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Aula nº 8
Análise de Transitórios
Eletromecânicos
Prof. Marcos Vinícius Pimentel Teixeira
E-mail: marcos_eng.eletrica@hotmail.com
08 de Novembro de 2017
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Sistema Elétrico de Potência (SEP)
• O SEP tem comportamento dinâmico devido à constante
entrada e saída de cargas e gerações (ou seja, o sistema
está permanentemente submetido a pequenas
perturbações para as quais deve ser estável)
• Eventualmente é submetido a grandes impactos
(contingências: curtos, mudanças de configuração da rede,
rejeição de carga, etc), para os quais deve ser também
estável
• Há interação de diversos equipamentos com característica
dinâmica (geradores, motores, cargas não-lineares, etc) e
de controle (RAT, RAV, SVC, HVDC, etc)
Transitórios (ou oscilações) em SEPs
• Quanto à natureza:
• Oscilações de baixa frequência (até 2 Hz) – oscilações
eletromecânicas e de controle
• Oscilações torcionais (algumas dezenas de Hz) –
ressonância subsíncrona e interações torcionais
• Oscilações eletromagnéticas (altas frequências, kHz) –
oscilações advindas de transitórios eletromagnéticos
Conceito de Estabilidade em SEP
Estabilidade de Sistemas
de Potência Classificação
𝐸𝑞 = 𝐸𝑞 ∠𝛿 = 𝑉𝑡 + 𝑅𝑎 + 𝑗𝑋𝑞 𝐼
∗
𝐸𝑞 ∠𝛿 − 𝑉𝑡 ∠0°
𝑆𝑚𝑎𝑞 = 𝑃𝑚𝑎𝑞 − 𝑗𝑄𝑚𝑎𝑞 = 𝐸𝑞∗ 𝐼𝑡 = 𝐸𝑞 ∠ − 𝛿
𝑍𝑚𝑎𝑞 ∠𝛼𝑚𝑎𝑞
∗
𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡
𝑆𝑚𝑎𝑞 = ∠ −𝛼𝑚𝑎𝑞 − ∠ −𝛿 − 𝛼𝑚𝑎𝑞
𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞
∗
𝐸𝑞2 𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡 𝐸𝑞 𝑉𝑡
𝑆𝑚𝑎𝑞 = 𝑐𝑜𝑠 −𝛼𝑚𝑎𝑞 + 𝑗 𝑠𝑒𝑛 −𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑐𝑜𝑠 −𝛿 − 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑗 𝑠𝑒𝑛 −𝛿 − 𝛼𝑚𝑎𝑞
𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞
∗
𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡 𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡
𝑆𝑚𝑎𝑞 = 𝑐𝑜𝑠 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑐𝑜𝑠 𝛿 + 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑗 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑠𝑒𝑛 𝛿 + 𝛼𝑚𝑎𝑞 (1)
𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑚𝑎𝑞
Potência Elétrica Fornecida pela Máquina
Síncrona em Regime Permanente
• A separação das partes real e imaginária de (1) determina as
expressões das potências ativa e reativa da máquina
𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡
𝑃𝑚𝑎𝑞 = 𝑐𝑜𝑠 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑐𝑜𝑠 𝛿 + 𝛼𝑚𝑎𝑞 (2)
𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑡
𝐸𝑞2 𝐸𝑞 𝑉𝑡
𝑄𝑚𝑎𝑞 = 𝑠𝑒𝑛 𝛼𝑚𝑎𝑞 − 𝑠𝑒𝑛 𝛿 + 𝛼𝑚𝑎𝑞
𝑍𝑚𝑎𝑞 𝑍𝑡
𝑑 2 𝜃𝑚𝑒𝑐
𝑇𝑎 = 𝑇𝑚𝑒𝑐 − 𝑇𝑒 = 𝐽 𝑁𝑚 (4)
𝑑𝑡 2
• Onde:
𝑇𝑎 − torque de aceleração em 𝑁𝑚
𝑇𝑚𝑒𝑐 - torque mecânico em 𝑁𝑚
𝑇𝑒 - torque eletromagnético ou torque elétrico líquido (já descontado: atrito,
ventilação e outros) em 𝑁𝑚
𝐽 - momento de inércia do rotor em 𝑘𝑔𝑚2
𝜃𝑚𝑒𝑐 - deslocamento angular do rotor em relação a um referencial fixo em
radianos mecânicos
Equação de Oscilação da Máquina Síncrona
𝑑2 𝜃𝑚𝑒𝑐
𝑇𝑚𝑒𝑐 = 𝑇𝑒 , 𝑇𝑎 = 0, 2
=0
𝑑𝑡
𝑑𝜃𝑚𝑒𝑐 𝑑𝛿𝑚𝑒𝑐
= 𝑤𝑆𝑚𝑒𝑐 +
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑2 𝜃𝑚𝑒𝑐 𝑑 2 𝛿𝑚𝑒𝑐
2
= 2
(5)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝜃𝑚𝑒𝑐
1. A velocidade do rotor é a soma da velocidade síncrona do
𝑑𝑡
rotor com o deslocamento angular do rotor em relação a velocidade
síncrona
2. A aceleração do rotor em relação ao referencial fixo é a mesma que
a aceleração do deslocamento angular do rotor
Equação de Oscilação da Máquina Síncrona
• Substituindo-se (5) em (4):
𝑑 2 𝛿𝑚𝑒𝑐
𝑇𝑎 = 𝑇𝑚𝑒𝑐 − 𝑇𝑒 = 𝐽 2
𝑁𝑚
𝑑𝑡
• Multiplicando-se ambos os lados da equação acima por 𝑤𝑚𝑒𝑐 :
𝑑2 𝛿𝑚𝑒𝑐
𝑇𝑎 𝑥𝑤𝑚𝑒𝑐 = 𝑇𝑚𝑒𝑐 𝑥𝑤𝑚𝑒𝑐 − 𝑇𝑒 𝑥𝑤𝑚𝑒𝑐 = 𝐽𝑥𝑤𝑚𝑒𝑐
𝑑𝑡 2
• onde 𝐽𝑥𝑤𝑚𝑒𝑐 é o momento angular
• Em operação estável, a velocidade da máquina não difere de
maneira significante da velocidade síncrona e, por isto, define-se
M = 𝐽𝑥𝑤𝑠𝑚𝑒𝑐 de constante de inércia da máquina medida na
velocidade síncrona
𝑑 2 𝛿𝑚𝑒𝑐
𝑃𝑎 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 = 𝑀 2
(6)
𝑑𝑡
Equação de Oscilação da Máquina Síncrona
• Devido à variedade de potências e tamanhos das máquinas, os
fabricantes fornecem os dados das máquinas com a constante 𝐻
(com isto, a gama de valores tabelados fica bastante reduzida)
1 1
𝐽𝑤𝑠𝑚𝑒𝑐 2 𝑀𝑤𝑠𝑚𝑒𝑐
𝐻= 2 = 2
𝑆 𝑆
2𝐻𝑆 𝑀𝐽
𝑀= (7)
𝑤𝑠𝑚𝑒𝑐 𝑟𝑎𝑑 𝑚𝑒𝑐
2𝐻 𝑑 2 𝛿
𝑃𝑎 [𝑝𝑢] = 𝑃𝑚𝑒𝑐 [𝑝𝑢] − 𝑃𝑒 [𝑝𝑢] =
𝑤𝑠 𝑑𝑡 2
• A solução da equação de oscilação fornece o gráfico do ângulo delta
em função do tempo
Componentes Modais dos Polos
Plano complexo
Tipos de Estudos
3. Multimáquinas
𝐻𝑔𝑒𝑟 𝑥𝑆𝑔𝑒𝑟
𝐻𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡 =
𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑠𝑖𝑠𝑡
Equivalente de Máquina Síncrona
2. Máquinas coerentes
• Duas máquinas são ditas coerentes quando elas oscilam juntas após
uma perturbação
2𝐻1 𝑑 2 𝛿1
𝐺1 : 𝑃𝑚𝑒𝑐1 − 𝑃𝑒1 =
𝑤𝑠 𝑑𝑡 2
2𝐻2 𝑑2 𝛿2
𝐺2 : 𝑃𝑚𝑒𝑐2 − 𝑃𝑒2 =
𝑤𝑠 𝑑𝑡 2
2𝑥𝐻12 𝑑2 𝛿12
2
= 𝑃𝑚𝑒𝑐12 − 𝑃𝑒12
𝑤𝑠 𝑑𝑡
Equivalente de Máquina Síncrona
