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Princípios básicos para a

DIAGRAMAÇÃO
de impressos gráficos em
arquitetura e urbanismo
Projeto 9
Maurício Couto Polidori e Ana Paula Neto de Faria
DIMENSÃO E PROPORÇÃO DA PEÇA GRÁFICA
Muitas vezes as dimensões da peça gráfica são definidas pelo meio de
veiculação (se a mídia de destino é a web, o Powerpoint, etc.) ou são pré-
estabelecidas pela comissão organizadora do evento/concurso ao qual a
apresentação se destina. Nestes casos resta adequar o conteúdo ao tamanho
e formato pré-definido.

Quando existe escolha, as dimensões da peça gráfica dependem da sensação


que se pretende passar e das exigências ditadas pelo conteúdo a ser exposto.

Formatos excessivamente grandes ou com uma das dimensões exageradas


podem tornam-se difíceis de serem lidos e devem ser pensados em função do
modo como ficarão expostos para o observador.
Retângulos áureos são considerados agradáveis e de fácil estruturação
compositiva:

proporção 5 : 3
proporção 3 : 2
O formato quadrado deve ser evitado por dificultar uma hierarquia de leitura
– a não ser quando isto é intencionalmente planejado:
Formatos menos comuns podem ser utilizados para criar surpresa e sensação
de novidade, mas requerem um planejamento compositivo adequado.

formato A dividido ao meio pela menor face


COMPONENTES DA PEÇA GRÁFIACA
As peças gráficas são compostas por elementos diversos responsáveis pela
veiculação das informações.

As informações dizem respeito tanto ao conteúdo explicitamente inserido,


quanto às sensações e impressões mais subjetivas resultantes das
características fisiológicas e culturais da percepção humana.

Todos os aspectos informacionais devem ser alvo de consideração na


definição das características dos componentes da peça gráfica.
Tipografia
A tipografia a ser empregada deve ser escolhida com base no efeito que
produz na peça gráfica. O tipo adotado deve refletir a natureza do conteúdo.

Uma peça gráfica pode se utilizar de mais de um tipo de fonte, no entanto o


uso de muitos tipos pode gerar um layout confuso e falta de unidade. Ao usar
mais de um tipo, as diferenças entre tipos devem ser evidentes.

A arte de amar A arte de amar


Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
Manuel Bandeira
Títulos, palavras-chaves e outros elementos especiais podem assumir
formatações mais livres, onde o que interessa é a idéia/conceito vinculado
ao tipo escolhido e seu modo de inserção na composição.
efeitos realizados no Photoshop
tutoriais em: http://www.antsmagazine.com/2009/03/101-top-photoshop-
typography-tuts/
Textos requerem cuidados especiais na escolha da fonte levando em
consideração principalmente sua facilidade de leitura:

Legibilidade da fonte

Coisas do outro mundo


Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Contraste adequado com o fundo (cor e claridade)

Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo


Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo

Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo


Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo

Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo


Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo Coisas do outro mundo
Tamanho - levar em consideração a distância de leitura para o
observador

Coisas do outro mundo


Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Coisas do outro mundo
Espaçamento entre linhas

Já que se há de escrever, Já que se há de escrever, Já que se há de escrever,


que pelo menos não se que pelo menos não se
esmaguem com palavras as
que pelo menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.
entrelinhas. Clarisse Lispector
esmaguem com palavras as Clarisse Lispector

entrelinhas.
Clarisse Lispector

Evitar o uso de itálico

Já que se há de escrever,
que pelo menos não se
esmaguem com palavras as
entrelinhas.
Clarisse Lispector
Evitar larguras excessivas nas colunas de texto

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas
(como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se
afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da
literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a
expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa

Não fazer textos totalmente em maiúsculas


ESCREVER É ESQUECER. A LITERATURA É A MANEIRA MAIS AGRADÁVEL DE
IGNORAR A VIDA. A MÚSICA EMBALA, AS ARTES VISUAIS ANIMAM, AS ARTES
VIVAS (COMO A DANÇA E A ARTE DE REPRESENTAR) ENTRETÊM. A PRIMEIRA,
PORÉM, AFASTA-SE DA VIDA POR FAZER DELA UM SONO; AS SEGUNDAS,
CONTUDO, NÃO SE AFASTAM DA VIDA - UMAS PORQUE USAM DE FÓRMULAS
VISÍVEIS E PORTANTO VITAIS, OUTRAS PORQUE VIVEM DA MESMA VIDA
HUMANA. NÃO É O CASO DA LITERATURA. ESSA SIMULA A VIDA. UM ROMANCE
É UMA HISTÓRIA DO QUE NUNCA FOI E UM DRAMA É UM ROMANCE DADO SEM
NARRATIVA. UM POEMA É A EXPRESSÃO DE IDÉIAS OU DE SENTIMENTOS EM
LINGUAGEM QUE NINGUÉM EMPREGA, POIS QUE NINGUÉM FALA EM VERSO.
FERNANDO PESSOA
Evitar a colocação de textos sobre fundos com variações de cor,
claridade e textura

