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Caracterização das

Áreas Contaminadas no
Estado de São Paulo:

Postos de Combustíveis
Introdução
Este trabalho tem como objetivo elaborar uma proposta para
avaliar exposição à saúde humana por substâncias perigosas
oriundas dos Postos de Combustíveis.

Os estudos de avaliação de riscos por exposição em área


contaminada pode ser exigência para garantir o cumprimento
dos princípios da prevenção e precaução, bem como atender
a preocupação da sociedade para fins de investigação
epidemiológica e toxicológica.

A avaliação da exposição inclui a medição, a estimação e


elaboração de modelos investigativos baseado em dados
existentes de uma avaliação ambiental. Em uma avaliação
deve participar um grupo multidisciplinar que utilize
métodos normalizados comunicando a todos os interessados
cada etapa do processo. A proposta deste estudo também
enfatiza a necessidade da identificação das rotas de
exposição completa.
Introdução
A contaminação de águas subterrâneas por
vazamentos em postos de combustíveis vem
merecendo cada vez mais atenção tanto da
população em geral como dos órgãos estaduais
de saúde e de controle ambiental.

Ênfase será dada as ações das


baseadas no risco à saúde, ao uso dos dados
ambientais e dos possíveis efeitos que podem
causar a saúde em caso de contaminação dos
aqüíferos.
Introdução
As áreas potenciais de contaminação tratada
neste trabalho compreendem o entorno dos
Postos de Vendas de Combustíveis pela
contaminação dos solos, das águas
subterrâneas e do ar provocadas por
vazamentos de derivados do petróleo devido à
corrosão em tanques enterrados e falhas
operacionais do sistema.
Introdução
ESTADO DE SÃO PAULO

9.053 Postos de Combustíveis – fonte: ANP/2011

Segundo o último cadastro de áreas contaminadas da CETESB, há


3217 casos identificados.

Um universo que representa 77,87% das 4131 áreas contaminadas


de todo o Estado.
Introdução
Rodovias
9,83%
Percentual

89,20% - Área
Urbana

10,80% - Outras

Aeroportos
0,10%
Zona Rural Chacaras
1,84% 0,56%
Introdução

Bandeira
Regional Total
Oficial Branca
GVS27-São José dos Campos 186 191 377
GVS28-Caraguatatuba 77 48 125
GVS33-Taubaté 183 162 345
Total 446 401 847
Introdução

Na Regional de São José dos Campos,


há 77 casos identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 69,37%


das 111 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS27-São José dos Campos

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

973.148 31 2 77 1 111 98 Aumentou

01 Caçapava 27 84.844 3 11 14 12 Aumentou

02 Igaratá 27 8.825 1 1 1 Igual

03 Jacareí 27 211.308 6 26 32 30 Aumentou

04 Jambeiro 27 5.350 1 1 1 Igual

05 Monteiro Lobato 27 4.123 2 2 2 Igual

06 Paraibuna 27 17.384 5 5 3 Aumentou

07 Santa Branca 27 13.770 3 3 3 Igual

08 São José dos Campos 27 627.544 22 2 28 1 53 46 Aumentou


Introdução

Na Regional de Caraguatatuba, há 49
casos identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 81,67%