3. Máquinas não coerentes
• Pode-se reescrever (11) como:
2𝑥𝐻12 𝑑2 𝛿12
2
= 𝑃𝑚𝑒𝑐12 − 𝑃𝑒12
𝑤𝑠 𝑑𝑡
• onde:
𝐻1 𝑥𝐻2
𝐻12 =
𝐻1 + 𝐻2
𝑃𝑚𝑒𝑐1 𝐻2 − 𝑃𝑚𝑒𝑐2 𝐻1
𝑃𝑚𝑒𝑐12 =
𝐻1 + 𝐻2
𝑃𝑒1 𝐻2 − 𝑃𝑒2 𝐻1
𝑃𝑒12 =
𝐻1 + 𝐻2
Equivalente de Máquina Síncrona
3. Máquinas não coerentes
• A solução da equação de oscilação equivalente é a diferença entre
𝛿1 e 𝛿2
Equação Ângulo versus Potência
• Esta equação reúne o modelo do balanço eletromecânico (a equação de oscilação)
com o modelo elétrico do sistema (as equações do fluxo de potência)
2𝑥𝐻 𝑑 2 𝛿
= 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒
𝑤𝑠 𝑑𝑡 2
• Hipóteses adotadas:
1. A potência mecânica fornecida para a máquina é constante devido à dinâmica
lenta do regulador de velocidade da máquina motriz (isto é, toda a
perturbação está na potência elétrica), então: a máquina está em regime
permanente e gira na velocidade síncrona (𝑤𝑠 ) caso 𝑃𝑒 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 ; a máquina
acelera se 𝑃𝑒 < 𝑃𝑚𝑒𝑐 ; e a máquina freia caso 𝑃𝑒 > 𝑃𝑚𝑒𝑐
2. A variação da velocidade é pequena (∆𝑤) , portanto esta não afeta a tensão
interna da máquina ( 𝐸 é considerada constante)
3. O modelo da máquina síncrona adotado utiliza a reatância transitória de eixo
direto (𝑥′𝑑 )
4. Os ângulos de carga são medidos em relação a uma referência única (a
referência do sistema ou centro de massa)
Equação Ângulo versus Potência
• Considere um gerador ligado ao sistema e este ligado a outro
gerador
𝑌11 𝑌12
𝑌𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 =
𝑌21 𝑌22
• Pela equação do fluxo de potência (Aula 5.1) para a barra 1 fica:
• Substituindo-se 𝑌12 = 𝐺12 + 𝑗𝐵12 = 𝑌12 𝑐𝑜𝑠 𝜃12 + 𝑗 𝑌12 𝑠𝑒𝑛 𝜃12
na equação acima:
• Gráfico de 𝑃1 :
Equação Ângulo versus Potência
• Caso particular com apenas reatâncias (resistências desprezadas):
1 𝜋 𝜋 𝜋
𝐺11 = 0 → 𝑌12 = , 𝛾12 = 𝜃12 − = − = 0
𝑥12 2 2 2
𝐸1 𝐸2
𝑃1 = 𝑠𝑒𝑛(𝛿12 )
𝑥12
• onde 𝑥12 é a reatância de transferência entre as barras 1 e 2
• Gráfico de 𝑃1 :
Exemplo
Exemplo
Exemplo
Exemplo
𝑑𝛿
𝑤𝑅 = 𝑤 − 𝑤𝑠 =
𝑑𝑡
• Multiplicando-se o membro da esquerda da equação swing por 𝑤𝑅 e
𝑑𝛿 𝑑2 𝛿 𝑑𝑤𝑅
o membro da direita por , e substituindo-se = :
𝑑𝑡 𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
2𝐻𝑤𝑅 𝑑𝑤𝑅 𝑑𝛿
= 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒
𝑤𝑠 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝐻
𝑑𝑤𝑅 2 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿
𝑤𝑠
Potência Elétrica Transmitida Igual a Zero
durante o Curto
