitura-na-sociedade-contemporanea#ixzz3v4aAGED6

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Tema A: Construção da identidade do povo brasileiro e o processo de


diversidade cultural

Tema B: Liberdade e o processo de reconhecimento cultural

Tema C: O pluralismo cultural na formação da identidade do povo


brasileiro

Texto I

“(...) No Brasi de Cima anda


As trombeta em arto som
Ispaiando as propaganda
De tudo aquilo que é bom.
No Brasi de Baxo a fome
Matrata, fere e consome
Sem ninguém lhe defendê;
O desgraçado operaro
Ganha um pequeno salaro
Que não dá pra vive(...)”.
(Patativa do Assaré)

Texto II

“A civilização do açúcar teve suas santas; suas mulheres, grandes sofredoras,


que humilhadas, repugnadas, maltratadas, criaram filhos numerosos, às vezes os seus
e os das outras mulheres mais felizes que elas; cuidaram das feridas dos escravos; dos
negros velhos; dos moradores doentes dos engenhos. (...) Teve as suas Dona
Mariazinhas, Donas Francisquinhas, Donas Mariquinhas que desde meninas, desde a
Primeira Comunhão, não fizeram senão cuidar dos maridos, dos filhos, dos escravos,
dos santos”.

“O Brasil é a mais avançada democracia racial do mundo”.


(Gilberto Freyre)

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Tema:Um mesmo problema com novo formato – escravidão moderna

Texto I

“A liberdade é um dos dons mais preciosos que o céu deu aos homens. Nada a
iguala, nem os tesouros que a terra encerra no seu seio, nem os que o mar guarda nos
seus abismos. Pela liberdade, tanto quanto pela honra, pode e deve aventurar-se a
nossa vida”.
(Miguel de Cervantes)

Texto II

“Será que a liberdade é uma bobagem?...


Será que o direito é uma bobagem?...
A vida humana é alguma coisa a mais que ciências, artes e profissões.
E é nessa vida que a liberdade tem um sentido,e o direito dos homens.
A liberdade não é um prêmio, é uma sanção. Que há de vir”.

(Mário de Andrade ANDRADE, M., Aspectos da Literatura Brasileira, São Paulo, Martins, 1947).

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Tema:Sociedade do individualismo: causa ou consequência?

Texto I

“ Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em


primeiro lugar não é egoísmo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência,
vontades efêmeras não valem a pena, quem faz uma vez, não faz duas
necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. Perdoar é nobre, esquecer é
quase impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no
passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder para
aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos.Aos poucos você percebe
o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter
entrado nela. Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado, o
tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são
imediatos”.
(Charles Chaplin)
Texto II

“ Não acusar-me. Buscar a base do egoísmo: tudo o que não sou não pode me
interessar, há impossibilidade de ser além do que se é — no entanto eu me ultrapasso
mesmo sem o delírio, sou mais do que eu quase normalmente —; tenho um corpo e
tudo o que eu fizer é continuação de meu começo; se a civilização dos Maias não me
interessa é porque nada tenho dentro de mim que se possa unir aos seus baixos
relevos; aceito tudo o que vem de mim porque não tenho conhecimento das causas e é
possível que esteja pisando no vital sem saber; é essa a minha maior humildade,
adivinhava ela”.
(Clarice Lispector)

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Tema A:Analfabetismo político e o grau de impacto para a sociedade

Tema B: A lacuna entre a insatisfação política e a construção ideológica


fortalecida do tema

Texto I
O Analfabeto Político

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das
decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que
odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a
prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político
vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

(Bertolt Brecht)
(Nota: Autoria não confirmada. O texto é atribuído a Brecht pela primeira vez em Terra Nossa: Newsletter of Project
Abraço, North Americans in Solidarity with the People of Brazil, Vols. 1-7 (1988, p. 42))

Texto II
“A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça”.

(Aristóteles)

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Tema A: Concepção do tempo na sociedade just in time


Tema B: A flexibilidade do conceito de tempo na lógica sistêmica do
Capitalismo

Texto I

“Tem horas que é caco de vidro


Meses que é feito um grito
Tem horas que eu nem duvido
Tem dias que eu acredito”.

(Paulo Leminski)

Texto II

“De que são feitos os dias?


- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,


momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.

De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,


dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...”
(Cecília Meireles)

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Tema: Obsolescência programada e a lógica do consumismo

Texto I
“Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carros


Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina

Eles querem te vender


Eles querem te comprar
Querem te matar (de rir)
Querem te fazer chorar

Quem são eles?


Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?”

(Trecho da música – Terceiro do Plural – Engenheiros do Hawai)

Texto II

“Consumismo e competitividade levam ao emagrecimento moral e intelectual


da pessoa, à redução da personalidade e da visão do mundo, convidando,
também, a esquecer a oposição fundamental entre a figura do consumidor e a
figura do cidadão”.
(Milton Santos)

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