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DIAGRAMAÇÃO
de impressos gráficos em
arquitetura e urbanismo
Projeto 9
Maurício Couto Polidori e Ana Paula Neto de Faria
DIMENSÃO E PROPORÇÃO DA PEÇA GRÁFICA
Muitas vezes as dimensões da peça gráfica são definidas pelo meio de
veiculação (se a mídia de destino é a web, o Powerpoint, etc.) ou são pré-
estabelecidas pela comissão organizadora do evento/concurso ao qual a
apresentação se destina. Nestes casos resta adequar o conteúdo ao tamanho
e formato pré-definido.
proporção 5 : 3
proporção 3 : 2
O formato quadrado deve ser evitado por dificultar uma hierarquia de leitura
– a não ser quando isto é intencionalmente planejado:
Formatos menos comuns podem ser utilizados para criar surpresa e sensação
de novidade, mas requerem um planejamento compositivo adequado.
Legibilidade da fonte
entrelinhas.
Clarisse Lispector
Já que se há de escrever,
que pelo menos não se
esmaguem com palavras as
entrelinhas.
Clarisse Lispector
Evitar larguras excessivas nas colunas de texto
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas
(como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se
afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da
literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a
expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Fernando Pessoa
Eu quase que nada não sei. Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa Guimarães Rosa
Eu quase que nada não sei. Eu quase que nada não sei.
Mas desconfio de muita coisa. Mas desconfio de muita coisa.
Guimarães Rosa Guimarães Rosa
O Tipo a ser escolhido deve ser apropriado ao conteúdo informativo da peça
gráfica.
Estilos sem serifa são mais limpos e precisos, criam caixas de texto
com pouca variação de textura. Transmitem sensações de
credibilidade e confiança.
(e.g. Ariel)
Imagens
As imagens representam, em geral, a maior massa de peças gráficas para a
arquitetura e urbanismo. Incluem desenhos, mapas, fotografias e elementos
híbridos que podem apresentar pesos na composição bastante distintos.
contraste ruim
contraste adequado
contraste adequado
contraste ruim
Adequar o tamanho ao detalhamento
Linhas, pontos, setas e outros grafismos auxiliares
Elementos auxiliares podem ser colocados na composição de modo a criar
ênfases em locais específicos, direcionar o olhar do observador, relacionar
informações, dividir assuntos ou para organizar o conteúdo da peça gráfica.
Sombras
Sombras podem ser adicionadas aos diversos elementos que compõem a peça
gráfica como recurso para simular profundidade e sobreposição.
A palheta cromática deve levar em consideração as cores que não podem ser
modificadas dos componentes como imagens de satélite, fotografias,
elementos que seguem regras cromáticas, etc.
Matiz
Claridade
Saturação
Existem diversas regras que servem para definir a estrutura de base para a
composição de uma peça gráfica. Estas regras valem tanto para a peça como
um todo quanto para as imagens (fotografias e desenhos) inseridos na
mesma.
Orientação horizontal e vertical
Tanto a peça gráfica quanto as informações nela dispostas podem ser
colocadas de modo a ter uma leitura estruturada de modo horizontal ou
vertical.
Centro ótico
Centro matemático
O centro ótico pode ser alterado em função do direcionamento dado pelos
componentes da composição. Objetos que orientam a atenção para a direita
deixam o centro óptico situado acima do matemático e para a esquerda.
Estes princípios são concepções que servem como apoio para a comunicação
do tema da composição. Como tais podem ser aplicados a cada elemento do
design ou à composição como um todo. Não existem soluções únicas.
Deve-se evitar o uso de espaçamentos iguais entre elementos que não fazem
parte de um mesmo conjunto.
Unidades visuais criadas por proximidade
Unidade pode ser atingida pelo uso consistente dos elementos gráficos tais
como a repetição, ritmo ou criação de padrões reconhecíveis. Outra
possibilidade é o uso de um terceiro elemento para conectar os conjuntos de
componentes. Este terceiro elemento pode ser o pano de fundo assim como
o uso de figuras ou linhas que unem os diversos subgrupos da composição.
Equilíbrio
Equilíbrio é o que dá estabilidade à composição. O equilíbrio visual é
alcançado com a combinação de elementos opostos na estrutura da peça
gráfica de modo a resultar em estabilidade visual. Equilíbrio pode ser
atingido com o arranjo dos elementos de modo a que as diversas seções da
peça gráfica apresentem o mesmo peso visual, dando fluidez à composição.
M m m
A presença de muitos elementos com pesos distintos dificulta o arranjo dos
componentes de modo equilibrado. Uma opção é tentar reduzir as diferenças
de peso entre elementos.
Para dar equilíbrio onde existe uma grande quantidade de espaço vazio é
preciso amarrar os componentes da composição por meio de um fundo ou de
elementos gráficos como linhas e figuras simples. Isto evita que os
componentes pareçam flutuar sem rumo na composição.
Sem equilíbrio de cheios e vazios Com equilíbrio de cheios e vazios
Equilíbrio de cheios e vazios por meio de fundo e figuras
Equilíbrio nas cores