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Estudos Bíblicos para Escola Sabatina

Jesus Cristo:
Imagem de Deus

Lições da Escola Sabatina


Jovens e adultos

Tradução
Jonas Sommer

Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira


Curitiba
2007
As Lições Bíblicas e Leituras estão baseadas nas Lições Bíblicas
Internacionais para o Ensino Cristão, (International Bible Lessons for
Christian Education) copyright © 2005.
“The Helping Hand” é publicado trimestralmente pela:
Seventh Day Baptist Board of Christian Education, inc.
P. O. Box 115, Alfred Station
New York, 14803-0115.
Publicado no Brasil com a Devida Autorização
e com Todos os Direitos Reservados Pela:
Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
Caixa Postal 565 - 80.0001-970 - Curitiba/PR
e-mail: secretaria@cbsdb.com.br
www.cbsdb.com.br
Revisão de Texto:
Dc. Marlene de Oliveira Garcia
Vanise Macedo Maria.
Revisão Teológica:
Pr. Jonas Sommer
Capa:
Eduardo Schwarz - i9 desing - Joinville / SC
Diagramação:
Pr. Jonas Sommer
Impressão:
Gráfica e Editora Viena
Tiragem:
1.400 exemplares

Todas as citações bíblicas, salvo outra indicação, foram extraídas da


Versão Revista e Atualizada de João Ferreira de Almeida, publicada pela
Sociedade Bíblica do Brasil (©1999)

Título original em inglês deste volume:

“Jesus Christ: A Portrait of God”


Quando houver diferenças entre a versão em inglês e em português
da The Helping Hand, a versão em inglês representa
a língua original do autor.
Sumário

Página do editor......................................................................7

Jesus Cristo: A imagem de Deus

Unidade I – Cristo, a imagem de Deus


1. Quem é Jesus ................................................................. 9
2. O que Deus diz sobre Jesus ........................................ 19
3. Luz que conquista ........................................................ 29
4. O Verbo tornou-se carne ............................................. 39
5. Humilhação e exaltação .............................................. 49

Unidade II – Cristo sustém e suporta


6. “Eu sou lá de cima” ..................................................... 59
7. Jesus é a autoridade e o juiz ....................................... 69
8. Jesus é o pão e a água da vida ................................... 79
9. “Eu sou a luz do mundo” ............................................ 89

Unidade III – Cristo guia e protege


10. “Eu sou o bom pastor” ............................................... 99
11. “Eu sou a ressureição e a vida” ............................... 109
12. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” ................ 119
13. “Eu sou a videira verdadeira” .................................. 129

Colaboradores .................................................................... 138


Obras Citadas e Versões Bíblicas ........................................ 139
Lições para o próximo trimestre ........................................ 141

Eric Davis
Editor
Página do Editor
Alguma vez você já olhou para uma obra de arte moder-
na e consumiu mais de cinco minutos tentando decifrar o que
ela representava? Pode ser até que desista de entender o que
o artista tinha em mente... Seja lá o que ele tentou comunicar,
aquilo permaneceu obscuro.
Neste trimestre, olharemos para Jesus como a imagem
de Deus. Contudo, felizmente, não teremos que decifrar o
que estamos olhando. O Novo Testamento dá uma clara ima-
gem de Jesus, apontando-nos para a figura de Deus.
Nossos estudos englobam três unidades; elas apresen-
tam Jesus Cristo e provêem lições de sua obra, ou seja, uma
armação teológica para entendermos de onde Jesus veio, bem
como uma perspectiva prática sobre o que veio fazer.
A unidade I - “Cristo, a imagem de Deus” – traz cinco
lições projetadas para serem um estudo apropriado sobre o
primeiro advento. No item um, há a indagação básica sobre
quem é Jesus Cristo. A segunda parte explora o que Deus tem
a dizer em resposta a essa pergunta. A seguinte examina Jesus
como a luz que vem para conquistar. A quarta lição enfoca-o
como o verbo que se fez carne para viver entre a humanida-
de. E, por último, analisa-se como os assuntos de humilhação
e de exaltação convergiram em Jesus por um exame das
passagens de várias cartas do Novo Testamento.
A unidade II - “Cristo sustém e suporta” - tem quatro
lições que examinaram algumas das afirmações “Eu sou”
registradas no evangelho de João. As duas primeiras partes
estabelecem que Jesus tem poder para sustentar e suportar-
nos, porque veio do alto e tem autoridade e força. As últimas
exploram-no como o pão da vida, a água viva e a luz do
mundo. Em cada uma delas, veremos que Jesus identificou-
se com as necessidades das pessoas.
A terceira e última unidade, “Cristo guia e protege”, tem
quatro lições que também enfocam o “Eu sou” do evangelho
de João. Aqui, explora-se a relação de Jesus com os cristãos
7
sob uma perspectiva corporativa. Na parte 10, vemos que ele
é o bom pastor do rebanho. Na seguinte, examina-se Jesus
como a ressurreição e a vida e, na lição 12, olha-se para ele
como o caminho, a verdade e a vida. O último item explora
de que maneira permanecemos vitalmente vivos, como uma
comunidade, sendo conectados a Jesus - a videira verdadeira.
Enquanto estudo as lições, oro para que você - ao olhar
para Jesus como um retrato de Deus - tenha uma compreen-
são mais rica de quem que é nosso Pai.

Eric Davis
Editor

8
Quem é Jesus Cristo?
Colossenses 1.15–23

Meditações Bíblicas Diárias


Stephanie Ritchie

Domingo, Lucas 1.5-20


Alguma vez você foi “privado” de alguma coisa por
Deus ter algo melhor para lhe dar? Isabel e Zacarias eram
servos fiéis do Senhor, porém não tinham filhos. Quando
o anjo Gabriel falou a Zacarias do nascimento de um bebê
seu, ele não acreditou. Em função da idade avançada, não
se sentia fisicamente capaz, e pela descrença, o anjo casti-
gou-o.
É fácil descrer de Deus quando você é usado à ma-
neira dele. Contudo, como é maravilhoso quando confia-
mos em Deus, e ele dá a nós coisas que nunca pensamos
poder ter!

Segunda, Lucas 1.21-25


Já lhe disseram que paciência é uma virtude? E pode ser
sua ruína ou salvação. Isabel, sabendo-se estéril, compreen-
dia que fora Deus quem a impedira de ter filhos. Sendo
assim, quando o tempo de engravidar chegou, sabia que era
também Deus quem lhe dava um bebê. Sua paciência em
Deus proveu força ao dar ao Senhor os créditos por lhe tirar a
desgraça (naquele tempo, era algo muito vexatório uma mu-
lher ser estéril).
Aqueles momentos em que tudo que você quer é ser
impaciente são justamente as ocasiões nas quais Deus tenta
lhe ensinar a paciência. Esteja atento!
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007

Terça, Lucas 1.67-80


Alguma vez você esteve tão alegre a ponto de não se
conter? Tudo que poderia fazer era saltar, correr, gritar, cantar
e louvar a Deus? Foi exatamente isso que aconteceu com
Zacarias. Sua canção versa sobre seu filho preparando o ca-
minho para o Messias. Freqüentemente, em nossa vida, per-
demos muito quando não damos a Deus o devido crédito
pelas bênçãos dadas por ele. Zacarias aproveitou a oportuni-
dade para louvar a Deus. Com que freqüência você dá a
devida honra ao nosso Senhor?

Quarta, Mateus 3.1-6


No musical “Godspell”, João Batista canta uma canção
chamada “Preparem o caminho para o Senhor”. Nela, procla-
ma que um homem maior que ele está vindo. Nós sabemos
que o Senhor está voltando, porém não temos certeza do
momento.
Preparem o caminho, proclama João Batista, pois o “rei-
no dos céus está próximo”. Você tem conhecimento de que a
expressão “reino dos céus” é empregada 33 vezes somente
no evangelho de Mateus? Sabemos que o reino dos céus está
próximo; então, precisamos nos preparar para ele! Você está
“esperando e apressando a vinda do Dia de Deus”?

Quinta, Isaías 9.2-7


Você, alguma vez, desejou saber por que temos compre-
ensão tardia, mas não previsão? Se possuíssemos o dom de
prever, nossa vida seria diferente, não seria? Faríamos outras
escolhas... Deus possui a capacidade da previsão por um
motivo: só ele é onisciente.
Ao prometer seu filho, o Senhor sabia o resultado da
vinda de Jesus. Tinha conhecimento acerca dos lugares aon-
de Jesus iria e o que faria. Freqüentemente, queremos saber o
futuro. Contudo, precisamos confiar em Deus já que ele co-
nhece o resultado de nossas decisões e nós, não. Urge crer e

10
QUEM É JESUS CRISTO

descansar, porque estamos em boas mãos - nas mãos de


Deus!

Sexta, Colossenses 1.9-14


Quando lê os escritos de Paulo, você sente como se ele
estivesse falando diretamente com você? Percebe que as ora-
ções por aquelas pessoas também são preces por você, por
sua família e/ou por sua igreja? Em sua caminhada diária
com Deus, você tenta entender sua vontade? Tem buscado
adquirir sabedoria e entendimento espiritual (verso 9)?
Primeiramente, precisamos compreender que Cristo é o
cumprimento dos propósitos redentores de Deus. Temos de
perceber que a salvação é para todas as pessoas; então, deve-
mos viver de acordo com suas intenções para nós. Paulo
queria que todos entendessem qual é a vontade do Senhor.
Você deseja saber qual é a vontade dele para sua vida?

Sábado, Colossenses 1.15-23


Em sua mente, você pode ter a imagem de quem Jesus
é, como se parece e qual o som da sua voz. É confortador
poder ler sobre quem Jesus é. Porém, torna-se difícil conhecer
alguém sem ter tido um encontro com tal pessoa, não é mes-
mo?
Jesus é Deus; e não há dúvida alguma acerca disso. Ele
é “a imagem do Deus invisível” (verso 15). Por Cristo, pode-
mos nos relacionar com Deus. Conhecemos Deus, pois co-
nhecemos Cristo. É agradável saber que há só um caminho
que leva a ele.

11
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


Colossenses Colossenses Isaías
1.15-23 1 9.2-7

Verso Áureo
“Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de
toda a Criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos,
sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo
foi criado por meio dele e para ele.” (Colossenses 1.15-16)

Núcleo da lição
Às vezes, as pessoas lutam para entenderem quem é
Deus. Há algum meio pelo qual podemos obter tal compre-
ensão? A passagem de Colossenses afirma que Jesus, o Filho
do Deus Altíssimo, é tanto humano quanto divino; e é ele
quem revela Deus a nós.

Perguntas para estudo do texto:


1. Para quem Paulo escreveu esta carta? Quem plantou a
igreja para a qual ele estava escrevendo?

2. A partir do texto, o que pode dizer a respeito da visão de


Paulo sobre Jesus? Quem é Jesus? Como Paulo traduziu o
entendimento judaico acerca do Messias aos gregos já que
poderiam não entender a necessidade de um Messias?

12
QUEM É JESUS CRISTO

3. O que significa Cristo ser “o cabeça da igreja”? Em que


sentido a igreja deve sua existência a ele?

4. Por que Deus exaltou Jesus? Por que a Jesus foi dado o
primeiro lugar? O que significa ter essa primazia?

5. O que significa reconciliação? Por que a Criação precisou


ser reconciliada? Como Jesus tornou-se nossa reconcilia-
ção? Como nossa reconciliação com Deus é impactada por
nossa fidelidade ao evangelho?

6. Como você pode ajudar os curiosos sobre Deus a entende-


rem que ele é revelado através de Jesus Cristo?

7. Em que parte você encaixa-se na questão de trazer recon-


ciliação ao mundo ao seu redor?

13
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh

Um paradoxo mais engenhoso (O “inconcebível”)


No outono de 2005, cientistas anunciaram ter feito uma
dúzia de átomos girar à direita e à esquerda ao mesmo tem-
po, criando, assim, uma sincronia perfeita. Isso parece clara-
mente impossível; todavia, é o mais recente “impossível” rea-
lizado pela Física Quântica! Ao buscarmos conhecer a Deus,
entender quem ele é, estamos continuamente frente ao “im-
possível”.
Eu gastei os últimos meses estudando o desenvolvi-
mento da igreja cristã, nos cinco primeiros séculos, e as maio-
res controvérsias e cismas relacionadas à “impossível” nature-
za de Cristo. Como Deus pode ser três em um? Como Jesus
pode ser Deus e homem ao mesmo tempo? Algumas pessoas
tentaram resolver esses paradoxos com declarações, afirman-
do que Jesus não era totalmente Deus ou que não era inteira-
mente homem.
Nesta passagem, Paulo assevera a humanidade de Cris-
to, sua unidade conosco e sua divindade, ou seja, sua unida-
de com o Pai. Ele também dá uma sugestão do porquê de o
paradoxo ser o maior milagre de todos: a natureza impossível
e inconcebível de Cristo permite-nos ver o invisível e partici-
par do impossível - um relacionamento com Deus.

Colosso
Sem uma pausa para respiração, depois de saudar os
cristãos em Colosso, Paulo lança uma das mais claras e com-
pletas descrições de quem é Cristo. O apóstolo não faz rodei-
os; imediatamente tenta resolver o problema primário que a
igreja local enfrentava. Ele preocupava-se em não deixar
que algum falso mestre escravizasse aqueles cristãos com “fi-
losofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições
humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não
14
QUEM É JESUS CRISTO

em Cristo” (Colossenses 2.8, NIV). Tais ensinos mentirosos


incluíam o autoflagelo, o tratamento severo do corpo e a
adoração de anjos (Colossenses 2.18-23). Os colossenses per-
seguiam visões ao invés de se concentrarem em Cristo, o
cabeça da igreja. Na verdade, tentavam ajustá-lo a seus pa-
drões de adoração e de pensamento, em lugar de permitirem
que Jesus Cristo transformasse seus padrões e pensamentos;
pois em Cristo está a “riqueza do pleno entendimento a fim
de conhecerem plenamente o mistério de Deus, a saber, Cris-
to. Nele, estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e
do conhecimento” (Colossenses 2.2,3, NVI). Parece que aqueles
homens perdiam o sentido de quem Cristo era. Paulo tem,
portanto, a intenção de corrigi-los.

Deus invisível
No verso 15, Paulo diz que Cristo é “a imagem do Deus
invisível”. A última parte desse verso mostra Deus como invi-
sível. Isso somente significa que nós não podemos vê-lo: ele
transcende toda a concepção que temos a seu respeito! Não é
simplesmente um avô bondoso no céu, nem um juiz de bar-
bas brancas, muito menos um tirano déspota. Realmente, é
ridículo supor que nós - seres finitos, espiritualmente míopes
e, geralmente, desajeitados - poderíamos entender o Deus
Criador na sua plenitude; ele que é imortal, infinito e tremen-
do! Felizmente, para Deus não há impossíveis. Nós dizemos,
“inconcebível!” e ele responde: “Eu não penso que isso signi-
fica o que você pensa que significa.” Para nossa sorte, o Deus
invisível decidiu revelar-se a nós.

Um quadro perfeito
A primeira parte do verso 15 diz que Jesus Cristo é a
imagem de Deus. Mais que uma fotografia, a palavra aqui (e
também o restante do texto) sublinha a igualdade da imagem
de Cristo com o original - vê-lo é ver o Pai (João 14.9). Contu-
do, há um outro paradoxo: isso significa que podemos ver o
15
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007

que não pode ser visto! Jesus expressa essa relação crítica em
Mateus 11.27b e diz: “Ninguém conhece o Filho a não ser o
Pai, e ninguém conhece o Pai a não ser o Filho”. Esse é um
círculo fechado, sem lugar para nós. Agradeça a Deus, pois o
verso não termina assim, mas continua dizendo: “...e aqueles
a quem o Filho o quiser revelar”.
Para que isso seja possível, é necessário que Cristo real-
mente seja Deus e que nós de fato possamos vê-lo e conhecê-
lo. A preocupação principal de Paulo, nesta passagem, é esta-
belecer a natureza divina de Cristo. Essa é, certamente, a
reivindicação mais fantástica! Nos versos 16 a 19, o apóstolo
afirma que, por ele, é que tudo foi criado; ele é o propósito
para o qual o mundo existe e, por ele, todas as coisas conti-
nuam existindo. Toda a “abundância/plenitude” de Deus re-
side nele. É a causa e o propósito do universo; é o Começo.
Assim, percebemos que é tudo o que designamos a Deus.
Assim, estamos seguros de que, se podemos nos aproximar e
conhecer Jesus, também estamos nos aproximando e conhe-
cendo Deus.
Nos versos 20 a 23, Paulo mostra como Jesus atravessou
a brecha infinita entre nós e Deus. Estávamos em guerra com
o Senhor apesar de ele ter feito paz pelo seu sangue vertido
na cruz. Nós parecemos alienados e hostis; ele reconciliou-
nos e fez de nós santos e inocentes, além da repreensão.
Paulo, embora tenha sido mais explícito em outras passagens,
também deixa claro aqui que apenas o corpo físico de Jesus
foi pregado na cruz. Ele (nos) “reconciliou no corpo da sua
carne” (Colossenses 1.22). Cristo não é apenas a imagem de
Deus que podemos ver e conhecer; é uma figura humana na
qual se consegue tocar. Além disso, ele curou nossa cegueira
e abriu nossos olhos de forma que podemos ver completa-
mente sua imagem. Por causa de Jesus, enxergamos; e, nele,
vemos a Deus!
Se, então, Jesus é Deus, e olhando para aquele vemos
quem este é, o que vemos? Leia os evangelhos novamente
com esta idéia: Jesus é Deus. Então, o que eles contam sobre
16
QUEM É JESUS CRISTO

o Senhor? Quando Jesus teve compaixão e curou aqueles


que estavam ao seu redor, o que isso diz sobre Deus? Quan-
do Jesus fica bravo, ou lamenta, ou serve quietamente, ou
ensina, ou ora, e ao longo de tudo, da forma como ele ama,
olhamos sempre a atividade do próprio Deus. Embora este
provavelmente não seja um conceito novo para qualquer um
de nós, isso deveria continuar sendo algo a nos maravilhar e
a surpreender sempre!. Afinal de contas, é inconcebível.

Anotações

17
Lição 01 Sábado, 06 de Outubro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explore e interprete o ponto de vista de Colossenses sobre


Jesus como o criador e o sustentador do universo.

2. Ajude os participantes a discutirem como eles vêem Deus


revelado em Jesus Cristo, e que diferença isso faz na fé de
cada um.

3. Encoraje os alunos a orarem, para a próxima semana, usan-


do esta mesma passagem, focalizando o que ela diz sobre
Deus e sobre Jesus, e o que isso significa para eles.

Atividade pedagógica
Conduza os alunos a escreverem uma oração baseada
nos conteúdos da passagem de hoje. Encoraje-os a rezarem-
na a cada dia, durante a outra semana. Termine cantando um
hino apropriado, como “Há poder no nome de Jesus” ou
“Todo poder pertence a Jesus”.

Olhando adiante
Aprenderemos mais sobre Deus, o Pai, através de Deus, o
Filho.

18
O que Deus diz Sobre Jesus
Hebreus 1.1-9

Meditações Bíblicas Diárias


Stephanie Ritchie

Domingo, Mateus 12.15-21


É maravilhoso saber que Jesus não veio curar o saudá-
vel, mas sim o doente. Ele veio para alimentar o faminto,
ajudar o pobre e dar esperança ao desesperado. Antes de
seguirem Cristo, muitas pessoas vagam pela vida, sem propó-
sito ou direção. Quando se tornam suas discípulas, passam a
ter esperança, propósito e direção. Deus sabia o que estava
fazendo ao enviar Jesus ao mundo. É maravilhoso também
termos total fé no Senhor!

Segunda, Lucas 1.26-33


Na obra Romeu e Julieta, a protagonista chora por cau-
sa do nome do amado: “O que há de errado num nome?”
Tudo que ela queria era estar com ele; contudo, por causa do
sobrenome da família a que pertencia, fora proibida. Afinal,
suas famílias eram inimigas. No fim, ambos se mataram por
não poderem continuar juntos. Tanto drama por causa de um
nome!
Isso pode não significar muito hoje, mas Deus sabia o
que fazia quando nomeou Jesus. Seu nome levaria tantos
outros, como Filho do Altíssimo, Rei dos Reis, Senhor dos
Senhores, etc. O que há nele? Basta dizermos que, um dia,
todos os joelhos dobrar-se-ão e todas as línguas confessarão
que JESUS é o Senhor.
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007

Terça, Lucas 1.31-38


Alguma vez, Deus disse-lhe para fazer algo e você fez
sem hesitação? Os resultados foram bons ou maus? Devem
ter sido bons, não é mesmo? Quando o Senhor falou a Maria
sobre ela ter um filho, seria normal a moça ter se assustado.
Mas, no fim, mostrou-se a serva do Senhor e fez o determina-
do por ele.
Freqüentemente, questionamos a Deus quando nos pede
que façamos algo. Não temos tempo, ou falta-nos dinheiro,
ou não há dom, etc. Que tal dizer a ele que você é seu servo?
Vamos responder com um “Cumpra-se em mim a tua vonta-
de”? Como acha que Deus usaria você?
Quarta, Lucas 1.46-55
Você regozija-se quando Deus diz para fazer algo e
você faz? Mesmo que seja algo pequeno? Ou finge não
ouvir o Senhor? Ou, talvez, responda: “Outra pessoa pode
fazer isso”. Com muita regularidade, esquecemo-nos de
nos regozijar, fazendo o trabalho do Senhor. Para Maria, é
claro, fazia sentido alegrar-se e regozijar-se em cumprir a
vontade de Deus pois geraria o unigênito do ser supremo.
Ela daria à luz o Salvador do mundo! Porém, em vez de se
exibir por gerar Jesus, ela serviu ao Senhor humilde e
honrosamente.
De que forma você servirá ao Senhor, humilde e
honrosamente, hoje?
Quinta, Mateus 17.1-5
Você já esteve tão próximo de Jesus a ponto de sentir
sua presença bem ao seu lado? Era capaz de ouvir sua voz
sussurrando em seu ouvido? Pedro, Tiago e João tiveram o
privilégio de ver Jesus de uma forma ímpar: viram-no trans-
figurando-se e conversando com Moisés e Elias. Provavel-
mente, neste momento, eles sentiram-se as pessoas mais
abençoadas do mundo!
Eles homens levaram tanto tempo com Jesus que fica-
20
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS

ram muito íntimos dele, tornando-se amigos. Após a trans-


figuração, viram Jesus sob um prisma diferente. O relacio-
namento deles com o Mestre cresceu tremendamente.
Depois de sentir a presença de Jesus ou ouvir seus
sussurros, você tem visto o Mestre de um prisma diferente?
Seu relacionamento com ele tem crescido?

Sexta, Hebreus 1.1-9


Neste capítulo, o autor descreve Jesus de forma poética e
bonita. Após lê-lo, você não tem vontade de prosseguir a
leitura? O que Deus tem a dizer sobre Jesus? “O Filho é o
resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser,
sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa” (verso
3, NVI). E que palavras poderosas! Jesus é a razão pela qual
podemos nos relacionar com Deus; é o caminho que nos
leva a ele. O Senhor quer que o conheçamos e que o glorifi-
quemos. Jesus ajuda-nos a ver a glória de Deus. Sem Cristo,
não podemos ver Deus, nem mesmo conseguimos nos relaci-
onar com ele. Sempre é bom sermos relembrados a respeito
de como podemos conhecer melhor a Deus.

Sábado, Hebreus 1.10-14


Nos filmes, os anjos são figuras luminosas que voam nas
brisas e iluminam a escuridão. Seres protetores, eles ajudam
as pessoas em dificuldade. No filme “Cidade dos Anjos”, são
vistos somente quando querem ser enxergados. Mantêm-se
ao redor do mundo, protegendo os necessitados; mas são
invisíveis até que a pessoa morra. Quando alguém falece,
pode ver os anjos e, até mesmo, falar com eles. Você, alguma
vez, viu um ?
Na Bíblia, os anjos são servos do Deus Altíssimo, envia-
dos para servir “aqueles que hão de herdar a salvação” (verso
14, NIV). Não é maravilhoso saber que Deus criou-os para
nos servirem? Não é estupendo sentir os anjos ao seu redor
unicamente para lhe proteger?

21
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


Hebreus Hebreus Lucas
1.1-9 1 1.46-52

Verso áureo
“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de mui-
tas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias,
falou-nos pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, pelo qual também fez o universo.” (Hebreus 1.1-2).

Núcleo da lição
As pessoas têm idéias diversas sobre Jesus Cristo no
que se refere à sua origem, à sua relação com Deus e à sua
capacidade de revelar Deus a nós. Há um conceito definitivo
sobre Jesus? O escritor de Hebreus informa que Cristo veio de
Deus, e é superior aos anjos.