𝑤𝑅2 𝛿2
𝐻
𝑑𝑤𝑅 2 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿
𝑤𝑠
𝑤𝑅0 𝛿0
𝛿2
𝐻
𝑤𝑅2 2 − 𝑤𝑅0 2 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿
𝑤𝑠
𝛿
Potência Elétrica Transmitida Igual a Zero
durante o Curto
• Considerando-se que tanto no ponto 𝛿0 quanto no ponto 𝛿2 a
velocidade do rotor é a síncrona (isto é: 𝑤 = 𝑤𝑠 , 𝑤𝑅0 = 𝑤𝑅2 = 0):
𝛿2
𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿 = 0 (12)
𝛿0
• Esta equação resume o critério das áreas iguais que pode ser
aplicado a quaisquer dois pontos em que a velocidade do rotor é a
velocidade síncrona
• Integrando-se (12):
𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝛿2
𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿 + 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿 = 0
𝛿0 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Potência Elétrica Transmitida Igual a Zero
durante o Curto
• Ou seja:
𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 𝛿2
𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑃𝑒 𝑑𝛿 = 𝑃𝑒 − 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝑑𝛿
𝛿0 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐴1 𝐴2
𝐴2 = −𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 − 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 + 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 + 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Ângulo Crítico de Eliminação da Falta para Potência
Elétrica Nula Transmitida durante a Falta
• Igualando-se 𝐴1 e 𝐴2:
𝑃𝑚𝑒𝑐
𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝛿 − 𝛿0 + 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 (13)
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
• Sabendo-se que:
𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = 𝜋 − 𝛿0 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = −𝑐𝑜𝑠 𝛿0 𝑃𝑚𝑒𝑐 = 𝑃𝑒 |𝛿0 = 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛿0 )
4𝐻 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 − 𝛿0
𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝑠𝑒𝑔 𝑒 â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑟𝑎𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜
𝑤𝑠 𝑃𝑚𝑒𝑐
• Lembrando que esta equação só vale quando a potência transmitida
durante o defeito é zero!
• Se o tempo de eliminação do defeito (𝑡𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 ) for maior que o
tempo crítico (𝑡𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 ) o sistema será instável!
