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efeitos na saúde e
como pr evení-los
AUTORES
Ubiratan de Paula Santos
Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1978. Especialização em Clínica
Médica e Medicina do Trabalho. Exerceu atividades junto ao Programa de Saúde dos Trabalhadores da Zona
Norte, de Salto, e do ABC e na Fundacentro. Atualmente é Médico Assistente da Divisão de Doenças
Respiratórias do Instituto do Coração (InCor) – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Índice
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
O QUE
CAUSA SURDEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
COMO SABER SE
O RUÍDO DO AMBIENTE
DE TRABALHO É ELEVADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8
EFEITOS DO RUÍDO
NAAUDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
COMO AVALIAR
A AUDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
COMO CONSERVAR
SUAAUDIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
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AMBIENTE DE TRABALHO E SURDEZ
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Exposição a ruído
ordem de 0,000000000001 Watt/m2 até sons duos fora dos ambientes de trabalho, como
com elevada energia como os produzidos pela moradores em áreas de tráfego intenso, da vizi-
turbina de aviões a jato da ordem de 10.000 nhança de empresas, mas na grande maioria
Watt/m2. É o mais sensível dos órgãos do sen- dos casos o responsável pela alta incidência de
tido do corpo humano, mais do que a visão e o surdez são as condições e ou o ambiente de
olfato. trabalho.
Provavelmente, esta alta sensibilidade se
desenvolveu na evolução da espécie humana Qualquer ruído provoca surdez?
para dar conta das necessidades de sobrevi-
vência. Na antigüidade só se ouvia os sons Para provocar danos na audição é preciso
emitidos pelos animais, pela natureza e os sons que o trabalhador se exponha a níveis de ruído
produzidos pelos homens por instrumentos ou de pressão sonora elevada. Os diversos
rudimentares de música e posteriormente nas estudos realizados demonstram que a exposi-
guerras. Com o advento da industrialização, do ção a ruído com valores acima de 85 decibéis,
crescimento das cidades, do tráfego e a conse- emitido por exemplo por um torno mecânico, é
qüente geração de níveis elevados de ruído, lesivo ao ouvido humano, dependendo do
que não existiam na antigüidade e que o ouvido tempo que o trabalhador ficar exposto.
humano não estava preparado para defender- Quanto maior for o nível do ruído, menor o
se, o homem passou a apresentar problemas tempo que a pessoa pode ficar exposta, sob
de audição, até então pouco freqüentes e restri- pena de desenvolver surdez. Na tabela 1 são
tos apenas à pessoas idosas. apresentados valores de ruído e o tempo
A exposição a ruído pode acometer indiví- máximo de trabalho permitido por dia, para
TABELA 1
Níveis de pressão sonora em decibéis(NPS)
e tempo de exposição máxima permitida
para ruído contínuo ou intermitente
(Norma NHO 01, 1999, FUNDACENTRO)
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evitar que o trabalhador fique surdo após ocorre exposição a ruído e à uma ou mais
meses ou anos de trabalho. destas substâncias. Neste caso pode existir
Toda vez que alguém se expõe a níveis uma somatória dos efeitos agravando a perda
acima de 85 decibéis, corre o risco de ocorrer auditiva nos trabalhadores, como em indústrias
lesões no ouvido, que podem ser reversíveis se gráficas por exemplo.
o trabalhador não ficar exposto durante muito
tempo, e permaneça pelo menos 14 horas, em Riscos não
ambiente com níveis inferiores a 80 decibeis, ocupacionais
ou seja existe uma lesão que o organismo con-
segue reparar. Mas, no caso do trabalhador se ☛ Medicamentos e doenças: Outras situa-
expor, por exemplo, a ruído de 90 decibeis ções também podem provocar surdez como o
durante 8-9hs de trabalho por dia, a lesão pro- uso de determinados antibióticos como os ami-
vocada aumenta de maneira que mesmo noglicosídeos( estreptomicina, garamicina, ami-
ficando sem exposição durante 14 horas não cacina), algumas drogas usadas em tratamento
há uma recuperação completa e no dia de câncer e doenças infecciosas como a
seguinte o trabalhador começa a trabalhar de cachumba, sarampo e meningite.
novo já com o ouvido alterado. ☛ Sensibilidade individual: As pessoas não
Para detectar isto basta um trabalhador que são iguais, uns altos, outros baixos, uns mais
tenha audição normal e que trabalha nestas resistentes a infecções outros menos, uns apre-
condições, fazer um exame chamado audiome- sentam problemas de visão outros não, uns
tria no primeiro dia de trabalho da semana pela desenvolvem diabetes ou hipertensão e outros
manhã, antes de iniciar o turno, repetir o exame não e da mesma maneira a sensibilidade da
ao final do turno e repetir novamente no dia audição é variável, com alguns indivíduos
seguinte antes de começar o turno e comparar podendo ficar surdos antes dos outros. Isto vale
os valores. para a maioria das doenças, porque a popula-
O ouvido funciona como todo o nosso ção é assim, variada, heterogênea. Entretanto,
corpo, se for submetido a muito esforço e ou é preciso ter presente que a maioria das pes-
não puder descansar o tempo necessário para soas só adoecem devido a fatores ambientais
se recuperar, acaba adoecendo. criados pelo homem e apenas uma minoria por
fatores genéticos isolados.
