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TENSORES
1.1 INTRODUÇÃO
S
P
z
V
y
O
1
Tensores
O ponto P da figura 1.1 pode ter a sua posição identificada no espaço através das
coordenadas x = (x 1 , x 2 , x 3 ) referidas a um sistema de eixos coordenados que têm
origem O e é constituído por três eixos coordenados ortogonais entre si, um sistema
cartesiano.
Um conjunto de pontos pode estar contido sobre uma linha, sobre uma superfície
ou num volume tridimensional. As linhas e as superfícies podem ser relevantes em
termos geométricos para identificar conjuntos de pontos no espaço, por exemplo,
isocurvas. Neste texto são considerados espaços vectoriais tridimensionais a não ser que
se especifique o contrário e esses espaços são Euclidianos.
As quantidades físicas relevantes são por vezes, grandezas escalares que podem
ser representadas por caracteres, como a,b,c…ou α,β,γ,… como é o caso da massa, da
densidade e da temperatura. Grandezas físicas como a força, a velocidade e a aceleração
são em geral representadas por vectores para os quais se usam letras minúsculas em
negrito, u,v,w… ou para as suas componentes a notação indicial u i , vi , w i . As tensões,
as deformações, etc…, são quantidades representadas em geral por tensores de
segunda ordem, para os quais se usa a simbologia A,B,C… ou a notação indicial
Aij , Bij , Cij ... associada às componentes do tensor. Os tensores de 2ª ordem ao longo do
texto são em geral referidos simplesmente como Tensores. Para algumas grandezas
podem ter de utilizar-se tensores de 3ª ordem para a sua representação, sendo a notação
utilizada A,B,C… ou Aijk , Bijk , C ijk ... , ou eventualmente tensores de ordem superior á 3ª
2
Tensores
1.2 VECTORES
B
u
A
e3
e2
u u3
u1 u2
e1
3
Tensores
u
v u-v
u
θ
u+v v
4
Tensores
A operação produto de dois vectores aparece com três formas distintas e que
correspondem a quantidades físicas distintas, o chamado produto escalar, o chamado
produto vectorial e o chamado produto tensorial, podendo aparecer combinações
destes produtos como, por exemplo o produto escalar triplo. Começa por estudar-se o
produto escalar, o produto vectorial e os produtos triplos.
O produto escalar ou produto interno de dois vectores costuma representar-se
por u ⋅v e é:
u ⋅ v = u v cos θ (u, v ) =
1
2
(u
2
+ v
2
− v−u
2
) (1.4)
ou no espaço de dimensão n
n n n
u ⋅ v = ∑ u i vi = ∑ ∑ u i v j δ ij (1.5)
i =1 i =1 j=1
1 se i= j
δ ij = (1.6)
0 se i≠ j
A grandeza resultante do produto escalar de dois vectores é uma grandeza
escalar, no caso de serem dois vectores ortogonais entre si, o produto escalar, u.v, tem o
valor zero. No caso de se usar a convenção dos índices repetidos, inventada por
Einstein, a equação 1.5 pode escrever-se com a forma:
n
u ⋅ v = ∑ u i vi = u i vi .
i =1
Note-se que a convenção de índices repetidos não se aplica no caso de existir o sinal de
adição entre as quantidades com o índice e que a operação subjacente à convenção dos
5
Tensores
Exemplo 1.1
Considere as expressões seguintes e expanda-as tendo em conta a convenção dos
índices repetidos.
a) u i vi w j e j b) δij e j = ei
Solução:
a) Somando primeiro em i e depois em j obtém-se:
(u1 v1 + u 2 v2 + u3 v3)(w1 e1 + w 2 e2 + w 3 e3)
b) Somando em j para o 1º membro da igualdade obtém-se : δ ije j = δi1e1 + δi2e 2 + δi3e 3 .
Dentre as propriedades do produto escalar há que referir o facto de ser uma operação
comutativa u ⋅ v = v ⋅ u .