Perguntas para estudo do texto


1.Como Deus falou aos nossos ancestrais espirituais, e qual
era sua mensagem?

2. Como Deus supremamente falou nestes últimos dias? Qual


sua mensagem para nós?

22
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS

3. Como Jesus revela o Pai? Em que se diferencia dos anjos?

4. Como todas as coisas estão unidas na Criação? Como a


Criação difere do Criador? Que semelhanças há entre am-
bos?

5. Que passagens do Antigo Testamento o autor de Hebreus


usa nos versos 5 a 9? Qual o contexto original de cada
citação? O que essas passagens sugerem ou provam a res-
peito de Jesus?

6. O que ensinam sobre a natureza dual de Jesus? Qual seu


papel na triunidade?

23
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Steve Graffius
Quem é Cristo?
Sob várias formas, essa pergunta tem instigado muita
gente nos últimos dois mil anos de história. Quem era ele -
um criminoso condenado e executado; um mestre idealista
que teve um fim ruim; um rabino mal compreendido e
mitologizado; um profeta segundo as tradições do Velho Tes-
tamento; alguém superior aos anjos, semelhante a Deus e
adotado por ele; ou o próprio Deus? O debate não é menos
pertinente hoje que o fora no passado, até mesmo por muitos
“cristãos” pensarem em Jesus como mero bom exemplo, um
ser humano promovido a superior, como um superanjo.
Na semana passada, vimos Paulo ensinando aos cristãos
colossenses que Jesus é a imagem de Deus, igual a ele em
todos os sentidos, embora isso possa parecer inconcebível a
nós. Hebreus 1.1-9 tem exatamente a mesma mensagem: Deus
revelou-se de um modo novo e diferente, um meio extrema-
mente pessoal.
Mas eu gosto do antigo modo!
Novo é uma palavra que deixa muitas pessoas hesitan-
tes, quando não cínicas. As mais populares e ousadas pala-
vras, em termos comerciais, são “novo” e “grátis”. Particular-
mente, em meu campo profissional da indústria tecnológica,
há a promessa de se revolucionar a vida, o trabalho e, até
mesmo, o jeito como usamos as meias. Na realidade, a maioria
dessas coisas torna tarefas simples bem mais rápidas.
O autor de Hebreus apresenta e afirma Jesus como a
nova (e, incidentemente, gratuita) revelação de Deus; mas
como tudo isso se ajusta? Como a revelação pode ser melhor
que a anterior, já concebida em relação aos anjos, a Moisés e
aos profetas? O velho modo era o dos leitores judeus, apren-
dido durante toda a vida, e pelo qual faziam suas escolhas.
Seria tão fácil para eles recorrerem ao velho modo... Mesmo
que isso significasse afastarem-se de Cristo ou tentarem ajustá-
lo ao já conhecido e criado.
24
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS

Hebreus 1.1 declara que, antigamente, Deus falara aos


antepassados por meio dos profetas, muitas vezes e de dife-
rentes maneiras. Nós somos abençoados, pois temos os rela-
tos dessas revelações mencionadas pelo autor de Hebreus. O
Antigo Testamento é repleto de revelações divinas. Algumas
vezes, Deus falou de um arbusto e, em outras, as pessoas
tiveram que lançar sortes (usar o Urim e o Turim1). Em outras
situações, comunicou-se usando os sonhos e, ainda, ocasio-
nalmente, enviou um exército. Raramente, os profetas diriam:
“Esta é a palavra do Senhor!”. Muitas vezes, desejei saber por
que Deus não grita lá do céu em nossos dias (quem sabe
assim esse povo incrédulo não o ouvisse, não é mesmo?).
Uma razão contra isso, talvez, seja o fato de não estarmos
abertos ou receptivos a tais mensagens. Se as pessoas ouvis-
sem uma voz no céu, provavelmente, procurassem a respos-
ta num zepelim da Goodyear com um alto-falante!
Temos uma grande vantagem sobre as pessoas do Anti-
go Testamento: elas estavam esperando pela palavra escassa
de Deus, vinda pouco a pouco por milênios. Cada revelação
progressiva trazia novos aspectos divinos e do seu plano, e
amoldava a nação e a cultura num preparativo para a próxi-
ma revelação. Nós temos a Palavra de Deus em nossa mão!
Nestes últimos dias, ele falou a nós por meio de seu Filho. O
verbo fez-se carne e habitou entre nós! O livro inteiro de
Hebreus aponta o quão melhor é o novo meio de comunica-
ção com Deus em relação ao antigo.

Jesus é real!
O autor de Hebreus, escrevendo para uma audiência
predominantemente judaica, é cuidadoso ao construir e apon-
1
O Urim e o Turim eram pedras usadas pelo Sumo-Sacerdote, na antiga nação de Israel,
com uma finalidade bem específica. Diante de decisões difíceis a serem tomadas em
alguns julgamentos, usavam-se as pedras como forma de recorrer e de obter uma
resposta para o caso. O interessante é que a resposta provinha do próprio Deus. Ou seja,
eram duas pedras (Turim) usadas para se comunicar com Deus. E as respostas eram
obtidas por meio de uma leitura decifrada de suas respectivas posições estáticas, logo
depois de serem lançadas. Urim e Turim tinham três faces, e a resposta poderia ser
“Sim”, “Não” ou que Deus tinha ficado em silêncio. N.T.
25
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007

tar esta “nova” revelação de Deus - Cristo – como maior que


tudo aquilo já experimentado pelos judeus, anteriormente. Ele
é maior que os anjos, que a lei, que Moisés, que a Terra
Prometida, que Melquizedeque, que o sacerdócio e que o
Templo. Exortam-se os leitores a perseverarem; não importa
o preço, porque Cristo é digno. Nos últimos dias, Deus “tem
falado” por intermédio de seu Filho - uma revelação completa
e final.
Então, quem é esse Filho? Ele é o “resplendor de sua
glória” (v.3). Isso pode significar um brilho refletido ou um
raio da luz original. Ambos os sentidos são verdadeiros com
relação a Jesus; contudo, seu significado posterior é acentua-
do quando o autor continua: “...e a expressão exata do seu
ser”. Alternativamente, a mesma imagem da sua substância.
Da mesma maneira que Paulo chamou Cristo de “a imagem do
Deus invisível” (Col 1.15), o autor de Hebreus usa a mesma
idéia de uma reprodução exata para advogar a igualdade de
Cristo com Deus, o Pai. Além disso, Jesus é quem sustenta
todas as coisas por sua palavra. Agora, está assentado à direita
de Deus - um símbolo da mais alta honra e uma insinuação
para o Salmo 110.1, passagem a qual ele está a ponto de citar.
Em resumo, Jesus é Deus!

Mas antes de Deus dizer…


Jesus, como a nova e superior revelação, não invalidou
tudo (ou qualquer coisa) que Deus dissera. Ele foi o cumpri-
mento, não uma substituição do que estava no Antigo Testa-
mento. Foi dito que todo o Velho Testamento está repleto de
Jesus e o autor de Hebreus deixa isso evidente ao mencionar
Jesus e sua posição de superioridade sobre os anjos
veterotestamentários. Ele cita o Salmo 2.7 e 2 Samuel 7.14
como algumas das promessas messiânicas básicas, para as
quais os judeus já tinham olhado durante muito tempo. O
restante do capítulo continua contrastando algumas promessas
messiânicas veterotestamentárias com as de glória eterna.
Em Hebreus, capítulo 2.1-4, o autor explicita sua razão
para esse extenso contraste. Por Jesus ser superior aos anjos,
26
O QUE DEUS DIZ SOBRE JESUS

“importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades


ouvidas, para que delas jamais nos desviemos” (v. 1b). Se as
revelações prévias de Deus fossem a última palavra, ninguém
poderia escapar do julgamento. Todavia, uma nova revelação
da salvação foi trazida por Cristo, confirmada pelas testemu-
nhas auriculares, e validada por muitos sinais e maravilhas. É
provável que o enfoque específico do autor, quanto à superi-
oridade de Cristo sobre os anjos, revele uma particular heresia
disseminada, costumeiramente, entre os receptores da carta
aos Hebreus. A idéia de que o Cristo era um tipo de superanjo
emergiria décadas depois, como parte de uma religião heréti-
ca (o gnosticismo). Porém, muitas de suas raízes são visíveis
já no período do Novo Testamento. Tratava-se de uma tentati-
va de ajustar a nova revelação, confortavelmente, aos velhos
paradigmas ou aos padrões; isso é compreensível e, prova-
velmente, comum a todos nós. O autor vê a superioridade de
Cristo aos anjos e sua igualdade com Deus como doutrinas
extremamente importantes.

Permitindo o novo
A revelação de Cristo não é uma novidade para nós,
hoje, viventes a mais de 2000 anos depois dele. Todavia, ela
ainda busca nos revolucionar e permanece escapando de
nossa compreensão mental. A revelação de Deus através de
Cristo é completa, pois também é pessoal e ininterrupta; nós
nunca deixamos de aprender sobre Deus através de Cristo,
nosso Senhor. Sempre que penso que não posso conhecer
Deus, sou tocado com sua revelação, Cristo Jesus. Igualmen-
te, sinto que posso fechar o livro da revelação de Jesus, pois o
entendi e absorvi todas as lições que ele tem para mim -
apenas o limitei para o que eu, confortavelmente, conheço e
entendo. Na nova revelação de Deus, Jesus chama a si pró-
prio de “o Caminho, a Verdade e a Vida”. Esse caminho
conduz-nos eternamente para mais perto do Senhor. Sua ver-
dade é insondável, e a vida que ele tem para nos dar é
eterna!

27
Lição 02 Sábado, 13 de Outubro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar e interpretar a visão de Hebreus: Jesus Cristo veio


de Deus, e é superior aos anjos.

2. Ajudar os alunos a afirmarem que Jesus é a revelação da


natureza de Deus.

3. Encorajar os alunos a enfocarem a superioridade de Cristo


e o que isso significa em suas vidas.

Atividade pedagógica
Encontre todas as citações do Antigo Testamento men-
cionadas em Hebreus 1.5-9. Junto com a classe escreva uma
oração ou canção baseada nesses versos; ela deve ser usada
na próxima semana.

Olhando adiante
Podemos ter nossa vida transformada ao nos
encontrarmos com Deus através de Cristo Jesus.

28
Luz que Conquista
1 João 1.1 até 2.5

Meditações Bíblicas Diárias


Stephanie Ritchie

Domingo, Mateus 1.18-25


José era um homem piedoso; procurava agir correta-
mente e tentou deixar Maria secretamente. Ele não queria
expô-la publicamente, por saber que isso resultaria em seu
apedrejamento. Por outro lado, não queria casar-se com ela,
pois suspeitava da traição de Maria. Isso faz sentido, não é
mesmo? Quando o anjo falou a José sobre Jesus, ele fez o
que era correto: casou com Maria. Ouviu Deus e obedeceu-
lhe.
Deus trabalha de modos misteriosos; precisamos lem-
brar que ele pode falar diretamente a nós ou por meio de um
mensageiro; pode sussurrar em nossos ouvidos ou gritar dian-
te de nossas faces. Nossa parte é ouvir.
Segunda, 2 Pedro 1.16-21
Quando você estiver na presença de Deus, não será
maravilhoso ouvir dele: “Muito bem, servo bom e fiel. Estou
muito contente com você.”? Jesus é o exemplo principal de
um servo bom e fiel, pois viveu sua vida de forma a glorificar
Deus e cumpriu os propósitos divinos de ser o salvador do
mundo.
Não deveríamos viver dessa forma também? Se vivêsse-
mos todos os dias para glorificar a Deus, como nossa vida
seria? O que você acha que ouvirá de Deus quando estiver
em sua presença?
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007

Terça, 2 Coríntios 4.1-6


Você já tentou testemunhar a pessoas que não queriam
ouvi-lo? Provavelmente rejeitaram-no por ter tentado “pregar”
para elas e não quiseram saber de “seu Deus”. Costumamos
achar que a rejeição foi a nós e à nossa fala; todavia, não é
verdade - eles rejeitaram Deus!
Quem age assim não quer ouvir dele, nem ver a “luz”.
Pode gostar da escuridão e não quer mudar seu estilo de
vida. Tantas razões poderiam estar impedindo essas pessoas
de ouvir falarem de Deus, porém algo deve ficar claro para
você: quando alguém o rejeita no compartilhar do Evange-
lho, não está rejeitando você; está, de fato, rejeitando Deus.

Quarta, Efésios 5.8-14


Você lembra-se, alguma vez em sua vida, de ter pecado
contra Deus? Que sentimento teve, nessa ocasião? Não foi
algo bom, não é? Para os seguidores de Deus, o pecado
assume um significado inteiramente diferente.
Depois que se converte, você - que era treva – torna-se
luz no Senhor (verso 8, NIV). Não mais na escuridão, tudo é
visível agora! Seu trabalho é expor a escuridão, fazendo-a
brilhar como uma luz. Você tem sido a luz do mundo? Outras
pessoas podem ver o caminho da cruz através da sua vida?

Quinta, 1 João 1.1-4


Ir à igreja pode ser tedioso. Algumas vezes, simplesmen-
te não desejamos estar ali. Em outras, estamos tão cansados,
estressados e desanimados... Já se sentiu assim? E você foi à
igreja de qualquer jeito? Contudo, após o culto, não estava se
sentindo bem melhor, mais feliz, disposto e aliviado?
Por causa de Jesus nós temos comunhão uns com os
outros. E precisamos dessa união; anelamos por ela. Sem
comunhão, como podemos alcançar os outros para Cristo? A
união com Cristo e com outros crentes fortalece-nos e dá
suporte. Ir à igreja pode até ser tedioso, porém somente se
30
LUZ QUE CONQUISTA

você permitir. Caso busque comunhão com Deus e com seus


irmãos, ir à igreja será prazeroso.

Sexta, 1 João 1.5-10


Quando pecou contra Deus e foi punido, você pediu
perdão? Arrependeu-se e prometeu jamais errar novamente?
Você esforça-se para viver na luz ou gosta de estar na escuri-
dão?
Jesus veio para que possamos viver na luz, longe da
escuridão e do pecado. É verdade: somos pecadores, mas
não significa que devemos continuar pecando. Devemos nos
esforçar para viver na luz e para sermos retos. Temos que
buscar a santificação, porque conhecemos Deus, e ele é san-
to.
Você tem buscado viver em santidade? Lembre-se do
que diz a Palavra de Deus: “Esforcem-se para viver em paz
com todos e para serem santos; sem santidade, ninguém verá
o Senhor” (Hebreus 12.14, NVI).

Sábado, 1 João 2.1-6


Agora que estamos tentando viver na luz, sabemos que
devemos andar igual a Jesus. Contudo, é difícil entender como
podemos ser, ao mesmo tempo, filhos de Deus e pecadores.
Afinal, como pecadores, não merecemos ser filhos de Deus! É
somente através de Jesus que pecadores, como nós, podem
se tornar filhos de Deus.
Quando pecamos, pedimos perdão; então, Jesus interce-
de por nós, e somos limpos. Isso se deu graças ao sangue de
Cristo vertido na cruz; por ele, fomos limpos e purificados. Se
não fosse Jesus, jamais seríamos chamados de filhos de Deus.
Louvado seja nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, para todo
o sempre. Amém!

31
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


1João 1 João Efésios
1.1 até 2.5 1e2 5.8-14
Verso áureo
“Esta é a mensagem que dele ouvimos e transmitimos a
vocês: Deus é luz; nele não há treva alguma” (1 João 1.5,
NVI).

Núcleo da lição
As pessoas buscam relacionamentos significativos que
aumentem a auto-estima e valorizem mais suas existências. E
como cultivar tal relacionamento? O apóstolo João diz que,
em Deus, encontramos um tipo de relacionamento que não
apenas revela nossa necessidade de termos um encontro trans-
formador com o Senhor, mas também provê os benefícios de
um relacionamento que contribuirá para nossa maturidade
espiritual.

Perguntas para estudo do texto:


1. Do que o escritor de 1 João foi testemunha? O que é a
palavra de vida?

2. O que alegrava o escritor? Qual a mensagem transmitida?

3. O que representam a luz e a escuridão? Dê alguns exem-


32
LUZ QUE CONQUISTA

plos modernos do que significa viver em luz versus viver


em escuridão.

4. Qual é o propósito da confissão? Como podemos receber


o perdão? Qual a conseqüência de se negar o pecado (ou
seja, não confessá-lo)? Quais os resultados do arrependi-
mento?

5. Quais os benefícios de obedecermos a Deus? E as desvan-


tagens da desobediência?

6. Como o testemunho de outros ajuda em nossa fé? Quais


testemunhos você pode compartilhar a fim de ajudar ou-
tras pessoas? Como pode contribuir para aumentar a matu-
ridade espiritual dos outros?

33
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh

Obrigado, Senhor, por Cristo!


Como cristãos, fazemos parte de uma grande família e
estamos cercados de irmãos. Para muitos, o cristianismo é
simplesmente surpreendente por causa destas relações: pes-
soas que o conhecem e (mesmo assim) amam você; pessoas
que lhe darão o suporte necessário para crescer na fé e que o
ajudarão em sua caminhada cristã. Esses relacionamentos tam-
bém devem nos lembrar ou ensinar de que temos a oportuni-
dade de manter um relacionamento com Deus através de
Cristo. Ele conhece-nos no íntimo e, todavia, ama a todos
profundamente. Ele ajuda-nos, inspira e encoraja-nos a cres-
cermos. De 1 João 1.1 a 2.6, o apóstolo fala sobre como
experimentar um relacionamento surpreendente com Deus;
uma vivência que ele também experimentou.

João é pessoal.
João deixa claro que está contando o testemunho do
que viu e conheceu. É um testemunho pessoal, o depoimen-
to daquilo que ele mesmo presenciou. Portanto, seu relato
não é algo distante, impassível e supostamente imparcial da
mídia moderna. Pelo contrário; João proclama, apaixonada-
mente, seu relacionamento íntimo, palpável e concreto com a
Palavra de Vida. Ele diz: “Eu o vi, o ouvi e eu o toquei.”
A vida eterna foi manifestada a nós, clara e detalhada-
mente. João usa um tempo verbal, no grego, que sugere não
somente ter visto, ouvido e tocado-o durante um período de
tempo, mas que os efeitos daquela experiência continuam.
Por isso, mantém a imagem de Cristo diante dele, e sua voz
continua ecoando em seus ouvidos. O apóstolo teve uma
relação pessoal surpreendente com o próprio Deus, e quer
que seus leitores participem daquela alegria.
34
LUZ QUE CONQUISTA

Deus é luz!
Falando de sua experiência única, o apóstolo João ex-
plana que “Deus é luz; nele, não há treva alguma” (1 João
1.5, NVI). Essa é uma bela analogia: a luz anula as trevas.
Assim, se alguém tropeça ao redor da negridão, é evidente
que não está com sua lanterna em boas condições. Se está
meio escondido na sombra, dá as costas para a luz. Da mes-
ma maneira, caso alguém esteja na luz, necessariamente as
sombras das trevas serão destruídas.
Andando na luz, permitindo que a mesma exponha aquilo
que foi escondido por pura vergonha, confessando nossos
erros, podemos caminhar de cabeça erguida, pois “Deus é
fiel e justo ao perdoar nossos pecados e purificar-nos de toda
injustiça” (v. 9b). Que maravilha! Porém, se voluntariamente
procuramos andar nas sombras e na escuridão, é ridículo
reivindicar qualquer relacionamento real com a luz!
Muitas vezes, enganamos a nós mesmos ao tentarmos
esconder nossos pecados da luz divina. Na maioria das vezes,
gostaríamos de nos convencer de que eles não existem e, se
assim o fosse, não precisariam ser confessados. Mas lembre-
se da fala de João: “Se confessarmos...”, ou seja, se não admi-
tir seus pecados e não os confessar a Deus, não obterá seu
perdão. Este é, pois, apenas para aqueles que confessam e
deixam o erro. É claro que Cristo conhece nossa vida e sabe
dos nossos pecados. Porém, ainda assim, ele oferece-nos seu
amor e perdão; basta confessarmos e abandonarmos os erros.
Algumas pessoas questionam a importância daquilo que
fazemos, pois Jesus perdoará sempre. Antinomianismo é o
nome dado a essa heresia, e significa literalmente “antilei”:
nega-se ou diminui-se a importância da lei de Deus na vida
do crente. É o oposto da heresia gêmea, o legalismo. Os
antinomianos cultivam aversão pela lei de várias maneiras:
alguns acreditam que não têm obrigação de obedecer às leis
morais de Deus por Jesus os ter libertado; insistem em que a
graça não só nos liberta da maldição da lei de Deus, como

35
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007

também nos liberta da obrigação de obedecer-lhe. A graça,


pois, torna-se uma licença para a desobediência ou para o
pecado. O mais surpreendente é que as pessoas defendem
esse ponto de vista a despeito do ensino vigoroso de Paulo e
de João contra ele!
Paulo foi um dos que mais combateu essa heresia,
enfatizando as diferenças entre a lei e a graça. Ele gloriava-se
na Nova Aliança. Mesmo assim, foi muito explícito ao conde-
nar o antinomianismo. Em Romanos 3.31, escreveu: “Anu-
lamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira alguma! Antes, con-
firmamos a lei”. A analogia de João lança alguma luz a essa
pergunta.

Meu amigo Jesus


Há muitos aspectos em nosso relacionamento com Deus.
A maioria dos nomes referentes a Deus representa alguma
faceta dessa relação: Pai, Criador, Senhor, Juiz, Salvador, etc.
Deus é muito mais que apenas nosso amigo; mas ele pode
ser - pelo menos - isso. Seu modelo de amizade tem muito a
nos ensinar.
De certo modo, os seres humanos são criaturas essenci-
almente sós. Pensamos e sentimos muito mais do que pode-
mos expressar de fato. Eu, como um pai novo, surpreen-
do-me com essa percepção quando meus amigos pergun-
tam como é ser pai. Faltam-me palavras para descrever a
sensação, e minhas tentativas de ilustrar são inadequadas.
Em meus relacionamentos mais íntimos, particularmente
com minha esposa, trabalho arduamente tentando descre-
ver e expressar todos esses funcionamentos internos. Insis-
to nisso, porque, como todos os humanos, desejo ser co-
nhecido e amado completamente para, em retorno, co-
nhecer e amar os outros.
Contudo, em geral, os relacionamentos são sufocados
pela desonestidade e pela desconfiança. As maiores liga-
ções que alguém pode ter na vida são as construídas com
36
LUZ QUE CONQUISTA

base na confiança mútua e na honestidade. Deus conhe-


ce-nos e ama-nos mais completamente que qualquer um!
Jesus vê toda vergonha escondida e, todavia, oferece seu
amor e perdão; dessa forma, temos a oportunidade de
manter um relacionamento com ele baseado na maior ver-
dade jamais conhecida e na mais profunda fé e confiança.
Da mesma maneira que amigos verdadeiros não dei-
xam seus irmãos de coração cometerem erros, Deus ama
muito a cada um de nós para nos abandonar na escuridão.
Não podemos ter um relacionamento significante e dura-
douro com ele se baseamos o mesmo no pecado; da mes-
ma maneira, não há como ter uma relação significante
com a luz se, constantemente, procuramos a escuridão.
Com qualquer amizade ocorre de forma idêntica: se você
constantemente está praticando atitudes que machucam,
ofendem, abusam e levam vantagem sobre seus amigos,
como pode se denominar amigo deles? João disse que
saberemos se estamos na luz, que estamos em Cristo, quan-
do começarmos a agir igual a ele. Da mesma maneira que
assumimos as manias e os hábitos do amigo, depois de um
longo tempo andando em sua companhia, deveríamos ser
mais parecidos com Cristo à medida que caminhamos com
ele. No contexto desse tipo de relação, a ordem do dia é
obedecer, o que às vezes é visto por alguns como desne-
cessário ou, até mesmo, como legalismo. Contudo, obede-
cer é uma conseqüência natural de nosso relacionamento
com Deus.
Nós temos a oportunidade, então, de criar um relacio-
namento fundado no mais profundo conhecimento, na con-
fiança ilimitada e no mais perfeito amor. Essa é uma ami-
zade para se construir diariamente, e não apenas nos mo-
mentos de cultos. Nosso Senhor Jesus é o Emanuel, o Deus
conosco.

37
Lição 3 Sábado, 20 de Outubro de 2007

Dicas para os professores


Metas para a lição

1. Explorar e interpretar as características de Jesus como des-


critas na passagem de 1 João.