Outros riscos Para enfrentar os riscos que o próprio
ocupacionais homem criou com a industrialização é que os
conhecimentos tecnológicos devem ser coloca-
☛ Solventes, metais e gases: Outras exposi- dos a seu serviço, principalmente para proteger
ções nos ambientes de trabalho tem sido des- sua saúde, ou seja, é preciso considerar que a
critas nos últimos anos como causadoras de as diferenças genéticas entre as pessoas, preci-
redução da capacidade auditiva. A exposição à sam ser levadas em conta em todas atividades
solventes como tolueno, estireno, hexano, da sociedade, permitindo a proteger a todos e
xileno, tricloroetileno, dissulfeto de carbono e a não os fisicamente mais fortes. Por isto é que os
metais como mercúrio, chumbo, arsênico e limites de tolerância devem ser fixados de
cobalto e a monóxido de carbono, tem sido maneira a proteger a maioria dos trabalhadores.
associadas a surdez tanto pela exposição iso- No caso do ruído o ideal é que os ambientes de
lada à estas substâncias como em locais onde trabalho não ultrapassem 80 decibéis.
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Exposição a ruído
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dores que estão há mais tempo no trabalho, vezes chamados de decibelímetro) e os Anali-
que informam sobre a diminuição da audição sadores de Freqüência que registram o espec-
que eles ou outros trabalhadores sofreram. Evi- tro de freqüências que compõem o ruído. Os
dentemente não se deve esperar esta situação ruídos com freqüências maiores, chamados de
para avaliar o ambiente, mas na prática isto ruídos agudos são os mais lesivos para a audi-
acaba ocorrendo ção e mais desconfortáveis.
☛ Existem maneiras mais precisas de saber o Estes equipamentos, são em sua maioria
nível de ruído através da medição com equipa- portáteis e fáceis de utilizar, devendo ser dispo-
mentos específicos. Eles medem a energia níveis em todas as empresas onde exista risco
sonora e apresentam os valores em decibéis, de ruído elevado.
são os Medidores de Pressão Sonora(muitas É importante medir os níveis de pressão
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Exposição a ruído
sonora e o espectro de freqüência do ruído, não significativa da exposição na jornada de traba-
apenas para comprovar a existência do risco, lho, como por exemplo as atividades de manu-
mas principalmente para permitir a indicação de tenção ou que envolvam movimentação cons-
medidas de controle adequadas. tante do trabalhador, deve ser evitada a avalia-
Para avaliar os níveis de ruído ambiental ção de dose de ruído com medidores instantâ-
devem ser obedecidos alguns procedimentos neos, pois, além de ser muito trabalhoso, é
tais como: pouco precisa. Nestas situações deve ser utili-
1. O primeiro passo é realizar um mapea- zado dosimetro de ruído.
mento sonoro. Esta avaliação deve ser feita O limite de exposição ocupacional diária ao
através de um medidor de nível de pressão ruído contínuo ou intermitente corresponde a
sonora, utilizando a escala ponderação (A), e dose diária igual a 1 ou 100% da dose. Sempre
circuíto de resposta Slow (lenta) do equipa- que o dosímetro acusar dose superior a 1 ou
mento. Deve-se realizar medições instantâ- 100% considera-se exposição excessiva.
neas, por toda a área. 5. Se o ruído for impulsivo ou de impacto
2. Se forem atingidos níveis de 80 dB(A) deve ser utilizado medidor de nível de pressão
deve-se ficar alerta, porque significa que se sonora operando em circuito linear com res-
está entrando na faixa do limite de intervenção posta para medição de impacto.
para controle. Situações de descontrole em ser- Em caso de não se dispor de medidor com
viços de manutenção poderão elevar este valor. resposta de impacto, pode ser usado circuito de
3. Quando os níveis forem atingindo 85 resposta rápida (fast), com filtro de compensa-
dB(A) é sinal que a exposição já pode estar ção C.
acima dos limites de tolerância, devendo ser Quando o medidor de nível de pressão
realizada uma avaliação mais detalhada do sonora, operando em circuito linear e circuito de
ruído. resposta de impacto atingir 140 dB, ou quando
4. Se o ruído for do tipo contínuo ou intermi- em resposta rápida (fast) e circuíto de compen-
tente, a avaliação da exposição, sempre que sação C atingir 130, considera-se risco grave e
possível, deve utilizar aparelhos conhecidos iminente à saúde do trabalhador, que tem o
como dosímetros de ruído, que são medidores direito de recusar a trabalhar nessa condição.