Eu quase que nada não sei. Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa Guimarães Rosa

Eu quase que nada não sei. Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa Guimarães Rosa
O Tipo a ser escolhido deve ser apropriado ao conteúdo informativo da peça
gráfica.

Estilos tradicionais e mais antigos com letras


largas e arredondadas são considerados familiares e
confortáveis. Passam uma idéia de algo estabelecido
e convencional.
(e.g.fonte Courier)

Estilos mais modernos, com contrastes maiores de fino/largo são


mais enfáticas, criam uma caixa de texto com maior variação de
textura e provocam tanto atenção quanto ansiedade.
(e.g. Times New Roman)

Estilos sem serifa são mais limpos e precisos, criam caixas de texto
com pouca variação de textura. Transmitem sensações de
credibilidade e confiança.
(e.g. Ariel)
Imagens
As imagens representam, em geral, a maior massa de peças gráficas para a
arquitetura e urbanismo. Incluem desenhos, mapas, fotografias e elementos
híbridos que podem apresentar pesos na composição bastante distintos.

Desenhos técnicos tendem a apresentar menos peso ou massa que mapas e


fotografias. E estas últimas têm seu peso definido em função da cor,
extensão da superfície colorida e nível de detalhe empregado.
A inserção das imagens na peça gráfica depende da estrutura compositiva
adotada e da importância relativa que a imagem tem para o conteúdo
abordado. No entanto, alguns princípios básicos devem ser observados:

Garantir a legibilidade e destaque da imagem em relação ao fundo


A inserção das imagens na peça gráfica depende da estrutura compositiva
adotada e da importância relativa que a imagem tem para o conteúdo
abordado. No entanto, alguns princípios básicos devem ser observados:

Garantir a legibilidade e destaque da imagem em relação ao fundo

contraste ruim

contraste adequado
contraste adequado

contraste ruim
Adequar o tamanho ao detalhamento
Linhas, pontos, setas e outros grafismos auxiliares
Elementos auxiliares podem ser colocados na composição de modo a criar
ênfases em locais específicos, direcionar o olhar do observador, relacionar
informações, dividir assuntos ou para organizar o conteúdo da peça gráfica.
Sombras
Sombras podem ser adicionadas aos diversos elementos que compõem a peça
gráfica como recurso para simular profundidade e sobreposição.

A luz é usualmente percebida como tendo uma origem acima do observador.


Assim, o uso de sombras normalmente segue este entendimento: sendo
colocada para baixo e a esquerda.

Textos também são textos


Sombras
Sombras podem ser adicionadas aos diversos elementos que compõem a peça
gráfica como recurso para simular profundidade e sobreposição.

A luz é usualmente percebida como tendo uma origem acima do observador.


Assim, o uso de sombras normalmente segue este entendimento: sendo
colocada para baixo e a esquerda.

Textos também são textos


Quando a sombra é empregada em elementos lineares o sentido da sombra
tende a produzir a sensação de elevação se aplicada no modo tradicional e
a produzir a sensação de ranhura se aplicada no sentido contrário.

Outra possibilidade de uso da sombra é com a direção determinada por uma


área iluminada dentro da peça gráfica, como se a mesma irradiasse luz.
Fundo
O fundo da peça gráfica pode ser definido como uma base neutra ou como
elemento ativo na composição.

São consideradas bases neutras fundos cromáticos ou acromáticos em uma


única cor.
O fundo pode apresentar gradientes de cor.
O fundo também pode apresentar figuras abstratas que ajudam a definir
zonas de informações afins ou relacionadas.
O fundo pode se utilizar de imagens vinculadas ao conceito de projeto, a
temática, ao local de intervenção ou solução adotada.
Palheta cromática
A palheta cromática possui um importante efeito no layout de peças
gráficas. Define muito do impacto que será observado. A cor tem valores
simbólicos e pode ser utilizada para dar o “clima” ou atmosfera do trabalho.
Por isso é importante definir a palheta de cores a ser utilizada.