2. Ajudar os alunos a, verdadeiramente, anelarem “andar na


Luz” (1.7).

3. Encorajar os estudantes a perceberem como isso se relacio-


na à sua maturidade espiritual.

Atividades pedagógicas
Uma boa atividade para esta aula é vendar os olhos de
alguns alunos e pedir para que caminhem alguns metros.
Perguntar como foi a experiência de andar no escuro. Após
esse momento, fazer uma aplicação espiritual do que é andar
na luz de Cristo.
Considere celebrar a “Ceia do Senhor” com sua classe,
enfocando a importância do perdão de nossos pecados e da
reconciliação trazida por Cristo.
Escreva uma oração que enfatize a necessidade de cres-
cimento espiritual; peça aos alunos para usarem-na em cada
dia da próxima semana.

Olhando adiante
Nós exploraremos o que significa o próprio Deus, na
pessoa de Jesus, ter vivido em nosso mundo.

38
O Verbo Tornou-se Carne
João 1.1-18
Meditações Bíblicas Diárias
Stephanie Ritchie
Domingo, Mateus 1.18-25
Neste mundo em que vivemos, tão cheio de pompa,
estamos constantemente presenciando louvores prestados a
líderes. As pessoas fingem prestar homenagens sinceras quando,
na verdade, isso não passa de um show. Por outro lado, os
homenageados sabem das muitas falsidades existentes. E, as-
sim, o mundo caminha...
Quando pensamos em Jesus Cristo, ficamos maravilha-
dos com sua pessoa! Ele, que nasceu no mais humilde de
todos os lugares, aprendeu uma profissão simples, viveu em
um país pobre e não viajou ou conheceu grandes dignitários.
Contudo, é a maior de todas as pessoas que pisaram a Terra!
Veio ao mundo com uma missão sublime: trazer a todos nós a
revelação de que Deus nos ama e nos quer ao seu lado. Ele
não deveria receber mais honras e glórias que todas as outras
pessoas ao nosso redor?
Segunda, Mateus 16.24-27
Você já parou para pensar que, muitas vezes, somos
mais sinceros, humildes e prestativos para com qualquer pes-
soa que se encontra em posição de autoridade sobre a nossa
vida do que com Jesus? Quando se trata de ter essa mesma
consideração com Jesus - nosso Rei e Senhor - nossas atitudes
são diferentes: não temos tempo para uma conversa com ele
e não há disposição para realizar qualquer trabalho em prol
do seu Reino. Em resumo: estamos sempre ocupados, e ne-
nhum tempo resta para ele.
Se Cristo é importante para você, honre-o com sua vida,
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007

com seus bens, com seu tempo e com seus talentos. Mostre a
todos o quanto aprecia o que ele fez na cruz em seu favor.
Viva para Jesus, porque ele viveu e morreu por você! Isso
não é perda de tempo... Tenha em mente: aquele que perder
a vida por causa de Cristo e do Evangelho ganhará a vida. E
aquele que ganhar a vida irá perdê-la.
Terça, Romanos 1.1-5
Você já foi “chamado” por Deus? Muitos se sentem “cha-
mados” por ele para serem pastor, professor, médico ou con-
selheiro. Paulo era uma dessas pessoas e, por isso, foi servo
de Cristo Jesus. Nós todos também somos chamados para ser-
mos servos daquele que nos salvou - Cristo. Uma vez que
estamos em união com Deus, somos seus servos. E, desde
que somos seus servos, somos chamados para fielmente lhe
obedecer.
Você é servo de Deus? Ou pensa que não foi “chamado”
por ele? Deus chamou a todos nós; precisamos nos lembrar
disso!
Quarta, Efésios 1.3-10
Certa vez, alguém me disse que nossos maiores desejos
são palha se comparados aos anseios de Deus para nós. Ele
tem um grande plano e quer que tomemos parte nele; e
consigamos ser um pedaço do grande quebra-cabeça divino.
Muito freqüentemente, tentamos ajustar Deus em nossos pla-
nos e em nossa vida; porém, esquecemos que ele nos ajustou
aos seus planos! Enfim, Deus quer que sejamos dele! Isso não
é maravilhoso?
Quem não deseja ser uma parte do plano divino? Fomos
escolhidos para ser dele, até mesmo antes da criação do mun-
do (verso 4). Nossos desejos deveriam ser os mesmos de
Deus. Se nossos anseios são sem significado em comparação
aos planos divinos para nós, por que eles não são os desejos
de Deus?
Quinta, João 1.1-12
A vinda de Jesus Cristo ao mundo foi cercada de muitos
mistérios e de grandes sinais e prodígios. Havia várias pro-
40
O VERBO TORNOU-SE CARNE

fecias sobre essa chegada e, também, grande expectativa por


parte dos judeus quanto ao Messias vir, por aqueles tempos,
para libertar a nação do jugo do império romano. Jesus Cristo
veio conforme o prometido; no entanto, não para concretizar
os sonhos ou as aspirações de um povo, mas sim, o desejo de
Deus – salvar a humanidade da sua condenação eterna.
Sexta, João 1. 10-18
Alguma vez você já desejou saber como era a fisionomia
de Jesus na época em que esteve na Terra? De acordo com o
verso 18, ninguém tinha visto Deus até que Jesus tornou-o
conhecido. Ele revelou-se através de Jesus e, assim, o mundo
pode vê-lo através de Cristo. Não é maravilhoso?
Quando chegarmos ao céu, veremos Jesus com nossos
próprios olhos. É maravilhoso como trabalha a fé! Não sabe-
mos como Jesus realmente é; não podemos vê-lo fisicamente;
porém, sabemos que existe e é real. Não precisamos ver
Cristo para crer nele!
Sábado, João 1.19-34
Um personagem interessante na vida de Cristo foi João
Batista. Ao avistar Cristo, fez aquela grande afirmação que
entrou para a História: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo”.
Que percepção teve João Batista ao dizer isso! Viu o
Cristo vivo, mas já antecipou sua morte na cruz. Depois, teve
o grande privilégio do seu ministério – batizou Jesus Cristo no
rio Jordão. Tendo-o batizado, João Batista fez uma declaração
muito estranha aos olhos de hoje: “É necessário que ele cres-
ça e que eu diminua”. Essa frase é totalmente contrária ao
que se encontra no coração do ser humano, pois todos gostam
da primazia e de receber honras e elogios.
Antes de dizermos a Deus quais são nossos pedidos ou
sonhos e projetos, poderíamos tentar imitar esse servo do
Senhor, fazendo esse mesmo estranhíssimo pedido: “Que Je-
sus cresça na minha vida e que eu diminua cada vez mais”.
Aqueles que assim o fizerem estarão dentro do plano perfeito
de Deus.
41
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Isaías
1.1-18 1 53
Verso áureo
“E o verbo fez-se carne, e habitou entre nós, e vimos sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.” (João 1.14).

Núcleo da lição
As pessoas precisam sentir que Deus está com elas. E o
que significa ele entrar em nosso mundo? João sugere que,
em Jesus Cristo, Deus experimentou o que é ser humano
para devolver à humanidade o seu relacionamento com Deus.

Perguntas para estudo do texto:

1. Qual o significado existente por detrás das referências de


João para o termo “verbo”?

2. Como o uso das metáforas de João para luz e para trevas


pode ser comparado à luz e às trevas em 1 João 1?

3. Quem era João Batista? Qual foi seu papel na vida de


Jesus? Como sua história contribuiu para a revelação de
42
O VERBO TORNOU-SE CARNE

Deus?

4. Como o começo do evangelho de João contrasta com o


início de Mateus e de Lucas? Como João descreve as ori-
gens de Jesus? Como explica a natureza de Cristo?

5. Como o mundo recebeu o verbo? O que acontece àqueles


que o aceitam? Que posição receberemos de Deus?

6. Como podemos comunicar o verbo às pessoas ao nosso


redor, de forma a levá-las a se tornarem parte da família de
Deus?

43
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh

Um começo divino!
João começa seu evangelho de uma forma muito di-
ferente da usada pelos outros três evangelistas. Mateus ini-
cia o seu apresentando a genealogia e o nascimento de
Jesus. Lucas, por sua vez, mostra de cara o nascimento de
João Batista, passando depois ao de Jesus. Marcos parte do
batismo de Jesus por João Batista. Os três, portanto, inici-
am com a humanidade de Cristo e com a revelação da
divina natureza. A ressurreição é um final surpreendente,
entretanto pressagiado.
O evangelho de João, ao contrário, tem início com a
natureza divina de Jesus. Ele conta a história da vida e o
ministério de Jesus utilizando o benefício de sua compre-
ensão tardia acerca do Cristo, vendo em cada palavra e
ação de Jesus a palavra e a ação do próprio Deus. Assim,
seu livro começa estabelecendo Jesus como o próprio Deus
- ele existiu no princípio da mesma maneira que Deus. De
fato, a frase “no princípio” é a mesma usada por Deus, em
Gênesis 1. Ele estava com Deus; ele é Deus e é a Luz, a
Vida e o Verbo. Sendo assim, seu evangelho conta a histó-
ria de Jesus desta perspectiva: Deus desceu e viveu entre
nós!
Quando João diz que Jesus é o verbo, usa outra ana-
logia extremamente profunda e que o leitor moderno pro-
vavelmente não percebe. O verbo (o logos) era uma pala-
vra muito amoldada, usada pelos filósofos gregos. Sócrates
e Platão pensavam que o logos tornava possível todo o
pensamento e a razão. O estoicismo (uma filosofia muito
popular nos dias de Jesus) comparou o logos com a razão
cósmica que guiava o universo. João, chamando Jesus de
logos, está dizendo que ele é o último ser, o propósito de
toda criação e aquele que torna o universo possível.
44
O VERBO TORNOU-SE CARNE

Não é irônico?
Como declarado no verso 3, todas as coisas vieram à
existência por intermédio de Jesus. Essa Luz – esse último
propósito, a meta do Universo – brilhou na escuridão; toda-
via, a escuridão não a compreendeu. Literalmente, a escuri-
dão não a pôde pegar. Mais adiante, nos versos 9 a 11, a Luz
Verdadeira mostra-se no mundo, no mesmo mundo feito por
ele; contudo, ninguém a conheceu.
A grande ironia, a tragédia suprema, é disposta no verso
10: o mundo inteiro foi feito por ele e ele estava no mundo;
todavia, ainda não o conheciam! Ele veio para os seus – um
povo que ele mesmo havia escolhido, cuidadosamente ensi-
nado e moldado durante séculos – e as pessoas não o rece-
beram. A humanidade, tendo-se virado à escuridão, mostra-
va-se cega à Luz. O mundo tinha aceitado uma mentira, e
estava impossibilitado de compreender a Verdade.
De certa forma, isso faz sentido. A escuridão é abolida
pela luz, assim como para as trevas o ato de alcançar a luz
seria algo autodestrutivo. As pessoas sentem necessidade de
Deus, porque foram criadas para se relacionarem com ele.
Somos iguais a um astronauta que, tendo cortado a própria
linha de segurança, silenciosamente, distancia-se da nave,
vagando cada vez para mais longe dela, numa sentença de
morte.
Cristo vestiu um terno espacial e lançou-se fora, atrás de
nós, no espaço aberto; porém, com a linha de segurança
intacta. Ao se unir a nós em nossa situação, ele tornou-se algo
que podemos conhecer, receber/captar. Tendo nos unido a
Jesus, somos reconectados a Deus e, assim, somos salvos.
João 1.12 diz: “Aos que o receberam, deu-lhes o direito de se
tornarem filhos de Deus” (NVI). No grego, literalmente, para
esses que o “pegaram”. O apóstolo ainda deixou bem claro:
“Aos que creram em seu nome”. Como eles puderam o rece-
ber? Porque o verbo – que era inatingível, a suprema causa e
a última razão, o próprio Deus – tornou-se carne e habitou
45
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007

entre nós. É suficiente “crermos no seu nome” ou acreditar-


mos e confiarmos que ele era e é o que reivindica ser.

Nós vimos sua glória.


O verso 14 realmente captura um milagre: “E o verbo
fez-se carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade,
e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai”. O ver-
bo, o logos da filosofia, é o Jesus da história. Ele tornou-se
carne e sangue assim como você e eu. Todavia, isso não foi
um esvaziamento total da sua natureza, porque eles viram
sua glória, seu notável aparecimento e souberam que era o
Filho de Deus. O Senhor entrou na história humana como
um humano para devolver a humanidade no relacionamento
com a divindade.
Pensamos, freqüentemente, no nascimento de Cristo
como o clímax de um evento miraculoso. Porém, o milagre
maior é ele estar vivo ainda hoje! Afinal de contas, Jesus
ainda habita entre nós através do Espírito Santo e de seu
corpo, a igreja.

O grande exegeta
João continua a explicar um pouco mais do que esse
milagre realmente significa para nós. Diz que, devido à pleni-
tude de Cristo, porque ele é completa e totalmente divino,
temos recebido graça sobre graça. A Lei (que nos permitia ter
algum conhecimento sobre Deus) foi dada por intermédio de
Moisés, um ser humano; mas a graça e a verdade somente
poderiam vir por Jesus – ele, sendo completamente divino,
deixou-nos conhecer a Deus.
Ninguém viu Deus em qualquer tempo. Esta palavra,
“viu”, significa entender ou experimentar. Ninguém entendeu
Deus; mas Jesus explicou e fez Deus ser conhecido. Isso
recorda nosso estudo de três semanas atrás, em Colossenses,
no qual Paulo chama Cristo de “a imagem do Deus invisível”.
O Senhor teve que adentrar em nosso mundo, pois nunca
poderíamos adentrar no dele.
46
O VERBO TORNOU-SE CARNE

No seminário, ao estudarmos e pesquisarmos para en-


tender melhor esta passagem, investigando os termos gregos
e explorando o contexto histórico, dizemos que estamos fa-
zendo uma “exegese2” do trecho. Tal palavra é a mesma que
João usa aqui para descrever como Jesus explica Deus. Nin-
guém o viu, mas Jesus fez uma exegese de Deus para nós.
Somente Cristo pode fazer uma exegese perfeita e completa
de Deus! Ele não tem que estudar Deus, porque ele é o
próprio! Definitivamente, tem as ilustrações de sermão muito
mais frescas; e todos falam sobre elas durante 2000 anos!

A pequena criança de Belém


O nascimento de Cristo é mais que um nascimento vir-
ginal miraculoso; é mais que uma estrela divina, coros e
visitações angelicais. Trata-se de uma alteração fundamental
da relação entre a Criação e o Criador. É o Emanuel, o Deus
conosco, que nos torna possível conhecer Deus.

2
A palavra exegese deriva do grego exegeomai, exegesis; ex. Tem o sentido de ex-trair, ex-
ternar, ex-teriorizar, ex-por; e gese quer dizer, no caso, conduzir, guiar. Por isso, no
sentido literário, exegese significa: guiar para fora os pensamentos que o escritor tinha
quando escreveu um dado documento, isto é, significa “tirar de dentro para fora”,
interpretar. O autor da lição faz esse jogo de palavras em relação a Jesus, porque ele
tirou o conhecimento de Deus de dentro (dos céus) para fora (terra). N.T.

47
Lição 4 Sábado, 27 de Outubro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar e interpretar as imagens usadas por João para


descrever Jesus Cristo.

2. Ajudar os alunos a refletirem sobre a contínua encarnação


do evangelho em suas vidas.

3. Encorajar os estudantes a enfocarem a encarnação de Cris-


to e o que isso significa para a fé de cada um.

Atividades pedagógicas
Peça à turma para escrever um acróstico baseado na
palavra “Encarnação”. Você também deve pedir a um dos
alunos para fazer um relatório sobre João Batista. Além disso,
podem escrever uma oração para a próxima semana,
enfocando a Encarnação e o que ela representa para a fé.
Termine a aula cantando uma canção sobre o Emanuel, o
Deus conosco.

Olhando adiante
Em nosso próximo estudo, enfocaremos a humilhação e
a exaltação de Cristo.

48
Humilhação e Exaltação
Filipenses 2.1-11

Meditações Bíblicas Diárias


Stephanie Ritchie
Domingo, Marcos 9.30-37
O que significa ser bem-sucedido em nossos tão conturba-
dos dias? “O sucesso é ser feliz.”, assegura Roberto Shinyashiki,
renomado palestrante e escritor de vários livros de auto-ajuda.
Essa visão particular gera, por sua vez, uma questão: o que é “ser
feliz” hoje em dia? Não raras vezes, ouvimos que a felicidade é,
como diz aquela célebre frase, bastante difundida em finais de
ano, ter “muito dinheiro no bolso” e “saúde pra dar e vender”.
Basicamente ouvimos que ser feliz é poder crescer, “subir
na vida”, em todas as áreas: afetiva, material e “espiritual”. É,
para muitos, poder ser “o maior”... Assim, chegamos ao contraponto
que queria: o que significa ter sucesso e ser “o maior” à luz do
Evangelho? Jesus dá a dica: “Se alguém quer ser o primeiro, será
o último e servo de todos”. Essa é a lógica do Reino de Deus, a
qual seus discípulos ainda não haviam compreendido, pois dis-
cutiam entre si a respeito de quem haveria de ser “o maior”. E
você, tem buscado servir a Jesus ou busca os holofotes?
Segunda, Efésios 5.1-8
Um bichinho que me fascina é o vaga-lume. Desde cedo,
esse inseto deixa-me boquiaberto por sua luz própria!!! Quando
era criança, pensava que havia algum motorzinho, bateria, sei
lá... algo assim dentro dele.
Em nossos dias, há pessoas que se sentem vaga-lumes,
ou seja, pensam ter luz própria. Muitas vezes, somos tentados
a pensar dessa forma; contudo, o resultado é sempre
desesperador. Eu mesmo já caí várias vezes nessa tentação, e
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007

como fui tola!! Hoje me vigio a cada instante para não errar
novamente. Pensar que nosso conhecimento ou as capacida-
des dadas por Deus são um fim em si mesmo é terrível! A
Palavra diz: “A soberba precede a ruína; a altivez de espírito,
a queda.” (Provérbios 16.18)

Terça, Mateus 5.14-16


Querer ter luz própria é uma das maiores tentações dos
nossos dias. Os cristãos sinceros têm sido iludidos com essa
idéia. Somos filhos da luz, mas não somos a fonte de luz!
Muitos interpretam o “vós sois a luz do mundo” como se
dissesse que possuímos em nós mesmos luz suficiente para
iluminar o mundo. Não!!! Não temos essa capacidade!!! Bri-
lharemos como reflexo daquele que é verdadeiramente a Luz
do mundo; aquele em quem não há treva alguma, nem som-
bra de variação ou mudança. Brilhemos sim, mas como espe-
lhos, e espelhos limpos, “e assim brilhe vossa luz diante dos
homens para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vos-
so Pai que está no céu!”.
Quarta, Hebreus 2.14-18
Certa vez, ouvi alguém dizer que, em nossos dias, sentir-
se bem ficou mais importante do que encontrar Deus. Que
absurdo! Jesus não sofreu na cruz para simplesmente você
sentir-se bem; ele sabia do propósito de Deus para o seu
sofrimento. Tinha conhecimento de que sua agonia traria sal-
vação ao mundo; por isso, sofreu e morreu para que nós
pudéssemos encontrar a Deus.
Seu sofrimento ajuda-nos a saber que, quando também
sofremos, podemos ir até ele; afinal, Cristo entende o que
estamos passamos. Deveríamos ir até Deus sabedores que
nosso sofrimento pode não terminar imediatamente; talvez
ele esteja tentando nos ensinar algo... Ou, quem sabe, preci-
samos dizer que “encontrar a Deus precisa ser muito mais
importante do que nos sentir bem”.

50
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO

Quinta, 1 Pedro 3.8-12


Sendo irmãos em Cristo, visto que através de Jesus so-
mos da Família de Deus, deveríamos ser unidos, não é mes-
mo? Se a resposta é “sim”, então, por que, às vezes, tratamo-
nos tão asperamente? Por que espalhamos em vez de unir?
Nossa natureza humana tem nos colocado mais competindo
uns com os outros, lutando para sermos os melhores. Por
outro lado, a Palavra de Deus conclama a nos unirmos e a
servirmos uns aos outros em amor.
Jesus chama-nos para nos unirmos a ele e para tratarmos
todos com carinho e com respeito. Se não somos um em
Cristo, não estamos cumprindo um dos propósitos de Deus ao
enviar Jesus. Cristo é a cabeça; nós, seu corpo. Ajudemos a
crescer! Se não agirmos assim, estaremos nos matando.
Sexta, Filipenses 2.1-5
Até parece jargão dizer “Seja como Cristo”. O que isso
realmente significa? O que precisamos fazer para sermos mais
parecidos com ele? Há um método claro a seguir ou uma
pílula a ser tomada? Apenas orando resolveremos tudo?
Muito freqüentemente reivindicamos ser cristãos, mas
nossa vida não reflete isso. Se nós verdadeiramente estiver-
mos unidos em amor e em união, seremos parecidos com
Cristo, porque ele amou e solidarizou-se com o mundo. Logo,
não somente diga que você é um cristão; aja como um!
Sábado, Filipenses 2.6-11
Quão humilhante foi para Jesus, que é Deus, ter que se
esvaziar para nos salvar... Quão surpreendente é pensar que
ele considerou-se menor que os anjos, e veio à terra para nos
servir... Quão incrível é o fato de Deus ter enviado seu filho
para nos dar a vida eterna embora merecêssemos a morte...
Devemos sempre lembrar que ele entregou-se por nós,
na cruz do calvário. Recordemos que não precisava ter feito
isso, mas o fez de boa vontade, pois nos amou. O mínimo que
podemos fazer em troca é reconhecer o que Cristo fez por
nós e, amorosamente, obedecer a ele.

51
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


Filipenses Filipenses 1 Pedro
2.1-11 2 3.8-12
Verso áureo
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas com
humildade que cada um considere os outros superiores a si
mesmo.” Filipenses 2.3.

Núcleo da lição
Algumas pessoas evitam a humildade por acharem que
é um sinal de fraqueza; outras a abraçam a ponto de se
orgulharem de tê-la! Ao mostrar que Jesus Cristo alcançou o
equilíbrio perfeito entre humildade e exaltação, Paulo insta
os cristãos a assumirem a mente de Cristo.

Perguntas para estudo do texto

1. Segundo Paulo, o que faria sua alegria completa?

2. O que o apóstolo incita os Filipenses a fazerem? Qual era a


base desse pedido?

3. Como os cristãos filipenses deveriam se comportar? E de


qual forma seriam vistos pelos outros? E como deve ser
nosso comportamento? Como deveríamos ser vistos pelos
outros?

52
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO

4. Que exemplo de humildade podemos aprender de Jesus?


Qual o significado de ele ter deixado o céu para descer a
terra?

5. Do que Jesus teve que abrir mão? Como o Pai glorificou-o?


E como será ainda mais glorificado?

6. Como é possível balancear um senso de humildade com


um apropriado nível de auto-estima?

7. Como as mulheres poderiam ouvir a palavra “humildade”


diferentemente dos homens? De que forma podemos vi-
ver, mantendo-nos como pessoas humildes, dentro de uma
comunidade de fé?

53
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Dustin Mackintosh

Um começo divino!
Filipenses 2.1 começa com “Portanto...” referindo-se
ao que fora dito em 1.27-30. Em resumo, Paulo está cha-
mando-os a viverem de uma “maneira digna do evange-
lho de Cristo”. Foi-lhes concedida a oportunidade de so-
frerem por causa de Cristo, para expressarem o mesmo
conflito que viram em Paulo; quer dizer, eles desejavam
partir e estar com Cristo, como também viver e servi-lo.
Com isso em mente, Paulo exorta-os a serem unidos.
E lista quatro condições: se há algum encorajamento em
Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão no
Espírito e alguma profunda afeição e compaixão. Todas
essas condições são tidas como verdadeiras.
A palavra “se” assume uma condição cumprida e po-
deria ser traduzida por “uma vez que”. A idéia, portanto, é:
uma vez que há encorajamento, amor, comunhão, afeição
e compaixão, sejam unidos! Então, o apóstolo lista quatro
formas de colocarem em prática tal união. Em primeiro
lugar, as pessoas precisam ter a mesma mente, como reló-
gios perfeitamente sincronizados por Cristo, estando na
mesma batida. Além disso, precisam ser unidas em amor e
manterem o mesmo amor; unidas em espírito, corpo e alma;
e devem compartilhar um propósito. Mente a mente, cora-
ção a coração, alma a alma... propósito a propósito! Esse
ideal de unidade e de amor cristão é bonito, mas parece
irreal. Muitas igrejas assemelham-se a qualquer coisa, me-
nos a uma união. Isso ocorre, porque estão cheias de indi-
víduos que buscam saciar suas próprias necessidades e sua
glória pessoal. A chave aqui, continua Paulo, é um espírito
de humildade.
54
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO

Falando de seu próprio remédio


É interessante que Paulo tenha dito que a obediência
dos filipenses completaria sua alegria (v. 2a). É claro que
ele já está seguindo seu próprio conselho de considerar os
outros como mais importantes que a si mesmo. Certamen-
te, quando penso nas coisas que fariam minha alegria com-
pleta, meus pensamentos tendem mais para a área da saú-
de e de boas rendas que para o crescimento espiritual de
meus irmãos em Cristo. Paulo olhava para os interesses
dos outros, e era o sucesso e o crescimento deles que o
encorajava e completava sua alegria.