integradores de pressão sonora, fixados no Quando o número de impactos ou de impul-
corpo do trabalhador, que o acompanha sos diário exceder a 10.000 o ruído deverá ser
durante sua atividade diária, acumulando os considerado como contínuo ou intermitente.
níveis diferentes de ruído a que o trabalhador Na ocorrência simultânea de ruído continuo
se expõe, ao final do tempo de amostragem. ou intermitente e ruído de impacto, a avaliação
Deve-se realizar a dosimetria por no mínimo da exposição ocupacional a ruído de impacto
metade da jornada de trabalho diária. deve ser realizada de forma independente.
Na falta de um dosímetro, pode ser reali- Na tabela 2 são apresentados os valores
zada a medição com medidores integradores do máximos de exposição relacionados com o
nível de pressão sonora instantâneo, que realiza número de impactos medidos durante a jornada
as medições durante 1 minuto ou mais e expres- diária de trabalho.
sam os resultados como a somatória dos valo- 6. Para que a avaliação seja representativa
res instantâneos medidos, durante um determi- da exposição de toda a jornada de trabalho, é
nado período de tempo, geralmente 1 minuto. importante que o período de amostragem seja
Nas atividades que apresentem variação adequadamente escolhido. A amostragem
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deverá cobrir um numero maior de situações da 10. O direcionamento do microfone deve
jornada de trabalho, principalmente se ela for obedecer as orientações do fabricante, cons-
irregulares ou apresentar níveis de ruído com tantes do manual do equipamento, de forma a
grandes variações. garantir a melhor resposta do medidor.
Havendo dúvidas quanto à representativi- 11. A posição do avaliador não deve interfe-
dade da amostragem, recomenda-se a medi- rir no campo acústico ou nas condições de tra-
ção durante toda a jornada de trabalho. balho; devendo evitar posicionar-se entre a
7. Os procedimentos de avaliação não fonte sonora e o microfone, para não interferir
devem interferir nas condições ambientais e nos resultados obtidos.
operacionais, características da condição de 12. Antes de iniciar a medição o trabalhador
trabalho em estudo, ou seja o ambiente e ativi- a ser avaliado deve ser informado:
dade de trabalho devem ser o habitualmente ☛ do objetivo da avaliação;
vivido pelo trabalhador. ☛ que a medição não deve interferir nas suas
8. As medições devem ser feitas com o atividades habituais, devendo manter a sua
microfone posicionado dentro da zona auditiva rotina de trabalho;
do trabalhador, próximo ao ouvido, de forma a ☛ que as medições não realizam gravação de
fornecer dados representativos da exposição conversas;
diária do trabalhador ao ruído. No emprego de ☛ que o equipamento ou microfone nele colo-
dosimetros, o microfone deve ser posicionado cado, só pode ser removido pelo técnico encar-
sobre o ombro e preso na gola da camisa, regado da avaliação;
dentro da zona auditiva do trabalhador( +/- 15 ☛ que o microfone nele fixado não pode ser
cm da orelha). tocado ou obstruído.
9. Quando forem identificadas diferenças 13. É sempre recomendável o uso de prote-
significativas entre os níveis de pressão sonora tor de vento sobre o microfone, para evitar pos-
que atingem os dois ouvidos, devem ser consi- síveis interferências da velocidade do ar e para
deradas as de maior nível. proteção do microfone contra poeiras.