A palheta cromática deve levar em consideração as cores que não podem ser
modificadas dos componentes como imagens de satélite, fotografias,
elementos que seguem regras cromáticas, etc.

A palheta pode ser formada com base em diferentes critérios de


agrupamentos harmônicos. O importante é ter claro o efeito gerado em
função da proporção entre cores e do comportamento visual e psicológico
das mesmas.
Exemplos de sistemas cromáticos
Os círculos de cores são organizados tendo em conta três atributos:

Matiz

Claridade

Saturação

As cores são afetadas pela extensão da superfície ocupada e


pela proximidade com outras cores. Cores próximas ou
análogas tendem a se fundir enquanto cores opostas tendem
a se reforçar mutuamente. Por isso a importância de planejar
a disposição e quantidade das cores na peça gráfica.
Exemplos de combinações básicas utilizando o circulo das cores:
Exemplos de combinações por contraste:
Exemplos de combinações por nuance:
Exemplos de palhetas cromáticas:
Erros freqüentes no uso das cores:
Cores com alto valor de saturação tendem a se espalhar
visualmente nas regiões circundantes. O resultado é que as bordas
ficam borradas e indefinidas – um problema significativo quando se
trata de elementos finos. Este efeito é mais forte em cores onde o
vermelho está presente ou quando as cores do entorno são de baixa
saturação.
Combinações de cores adjacentes que variam somente pela matiz
também criam efeitos de bordas imprecisas. Isto se deve a que o
sistema visual determina as bordas pela percepção de claro/escuro.
Para serem vistas devem variar tanto em matiz quanto em
claridade. O azul constitui uma exceção: independente da claridade
ele sozinho não consegue contribuir para a definição dos contornos.
A cor azul também apresenta problemas para ser observada em
detalhes e componentes muito pequenos ou finos.
Cores dão a impressão de avançar e recuar no espaço. Quando se
trabalha com sobreposições de elementos esta característica deve
ser levada em conta.
Cores dão a impressão de avançar e recuar no espaço. Quando se
trabalha com sobreposições de elementos esta característica deve
ser levada em conta.
Cores vibrantes e saturadas devem ser usadas com moderação.
Excessos criam cansaço e distraem o observador, principalmente
quando combinações complementares são usadas.
A BASE DA ESTRUTURA COMPOSITIVA
A repartição do espaço da peça gráfica e o modo de inserir os elementos da
composição devem levar em consideração os aspectos da visão humana.

Existem diversas regras que servem para definir a estrutura de base para a
composição de uma peça gráfica. Estas regras valem tanto para a peça como
um todo quanto para as imagens (fotografias e desenhos) inseridos na
mesma.
Orientação horizontal e vertical
Tanto a peça gráfica quanto as informações nela dispostas podem ser
colocadas de modo a ter uma leitura estruturada de modo horizontal ou
vertical.

Orientações horizontais passam mais a idéia de estabilidade, força e


repouso.

Orientações verticais sugerem elegância, ênfase e ânimo.


Peça gráfica horizontal com organização horizontal
Peça gráfica vertical com
organização vertical
Peça gráfica horizontal com organização vertical
Peça gráfica vertical com organização
horizontal
A regra dos terços
A regra dos terços é uma ferramenta de composição que se utiliza da noção
de que as composições mais interessantes são aquelas em que os elementos
principais estão fora do centro.

Define como princípio que os


centros de interesse ficam nas
linhas que dividem a peça em
três partes iguais.

Os pontos de interesse ou “ponto de ouro”


Qual destas fotografias parece melhor enquadrada?
Centro ótico
O centro ótico é o centro visual de uma página. Fica localizado acima e a
esquerda do centro matemático da folha. Este é o local onde a visão
naturalmente se foca ao observar uma peça gráfica.

Centro ótico

Centro matemático
O centro ótico pode ser alterado em função do direcionamento dado pelos
componentes da composição. Objetos que orientam a atenção para a direita
deixam o centro óptico situado acima do matemático e para a esquerda.

Objetos que orientam a


atenção para a esquerda
mudam o centro óptico
para a direita. Esta
solução contradiz a
tendência natural da
visão humana e, com
isso, cria tensões.
Sentido de leitura
Sistemas de ordenamento baseados no centro de visão:

Estrutura Fundamental 1 Estrutura Fundamental 2 Estrutura Fundamental 3


O ordenamento em grelha
O sistema de ordenamento em grelha baseia-se no alinhamento e na divisão
matemática da página, levando em consideração, ou não, a regra dos
terços. Organiza o conteúdo de uma peça gráfica por meio de uma
combinação de margens, guias, linhas e colunas. É muito utilizado quando
existe a presença de textos na composição.