das 60 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS28-Caraguatatuba

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

281.778 2 1 49 6 2 60 60 Igual

01 Caraguatatuba 28 100.899 19 1 20 20 Igual

02 Ilhabela 28 28.176 4 1 5 5 Igual

03 São Sebastião 28 73.833 2 1 10 3 2 18 18 Igual

04 Ubatuba 28 78.870 16 1 17 17 Igual


Introdução

Na Regional de Taubaté, há 98 casos


identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 83,05%


das 118 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS33-Taubaté

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

344.793 17 2 98 1 118 113 Aumentou

01 Aparecida 33 35.043 2 8 10 10 Igual

02 Arapeí 33 2.492 1 1 1 Igual

03 Areias 33 3.693

04 Bananal 33 10.220 1 1 1 Igual

05 Cachoeira Paulista 33 30.099 3 3 3 Igual

06 Campos do Jordão 33 47.824 5 5 5 Igual

07 Canas 33 4.387 1 1 1 Igual

08 Cruzeiro 33 77.070 2 7 9 8 Aumentou


Introdução

Na Regional de Taubaté, há 98 casos


identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 83,05%


das 118 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS33-Taubaté

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

344.793 17 2 98 1 118 113 Aumentou

09 Cunha 33 21.874 1 1 1 Igual

10 Guaratinguetá 33 112.091 2 2 13 17 16 Aumentou

11 Lagoinha 33 4.840

12 Lavrinhas 33 6.586 1 1 1 Igual

13 Lorena 33 82.553 3 10 13 13 Igual

14 Natividade da Serra 33 6.681 1 1 NOVO

15 Pindamonhangaba 33 147.034 3 12 15 15 Igual

16 Piquete 33 14.107
Introdução

Na Regional de Taubaté, há 98 casos


identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 83,05%


das 118 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS33-Taubaté

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

344.793 17 2 98 1 118 113 Aumentou

17 Potim 33 19.413

18 Queluz 33 11.325 2 2 2 Igual

19 Redenção da Serra 33 3.879

20 Roseira 33 9.606 3 3 3 Igual


Santo Antônio do
21 33 6.516 2 1 3 3 Igual
Pinhal
22 São Bento do Sapucaí 33 10.462

23 São José do Barreiro 33 4.097

24 São Luís do Paraitinga 33 10.404 1 1 1 Igual


Introdução

Na Regional de Taubaté, há 98 casos


identificados de postos de
combustíveis.

Um universo que representa 83,05%


das 118 áreas contaminadas de toda a
Regional.

Municípios com Áreas Contaminadas do:GVS33-Taubaté

População Áreas Contaminadas por Atividades Total Total Situação


Município GVS
IBGE 2010 Ind. Com. PCs. Res. Aci. Agri. Des. nov/11 nov/10 atual

344.793 17 2 98 1 118 113 Aumentou

25 Silveiras 33 5.792 1 1 1 Igual

26 Taubaté 33 278.724 4 24 28 27 Aumentou

27 Tremembé 33 40.985 1 1 2 1 Aumentou


Fonte de Emissão
Os produtos derivados do petróleo como a
gasolina e o óleo diesel, representam uma
importante fonte de contaminação do meio
ambiente urbano.

Esta contaminação pode ocorrer devido a


vazamentos nos tanques de armazenamento
ou derramamentos produzidos por acidentes
no transporte destes produtos, gerando assim
uma grande preocupação pelos riscos de
incêndios, explosões e contaminação do solo e
da água subterrânea.
Fonte de Emissão
De acordo com estatísticas internacionais, os
tanques com mais de 25 anos de instalação
podem apresentar problemas de vazamentos
devido à corrosão.

O potencial para a exposição de receptores


aos contaminantes que migram da área de
disposição de gasolina e o óleo diesel depende
da existência de uma fonte, um receptor e
uma rota que os conecte. Se faltar qualquer
um desses componentes, não existe uma rota
de exposição completa.
Fonte de Emissão
Nos tanques subterrâneos, como nos postos de
abastecimento, a detecção de vazamentos é
extremamente dificultada pela
impossibilidade de observação direta dos
mesmos.

Áreas contaminadas podem se formar no


subsolo sem apresentar vestígios
contundentes em superfície.
Fonte de Emissão
A contaminação do subsolo
por hidrocarbonetos
ocorre de maneira
complexa e diferenciada, o
que dificulta a estimativa
adequada da quantidade
ou continuidade destes
produtos em subsuperfície,
com base apenas em dados
de poços de
monitoramento.
Fonte de Emissão

Grande parte
dos
vazamentos
ocorre em
pequenos
volumes por
um longo
período de
tempo.
Contaminação do solo por BTXE
O armazenamento subterrâneo de produtos químicos pode
provocar a contaminação das águas a partir de vazamentos
que percolam através do solo ao longo dos anos e podem
atingir os lençóis freáticos e galerias pluviais.
Contaminação do solo por BTXE

Geralmente, são problemas detectados após prolongados períodos,


quando ocorre o afloramento do produto em galerias de esgoto, redes
de drenagem de águas pluviais, no subsolo de edifícios e escavações e
poços de abastecimento de água.