TABELA 2
Níveis de pico máximo admissíveis em função do númer o
de impactos/jornada de trabalho
(Norma NHO 01,1999,FUNDACENTRO)
Nível de pressão Nº máximo Nível de pressão Nº máximo Nível de pressão Nº máximo
de pico-dB de impactos de pico-dB de impactos de pico-dB de impactos
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Exposição a ruído
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gia e informa o cérebro, que aprendeu desde dor com audição normal começa a trabalhar
criança, que aquele é o som de um cão, de num ambiente barulhento e nele fica durante
maneira a identificar rapidamente não apenas a vários anos, veja o que pode ocorrer:
existência do som mas sua localização e até ☛ Nas primeiras semanas pode sentir dor de
quem o produziu(Figura 3). cabeça, tontura, zumbido nos ouvidos e dimi-
nuição reversível da audição;
EFEITOS DO RUÍDO ☛ Posteriormente ocorre uma certa adaptação
NA AUDIÇÃO e estes sintomas desaparecem após alguns
meses;
Como já comentamos anteriormente, a ☛ Com o passar dos anos, dependendo do
exposição a níveis elevados de pressão nível do ruído, ele começa a ter dificuldade de
sonora, pode alterar a capacidade de audição ouvir sons agudos como o barulho do relógio e
dos indivíduos. dificuldade de entender as palavras, quando
Um trabalhador exposto ao longo dos várias pessoas conversam juntas;
anos à um ambiente com ruído elevado, que ☛ E, com a progressão da lesão, começa a ter
supera a capacidade de defesa e de recupe- dificuldade para ouvir de maneira geral, com-
ração do ouvido, acaba por desenvolver, pro- prometendo a comunicação. Passa a não ouvir
gressivamente, lesões no ouvido interno e adequadamente o que uma outra pessoa fala e
diminuindo sua sensibilidade auditiva. em muitos casos reaparece o zumbido ou
Diferentemente das
infecções mais comuns 3
na infância ( onde ocorre
lesões no tímpano e
geralmente são tratadas
com medicamentos ou
cirurgias, ou das lesões
devido a otoesclerose,
que melhoram com uso
de aparelhos ou cirur-
gias), as lesões induzi-
das pelo ruído são irre-
versíveis e até o mo-
mento não tem trata-
mento. O ruído lesa as
células que existem no
interior da cóclea ( locali-
zada numa estrutura FIG. 3. CÓCLEA. CORTETRANSVERSALDA MOVIMENTA O LÍQUIDOQUE EXISTENASESCA -
chamada Órgão de CÓCLEA. SE DESENROLARMOS A CÓCLEA LASVESTIBULAR , TIMPÂNICA E MÉDIA, ESTI-
VEREMOSQUEELA É FORMADAPOR 3 TUBOS MULANDOASCÉLULAS CILIADAS, QUE TRANS-
Corte), perdendo a capa- CHEIOSDELÍQUIDOCHAMADOS ESCALASVES - MITEMOSSINAIS PARA O NERVOACÚSTICO .
TIBULAR , MÉDIA E TIMPÂNICA. NO INTERIOR SÃOESTASCÉLULAS QUESÃODANIFICADAS
cidade transmitir ao cére-
DAESCALAMÉDIAFICALOCALIZADO O ÓRGÃO PELAEXPOSIÇÃO A RUÍDO, DEIXANDODE
bro as informações dos DE C ORTI, QUE CONTÉMASCÉLULAS CILIA- TRANSMITIRINFORMAÇÕESAOCÉREBRO E
DAS. A VIBRAÇÃODAMEMBRANATIMPÂNICA PORTANTO O INDIVÍDUOACOMETIDOTEMSUA
sons que chegam. EMPURRA O ESTRIBOQUE PRESSIONA E CAPACIDADEDEOUVIRDIMINUÍDA .
Quando um trabalha-
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Exposição a ruído
chiado que dura muitos anos ou a 4
vida toda.
À perda progressiva da audi-
ção induzida pelo ruído, dá-se o
nome de hipoacusia ou disacusia
neurosensorial e é mais grave
quanto maior for o tempo de
exposição a ruído e quanto mais
intenso ele for, podendo evoluir
até à surdez completa.
Na figura 4 pode ser ver no
exame audiométrico registrado
(audiograma), o que acontece
com a audição de um trabalhador
com o passar dos anos de expo-
sição a níveis elevados de ruído.
Outros efeitos
da exposição a ruído sando, se tem dificuldade para perceber de qual
direção está vindo o som, se sente zumbidos;
A exposição a níveis elevados de ruído tem ☛ Se o ambiente de trabalho atual apresenta
sido relacionada ao aumento do número de aci- níveis elevados de ruído;
dentes de trabalho, a aumento da incidência de ☛ Há quanto tempo o trabalhador está afastado do
hipertensão arterial, de gastrite e úlcera gás- ambiente de trabalho até o momento do exame.
trica, a alterações do sono e neuropsíquicas. Exame Médico
☛ Avaliação da orofaringe, pescoço e orelha
COMO AVALIAR ou pavilhão auditivo externo;
A AUDIÇÃO ☛ Otoscopia: com auxílio de aparelho conhecido
como otoscópio o examinador verifica se existe
Todos os trabalhadores que trabalham em oclusão do canal auditivo por cera, se existe
ambientes com níveis de ruído maior ou igual a secreção, se a membrana timpânica está íntegra;
85 dB, devem ser submetidos à avaliação da ☛ Audiometria: é o exame que permite avaliar
situação auditiva, durante os exames periódi- a existência ou não da deficiência auditiva e
cos, ou sempre que apresentarem sintomas. sugerir se esta deficiência pode decorrer da
A avaliação do trabalhador deve incluir: exposição a ruído.