Um roteiro para a humildade


O que significa humildade? Paulo dá-nos uma pista
por via de contraste. Não faça nada por egoísmo ou
vanglória. Todos sabemos muito bem o que é o egoísmo.
Vanglória é um falso orgulho: orgulho numa situação ou
num momento em que não há razão alguma para ser or-
gulhoso. Há coisas das quais deveríamos estar verdadeira-
mente vaidosos: do evangelho, de nossas crianças... Po-
rém, a maioria das pessoas orgulha-se de seu alto intelec-
to, de sua posição econômica superior, da boa aparência;
geralmente, destinando os dons e as bênçãos de Deus para
suas próprias realizações, usurpando os méritos de quem é
devido. Sendo assim, humildade é, a princípio, não ser
egoísta, nem falsamente orgulhoso.
A humildade requer considerar os outros como mais
importantes que você. Essa difícil frase, literalmente, diz
que devemos considerar os outros como superiores a nós
e precisamos pensar neles como seres de valores excepcio-
nais. Veja bem, o apóstolo Paulo não está nos aconselhan-
do a fingir que os outros são melhores que nós, tampouco
a negar os dons que Deus deu-nos e colocar-nos em posi-
ção de inferioridade para que eles pareçam superiores.
Nós somos especialistas em medir nossas forças contra as
55
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007

fraquezas e as negligências alheias. Porém, considerando


todos os fatos e vivências, aproveitando que Deus abre
nossos olhos para analisarmos todas as nossas próprias
fraquezas, negligências, fracassos e inconsistências, como
podemos ser outra coisa além de humildes?! Se formos
honestos quanto ao lamaçal do qual a graça de Deus le-
vantou-nos, não olharemos para os outros com sentimento
de superioridade... Deus vê o mesmo excepcional valor
neles e em nós.
Humildade, continua o apóstolo, no verso 4, significa
buscar - não meramente buscar nossos próprios interesses
- como também, os interesses dos outros. Diga-se de pas-
sagem, os nossos próprios nós vemos naturalmente, mas
os dos outros.... Façamos uma analogia. Se percebermos
algo voando, tentando entrar em nossos olhos, é absoluta-
mente natural e instintivo evitarmos que aquilo nos pene-
tre. Entretanto, é menos provável que reajamos instintiva-
mente para proteger as pessoas ao nosso redor (exceto os
familiares).
Naturalmente, temos grande consideração por nós mes-
mos; porém, precisamos trabalhar arduamente para consi-
derar os outros como mais importantes. No todo, Paulo
dispôs algo muito difícil e desafiador. Felizmente, não te-
mos de fazer isso por nós mesmos, pois contamos com o
Espírito Santo habitando em nós. Ele capacita-nos a cum-
prirmos a vontade de Deus; o que temos a fazer é querer e
esforçar-nos.

O modelo de humildade
Basicamente, devemos seguir o exemplo de Cristo.
Ele era Deus, e merecia toda a glória e o reconhecimento
também merecidos por Deus. Paulo diz que ele subsistia
em forma de Deus. A palavra para “subsistir” ou “ser” des-
creve o estado contínuo de Cristo. Ele sempre teve e tem a
56
HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO

natureza divina. A frase “Em forma de Deus” não se refere


a uma semelhança física, mas à sua natureza inerente. Essa
é uma afirmação clara da completa divindade de Jesus!
Todavia, ele estava disposto a se humilhar; não apenas ser
tratado como um homem, mas como um condenado e
executado à morte. Ele possuía algo infinitamente merece-
dor de louvor e de gloria; porém dispunha-se a não ser
reconhecido e a ser menosprezado.
Quando Paulo diz que Cristo não considerou o fato
ser igual a Deus como algo a se apegar, no grego há duas
possibilidades de entendimento: ele pode querer dizer “algo
a ser roubado” (o que não faz sentido algum, pois Jesus já
tinha isso) ou “um prêmio a ser guardado a todo custo”.
Este segundo significado é coerente com o que o apóstolo
estava comunicando, porque Jesus “esvaziou-se”, assumin-
do a forma de servo (ou escravo).

A kenose (esvaziamento)
Do que exatamente Cristo esvaziou-se? Ele continuou
sendo o Filho de Deus, completamente divino. Deixou seu
ambiente de glória e ficou limitado em localização e em
conhecimento. Até mesmo mais, como dissemos antes: es-
vaziou-se das manifestações óbvias da sua glória, de for-
ma que todos que o viram, com exceção de uns poucos,
estavam desavisados disso e não lhe deram o louvor e a
adoração que, inquestionavelmente, merecia.
Ele usou a forma de um servo. A palavra forma é a
mesma usada no verso 6, referente à expressão externa do
ser dentro dele. É nisso que devemos seguir a Cristo! So-
mos chamados a tomar a forma de um servo; devemos
nos humilhar e ser obedientes a ponto de morrer se preci-
so for.

57
Liçao 5 Sábado, 03 de Novembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar e interpretar a humildade e a exaltação de Cristo


conforme apresentadas aos filipenses.

2. Ajudar os alunos a discutirem e a confirmarem, apropria-


damente, as formas de humildade para os cristãos.

3. Encorajar os estudantes a enfocarem esta passagem duran-


te a próxima semana e o que ela significa para a fé de cada
um.

Atividades pedagógicas
Peça à classe para compartilhar momentos em que cada
um buscou a Cristo e a igreja necessitando de encorajamento,
de consolação, de compaixão, de simpatia ou de
companheirismo. Leiam, juntos, Filipenses 2.5-11, em voz alta,
para finalizar a lição.

Revisando
Esta unidade apontou para “Cristo, a imagem de
Deus”. Começou com a questão “Quem é Jesus?” e
finalizou com o desafio de sermos iguais a ele.

58
Eu Sou lá de Cima
João 8.23-38, 48-56, 58-59

Meditações Bíblicas Diárias


Siana Mclean

Domingo, João 1.19-28


No texto que lemos, João Batista declara aos judeus
que ele está preparando o caminho para a vinda do Deus
Todo-poderoso. O verso 23 diz: “Endireitai o caminho do
Senhor”.
E quanto a nós, estamos preparando o caminho para
Deus trabalhar em nossa vida? Somos aquela voz no meio
do mundo que proclama que Jesus é o Rei dos reis e
Senhor dos senhores? Esforcemo-nos para viver nossa vida
de forma a prepararmos o caminho para o Senhor conti-
nuar agindo neste mundo. Que em tudo que fizermos pos-
samos glorificar o nome de nosso Deus.

Segunda, João 1.29-34


Aqui, João mostra-nos que a verdadeira fé está acima
de tudo. Ele disse: “Eu não o conhecia; mas, para que ele
fosse manifestado...”. Assim que João Batista viu Jesus, pro-
clamou que ele era aquele do qual as profecias falavam.
Que tipo de fé nós temos? Podemos crer que Deus
trabalhará em nossa vida sem o virmos completamente? É
suficiente lermos, em sua Palavra, que ele é um milagre de
Deus para seu povo?
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007

Terça, Mateus 13.11-17


Jesus está falando aos seus discípulos, ajudando-os a
entenderem quão privilegiados são por entenderem as pa-
lavras de Deus. Como cristãos, precisamos estar certos de
ouvirmos a voz divina e de entendermos o que deseja nos
ensinar.
A Bíblia sagrada está disponível a nós, inclusive em
várias versões; contudo, muitos parecem cegos à sua Pala-
vra e surdos à sua voz. O verso 15 diz tudo. Até mesmo
aqueles que parecem ser os mais íntegros podem estar
extremamente perdidos! Sejamos humildes para que o Es-
pírito Santo capacite-nos a fim de termos o privilégio de
compreender os mistérios de Deus e suas obras.

Quarta, João 14.23-31


Como cristãos, temos o Espírito Santo habitando em
nós; todavia, às vezes, agimos como se não fôssemos ca-
pacitados por ele. Passamos por muitas situações difíceis e
esquecemos que o Deus Todo-poderoso habita em nós;
assim, tudo que precisamos fazer é exercitar nossa fé. Quan-
do as situações difíceis surgem, devemos estar certos de
que Deus concedeu-nos uma paz que excede todo enten-
dimento (Filipenses 4.7). Isso significa que, mesmo em meio
às lutas e às dificuldades, podemos descansar no Senhor,
porque sabemos que nosso Deus está no controle de tudo.

Quinta, Mateus 11.1-6


O verso 6 diz: “E bem-aventurado é aquele que não
se escandalizar de mim”. O tempo chegou para a procla-
mação de Jesus como o Senhor soberano de tudo. Jesus
disse para os mensageiros falarem a João sobre as coisas
presenciadas, pois eram evidências de que ele realmente
era o Cristo.
Como deixamos os outros saberem que o Cristo traba-
60
EU SOU LÁ DE CIMA

lha em nossa vida? Nós desfrutamos as bênçãos do Se-


nhor; contudo, quando o tempo de compartilharmos essas
bênçãos vem, falhamos. Você não quer ser incluído no
grupo daqueles que se escandalizam com Jesus Cristo, não
é mesmo? Nós temos uma bela mensagem; vamos torná-la
conhecida!

Sexta, João 8.31-38


Temos encontrado a plena liberdade em Jesus Cristo?
Note o paralelo que foi feito entre um escravo e um filho:
o primeiro está preso e sujeito a seu mestre; o segundo é
livre. Estamos completamente libertos dos laços do pecado
em nossa vida? Precisamos aceitar o presente de liberdade
que o Filho de Deus está nos provendo agora, de forma
que sejamos completamente livres para proclamar esta vida
nova a outros ao nosso redor.
Lembre que essa liberdade é um presente de Deus;
sendo assim, não há razão alguma para permanecermos
presos já que nosso Salvador proporcionou um meio de
sermos libertos. Ah, mais uma coisa: nossa liberdade em
Cristo não é uma licença para pecarmos!

Sábado, João 8.48-59


Em minha modesta opinião, Jesus fez as declarações
mais corajosas de seu ministério neste segmento das Escri-
turas. Ele revelou existir antes do patriarca dos judeus,
Abraão. Tal declaração soou como blasfêmia aos ouvidos
dos judeus; contudo, ela aponta para o fato de que Jesus
era (e é!) Deus; por isso, ninguém pode se comparar a ele.
Estamos desejosos de fazer declarações corajosas so-
bre a obra de Deus em nossa vida, sem nos preocuparmos
com o que receberemos em troca? Sejamos testemunhas
esforçadas e corajosas do Senhor Jesus!

61
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João João
8.23-38, 48-59 8 14.23-31
Verso áureo
“Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: se vós
permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sois meus
discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos liberta-
rá.” João 8.31-32.

Núcleo da lição
Os seres humanos, freqüentemente, buscam ajuda quan-
do estão tentando se livrar de padrões comportamentais
destrutivos. Que fonte de ajuda está disponível para nós ao
buscarmos nos libertar do pecado? O apóstolo João declara
que somos verdadeiramente libertos em Jesus; ele está acima
de tudo.

Perguntas para estudo do texto


1. Para quem Jesus estava falando? O que lhes disse? Qual foi
a resposta recebida? O que ela diz sobre o entendimento
que tinham acerca de Jesus?

2. Por que Jesus cria que a liberdade era um direito inato


deles? Cite a história da liberdade deles versus a escravidão
como nação. E qual era a realidade da liberdade espiritual?

62
EU SOU LÁ DE CIMA

3. O que disse Jesus sobre o pecado? Que condição ele relaci-


ona a isso?

4. Qual a posição de Jesus? Que autoridade foi-lhe dada?


Qual a reação dos judeus a tais palavras? E que reação
você tem?

5. Como conhecer Jesus ajuda-nos também a conhecer Deus?


Como tal conhecimento auxilia a lidar com o pecado em
nossa vida?

6. Jesus contrastou a escravidão sócio-política à escravidão do


pecado. Como você contrastaria os vícios à escravidão do
pecado?

63
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

Explanação
Neste trimestre, nossa meta é aprender mais sobre
Jesus Cristo. Durante as próximas oito semanas, estuda-
remos especificamente as declarações “Eu sou” contidas
no Evangelho de João. Um padrão notado é que Jesus
identificou-se com as necessidades mais profundas das
pessoas.
Os versos das Escrituras para esta lição, de João 8,
relembram-nos que Jesus é de cima. Portanto, tem o poder
de suster-nos e de capacitar-nos. Um modo primário como
faz isso é livrando-nos da escravidão do pecado. O con-
texto bíblico é de um encontro, em Jerusalém, entre Jesus
e “a multidão”. Esse grupo era composto de muitos perso-
nagens discrepantes; alguns conheciam Jesus pessoalmen-
te; outros não tiveram relação alguma com ele, tendo ne-
nhum conhecimento a seu respeito. Algumas pessoas acre-
ditavam que Jesus era o tão esperado messias; outras o
viam como um blasfemador, um homem comum reivindi-
cando ser Deus.
A história de hoje é, de fato, a continuação de uma
narrativa começada anteriormente, em João 7. Jesus veio
para Jerusalém durante a Festa dos Tabernáculos, e a meio
caminho da festividade, começou a falar à multidão, no
templo. Uma revisão desse encontro revelará vários temas
primários, entre eles a fé, os conflitos e as divisões. O cha-
mado de Jesus às pessoas, para terem fé nele (convicção),
trouxe conflito entre ele e aqueles que não creram. Isso
também reforçou uma divisão e, então, mais conflito esta-
beleceu-se, entre aqueles que tiveram e os que não tive-
ram fé.
64
EU SOU LÁ DE CIMA

Explanação
O verso 31 estreita o enfoque desta narrativa. Neste
momento da história, Jesus começou a falar àqueles que
tinham depositado nele a sua fé. Porém, um olhar rápido
ao término da história pode deixar alguém confuso, pois
estas mesmas pessoas - aparentemente com fé em Jesus -
pegavam pedras para matá-lo! O que aconteceu?
Será que elas estabeleceram um compromisso de fé
prematuro em Jesus? Quando depositaram sua fé, no que
exatamente acreditaram com relação a ele? Aparentemen-
te, NÃO creram na divindade de Jesus, porque quando ele
articulou o “Eu sou”, em sua declaração no verso 58, senti-
ram-se incitadas a matá-lo. Elas reconheceram, nessa frase,
que Jesus reivindicava ser Deus. Obviamente aquela fé em
Jesus não comportava tal idéia...
O problema começou quando Jesus disse, nos versos
31 e 32, que, se elas obedecessem a seus ensinamentos,
seriam livres. Aparentemente, houve uma quebra na co-
municação entre Jesus e sua audiência. Esses membros
estavam enfocando a realidade física, e compreenderam
que Jesus dizia que seriam livres da escravidão de pessoas.
Aos seus olhos, não eram escravas; e sim, pessoas livres.
Então, a declaração de Cristo não fazia sentido algum para
elas. Porém, ele falava da escravidão espiritual, como se
percebe nos versos 34 a 36, no trecho em que ensinou
sobre a escravidão do pecado.
A desconexão entre Jesus e a multidão é vista mais
adiante também quando as pessoas, teimosamente, agar-
ram-se à idéia de que Abraão era seu pai espiritual e, de
certo modo, o libertador. Jesus tentou lhes falar que eram
escravas do pecado, mas não puderam ouvi-lo... Precisa-
vam de alguém para libertá-las da escravidão do pecado;
contudo, recusavam-se a reconhecer que se encontravam
em tal escravidão!
O que ocasionava essa lacuna de comunicação, en-
65
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007

tão? De acordo com Jesus, nos versos 42 a 47, era uma


questão de pertencer. Ele disse à multidão que as pessoas
não podiam ouvir o que ele dizia, pois não pertenciam a
Deus. E afirmou que Deus não era o pai delas; ao contrá-
rio, o diabo que era, como comprovado pelo desejo senti-
do por elas de matarem Jesus. Assim, não puderam ouvir a
verdade divina, porque somente ouviam as mentiras oriun-
das de Satanás. Não poderiam ouvir alguém a quem não
pertenciam.
Aparentemente, as palavras de Jesus ofenderam seve-
ramente, pois vemos (no verso 48) que todos começaram
a insultá-lo. Chamaram-no de “samaritano”, o que, na épo-
ca, era um insulto gravíssimo. Cabe lembrar que os
samaritanos eram menosprezados pelos judeus de “sangue
azul”. Também reivindicaram que Jesus estava possuído
pelo demônio, outra ofensa pungente.
Finalmente, os insultos transformaram-se em uma ten-
tativa de assassinato: eles começaram a apanhar pedras
para matar Jesus. Foi revelado, assim, que esses crentes
nominais não eram crentes mesmo. Eles viram Jesus como
um blasfemador, não como um salvador.

Encorajamento
Dar uma olhada nos membros da multidão, nesta
passagem das Escrituras, é algo instrutivo para nossa pró-
pria vida. Essas pessoas estavam inflexíveis em seu
posicionamento, crendo apenas que sua herança espiritual
era suficiente para guardá-las da escravidão. Tinham Abraão
como “pai” e do que mais precisavam?
Nós, como cristãos, também temos uma rica herança
espiritual que, de algum modo, também inclui Abraão. Te-
mos Deus como nosso Pai e do que mais carecemos?
É maravilhoso ser filho de Deus, mas ele tem real-
mente feito diferença em minha vida? Penso que a ques-
66
EU SOU LÁ DE CIMA

tão a ser levantada é: “O que estou fazendo com minha fé


em Deus?” Por exemplo, os membros da multidão, nesta
passagem bíblica, recusaram-se a reconhecer que precisa-
vam da libertação do pecado e negaram essa realidade. E
sobre mim? Tenho admitido que pode haver áreas em mi-
nha vida das quais não tenho do que me orgulhar, com as
quais constantemente estou lutando e que preciso do po-
der de Deus para me libertar? Eu penso que uma resposta
sincera para cada um de nós é um “Sim!”...
Um próximo passo nesse processo é reconhecer uma
das verdades ensinadas por esta passagem das Escrituras:
Jesus realmente é Deus! Por causa disso, tem o poder para
nos ajudar em nossas próprias lutas.
A próxima pergunta é: “Como posso receber a ajuda
que Jesus é capaz (e quer) me dar”? Novamente, voltando
às Escrituras, parece que estamos sendo chamados a uma
fé ativa: nos versos 31 e 51, Jesus chamou as pessoas a se
apegarem ativamente aos seus ensinos.
Você pode fazer isso em sua vida diária? Está familia-
rizado com os ensinamentos de Jesus? Afinal, não pode
confiar nas palavras dele se não sabe quais são mesmo
suas palavras! Uma maravilhosa oportunidade para se tor-
nar mais consciente de suas palavras é a leitura dos escri-
tos de João (o evangelho e as cartas). Dois dos temas
principais surgidos ali são a fé e o amor: é necessário crer
que Jesus é o Messias - o Filho de Deus - e viver nossa fé
amando-o, amando as outras pessoas, e até mesmo nos
amando. Não há padrão de vida melhor, não é mesmo?
Esse último conceito pode ser o mais radical deles
todos: amar a nós mesmos. Como seria sua vida caso você
se tratasse, de fato, como alguém inestimável, feito para
ser parecido com Deus? Você iria se permitir permanecer
na sua condição atual?

67
Lição 6 Sábado, 10 de Novembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição
1. Rever o relato do encontro de Jesus com a multidão.
2. Ajudar os alunos a refletirem sobre como a liberdade trazida
por Cristo afeta suas vidas.
3. Ajudar os estudantes a aplicarem a promessa de liberdade
de Deus à vida deles e a testemunharem sobre a diferença
que isso faz.
Atividade pedagógica
Compare ou contraste as bases do programa “Os doze
passos3” com as palavras de Jesus nesta passagem. Discuta a
conexão ou a disparidade entre pecado e vício.

Olhando adiante
Na próxima lição, refletiremos sobre a autoridade de Jesus
e sobre seu relacionamento com o Pai.

3
O programa “os doze passos” (twelve-step program) foi criado nos Estados Unidos,
em 1935, por William Griffith e pelo Doutor “Bob” Smith, inicialmente para o
tratamento de alcoolismo e,mais tarde, estendido a praticamente todos os tipos de
vícios. Os passos são: 1) Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos
perdido o domínio sobre nossas vidas; 2) Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos
poderia devolver-nos à sanidade; 3) Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de
Deus; 4) Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos; 5) Admitimos, perante
Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas; 6)
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter; 7)
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições; 8) Fizemos uma relação de
todas as pessoas que tínhamos prejudicado e dispusemo-nos a reparar os danos a elas causados; 9)
Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando
fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem; 10) Continuamos fazendo o inventário pessoal e,
quando estávamos errados,admitíamos prontamente; 11) Procuramos, pela prece e pela meditação,
melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o
conhecimento de Sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade; 12) Tendo
experimentado um despertar espiritual, graças a esses Passos, procuramos transmitir essa mensagem
aos demais e praticar esses princípios em todas as nossas atividades.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_12_passos. NT.
68
Jesus é a Autoridade e o Juiz
João 5.19-29

Meditações Bíblicas Diárias


Siana Mclean

Domingo, João 5.1-9


Jesus vê os desejos e as necessidades do coração e,
quando nos concentrarmos nele, veremos que está lá para
supri-las, mesmo que não saibamos como isso acontecerá.
Em nosso texto devocional, o paralítico queria ser cu-
rado; todavia, não podia entrar na água. Jesus viu sua fé e
satisfez sua necessidade imediatamente. Tudo que precisa-
mos fazer é manter nosso enfoque no Senhor; quando
tudo parecer impossível, ele chegará, no momento certo.
Lembre-se de Mateus 6.33. Busque sempre a Deus em pri-
meiro lugar, acima de todas as coisas; não importam quais!

Segunda, João 3.31-36


Como cristãos, deveríamos ter muito cuidado quanto
ao recebimento de mensagens. Há muitos que reivindica-
rão ser mensageiros de Deus, mas na realidade não o são.
O verso 34 mostra como Deus é específico sobre quem
ele envia. Precisamos testar os espíritos para ter certeza de
que falam em nome de Deus e de que realmente são
enviados por ele. 2 Timóteo 2.15 ordena-nos a estudarmos
a Palavra de Deus; assim, reconheceremos a verdade quan-
do ela for apresentada. 2 Timóteo 4.3 aponta o que acon-
tecerá com os falsos mestres.
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007

Estudemos, meditemos e conheçamos profundamen-


te a Bíblia para podermos sempre discernir a verdade do
erro.

Terça, João 4.19-26


Você é um verdadeiro adorador? Realmente sabe o
que significa adorar a Deus? A palavra adoração é deriva-
da de um termo grego, significando “amar em extremo
alguém que é digno desse amor”.
Nosso Deus é digno de todo nosso amor; portanto,
merece a mais sincera adoração. Adorar a Deus em espíri-
to e em verdade implica em, primeiramente, entender quem
ele é; termos um relacionamento íntimo e verdadeiro para,
então, sermos capazes de adorá-lo corretamente. Não rele-
gue sua adoração apenas às manhãs de sábado. Faça de
sua vida inteira um testemunho de adoração a ele. Lembre
que ele sempre reinará. Embora não precise de nossa ado-
ração, é merecedor da mesma.

Quarta, Mateus 7.24-29


Como cristãos, podemos ter confiança no fato de que
nossa esperança e fé estão construídas numa sólida rocha -
Cristo Jesus! Com a Palavra de Deus disponível para nós,
nunca deveríamos hesitar, não importando o quanto o Di-
abo tente nos desviar dos caminhos de Deus.
Efésios 6.10-20 aponta como, diariamente, equipamo-
nos para sermos vencedores. Como cristãos, temos esse
arsenal à disposição; porém, usamos nossa munição ou
sentamos enquanto o inimigo vence? Você é um soldado
de Cristo, pronto para a batalha, ou está desperdiçando
todo o treinamento e a munição?