Além de causarem impactos ambientais devido à contaminação do solo


e das águas subterrâneas, tais vazamentos implicam em riscos de
explosão, incêndio, e impactos à saúde pública.
Contaminação do solo por BTXE
Em um derramamento de
gasolina, uma das principais
preocupações é a
contaminação de aqüíferos que
sejam usados como fonte de
abastecimento de água para
consumo humano.

Por ser muito pouco solúvel em


água, a gasolina derramada,
contendo mais de uma centena
de componentes, inicialmente
estará presente no subsolo
como líquido de fase não
aquosa (NAPL).

Em contato com a água


subterrânea a gasolina se
dissolverá parcialmente.
Contaminação do solo por BTXE
Após a contaminação do lençol freático, a pluma irá se deslocar e será atenuada
por diluição, dispersão, adsorção, volatilização e biodegradação, que é o único
destes mecanismos que transforma os contaminantes em compostos inócuos a
saúde.
Contaminação do solo por BTXE
Dependendo das

t = 0 ano
condições
hidrogeológicas do local
contaminado, a taxa da

t = 2 anos
reação de
biodegradação será mais
rápida ou mais lenta.

t = 5 anos
Uma vez que a
biodegradação é o principal
mecanismo de
transformação dos

t = 8 anos
hidrocarbonetos de
petróleo, a determinação da
taxa de transformação é de
grande importância para se
prever até onde a pluma irá
se deslocar.
Quando a taxa de biodegradação for igual ou
maior que a taxa de deslocamento dos
contaminantes a pluma deixará de se deslocar
Ponto de Risco
e diminuirá de tamanho.
Contaminação do solo por BTXE
Os hidrocarbonetos, benzeno, tolueno, etilbenzeno e os três xilenos
orto, meta e para, chamados compostos BTXE, são os constituintes da
gasolina que têm maior solubilidade em água e, portanto, são os
contaminantes que primeiro irão atingir o lençol freático.

Estes contaminantes são considerados substâncias perigosas por serem


depressantes do sistema nervoso central e por causarem leucemia em
exposições crônicas. Dentre os BTXE, o benzeno é considerado o mais
tóxico com padrão de potabilidade de 5μg/l, segundo as normas do
Ministério da Saúde.
Contaminação do solo por BTXE
A presença de grandes concentrações populacionais no entorno de
postos de combustíveis no Estado de São Paulo aumenta a
preocupação relacionada a questões de saúde
pública.

De acordo com a literatura, os hidrocarbonetos afetam o sistema


nervoso central, apresentando toxidade crônica mesmo em pequenas
concentrações.
Contaminação do solo por BTXE

A gasolina comercializada no Brasil é misturada


com até 25% de etanol.
Deste modo, as interações entre o etanol e os
compostos BTXE podem causar um comportamento
completamente diferente no deslocamento da
pluma que utilizam gasolina pura.

Os três aspectos principais que podem afetar o


comportamento dos hidrocarbonetos, benzeno, tolueno,
etilbenzeno e xileno em sistemas subsuperficiais em
presença de etanol são:
• a possibilidade do aumento da solubilidade dos BTXE
em água;
• a possibilidade do aumento da mobilidade dos BTXE
dissolvidos na água subterrânea;
• a possibilidade de que a presença do etanol possa
dificultar a biodegradação natural dos BTXE,
aumentando a persistência destes compostos na água
subterrânea.
Alcances e propósitos
A proposta da criação
de um método é para
avaliar a exposição que
possa permitir o
seguinte:

• A comparação entre as
diferentes áreas
incluídas em estudo;

• A comparação das
exposições avaliadas
por distintas
investigações in situ.
Alcances e propósitos

Podemos centrar em três tópicos:

1. A caracterização de uma área (sítio), a determinação


das exposições potenciais geradas a partir dos dados
disponíveis, a identificação das rotas de exposição e
os meios potenciais de contato;

2. A caracterização da população sob risco e a avaliação


necessária de medir a exposição;

3. A evolução da necessidade de um estudo de saúde, o


roteiro destes e as exigências de informação.
Alcances e propósitos

É necessário esclarecer os diferentes propósitos


para se realizar uma avaliação de exposição:

Posto de São aqueles que, dentre outras exigências técnicas


combustíveis referentes às instalações e equipamentos, devem
sujeitos a necessariamente substituir todos os seus tanques
Reforma subterrâneos de armazenamento de combustíveis,
Completa por terem atingido a idade de 15 (quinze) anos ou por
terem apresentado vazamentos, de acordo com as
informações constantes no CADASTRO enviado à
CETESB.
Alcances e propósitos

É necessário esclarecer os diferentes propósitos


para se realizar uma avaliação de exposição:

População em São os trabalhadores dos postos de combustíveis, a


risco população residente na área, a população futura, e a
heterogeneidade dos moradores.

Avaliação da A avaliação da exposição é o processo de avaliação de


exposição saúde pública, onde se analisam dados ambientais a
fim de determinar onde existe contaminação, a sua
quantidade, e como as pessoas podem entrar em
contato com essa contaminação.
Alcances e propósitos

É necessário esclarecer os diferentes propósitos


para se realizar uma avaliação de exposição:

Rota de 1. Fonte (origem)


exposição
2. Transporte e transformação (meio)

3. Ponto de exposição (local)

4. Via de exposição (forma)

5. Receptor (individuo)
Roteiro para avaliar a exposição aos perigos gerados por
solo contaminado por hidrocarbonetos
FOCO
Pergunta para conhecedores.
Qual o tamanho?
40?

42?

44?

46?

48?
Resposta
Posto Carrefour
e Tobogan - Diadema
Auto Posto BI – Vila Prudente
Gastão Vidigal – CEASA – São Paulo

Esso Shell

BR
Auto Posto Rei - Guarulhos
Roteiro para avaliar a exposição aos perigos gerados por
solo contaminado por hidrocarbonetos

Este trabalho tem como base o modelo da ATSDR (Agency for Toxic
Substances and Disease Registry) como método de elaboração de
uma lista de controle dos aspectos essenciais para avaliar a
exposição a substâncias potencialmente perigosas liberadas por
solos contaminados por hidrocarbonetos.

Em diferentes etapas deste processo deve buscar assessoria de


peritos adequados, como engenheiros, biólogos, químicos,
ambientalistas, toxicologistas, e profissionais da saúde.

É importante ter consciência de que a presença de


uma fonte contaminante não é suficiente para causar
risco à saúde.
Avaliação do Risco à Saúde Humana

Risco

Probabilidade de ocorrência de um efeito adverso à saúde como resultado


de uma exposição à substâncias tóxicas.

Avaliação de risco

Estimativa da exposição de uma população a uma determinada substância


e a avaliação do efeito adverso à saúde em decorrência desta exposição.
Avaliação do Risco à Saúde Humana
Uma avaliação de exposição de um receptor a contaminantes por
uma fonte de contaminação de derivados de petróleo deve
considerar os seguintes elementos:

• A natureza dos contaminantes presentes na área;

• A proximidade e sensibilidade dos receptores;

• A probabilidade da presença de uma rota que conecte


a fonte de contaminação ao receptor;

• Medidas de proteção de engenharia;

• Proteção natural;

• Monitoramentos de dados para demonstrar se existem


emissões; e

• A duração e concentração da exposição.


Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

1
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Informações de passos essenciais:
referências
• Origem da informação que desencadeou a ação:
• Agência Ambiental, CVS,CVE, Secretaria Municipal de Saúde, população,
imprensa etc.