A grelha geratriz não precisa ficar explícita no produto final.

Uma vez estabelecida a estrutura em gelha, a mesma pode ser quebrada


onde e quando se achar adequado. A ocupação de duas ou mais colunas em
determinados pontos, eliminação ou ampliação das margens em locais
específicos estão entre os exemplos de quebra da grelha.
Grelha regular
Grelha regular
Grelha com ocupação
irregular
ORGANIZAÇÃO DOS COMPONENTES
Existem princípios básicos que podem ajudar na organização dos
componentes a serem incorporados na peça gráfica. São critérios que
ajudam a definir o arranjo a ser dado aos componentes na composição.
Determinam a efetividade da mensagem vinculada e muito da
agradabilidade da composição.

Estes princípios são concepções que servem como apoio para a comunicação
do tema da composição. Como tais podem ser aplicados a cada elemento do
design ou à composição como um todo. Não existem soluções únicas.

A aplicação destes princípios requer o desenvolvimento de habilidades


específicas de consciência visual que permitem uma análise crítica das
estruturas presentes na informação visual e seus princípios ordenadores.
Alinhamento
Os componentes da página devem estar visualmente conectados. Nada deve
estar posicionado de modo arbitrário. Quando os elementos estão alinhados
eles se conectam entre si, mesmo quando espacialmente separados.

O uso de alinhamento ajuda a criar ordem, equilíbrio e unidade na


composição. O modo como o texto e os componentes são alinhados em
relação a página e entre si pode tornar o layout mais fácil ou difícil de se ler.
Torna a composição familiar ou traz sensações de novidade a composições
tradicionais. Alinhamentos podem ser quebrados intencionalmente para criar
tensões ou direcionar as atenções para um elemento específico na página.

Alinhamentos pelo centro devem ser usados com cautela. A mistura de


diversos tipos de alinhamento pode gerar um aspecto confuso.
Alinhamento simples
Alinhamento em curva

Alinhamento com contraponto gráfico


Alinhamento com quebras
Alinhamento com quebras
Proximidade
A distância entre elementos sugere a relação ou falta de relação entre estes.
Quando um conjunto de elementos gráficos estão próximos espacialmente
uma relação entre eles é criada. Se os elementos estão coerentemente
posicionados eles se conectam para formar uma unidade, gerando uma
hierarquia visual dentro da estrutura compositiva da peça gráfica.

Itens relacionados ou de uma mesma natureza devem ser agrupados.


Ao agrupar os elementos afins, estas informações se tornam unidades visuais,
facilitando a compreensão e provendo o observador com pistas do
ordenamento das informações.

Deve-se evitar o uso de espaçamentos iguais entre elementos que não fazem
parte de um mesmo conjunto.
Unidades visuais criadas por proximidade

Unidades visuais criadas por proximidade e elementos de união


Hierarquia Visual
A composição deve levar em conta a relevância das informações e
posicioná-las de modo a direcionar a atenção do observador para os
elementos mais significativos.

A estrutura da composição deve criar pontos focais e compatibilizar a


hierarquia visual criada com a relevância das informações.

A manipulação consciente de escala e cores define o peso visual dos


elementos e pode ajudar a criar a hierarquia visual desejada.
Hierarquia visual por escala dos componentes
Hierarquia visual por escala e cor

Hierarquia visual por introdução de elemento gráfico e cor


Profundidade visual
Profundidade visual é a simulação de distância em profundidade numa
superfície plana. A profundidade visual é utilizada para indicar a importância
de uma informação ou sugerir progressão temporal das informações.

Existem diversos modos de indicar profundidade, entre estes:

Tamanho – elementos maiores aparentam estar mais próximos.


Sobreposição – os elementos que encobrem parcialmente outros aparentam
estar na frente dos demais.
Contraste, claridade, brilho, textura – incremento sem qualquer destas
características fazem o objeto parecer mais próximo.
Sombra – seu uso descola o elemento do fundo.
Profundidade visual por sobreposição,
textura e cor
Destaque
Destaque se refere ao ponto focal ou centro de interesse de uma
composição. A área que é visualmente dominante.