Quinta, 2 Timóteo 4.1-5


O tempo chegou; não podemos nos omitir, reter a
70
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ

verdade dada por Deus. Temos que estar dispostos a falar


a Palavra de Deus com coragem, a instar a tempo ou fora
de tempo. Não caia na armadilha do consumismo cristão!
Não seja daqueles que buscam apenas a bênção do Se-
nhor. Não nos desviemos do fundamento central fixado
por Deus.
E o que devemos fazer para permanecermos firmes? É
muito simples: pregue a Palavra. Só isso, nada mais, nada
menos. Deus trará o crescimento.

Sexta, João 5.19-23


Ninguém pode separar nosso Pai Celeste de seu filho
Jesus, pois eles são um só. Então, se você escolhe não
aceitar o sacrifício de Jesus Cristo e não viver sua vida para
ele, não pode esperar uma bênção do Pai. Deus enviou
seu filho a este mundo para morrer em nosso lugar para
que pudéssemos ter vida eterna. Honremos tamanho sacri-
fício vivendo nossa vida em completa reverência a ele.
Estabeleçamos um relacionamento profundo e íntimo com
o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, e sejamos as
pessoas que Deus quer.

Sábado, João 5.24-30


O tempo virá e todos estaremos diante do trono do
julgamento de Deus. Em qual lado vamos nos colocar?
Entraremos na vida ou na condenação eterna? Como cris-
tãos, temos uma garantia de que, ao aceitarmos o sacrifício
de Jesus, teremos a promessa de uma eternidade maravi-
lhosa. Por outro lado, também sabemos se não estamos
vivendo de modo correto aos olhos de Deus... Ocupe esse
tempo para pedir a Deus que remova de sua vida qual-
quer coisa contrária à vontade dele. Ore pela libertação de
tudo que lhe impeça de ter confiança em sua salvação.

71
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João 2 Timóteo
5.19-29 5 4.1-5
Verso áureo
“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a
minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte
para a vida.” João 5.24.

Núcleo da lição
Muitas vezes, questionamos a justiça ou a
apropriabilidade de um julgamento ou de uma decisão. É
possível ser imparcial e completamente justo? João diz que
Jesus tem uma autoridade vinda diretamente de Deus, pois
ambos são perfeitos. Suas decisões são, assim, perfeitas tam-
bém. A autoridade de Jesus foi demonstrada diretamente quan-
do ele curou o paralítico no dia de sábado.

Perguntas para estudo do texto

1. Que resposta Jesus deu aos líderes judeus? Por que precisa-
va se defender contra eles?

2. O que os fariseus pensaram sobre tal declaração? Por que


ficaram tão perturbados?

72
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ

3. Os versos 25 a 29 ecoam como profecias do Antigo Testa-


mento. Use uma concordância para encontrá-las. Qual era
seu contexto original, e como Jesus cumpriu-as? Estes ver-
sos também apontam para outras profecias. Encontre, no
Novo Testamento, textos que revelam como Jesus irá, ain-
da, cumprir tais predições.

4. Qual o fator determinante no modo como Deus julgará as


pessoas? Como você respondeu a tal verdade? Como a
compartilhará com os outros?

5. Geralmente, buscamos ser pessoas independentes. Como


Jesus repudia esse modo de pensar? O que o relaciona-
mento de Jesus com seu Pai ensina? Como, então, deve-
mos conviver com os outros cristãos?

73
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

Explanação
Na lição de hoje, vemos Jesus numa posição que lhe
era familiar: em conflito com os líderes religiosos judeus. O
contexto imediato desta passagem das Escrituras é encon-
trado em João 5.1-18. Jesus tinha curado um homem inca-
pacitado, no sábado, e, por isso, era perseguido pelos líde-
res religiosos por “quebrar” aquele dia santo (verso 16).
Jesus responde aos perseguidores (verso) apelando
para seu Pai. Uma vez que o Pai ainda estava trabalhando,
disse Jesus, então ele tinha o mesmo direito de trabalhar!
Os judeus escolheram interpretar essa resposta como uma
reivindicação de que Jesus era igual a Deus (verso 18).
Criticamos, freqüentemente, esses líderes religiosos por es-
tarem errados sobre tantas coisas... Porém, desta vez, te-
mos que admitir que tinham razão: Jesus reivindicava mes-
mo ser Deus!
Este é o principal enfoque de nossa passagem bíbli-
ca: o fato de Jesus reivindicar igualdade com Deus. Isso é
comunicado nos versos 19 a 23 pelo uso repetitivo que ele
fez dos termos “Filho” e “Pai”. Cada um desses versos
discute as facetas da conexão do Filho com o Pai. O 19
declara-nos que os dois estão conectados por causa de
suas atividades. A declaração de Jesus, de que não podia
fazer coisa alguma por si mesmo, não deve ser interpreta-
da como uma limitação de suas habilidades; ao contrário,
é uma alegação sobre sua identidade: ele reivindicava ser
Deus. (Perceba, a propósito, a declaração semelhante, no
verso 30: Jesus não poderia fazer algo por ele mesmo. Esse
dispositivo de comunicação, a conclusão de uma passa-
gem que ecoa seu começo, serve para enfatizar o ponto de
vista do locutor.). Mais adiante, no verso 20, vemos que o
74
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ

Filho e o Pai estão ligados por seu amor. Os dois seguintes,


21 e 22, voltam ao tema das atividades. Finalmente, no 23,
reivindica-se que nossa atitude com o Filho indica nossa
atitude também para com o Pai.
Inerente ao primeiro parágrafo do texto de hoje, estão
duas outras reivindicações: nos versos 20 e 21, primeira-
mente, Jesus afirma que tem o poder de dar vida às pesso-
as. Posteriormente, no 22, ele alega que o Pai tinha lhe
dado a autoridade para julgar as pessoas.

Exploração
Os versos 24 a 26 desenvolvem a reivindicação de
Jesus quanto a ter a capacidade de dar vida às pessoas. A
frase “em verdade vos digo” foi usada por ele para alertar
os ouvintes de que iria fazer um pronunciamento muito
importante, algo que precisava ser ouvido e praticado. Duas
vezes neste parágrafo vemos essa frase, indicando também
a preocupação de Cristo com os ouvintes, para que o en-
tendessem realmente. Afinal de contas, ele lidava com um
assunto de vida e de morte eterna!
Dizer que Jesus era um mestre na arte da comunica-
ção é como falar que há uma força puxando todos os
objetos em direção a Terra. É óbvio! Você pode argumen-
tar contra a lei da gravidade, mas seria perda de tempo; a
cada segundo do dia, as evidências dessa ação estão dian-
te de seus olhos. De forma semelhante, há evidência do
domínio de Jesus na comunicação, mostrada no verso 24.
Quanto ainda a esse verso, pode-se dizer que ele muito
claramente nos fala sobre possessão e posição. Há uma
pessoa, disse Jesus, que possui a vida eterna: aquela que
ouve as palavras de Jesus e que crê naquele que o enviou
(Deus Pai). Além disso, por possuir a vida eterna, aquela
pessoa não será condenada. Como Jesus declarou, ela passa
da morte para a vida. Por ter essa vida eterna, não corre o
risco de ser condenada à morte; sua posição está segura.
75
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007

Em outras palavras, sua possessão determinou sua posi-


ção. (Veja também João 10.28-29, 1 João 5.11-13 e 2
Coríntios 5:17)
Os versos 27 a 30 desenvolvem a reivindicação de
Jesus quanto a ter autoridade para julgar as pessoas. Jesus
declarou, no 27, ter recebido a autoridade por ser o “Filho
do Homem”. Esses termos apontam para Daniel 7.13-14,
na parte descritiva do Messias, a quem fora dada autorida-
de, glória e poder soberano. A aplicação deste termo, por
Jesus, referindo-se a si próprio, então, era uma tácita rei-
vindicação de sua messianidade: ele declarava-se o Messi-
as! Novamente, como já foi mencionado, Jesus dizia-se
igual a Deus. Portanto, tinha autoridade, como bem ex-
presso nos versos 28 e 29, para chamar as pessoas dos seus
sepulcros a fim de julgá-las. Finalmente, o verso 30 recor-
da que Cristo não pôde fazer coisa alguma por ele. Suas
ações identificam-no com o Pai, porque Jesus verdadeira-
mente é Deus. Então, seus julgamentos podem ser consi-
derados justos, pois não trabalha para si; trabalha exclusi-
vamente para cumprir o propósito de Deus.

Encorajamento
Muitas pessoas têm um propósito para suas vidas: usam-
na exclusivamente como uma ferramenta ou um pagamento
que fará com que possam entrar no céu. Enfocam a maio-
ria da atenção em satisfazer “exigências” para esse ingres-
so. Por isso, não podem viver no presente, porque este
deve ser sacrificado para cumprir sua meta/missão futura.
Você conhece alguém que utiliza essa filosofia como um
fundamento de vida? Como a vida de tal pessoa parece?
Será ela completa, no sentido de estar desfrutando sua
existência?
Uma das grandes bênçãos de viver como um cristão é
a certeza de que entraremos no céu. Deus já nos garantiu
isso! Lembre-se da promessa de Jesus no verso 24. Possuí-
76
JESUS É A AUTORIDADE E O JUÍZ

mos a vida eterna; logo, nossa posição na eternidade está


segura! Quando Jesus julgar nossa vida (versos 28 e 29),
seremos incluídos no grupo dos que ouviram sua Palavra
e creram no Pai. Portanto, não seremos condenados: des-
frutaremos da vida eterna! (Veja Romanos 8.1-2.)
Que diferença prática isso faz em sua vida cotidiana?
Muita... Espero que caracterize sua vida, e que a viva ple-
namente, momento após momento. Uma de minhas can-
ções favoritas faz a seguinte pergunta: “Você vive os dias
pelos quais passa?” A liberdade da condenação permite-
nos justamente fazer isso! Podemos assimilar e apreciar
nossas experiências à medida que elas acontecem, por não
termos que comprar, pagar ou fazer boas obras que nos
conduzam à salvação. Já temos a salvação, graças a Jesus,
o Messias.
Se nós, cristãos, podemos desfrutar da vida a cada
momento, como isso afetará nosso testemunho a outras
pessoas? Penso que o ampliará, porque elas vão nos ver
como seres verdadeiramente vivos. Uma vez que nosso
futuro está garantido, somos livres para viver o presente.
Uma pessoa livre é viva! Isso atrairá as pessoas a nós por
nossa vida ser real e atraente.
E ainda temos a maravilhosa oportunidade de com-
partilhar essa verdade com os outros! Se eles também ou-
virem as palavras de Jesus e crerem no Pai, serão libertos e
terão a vida eterna. Tal revelação traz uma verdadeira re-
volução... Nós, cristãos, temos o surpreendente privilégio
de compartilhar essa graça com as pessoas, de forma que
possam vivenciar também a mesma experiência.
Sua vida tem sido um testemunho vivo da liberdade
trazida por Jesus? Tem compartilhado com os outros a Pa-
lavra de Deus? O que costuma fazer por aqueles, em seu
caminho, que ainda não conhecem Jesus, nem a vida abun-
dante que ele veio trazer?

77
Lição 7 Sábado, 17 de Novembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar as palavras de Jesus acerca de sua autoridade e de


seu relacionamento com Deus.

2. Ajudar os alunos a refletirem sobre o significado da relação


de Jesus com Deus e sobre o impacto que isso tem na fé de
cada um.

3. Ajudar os estudantes a contarem a outros, com suas própri-


as palavras, o que significa crer em Jesus.

Atividades pedagógicas
Peça a alguns dos alunos para darem o testemunho de
sua fé em Jesus. Elaborem, juntos, uma oração que expresse
submissão à autoridade de Deus. Relacionem experiências
de vida nas quais foi obscurecida a justiça de Deus por algum
tempo, mas depois o benefício ficou aparente.

Olhando adiante
Na próxima lição descobriremos alguém que pode
prover nossa satisfação espiritual.

78
Eu Sou o Pão e a Água da Vida
João 6.34-40; 7.37-39

Meditações Bíblicas Diárias


Siana Mclean

Domingo, Efésios 3.14-21


Somente quando permitimos que Cristo habite em
nós é que podemos começar a compreender o que signifi-
ca viver uma vida completamente conduzida por Deus.
Passamos, então, a experimentar a alegria também teste-
munhada pelos santos de Deus. O verso 19 faz-nos co-
nhecedores de que o único meio pelo qual podemos ser
cheios da verdadeira bondade de Deus é pelo conheci-
mento do amor de Cristo.
Estamos vivenciando a abundância de Deus em nos-
sa vida? Sabemos o que realmente significa ter o amor de
Cristo?

Segunda, João 6.16-24


Não deveríamos ter medo de deixar Deus vir, mila-
grosamente, habitar em nossa vida. Os discípulos, contu-
do, tiveram muito receio, pois viram Jesus caminhando
sobre a água. Ele, rapidamente, advertiu-lhes que não ha-
via necessidade de temerem. Às vezes, temos milagres e
bênçãos múltiplas à nossa espera; porém, sentimos medo
de permitir que Deus realmente se mude para nossa vida.
Esteja firme e confiante; o Deus dos milagres pode
operar poderosamente em sua vida! Basta você pedir e
deixar que ele aja.
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007

Terça, João 6.25-34


O que estamos buscando? Procuramos conhecimento
e possessões terrenas passageiras? Ou queremos o conhe-
cimento perpétuo vindo somente de uma compreensão do
sacrifício de Jesus Cristo? Nosso Pai Celeste enviou seu
Filho para este mundo para ser o pão da vida. Uma vez
que participamos desse pão, nunca mais seremos os mes-
mos.
Sua mente está focada no temporal ou no eterno?
Talvez seja tempo de você reorganizar suas prioridades de
forma que sua vontade seja removida e você alinhe-se
com a vontade eterna de Deus.

Quarta, João 6.33-40


Neste texto, Jesus estende sua mão para qualquer um
que esteja disposto a segui-lo. Seu único pedido é que
você creia nele de todo coração. Não está lhe pedindo
para fazer qualquer mudança ou se arrumar, nem despre-
zará alguém que venha até ele com um coração sincero.
Não há coisa alguma que tenhamos feito que o amor de
Deus não possa perdoar e consertar. Não se envergonhe
de sentar à mesa dele, muito menos de participar do “Pão
da Vida”. Ele está disposto a aceitá-lo; não importa o que
você tenha feito. Tudo que pede é um coração sincero, e
Deus irá transformar sua vida maravilhosamente! Louvado
seja!

Quinta, João 6.41-51


Você já passou por momentos difíceis, nos quais de-
sejou saber o porquê de tudo ou como poderia sair de tal
situação? Enfrentou situações em que tentou fazer o me-
lhor, mas falhou? A razão disso é que você tentou agir por
conta própria. Aprenda a colocar todos os temores e as
lutas no altar de Deus e lá deixa-los. Verá que pode supor-
80
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA

tar as lutas e as dificuldades, pois é fortalecido pelo poder


oriundo de uma vida arraigada no Pão da Vida. Sem esse
alimento, somos fracos; contudo, Deus provê nosso Pão
da Vida diariamente. Tudo que temos a fazer é nos ali-
mentar dele!
Você tem se alimentado do Pão da Vida, diariamente?

Sexta, Isaías 49.7-13


Nosso Deus é merecedor de todo o nosso louvor. Ele
não só nos libertou de muitas situações nas quais o Diabo
teria nos derrubado, como também iluminou o caminho
quando não víamos um outro. Nosso Senhor demoliu pa-
redes supostamente indestrutíveis e mostrou-nos seu favor
em momentos impossíveis. Ele abençoa seu povo embora
não o mereçamos. É por causa da direção indicada por
ele que chegamos até aqui. O Salmo 47:6-7 diz o que
deveríamos fazer: cantar louvores a ele. Então, louvemos
ao Senhor com alegria!!!

Sábado, João 7.37-41


Todos precisamos passar por um tempo de auto-ava-
liação, no qual identificamos o que precisa ser mudado
em nossa vida. Deus quer nos encher de seu Espírito, mas
às vezes não o buscamos completamente. Ele está pronto
e esperando para nos preencher; tudo que temos a fazer,
portanto, é buscá-lo de todo o coração. Quando somos
fracos, ele é forte. Sendo fortalecidos pela água viva, po-
demos trabalhar com nossos irmãos e partilhar com outros
que também precisam saber o que é participar da mesa do
Senhor. Busque sua força no Deus Todo-poderoso.

81
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Efésios
6.34-40; 7.37-39 6e7 3.14-21
Verso áureo
“Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que
vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim
jamais terá sede.” João 6.35

Núcleo da lição
As pessoas estão constantemente buscando experiências
ou possessões capazes de prover satisfação e uma sensação
de plenitude. Podemos descobrir alguém que forneça satisfa-
ção espiritual? De acordo com João, Jesus retratou a si mesmo
como aquele que provê uma vida completa de satisfação.

Perguntas para estudo do texto

1. Que pergunta foi feita a Jesus? Quem a fez?

2. Qual foi a resposta dele? Quais foram as metáforas usadas


por ele? Por que as escolheu? O que elas comunicaram aos
ouvintes? E o que transmitem a você?

3. Você tem fome e sede de quê? Como busca satisfazer esses

82
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA

anseios? Como Jesus pode provê-los para você?

4. Qual foi a interpretação dos judeus para a frase “Eu Sou.”?


Em que outras passagens bíblicas essa frase foi usada signi-
ficativamente?

5. Qual é o contexto de João 7.37-39? Em que sentido tal


declaração assume um significado mais dramático ou
significante por causa do contexto?

6. Como saber quem é Jesus afeta você e sua fé? De que


maneira podemos ser canais pelos quais “os rios de água
viva” fluem para fortalecer e inspirar os outros?

83
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

Exploração
A parte bíblica de estudo desta lição é composta de
duas passagens diferentes, com relatos sobre eventos ocor-
ridos em cidades e em ocasiões diversas. Embora a locali-
zação e o tempo sejam separados, há uma verdade que as
une: Jesus é a fonte da vida, e o caminho para ter acesso a
tal vida é pela fé.
A primeira narrativa, de João 6, relata eventos acon-
tecidos em Cafarnaum, uma cidade situada na Galiléia, a
parte de Israel onde Jesus cresceu. A segunda história, de
João 7, mostra os fatos ocorridos no Templo de Jerusalém,
a 95 km ao sul de Cafarnaum.
Os eventos de João 6 ocorreram perto da Festa da
Páscoa (6.4), e os de João 7, durante a Festa dos
Tabernáculos (7.2,14). Há 6 meses de separação entre as
duas comemorações. A Páscoa é celebrada na primavera e
a Festa dos Tabernáculos, no outono.
João 6.1-15 conta-nos que Jesus realizou um milagre:
alimentou uma multidão de cinco mil pessoas com somen-
te cinco pães e dois pequenos peixes. Essa história do
milagre é o contexto para o primeiro texto das Escrituras
de hoje, João 6.34-40. Nela, temos a famosa proclamação
de Jesus: “Eu sou o pão da vida.” (verso 35).
Voltando um pouco atrás, vemos, nos versos 26 e 27,
a declaração de Jesus na qual afirma que, embora se saciar
fisicamente seja importante, alimentar-se espiritualmente é
mais relevante; torna-se vital. Então, em 28 e 29, Jesus
disse aos ouvintes como alcançar o alimento espiritual: cren-
do naquele que Deus enviou. O verdadeiro pão do céu - o
pão de Deus - não é um pão de verdade; é uma pessoa
(versos 32 e 33). Finalmente, sua proclamação, em 35, ser-
84
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA

ve como um anúncio público de Jesus como a pessoa


enviada por Deus. Vir a Jesus e crer nele satisfazem a
fome e a sede espiritual de qualquer um!
Essa verdade também nos é comunicada pelos even-
tos de nosso segundo texto de estudo, João 7.37-39. Eles
aconteceram no Templo de Jerusalém, no último dia da
Festa dos Tabernáculos. Jesus proclamou, corajosamente,
a extinção da sede de qualquer um que viesse a ele. Sua
coragem estendeu-se, reivindicando apoio bíblico para sua
promessa. É espantoso pensar que algumas pessoas quise-
ram prendê-lo (verso 44)! O que estava prometendo? Ele
assegurou um enchimento do Espírito Santo de Deus para
aqueles que cressem nele.
Nesses dois textos do evangelho de João (capítulos 6
e 7), vemos Jesus usando metáforas diferentes para o
saciar espiritual: pão da vida (João 6) e água viva (João
7). Além disso, como declarado anteriormente, tais eventos
aconteceram a muitos quilômetros de distância e em dife-
rentes datas. Porém, não podemos escapar da clara con-
clusão de Jesus em cada uma dessas histórias: a pessoa
que busca plenitude espiritual somente a obterá crendo
em Jesus Cristo.

Explanação
Pode parecer um mero exercício acadêmico identifi-
car e discutir as proclamações de Jesus. Que proveito há
para alguém observar que ele reivindicou ser a fonte de
plenitude espiritual? Aparentemente, esse é apenas um exer-
cício inútil... Porém, se o colocarmos em seu contexto apro-
priado da existência humana, sua utilidade aparece de re-
pente. Veja; nós, os seres humanos, temos uma necessida-
de enorme! Você pode chamar isso de diferentes formas:
conexão espiritual, realização, propósito, sentido, etc. O
ponto é este: uma vez que somos criados à imagem de
85
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007

Deus, e já que ele é um ser espiritual, também somos seres


espirituais. Sim, também somos seres físicos, mas nossa
parte física é somente uma das facetas de nossa existência,
considerando que nossa espiritualidade provê o fundamento
para nossa existência.
Temos uma necessidade inata de realização espiritual.
Então, é vital que achemos uma fonte para satisfazer essa
carência. Por isso, naturalmente, percebemos quando al-
guém reivindica ser tal fonte. Os textos de hoje, João 6 e 7,
oferecem-nos tal reivindicação. Jesus diz que ele é o pão
da vida, o provedor da água viva.
Cristo não somente nos diz aonde ir para a realização
espiritual, como também nos conta como alcançá-la visto
que chegamos à sua fonte. É pela fé, diz ele, que seremos
espiritualmente satisfeitos. Especificamente, crendo em Je-
sus Cristo, seremos capazes de viver uma vida plena.

Encorajamento
Meu desafio para você tem dois lados. Primeiramente,
faça a si mesmo esta pergunta: minha fé em Jesus faz dife-
rença em minha vida cotidiana? Depois, busque uma res-
posta sincera. Uma coisa é fazer a pergunta, mas algo com-
pletamente diferente é respondê-la verdadeira e transpa-
rentemente. Cristo reivindicou ser o Pão da Vida e prome-
teu dar-nos água viva. Você, verdadeiramente, está experi-
mentando essa realização espiritual da qual ele falou?
Conhecer Jesus impacta as pessoas com quem você
escolhe passar o tempo, o conteúdo que escolhe para estar
em sua mente, as atividades das quais escolhe participar,
as causas que escolhe apoiar. Enfatizo a palavra “escolhe”,
porque esse é o mecanismo pelo qual vivemos nossa fé.
Nossas escolhas dirigem nossa vida.
Lembre-se de que nossa constituição espiritual impe-
le-nos a buscar conexão de espírito. Pensando assim, ten-
86
EU SOU O PÃO E A ÁGUA DA VIDA

te responder: há algumas escolhas que conduzirão a uma


ligação mais forte entre você e Deus? Talvez outro modo
de se fazer a mesma pergunta seja: como está seu relacio-
namento com Jesus Cristo atualmente? Existem escolhas a
serem feitas que, depois de implementadas, podem lhe
atrair para mais perto de Cristo?
Uma escolha enorme que temos a fazer, diariamente,
é a da inclusão. Quanto de minha vida incluirá Jesus, e
quanto o excluirá? Por exemplo, tenho uma interação diá-
ria com ele? Talvez um tempo para me sentar e ler sua
Palavra? Quiçá uns momentos para cantar canções de ado-
ração e de louvor? Quem sabe umas horas para me ajoe-
lhar e ponderar sobre sua transcendência?
E sobre o equilíbrio de meu dia quando não estou
enfocando somente Jesus, mas divido-me entre o trabalho,
a escola, as relações familiares, o lazer, etc.? Eu incluo
Jesus nesses momentos? Estou atento ao fato de que ele
está comigo, reconhecendo eu ou não sua presença? Te-
nho permitido que minha proximidade com Jesus influen-
cie minhas decisões? Ouço a direção do Espírito de Deus?
Busco direção na sua maravilhosa Palavra? Rendo-me, em
última instância, à sua direção e liderança?
A reivindicação de Jesus, de que ele é o Pão da Vida,
é uma promessa fantástica para aqueles que nele crêem.
Você está trazendo essa promessa para suas decisões coti-
dianas?

87
Lição 8 Sábado, 24 de Novembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é o pão e a água


da vida.

2. Ajudar os alunos a refletirem sobre a busca humana por


um sentido e propósito para a vida, e como Deus prove
essas respostas.