Exemplo
Exemplo
Análise de Casos
1. Falta trifásica no meio da linha que é eliminada pelo desligamento instantâneo da
linha e que é religada posteriormente com sucesso
A falta ocorre quando a máquina opera em regime permanente com ângulo 𝛿0
Na ocorrência do curto esta passa a operar na curva inferior, pois a linha em falta
foi aberta instantaneamente
A máquina oscila e após algum tempo tem como ponto de repouso o ângulo 𝛿1
(neste ponto 𝑃𝑒 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 )
Quando em 𝛿1 a linha é religada, a máquina volta a operar na curva superior e
oscila até repousar em 𝛿0 novamente
Análise de Casos
2. Falta trifásica no meio da linha que é eliminada pela abertura da linha em falta
após algum tempo e, depois, é religada com sucesso
Em crítico 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 ocorre o desligamento da linha em falta e em 𝛿𝑡 ocorre o
religamento da linha
Quando ocorre o curto-circuito trifásico, a máquina passa a operar na curva
inferior e acelera
Quando em 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 a linha é aberta, a máquina passa a operar na curva do meio
Devido a inércia do rotor o ângulo𝛿 continua a abrir (aumentar) e, quando em 𝛿𝑡 a
linha é religada com sucesso, a máquina passa a operar na curva superior
O sistema é estável se com apenas 1 linha o ponto de equilíbrio é 𝛿1
Ângulo Crítico de Eliminação da Falta com Transmissão
de Potência Elétrica Diferente de Zero durante a Falta
• Considere o “Caso 2” (slide anterior) sem o religamento da linha ao
final
𝐴2
𝐴1
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎
𝑃𝑒 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 = 𝑠𝑒𝑛(𝛿) = 𝑟1 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛿)
𝑃𝑚𝑎𝑥
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎
𝑃𝑒 𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 = 𝑠𝑒𝑛(𝛿) = 𝑟2 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛿)
𝑃𝑚𝑎𝑥
• Onde:
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎
𝑟1 = 𝑟2 =
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑃𝑚𝑎𝑥
Ângulo Crítico de Eliminação da Falta com Transmissão
de Potência Elétrica Diferente de Zero durante a Falta
𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝛿
𝐴1 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 − 𝑟1 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛿) 𝑑𝛿 = 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 − 𝛿0 + 𝑟1 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠(𝛿)|𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
0
𝛿0
𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝛿 𝛿
𝐴2 = 𝑟2 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝛿) − 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝑑𝛿 = −𝑟2 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛿 |𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
− 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿 | 𝛿
𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝐴2 = −𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 + 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 − 𝑟2 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 + 𝑟2 𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
Ângulo Crítico de Eliminação da Falta com Transmissão
de Potência Elétrica Diferente de Zero durante a Falta
• Igualando-se 𝐴1 e 𝐴2:
𝑃𝑚𝑒𝑐
𝛿 − 𝛿0 + 𝑟2 𝑐𝑜𝑠 𝛿𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 − 𝑟1 𝑐𝑜𝑠 𝛿0
𝑃𝑚𝑎𝑥 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜
𝛿𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 = 𝑐𝑜𝑠 −1
𝑟2 − 𝑟1
𝑃𝑒 𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 = 𝑃𝑚𝑒𝑐
𝑆 ∗ 𝑃 − 𝑗𝑄
𝐼= ∗=
𝑉 𝑉∗
2𝐻 𝑑2 𝛿 𝑖 𝑝𝑟é−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎
𝑃𝑚𝑒𝑐(𝑖) − 𝑃𝑒 𝑖 = 2
, 𝑖 = 1, 𝑛 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑃𝑚𝑒𝑐 𝑖 = 𝑃𝑒 𝑖 ,
𝑤𝑠 𝑑𝑡
𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 2𝐻 𝑑2 𝛿 𝑖
𝑃𝑚𝑒𝑐(𝑖) − 𝑃𝑒 𝑖 = 2
, 𝑖 = 1, 𝑛
𝑤𝑠 𝑑𝑡
Usa-se agora o método de integração do tempo de eliminação da falta
até o tempo final de simulação (normalmente em torno de 30
segundos)
A cada passo de integração, resolve-se o fluxo de potência agora com a
matriz 𝑌𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑑_𝑝ó𝑠−𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎
A saída do programa são 𝑛 gráficos 𝛿 𝑖 𝑥𝑡 (um para cada máquina) que
devem ser analisados por comparação
Etapas do Estudo
O gráfico abaixo pertence a um sistema composto por três máquinas,
onde as curvas dos ângulos de carga das máquinas 2 e 3 são plotadas
em relação à máquina de referência (máquina 1)
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