• Documentos de referência:
• Substâncias ou compostos envolvidos: estado físico e grau de
toxicidade;
• Características de emissão: magnitude, freqüência e duração;
• Monitoramentos ambientais efetuados: concentrações detectadas dos
contaminantes nos ambientes (água/solo/sedimentos/ar/animais e
plantas);
• Avaliações toxicológicas: concentrações detectadas dos contaminantes
na população;
• Efeitos adversos à saúde (mortalidade/morbidade) da população
exposta.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Fonte emissora:
• Tipo de atividade;
• Quantidade/sexo e tipo de ocupação dos trabalhadores;
• Processo produtivo;
• Substâncias/compostos envolvidos no processo.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Aspectos geográficos significativos; • Várzeas;
• Áreas sujeitas a inundações
ou alagamentos;
• Áreas com declividades
acentuadas;
• Áreas sujeitas a
escorregamento de solo;
• Áreas sujeitas a erosão e
assoreamento
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Características do uso e ocupação do solo; • Predominâncias de uso
residencial, industrial,
agrícola, comercial ou
institucional;
• Zoneamento;
• Densidade da ocupação
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Tipologia das edificações; • Residências uni familiares de
baixa renda;
• Prédios de apartamentos;
• Favelas;
• Galpões industriais.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Estabelecimentos de riscos; • Escolas;
• Creches;
• Hospitais;
• Unidades básicas de saúde;
• Asilos;
• Albergues;
• Outros estabelecimentos de
significativa concentrações
de pessoas.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Acessibilidade ao local contaminado;
• Direção predominante dos ventos em relação a fonte emissora;
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Entorno:
• Saneamento; • Padrões de consumo de água (rede
pública, poços, minas, bicas,
caminhões pipas, etc.);
• Condições de consumo da água
(intermitência no abastecimento
público, características
bacteriológica e físico-químicas,
etc.);
• Formas e constância da coleta de
resíduos sólidos, cobertura da rede
de esgoto.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• População:
• População estimada do entorno e distribuição espacial em relação à
fonte;
• Características sócio-econômicas;
• Grupo populacionais de risco;
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• População:
• Hábitos alimentares e de lazer. • Produção e consumo de
alimentos cultivados no entorno
da fonte;
• Contato direto com corpos
d’água através de banho,
lavagem de roupas, pescaria,
etc.;
• Criação e consumo de animais;
• Esportes ou outras atividades
que exijam contato direto com o
solo, como futebol e outros.
Roteiro: Passos para uma avaliação de exposição

2
Antes de realizar qualquer medida de intervenção,
deve-se explorar as informações disponíveis. Este
processo de avaliação inicial pode dividir-se em dois
Visita ao local passos essenciais:

• Avaliação preliminar de risco:


• Descrever vias mais prováveis e significativas de exposição humana –
ingestão, inalação, contato dérmico.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

1 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Posto de
combustível

• A natureza e o caráter dos resíduos depositados (por ex. BTEX,


PHAs..) e a estimativa do período da ocorrência do vazamento;

• A data de construção do PC;

• Sistema de contenção e de proteção para vazamentos superficiais


(água de lavagem, chuva intensa, etc.);

• Dados de monitoramento do solo e água;

• Presença e profundidade de fase livre dos hidrocarbonetos;

• Declividade entre a fonte e o poço cacimba.


Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

2 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Atividades
humanas

• Atividades humanas no PC e no raio de 300 metros, marcadas em


planta ou foto aérea; trabalhadores no PC;

• Propriedades residenciais com jardins; garagens subterrâneas; sótão,


escolas próximas; áreas de recreação; asilos; hospitais; espaço
aberto para uso público;

• Áreas comerciais; áreas industriais (descrever os tipos e as


possibilidades de emissões);

• Dados de monitoramento do solo e água; presença e profundidade de


fase livre dos hidrocarbonetos; declividade entre a fonte e o poço
cacimba.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

3 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Atividades
agrícolas

• Atividades agrícolas próximas e num raio de um quilômetro;

• Áreas onde se realizam cultivos ou se criam animais para consumo


próprio;

• Áreas onde se realizam cultivos com propósitos comerciais;

• Áreas onde os animais podem ingerir vegetação ou onde o solo pode


estar exposto à contaminação.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

4 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Água
subterrânea

• Pontos de extração de água subterrânea, próxima e num raio de 300


metros ao entorno do PC;

• A camada em que se extrai a água;

• A taxa de extração, se alta ou baixa;

• O uso da água para abastecimento público ou privado, irrigação, uso


industrial da água para refrigeração, fabricação de alimentos ou
outros fins;

• Informações sobre a qualidade das águas residuais.


Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

5 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Geologia

• Conhecer a geologia, a hidrogeologia e a hidrologia da área;

• A natureza da geologia dos arredores, particularmente, o fluxo e a


permeabilidade (alta ou baixa);

• A profundidade das águas subterrâneas;

• A direção das águas subterrâneas;

• A interface entre as águas subterrâneas e as correntes de águas


superficiais.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

6 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Águas
superficiais

• Corrente de águas superficiais e pontos de extração em pelo menos


um quilômetro do PC;

• Taxa de extração;

• Uso de águas superficiais para pesca, natação, piscicultura, etc...;

• Usos da água extraída para abastecimento público ou privado,


irrigação, uso industrial da água para refrigeração, fabricação de
alimentos ou outros fins;

• Qualidade da água superficial.


Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes

7 Principais áreas de informações para a


caracterização de um sítio
Outros informes

• Informações sobre os controles naturais e de engenharia;

• Rotas potenciais em direção a população local;

• Informes geológicos e hidrogeológicos;

• Dados de monitoramento do ar, água e solo;

• Informes históricos da área;

• Organizações comunitárias e autoridades locais e regionais.


Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes
Contaminantes que geram preocupações

Grupos de
substâncias

• BTEX – Benzeno; Tolueno; Etilbenzeno e Xileno;

• Hidrocarbonetos de Petróleo Totais (TPHs);

• Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (PAHs);

• Outros Hidrocarbonetos aromáticos.


Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes
Estimação da concentração dos contaminantes

investigação de
problemas
potenciais
• Usar a informação de fontes facilmente disponíveis quando é
possível, entre elas a CETESB;

• Se a informação disponível é limitada ou está desatualizada, devem-


se tomar novas medidas;

• Com freqüência pode ser necessário realizar perfurações com os


seguintes propósitos:
• Investigar a estrutura geológica e a profundidade da zona saturada e
não saturada; investigar a profundidade, o gradiente e a direção do
fluxo das águas subterrâneas; obter amostras de águas subterrâneas e
amostra de BTEX, TPHs e de PAHs.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes
Estimação da concentração dos contaminantes

investigação de
problemas
potenciais
• Dependendo das propriedades físico-químicas dos contaminantes,
deve-se considerar a realização de amostras de gases em pontos
situados dentro e fora do PC, levando em conta a direção
predominante do vento e não deixar de incluir as edificações
internas e os espaços fechados próximo;

• Deve-se medir o grau de contaminação das águas subterrâneas com


amostras de BTEX, TPHs e de PAHs do PC, tomando-se em conta o
uso de águas subterrâneas a nível local e regional.
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes
Estimação da concentração dos contaminantes

informação
sobre a
população
• Identificação da situação geográfica da exposição e a distância em
que esta se encontra do PC;

• Dados demográficos básicos, como o número de homens e mulheres


nos diferentes grupos de idade;

• Tipos de trabalho da população local, áreas industriais e rotas


freqüentes para ir ao trabalho;

• Situação das escolas e outras instituições educativas, hospitais e


edifícios com alto número de residentes ou de usuários;
Roteiro: Caracterização do sítio e determinação da
concentração dos contaminantes
Estimação da concentração dos contaminantes

informação
sobre a
população
• Situação de instalações dos recreios e tipos de uso;

• Presença e proximidade de grupos potencialmente sensíveis, como


idosos e crianças, pessoas com enfermidades prolongadas e
incapacitadas;

• Comportamento da população respectiva e consumo de produtos


produzidos no local.
Roteiro: Estabelecimento de uma rota de exposição
completa

1 Possíveis vias de exposição

Via para
inalação

• Ar ambiental;

• Ar no interior dos imóveis;

• Sedimento de poeiras.
Roteiro: Estabelecimento de uma rota de exposição
completa

2 Possíveis vias de exposição

Via para
ingestão

• Água para consumo humano;

• Solo;

• Alimentos (humanos e animais);

• Água superficial e sedimentos, com referência ao uso recreativo.