3. Encorajar os estudantes a desenvolverem um plano para


buscarem fontes para o crescimento e para o desenvolvi-
mento espiritual.

Atividades pedagógicas
Compare e contraste a fome e a sede físicas com as
espirituais. Fale sobre o pão como um elemento importante
da vida e destaque o que ele representa em várias culturas.
Pesquise o simbolismo da cerimônia do cântaro, realizada na
Festa dos Tabernáculos.

Olhando adiante
Jesus cura um cego para mostrar a si mesmo como é
a Luz da vida.

88
Eu Sou a Luz do Mundo
João 8.12-20; 12.44-46

Meditações Bíblicas Diárias


Siana Mclean

Domingo, Isaías 35.3-10


Você percebe o que acontece ao aceitar a salvação
prometida por Deus? Olhe as bênçãos e os milagres expe-
rimentados por aqueles que são considerados o povo de
Deus. O cego verá, o surdo ouvirá, o paralítico andará, o
mudo falará e a lista segue... Isso não é nada para o Deus
Todo-poderoso. Ele quer abençoar seu povo; prometeu
fazer isso, e Deus não é um homem de mentir. O que ele
prometeu, cumprirá. Tenhamos confiança em saber que
servimos a um Deus Todo-Poderoso que nunca muda.

Segunda, Mateus 4.12-17


Lembra-se do momento em que você foi trazido das
trevas para a maravilhosa luz, mudança ocorrida após ter
realizado um relacionamento com Jesus Cristo? Não foi
excelente perceber que tinha embarcado num relaciona-
mento no qual seu caminho fora traçado para você? Tudo
que teve de fazer foi acreditar. Nós deveríamos querer o
mesmo para os outros... Podemos ter certeza da nossa sal-
vação, mas isso não nos isenta do compromisso da Gran-
de Comissão, em Mateus 28.19-20. Você foi chamado para
espalhar a luz de Cristo às pessoas ao seu redor. Não a
esconda!
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007

Terça, João 9.1-11


A cura do homem cego é um testemunho de que,
algumas vezes, somos colocados em certas situações que
podem, no fim, trazer glórias a Deus. O verso 3 mostra
aquela cegueira, não como proveniente de algo errado
que ele ou seus genitores tivessem feito, mas uma oportu-
nidade para Deus realizar um milagre.
Às vezes, lamentamos e desejamos saber por que te-
mos estado sofrendo, por qual motivo enfrentamos aquela
dor; no entanto, ao sermos libertos do sofrimento, perce-
bemos que Deus queria mudar nossa vida de um modo
especial. Aprenda a louvar a Deus em todas as situações,
porque o vivido pode trazer a luz para os outros e, então,
o milagre de sua libertação será um testemunho da fideli-
dade de Deus.

Quarta, João 9.35-41


Algumas vezes, a verdade divina está bem em frente
às pessoas; todavia, elas escolhem não acreditar. Os fariseus
viram Jesus e conheciam sua reivindicação; porém, decidi-
ram não crer que ele era o Filho de Deus. Jesus disse haver
aqueles que vêem e são cegos e aqueles que são cegos,
porém enxergam. Isso quer dizer que há os que têm fé
sem vacilar e entendem o que Deus fez por eles. Por outro
lado, existem pessoas que nunca verão, pois seus corações
foram endurecidos. Não seja cego ao que Deus tem feito
em sua vida!

Quinta, Efésios 5.15-21


Você sabe qual é a vontade de Deus para sua vida?
Não sejamos sábios aos nossos próprios olhos... Podemos
nos tornar tão bem educados com o conhecimento do mun-
do que perdemos nosso foco. Temos de nos lembrar de
que nosso propósito nesta terra é servir a Deus; tudo o que
90
EU SOU A LUZ DO MUNDO

fazemos deve refletir Jesus. Tenha Romanos 12.1-2 em


mente. Nós podemos morar neste mundo, mas não somos
daqui. Deus tem um plano específico para nossa vida; e
ele começa com nossa disposição em cumprir sua vonta-
de. Permita que Deus transforme-o hoje e em todos os
dias de sua vida!

Sexta, João 8.12-20


Precisamos andar confiantes, sabedores que temos
uma mensagem capaz de trazer luz àqueles que vivem nas
trevas. Os versos 14 e 15 são muito importantes. Jesus está
deixando os fariseus cientes de que sua mensagem é ver-
dadeira, mesmo que eles não a aceitem.
Quando compartilhamos o evangelho com os outros,
este pode não ser aceito; contudo, precisamos estar firmes
e sabedores de que temos a verdade! Leia 1 Coríntios, nos
capítulos 12 a 16. Reconheçamos que o ser humano nem
sempre entenderá. Devemos orar diária e incessantemente
para que as pessoas possam ter a mente de Cristo de forma
que também consigam entender e aceitar as boas novas da
salvação e a bondade de Deus.

Sábado, João 12.44-50


Jesus disse que veio a este mundo como um mensa-
geiro de seu Pai. Ele era encarregado de trazer a salvação
ao nosso mundo, a luz.
A nós também foi dada a mesma ordem, ou seja, falar
da obra salvadora de Deus. Não permita que alguém o
impeça de esparramar a luz dada a você. Acenda-a; ela é a
luz de Jesus. Ocupe este dia de sábado examinando sua
vida e vendo se você está cumprindo a Grande Comissão.
Realize, cabalmente, suas responsabilidades e esteja certo
de que Jesus estará com você todos os dias, até a consu-
mação dos séculos!
91
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Isaías
8.12-20; 12.44-46 8 e 12 35.3-10
Verso áureo
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz
do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a
luz da vida.” João 8.12

Núcleo da lição
O medo das trevas é uma experiência comum a muitas
pessoas. Há alguma luz disponível capaz de dissipar a escuri-
dão espiritual na qual muitas pessoas encontram-se? João diz
que a luz de Jesus alcança áreas além do alcance da luz física.
A cura do homem cego foi um dos meios pelos quais Jesus
manifestou-se como a Luz da Vida.

Perguntas para estudo do texto

1. Que evento toma lugar como pano de fundo de João 8.12-


20? Qual era seu propósito para os participantes originais?
Como era observado nos dias de Cristo?

2. Qual significação está por trás do uso da metáfora da luz?


Como a luz difere do seu oposto, as trevas, nos campo
físico e espiritual?

92
EU SOU A LUZ DO MUNDO

3. Que desafio os fariseus fizeram a Jesus? Como ele respon-


deu? O que pensaram de sua resposta? Como você respon-
deria?

4. Qual é o contexto e o pano de fundo da declaração, em


João 12.44-46? Como tal declaração parece ou difere da-
quela que ele havia dito sobre a luz, em João 8?

5. Você já andou pela escuridão? Nesse momento, qual foi a


importância da luz? De que forma a imagem de Jesus como
a Luz do Mundo molda sua fé?

6. Se a luz é tão atraente, então por que a humanidade conti-


nua sendo seduzida pela escuridão? Como você pode ser
um canal que irradia a luz de Jesus para um mundo em
trevas?

93
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath

Exploração
Continuamos nosso estudo das declarações “Eu Sou.”,
feitas por Jesus e registradas pelo evangelista João. Perce-
beremos que o texto de hoje contém uma declaração bem
ajustada em sua colocação histórica. De acordo com João
8.20, Jesus discursava às pessoas enquanto permanecia no
templo, em Jerusalém (lembre-se, também, de João 7.2 e
de 7.37; isso aconteceu durante o último dia da Festa dos
Tabernáculos). Ele estava perto do templo, no qual os ofe-
recimentos foram feitos.
Um dos rituais diários da festa, visível dessa área, era
a iluminação de luminárias muito grandes. Elas simboliza-
vam a coluna de fogo que tinha conduzido os israelitas
durante sua jornada no deserto (Veja Êxodo 13.20-22).
Então, quando Cristo proclamou que era a Luz do Mundo,
fazia uma analogia já conhecida, ao longo daquela sema-
na, pelos ouvintes.
Essa comparação feita por ele ajusta-se perfeitamen-
te, também, ao contexto do evangelho de João. No capítu-
lo 1, por exemplo, o apóstolo descreve Jesus como “a luz
dos homens” (verso 4) e “a verdadeira luz que alumia a
todo homem” (verso 9). João viu-o como aquele que sal-
varia as pessoas da escuridão (verso 5). A autoproclamação
de Jesus como a Luz do Mundo, então, era a confirmação
da perspectiva joanina.
É fixado pelo contexto histórico que Jesus, por causa
de suas palavras em João 8.12, não apenas se ofereceu às
pessoas como a fonte de verdadeira luz, como também as
convidou para segui-lo. Isso também ocorreu séculos an-
tes, quando seus antepassados tinham seguido a coluna
de fogo no deserto. Semelhantemente, a proclamação de
Jesus (em João 12.44-46) recorda-nos que a missão de Cristo
94
EU SOU A LUZ DO MUNDO

era salvar as pessoas da escuridão.

Explanação
A coluna de fogo no deserto representava a presença
de Deus junto a seu povo; sua proteção e sua direção ao
seu povo escolhido. A reivindicação de Jesus de ser a Luz
do Mundo traz à mente as mesmas idéias. Entretanto, sua
proclamação (no capítulo 8) não foi aceita pelos fariseus.
As Escrituras dizem que eles desafiaram Cristo (verso 13) e
a base desse desafio era a lei oral: uma testemunha que
testemunhasse por si própria não era acreditável. Seu teste-
munho era inválido, portanto, na opinião deles.
A resposta de Jesus ao desafio foi que tal lei não inva-
lidava seu testemunho, pois ele estava com Deus. Na ver-
dade, ele poderia simplesmente ter dito: “Eu sou Deus.”...
Todavia, suas declarações auto-reveladoras caminhavam
progressivamente para aquela direção.
No princípio, ele reivindicou uma conexão com Deus,
declarando que os fariseus estavam impossibilitados de sa-
berem o que ele conhecia por estarem limitados por suas
perspectivas humanas (versos 14 e 15a). (A reivindicação
implícita aqui era que Jesus não estava limitado a uma
perspectiva humana; conseqüentemente, devia ser divino.)
Então, ele disse (verso 16) que não estava só, porque esti-
vera com o Pai que o tinha enviado. (Essa foi sua primeira
menção do Pai nesta passagem.).
Sua próxima declaração (verso 17) foi uma referência
ao ensino bíblico: uma convicção legal precisava do teste-
munho de pelo menos duas testemunhas (Veja
Deuteronômio 19.15). Ele foi sua primeira testemunha; a
segunda foi o Pai (verso 18), que o tinha enviado. O
questionamento dos fariseus, no verso 19a, “Onde está teu
Pai?”, claramente mostra que eles não compreendiam os
dizeres de Jesus. Ele reivindicava uma conexão com Deus
- o Pai celeste - mas eles entendiam que Cristo estava fa-
95
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007

lando do seu pai humano.


Finalmente, na última parte do verso 19, Jesus reivin-
dicou identidade com o Pai, e disse que, se os fariseus
tivessem-no conhecido (Jesus), também teriam conhecido
o Pai. (Essa identificação entre Pai e Filho também foi feita
por Jesus, em João 12.44-45.).
Por declarações como essas, Jesus estava ficando pro-
gressivamente mais transparente nas suas reivindicações
de divindade. Até que elas ficaram tão transparentes que
seus ouvintes puderam interpretar como se dissesse: “Eu
sou Deus.” (Veja João 8.58-59).

Encorajamento
O “Eu sou.” do texto de hoje - “Eu sou a Luz do
Mundo.” - , relembra-nos que Jesus identificou-se com as
mais profundas necessidades humanas. Sim; nós necessita-
mos de alimento (pão) e também de água. Entretanto, num
nível até mais profundo, nós, seres humanos, precisamos
de luz! Comida e água permitem-nos subsistir; contudo,
luz possibilita-nos prosperar. E isso é o que Deus quer: a
prosperidade de seus filhos. Lembre o que Cristo falou
(João 10.10): ele veio para nos dar vida; na verdade, não
uma qualquer, mas a vida abundante! A pergunta é: “Como
eu posso tê-la?”
Parece haver duas partes nesse processo. Primeiramen-
te, somos chamados para receber. Temos de aceitar Jesus
Cristo como o salvador enviado por Deus; alguém que se
sacrificou para nos salvar. Esse passo leva-nos a um relaci-
onamento com Deus. Você já completou essa parte?
Depois, somos convidados a pegar o que recebemos
e avançar ativamente. Não ignore o fato de que Jesus dis-
se-nos para pedir, buscar e bater. Ele não defendeu uma
existência passiva; desafiou-nos a avançar na vida. Em João
12.46, ele fala de sua vinda como uma luz de forma que
não temos mais de ficar na escuridão.
96
EU SOU A LUZ DO MUNDO

Cada um de nós (incluindo a mim!) - não importa


quão bem escondamos isso - ainda é um ser humano que-
brado, esforçando-se para ficar inteiro. Temos uma neces-
sidade de mudança. Não importa do que chamemos essa
mudança... Podemos denominá-la crescimento, ou maturi-
dade, ou santidade, ou recuperação, ou santificação. Títu-
los não importam! Relevante é a mudança. Cada um de
nós precisa, desesperadamente, ser mais e mais, desespe-
radamente, a pessoa que Deus nos criou para ser. E adivi-
nha o que isso é? Jesus Cristo é o modelo do que devemos
ser! As Escrituras falam de estarmos sendo moldados à sua
imagem.
Por ser nossa meta a santidade, Jesus mostra o cami-
nho para a alcançarmos. “Eu sou a Luz do Mundo. Quem
me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.”
(João 8.12, NIV). Parte dessa luz é o fato de que somos
livres para fazermos escolhas íntegras. Não continuamos
escravos do pecado; podemos escolher caminhar distantes
disso. Parte dela é o Espírito Santo que está conosco e,
constantemente, chama-nos a nos unir a ele para cami-
nharmos, passo por passo, fora da escuridão, seguindo na
luz. Parte dessa luz é a Bíblia que Deus deu a nós para nos
guiar em direção a ele. Por fim, outra parcela é o apoio
recebido de nossos irmãos no corpo de Jesus Cristo.
Há uma área de sua vida que permanece em trevas?
Você pensa que Deus deseja sua permanência na escuri-
dão, ou ele quer que ande na luz? Talvez seja tempo de
dar o próximo passo... Ninguém pode dar por você. Só
você... Mas não tem que dá-lo sozinho.

97
Lição 9 Sábado, 01 de Dezembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é a Luz do


Mundo.

2. Ajudar os participantes a refletirem acerca do significado


dessa imagem em suas vidas.

3. Encorajar os participantes a listarem os meios como eles


refletem a luz de Cristo naquilo que fazem.

Atividades pedagógicas
Pesquisar e explanar a cerimônia da luz praticada du-
rante a Festa dos Tabernáculos. Você pode aproveitar repor-
tagens jornalísticas que ilustrem atividades da “luz” e das “tre-
vas”. Também pode ser usado um hino ou cântico que inclua
símbolos da luz. Analise cada referência à luz de acordo com
a passagem bíblica de hoje.

Resumindo
Nesta unidade, vimos Jesus Cristo como o sustentador e o
suportador. E percebemos que se identificou com as mais
profundas necessidades das pessoas.

98
“Eu Sou o Bom Pastor”
João 10:1–18

Meditações Bíblicas Diárias


Paula Reynolds

Domingo, Isaías 40:10–14


Esta passagem mostra o imenso poder de Deus e seu
extraordinário amor. O Deus que criou tudo e que sabe o
número de poeiras da terra é o mesmo que irá nos condu-
zir e nos guiar sempre. Como cristãos, não podemos ter
melhor garantia de seu amor! A leitura desta mensagem
deveria nos ajudar a, verdadeiramente, deixarmos nossas
vidas em suas mãos. Temos de buscar, todos os dias, seu
propósito para nossas vidas enquanto nos guia amavel-
mente ao longo de nossas alegrias e tristezas para uma
vida perfeita com ele.

Segunda, Ezequiel 34:1–6


Muitos de nós atuamos nas igrejas como professores,
líderes, anciãos, diáconos e pregadores. Sendo seguidores
de Cristo, temos a missão de pastorear as pessoas e condu-
zi-las a uma relação mais forte com o Senhor. Esse papel
deve ser levado a sério e praticado com amor. Precisamos
estar atentos para que usemos Cristo como exemplo de
como deveríamos guiar seu povo. Aqueles que não cui-
dam do povo, maltratando os filhos de Deus, são adverti-
dos de que haverá conseqüências. Deveríamos nos esfor-
çar sempre para seguir o exemplo de Cristo como o Bom
Pastor.
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007

Terça, Ezequiel 34:11–16


Ontem, falamos sobre a admoestação dada aos falsos
pastores que maltratam seu rebanho. No entanto, isso não
é tudo. Deus dá a nós uma garantia, nos versos anteriores,
da sua proteção afetuosa. Ele não nos deixará sem um
pastor; irá nos agrupar e procurará pelos perdidos. Isso
deveria ser um conforto para todos nós ao passarmos por
provações! O versículo 16 diz que ele irá nos curar, con-
fortar e fortalecer quando estivermos enfraquecidos. Con-
fiemos na promessa de seu amor ao viver cada dia, lem-
brando-nos de que nunca estamos sós.

Quarta, Ezequiel 34:25–31


Em todo o mundo existem cristãos sendo perseguidos
por causa de sua fé. Muitos sabem que o fato de servirem
a Cristo pode ser sua sentença de morte.
Estes versos sustentam uma promessa para eles e para
nós: estamos sempre protegidos pelo nosso Pastor. Não há
razão para medo quanto ao que o mundo pode nos cau-
sar; afinal, Cristo é o nosso refúgio. Temos a garantia de
bênçãos abundantes e de segurança por entregarmos nos-
sas vidas a Cristo e por seguirmos sua voz. Tomemos um
tempo do dia de hoje para orarmos por aqueles que so-
frem em nome de Cristo.

Quinta, João 10:1–5


Ovelhas não são animais muito perspicazes; deixadas
à própria sorte seriam dispersas e perder-se-iam. No entan-
to, se tem algo que elas possuem é a habilidade de reco-
nhecerem a voz de seu pastor e ouvi-lo quando ele chama
por elas.
Como ovelhas do rebanho de Deus, também deve-
mos ocupar nosso tempo em aprender a reconhecer a voz
de Cristo. Muitas coisas, no mundo hoje, afastam-nos de
100
EU SOU O BOM PASTOR

uma relação com Cristo. E precisamos lembrar que esse


relacionamento é que vai nos levar a uma vida eterna e
abundante! O tempo que passamos com Cristo, diariamen-
te, ajudar-nos-á a ajustar nossos ouvidos ao seu chamado.

Sexta, João 10:7–11


Não sei muito sobre como é ser um pastor, mas pare-
ce ser uma ocupação bastante requisitada. Eles estão cons-
tantemente vigiando as ovelhas para que não se desviem,
mantendo-as a salvo de predadores. Cuidam para que, no
final do dia, todas continuem vivas.
Jesus usou o exemplo das ovelhas para descrever como
se importa com nossas vidas. Constantemente nos desvia-
mos de seu caminho, e ele sempre zela por nós e traz-nos
de volta. Afinal, ele deu sua vida por nós a fim de nos
salvar do inimigo que quer nos destruir!

Sábado, João 10:12–18


Em 1 Samuel, lemos sobre um jovem pastor chamado
Davi; ele tomava conta das ovelhas de seu pai. Como
guardador de animais, matou um leão e um urso para
proteger o rebanho. Os bichos ficavam desamparados sem
ele, e o homem pôs sua vida em risco por eles, sem hesitar
um segundo. As ovelhas pertenciam a seu pai e a ele foi
confiado o cuidado.
Como Davi, Cristo é o nosso pastor, e como as ove-
lhas, somos desamparados sem ele. Jesus estava disposto a
dar sua vida por nós a fim de nos proteger do inimigo,
porque ele nos ama.

101
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Isaías
10.1-5; 7-18 10 40.10-14
Verso áureo
“Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor dá a sua vida pelas
ovelhas.” (João 10:11).

Núcleo da lição
As pessoas buscam proteção contra aquilo que repre-
senta uma ameaça ao seu bem-estar. É possível encontrar
proteção neste mundo terrível? Jesus usa a imagem do pastor
para inferir que ele provê proteção espiritual ao seu povo.

Perguntas para estudo do texto

1. Que metáfora Jesus preferiu usar para ensinar aos fariseus?


Que lições provêm dessa metáfora? Qual foi a reação de-
les? Estavam os fariseus mais preocupados com a metáfora
de Jesus ou com o uso da frase “Eu sou.”?

2. Usando uma concordância, encontre no Antigo Testamen-


to referências de ovelhas e de pastores. A que imagens
esses textos geralmente dizem respeito?

3. Para os que vivem em setores urbanos, que imagens fami-


liares podem ajudar as pessoas a melhor entenderem essa
102
EU SOU O BOM PASTOR

passagem?

4. Quais foram as experiências pelas quais você passou que o


fizeram sentir-se ameaçado e precisando de proteção?

5. Quais são as várias fontes de proteção para as quais as


pessoas voltam-se neste mundo perigoso?

6. Como podemos identificar a voz protetora de Deus entre


todas as vozes perigosas?

7. Como podemos conhecer melhor nosso Pastor e segui-lo


com mais fé? Como pode você ajudar os outros a ouvirem
a voz do Pastor?

103
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg

Contexto histórico
O quarto Evangelho, na forma que temos agora, mui-
to provavelmente foi escrito após a destruição de Jerusa-
lém (70 A.D.). Uma possível indicação de que não seria
dessa época é o tempo verbal descrevendo o tanque de
Betesda: “é”, e não “era”, em João 5:2. Os críticos apontam
que, em outras partes, entretanto, João assume o ponto de
vista de alguém presente no momento do evento descrito,
apesar de a descrição ser posterior. Então, isso não é ne-
cessariamente uma indicação forte de que o tempo da es-
crita seja de antes de 70 A.D. A maioria das autoridades
tende a posicionar esse Evangelho como sendo, talvez,
dos anos 90 A.D.