Dados gerais informados pelo trabalhador e Para sua realização devem ser obedecidos
pela empresa os seguintes procedimentos:
☛ Dados sobre tempo de exposição a ruído 1. O trabalhador deve estar afastado da
conhecida ou presumidamente elevada; exposição há pelo menos 14 horas. Para a rea-
☛ Informação do trabalhador sobre sua audição lização de levantamentos gerais, pode ser rea-
– se precisa aumentar o volume de rádio ou TV lizado exame após meia hora de afastamento e
em casa, se ouve bem na presença de ruído de no caso de revelar-se alterado (diminuição de
fundo ou quando várias pessoas estão conver- 15 decibéis com relação a audiometria anterior
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ou de base), deve ser repetido com pelo menos são unilaterais, sugerem outras causas como
14 hs de afastamento da exposição; virais, vasculares, esclerose sistêmica, neu-
2. O trabalhador a ser examinado deve ficar roma, doença de Meniere, traumatismo cra-
no interior de uma cabine audiométrica(com niano ou uso de medicamentos ototóxicos;
isolamento acústico); ☛ a lesão ser sensorial, ou seja na audiometria
3. Devem ser testadas as freqüências de estão alteradas tanto a testagem por via aérea
0,25, 0,5, 1,0, 2,0, 3,0, 4,0, 6,0, 8,0 KHz para a como pela via óssea;
via aérea e caso estas freqüências apresentem ☛ na grande maioria dos casos acometem os
alteração superior a 15 decibéis, devem ser tes- dois ouvidos. O acometimento de apenas 1
tadas as freqüências de 0,5, 1,0, 2,0, 3,0 e 4,0 ouvido é mais encontrado em exposições a
KHz pela via óssea; ruído de impacto, em traumas provocados por
4. O aparelho, audiômetro deve estar cali- explosões ou nas situações de outra natureza,
brado conforme normas internacionais(ANSI antes descritas;
S3.6) e ser testado diariamente antes de iniciar ☛ na audiometria, as freqüência de 4,0 ou 6,0
os exames; KHz se alteram primeiro, depois sendo alterada
5. A cabine acústica deve ser silenciosa, as freqüências de 3,0, 8,0 2,0, 1,0, 0,5 e 0,25
não ultrapassando, no seu interior, valores pre- KHz. Estas 3 últimas freqüências só se alteram
conizados por normas técnicas, sendo a mais nos caso mais graves de surdez;
empregada a Norma OSHA-1983. ☛ nas perdas mais graves, o reflexo estape-
☛ Outros testes complementares podem ser diano está ausente ou alterado.
realizados como a discriminação vocal e Nas Figuras 6 a 9 (páginas 18 a 21) são
impedanciometria. O primeiro de pouca utili- exemplificadas diversas situações.
dade pratica e o segundo, a critério do exami-
nador, serve para avaliar melhor as altera- COMO CONSERVAR
ções auditivas de outra natureza e para pes- SUA AUDIÇÃO
quisar o reflexo do músculo estapédio que
permite na verificação da existência do fenô- Para preservar a audição ou evitar que ela
meno de recrutamento, muito freqüente na se deteriore, não basta sabermos dos efeitos
surdez por ruído. do ruído e nem realizar os exames médicos e o
Como interpretar os resultados da avaliação diagnóstico, é necessário implantar na empresa
Considera-se alterado o exame realizado uma série de procedimentos que pode ser
em repouso acústico (mais de 14 hs sem expo- denominado de Programa de Conservação
sição), que apresenta diminuição da audição Auditiva (PCA).
acima de 25 decibéis (dB) em qualquer fre-
qüência. Até este valor, ou seja, alterações de No que consiste o Pr ograma de
até 5, 10,15, 20 e 25 dB são consideradas Conservação Auditiva?
variações dentro da faixa de normalidade.
São características de alterações induzidas Avaliação e monitoramento ambiental
pelo ruído:
☛ surgem geralmente após vários anos de tra- Todo ambiente de trabalho com suspeita de
balho; quanto mais intensa a exposição, mais ser ruidoso - o que acontece em quase todas as
cedo as alterações se manifestam. Alterações atividades industriais, atividades de serviço
neurosensoriais que surgem agudamente ou como trabalhadores no tráfego em grandes
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Exposição a ruído
cidades, operadores de máquinas agrícolas, tituição das velhas máquinas barulhentas por
entre outras - deve ser avaliado quanto aos novas e principalmente nas novas aquisições
níveis de ruído que podem atingir o trabalhador. isto ser levado em consideração.