A geração de destaque deve estar associado a hierarquia visual definida na


composição e pode ser usada para estabelecer um foco principal e definir
ênfases secundárias em outras áreas.

As áreas de destaque de uma composição devem ser planejadas com


intencionalidade. O destaque é atingido por se conseguir separar
visualmente um dado componente dos demais. Pode-se gerar um ponto de
destaque na composição por contraste em escala, cor, granulometria ou
forma. Também pode ser gerado pela quebra na estrutura básica ou no ritmo
visual da composição como um todo.
Destaque por cor, escala e componentes gráficos
Destaque por textura, cor, e posição
Destaque por cor, repetição e posição

Destaque por cor e posição


Destaque por cor, escala e repetição
Contraste
Contraste ocorre quando dois elementos são fortemente diferenciados –
quanto maior a diferença, maior o contraste.

O uso do contraste é um modo de definir ênfases em elementos específicos


da peça gráfica. A aplicação do contraste permite a criação de composições
mais impactantes ou vibrantes. O elemento contrastante torna-se
naturalmente o ponto focal que capta a atenção do olho.

Para se conseguir um contraste o elemento a ser destacado deve ser


fortemente diferenciado em termos de luminosidade ou claridade, por grupo
cromático, forma, peso ou escala. A questão chave é o nível e a obviedade
da diferenciação. O uso equivocado do princípio gera confusão visual.
Contraste por cor
Contraste por escala
Repetição e Constância
A repetição de elementos na composição pode ser usado para reforçar e dar
clareza à informação. Repetição adiciona interesse visual e ajuda a
identificar elementos que pertencem juntos. Pode ser considerado um modo
de adicionar consistência e unidade visual ao layout.

Os elementos repetidos podem ser a cor, a relação espacial, a forma, a


textura, os espaços vazios ou a tipografia. As repetições podem se dar com
elementos similares.

O uso de repetição ajuda a simplificar e ordenar a composição.

Repetições podem ser usadas para criar ritmos na composição.


Repetição de formas, cores e espaçamentos
Repetição no ordenamento
Repetição de formas e cores
Dinâmica
A dinâmica da composição é obtida pelo arranjo dos elementos de modo a
sugerir a sensação de movimento ou direcionamento. Criar uma
composição dinâmica envolve o uso de padrões ou a repetição de elementos
de modo intencional. O uso da dinâmica pode adicionar sensações, sugerindo
placidez e tranqüilidade ou então atividade e energia.

Rítmico – repetição uniforme - que cria previsibilidade e ordem.


Arrítmico – ritmo intercalado - adiciona interesse visual na
composição.
Aleatório – sem uma definição estruturada ou ordem estabelecida -
cria a sensação de espontaneidade.
Direcional – uso dos elementos gráficos de modo a criar uma conexão
visual que direciona o olhar de um modo particular.
Dinâmica por repetição criando
direcionamento

Dinâmica por repetição rítmica


Dinâmica por repetição arrítmica – desenhos e fotografias
intercaladas
Espaços vazios
As composições precisam de espaços vazios. Os princípios de composição
numa peça gráfica estão baseados no controle dos intervalos entre
elementos em termos espaciais – entre formas, tamanhos, cores, etc.
Excessos de informação amontoados num espaço restrito criam dificuldades
de leitura e são desconfortáveis. Adicionar espaços em branco cria locais de
respiro na composição.

Os métodos fundamentais de organizar intervalos em peças gráficas são:


Repetição – uso de intervalos iguais de modo repetido, gerando
previsibilidade e reforçando padrões.
Harmônico – alternância ritmada, dando ênfase aos agrupamentos.
Discordante – uso de intervalos contrastantes, maximizando as
tensões geradas e reforçando o reconhecimento.
Espaços vazios repetidos
Espaços vazios discordantes
Unidade
Unidade é referente a combinação de todos os componentes funcionando
conjuntamente para alcançar um senso de harmonia e união. A unidade se
refere tanto ao conjunto de regras compositivas aplicadas quanto aos
elementos da peça gráfica. O princípio da unidade dita que tudo numa
pagina deve estar visualmente conectado com outros elementos dando a
sensação de completude, de um todo unitário.