Contexto literário
Nossas presentes declarações “Eu sou.” por Jesus es-
tão situadas entre a Festa do Tabernáculo e a do Hanukkah4
(a Dedicação). A colocação é tal que esta passagem é a
continuação do material de João 9, mas também se esten-
de até o de Hanukkah.
A audiência é aquela do capítulo 9. Se assumimos
que João construiu o texto para posicionar a cura do ho-
mem nascido cego como um material prólogo para o que
se segue no capítulo 10, seremos capazes de “ver” um
número grande de observações no texto.
Os líderes judeus tomaram para si o encargo de dar
ordens àqueles que não mais poderiam permanecer como

4
Hannukkah era uma festa judaica comemorativa à inauguração do templo de Jerusalém.
NT.
104
EU SOU O BOM PASTOR

uma parte da casa de Deus (o Templo) e puseram o ho-


mem cego para fora. O que se segue é a determinação de
Jesus de quem verdadeiramente pertence à casa de Deus e
quem, por suas próprias ações, mostrou-se estar de fora.
Acredita-se que eles “vêem” e são, conseqüentemente, cul-
páveis por não fazerem os atos daqueles a quem perten-
cem (João 9:41).
Para João, luz e escuridão, visão e cegueira são temas
importantíssimos ao longo do livro. Crer é ver, e João iria
apressar-se em dizer isso — não necessariamente do outro
modo. De fato, pode-se entender que da troca prévia re-
volvendo ao redor do “homem nascido cego”, existe uma
poderosa ilustração de como ladrões, assaltantes e merce-
nários aproximam-se das ovelhas. Se não “vemos” que João
deliberadamente organizou seu evangelho de modo a pôr
o homem cego e as ilustrações das ovelhas juntas, vamos
perder o ponto de vista do narrador.
Para intensificar, Jesus, de modo sincero, declara que
ele é o meio legítimo de entrada e de saída para as ove-
lhas. Sua missão principal não é uma aderência protecio-
nista a uma tradição que se torne submissão primária. Ele
está focado na estrutura da cerca das ovelhas, porque se
importa com elas. Assim que a ilustração desdobra-se, esse
parece ser o único jeito plausível — por que alguém entra-
ria no cercado das ovelhas por outro modo além do portão?
Os animais não irão entrar, nem sair de outro modo. De
fato, o bem-estar deles depende disso. “Eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10).
Outras entradas e saídas do cercado das ovelhas não esta-
rão respeitando o bem-estar das mesmas. Jesus torna-se
específico: ele é o portão, o caminho para dentro e para
fora.
Isso nos traz agora uma extensão da ilustração pre-
sente ao longo de toda essa parte. Jesus não é apenas o
105
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007

portão (ele é o meio de entrada legítimo); é o próprio


pastor! Tem uma estaca pessoal que outros supostos pasto-
res não têm. Como os fariseus eram bem versados nos
profetas, isso estava compelido a extrair ecos de tais passa-
gens, pois nos versos de abertura de Jeremias 23 e Ezequiel
34, em que não estava em vista apenas o pastor, mas a
passagem de Jeremias, há uma conexão com a descendên-
cia de Davi – ele é o pastor real que cuida do rebanho.
Os fariseus haviam acabado de expulsar uma ovelha
em particular (João 9) do cercado desses animais (o tem-
plo). Eles não manifestaram cuidado especial por aquela
“ovelha” em particular e, em troca, aquele indivíduo em-
baraçou-os de modo que ele foi expulso. No entanto, aquela
pessoa pode “ver” tanto física como espiritualmente. Inte-
ressante que Jesus, assim, tornou-se o novo e verdadeiro
“templo”. Era a própria vida em si (João 10:10).
Essa colocação do nosso atual material parece parti-
cularmente apropriada antes da Dedicação, pois pode se
tornar uma referência histórica sutil mais adiante. Se Jesus
está para se tornar, de fato, o templo, que melhor época
para isso que quando a “Dedicação” histórica estiver tão
claramente em vista? Também ela fornece um lembrete da
falta de fé dos sacerdotes Jason e Menelaus, durante o
período Macabeano. Eis outra possível conexão com as
ovelhas sem fé, na atual ilustração de Jesus. Há uma outra
insinuação de que, no ciclo de leituras para o sábado mais
próximo da Dedicação, a passagem de Ezequiel 34 a res-
peito das ovelhas poderia ter sido a leitura realizada (Ver
Brown, p. 389).
Tão íntima é a relação entre Jesus como o Bom Pastor
e as ovelhas que ele conhece-as de uma maneira análoga
à forma como conhece o Pai, e o Pai conhece-o também.
Seu amor pelas ovelhas é de tal intensidade que o leva a
uma intimidade mais profunda entre ele e o Pai. Seu amor
106
EU SOU O BOM PASTOR

sacrificatório por elas é puramente volitivo. Ele não é for-


çado a esse sacrifício de si mesmo. É algo que prontamen-
te se incumbe.
Estivessem nossos ouvidos ajustados à linguagem do
tempo, poderíamos talvez também discernir, na linguagem
do “conhecimento” do pastor sobre suas ovelhas, o som
harmônico das promessas divinas. A menção sobre os ani-
mais conhecerem a voz do seu pastor é remanescente da
comunicação encontrada em linguagens de promessas di-
vinas proféticas, tais como a de Jeremias (24:7 e 31:33-34),
na qual ouvimos, naquele tempo, que a seu povo será
dado um coração para “conhecê-lo” e que “todos me co-
nhecerão”. Ela não é apenas a linguagem de intimidade
similar a que ouvimos a respeito do casamento, mas é,
como no caso dos enlaces, um “conhecimento” ocorrendo
dentro da promessa divina.
Qual é a significância disso para nós? Gosto de pensar
em toda a Escritura como uma cerca ao nosso redor na
qual nós, pelo Espírito, aprendemos a viver dentro. Ouvi-
remos mais tarde de “habitar” em Jesus (mais apropriado
aqui, assim como lá). Claramente estamos cercados sob os
cuidados do pastor. Ele importa-se conosco imensamente!
Devemos também ser sempre capazes de encontrar paz
real e confiança de sermos constante e ativamente amados
pelo nosso amado, que até morreria por nós. Deveríamos
certamente “descansar confiantes”.

107
Lição 10 Sábado, 08 de Dezembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é o Bom Pastor.

2. Ajudar os participantes a refletirem sobre a significância


dessa imagem para a fé de cada um.

3. Encorajar os participantes a contarem histórias de como


sentiram Jesus como seu pastor.

Atividade pedagógica
Pesquisar a vida de um pastor em tempos bíblicos. Des-
crever as características das ovelhas. Convidar os participantes
a determinarem se eles identificam-se mais com a imagem
das ovelhas ou do pastor.

Olhando adiante
A lição 11 examina Jesus como a ressurreição e a vida.

108
“Eu Sou a
Ressurreição e a Vida”
João 11:17–27

Meditações Bíblicas Diárias


Paula Reynolds

Domingo, Judas 17–24


Muitas vezes, encontramos pessoas que zombam da
nossa fé e perguntam como podemos crer num Deus que
não vemos. Na visão delas, ele não faz coisa alguma por
nós.
No entanto, estes versos encorajam-nos a nos manter-
mos no amor de Deus. Deveríamos continuamente cons-
truir nossa fé, crendo na promessa de vida eterna. Aqueles
que não têm fé em Cristo medem seu sucesso pelas coisas
terrenas. Não perca a esperança, pois nossa recompensa é
de longe melhor do que a riqueza do mundo todo - é a
vida eterna!

Segunda, Lucas 10:38-42


Quando Jesus veio até a casa de Maria e de Marta,
esta se ocupou preparando a refeição e arrumando a casa;
Maria, por sua vez, sentou-se aos pés de Jesus e escutou-o.
Marta trouxe à atenção de Jesus o fato de que a irmã não
lhe estava ajudando e pediu a ele para mudar aquele qua-
dro.
Assim como Marta, às vezes nos distraímos com nos-
sos horários ocupados e com a vida familiar. Também po-
Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007

demos nos distrair com as coisas feitas por Deus. Como


Maria, precisamos lembrar que o melhor é sentarmos aos
pés de Jesus, pondo nele nossa fé e confiando em sua
provisão para nossas necessidades.

Terça, João 11:1-7


Lendo a história de Lázaro, assim como a de Maria e
de Marta, pergunta-se por que Jesus esperou dois dias an-
tes de ir visitá-los. Sabemos que tinha um lugar especial
para eles (verso 5) e, mesmo assim, não correu imediata-
mente para salvar o amigo. Fato semelhante ocorre hoje,
quando não entendemos a razão de Deus não responder
às nossas solicitações por cura e libertação de nossas pro-
vações. Entretanto, no verso 4, o próprio Jesus mostra a
resposta: trazer glória a Deus. Não podemos fazer coisa
alguma além de glorificar a Deus visto que é o único a nos
ajudar.

Quarta, João 11:8-16


Os discípulos estavam preocupados com a segurança
de Jesus caso ele retornasse à Judéia. Entretanto, ele tinha
dois motivos pelos quais precisava ir: ver Lázaro e aumen-
tar a fé de seus seguidores (verso 15). Apesar de os discí-
pulos terem estado com Jesus desde que ele os convocara,
e terem visto seus muitos milagres, ainda assim mantinham
certa descrença.
É diferente hoje em dia? Não temos ainda momentos
de dúvida? Contudo, quando nossa fé é abalada, precisa-
mos nos lembrar das coisas que Deus tem feito por nós.
Assim, devemos continuar a segui-lo por onde ele nos guia.

Quinta, João 11:17-27


Marta deveria ser um exemplo de fé e de confiança
para todos nós! Seu irmão estava morto e enterrado há
110
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

quatro dias e, mesmo assim, tão logo viu Jesus, ela perce-
beu que ele era o único capaz de ajudar. Compreendia
que a vida estava em suas mãos e que, se acreditasse nele,
qualquer coisa seria possível. Na hora de sua mais profun-
da aflição, Marta foi capaz de, verdadeiramente, ver que
Jesus era o Filho de Deus, o Salvador do mundo. Como
Maria, precisamos pôr toda a nossa confiança em Cristo,
sabendo que, na nossa hora mais escura, ele será nossa
esperança de vida eterna.

Sexta, João 11:28-37


Quando Maria ouviu que Jesus estava procurando por
ela, foi rapidamente vê-lo. Como uma criança, caiu em seus
braços e derramou-se em prantos. Tanto ela como a irmã
sabiam que Lázaro não teria morrido se Jesus estivesse lá
durante sua doença. Agora, ele havia morrido, e a aflição de
Maria era tão forte que Jesus, mesmo sabendo da ressurreição
de Lázaro da terra dos mortos, chorou com ela.
O mesmo ocorre conosco. Quando olhamos para Cristo
em tempos de tristeza e de aflição, ele divide nossa carga.
Podemos confiar nele para nos enxergarmos através dele!

Sábado, João 11:38-44


A mesma Marta, que inicialmente admitiu ser Jesus o
Filho de Deus, começou a ter dúvidas conforme eles apro-
ximavam-se da tumba e Jesus pedia a retirada da pedra
(verso 39). Às vezes, também passamos por períodos em
que não confiamos na capacidade de Jesus para lidar com
nossa situação e questionamos seus caminhos, perguntan-
do se seu plano é o melhor. Contudo, assim como nesta
situação, os planos de Jesus são sempre os melhores! De-
pois que a pedra foi rolada, e dando glória e louvando ao
Pai, ele mostrou seu poder ao ressuscitar Lázaro dos mor-
tos. O mesmo poder pode nos ajudar hoje.
111
Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Judas
11.17-27 11 17-23
Verso áureo
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11.25).

Núcleo da lição
Todos, eventualmente, passam pela experiência da morte
de um membro da família ou de algum conhecido. O que
Jesus ensina sobre a morte? Disse que ela não é uma realida-
de permanente para os que desenvolvemuma relação pesso-
al com ele por meio da fé, porque ele tem o poder de superá-
la.

Perguntas para estudo do texto

1. Quantos dias Jesus esperou para ir até Betânia? Por que tal
espera foi significante?

2. Quem ele encontrou ao chegar? Com quais atitudes depa-


rou-se ao ver a cena?

3. Marta exprime pelo menos dois tipos diferentes de senti-


mentos e de atitudes quando falou com Jesus. Quais são?

112
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

4. Que cadeia de eventos na vida de Jesus este incidente


inicia? O que ele prefigura?

5. Que palavras Jesus diz, no verso 23? Como você acha que
elas afetaram Marta? Que impacto teriam em você se
vivenciasse algo semelhante?

6. Como você contrastaria as declarações feitas por Marta,


nesta passagem, com aquela outra feita por ela, citada em
Lucas 10:41-42? Que mudanças teria experimentado? Como
você identifica-se com tal transformação na sua própria
vida?

7. Como a declaração de Jesus de que é a ressurreição e a


vida conforta o desolado?

8. Como o conhecimento de Jesus como sendo a ressurreição


e a vida faz diferença em como vivemos?

113
Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg

Cenário
Após as controvérsias envolvendo a Festa da Dedica-
ção (Hanukkah) e seu messianismo, no capítulo 10, Jesus
retira-se para um local além do Jordão; ali, muitos viriam a
crer nele. Algum tempo depois, recebe um recado das ir-
mãs de Lázaro, Maria e Marta: “Senhor, eis que está enfer-
mo aquele que tu amas”. (João 11:3). Se presumirmos que
a mensagem teria levado um dia para alcançar Jesus e
outro para ele fazer a viagem de volta à Judéia, e adicio-
nando os dois dias em que Jesus ficou no local onde esta-
va antes da sua partida, é altamente provável que Lázaro
estivesse morto quando do recebimento da mensagem. Isso
renderia os quatro dias mencionados no verso 17. Existem
pelo menos dois assuntos importantes que João parece fo-
calizar antes da partida de Jesus. O primeiro é o de con-
frontações maiores que poderiam, desta vez, resultar em
conseqüências muito tristes. O segundo é a de qual ajuda
poder ser retribuída a Lazaro. Há um mal-entendido a res-
peito da real condição do leproso. “Senhor, se dorme, esta-
rá salvo.” (João 11"12). Ao que Jesus pronuncia a verdade
literal da situação, que é a de que Lázaro estava morto.

Nossa passagem
Ao chegar à Judéia, enquanto se aproximava de
Betânia, onde Lázaro e suas irmãs viviam, Jesus descobre
que Lázaro morrera há quatro dias. Brown destaca, no
verso 17, sobre os quatro dias: “Esse detalhe é menciona-
do para deixar claro que Lázaro estava realmente morto.
Havia uma opinião entre os rabinos de que a alma pairava
próxima ao corpo por três dias, mas após isso não havia
esperança alguma de ressurreição.” Assim sendo, de uma
114
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

vez por todas, Lázaro estava bem morto!


Marta, ao ouvir que Jesus estava a caminho, deixou a
casa e veio ao seu encontro. Suas primeiras palavras a ele
certamente são uma declaração de fé, mas também se mos-
tram decididamente parciais. “Senhor, se tu estivesses aqui,
meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que
tudo quanto pedires a Deus, ele to concederá.” (João 11:
21-22). Como nossa fé parece com a de Marta! Nós temos,
abrigado junto a nós, um conjunto particular de circuns-
tâncias e acreditamos que Deus é capaz de atuar sobre ele.
Que contraste com a irrestrita visão das circunstâncias em
que Deus atua! Ele é Vida real, a única que existe. A Vida
está atuando longe, perto e dentro, em todas as nossas
circunstâncias.
A resposta de Jesus não é contingente ou condicional:
“Teu irmão há de ressuscitar.” Aqui nos vemos de novo na
condição inteiramente respeitável de Marta dizendo, de
fato, “Sim, mas certamente não agora.” Sua resposta permi-
te bastante espaço em termos de tempo: “Eu sei que há de
ressuscitar na ressurreição do último dia”. (v. 24, o itálico é
nosso). Não só isso, mas se a época de Lázaro ressuscitar
pode ser deslocada para algum período distante no futuro,
pode haver certa nebulosidade quanto à ação. Certamente
Deus levantará os mortos. O reconhecimento-chave, no
qual Marta falhou, era que ela estava falando com a pró-
pria Ação em Pessoa. “Eu sou a ressurreição e a vida; quem
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele
que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu nisso?”
(versos 25 e 26).

Vida e Luz
Essa é uma linha presente ao longo do livro inteiro de
João, começando com o prólogo sobre o Logos (= a Vida
e a Luz). (João 1:4) E continua numa forma levemente
115
Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007

mais silenciosa, com o imaginário do nascimento, no verso


1:13, mas está claro que o “nascimento” está numa
fisicalidade bem mais vigorosa que o experimentado atu-
almente. Por sua vez, ele tem conexão com a conversa
com Nicodemos, na forma de ser “nascido outra vez”.
O capítulo seguinte, com a mulher na fonte, fala so-
bre “água viva” e sobre ela ser “uma fonte de água que
salte para a vida eterna.”(João 4:14). Então, no capítulo 5,
lemos que “o Filho vivifica aqueles que quer”, prefigurando
nossa exata situação atual. Além do mais, “quem ouve a
minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da mor-
te para a vida”. (João 5:24). Depois, como se configurado
para nossa situação específica: “Em verdade, em verdade
vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos
ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem
viverão.”(v. 5:25)

Aqui e agora
Tudo isso poderia muito bem ser ouvido num contex-
to abstrato, metafísico e marginalizado ou ter ocorrido em
algum outro lugar, em outra época. João não nos permitirá
fazer isso. Ele vai se certificar para que tenhamos uma
figura exata do significado de todos os pronunciamentos
prévios sobre a “vida”, conduzindo ao capítulo 11. Ele diz,
de fato: “Aqui está o que a vida, como uma possessão
atual, realmente significa”. Devemos notar que, para Lázaro,
ainda haveria outra morte física para encarar, mas acho
que ficou entendido. A morte como um inimigo não mais
tem a palavra final sobre onde terminaremos, e João even-
tualmente chegará lá em seu Evangelho também. Se a ex-
periência do crente é seguir nosso Senhor; então, nosso
estado final será aquele no qual a morte foi extinta e
consumida.
116
EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

Bem no final de tudo vem o encerramento ressonante


do verso 26. Jesus pergunta a Marta: “Crês tu nisso?” É
tempo de executar a manobra, não para outro lugar ou
outro tempo, mas para aqui e agora, rolando a pedra e
chamando o morto. João não poderia ter feito melhor ilus-
tração! Nossas vidas são vividas apenas dessa maneira.
Estamos em todos os lugares, a todo o tempo, tentando
recusar a solidez do que Jesus, tendo suportado a morte
para termos a “vida”, na verdade significa. Em Lázaro, ou-
vimos a citação “Sai para fora.”, que é o ponto mais forte
que João pôde dispor até que nos leve pela atual ressurrei-
ção de Jesus.
De novo, como em João 10, deveríamos ouvir a real
garantia da nossa cidadania num novo mundo, apontado
por Jesus que tem a autoridade para levantar os mortos.
Essa é a vida mais “real” que poderia haver! João, convin-
centemente, leva-nos a ver esse novo mundo amanhecen-
do. Em breve, vamos vê-lo Jesus; por hora, aqui, enxerga-
mos em miniatura, na ressurreição de Lázaro. Eis a espe-
rança segura e certa!

Anotações

117
Lição 11 Sábado, 15 de Dezembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é a ressurreição


e a vida.

2. Ajudar os participantes a refletirem sobre a significância


dessa imagem para a fé de cada um.

3. Encorajar os participantes a celebrarem a vida que têm em


Jesus Cristo.

Atividades pedagógicas
Pesquise ou convide um amigo judeu ou um judeu
messiânico a discutir com a classe os costumes judeus de luto.
Como eles diferem das tradições dos membros da classe?
Encoraje os participantes a formularem questões ou de-
clarações endereçadas a Deus relativas a morrer e à morte,
como Marta fez, no verso 21.

Olhando adiante
Na lição da próxima semana, veremos Jesus como o
caminho, a verdade e a vida.

118
“Eu Sou o Caminho, a
Verdade e a Vida”
João 14:1–14

Meditações Bíblicas Diárias


Paula Reynolds

Domingo, Hebreus 10:19–23


É surpreendente para mim as promessas que os cris-
tãos têm ao aceitarem Cristo em suas vidas. Tornamo-nos
novas pessoas; os erros do passado são lavados e pode-
mos corajosamente entrar, sem medo, na presença do nos-
so Pai. É possível ter confiança no fato de que, quando
formos diante do Pai, ele não irá se afastar, porque somos
feitos limpos em função do sacrifício do seu filho.
Nesta semana, regozijemo-nos pelo fato de termos a
grande oportunidade de viver nossas vidas com Cristo Je-
sus de um modo novo e vivificante.

Segunda, João 18:33–40


Jesus sabia que chegara o tempo de cumprir seu pro-
pósito de ter vindo a terra. Enquanto estava diante de
Pilatos, que tinha a vida em suas mãos, Jesus disse a ver-
dade corajosamente. Ele sabia que cada palavra sua pode-
ria trazê-lo mais e mais perto para a morte; mesmo assim,
não se esquivou de responder de forma verdadeira.
Podemos fazer o mesmo hoje? Quantas vezes não nos
esquivamos de responder perguntas, tais como “Você é
Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007

cristão?” ou “Qual é a sua crença?” Cristo deu sua vida por


nós, e deveríamos colocar-nos corajosamente diante dos
outros e testificar bravamente a verdade - a nossa salva-
ção!

Terça, 2 Timóteo 1:8–14


Às vezes, pergunto-me onde eu estaria se não fosse
cristão... Que tipo de vida levaria caso não tivesse aceitado
Cristo na minha vida? Então, o momento passa e sinto-me
muito grato pelo fato de viver uma vida em Cristo. Assim
como Paulo, não posso estar envergonhado de confiar nele,
porque sei que ele me salvou da morte. O que custa ser-
mos corajosos e permanecermos fortes em Cristo? Sim; há
uma chance de que possamos sofrer ou ter de desistir de
algumas coisas, mas no final teremos vida eterna em Cristo
(verso 10).

Quarta, Efésios 4:17–24


Para aqueles que vivem na cidade, a escuridão verda-
deira não é realmente um problema. Contudo, certa vez,
eu estive no campo e pude experimentá-la! Você sai para
ir ao banheiro e mal pode ver sua mão diante do rosto.
Isso deve ser parecido com a vida sem Cristo; você anda
sem firmeza pela escuridão, sem direção; agarra qualquer
coisa que o conforte naquele momento. Mas quando Cris-
to brilha sua luz nas nossas vidas, somos capazes de cami-
nhar certos do conforto e da segurança e ver tudo, inclusi-
ve nós mesmos, de uma outra ótica!

Quinta, 3 João 2–8


O que significa andar na verdade? Para mim, é viver
uma vida que mostre Cristo a todos que encontro. As pes-
soas ao meu redor me verão como um exemplo do que é
certo. Sabemos que Jesus é a verdade e que devemos tra-
120
EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA

balhar, todos os dias, para andar no seu caminho, mos-


trando amor aos outros e dividindo Cristo com eles.
Os circundantes podem dizer que você anda na ver-
dade? Eles vêem você e perguntam-se por que é diferen-
te? Ou você é apenas parte da multidão? Hoje, peça a
Deus para ajudá-lo a andar na verdade.

Sexta, João 14:1–7


Toda vez que meus familiares saem em viagem, quer
eu vá junto ou não, eles procuram por mim para encontrar
as direções. Então, sento-me diante do computador e pro-
curo as informações, na Internet; imprimo algumas cópias
e coloco-as em segurança para a viagem iminente.
Jesus é o nosso mapa para o Pai. Que melhor guia
poderíamos ter além de alguém vindo do céu para a terra
e que voltou para preparar um lugar para nós? Quando
você se sentir perdido com os acontecimentos, lembre-se
de procurar Jesus. Ele vai guiá-lo para casa, com seguran-
ça.

Sábado, João 14:8–14


Os discípulos tiveram um extraordinário privilégio que
nem reconheceram! Eles puderam ver Deus à sua frente,
conversar com ele e, ainda assim, não perceberam... Jesus
fez muitos milagres; apesar disso, eles continuavam pedin-
do para ver o Pai, porque não entendiam a relação exis-
tente entre os dois. No entanto, Jesus era paciente... Ele
explicou que tudo que fazia era por ser uno com o Pai.
E ele deseja fazer o mesmo conosco, ainda hoje. Quan-
do nossa fé é abalada e temos dúvidas, pacientemente, ele
mostra-nos ao Pai.

121
Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Efésios
14.1-14 14 4.17-24

Verso áureo
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a
vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6)

Núcleo da lição
Todos nós, em algum momento, perdemo-nos ou pre-
cisamos de direção, tanto física quanto espiritual. Como po-
demos obter orientação nesses momentos? Jesus disse que ele
é o caminho, e todos os outros rumos para a vida são encon-
trados a partir dele.

Perguntas para estudo do texto

1. Que palavras de conforto Jesus dá aos seus discípulos? Por


que precisou confortá-los? O que a resposta de Tomé (v. 5)
revela sobre o entendimento dos discípulos sobre a decla-
ração de Jesus?

2. Alguns críticos dizem que os judeus acreditavam haver di-


ferentes graus ou níveis de vida no céu. Como poderia a
declaração de Jesus sobre as moradas (v. 2) encaixar-se
nesse padrão de pensamento? De que outras maneiras você
poderia entender este verso?

122
EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA

3. Quando Jesus disse que era o caminho, a verdade e a vida,


o que informava a respeito de sua natureza?

4. Para onde o caminho de Jesus, enfim, levou-o? E nos guia-


rá para onde? Como você entende a liderança de Deus na
sua vida?

5. Ao nos sentirmos perdidos, que direção devemos tomar?


Como podemos ser fortalecidos na verdade de Jesus? Como
ela difere de outras fontes de verdade?

6. Como Jesus enfatizou a vida antes e após a morte?

7. Como você pode apontar para os outros o caminho, a


verdade e a vida?

123
Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg
Quando Jesus começa a falar em João 14, ele tinha
acabado de dizer a Pedro que ele, de fato, lhe negaria três
vezes. Imediatamente, ele muda o curso da conversação,
debatendo os medos de seus seguidores com uma afirma-
ção: “Não se turbe vosso coração”. Como dizemos, ele está
focalizando a grande figura. Assim como descansamos no
Senhor, estamos para assentar todos os nossos problemas
em seu Filho também! Já que não podemos de jeito algum
responder às grandes questões - imaginar nosso lugar na
vida e navegar neste mundo louco - ele simplesmente nos
diz que, ao pormos toda nossa confiança e crença em
Deus Pai e no Filho, tudo será respondido.
Apesar de os discípulos desfrutarem de um tempo pre-
cioso na companhia de Jesus, enquanto ele caminhou
pela terra, eles não estavam conseguindo compreender o
que estava acontecendo e muito menos o que estava por
vir. Jesus, então, confortou-os. Podemos olhar de volta para
aquele momento e ver que Jesus teve de trazer esperança
e confiança a eles. Deve ter sido problemático, até mesmo
inacreditável, aqueles homens darem-se conta de que Je-
sus iria abandoná-los. Todavia, por crerem em Deus e no
seu plano, eles poderiam continuar sua relação com Jesus.