O produto vectorial de dois vectores u e v é um vector que é ortogonal aos
vectores u e v e é representado por u × v. O comprimento de u × v é definido como
sendo igual à área do paralelogramo por eles formado no espaço tridimensional, como
se representa na figura 1.5.
6
Tensores
u×v
A=||u×v||
e1 × e 2 = e 3 e 2 × e1 = − e 3
e 2 × e 3 = e1 e 3 × e 2 = − e1 (1.7)
e 3 × e1 = e 2 e1 × e 3 = − e 2
O produto vectorial de dois vectores, pode ser calculado do seguinte modo:
u × v = (u i e i ) × (v j e j ) = u i v j (e i × e j ) (1.8)
u × v = (u 2 v 3 − u 3 v 2 ) e1 + (u 3 v1 − u 1 v 3 ) e 2 + (u 1 v 2 − u 2 v1 ) e 3 =
e1 e e
2 3
= det u 1 u u
2 3
(1.9)
v v v
1 2 3
Exemplo 1.2
Mostre que u × v = −( v × u) .
Solução:
7
Tensores
- (v × u) = − ∑ v i e i × ∑ u j e j = − v i u j (e i × e j ) =
3 3
i =1 j =1
= − [ (v 2 u 3 − v 3 u 2 ) e1 + (v 3 u 1 − v1 u 3 ) e 2 + (v1 u 2 − v 2 u 1 ) e 3 ] =
= (u 2 v 3 − u 3 v 2 ) e1 + (u 3 v1 − u 1 v 3 ) e 2 + (u 1 v 2 − u 2 v1 ) e 3 (b)
As expressões (a) e (b) são idênticas o que demonstra a veracidade da igualdade inicial.
w 1 w 2 w 3
= det u 1 u 2 u 3 (1.10)
v1 v 2 v 3
u× v
c/n =
u× v
w
w.n
v
8
Tensores
( e × e ) .e
i j k = εijk
Exemplo 1.3
Mostre que ε −
ijk ε pqk δ ip δ jq δ iq δ jp
= .
Solução:
Note-se que ε ijk é
δi1 δi 2 δi 3
ε ijk = (e i × e j ) . e k = det δ j1 δ j2 δ j3 =
δk1 δk 2 δk 3
Como se pode verificar o 2º membro desta relação só tem 6 valores possíveis. O valor
de ε pqr também pode ser calculado de modo análogo:
δp1 δp 2 δp 3
ε pqr = (e p × e q ) . e r = det δq1 δq 2 δq 3 =
δr1 δr 2 δr 3
i=1 é
ε ijk ε pqr = δi1 (δ j2 δk 3 − δ j3 δk 2) δp1 (δq 2 δr 3 − δq 3 δr 2) = δip (δ jq δkr − δ jr δkq )
Para i qualquer é:
δip δiq δir
ε ijk ε pqr = det δ jp δ jq δ jr =
δkp δkq δkr
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Tensores
Fazendo uso do símbolo permutador o produto vectorial u×v pode ser escrito com a
forma
u × v = ε ijk u i v j ek
e i × e j = ε ijk ek
como resulta da definição do símbolo permutador.
Os escalares ε ijk são referidos como sendo as componentes do tensor permutador
e fazendo uso destes símbolos, o produto escalar triplo pode ser representado por:
(u × v ) . w = ui v j w k εijk (1.12)
Exemplo 1.4
Mostre (u × v) × w = (u.w) v-(v.w) u.
Solução:
(u × v) × w = (u i ei × v j e j) × w k ek = u i v j w k (ei × e j) × ek = ui v j w k εijm (em × ek ) =
10
Tensores
de v e w.