Este avaliação deve consistir: ☛ enclausuramento de máquinas. Por exem-
☛ na identificação de fontes geradoras de plo compressores podem ser todos acondicio-
ruído; nados em caixas revestidas de materiais que
☛ na identificação das causas da geração do absorvem o ruído, diminuindo sua emissão
ruído, se por falta de manutenção do equipa- para o ambiente;
mento, por excesso de velocidade ou por ser ☛ Colocação de dispositivos silenciosos em
originariamente ruidoso; motores, no ar comprimido, nas furadeiras;
☛ número de trabalhadores expostos; ☛ Serras circulares com discos contendo
☛ escolher o melhor método e instrumental materiais que acomodam a dilatação produzida
adequado para realizar as medições – se é pelo aquecimento, reduzindo a vibração e a
necessário usar dosímetro, analisador de fre- emissão do ruído;
qüência, ou se são suficientes medições instan- ☛ Instalação de suportes amortecedores sob
tâneas; as máquinas, para reduzir sua vibração e ruído;
☛ programar os momentos e a periodicidade ☛ Colocação de anteparos com materiais para
das medições, por exemplo, sempre que novas isolar setores mais ruidosos;
máquinas ou equipamentos são empregados. ☛ Realizar tratamento acústico em paredes e
tetos. Atualmente são abundantes os materiais
Implantação de medidas de controle produzidos para esta finalidade.
Na figura 5 pode-se ver uma representação
Pouco adianta realizar as avaliações, se esquemática das possibilidades sugeridas.
não forem tomadas medidas que reduzam a Medidas sobre a organização do trabalho:
geração de ruído e impeçam a exposição do ☛ redução da jornada de trabalho;
trabalhador ao ruído. ☛ realização de pausas de 15-30 minutos, em
Medidas que podem ser tomadas para ambientes silenciosos, durante a jornada de
melhor controle ambiental: trabalho;
☛ Sugerir nas reuniões da CIPA, das Comis- ☛ redução do ritmo de trabalho, freqüente-
sões de Fábrica, Sindicato e Serviços de mente responsáveis por acidentes e também
Higiene e Segurança das empresas, que novos geradores de maior nível de ruído;
equipamentos e alterações nas edificações ☛ determinadas máquinas mais ruidosas
levem em conta a preservação de um ambiente devem funcionar em horários com menor
com níveis de ruído que obedeçam aos limites número de pessoas presentes.
de exposição da legislação, de 85 dB por 8
horas de exposição diária. Muitas máquinas Indicação de protetores auriculares
comercializadas no Brasil, não contam com dis-
positivos de proteção contra acidentes e contro- Embora seja comum responsáveis das
ladores de ruído, como as mesmas máquinas empresas recomendarem os protetores auricu-
comercializadas no exterior; lares como medida isolada de controle do ruído,
☛ atualmente já existem máquinas como pren- deve-se ressaltar que este tipo de conduta não
sas, teares e tornos silenciosos, que emitem tem apresentado resultados satisfatórios, com-
ruído abaixo de 85 dB. Deve ser exigida a subs- provado pela ocorrência de danos, quando os
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trabalhadores são submetidos a exames audio- espectro de freqüência do ruído do ambiente e
métricos. do espectro de atenuação do protetor. Um
O erro de posicionamento, a manutenção e mesmo protetor não tem a mesma eficiência
trocas inadequadas e o tempo efetivo de uso, de atenuação para diferentes tipos de ruído e,
estão entre as causas mais comuns dos prote- para um ruído com determinadas característi-
tores atenuarem abaixo do limite inferior de sua cas, protetores diferentes oferecerão diferen-
capacidade de redução do ruído. Protetores tes tipos de atenuação. Ele poderá atenuar
velhos e sujos também perdem em eficiência. diferentemente um ruído emitido por uma
A atenuação sugerida pelos fabricantes de serra circular em relação ao de um compres-
protetores auriculares, não leva em conta as sor, mesmo que ambos possuam o mesmo
condições adversas do trabalho como calor, valor em dB(A).
sujidade, barba, tamanho e formato do ouvido, O tempo de utilização real do protetor,
que de uma forma ou de outra não permitem a para atingir os valores das atenuações assu-
utilização ótima e constante do equipamento. midas pelos fabricantes, deve ser de 100%
da jornada de trabalho, em condições ótimas,
É importante ter presente, que a atenuação o que não corresponde à realidade na grande
fornecida por um aparelho, normalmente não maioria dos casos. Por menor que seja o
tem relação direta com proteção da audição. tempo que o protetor deixou de ser usado,
esse tempo é significativo, pois este ruído é
Aatenuação de um protetor auricular não é adicionado ao nível de ruído que atingia o
igual para qualquer tipo de ruído. Depende do ouvido com o protetor. Curtos períodos de
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Avaliação e monitoramento da rar com os exames futuros. A legislação de
audição dos trabalhadores. Segurança e Saúde no Trabalho, através da
Norma Regulamentadora 7, determina a rea-
Consiste na realização da avaliação audi- lização de novo exame 6 meses após inicio
tiva em trabalhadores, que complementam as do trabalho
avaliações ambientais. ☛ Uma vez por ano, quando nível de ruído no
Muitas vezes pensamos que um ambiente ambiente estiver entre 80 e 100 dB;
está controlado e quando os trabalhadores são ☛ Uma vez a cada 6 meses, se o nível de ruído
examinados verifica-se que apresentam doen- no local de trabalho ultrapassar 100 dB;
ças, sendo assim muito importante a realização ☛ Por ocasião de mudança de setor ou função
de exames que monitorem a situação de ou na saída do emprego.
saúde. Como avaliar o resultado do monitora-
Recomenda-se que sejam submetidos mento?