Muitas moradas
A noção de uma mansão com muitas moradas para
todos deve ter sido bastante atraente para os palestinos do
primeiro século. O que poderia ser mais distante da reali-
dade de suas vidas oprimidas? De qualquer maneira, os
seguidores de Jesus precisavam saber que suas vidas com
ele não terminariam com sua morte. Ele havia lhes dito
que esta vida era apenas a plataforma temporária para a
glória da eternidade com o Pai.
124
EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA

Jesus deve ter desejado muito voltar a estar com seu


Pai outra vez, longe da existência cruel aqui na terra...
Contudo, precisava assegurar àqueles homens o fim do
resultado: uma morada em glória com o Pai. Se essas pes-
soas eram tão cabeças-duras como somos hoje, Jesus deve
ter exercitado uma tremenda paciência para explicar-lhes
até as coisas mais simples, de novo e de novo... E, apesar
de terem vivido mais próximos dele do que podemos con-
ceber, não podiam compreender seu propósito de ter vin-
do a terra, de juntar uma multidão para ele e, então, partir
abruptamente para algo inimaginavelmente maravilhoso.
Imagine deixar sua vida passada para trás e seguir um
homem que você acreditava ser Deus! Pense em viver dia-
riamente com ele, conhecê-lo, estar ligado a ele, rir e cho-
rar junto e experimentar toda parte da vida assim. Teria de
compreender tudo que ele realmente era. A separação se-
ria temporária; ele retornaria e levar-nos-ia para estar com
ele. Não era o fim, e todos nós poderíamos ser parte disso.

Conhecendo o caminho
Jesus era um homem paciente. Várias vezes, amavel-
mente, desenhou um quadro para seus seguidores: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim” (João 14:6). De novo, parece simples, mas
estamos densos. Como crianças, precisamos ser docilmen-
te conduzidos, pacientemente encorajados e cuidadosa-
mente ensinados. Nossa única rota para Deus é pelo seu
Filho; ele é o Caminho. Siga seus passos e receba o prê-
mio. Ele é a Verdade. Existem tantas “pseudos verdades”
que parecemos desesperados para segui-las; afinal, elas
são tão atraentes... Mas ele diz a nós para rechaçar todas as
tentações temporárias e confiar apenas na verdade de Cris-
to Jesus, pois ele é, definitivamente, a Vida. Você tem que
fazer uma escolha. Você pode escolher viver regaladamente
125
Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007

aqui na terra – tal escolha é cheia de ganância, egoísmo,


sedução, prazer e de fontes aparentemente inesgotáveis de
satisfação – ou você pode optar pelo caminho estreito que
Deus preparou para nós. A estreiteza desse caminho é ab-
soluta! Todavia, perdemos isso de vista quando nos com-
prometemos com o que é correto; substituímos nossa von-
tade pela dele. Não é fácil ajustar nossa vida para as úni-
cas respostas: seu Filho, seu Mundo e sua Luz. E, por se-
guir esse curso, viveremos eternamente com ele.
Mais uma vez, Jesus exercita sua paciência. Parecia
impossível para os discípulos conceberem a unidade de
Jesus com o Pai. Mesmo após todo aquele tempo com ele,
os homens realmente não sabiam que, por conhecerem
Jesus, também conheciam Deus, o Pai. Eles queriam co-
nhecer Deus, e precisavam ouvir que o Senhor estava ali
mesmo, na frente deles, todo o tempo. Se conhecessem
Jesus, então, conheceriam o Pai.
Os pais pensam que exercitam uma paciência ilimita-
da com seus filhos. Jesus está dizendo: “Olá! Você está
ouvindo? Toc, toc. Alguém em casa?” Não me admira que
ele dissesse que devemos ser como as criancinhas... A aber-
tura e a claridade da mente infantil fariam com que tivés-
semos bem menos problemas em compreender a idéia de
Jesus e de Deus como sendo um. Talvez precisemos ter
isso martelado em nós, novamente... Não aprendemos fa-
cilmente! Os discípulos, sentados na primeira fileira do
maior show já visto, ainda assim não percebiam !! E, se
eles não puderam, como seremos nós capazes?

Seu trabalho
“Pai, que está em mim, é quem faz as obras” (João
14:10). Assim, Jesus pacientemente trabalha com os ho-
mens que não parecem conhecer melhor. Se suas palavras
são impossíveis de compreender, olhe o que tem sido feito
126
EU SOU O CAMINHO A VERDADE E A VIDA

aqui em nome de Deus!


Na própria época de Jesus, diante dos seus olhos, ocor-
reram o levantamento dos mortos; as curas; as mudanças
físicas, meteorológicas e biológicas miraculosas, várias e
várias vezes. Enfim, Jesus usará a idéia de seus Trabalhos
para propelir seus seguidores no seu futuro. Após sua ida
para o Pai, eles não devem chafurdar na lamentação e na
perda, na falta de orientação e de foco.
Eles precisarão lembrar-se da ação esquematizada para
eles. Não somos salvos por nossos trabalhos, mas Deus
quer que seus crentes saiam entre as pessoas e façam o
seu trabalho. O de Deus é restaurar o homem para o seu
caminho, além de prepará-lo para uma relação eterna com
ele.
Nosso propósito como crentes é realizar trabalhos mai-
ores aqui do que até mesmo Cristo fez. Isso parece impos-
sível agora. “Tudo quanto pedirdes em meu nome eu o
farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.” (João 14:13).
Contudo, as ferramentas estão aqui; é só pedir e ele dará
as mesmas para nós. Se nosso propósito derradeiro é glori-
ficar Deus, seu pedido final é que nos conectemos intima-
mente com ele, peçamos em seu nome, e fortaleçamos
nossas vidas com os trabalhos que ele nos pede para fazer.

127
Liçao 12 Sábado, 22 de Dezembro de 2007

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é o caminho, a


verdade e a vida.

2. Ajudar os participantes a refletirem acerca do significado


dessa imagem para sua própria fé.

3. Encorajar os participantes a orarem pela orientação de Je-


sus.

Atividades pedagógicas
Usando uma concordância, compare e contraste outras
referências bíblicas com o “caminho”, a “verdade” e a “vida”.
Discuta os modos pelos quais os participantes reconheceram
a orientação de Deus em suas vidas. Fale sobre caminhos
para discernir a verdade. Inclua um tempo para trocar requisi-
ções e necessidades. Orem juntos, pedindo a orientação de
Deus.

Olhando adiante
Como permanecemos vitalmente vivos, tal qual uma
comunidade, ao estarmos conectados com Jesus, a videira
verdadeira?

128
“Eu Sou a Videira
Verdadeira”
João 15:1-17

Meditações Bíblicas Diárias


Paula Reynolds

Domingo, Mateus 13:18–33


No campo, alguns anos atrás, estudamos a parábola
do semeador e da semente. Fizemos com que as crian-
ças recriassem cada tipo de condição de cultivo em pe-
quenas jarras de comida para bebês, usando sementes
de feijão e de milho. A cada dia, elas olhavam com
excitação as jarras e, com amor, molhavam as sementes.
Para nossa estupefação, em dois dias, o milho estava
ressaltando do solo, e continuou a crescer forte, sema-
nalmente.
É do mesmo modo que precisamos tratar nossa re-
lação com Cristo. Temos de nutri-la com excitação e
amor, constantemente crescendo mais próximos a ele a
cada dia.

Segunda, João 17:13–19


Jesus orou ao Pai para manter seus discípulos livres
do mal. Ele pediu para que fossem santificados e trou-
xessem a Palavra para o mundo. Pareia saber que, quan-
do ele não mais estivesse com aqueles homens, apenas
o Pai poderia ajudá-los com as provações que enfrenta-
riam, porque eles eram seus seguidores.
Lição 13 Sábado, 29 de Dezembro de 2007

Jesus faz o mesmo conosco, atualmente. A Bíblia diz


que ele intercede por nós junto ao Pai e que seu sangue
cobre todos os nossos pecados. Deveríamos nos regozijar,
a cada dia, pelo fato de que temos um salvador que nos
ama tanto!

Terça, 1 João 2:24–29


Procurei pelo significado da palavra permanecer e en-
contrei alguns poucos sentidos mais fortes: “esperar paci-
entemente, persistência, insistência e resistência”. Todas essas
palavras descrevem o que nós, como cristãos, precisamos
fazer para levar uma vida cristã e receber a promessa de
vida eterna.
Quando permanecemos em Cristo, podemos continu-
ar fortes contra os ataques do inimigo, e temos uma paz
irresistível que nos carrega ao longo de cada dia, além de
uma esperança que nos permite esperar pacientemente pelo
dia do seu retorno.

Quarta, 2 João 7–11


Nosso professor de Interpretação Bíblica sempre nos
diz: “Não apenas tomem minha palavra; leiam por vocês
mesmos.”. Estes versos encorajam-nos a fazermos o mes-
mo. Existem muitas pessoas proclamando uma infinidade
de caminhos para chegar a Deus, mas precisamos olhar
para o que Cristo ensinou quando esteve na terra e o que
Deus revelou para nós neste mundo. Gastar tempo, diaria-
mente, com a Palavra de Deus irá nos ajudar a permane-
cermos firmes contra todas as falsas doutrinas que tentam
nos afastar da nossa salvação em Jesus Cristo.

Quinta, Salmo 1
Como podemos ser abençoados? Esta passagem mos-
tra-nos um caminho: é só nos mantermos distantes do mal
130
EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA

e termos deleite em viver uma vida agradando a Deus. Às


vezes, é difícil nos deleitarmos na lei, mas gastar um tempo
diário lendo a Palavra irá nos permitir ver as maravilhosas
promessas presentes em cada capítulo e verso. Quando
andamos no seu caminho, podemos ver melhor como nos
abstemos do pecado e das coisas impiedosas. Se fizermos
da relação com Deus a nossa prioridade e nosso amor
principal, ele derramará bênçãos em cada área de nossas
vidas.
Sexta, João 15:1–8
Minha mãe tem muitas plantas das quais muitas são
duplicadas, pois à medida que crescem, às vezes ficam tão
grandes que caem. Eventualmente, algumas morreriam se
ela não as dividisse e replantasse-as em potes diferentes
para que possam crescer fortes novamente. O que ela faz
me lembra esta mensagem de hoje. Pode parecer loucura
cortar uma planta que está crescendo forte e retirar as fo-
lhas mortas, mas isso resulta em muitas plantas bonitas
que, por sua vez, podem ser divididas em outras.
Jesus faz o mesmo conosco; ele retira nossas partes
fracas, sem saúde, e cuida para que cresçamos de modo
belo junto dele.
Sábado, João 15:9–17
As coisas deste mundo nunca podem substituir a se-
gurança que vem do amor. Como cristãos, temos a certeza
de um amor interminável, abnegado e sem condições. Cristo
mostrou seu amor a nós ao pagar o preço pelos nossos
pecados, sujeitando-se à morte na cruz. Ele pede-nos para
mostrarmos o mesmo amor para com os outros.
Ao pormos outras necessidades antes das nossas, e ao
sacrificar nosso tempo, energia e ego, podemos mostrar o
amor de Cristo para aqueles que mais necessitam. Como
você pode mostrar o amor de Cristo para alguém, hoje?
131
Lição 13 Sábado, 29 de Dezembro de 2007

Estudo Estudo Adicional Devocional


João João Salmo
15.1-17 15 1
Verso áureo
“Eu sou a videira; vós, as varas. Quem está em mim, e eu
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fa-
zer.” (João 15.5).

Núcleo da lição
Todos nós nascemos para nos relacionarmos com os
outros, e precisamos que elas sejam produtivas. Existe um
relacionamento que possa servir como modelo a todas os
outros? João diz que estarmos conectados com Jesus é essen-
cial se desejamos ser produtivos em nossas vidas.

Perguntas para estudo do texto

1. Que metáfora central Jesus usa nesta passagem? O que


cada imagem representa? Como as características dessa
metáfora são transferidas para a verdade espiritual a qual
Jesus está se referindo?

2. Use uma concordância para encontrar outros exemplos da


metáfora, no Antigo Testamento. O quão consistente é seu
uso com esta e com outras passagens? Como Jesus compa-
ra ou contrasta o modo como essa metáfora fora usado no
Antigo Testamento?

132
EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA

3. Que tipos de frutos espirituais são estes? Que outras passa-


gens do Novo Testamento fazem alusão a essa fruta? Refli-
ta sobre sua própria vida e responda que frutos você está
produzindo. Como podemos garantir nossa fertilidade?

4. O que significa permanecer e morar em Cristo? Cite alguns


exemplos conhecidos por você ou por alguém que
exemplifiquem o que é permanecer na fé. Como podemos
continuar e morar em Cristo?

5. Você chamaria suas relações de frutíferas ou de infrutífe-


ras? E como pode construir relações mais saudáveis?

6. Quais são as pessoas por quem você ora para criar uma
união espiritual mais próxima? E, também, para resultar em
mais amor para com os outros?

133
Lição 13 Sábado, 29 de Dezembro de 2007

ENTENDENDO E VIVENDO
Kurt Berg

A videira verdadeira
Numa cultura em que falsos messias eram uma parte
contínua da história dos tempos e do lugar, Jesus separa-se de
qualquer outro antes existente. Ele é a “videira verdadeira”. E
o seu Pai criou-o como ele é. Deus continua a atuar através
dele, descartando suas partes infrutíferas e podando as que
continuarão a produzir frutos. Parece improvável para nós
que Jesus precisasse de refinamento... Entretanto, Deus poda-
nos e refina-nos por intermédio de Jesus Cristo. “Vós já estais
limpos, pela palavra que vos tenho falado.” (João 15"3). É
através dele que podemos ser transformados. Os galhos não
podem existir separados do vinhedo; portanto, só podemos
existir como Deus quer, por habitarmos nele através de Jesus
Cristo.
O autor usa as palavras de Jesus, tanto no sentido meta-
fórico quanto no poético. A metáfora ajuda-nos a nos vermos
como algum outro objeto ou como parte da natureza. No
verso 5b, isso fica evidente: “...quem está em mim, e eu nele,
esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”

“Pedireis tudo o que quiserdes”


Jesus revisita a noção de João 14. Nós apenas devemos
pedir; contudo, agora, devemos também permanecer.
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estive-
rem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”
(João 15:7). A relação com Deus deve ser em tempo integral.
E a relação de Cristo com seu Pai era bem assim. Podemos
apenas trabalhar para aquele fim, tropeçando, caindo, levan-
tando e superando os problemas. Se sua palavra estiver em
nós, pediremos que sua vontade e seus desejos sejam feitos
em nós. Ele não quer dizer: “Tenha uma relação íntima comi-
go, leia minha palavra e, se você pedir, irá ganhar na loteria.”
134
EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA

Os desejos do nosso coração serão focalizados nele e não em


nós mesmos! O fruto que produzimos irá glorificá-lo, e provar
que procuramos apenas pelo seu caminho. Isso é o que ele
quer para nós. Parece ser um objetivo fácil o suficiente! Toda-
via, desviamo-nos dele, preenchemos as mentes com nossas
próprias palavras e acreditamos que, na verdade, sabemos o
que estamos fazendo. Deus espera pacientemente que o pro-
curemos para estarmos nele; também aguarda que o preen-
chamos com sua palavra. Ele sabe que o único caminho em
que podemos produzir qualquer fruto espiritual, dentro de
nossas vidas e na vida dos outros, é guardando seus manda-
mentos (João 15:10).
Os mandamentos, assim, são o plano para criar uma
vida devota. Segui-los mantém-nos focalizados em Deus e
suaviza a aspereza de nossa existência. À medida que obede-
cemos os mandamentos de Deus tornamo-nos mais amáveis.
Através de nossa obediência somos transformados na pessoa
que Deus quer que sejamos. Ele dá a todos nós um bonito
exemplo a seguir... E cria uma figura de puro amor, “do mes-
mo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu
Pai, e permaneço no seu amor (João 15”10b).

“Amai-vos uns aos outros”


“O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos
outros, assim como eu vos amei.” (João 15:12). Se pudés-
semos obedecer apenas a esse mandamento, este mundo
já seria um lugar bem melhor para se viver! Estamos sem-
pre nos esforçando pela graça, pelo perdão, pela aceitação
e pelo amor de Cristo em nossas vidas; contudo, não so-
mos capazes de compreender esse amor! Em outras pala-
vras, é uma coisa boa que nos ame, apesar de nós mesmos
e de nossas tentativas patéticas de nos amarmos uns aos
outros “como ele nos amou”.
E ele continua a nos mostrar seu amor perfeito: “Nin-
guém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida
135
Lição 13 Sábado, 29 de Dezembro de 2007

pelos seus amigos” (João 15:13). Podemos dar as nossas vi-


das pelos outros? Conseguimos amar tanto uns os outros da
forma que estaremos querendo fazer isso? Podemos desistir
de nós pela vida de mais alguém? Quando a situação compli-
ca, somos capazes de morrer para o “eu” e sacrificá-lo por
mais alguém? Sabemos que ele exprime o sacrifício da vida
diária, aquelas pequenas ofertas de amor para mais alguém,
quando ficamos em segundo lugar e eles, em primeiro?

“Mas tenho-vos chamado amigos” (João 15: 15b)


Ao nos dizer isso, ele deseja que subamos para um
outro nível além do de “amigo”. Ele sacrificou-se por todos
nós e pede-nos para darmos passos fora de nós mesmos
em amor. Difere-nos, assim, de nossa condição prévia como
“servos”; deseja-nos como amigos! Jesus faz mais do que
comandar; ele divide o amor perfeito que tem com seu
Pai. E ao fracionar esse conhecimento conosco, chama-
nos de “amigos”. Ele confia em nós como tais e inclui-nos
no seu círculo íntimo, que é o de Deus (o Pai) e Cristo (o
Filho). Esses homens eram seus amigos, e ele diz essas
palavras agora como um convite para incomparáveis ma-
ravilhas.
Imagine-o querendo-nos como seus amigos! Ele dese-
ja seu comprometimento como tal para criar uma união
com ele maior do que a de qualquer amizade terrena. A
intimidade dessa amizade permite-lhe conectar-se conosco
de acordo com seu plano. Afinal, ele escolheu-nos com
um propósito sob o céu: produzir a fruta que, em seu
nome, permanecerá nele. O que quer que peçamos, em
seu nome, ele quer para nós. E ele sabe que a verdadeira
salvação para qualquer homem é amar uns aos outros. Por
isso, ordena tal coisa, pois essa é a resposta, a salvação
para as nossas chagas, o único caminho para a integralidade.
Ao amarmos uns aos outros, vamos nos aproximar o máxi-
mo que pudermos de Deus.

136
EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA

Dicas para os professores


Metas da lição

1. Explorar a declaração de Jesus de que ele é a videira ver-


dadeira.

2. Ajudar os participantes a refletirem acerca do significado


dessa imagem para a sua fé.

3. Encorajar os participantes a orarem por uma união espiritu-


al mais próxima de Cristo que irá resultar em mais amor
pelos outros.

Atividade pedagógica
Pesquisar em livros de jardinagem, ou pedir a algum
jardineiro que cultive uvas, informações sobre o processo de
produção. Trazer uma planta para a aula a fim de ilustrar o
que acontece ao se produzir uma vida quando se está separa-
da de sua fonte. Discutir o tipo de esforço que os participan-
tes fazem sendo parte de um grupo.

Revisando
Focalizamos como Cristo guia e protege. Exploramos
a relação de Jesus com os cristãos sob uma perspectiva
comunitária.

137
COLABORADORES

Meditações Bíblicas Diárias

Stephanie Ritchie é membro da Igreja Batista do Sétimo Dia


de Riverside, na Califórnia, nos Estados Unidos. Ela partici-
pa ativamente do ministério de louvor e, também, do tea-
tro.

Jodly Mclean Siana, cujo nome significa “serva do rei”, fiel-


mente serve ao Senhor como membro da Primeira Igreja
Batista do Sétimo Dia de Toronto, no Canadá.

Paula Reynolds é membro ativo da Igreja Batista do Sétimo


Dia de Toronto, no Canadá. Atualmente, serve ao Senhor
no departamento infantil e faz parte do Grupo de Louvor.

Entendendo e Vivendo

Scott Hausrath é pastor da Foothill Community Church, uma


congregação Batista do Sétimo Dia em Montrose, na
Califórnia, nos Estados Unidos.

Dustin Mackintosh é cristão, marido, pai, engenheiro de


softwares, seminarista do Seminário Fuller e ministro de
louvor na Foothill Community Church, uma congregação
Batista do Sétimo Dia em Montrose, na Califórnia

Kurt Berg, é diácono e professor de Escola Bíblica na Igreja


Batista do Sétimo Dia de Riverside, na Califórnia.

138
OBRAS CITADAS

Brown, Raymond E. The Gospel According to John I-XII, (O


Evangelho Segundo João I-XII e XII-XXI) Doubleday &
Company, Inc., Garden City, Nova Iorque,1966.

Keener, Craig S. The Gospel of John, A Commentary Volume


One (Evangelho de João, volume 1), Hendrickson
Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, 2003.

Keener, Craig S. The Gospel of John, A Commentary Volume


Two, (Evangelho de João, volume 2), Hendrickson
Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, 2003.

Kittel, G., Friedrich, G., & Bromiley, G. W. Theological


dictionary of the New Testament. (Dicionário Teolóogico
do Novo Testamento) Grand Rapids, Mich.: W.B. Eerdmans,
1995.

Louw, J. P., & Nida, E. A. Greek-English lexicon of the New


Testament : Based on semantic domains (Léxico Grego-
Inglês do Novo Testamento). Cópia eletrônica da 2ª edi-
ção. New York: United Bible societies, 1996.

Michaels, J. Ramsey, New International Biblical Commentary,


(Novo Comentário Bíblico Internacional) Volume 4;
Hendrickson Publishers, Inc., Peabody, Massachusetts, 1984

Robertson, A. Word Pictures in the New Testament. (Figuras


linguísticas, em o Novo Testamento) Vol.V c1932, Vol.VI
c1933 by Sunday School Board of the Southern Baptist
Convention. (Heb 1:1). Oak Harbor: Logos Research Systems,
1997.

Walvoord, J. F., Zuck, R. B., & Dallas Theological Seminary.


The Bible knowledge commentary : An exposition of the
scriptures. (Comentário Bíblico: Uma exposição das Escri-
139
turas) Wheaton, IL: Victor Books, 1985.

Wiersbe, W. W. The Bible exposition commentary. “An


exposition of the New Testament” (Col 1:15).(Comentário
bíblico expositivo. “Uma exposição do Novo Testamento
[Colosenses 1.15]) Wheaton, Ill.: Victor Books, 1996.

Versões bíblicas
NVI Todas as citações indicadas com a sigla NVI foram
extraídas da NOVA VERSÃO INTERNACIONAL.
Copyright 1993, 2000 da Sociedade Bíblica
Internacional. Todos os direitos reservados.
RC VERSÃO REVISTA E CORRIGIDA DE JOÃO FERREIRA
DE ALMEIDA. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica
Brasileira, 1967. Direitos reservados.
RA Os “Versos áureos” e as demais citações bíblicas sem
indicação da versão foram retirados da VERSÃO
REVISTA E ATUALIZADA DE JOÃO FERREIRA DE
ALMEIDA. 2ª edição. Copyright 1983, da Sociedade
Bíblica do Brasil.
NLV New Living Translation, copyright 1996 por Tyndale
Charitable Trust.
BV A BÍBLIA VIVA. Segunda Edição. São Paulo: Mundo
Cristão, 2002.

140
LIÇÕES PARA O PRÓXIMO TRIMESTRE

1. A luz do amor

2. O teste do amor

3. A fonte do amor

4. O caminho do amor

5. Cristo é nosso rei

6. Cristo ressuscitou

7. Deus é digno de louvor

8. Cristo é digno para redimir

9. Cristo é nossa proteção

10. O banquete final

11. Nosso novo lar

12. Deus em nosso meio

13. Cristo voltará.

141
142
Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e outras
contribuições destinadas à Conferência Batista do Sétimo Dia
Brasileira, sejam feitas através de cheques, ordens bancárias
ou vales postais nominais, de preferência para as seguintes
agências e contas bancárias:
a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

As ofertas do décimo sábado de cada trimestre são desti-


nadas ao Conselho Missionário e devem ser depositadas
na seguinte conta corrente:
Banco Itaú
Agência: 3703
Conta Corrente: 06312-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira

Após a remessa, enviar carta ou relatório mensal em


formulário próprio ao tesoureiro geral, contendo as datas, os
valores e indicando a sua natureza: se são dízimos, ofertas em
geral ou para uma finalidade específica.

143
Impressão e
Acabamento:

T: (14) 3332.1155 PRESERVE A


NATUREZA
IMPRESSO EM
PAPEL RECICLÁVEL

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