Por outras palavras, considerando os espaços vectoriais E, de dimensão p e F de
dimensão q (sobre o mesmo corpo k), chama-se produto tensorial dos dois espaços um
terceiro espaço vectorial sobre k que é designado por E ⊗ F que satisfaz as condições
seguintes:
1. A cada para de vector (u, v ) com u∈E e v∈F, está associado um elemento
E ⊗ F , chamado produto tensorial de u por v e designado por u ⊗ v , de tal
modo que
a) u ⊗ (v1 + v 2 ) = u ⊗ v1 + u ⊗ v 2 (Lei Distributiva)
b) (u1 + u 2 ) ⊗ v = u1 ⊗ v + u 2 ⊗v "
c) (λ u ) ⊗ v = λ (u ⊗ v ) = u ⊗ (λ v ) (Lei Associativa)
{ } {
2. Se e1 , ... e p for uma base de vectores de E e f1 , ... f q for uma base de }
vectores de F, os pq vectores e i ⊗ f α constituem uma base de E ⊗ F (espaço
de dimensão pq).
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Tensores
u ⊗ v = (u i e i ) ⊗ (v α f α ) = u i v α (e i ⊗ f α )
na base tensorial e i ⊗ f α .
Exemplo 1.5
O tensor A é um tensor cartesiano de ordem 2. Mostre que a projecção de A na base
ortogonal de vectores ei é definida de acordo com a relação seguinte
Aij = ei .A e j
onde Aij são as nove componentes do tensor A.
Solução:
O produto A e j , de acordo com a definição de tensor de 2ª ordem, pode escrever-se
12
Tensores
1.4 TENSORES
3 3
T= ∑ ∑ [
Tij e i ⊗ e j ] (1.15)
i =1 j=1
escolhida para a sua representação. A parte tensorial de T está ligada à base de tensores
ei ⊗ e j .
O tensor é completamente caracterizado pela sua acção nos três vectores base. A acção
do tensor T no vector base e k é:
[
T e k = Tij e i ⊗ e j e k ] (1.16)
[ ]
O produto e i ⊗ e j e k = (e j . e k ) e i = δ jk e i pode ser introduzido com a forma
δ jk e i na equação (1.16), obtendo-se:
T e k = Tij e i (1.17)
T v = Tij v j e i (1.19)
A componente i do vector T v é:
(T v )i =Tij v j (1.20)
13
Tensores
As componentes do tensor transposto T T são tais que TijT = Tji como se pode
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Tensores
P T T = P T (1.28)
ij ki kj
( )
P u . T v = u . P T T v = u . P T T v
(1.29)
I = e i ⊗ e i = δ ij e i ⊗ e j (1.30)
onde as somas em i e em j estão subentendidas.
Note-se que a equação anterior pode ser demonstrada calculando o produto do
tensor I pelo vector base e j.
T − 1 (T v ) = v e ( )
T T − 1 v = v sendo T T − 1 = T − 1 T = I (1.31)
Em termos das componentes do tensor, esta relação toma a forma
15
Tensores
−1 −1
Tik Tkj = δ ij e Tki Tkj = δ ij (1.32)
−1
sendo Tij as componentes de T e Tij as componentes de T − 1 .
−1
A forma como se calculam as componentes Tij a partir das componentes Tij é análoga
Exemplo 1.6
Mostre que o tensor A pode ser considerado igual à soma de um tensor simétrico com
um tensor anti-simétrico do seguinte modo:
A + AT A − AT
A= +
2 2
Solução:
A + AT
Considere-se que a decomposição é feita de tal modo que A=B+C sendo B = e
2
A − AT
C= e pretende-se mostrar que B é simétrico e C anti-simétrico.
2
Aij + Aij Aij + A ji A ji + A ji
T T
Bij = = = = B ji = BijT
2 2 2
Consequentemente B é um tensor simétrico.
Aij − Aij Aij − A ji A ji − A ji
T T
Cij = = =− = − C ji = − CijT
2 2 2
Consequentemente C é um tensor anti-simétrico.