Roteiro: Estabelecimento de uma rota de exposição
completa

3 Possíveis vias de exposição

Vias para
dérmico

• Contato direto com os hidrocarbonetos;

• Contato com solo contaminado;

• Contato com água contaminada.


Roteiro: Estabelecimento de uma rota de exposição
completa
Uma vez selecionado os contaminantes críticos em
cada um dos meios ambientais, deve-se assinalar
todas as rotas de exposição completas ou potenciais
importância
de importância, as quais poderiam existir no sitio ou
das rotas
fora dele.

• Número de pessoas afetadas pela rota e características demográficas


por sexo e idade;

• Quantidade de contaminantes críticos identificados na rota;

• Rotas que compartilhem a mesma população receptora.


Roteiro: Estimação da exposição
Perfil do solo
Potencial hidráulico e sentido
do fluxo subterrâneo
Mapa de
isoconcentrações de
hidrocarbonetos na
área
Mapa de
isoconcentrações de
óleos e graxos na área
Amostragem de gás no Amostragem de solo Solo amostrado com
solo combustível
Roteiro: Estimação da exposição
Roteiro: Estimação da exposição
Cenário
Roteiro: Estimação da exposição
Avaliação da Exposição

Informações do local
Reconhecimento da área
Definição das amostragem

Identificar os
receptores
Coleta de dados Avaliação da potenciais
Avaliação dos dados Toxicidade
Identificar as Rotas
de Exposição
Potenciais

Avaliação da Exposição Elaborar os


Cenários de
Exposição

Caracterização do
Risco
Roteiro: Estimação da exposição
Ar em Rota de Exposição
ambiente
fechado

Volatilização
Ar em
ambiente
aberto

Contato

Direto
Lixiviação do Constituinte

Dérmico
Solo

Ingestão
Receptor
W-R
Contato
Direto

Água Água Dérmico


Subterrânea Subterrânea
Profunda Rasa
Ingestão
Solubilização

Ar em
ambiente
fechado W – Exposição de funcionário
R – Exposição de residente
Sem
Ar em
exposição
ambiente
conhecida
aberto
Roteiro: Estimação da exposição
Cenário
Fonte Mecanismo de Transporte Rota de Exposição

Contato
Dermal

Ingestão
Solo
Erosão por Dispersão
superficial
contaminado vento atmosférica
Inalação de
Vapores

Inalação de
Particulados
Solo sub- Acúmulo em
superficial Volatilização ambientes
contaminado confinados

Ingestão

Água Transporte
Contato
subterrânea Lixiviação por água
contaminada Dermal
subterrânea
Consumo de
alimentos
Conclusão

O objetivo deste trabalho foi buscar


caminhos para criar uma avaliação
de exposição a substâncias perigosas
liberadas por hidrocarbonetos de
petróleo e elaborar formas práticas,
com indicadores de exposição
relevantes e modelo de roteiro para
se aplicar a futuras avaliações de
exposição.

O potencial para exposição de


receptores aos contaminantes que
migram desde a área do PC pela
águas subterrâneas através do solo
contaminado depende da existência
de uma fonte, um receptor e uma
rota que os conecte. Se faltar
qualquer um desses componentes,
não existe uma rota de exposição.
Conclusão
O risco potencial para a saúde
provocado pela disposição dos
hidrocarbonetos de petróleo,
tanto perigosos como não
perigosos pelos PCs é um assunto
que deve gerar permanente
preocupação pública.

Os dados quanto ao ano de sua


instalação, a forma de como são
ou foram construídos,
incrementam a suspeita de
exposição a emissões, podendo
caracterizar um risco para os
moradores vizinhos.

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