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Introdução
A ascensão do fluxo internacional de capital é um dos aspectos mais destacados
dentro da disciplina de Direito Internacional Privado. Além das tradicionais trocas comerciais
e dos fenômenos migratórios, que acontecem e evoluem com o decurso do tempo, é também
cada vez mais repetida a situação, na qual, os próprios investidores buscam oportunidades de
aplicar seus recursos além de suas fronteiras.
Essa situação pode se desenvolver com a injeção de recursos em Bolsas de Valores
alienígenas (investimento de portfólio), na aquisição de controle acionário de uma empresa de
outro país ou pela instalação de uma nova empresa desde o início com recursos externos
(investimentos diretos). Nesse contexto, o investimento estrangeiro é um dos mais
importantes fatores econômicos do mundo contemporâneo, o que lhe dar um lugar de
prestígio na economia moderna.
Na realidade brasileira, verificou-se um grande aumento na quantidade de
investimentos recebidos nos últimos anos, o que se atribui ao fortalecimento de nossas
instituições políticas, jurídicas e econômicas. Além disto, os eventos esportivos que terão sede
no Brasil em 2014 e 2016 – Copa do Mundo e Olimpíadas, respectivamente – abriram um
grande leque de possibilidades de investimento para a iniciativa privada, nacional ou
estrangeira. O assunto, portanto, reveste-se de importância neste contexto, já que empresas do
mundo todo estão interessadas em conhecer as regras para investir no país.
O desenvolvimento dessa análise requer uma revisão, especial, aos investimentos
estrangeiros, visto que esses consistem em uma importante ferramenta para o
desenvolvimento do país. Nesse sentido, para além das análises que criticam tal forma de
transferência de renda (as quais apontam problemas econômicos e sociais, devido ao fato que
o ingresso de empresas transnacionais pode prejudicar o desenvolvimento da indústria local,
reduzir a competitividade do mercado e a arrecadação do fisco), é fundamental desenvolver-se
um estudo acerca das políticas de investimentos econômicos diretos feitos por pessoas físicas
estrangeiras no Brasil de modo a poder compará-la com o que ocorrem em outras nações (no
caso em comento, Portugal).