O traço de um tensor A, é um escalar designado por trA que é igual à soma dos
elementos da diagonal da forma matricial do tensor de 2ª ordem,
trA= Aii = A11 + A 22 + A33 . (1.33)
Em notação indicial a contracção significa, identificar dois índices e somar
considerando os índices mudos. Em notação simbólica é caracterizada por um ponto
entre os dois vectores. Além da contracção simples já referida, é possível considerar a
contracção dupla de dois tensores A e B, caracterizada por dois pontos, da qual resulta
um escalar. A contracção dupla pode ser definida em termos do traço do seguinte modo:
16
Tensores
A : B = tr ( AT B) = tr (BT A) = tr ( A BT ) = tr (B AT ) = B : A ou
Exemplo 1.7
Mostre a partir da definição (1.34) que:
a) (AB )−1 = B−1 A −1 b) (AT ) = (A −1)
−1 T
Solução:
a) Multiplicando AB à esquerda por B−1 A −1 , obtém-se:
B A AB = B IB = B B = I
−1 −1 −1 −1 −1
b) (A A ) −1 T
(
= A −1 ) T T T
A = I =I
Um tensor de ordem n num espaço cartesiano tem 3n componentes Ai1i 2...i n , como
se pode facilmente constatar por observação de 1.36. No caso particular de n ser igual a
17
Tensores
(1.38)
Outro exemplo particular de um tensor de 3ª ordem é o chamado produto
triádico de três vectores u,v,w, representado por u⊗v⊗w, com as características
seguintes
(u⊗v)⊗w=u⊗v⊗w
(u⊗v⊗w)x=(w⋅x)u⊗v
(u⊗v⊗w):(x⊗y)=(v⋅x)(w⋅y)u
(u⊗v⊗w):I=(v⋅w)u (1.39)
A contracção dupla de um tensor de 3ªordem, A com um tensor de 2ª ordem,
B produz um vector, como se pode verificar:
A : B = Aijk Blm (ei ⊗ e j ⊗ ek ) : (el ⊗ em )
= Aijk B jk ei (1.40)
Os tensores cartesianos de 4ª ordem que podem ser representados por
A,B,C,…têm 81 componentes e podem exprimir-se em termos dos vectores base
cartesianos do seguinte modo
A= Aijklei ⊗ e j ⊗ e k ⊗ e l (1.41)
18
Tensores
v
v
e3 g3
e1
e2 g1
g2
v = v j e j = v 'j g j (1.42)
19
Tensores
( )
tendo em conta que v j e i . e j = v j δ ij = v i .
Os produtos escalares (e ⋅ g )
i j correspondem a nove valores escalares, as
os escalares Q ij são os cosenos dos ângulos entre os nove pares de vectores base.
[ ]
componente ij na base de tensores e i ⊗ e j . A relação entre as componentes nos dois
forma
'
Tmn = Q mi Q nj Tij (1.47)
tensores de transformação.
No caso de se tratar duma transformação ortogonal, os tensores de
transformação têm componentes tais que
Q ki Q kj = δ ij (1.48)
Q ik Q jk = δ ij
20
Tensores
Exemplo 1.8.