Unidade pode ser atingida pelo uso consistente dos elementos gráficos tais
como a repetição, ritmo ou criação de padrões reconhecíveis. Outra
possibilidade é o uso de um terceiro elemento para conectar os conjuntos de
componentes. Este terceiro elemento pode ser o pano de fundo assim como
o uso de figuras ou linhas que unem os diversos subgrupos da composição.
Equilíbrio
Equilíbrio é o que dá estabilidade à composição. O equilíbrio visual é
alcançado com a combinação de elementos opostos na estrutura da peça
gráfica de modo a resultar em estabilidade visual. Equilíbrio pode ser
atingido com o arranjo dos elementos de modo a que as diversas seções da
peça gráfica apresentem o mesmo peso visual, dando fluidez à composição.

O peso visual de um elemento é definido pelo seu tamanho, densidade e cor


(onde principalmente o nível de claridade está associada ao peso).

M m m
A presença de muitos elementos com pesos distintos dificulta o arranjo dos
componentes de modo equilibrado. Uma opção é tentar reduzir as diferenças
de peso entre elementos.

Pode-se colocar intencionalmente os elementos fora de equilíbrio para criar


tensões ou gerar certas sensações de dinâmica ou inquietação.

As considerações sobre equilíbrio se aplicam a diversas noções conforme


descrito a seguir.
Equilíbrio simétrico e assimétrico

A simetria pode ser formal ou informal. A simetria formal se refere ao


alinhamento dos componentes de modo igual ou similar em relação a um
eixo horizontal ou vertical. A simetria informal diz respeito ao alinhamento
dos componentes de modo desigual em relação ao eixo, mas mantendo um
equilíbrio dos pesos visuais colocados em cada lado.

O equilíbrio assimétrico diz respeito ao uso de pesos visuais distintos em


cada lado do eixo. Direciona a atenção para um lado da composição.
Equilíbrio por simetria formal
Equilíbrio por simetria formal
Equilíbrio por simetria informal
Equilíbrio por simetria informal
Equilíbrio assimétrico
Equilíbrio ao redor do centro ótico

O equilíbrio pode ser definido em relação ao centro ótico. Pode-se pensar


num equilíbrio simétrico, com pesos iguais em todas as direções a partir do
centro ótico. E também pode-se definir um equilíbrio assimétrico, com os
elementos mais pesados concentrados junto ao centro ótico e mudanças de
pesos na direção horizontal, vertical ou diagonal.

A solução simétrica produz uma composição mais estável e calma, enquanto


a solução assimétrica torna a composição progressivamente mais dinâmica
conforme a direção dada seja horizontal, vertical ou diagonal.
Equilíbrio assimétrico em relação ao centro ótico
Equilíbrio assimétrico em relação ao centro ótico
Equilíbrio dos espaços cheios e vazios

Pensar no equilíbrio entre espaços cheios e vazios é necessário quando existe


uma quantidade significativa de espaços vazios na composição. Nestes casos
somente as considerações sobre a distribuição dos pesos pela peça gráfica
não garantem necessariamente um equilíbrio adequado.

Para dar equilíbrio onde existe uma grande quantidade de espaço vazio é
preciso amarrar os componentes da composição por meio de um fundo ou de
elementos gráficos como linhas e figuras simples. Isto evita que os
componentes pareçam flutuar sem rumo na composição.
Sem equilíbrio de cheios e vazios Com equilíbrio de cheios e vazios
Equilíbrio de cheios e vazios por meio de fundo e figuras
Equilíbrio nas cores

O equilíbrio nas cores é referente aos resultados alcançados na aplicação da


palheta cromática. Para verificar o equilíbrio alcançado interessa tanto a
combinação de matizes quanto a sua saturação, claridade e quantidade na
composição.

As palhetas escolhidas podem requerer ajustes em função do tamanho e


distribuição dos elementos na peça gráfica.

Em geral poucas cores dão melhores resultados que muitas cores.


Muita cor – dá um aspecto mais infantil
Quantidade menor de cores – aspecto mais equilibrado
O equilíbrio nas cores é mais fácil de atingir quando a dinâmica cromática da
palheta é minimizada. Mas palhetas mais dinâmicas criam efeitos mais
memoráveis.

Combinações de cores tornam-se menos dinâmicas na medida em que as


combinações variam menos em matiz e dependem mais de nuances.

Palheta mais dinâmica

Palheta menos dinâmica


Palheta pouco dinâmica
Palheta pouco dinâmica
Palheta pouco dinâmica
Palheta com maior dinâmica
Cores quentes avançam para a frente e chamam a atenção. Evocam reações
dinâmicas e enfáticas.
Cores frias recuam no espaço e adquirem o status de fundo, sugerem
repouso, calma e tranqüilidade.

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