à avaliação audiológica todos os trabalha- ☛ sempre que possível, os exames devem ser
dores: comparados com o audiograma de base;
☛ Antes de iniciar suas atividades em um ☛ sempre que a média dos limiares medidos
ambiente que se saiba ou presuma-se que nas freqüências 3,0, 4,0 e 6,0 KHz ultrapassar
os níveis de ruído são superiores a 80 dB. em 10 dB a média obtida na audiometria ante-
Este exame inicial chamamos de audio- rior ou de base, ou quando ocorrer piora igual
grama de base, sendo muito importante o ou superior a 15 dB em uma das freqüências –
trabalhador guardar uma cópia para compa- 3,0, 4,0 ou 6,0 KHz, é indicativo que o Pro-
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Exposição a ruído
grama de Conservação Auditiva está falho e O ruído é definido como agente nocivo,
que a audição do trabalhador está sendo afe- insalubre, ao homem, na Norma Regulamenta-
tada; dora 15 (NR 15) da referida Portaria, que define
☛ nesta situação devem ser tomadas medidas os limites de Exposição.
que impeçam a progressão da lesão, que pode Anacrônica, esta Norma ainda mantém
incluir redução da jornada, pausas, mudança conceitos errados sobre os critérios para
de função, além da identificação de fontes estabelecer os limites de exposição.
emissoras não controladas. Enquanto a maioria das normas internacio-
nais e a própria Norma NHO 01 da FUNDA-
ASPECTOS DA CENTRO, de 1999, refere que a cada
LEGISLAÇÃO aumento do nível de ruído em 3 dB o limite de
exposição deve ser reduzido pela metade, a
Comentamos a seguir, alguns aspectos da NR 15 define que a redução da exposição à
legislação, relacionados a exposição a ruído. metade deve ocorrer a cada aumento de 5 dB
nos níveis de ruído no ambiente.
Legislação de Segurança Na Norma Regulamentadora 7 (NR 7), que
e Saúde no Trabalho trata das avaliações de saúde, houve conside-
rável avanço. A Portaria 19, de abril de 1998,
Esta legislação faz parte do capítulo V da emitida Ministério do Trabalho (Diário Oficial da
CLT e é regulamentada pela Portaria 3214 de União de 22/04/98), incorporou métodos ade-
1978, com as alterações subsequentes. quados de realização de exames e critérios
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para diagnósticos, semelhante aos utilizados Embora esse decreto faça muita confusão
anteriormente neste manual. nas definições, mantém a expressão "trauma
acústico" como sinônimo de alteração auditiva -
Legislação na prática, preconiza indenização quando o
Pr evidenciaria trabalhador tiver:
☛ Perda da audição – definida como a redução
A legislação previdenciaria (INSS) vigente superior a 90 decibéis, em um ou nos dois ouvi-
foi estabelecida pelas Leis 8.212 e 8.213 de dos, desde que relacionados a exposição ou;
1991, alterada pelas Leis 9.032/95 e 9.528/97 e ☛ redução em grau médio ou superior em
regulamentada pelo Decreto 3.048 de 06 de ambos ouvidos. Define grau médio como a
maio de 1999. redução da audição entre 41 e 70 dB.
No Anexo II e nas lista A o ruído esta As perdas são calculadas pela média arit-
incluído entre os agentes nocivos à saúde, cuja mética das freqüências de 05, 1,0, 2,0 e 3,0
exposição pode determinar a ocorrência de KHz.
doença profissional. A Norma Técnica, publicada pelo Ministério
O Anexo III do Decreto 3.048 de 06 de maio da Previdência e Assistência Social em 1998,
de 1999, estabelece as condições a que o tra- apresenta recomendações que acompanham
balhador tem direito a receber indenização na as sugestões da legislação de segurança do
forma de auxílio-acidente, repetindo com dis- trabalho. Mas seus aspectos positivos não
cretos avanços, o anacrônico regulamento foram incorporados no Decreto que regulamen-
anterior, de 1991. tou os benefícios da Previdência Social.