O sistema de eixos O x´1 , x´2 , x´3 é obtido a partir do sistema de eixos
O x1 , x 2 , x 3 considerando uma rotação de 45º no sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio em torno do eixo x 3 . Determine:
a) as componentes do vector v = e1 + e2 + e3 no sistema de eixos O x´1 , x´2 , x´3
b) as componentes do tensor
1 3 2
A= 0 4 2
4 0 0
Solução
a)As componentes do tensor de transformação são:
1 / 2 − 1 2 0
1 / 2 1 / 2 0
0 0 1
Consequentemente:
v´1 1 / 2 − 1 2 0 1 0
v´2 = 1 / 2 1 / 2 0 1 = 2
v´ 0 0 1 1 1
2
b)O tensor A´ é:
1 / 2 − 1 2 0 1 3 2 1 / 2 1 2 0
A´= 1 / 2 1 / 2 0 0 4 2 − 1 / 2 1 / 2 0 =
0 0 1 0 0 4 0 0 1
1 0 0
= − 3 4 2 2
0 0 4
21
Tensores
Os tensores de 2ª ordem Tij têm propriedades que não dependem da escolha das bases
em que estão definidos e que são os chamados invariantes dos tensores. Os invariantes
dos tensores são tais que:
( )
f Q ik , Q jl , Tkl = f Tij ( ) (1.49)
No caso do vector v ser um múltiplo escalar de n, v = λn, então a equação 1.52 toma a
forma
T.n =λ n ou Tij n j = λ n i (1.53)
22
Tensores
por expansão do qual se obtém uma equação cúbica em λ, conhecida por equação
característica e que tem a forma
λ − IT λ + IIT λ − IIIT = 0
3 2
(1.56)
onde os coeficientes de λ podem exprimir-se do seguinte modo em termos das
componentes do tensor T
IT = trT = Tii
IIT =
1
2
[ ] [
(trT)2 − tr (T2) = 1 Tii Tjj − Tij Tji
2
] (1.57)
23
Tensores
Exemplo 1.9.
Determine os valores próprios e vectores próprios do tensor, T, cujas componentes
são:
2 5 0
T= 5 − 4 0
0 0 3
Solução:
Os invariantes do tensor T, são:
IT = tr (T) = 1
IIT =
1
2
[ ]
(trT)2 + tr (T)2 = −39
IIIT = det T = −99
A equação característica toma a forma:
λ − λ − 39λ − 99 = 0
3 2
Resolvendo obtém-se:
λ1 = −6.8310; λ 2 = 4.831; λ 3 = 3.0000
que são os valores principais do tensor T.
As equações que permitem a obtenção dos vectores próprios são:
( 2 − λ ) n1 + 5n 2 = 0
5n1 + (−4 − λ )n 2 = 0
(3 − λ ) n3 = 0
Para cada um dos valores de λ arbitra-se um dos valores de n i e resolve-se o sistema
de equações para obter os restantes valores de n i e seguidamente normalizam-se os
vectores obtidos. Os vectores próprios são:
0.4927 − 0.8702 0
v1 = − 0.8702; v2 = − 0.4927 ; v3 = 0
0 0 1
24
Tensores
sendo dφ =
∂φ( A)
∂A
∂φ( A) T
: dA = tr ( [
) dA = tr (gradA φ( A) ) ⋅ dA
T
] (1.60)
∂A
25
Tensores
n
S v (x)
26
Tensores
∫v div v dV = ∫S v . n dA (1.65)
PROBLEMAS PROPOSTOS
2
1. Mostre que v = vi vi (use o conceito de produto escalar)
27
Tensores
4. Mostre que u × v = u i v j (e i × e j ) .
[ ]
tensor pode ser definido do seguinte modo Q = Q ij g i ⊗ g j e que Q ij
[ ]
são as componentes do tensor na base g i ⊗ g j . Mostre que o tensor pode
28
Tensores
2 −1 0
T ≈ − 1 2 − 1
0 − 1 2
1
16. Determine a relação entre os valores principais de C e E no caso de ser E = (C-I)
2
17. Determine os valores principais e os vectores principais do tensor simétrico
1 2 −1 2 3 2
T ≈ −1 2 5 2 1 2
3 2 1 2 1
BIBLIOGRAFIA
Dias Agudo, F. A.[1978] "Int. à Alg. Linear e Geometria Analítica", Livraria Escolar Editora, Lisboa.
Simmonds, J.G. [1982] "A brief on tensor analysis", Springer-Verlag, New York.
Danielson, D.A.[1997], "Vectors and Tensors in Engineering and Physics", 2nd edn,
Addison-Wesley Publishing Company, Reading.
Holzapfel, G.A.[2000], "Nonlinear Solid Mechanics", John Willey&Sons.
Truesdell, C. and Noll W. [1992], "The Nonlinear Field Theories of Mechanics", 2nd
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