9
Figura 9. Audiograma com perda induzida pelo ruído e por outra
causa – veja que existem alterações nas freqüências baixas,uma certa
melhora e depois piora nas altas freqüências,que sempre se alteram
primeiro na exposição ao ruído
dB KHz 0,25 0,5 1,0 2,0 3,0 4,0 6,0 8,0
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
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Exposição a ruído
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ALGUNS EXEMPLOS PRÁTICOS DE COMO
CONTROLAR A EXPOSIÇÃO A RUÍDO
Vibração em sólidos ou fluidos
A condução aérea do som é geralmente causada pela vibração em sólidos ou turbulência em fluidos
As vibrações das cordas em um instrumento musical são transmitidas através do cavalete para a caixa sonora,
o som é transmitido para o ar. Uma bomba de circulação de água produz variação de pressão em um sistema
aquecido. As ondas sonoras são transmitidas através dos tubos para os radiadores, que por terem uma grande
superfície metálica transmitemo som para o ar.
PRINCÍPIOS
EXEMPLO
O fluxo turbulento do fluido dentro das tubulações produz sons
que podem ser transmitidos pelas tubulações
e até mesmo pelas estruturas das construções
SOLUÇÃO
Além da redução da turbulência
do fluido dentro da tubulação,
esta tubulação pode ser revestida
com material absorvente.
As vibrações podem também ser isoladas da
parede ou do teto através de mecanismos de
conexões flexíveis
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Exposição a ruído
PRINCÍPIO
As vibrações do trem sobre o trilho podem ser ouvidas
a longas distâncias.
EXEMPLO
As vibrações de um elevador
são transmitidas através da
estrutura da construção.
SOLUÇÃO
O cabo do elevador pode ser
isolado da estrutura da con-
strução.
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Ruídos com baixa e alta frequências
Quanto mais lenta a repetição, mais baixa a frequência do ruído
O nível de ruído de baixa frequência em uma fonte sonora é determinado principalmente, por mudanças na
força, pressão e velocidade. Quanto mais longo o tempo entre as mudanças, mais baixa a frequência do ruído
gerado. O nível de ruído depende da intensidade das mudanças.
EXEMPLO
Duas engrena-
gens têm o
mesmo diâmetro
de passo, porém
número de
dentes diferente.
Se elas girarem
na mesma veloci-
ade, a
engrenagem com
menos dentes
produzirá um
ruído de frequên-
cia mais baixa,
porém mais difícil
de ser tratado
acusticamente.
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Exposição a ruído
EXEMPLO
A transmissão do ruído através do
painel de controle do sistema
hidráulico é muito grande.
SOLUÇÃO
Com o destacamento do painel do
sistema a superfície
vibratória é reduzida,
e portanto o nível de
ruído diminui.
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Ruído decor rente da vibração de placas -
influência do comprimento e espessura
Uma placa longa e estreita produz menos som do que uma placa quadrada
Quando uma placa é submetida à vibração, um excesso de pressão de ar é formado em um lado da placa e do
outro alternadamente.
O som advém de ambos os lados. Adiferença de pressão tende a ser balanceada nas proximidades das bordas,
diminuindo assim a emissão do ruído. Portanto placas longas e streitas emitem níveis de ruído menores.
EXEMPLO
A utilização de uma correia larga
resulta em uma grande quantidade
de ruído de baixa frequência.
SOLUÇÃO
A correia larga é trocada por cor-
reias estreitas e separadas por
espaçadores. Esta condurta
diminui os níveis de ruído de baixa
frequência.
-27-
Exposição a ruído
A colocação de pequena quantidade de material isolante pode diminuir os picos de ressonância e, em conse-
quência disso, diminuir sensivelmente o ruído.
PRINCÍPIOS
EXEMPLO
Ao se afiar a lâmina de
uma serra circular o nível
de ruído é muito elevado
porque o ruído ressoa,
dado que não há
amortecimento da serra.
SOLUÇÃO
Acoplando a esta serra
um disco rígido apoiado
a ela por um disco de
borracha aumentam
simultâneamente a
massa e o amorteci-
mento da lâmina, redu-
zindo assim o ruído cau-
sado pela ressonância.
- 28-
Ruído da vibração de máquinas - monta g em de máquinas
Ruídos transmitidos pelas tubulações podem ser evitados
O isolamento contra vibrações pode tornar-se ineficaz se as vibrações foram transmitidas pelas canalizações,
tais como tubulações, condutores elétricos etc.
Para se conter a transmissão das vibrações, as canalizações devem ser flexíveis ou conter partes flexíveis.
PRINCÍPIOS
EXEMPLO
Sistemas de resfriamento
podem ser importantes
fontes de ruído causado
pela alta pressão no
fluido dos compressores.
SOLUÇÃO
Os compressores
podem ser
isolados da
vibração por meio de
molas de aço. Além
disso devem ser usadas
conexões flexíveis em
todas as tubulações
internas e de
descarga.
- 29-
Exposição a ruído
PRINCÍPIOS
EXEMPLO
Os isolantes de vibrações são feitos de vários materiais e de diversa formas.
-30-
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